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20.03 CLINICA B ----------------------------------------------------- PRINCIPAIS DERMATOPATIAS DE CÃES E GATOS Todos tem lesões nas bordas das orelhas: Escabiose – animal foi achado na rua, se coçava muito (grau 9/10), diagnóstico por parasitológico de pele. Seborreia da borda da orelha – grau crônico, nunca coçou ou doeu, ou sangrou. Dermatite seborreica de borda de orelha. Comum no teckel, basset, beagle. Leishmaniose – lesão na orelha – onigogrifose, emagrecimento, anemia, mucosas pálidas. Pênfigo foliáceo – biopsia resultado ceratose seborreica – num animal de idade difícil de ocorrer (ocorre em animais mais jovens), segunda biopsia – pênfigo, doença muito crostosa, pústulas. Boxer – prediposição a sarna demodécica, perda de pelo com avermelhamento. Animal jovem. Dermatite acinica – Bull terrier, animais brancos. Animal mais velho. ANAMNESE: TEMPO DE EVOLUÇÃO: Prurido crônico anos - COMO COMEÇOU; PRURIDO E GRAU: Grau 1 a 10. 1 – quase nulo. 10 – para de brincar para coçar, para de comer para coçar. LOCAL DO PRURIDO: Coceira veio antes de qualquer lesão – pensa-se em doença alérgica. ONDE COMEÇOU – escabiose áreas preferenciais – borda da orelha, cotovelos, jarretes e região ventral. COMO EVOLUIU. Hotspot – se coça até fazer lesão umida que contamina rapidamente. FOTO caso Ana silva. 4 lesões em pele do abdômen: Filhote sem nenhuma lesão, sem eritema, muita coceira. Bastante eritema e prurido. Piodermite – infecção bacteriana secundária a outras doenças. Doença alérgica, autoimune, demodécica, etc. Animal com toda pele do corpo alterada, escurecimento da pele, mal cheiro – Malasseziose. PRINCIPAIS EXAMES COMUNS: PARASITOLÓGICO DE PELE (Ácaros) Lâmina de bisturi, fita de acetato. TRICOGRAMA/ CULTURA FÚNGICA: Fungos – aspecto dos pelos. Arrancar o pelo, colocar na lâmina junto a óleo mineral para ver se existe alguma estrutura fúngica. *Grânulos pretos dentro do pelo – alopecia do pelo negro, alopecia por diluição da cor. *Animais com alguma alteração genética, perdem todo o pelo preto. Animal de 2,3 cores – pelo preto só cai todo. *Alopecia por diluição da cor – coloração diluída por isso perdem o pelo. Pinscher cinza, dobermann cinza. Não tem cura. Doença estética. CITOLOGIA CUTÃNEA: Bactérias, malassezia, tumores Imprint, esfoliação, punção. Pustula – esfregar a lâmina em cima até romper – mandar para o laboratório – se existe bactéria dentro – se é coco ou bacilo. *Pênfigo foliáceo – muitas pústulas sem bactéria dentro. Citologia esfolaitiva – com cotonete – esfrega na lesão até ficar vermelha e irritada. Citologia aspirativa por agulha fina – nódulos ou tumores. OUTROS EXAMES: HEMATOLOGIA/PERFIL BIOQUÍMICO Cirrose hepática – causa doença de pele grave, dolorosa. TESTES HORMONAIS – doença endócrina – hiperadrenocorticismo, hipotireoidismo. BIÓPSIA CUTÂNEA PROVAS SOROLÓGICAS – pacientes alérgicos, leishmaniose. DERMATOPATIAS ALÉRGICAS: Prurido é principal queixa dermatológica. Diferentes maneiras de se coçar: Lambedura incessante Morder/lamber as patas – um dos sinais clínicos mais difíceis. *Dermatite atópica – mediada por ige através da degranulação de mastócitos – patas local onde mais tem mastócitos. - DERMATITE ATÓPICA CANINA: Enfermidade geneticamente programada que desencadeia sensibilidade a antígenos ambientais que são absorvidos pela pele, inalados ou deglutidos. Hipersensibilidade tipo 1 (mediata)/ IgE. MAIOR PROBLEMA = FALHA NA BARREIRA CUTÂNEA. Células cornificadas, todas bem aderidas, mastócito não degranulado. Celulas separadas – poros – penetram substancias alergênicas – proliferação de bactérias, malassezia. Degranulação dos mastócitos – prurido. Células dendríticas – antígeno = carregam para linfonodos – se dividem em linfócito B e T – formando imunoglobulinas. Degranulação mastócitos – liberação de citocinas Histamina, proteases, chemotactic factors (ECF, NCF) Mediadores secundários: Leucotrienos, prostaglandinas. PRINCIPAIS ALÉRGENOS: Pólen de flor Acaro da poeira doméstica Penas Bolores Gramíneas Árvores Trofoalérgenos – alimento; dermatite atópica induzida por alimento – ao introduzir dieta hipoalergênica melhora 40%. Principais características: 77% dos casos surgem entre 1-3 anos. Inicialmente só prurido, sem lesões. Pacientes podem variar de zero lesões à liquenificação grave. Blefarite/queilite são achados comuns – eritema ao redor dos olhos e lábios. Conjuntivite (hiperêmica, lacrimejamento)/otite Ceratoconjuntivite seca pode ser conseqüência da dermatite atópica por conjuntivite cronica. Dentro do ouvido existem muitos mastócitos – 30% dos animais atópicos começam com otite. Prurido interdigital – mastócitos. Alta predisposição racial/familiar. Foliculite/malasseziose recidivantes. CRITÉRIOS DE FAVROT: Início dos sinais antes dos 3 anos de idade. Cão que vive principalmente dentro de casa. Prurido que responde aos glicocorticóides. Prurido sinemateria no início (por exemplo prurido alesional/primário). Patas dianteiras afetadas. Pavilhões articulares afetados. Margens auriculares não afetadas. TOPOGRAFIA LESIONAL: Feio em baixo. Patas, blefarite, regiões flexurais (antebraço), axilas, ventre, virilha, região flexural coxa. Áreas com maior perda de água epidérmica Ceramidas, filagrina, colesterol, ácidos graxos. Penetração de antígenos e perda de água transepidérmica – ressecamento da pele e coceira. ASPECTO CLINICO: Apenas prurido Eritema Papulas – circulo avermelhado que se tornam pústulas. Pústulas – piodermite. Escoriações – pelo ato de coçar. Alopecia Hiperpigmentação – mais inflamação, mais melanina produz. Liquenificação – pele de elefante grossa, preta e fissurada. COMPLICAÇÕES: CONJUNTIVITE OTITES PIODERMITES DERMATITE SEBORREICA DERMATITE POR MALASSEZIA *Staphylococcus intermedius Papula – pústula – rompe - colarete Colarete epidérmico cai e fica área alopecica circular DIAGNÓSTICO: EXCLUSIVAMENTE CLINICO ANAMNESE RIGOROSA EXAME FÍSICO PROVAS SOROLÓGICAS ELISA OU INTRADERMOREAÇÕES DIETA HIPOALERGÊNICA Dermatite atópica o diagnóstico é exclusivamente clínico, associado a dieta hipoalergênica. Provas sorológicas só ajudam se o animal já for diagnosticado com dermatite atópica. Ele pode ser sensível a vários antígenos sem ter a doença. Controle negativo, Histamina – controle positivo Ácaro da poeira doméstica, pólen, gramíneas, Aguardar 15-20min e observar aqueles que tiveram erupções. É feita Vacinação – com imunoterapia que dura a vida inteira geralmente. Prick test Antígenos na ponta, observa-se a reação ou a falta de reação. Tricotomia e na maioria das vezes não precisa sedação. TERAPIA DO PACIENTE ATÓPICO: Mesmo com dieta, cão ainda se coça e tem infecções secundárias – tratamento difícil e honeroso. Terapia da dermatite atópica é multimodal Antipruriginoso + protetor da barreira cutânea PILARES DA TERAPIA: Eliminar complicações: piodermites, malasseziose, otite (30% dos casos o primeiro sinal e 70% dos atópicos podem ter), pulgas. Prescrever antipulgas. Terapia antipruriginosa específica: Anti- histamínicos, glicocorticóides, ciclosporina, Oclacitinib, cytopoint Melhora da barreira cutânea – ômegas (usar para sempre), shampoos, hidratantes (leav in) Sempre fazer citologia dos ouvidos – malassezia, cocos, bastonetes. Cocos mais comum. Bastonetes mais difícil de tratar Prurido quase nulo após eliminar complicações – só hidratante. ANTIHISTAMINICOS: Funcionam em apenas 30% dos animais Animal muito jovem que está sendo vacinado (corticóide vai baixar imunidade). Fora isso, não usuais. HIDROXIZINE 2,2 mg/kg BID CETIRIZINA 0,5 A 1Mg/KG SID CLEMASTINA 0,1 mg/kg BID ou SID Glicocorticóides: PREDNISONA 0,5mg/kg (1mg ainda é aceitável) (cão = mais barata) PREDNISOLONA 0,5mmg/kg (gato) 5 a 7d a 21-30d. Até 7 dias não precisa reduzir a dose graudalmente. ACEPONATO DE HIDROCORTISONA – CORTAVANSE. Sem absorção sistêmica. Usar de forma localizada. Onde mais se usa é nas patinhas. Não usar em: Diabéticos, doença hepática, gestantes, pancreatite Reduzir a dose gradualmente em 3-4 semanas. Para terapias de longo prazo SEMPRE acompanhar com exames. Tutor sem dinheiro: Pulsoterapia com corticóide: 0,5 mg/kg corticóide – por 7- 30d. quanto mais inflamado estiver, mais tempo. Após isso, 1 dia sim dia não 10dias. Após 1 dia sim, 2 dias não. Continua assim até que se mantenha 2 doses por semana. Animal a cada 3 meses – exames complementares. CICLOSPORINA – humana, sandimun. 5mg/kg/SID VO Inibidor da calcineurina 6 semanas consecutivas e depois tentar reduzir a dose ou aumentar intervalo. 3-4 semanas para fazer efeito. Melhor após alimentação. Em alguns casos causa vomito, mas são autolimitantes. CICLAVANCE – veterinário, muito caro. OCLACITINIB – APOQUEL 0,4 a 0,6mg/kg BID 14 dias e SID para manutenção. Inibidor de citocinas pró-inflamatórias (JAK). Caro e não funciona em 100% dos casos. Não pode ser utilizado em animais com menos de 1 ano. DESSENSIBILIZAÇÃO COM IMUNOTERPIA: Eficácia de 60-80% Pode demorar até 8 meses para iniciar o efeito. Antígenos que derma positivo no teste intradérmico e sorológico – bem diluído e aplicado com freqüência. 3 vezes na semana por SC por 15- 30d. Após, mais antígenos que o primeiro, com freqüência menor. A cada 5-6 dias por 30-60dias, dependendo da resposta. Até chegar no fraco de 1 vez a cada 20 dias. Esses animais vão ter melhora do prurido mas não 100%. Ou podem não ter melhora nenhuma. Converte igE em IGG NÃO UTILIZAR GLICOCORTICOIDE – inibe IGG CYTOPOINT LOKIVETMAB Anticorpo monoclonal inibidor da interleucina 31 1 injeção por mês via SC. Não funciona 100% das vezes. SHAMPOOS: Dermogen Alkemyl ghyco Douxo 1-2 banhos por semana. SPRAYS OU SPOT ON: Sem enxágüe Hidrapet, humilac, allerderm, noxx sec, dermo calmante. 1 ampola por semana. Sprays – umedece todo cão 1 vez na semana sem enxágüe. OMEGAS: Pelo e derme 780 Diminuem descamação cutânea Muita seborréia GATOS??? NÃO TEM FALHA NA BARREIRA CUTANEA. Mata a pulga ou dieta e não melhora. SÍNDROME ATÓPICA FELINA SÓ NÃO É CHAMADA DE DERMATITE ATÓPICA FELINA. - DERMATITE ALÉRGICA A PICADA DE PULGA (DAPP): Enfermidade que desencadeia hipersensibilidade aos antígenos contidos na saliva da pulga. Hipersensibilidade tipo 1 (imediata) e 4 (retardada, continua se coçando mesmo após remoção da pulga). Uma das mais comuns do cão e do gato. Antigamente em cães, vencia da DAC. Características clínicas: PRURIDO PRIMÁRIO (aparece antes da lesão). SURGE EM QUALQUER IDADE PIORA NA ÉPOCA DE ECLOSÃO (VERÃO). POUCA OU NENHUMA INFECÇÃO BACTERIANA SECUNDÁRIA. SEM OTITE. *Se tiver otite, pesquisar melhor, deve ter DAC ou alimentar. ÁREAS AFETADAS: Inicialmente no dorso – triangulo da florida, onde o animal tem dificuldade de alcançar. Pelos vão caindo e pulgas vão migrando para: COXAS, ABDOMEN E PERINEO. SE COÇA DO MEIO PARA TRÁS. PENTE FINO Pulgas ou fezes das pulgas. Blefarite atópica – dermatite atópica associada a DAPP. 50% dos animais que tem atopia também tem DAPP. Quadro crônico liquenificação. GATOS: DAPP FELINA Deve ser sempre a primeira suspeita em gatos com prurido/pulgas – independente da localização. UMA DAS MAIS DIFICEIS DIAGNÓSTICO. ÚLCERAS DE MENRATH – lambedura excessiva. Maioria pescoço e cabeça. Lesão dermatite miliar – padrão de lesão alérgica em gatos. Vários pontinhos avermelhados e unidos que formam esse padrão alérgico. ULCERA INDOLENTE OU EOSINOFÍLICA – cavidade oral. Não doi e não coça. PLACAS EOSINOFÍLICAS – complexo granuloma eosinofílico – alergia. Groomen excessivo = prurido no gato. Escoriações – coçar. DIAGNÓSTICO: CLÍNICO ( cães) EXCLUSÃO (gatos) ACHADO DE PULGAS E SEUS DEJETOS (pente fino). Animais com subpelagem impossível pente fino. Parada do prurido: Cão 3-4 semanas após retirada das pulgas. Gato até 3 meses para excluir. *Corticoide no começo do tratamento – incentivar o tutor. TRATAMENTO: ELIMINAR AS PULGAS NO AMBIENTE – ASPIRADOR; ovos, larvas e pulgas. QUEIMAR O SACO DO ASPIRADOR. Piretroides/organofosforados FLEEGARD- caminhas, chão, sofás, tapetes. Duração boa. COLOSSO pulverização do lado externo. Repetir os produtos sem efeitos residuais – como o colosso, pois só quem morrem são as larvas. Ovos nem pupas não morrem. NO ANIMAL – Antipulgas. Glicocorticoides para aliviar o prurido na primeira consulta. Bravecto, comfortis (não funciona para carrapatos), nexgard, advantage Max3, simparic, Vectra 3d (bom para leishmaniose). Capstar (não funciona para carrapato). Seresto Demodécica, sarna de ouvido ou escabiose – SIMPARIC, pois tem na bula. Outros não tem na bula contra sarnas. Revolution – só não pega para demodécica. Adulticida – matar a pulga adulta no animal - DERMATITE TROFOALÉRGICA: (HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR) Enfermidade que desencadeia sensibilidade a qualquer componente da alimentação. Fontes de proteínas – preferidas para alergia. Reação de hipersensibilidade tipo 1, 3 e 4. Doença alérgica mais comum em felinos do que cães. NÃO RESPONDEM MUITO BEM AO CORTICÓIDE. SEGUNDA DOENÇA ALÉRGICA MAIS COMUM NO GATO E TERCEIRA NO CÃO. PRINCIPAIS ALÉRGENOS: CARNES LEITE E DERIVADOS OVOS, CONSERVANTES, BATATAS, BISCOITOS CANINOS, FEIJÃO, FARINHA, MILHO, TRIGO. CARACTERÍSTICAS CLINICAS: PRURIDO PRIMÁRIO SURGE EM QUALQUER IDADE SEM PREDILEÇÃO RACIAL NÃO É SAZONAL RESPONDE MAL AOS CORTICOIDES. Ao longo dos anos vai se sensibilizando até chegar no ponto que tem otite, prurido, piodermite, etc. Áreas afetadas: Qualquer uma. Comum em períneo/orelhas/axilas e virilhas, boca. ASPECTO CLÍNICO: APENAS PRURIDO OU PIGMENTAÇÃO SALIVAR ERITEMA, PAPULAS, PUSTULAS ESCORIAÇÕES, ALOPECIA/HIPERPIGMENTAÇÃO LIQUENIFICAÇÃO (crônico). Mesmas complicações da dermatite atópica. COMPLICAÇÕES: SINAIS DIGESTIVOS (20%; vomito esporádico, diarréia intermitente, gás, problema de saco anal recorrente) PIODERMITES (CÃES) OTITES DERMATITE SEBORREICA DERMATITE POR MALASSEZIA (cães). Sem dinheiro para ração. Batata doce com lentilha – 2 meses para exclusão. DIAGNÓSTICO: DIETA DE ELIMINAÇÃO 8 SEMANAS FONTE DE PROTEÍNA DESCONHECIDA + ARROZ + AGUA. Alimentos que ainda não foi exposto. COCEIRA leva de 3-4 semanas para passar – H tipo 4. RAÇÃO HIPOALERGÊNICA: ROYAL CANIN – hypoaalergenic (soja). HILLS – Prescreption diet Z/D Farmina ULRA HYPO (peixe). Nenhum petisco, nada fora da dieta. TRATAMENTO REMOVER O ALIMENTO CAUSAL. Oferecer o alimento anterior – descobrir qual alimento é alérgico. Semana após semana: DIETA HIPOALERGENICA + frango. DIETA HIPOALERGENICA + carne de gado. DIETA HIPOALERGENICA + petisco. Deu alergia, Parar o frango, voltar a hipoalergenica e esperar o tempo para trocar para carne. 03.04 ---------------------------------------------------------------- - DOENÇAS BACTERIANAS DA PELE: PIODERMITE (piodermatite; pioderma)STAPHYLOCOCCUS PSEUDOINTERMEDIUS Bactéria mais envolvida. Sensível a vários ATB – por isso em primeiro momento não se faz cultura e antibiograma. Acontece secundariamente. DAC, Alergia alimentar, demodécica, Quanto mais profunda a infecção, maior o tempo de tratamento. Fatores predisponentes: Extrato córneo delgado. Material lipídico esparso. Ph alto. Algumas regiões chega a 7-7,5 – favorecedor para crescimento bacteriano. Áreas que coçam num paciente atópico: patas, virilhas, axilas, face.. Folículo piloso do cão é mais aberto – melhor penetração bacteriana. *Cão faz piodermite por qualquer coisa. *Gatos muito raro. Fatores desencadeadores: Anormalidades anatômicas: dobras de pele Intertrigo; sharpei Doenças pré-existentes: ectoparasitismo (demodécica – piodermite profunda), alergias. Endocrinopatias: hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo. Piodermite primária rara. Piodermite profunda – parasitológico de pele – ácaros. CLASSIFICAÇÃO OU PROFUNDIDADE: PIODERMITE SUPERFICIAL PIODERMITE PROFUNDA (mais grave, mais tempo de tratamento, mais sanguinolenta). *Superficial: atinge apenas o extrato córneo, muitas vezes nem caindo o pelo. Não precisa de tratamento sistêmico, apenas tópico já é o suficiente. - PIODERMITE SUPERFICIAL NÃO FOLICULAR – várias pústulas com pelo no meio. Atinge abaixo do extrato corneo mas não penetra no folículo piloso. Ex: pústulas da cinomose. - PIODERMITE SUPERFICIAL – FOLICULAR: FOLICULITE – mais prevalente na rotina clínica. Atinge o folículo piloso e o pelo cai. Primeiro momento – elevação do pelo (embolotados), pústula e cai o pelo. Pelo volta a crescer normalmente. Crosta da pústula = melicérica, crosta amarelada. - PIODERMITE PROFUNDA: Paciente com demodécica Lesão não limpa – formação de crostas hemáticas (contém sangue) pois atinge vasos maiores. Geralmente não cresce mais pelo. PRINCIPAIS PIODERMITES SUPERFICIAIS: DERMATITE PIOTRAUMÁTICA – HOT SPOT ou DERMATITE ÚMIDA AGUDA Doença aguda (“começou ontem”), umida. Superficial com contaminação bacteriana secundária. Qualquer causa de prurido intenso pode ocasionar. Características: aguda, autoinfligida, aumenta rapidamente, bem circunscrita, úmida. Pulga, escabiose, DAC, alergia alimentar, DAPE, carrapato Não é esparsa pelo corpo. Não precisa de atb sistêmico. Crostas formadas por pus amarelado, que é observado no centro da lesão. Bactérias da pele rapidamente fazem contaminação. Mais graves – pode ter necrose. *Alguns livros falam que a displasia coxofemoral pode doer tanto que começa a lesão (mordedura). Diagnóstico: aspecto clínico, parasitológico de pele. Tratamento: tricotomia, limpeza tópica, colar elizabetano, corrigir a causa do prurido (corticóide?). *Corticóide 5-7 dias 0,5 a 1mg/kg. Limpeza – lavar com água e sabão, clorexidine, ácido salicílico, peróxido de benzoila. Deixar aberta. - Sabonete de glicerina e sabonetes de coco NÃO SÃO RECOMENDADOS NA DERMATO (PH). PIODERMITE SUPERFICIAL – INTERTRIGO: DERMATITE DAS DOBRAS CUTANEAS Comum em várias raças. Sharpei, buldog. Face, cauda, vulva, Tratamento diário na maioria das vezes. Umidade continua existindo, controlar contaminação. Características: cronicidade, mau cheiro. Diagnóstico: clínico. Secreção da contaminação é mais viscosa. Shih tzu dobras na face Face muito achatada – lacrimejamento – predisposição a contaminação bacteriana. Intertrigo labial – dobra labial mais pronunciada, contaminação. “mau hálito” – reclamam os tutores. Cocker. Vulvar – cadela castrada cedo que engorda – área de dobra cutânea. Vulvas muito pequenas. Caudas dos buldogues muito firme – tende a encostar na pele – lesão com contaminação bacteriana. Difícil de tratar – região. Tratamento: Limpeza tópica diária. Solução de clorexidine 0,2%. Clorexidine A 2% serve para limpeza, limpa e tira. clorexidine que vai ficar na lesão é a 0,2%. Vinagre 1:1 com água. Vinagre de maça é menos fedido. Cuidar para não pegar no olho. Todos os dias. Correção da prega ou da causa. FOLICULITE SUPERFICIAL: Doença de pele bacteriana mais comum Raças de pelo cuto + afetadas (folículo piloso mais aberto). *Bolinha – pústula – colarete epidérmico – área alopécica redonda Confundida com fungo. Colatere – crosta amarelada melicérica. Colareta epidérmico pústula que rompeu. Membrana da pústula vai para periferia com área alopécica no pelo. Pústula dura muito pouco. COLARETE = INFECÇÃO BACTERIANA DA PELE. Quanto mais fina a pele do animal, mais tênue é o colarete. Abdomen com várias pústulas – demodécica. Foliculites generalizadas provocadas por outras doenças. Pústula escureça no meio – hiperpigmentação pós inflamatória. Área escurecida indicando que houve pústula e colarete – infecção disseminada. Animal com pouca melanina – menos pigmentação. Muita melanina – hiperpigmentação. Etiologia: - Foliculite primária – idiopática? - Foliculite secundária: Qualquer doença de pele que possa cursar com infecção bacteriana secundária. Uso abusivo de glicocorticorticoides. Aspecto clínico: Papulas, pústulas, colaretes Alopecia com hiperpigmentação pós-inflamatória ou eritema. Prurido moderado. Animal alérgico tem prurido mais grave. Aspecto de roído de traça – foliculite generalizada. Piodermite de repetição ATB convenia Protetores da barreira cutânea Xampoos Diagnóstico: Aspecto das lesões Citologia cutânea Cultura fungica Se encontra pústula = bactéria. TRATAMENTO: BANHOS ANTISÉPTICOS SEMANAIS Shampoo de peróxido de benzoíla 2,5% SÓ DEVE SER UTILIZADO EM ANIMAIS COM PELE OLEOSA – MUITO RESSECATIVO. Shampoo de clorexidine 2% Shampoo de ácido salicílico 1% Recomendado para animais com pele seca. Mto grave 2-3 banhos na semana. Antibióticos sistêmicos Cefalexina 22-30mg/kg BID. Cefovecina 0,1ml/kg SC 14/14dias. 21-30 dias. Manter 7 dias após a cura clínica. Shampoo repositor após MARCAR RETORNO APÓS 21D. CLORESTEN Clorex com miconazol NOVIDADES NA TERAPIA: Ácido acético 1:1 com sol fisiológica ou água fervida/filtrada. 2 vezes ao dia até a cura das lesões. Piodermite localizada. Permanganato de potássio diluir uma cápsula em 1 litro de água. Mancha – cor roxa. Hipoclorito de sódio diluir 1:100 em sol fisiológica. Quiboa. Pomada de mupirocina. PRINCIPAIS PIODERMITES PROFUNDAS: FOLICULITE PROFUNDA – pústulas hemáticas com pus e sangue. FURUNCULOSE – atinge a raiz do pelo. CELULITE – inflamação do tecido adiposo; lesão muito profunda. Pelo pode não crescer mais. PIODERMITE DO CALO – SEMPRE PIODERMITE PROFUNDA. Poros muito abertos. Tipo de piodermite profunda: ACNE Animais com Queixo proeminente Presença de pústulas na região do queixo e lábios. Dor. ACNE FELINA – pequenos pontos pretos na região do queixo. Não faz mal, não devemos tirar. Em alguns casos pode infeccionar – Tratamento sistêmico. Gel de peróxido de benzoíla. 1vz ao dia. 2,5% - manipulado. NÃO TEM COMPROVAÇÃO DO POTE DE PLÁSTICO SER O PROBLEMA. PIODERMITE INTERDIGITAL OU PODODERMATIE: DAC, Demodécica (causa mais comum; geralmente profunda; animal pode ter só nas patas). Hipotireoidismo – deposição de mucina; face, patas. Tratar mucinose (hipotireoidismo). PIODERMITE NASAL: Infecção do plano nasal; fator como picada de inseto (mosquito, aranha..), pacientes brancos (dermatite actínica ou CCE que é a evolução dela). PIODERMITE DO CALO: Animais de tamanho grande que ficam mais fora de casa. Infecção bacteriana profunda. Geralmente é a que exige maiortempo de tratamento. PIODERMITE GENERALIZADA: Pústulas, colaretes, pigmentação em todo corpo. Demodécica +++ PIODERMITE DO PASTOR ALEMÃO: DAPE (pioderma, furunculose; atinge as 3 camadas). Maxican, dipirona – dor; no começo. Diagnóstico: Aspecto clínico Parasitológico de pele Cultura fungica Cultura e antibiograma – primeiro protocolo não está dando certo. Sem melhoras. Citologia – mais importante; bactérias ou neutrófilos degenerados = piodermite. PÚSTULA SEM PIODERMITE = PÊNFIGO. TRATAMENTO: TOSA NOS PELUDOS. TRICOTOMIA. ANTIBIOTICOTERAPIA DURANTE 30 A 90 DIAS (14 dias após a cura clínica). Cefalexina 22-30 mg/kg BID. Cevovecima 0,1ml/kg. BANHOS ANTISSÉPTICOS SHAMPOO PERÓXIDO DE BENZOÍLA 2,5% - para pele oleosa SHAMPOO DE CLOREX 2% SHAMPOO DE ÁCIDO SALICILICO 1% - para pele seca. CLINDAMICINA AMOXICILINA + CLAVULANATO SULFA CONJUGADA trimetoprim – CCS, POLIARTRITE, FARMACODERMIA; mais provoca farmacodermia – lesão de pele. ATÉ 30D. DOXICICLINA – Hepatotóxico (falta relatos na clinica). 10.04 ----------------------------------------------------------- PRINCIPAIS DERMATOPATIAS CAUSADAS POR ECTOPARASITAS: - SARNA DEMODÉCICA: Dermatopatia causada pelo ácaro Demodex canis Demodex cati (D. injai mais gordinho e curtinho - cães; D. gatoi – único demodex contagioso). Habitante natural do folículo Piloso da pele canina e felina. Estudos encontraram apenas 2% (de 100) de animais com demodecica naturalmente em sua pele. Então: Se o animal tem 1 demodécica e algum grau de lesão ou alopecia = tem demodicidose. Migram da pele da mãe para o filhote nos primeiros dias de vida. Doença de fundo genético/imunológico: Predisposição genética, influenciada por: doenças sistêmicas (parvo, cinomose), estresse e uso de glicocorticóides. Algumas raças tem predisposição – boxer, pitbull, pastor alemão. RARA EM GATOS. História clínica: Surgimento geralmente antes de 1 ano de idade. Fase de mudanças hormonais. Surgimento geralmente na face e ou patas. Prurido ausente ou no máximo moderado. Prurido pode ser associado a infecção bacteriana também. Pessoas e outros animais não afetados. Eritema intenso com rápida evolução para hiperpigmentação. Eritema começa rápido, perda de pelo e avermelhamento da pele que rapidamente escurece. Face, patas e região do pescoço – principais locais. Cães brancos podem não hiperpigmentar, por ter menos melanina. “SARNA VERMELHA; SARNA NEGRA”. EXAME FÍSICO: Alopecia em áreas com grande número de folículos pilosos. Infecção bacteriana secundária (de leve a grave). Secreção piosanguinolenta – como atinge o folículo, facilita para bactéria penetrar fundo. Linfadenopatia. Tampão – comedo ou comedão Queratina e sebo aderido na saída do folículo piloso. Escuro. Eventualmente até o tecido conjuntivo e atingido. FORMAS: - Demodécica localizada – exemplo apenas uma lesão na face. Até 5 lesões pequenas = localizada. Vários pontinhos pretos na lesão. - Demodécica generalizada: lesões generalizadas, quanto mais profunda mais piosanguinolenta; contaminação bacteriana secundária. Pústulas hemáticas. ANTIBIÓTICO. Dor, febre. Crostas hemáticas – bem aderidas, difíceis de remover. Furunculose com celulite. Milbemixine oxima NÃO UTILIZADA MAIS ATUALMENTE. Outras formas: - Pododermatite demodécica – TODO PODODERMATITE DEVE PASSAR PELO PARASITOLÓGICO DE PELE. Pode ter apenas pododermatite. - Demodécica do cachorro velho – doenças sistêmicas. Blefarite por demodécica com infecção bacteriana profunda. Blefarite – demodécica, leishmaniose, animais brancos – dermatite actínica. 99% das vezes NÃO AFETA AS ORELHAS. - Alopecia psicogênica em gatos – pode levar a sarna demodécica. DIAGNÓSTICO: Parasitológico de pele – raspado profundo ou fita adesiva. Tricograma – exame direto do pelo; arranca, coloca na lamina de vidro – óleo mineral e examina. Raspa – coloca óleo mineral em cima da lamina e espalha. Acaro se movimenta muito pouco – vive no mesmo local. Larva 3 patas. Ninfa 4 patas. Adulto 4 patas e completamente desenvolvido. SE ACHAR 1 DEMODEX E TIVER QUALQUER GRAU DE LESÃO (foliculite, alopecia) = POSITIVO PARA SARNA DEMODÉCICA. TRATAMENTO: FORMA GENERALIZADA COM INFECÇÃO BACTERIANA CEFALEXINA: 22-30mg/Kg BID durante 20-30d. DOXICICLINA: 10mg/kg SID 20-30d. ENROFLOXACINO (não em filhotes) 5mg/kg BID 20-30d. FORMA GENERALIZADA: IVERMECTINA 0,4mg/kg SID, todos os dias até ter 2 parasitológicos negativos (1 mês de intervalo). FLURALANER (bravecto) SORALANER (simpartic) AFOXOLANER (nexgard) LOTILANER (credlei) DORAMECTINA (comprimido; a cada 14 dias uma dose – 4-6 doses). Geralmente tratamento de 2-3 meses. Faz 1 mês – faz parasitológico. Dá o primeiro mês o simparic – em 30d refaz o parasitológico, se persistir faz mais 1 mês de simparic – depois refaz o parasitológico de novo até dar 2 parasitológicos negativos. BANHOS – INFECÇÃO BACTERIANA. INFECÇÃO PROFUNDA – DAR 10 DIAS DE ATB ANTES DE DAR BANHO. TRATAMENTO: FORMA LOCALIZADA Possível auto-cura (?) – Pode generalizar. Terapia igual a forma generalizada! - ESCABIOSE: SARNA SARCÓPTICA – CÃO Sarcoptes scabiei. SARNA NOTOÉDRICA – GATO. Notoedres cati. *Parasitológico de pele – baixo valor. Muitas vezes não encontra o ácaro. Altamente contagiosa. Cava galerias na epiderme. Localiza-se preferencialmente em áreas com pouco pelo ou pelo curto. Não infecciosa, não produz infecção piosanguinolenta. Acaro de alta movimentação – dificuldade de encontrar. História clínica: Surgimento em qualquer idade. Necessidade de contato com outros animais ou ambiente contaminado. Inicialmente nas orelhas, cotovelos, jarrete e região ventral. Intensamente pruriginosa!! Outros animais ou pessoas afetados. Filhotes – sinais em 2-3 meses. Com essa idade já foi vendido. Exame físico: Pápulas pruriginosas. Crostas (melhor lugar para parasitológico), escoriações. Áreas de eleição afetadas – orelha, cotovelo, jarrete, Reflexo otopodal positivo Contaminação bacteriana mínima INFLAMAÇÃO ALÉRGICA – células inflamatórias; histamina, bradicinina. Por isso: COCEIRA DEMORA PARA PASSAR – PODE DAR GLICOCORTICOIDE NOS PRIMEIROS DIAS. Orelha seca, pequenas casquinhas. NOTOÉDRICA: Muito crostosa PENFIGO – DIFERENCIAL nos gatos; não coça; Diagnóstico: Anamnese + parasitológico de pele ou terapia. Prof prefere o raspado, mas já foi feito estudos e não se constatou diferenças para a fita. Prurido recente. OUVIDO NÃO COÇA, O QUE COÇA É A ORELHA. Nunca é comensal. Terapia = diagnóstico. TRATAMENTO: Cães ivermectina o,4mg/kg 1x na semana durante 4 semanas (raças). Banhos acaricidas 1/semana sabonete matacura – eliminar ácaros da superfície. Bravecto, simparic, nexgard. GATOS Ivermectina 0,3mg/kg 1/semana durante 4 semanas. SELAMECTINA duas aplicações 21 dias de intervalo (REVOLUTION). Bravecto transdermal – uma aplicação. 17.04 ---------------------------------------------------------------- PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS: - DERMATOFITOSES: Microsporum canis (mais comum no gato; pelo contaminado pode durar até 18 meses), gypseum (menos comum; relação direta com a terra). Trichophyton mentagrophytes Dermatite por malassezia (levedura): M. pachydermatis. M. canis: Dermatófito mais comum de cães e gatos. Contágio por meio de pelos ou fomites. Contagioso entre cães, gatos e humanos – ZOONOSE. Pode ter gatos assintomáticos – contaminam outros animais. Quando suspeitar: Cães – filhotese/Ou peludos e/ou imunossuprimidos. Raças preferidas: Yorkshire, shihtzu. Gatos – qualquer lesão alopécica descamativa e seca. Raça mais predisposta: gato. Aspecto de cinzas de cigarro. Não faz lesões características. Prurido ausente ou moderado, nunca primário. Animais que vão a petshops. Desinfetar com quiboa. Colheita: arrancar o pelo nas bordas das lesões; enviar crostas para cultura. Fungo gosta muito de face e ponta de cauda. Fungo vai comendo pelo e extrato córneo em uma direção. Área alopecica com pelos no centro. M. gypseum e Trichophyton pode nunca mais crescer os pelos das lesões. M canis volta o pelo. QUERION – lesão dermatofitica inflamatória; não comum. Lesão única. Ocorre mais na face. Todos podem provocar querion, mas M. canis é mais comum. Descamação sistêmica: escova de dente ou pente fino. Diferenciar fungo de dermatite seborreica. Hiperpigmentação não tende a acontecer. DIAGNÓSTICO: LAMPADA DE WOOD – microsporum canis. AUXILIAR, NÃO DIAGNÓSTICO. Positivo – pode tratar mas deve pedir cultura igual. CULTURA FUNGICA – 15 dias. Diagnóstico diferencial – foliculite bacteriana. NÃO É UMA DOENÇA COMUM M. gypseum: Contágio preferencialmente pelo solo. Baixo contagio entre cães-gatos-humanos. NÃO É CONSIDERADA UMA ZOONOSE. Imunidade baixa pode pegar. Quando suspeitar: Animais com acesso a rua. Lesões iniciais preferencialmente em face e patas. Tende a ser crostoso em quadros crônicos. Prurido ausente ou moderado, nunca primário. Lesão circular com pelo no meio. Pessoas que fazem jardinagem. Diferenciais lesões plano nasal: leish, esporotricose, lúpus, pênfigo, Piodermite nasal do cão, demodicose, pênfigo foliáceo. DIAGNÓSTICO: CULTURA FUNGICA. T. mentagrophytes: Contágio preferencialmente de roedores. Animais que caçam. Ratos – portador assintomático. Baixíssimo contagio entre cães-gatos-humanos. Quando suspeitar: Animais com acesso a ratos, coelhos, chinchilas... Lesões podem ser inflamatórias. Tende a ser crostoso em quadros crônicos. Prurido ausente ou moderado, nunca primário. Pode atacar as unhas também. Tratamento difícil. DIAGNÓSTICO: CULTURA FUNGICA. DIFERENCIAIS: Foliculite, demodicose canina. - DERMATITE POR MALASSEZIA: Fungo lipofílico – lipídeo dependente; mas pode ter animais com pele extremamente ressecada. Habilidade normal do conduto auditivo externo em pequeno numero (5lev/campo; até 1lev/campo na pele). Geralmente se desenvolve secundária a outras doenças de pele. Intensamente pruriginosa. Eritema e descamação gordurosa. Mau cheiro. DAPE menos comum. DAC, Alergia alimentar. Doenças endócrinas – hiperadreno, hipotireoidismo. CITOLOGIA esfoliativa – exame mais importante. SOBERANA. Geralmente não faz cultura. Pele seca – umedece cotonete. Sempre pesquisar doença predisponente. Xampoo – reter recidivas. TRATAMENTO: BANHOS – sempre Tosa nos peludos. Xampoo de cetoconazol 2% em cães. Gatos se intoxicam. Xampoo de miconazol 1-2% Xampoo de clorexidine 3-4% - só para malasseziose. 1-3 banhos na semana. Quanto mais lesões mais banhos. 10-15min para agir. TOPICO: Até 3 lesões pequenas Pomadas 2x ao dia. Cetoconazol 2% Clotrimazol 1% Miconazol 2% 30-60 dias. Refazer cultura. NÃO USAR POMADAS COM CORTICOIDE – não coça e não tem inflamação (exceção: querion). SISTEMICO: Cetoconazol 10mg/kg SID (cães) ITRAZONAZOL 10-20mg/kg SID com alimento (melhor absorvido). GRISEOFULVINA 50mg/kg SID com alimento gorduroso – MUITO HEPATOTOXICA, NÃO FUNCIONOU. TERBINAFINA 22-30mg/kg SID 4-20 semanas (2 semanas após a cura clínica). FLUCONAZOL – não funciona bem e dose de humanos é semanal. DOENÇA EOSINOFILICA DOS FELINOS: Granuloma eosinofilico do queixo – queixo gordo. Granuloma linear – apresentação menos comum. Linha alopecica que parece endurecida. Posterior da coxa. Placa eosinofilica – apresentação mais comum. Geralmente Alto relevo e brilhante. Ulcera eosinofilica – pode ser uni ou bilateral. Granuloma eosinofilico Coçam mas não doi. Granuloma oral – pode acontecer por DAPE CAUSAS - Complexo granuloma eosinofilico: DAPP HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR HIPERSENS. A PICADA DE INSETOS HIPERSENS. A ACAROS/POLEN, ETC – síndrome atopica felina. IDIOPÁTICO (???) TERAPIA: Descobrir e remover a causa Glicocorticóides ou ciclosporina Períodos curtos/ longos. 15-30 dias / Até desaparecer a lesão / manter Gato 7mg/kg ciclosporina CAAF Eosinofilos 24.04 ------------------------------------------------------------- ENDOCRINOLOGIA: - HIPERADRENOCORTICISMO: Abdomen abaulado Alopecia bilateral simétrica Cabeça e membros preservados Glandulas adrenais Cortical – glicocorticóides. Mineralocorticóides. Andrógenos. Medular – catecolaminas. Importante nas cirurgias de glândula adrenal – tumor. Normal = 4-6mm. Trombocitose é um achado comum. FA elevada – monitoração. FISIOLOGIA: Hipotálamo hormônio liberador da corticotrofina hipófise (ACTH) adrenal (glicocorticoides). Cortisol é o mais produzido e o mais importante. Geralmente cursa com tumor hipofisário. Funções dos glicocorticóides (cortisol): Estímulo do apetite – polifagia; Gliconeogênese – aumento de tamanho – hepatopatia esteroidal – vacuolização dos hepatócitos. Valores de ALT cruciais para avaliação hepática. Inibição de colágeno – ruptura de ligamentos do joelho principalmente; afinamento cutâneo Anti-inflamatórios – dose 0,5 a 1mg/kg; dose muito alta ou período muito longo – alterações. Imunossupressores – predispõe a infecções secundárias. Estimulam a eritropoese – pode aparecer policitemia, trombocitose. Mantém pressão sanguinea – mais cortisol, maior pressão sanguínea. Avaliar uso de Inibidores da ECA. Preparam para o estresse. Estabilizam membranas. HIPERADRENOCORTICISMO – SÍNDROME DE CUSHING: Endocrinopatia que cursa com excesso de glicocorticóides endógenos de forma espontânea ou exógena – iatrogênica (medicação). IATROGÊNICO. HIPERADRENOCORTICISMO HIPÓFISE- DEPENDENTE – HHD (85%). Tumor benigno na hipófise produzindo excessivamente ACTH – tumor funcional. Quanto mais acth mais glicocorticóides (adrenal não consegue fazer feedback negativo). HIPERADRENOCORTICISMO ADRENAL DEPENDENTE – HAD (15%). Tumores adrenais 99% dos casos são unilaterais. Uma tem tumor e a outra atrofia – por isso a adrenalectomia é difícil. Raças predispostas: Poodle, dachshund, beagles, yorkshire, boxer, SHITH TZU. HAC endógeno – animais velhos. SINAIS CLÍNICOS Metabólicos: o PU/PD – estimula taxa de filtração glomerular. Densidade urinária baixa. INIBE ANTIDIURÉTICO. o PFG/ Tendência a obesidade. o Abdomen penduloso – flacidez muscular, hepatomegalia, pele fina, deposição de gordura principalmente no abdômen. o Hepatomegalia – hepatopatia esteroidal – vacuolização dos hepatócitos. o Menor tolerância ao exercício – maioria ofegante. o Anestro prolongado/baixa libido. o Atrofia testicular. o Intolerância ao calor. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Poliúria, polidipsia compensatória, polifagia, obesidade, formato de tonel, cansaço excessivo, intolerância ao exercício e intolerância ao calor. Expectativa de vida – 2 anos. Quando tosa um animal com hiperadreno – pelo não cresce mais ou demora muito a crescer. SINAIS DERMATOLÓGICOS: Alopecia bilateral simétrica – mas pode ter alopecia com infecção no final da garupa. Ausência de prurido Hiperpigmentação Calcinose cutânea – deposição de cálcio na pele; difícil de fotografar; alto relevo,parece pedrinhas em baixo da pele (SC); geralmente em áreas de pouco pelo. Abdomen, pré-auricular, virilha, perianal. Branca, amarelada ou escurecida – depende de animal para animal. Comedos (pontos como cravos pretos)/estrias (pela barriga aumentar rapidamente e pele fina). Pele fina/mapeamento vascular (telangiectasia) *Piodermite associada é bastante comum pela imunossupressão. *Cães brancos podem ter telangiectasia pela coloração e vasos aparecem mais. CORTISOL inibe entrada de cálcio no osso. Tendência a osteoporose + ligamentos flácidos pela falta de colágeno – apoio em carpo. Cálcio fica circulando e fica aderido na pele ou áreas internas (válvula no coração, rim, artérias). Crostas melicéricas, piodermide. GATOS: não é comum hiperadreno, mas pode acontecer. Mesmos sinais do cão: abdômen abaulado, problema de pele, PU/PD/PFG, tendência a obesidade, FRAGILIDADE CUTÂNEA – tão frágil que rasga sozinha. ATB e curativos; pelo geralmente não cresce mais. ALTERAÇÕES LABORATORIAIS: Hemograma: Leucograma de estresse – não inflamatório com leucocitose por neutrofilia, linfopenia, eosinopenia e monocitose. Policitemia leve. Trombocitose leve. Urinálise: Densidade baixa <1018. Não perdem totalmente a capacidade de concentrar urina – concentra um pouco mais. Infecção urinária Glicosúria o Glicemia geralmente não passa de 130-140 – não ultrapassa limiar renal – não vaza para urina. o Se tem Glicosuria junto – também é diabético. Aumento de ALT, FA, glicose, colesterol e triglicerídeos. FA – fígado produz isoenzima endógena idêntica a FA. US: Adrenal aumentada/diminuída Diagnóstico: Anamnese (iatrogênico). Exame físico. Exames de rotina – hemograma, urinálise, FA/ALT, US. EXAMES ESPECÍFICOS: Teste de supressão com dexametasona em alta ou baixa dosagem. o Alta dosagem – saber se é adrenal ou hipofisário. Colher uma amostra de sangue, administrar 0,01 mg/kg de dexametasona IV. Colher novas amostras de sangue 4-8h após. Dosar as 3 para cortisol. o Predisolona – influem no resultado do teste, por isso não é utilizada. o Dexametasona – age no hipotálamo – diminui ACTH e produção de glicocorticóides. o Animal normal: o cortisol diminui para menos de 1,3ug/dL nas duas amostras. o Animal com hiperadreno hipófise dependente: hipófise ainda tem a sensibilidade a dexametasona – cortisol diminui na segunda amostra e volta a subir na terceira (acima de 1,4ug/dL). Confiab. 75%. o Animal com hiperadreno adrenal dependente: cortisol não é suprimido e fica acima de 1,4ug/dL sempre. o Gatos: 0,1mg/kg (dose maior). Dosagem de ACTH Acth – alto em tumor hipofisário, baixo no tumor adrenal. Soro deve ser imediatamente congelado – frasco de vidro específico e chegar congelado no laboratório – MG ou RJ. TRATAMENTO: Iatrogênico Prednisona 1mg/kg/48h. Dose reduzida a cada 15 dias. Hidrocortisona 0,02 mg/kg/dia. Mais fraco. Diminuir a dose do corticóide até conseguir parar. Quanto mais tempo de uso, mais tempo para desmame. Quanto maior a dose também. Diminuir a dose em 1-3 meses. Dexa pred hidrocortisona COMPLICAÇÃO: HIPOADRENOCORTICISMO – atrofia permanente. Cortico-dependente. TRILOSTANO: Inibidor da síntese de glicocorticóides pela adrenal – 3- 6g/kg BID (0,5 a 1,8mg/kg BID). Nome comercial – vetoryl. Aumento de 1-1mg. Dosagem deve ser avaliada periodicamente. 15 dias – 1 mês – 3 meses. Sobrevida aprox. 2 anos. 08.05 -------------------------------------------------------------- - HIPOTIREOIDISMO: Falta de um hormônio – reposição estabiliza. Metabolismo lento. Eixo hipotalâmico hipofisário – tireoideano TRH – TSH – T4 e T3 90% = T4; 10% = T3 T4 é transformado em T3 pelos tecidos periféricos – que tem mais ação no organismo. Deficiência de T4 e T3. Principais funções de T3 e T4: Aumentar o consumo de O2 e produção de calor. Elevar freqüência respiratória -> diminuída. Aumentar débito cardíaco-> bradicardia. Estimular a produção de eritropoietina (anemia leve; Ht 34-36%). Aumentar a lipólise -> podem ter elevações significativas de triglicerídeos e colesterol. Ciclo do crescimento e maturação da epiderme, folículos pilosos e unhas -> não ter crescimento do pelo que caiu. Desenvolvimento do SNC -> em animal adulto não tem importância. Nascidos com hipotireoidismo – deficiência mental; mal formação. Morte com 1-2 meses, resposta ruim. Acentuar estado de vigília e alerta – animal mais letárgico. Normal: Vir ao consultório – medo – acima de 120 bpm. Doença de cão mais velho. Acima de 8 anos. Ganha peso sem comer mais. Gatos muito raro hipotireoidismo. Mais comum em raças grandes/ animais velhos. Tipos de hipotireoidismo: - H. primário: 95% dos casos - Tireoidite linfocítica – infiltração de linfócitos (tireoidite de Hashimoto em humanos). Pode evoluir com a cronicidade a atrofia. - Atrofia idiopática - Destruição neoplásica – raro. H. secundário: 5% dos casos Tumores pituitários: Malformação pituitária – animal que nasce com hipotireoidismo. – comportamento anormal, muito letárgicos, alimentação forçada Não interessa a causa – o tratamento é o mesmo. Raças predispostas: Chow chow, Cocker, golden, labrador, bulldog inglês, shnauzer, beagle, doberman, setter, old english sheepdog, pit Bull Sinais clínicos gerais: 4 sinais mais comuns Tendência a obesidade, letargia física e mental, infertilidade, perda de pelo no tronco. Mixedema pode levar a ptose palpebral. (deposição de mucina em regiões ectópicos, principalmente na testa; cara de triste). Tende a desaparecer com a terapia. Cauda de rato. Sinais dermatológicos: Alopecia não pruriginosa Bilateral simétrica no tronco Cauda de rato Hiperpigmentação Perda de pelo – os que caem não crescem mais pois influencia no crescimento. Seborréia, otite, piodermite, malasseziose – sinais de complicação. Calo comum em animais obesos. Mucinose causando calor exacerbados. Também pode ter nos interdigitos – contamina pododermatite. Alopecia no plano nasal com hiperpigmentação. Sistema muscular e nervoso: Arrastamento dos membros torácicos (pouco comum). Inclinação lateral da cabeça (raro). Sistema reprodutivo: Anestro ou ciclos irregulares (não entrou mais no cio; ou 1 cio por ano/ a cada 2 anos). Infertilidade ou abortamento. Ausência de libido. Atrofia testicular. Hipospermia. Gastrointestinais: Tempo de transito intestinal prolongado Fezes ressecadas (comum). Oculares (pouco comuns): Depósito corneal de lipídeos. Derrame de lipídeos no humor aquoso. Ceratoconjuntivite seca. Testes bioquímicos: Hipercloesterolemia. Hipertrigliceridemia Hemograma: Anemia normocítica normocrômica branda. Testes específicos da função tireoideana: Concentração sérica de T4 T4 total 2-4 ug/dL no cão – normal – teste de triagem. T4 Livre por diálise – método mais confiável. Qualen. Fatores que inflenciam no T4: Hiperadreno, diabetes, IRC, doença hepática, outras causas de hipoproteinemia Drogas Glicocorticóides Anticonvulsivantes - fenobarbital Fenilbutazona Contrastes radiográficos Salicilatos Sulfa/trimetoprim Tsh mais caro e não é tão confiável pois pode oscilar. Tiroxina sinética: 20 a 40 ug/kg Comprimidos de 25, 50, 75, 100, 150 e 200 ug Adaptar a dose nas primeiras 4-8 semanas. Iniciar com 25% na dose total e aumentar 25% a cada semana. Após 90 dias dosar T4 para avaliar terapia. Sempre em jejum Sinais de tirotoxicose: Nervosismo Emagrecimento Aumento do apetite Febre Taquicardia- HIPERTIREOIDISMO EM GATOS: Doença de animal velho. Acima de 10 anos; Cursa com aumento dos hormônios tireoidianos. Causas: Hiperplasia adenomatosa Adenoma de tireóide Carcinomas (raro). SINAIS: Perda de peso (caquexia). Apetite aumentado. Inquietude e hiperatividade. Anormalidades na pelagem. Podem parar de se lamber ou lambedura excessiva até retirar o pelo. PU/PD (aumento da filtração glomerular). Comportamento agressivo. Alterações cardíacas – cardiomiopatia. Diarréia. 90% dos gatos apresentam aumento de volume na região da tireóide. 5º espaço traqueal; não é palpável em gatos saudáveis. Alteração laboratorial: Leve policitemia, Leucocitose matura. Diagnóstico: Concentração alta de T4 e T3 Normal: T4: 1,5 a 5 ug/gdL T3: 15 – 60 ng/dL Encontramos normalmente: T4 > 4ug/dL e T3 > 200ng/dL Terapia: Drogas antitireoidianas: Metimazol (5-15 mg/gato). Pode dar vomito e diarreia impedindo a terapia. Gel de metimazol manipulado – aplicar no interior da orelha. 15 mg 30-60 dias – dosa novamente T3 T4 e avalia Cirúrgica: Perigo de hipocalcemia – paratireóides. Alteração cardíaca não regride com tratamento. Iodo radioativo: Melhor terapia Perigo para quem manipula o animal Necessidade de instalações específicas. 15.05 ------------------------------------------------------------ - DIABETES MELLITUS EM CÃES E GATOS: Pâncreas: US: animais pequenos – não visível. Porção exócrina – enzimas digestivas. Porção Endócrina – hormônios importantes para controle da glicose. Células B – insulina. Permite que a glicose entre nas células. Células alfa – glucagon. Células delta – somatostatina. Células PP – polipeptídeo pancreático. Deficiência absoluta ou relativa de insulina – levando a mau aproveitamento da glicose, aa e ác. Graxos pelos tecidos periféricos. - Deficiência absoluta - Pâncreas que não produz insulina. - Deficiência relativa – produz insulina, mas receptor não aceita e glicose não entra na célula. *SNC – não precisa de insulina para que glicose entre nas células. Tipos de diabetes: Cães – 99% dos casos: Tipo I – deficiência absoluta de insulina. Deficiente produção de insulina pelas células B do pâncreas. Gatos – 85% dos casos: Tipo II – deficiência relativa: Resistência dos tecidos periféricos a insulina. Gato obeso predisposto a ter. Ao Emagrecer, e enriquecer ambiente – existe possibilidade de voltar a ter glicemia normal, mas não é 100%. Pâncreas começa a produzir cada vez mais – exaustão. Diabético tipo II se torna do tipo I. Etiologia: Tipo I – multifatorial: Pancreatite. Causa imunomediada. Amiloidose. Predisposição genética. Tipo II – antagonismo: Catecolaminas: paciente nervoso pode ter glicose acima do normal e não ser diabetes – gatos. Glicocorticóides – inibem ação da insulina. Hiperadreno + diabetes = comum. Hormônio do crescimento (progesterona) – diabetogênico; GH liberado aumenta P4 – inibição da ação da insulina. o Cadela gestando/recebeu progestágenos também pode ter diabetes pela elevação de P4. Glucagon – tira glicose de dentro da célula e coloca na corrente sanguinea. Excesso: tira toda glicose e coloca no sangue – diabetes. o Glucagonoma – produz muito glucagon. o Insulinoma – produz muita insulina – reduz glicose no sangue – hipoglicemia. Tratamento difícil. Obesidade – responde menos a insulina. Predisposição genética. Sinais clínicos: Fase inicial: sem sinais. Após ultrapassar o limiar renal: Perda de peso, polifagia, poliúria, polidipsia. Enquanto não perde glicose pela urina – não tem sinais clínicos Glicose = diurético osmóstico – puxa água para os túbulos renais – Poliúria com polidipsia compensatória. Epidemiologia: Cães: 4-14 anos (média 7-11). Sexo: fêmeas caninas não castradas mais predispostas (2x). Raças: poodle, terriers, schnauzer, bichon frise, pinscher, beagle, samoyeda, husky siberiano, hotweiller, shihtzu. Gatos: Sexo: machos castrados mais predispostos que fêmeas (sobrepeso ou obesos). Idade: normalmente maior que 6 anos. Raça: SRD e birmanês. Dosar glicose sanguinea em jejum: Normal: 70-110 mg/dL. Limiar renal: Cão 180-220 mg/dL. Gato: 200 a 240 mg/dL. Exame comum de urina: Glicosúria. Felinos – podem ter hiperglicemia por estresse – fazer exame de frutosamina. Frutosamina sérica: Ligação não enzimática irreversível entre glicose e albumina. Quanto mais glicose tiver mais se liga a albumina e mais tem frutosamina. Avalia ultimas 2-3 semanas da glicemia do animal. Valor normal: 225 – 385 umol/L. Não é afetada por aumentos agudos na glicemia. Cuidar: hipoalbuminemia, hiperlipidemia, azotemia. Pedir exames: Albumina, colesterol e TG, uréia e creatinina. Diagnóstico: Hiperglicemia + glicosúria = diabetes mellitus. Apenas hiperglicemia abaixo de 180mg/dL – definir antagonistas da insulina/ medir frutosamina. Apenas glicosúria – defeito na reabsorção tubular. Complicações do diabetes: mais comum no tipo I. Catarata – ácido lático. Rara no gato. Frutose sorbitol. Bem rápido – 4-6 semanas com grau alto de glicemia. 10% da glicose que tem no sangue se encontra no humor aquoso. Algumas enzimas do humor aquoso transformam essa glicose em ácido lático – sai do humor aquoso e volta para corrente sanguinea normalmente. Em níveis muito altos de glicose, essas enzimas glicolíticas não conseguem dar conta e produzem frutose sorbitol – que não sai do humor aquoso – absorvidas pelo cristalino – rompem as fibras do cristalino deixando esse aspecto esbranquiçado. Pode estabilizar mas não regride. Infecções bacterianas – cistite (glicose é um bom meio de cultura). Lipidose hepática (tira fonte de energia da gordura que se adere ao fígado). Cetoacidose (formação de corpos cetônicos – ácidos; EMERGÊNCIA – UTI). Neuropatia – mais comum em gatos – posição plantígrada (apoia o tarso no chão). Cetoacidose: Não aproveitamento da glicose – neoglicogenese + lipólise = corpos cetônicos – acido acetoacético, acido betahidroxibutírico, acetona. Urinálise + sinais clínicos. Anorexia, vômitos/diarréia, desidratação grave, coma e morte. Glicemia > 450 mg/dL, cetonúria/cetonemia. Cetonúria mas comendo bem, hidratado – não é cetoacidose. +++ na urina. Terapia: Todo paciente deve receber insulina. Objetivos: eliminação dos sinais clínicos, limitar frutuações da glicemia, prevenir complicações, evitar cegueira. Manejo dietético: fibras e carboidratos complexos, pobres em gorduras. Conteúdo calórico: depende do estado nutricional. 60-70 kcal/kg/dia cães de pequeno e médio porte. 50-60 kcal/kg/dia cães de grande porte. Evitar picos de glicemia; digestão mais lenta; maior saciedade. Royal canin diabetic. Royal canin obesity. Hill’s w/d prescription diet. Purina DM. Cuidado: geralmente são feitas para cães obesos. Exercício físico regular: Redução de peso (+ restrição calórica). Diminuem a resistencia a insulina induzida pela obesidade. Diminuem glicemia aumentando a transporte de glicose para os músculos. INSULINOTERAPIA: Tipos de insulina: REGULAR (age rápido e passa rápido; cetoacidose diabética), NPH (a mais utilizada n cão), PZI (tende a durar mais), LENTA, ULTRA LENTA – GLARGINA (eleição no gato; no cão não funciona muito bem). Recomendações gerais: Armazenamento – guardar na geladeira. Seringas – tamanhos. Bolhas. Locais de aplicação – SC. Vencimento da insulina. Insulina NPH ou lenta 0,5 a 1 unidade por Kg BID Cães DMID necessitam de insulinoterapia continua. Insulina ultralenta 0,25a 0,5 unidades por kg BID. Glargina 1-2 unidade por gato BID. Avaliar se precisa manter. Terapia: 50% do alimento recebido ao dia – se comer - aplicar insulina. Após 12h 50% do alimento e nova dose de insulina. Monitoramento: Sinais clínicos. Frutosanima. Curva glicêmica/ glicemia domiciliar. Avaliações semanais no primeiro mês, após mensais. Curva glicêmica seriada: Determina se a insulina é eficaz. Pico de insulina/nadir da glicose. Duração do efeito da insulina. Ajuste da dose. Limitações: estresse, excitação, agressiviade. Protocolo: Aferir glicemia 1-2h. curva abreviada. Cuidado: Hiperglicemia não mata. Hipoglicemia mata. Mel. Terapia da cetoacidose diabética: Fluidoterapia: Sol fisiológica com potássio. 15ml/kg/h. Insulinoterapia: insulina regular 0,2 U/kg IM de hora em hora até +- 270 mg/dL. Controlar glicemia: não baixar de 250mg/dl nas primeiras 24-36h. para manter PU e eliminar corpos cetonicos. Após atingir 250mg/dL 0,4 U/kg SC de 6-6 horas. Toda vez que entra glicose nas células entra potássio também – hipopotassemia – morte. Cuidados com insulinoterapia: Manter insulina refrigerada. Evitar hipoglicemia. Evitar hiperglicemia de rebote. - dosar de hora em hora – hipoglicemia e consequente hiperglicemia de rebote (glucagon coloca na corrente sanguinea) – reduzir insulina. 05.06 ------------------------------------------------------SAULO AFECÇÕES DO SISTEMA URINÁRIO DE CÃES E GATOS Manifestações clínicas: Hematúria: trauma, urólito, ITU Hemoglobinúria: doenças hemolíticas. Disúria/polaquiuria: ITU Poliúria/polidipsia: 10-20ml/kg/dia (urina) – 1-2ml por kg por hora. DRC, glomerulonefrite, IRA. DRA – diminuição do débito urinário. UREMIA Apatia, anorexia, ulcera/necrose oral, vômitos, gastroenterite, hálito uremico. Fazer fluido e eliminar esses metabolitos. ABORDAGEM CLÍNICA Histórico: Queixa principal – perda de peso. Agudo ou crônico – progressão. Dieta/consumo de água. Até 80 no cão e 40 no gato ml/kg/dia. Caixa de areia para gatos, número e limpeza. Vacinação (leptospirose), doenças prévias (piometra). Micção: anúria, poliúria, oligúria, polaquiúria, disúria, hematúria. Exame físico: Grau de hidratação: Poliúria – densidade urinária (urinálise). Ascite ou edema subcutâneo- glomerulopatia – síndrome nefrótica. Cavidade oral – sinais de uremia/anemia. Hemorragia/tortuosidade dos vasos retinianos. Hipertensão sistêmica – doença renal. Avaliação musculoesquelética – osteodistrofia fibrosa (+ jovens). Fígado tenta sintetizar proteína a base de colesterol – hipercolesterolemia. Cuidar hipertensão sistêmica. Doença cardíaca – coração trabalha mais. E evolução da doença renal – diminui perfusão renal. Palpação retal – tamanho, orma, consistência, sensibilidade. Palpação vesical – distensão, sensibilidade, espessura de parede, conteúdo (cálculos). Próstata – palpação retal (macia, bilobada, móvel, indolor). Penis e vulva – secreção, obstrução. Doença renal aguda – mais dor do que crônica. Machos com cistite – não comum. Avaliar causas anatômicas, nervosas, Hiperplasia prostática pode se tornar Adenocarcinoma de próstata – maligno. Quem eleva o ph é a bactéria. Calculo levar a inflamação – sem infecção. Infecção eleva ph e precipita estruvita. Problemas metabólicos, infecção. Testes diagnósticos: Uréia: Variável – dieta, hemorragia, TGI, febre, corticóides,.. Diminuição da ingestão protéica, insuficiência hepática grave – baixa. Concentração normais não indicam função renal normal. Secreção vulvar – vulvovaginite infantil diferenciar de piometra. Animal alerta e feliz no vulvovaginite. Sem conseqüências sistêmicas. Creatinina sérica: Pré natal (diminui fluxo sanguineo). Doença renal diminui taxa de filtração glomerular. Pós renal – ruptura ou obstrução do TU. Lesão muscular extensa. Muito sangue no trato gastrointestinal – aumento de uréia. GGT urinária (13-92UI/L): Mais precoce que uréia e creatinina na IRA Lesões tubulares causadas por gentamicina (nefrotóxico). Amilase/lípase: Excretadas pelo rim. Avaliam a Taxa de filtração glomerular. Pouco específicas. Urinálise Propriedades físicas: Cor, aspecto, densidade... Propriedades químicas: Proteína, ph (5-7,5), glicose, cetona. Sedimento: Células (hemácias, leucócitos, epiteliais), cilindros, cristais, bactérias, parasitas... Dissolução de cilindros e precipitação de cristais (60min). PROTEINÚRIA Pré-renal Exercício, febre, ingesta excessiva – fisiológica Transitória Hemoglobinúria/mioglobinúria Não causa hipoproteinemia Renal Glomerulonefrite (piometra)/amiloidose Albuminúria Hipoalbuminemia Pós-renal Inflamação trato urogenital. Relação proteína-creatinina urinária (PCU) Piúria/hematúria podem alterar Não realizar se houver leucocitúria Animais não proteinúricos: < 0,2 Importante em gatos É indicador de prognóstico Avaliar em conjunto com achados de sedimento. Microalbuminúria 1-30mg/dl Detecção precoce da doença renal Pode estar presente em cães aparentemente normais. Pode estar presente em doenças inflamatórias, neoplasias, pancreatite aguda. SDMA (dimetilarginina simétrica) Forma metilada da arginina eliminada pelos rins Detecta a DRC com perda de 25-40% da função renal Adultos: 0-14mcg/dL Filhotes: 0-16mcg/dL Reflete a TFG Medida no soro ou plasma Equipamentos específicos Custo Pode ser afetado por fatores não renais Estadiamento DRC Creatinina, SDMA, UPC Pressão sistólica. “Proteinúria persistente moderada a grave na ausência de anormalidades no sedimento urinário é altamente sugestiva de doenças glomerulares”. “Se o sedimento for ativo e a proteinúria for leve a moderada, considerar a possibilidade de doença inflamatória renal, doença do trato urinário inferior ou genital”. COLHEITA DE URINA: Micção espontânea/compressão. Contaminação. Sondagem uretral. Cadelas (espéculo) Contaminação/trauma Cistocentese Cultura/antibiograma ITU crônicas Traumática. Testes diagnósticos: Imagem: RX (urólitos): Cães: 2,5-3,5 x L2; gatos: 2,4-3 x L2 Urografia excretora (tamanho, formato, agenesia) Ureter ectópico Cistografia Pneumocistografia US Caracteriza a arquitetura interna Difere lesões sólidas das preenchidas por líquido. Uretrocistoscopia Visualização vestíbulo, vagina, uretra e bexiga Fêmeas (> 3kg) Remoção de cálculos pequenos/litotripsia Microbiológico Cultura/antibiograma Encaminhar até 30 min. após a coleta Biopsia renal Diagnóstico histológico Guiada por US, laparoscopia/em cunha INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA: Síndrome clínica caracterizada por aumentos abruptos nas concentrações de ureia e creatinina reversível. Perda da função renal quando cerca de ¾ dos néfrons estão afuncionais. Evolução rápida (horas a dias). Redução da TFG – azotemia. Causas Nefrotóxicas Aminoglicosídeos, lírio (gatos), uva/uva-passa (cães), cisplatina, etilenoglicol, contraste radiográfico, envenenamento (cobra, abelha, etc.) Isquêmicas AINES, desidratação, trauma, sepse, anestesia, cirurgia Infecciosas/inflamatórias Leptospirose, glomerulonefrite (piometra), pielonefrite Tromboembólicas CID, endocardite, miocardiopatia hipertrófica Fisiopatologia (degeneração/necrose tubular) Agente agressor – extravasamento tubular, insuficiência excretória – obstrução tubular intra (cilindros, edema..) e extraluminal (edemaintersticial) e insuficiência de filtração primária Diminuição da TFG – azotemia e oligúria. Isquemia (AINE) – diminui O2 e energia celular – necrose tubular aguda. Fases clínicas Indução/latente (exposição a toxina/isquemia renal) (48h) Sinais clínicos ausentes ou mínimos Remoção da causa resulta em rápido retorno da função Manutenção (1-3 semanas). Lesão celular letal. Oligúria (<0,5ml/kg/h)/ anúria e azotemia (Diminuição da TFG). Remoção da causa não resulta em rápido retorno da função. Recuperação: Concentração de uréia e creatinina retornam ao normal. Aumento da TFG – volta diurese. Aspectos clínicos (inespecíficos): Depressão, anorexia, vômitos (menos frequente nos gatos), diarréia. Oliguria, anuria, normoúria ou poliúria. Volume normal: 1-2ml/kg/h. Exame físico: Estado nutricional. Desidratação. Pulso femoral fraco. Hálito urêmico. Ulcerações orais. Necrose de língua. Febre/hipotermia. Leptospirose – icterícia. Bradicardia (aumento de potássio). Rins normais ou aumentados – dor ou não. ALTERAÇÕES EM OUTROS ÓRGÃOS: Aumento de citocinas pró-inflamatórias – SINDROME DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTEMICA – acúmulo de neutrófilos – lesão endotelial. Aumento da permeabilidade capilar pulmonar – edema pulmonar não cardiogênico. Alterações cardíacas (hipertrofia). Encefalopatia urêmica. Alterações clinicopatológicas: Hemograma (desidratação): Anemia, perdas TGI. Estresse. Leucocitose/desvio a esquerda/ diminuição de plaquetas (lepto). Aumento FA. Aumento Ureia e creatinina. Aumento P, K Diminuição Calcio Sorologia – lepto. Urinálise: Densidade, proteinúria, piúria, hematúria, glicosúria, sedimento ativo (cilindros). GGT urinária. RX/US (aumento de ecogenicidade): Presença de urólitos. Tamanho normal ou aumentado. Hemograsometria: acidose. Biopsia: aguda ou crônica. Tratamento (suporte): Remover a causa. Fluido NaCl 0,9%. Desidratação – aumentar perfusão renal – diminuição de potássio. NaCl 0,45% em dextrose a 2,5%. Bicarbonato de Na (1-3 mEq/kg) HCO3 < 14 mEq/L (monitorar) Ligantes de fosfato intestinal Hidróxido de alumínio (30-90/kg/dia) Dar com alimento Diuréticos osmóticos (não usar na desidratação) Manitol (0,25-0,5 g/kg) – causa sobrecarga volêmica HIPERIDRATAÇÃO - CUIDAR OLIGÚRIA! Diuréticos de alça Furosemida (2-4 mg/kg/IV + infusão 1mg/kg/h por 6h) Dopamina (2-5 µg/kg/min)/norepinefrina (0,05 µg/kg/min) ↑FSR e TFG Antieméticos Metoclopramida (0,2-0,5 mg/kg/8h/SC, IM, IV) Citrato de maropitant (1-2 mg/kg/24h/SC, 1 mg/kg gatos) Antiácidos Ranitidina (2mg/kg/12h/SC) Famotidina (1mg/kg/24h/VO) – gatos Omeprazol. Úlceras orais: Lidocaína Antibióticos: Ampicilina/amoxicilina, Quinolonas (enrofloxacina). Suporte nutricional Enteral/parenteral (aa) ↑Catabolismo Sonda nasogástrica/esofágica Aquecimento Monitorar débito urinário. Diálise peritoneal – oligúria/anúria mesmo com diurético. Hemodiálise (custo e disponibilidade) Máquina de hemodiálise Estação de tratamento de água Membrana semipermeável (dialisador) DOENÇA RENAL CRÔNICA: Ocorre quando os mecanismos compensatórios não são mais capazes de manter as principais funções excretórias, regulatórias e endócrinas por 3 meses ou mais. Irreversível. Prevalência Cães: 0,5 a 7% Gatos: 1,6 a 20% Animais mais velhos Cães: 6 a 7 anos Gatos: 7 a 8 anos. Causas Congênitas e hereditárias Hipoplasia/displasia renal Poodle, Husky Siberiano, Doberman, Golden Retriever Rins policísticos Persa e Beagle Nefropatias familiares Cocker Spaniel, Lhasa Apso, Shih Tzu, Rottweilers, Bernese Mountain, Golden Retriever, Bull Terrier, gatos Abissínios Adquiridas (IRA) Imunológicas, isquêmicas, infecciosas, agentes nefrotóxicos Glomerulopatia por leishmaniose. Amiloidose: Grupo de doenças que se caracterizam pelo depósito extracelular de um material eosinofílico amorfo protéico – glomerulopatia – DRC. Síndrome nefrótica: proteinúria, hipoalbuminemia, hipercolesterolemia, edema generalizado. Fisiopatologia: fatores de agressão – destruição dos néfrons – hiperinfiltração de néfrons remanscentes – esclerose glomerular – lesão tubular – DRC. Complicações Acidose metabólica ↓Excreção renal de NH4 ↓Reabsorção HCO3 Anemia Normocítica normocrômica Hiperparatireoidismo secundário renal Osteodistrofia fibrosa (animais jovens) Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Renina-angiotensina-aldosterona Cegueira súbita. HAS > 50% cães/20-65% gatos Ativação SRAA Sistema cardiovascular Hipertrofia ventricular esquerda SNC - Encefalopatia hipertensiva (desorientação, ataxia, estupor convulsões e coma) Sistema urinário - Aumento da DRC Olhos - Retinopatia hipertensiva (cegueira). Sinais clínicos: PU/PD Observadas pelo proprietário Noctúria (cães) Anorexia Perda de peso Gatos Letargia Vômito ↓gatos (salivação). Diagnóstico Sinais clínicos Condição corporal, mucosas pálidas, tamanho e sensibilidade renal, desidratação, úlceras orais, alterações ósseas, edema subcutâneo/ascite Hemograma – Hematócrito, Leucograma de estresse Ureia/creatinina 75% néfrons Paciente hidratado ↓Ca e ↑P K [ ] Bicarbonato (↓discreta) Urinálise 1.007-1.015 1.022-1067 (gatos) Proteinúria Sedimento inativo Relação proteína/creatinina urinária Avaliar junto com o sedimento < 0,4 (normal) SDMA – jejum alimentar (8h) e animal hidratado e estável. Hemogasometria pH < 7,3 RX - Rins normais ou pequenos Cistos renais Formato irregular US (rins normais) -- ↑Ecogenicidade, Perda distinção corticomedular. Tratamento (conservativo): Tratar fatores reversíveis ITU, distúrbios acidobásicos, hipertensão,... Manutenção balanços hídrico e eletrolítico Ringer lactato Reposição de K (se necessário) Manejo dietético Água a vontade Dietas renais ↓Proteína, P, Na, ↑vit. B, fibras, ômega-3, antioxidante bem-estar ↓Uremia Início: estágio 3 (cães) e 2 (gatos) da DRC Descontinuar drogas potencialmente nefrotóxicas! Ingestão calórica 40-60 Kcal/kg/dia Suplementação ômega 3 + antioxidantes (renoprotetor) ↓TXA2; ↑PGE e PGI Gerioox® Acidose metabólica Bicarbonato (quando necessário) Restrição de P Dieta Hidróxido de Al Carbonato de Ca. A associação de ômega-3, vitamina E, selenito de sódio, gluconato de cobre, gluconato de zinco, sulfato de condroitina e glucosamina revelou ser um importante coadjuvante no tratamento conservador da DRC de cães, causando aumento da TFG com diminuição da proteinúria, significando que houve uma melhora na qualidade da excreção, e não um aumento da excreção. Sinais gastrointestinais Ranitidina Famotidina (1 mg/kg/VO/24h) Ondansetrona/citrato de maropitant Inibidores da ECA (nefroproteção) ↓Pressão intraglomerular ↓TGF-β (fibrose) ↓Proteinúria Benazepril/enalapril ↓TFG (↑ureia/creat) Primeira escolha em cães com HAS Pode ser combinado com losartana se necessário Cuidar sempre a hidratação. Omeprazol, mirtazapina. Reposição endócrina Eritropoetina (suplementar Fe) Peso, apetite, qualidade de vida Ac anti-EPO - anemia severa 100 UI/kg/SC/2-3 x por semana Calcitriol - Hiperparatireoidismo secundário Controle da pressão sanguínea Amlodipina Cães (0,1-0,5 mg/kg/VO/24h) Gatos (0,6-1,2 mg/kg/VO/24h) Primeira escolha em gatos com HAS. Pode combinar com telmisartana se necessário. Controle pressão sanguínea Losartana Bloqueador do receptor de angiotensina ↓TGF-β/↓proteinúria Cães 0,25 – 0,5mg/kg/dia/12-24h Telmisartana (Semintra®) Gatos Proteinúria 1mg/kg/24h Primeira escolha em gatos com HAS.TRANSPLANTE RENAL Gatos são os melhores candidatos 1 alelo para MHC Recomenda-se no estágio 3 (IRIS) Exames: RX, US, pressão arterial FIV, FeLV, toxoplasmose Tipo sanguíneo/prova cruzada Custos $15.000 + $300/mês (ciclosporina + prednisolona). INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU): Comuns em cães 14% Fêmeas 7-8 anos E. coli, Staphylococcus, Streptococcus, Enterococcus, Enterobacter, Proteus, Klebsiella, Pseudomonas Diabetes melitus, DRC, hiperadreno Gatos - Cateterização uretral, Uretrostomia perineal/pré- púbica. Aspectos clínicos (infecção ascendente): Assintomáticos. Estrangúria/disúria. Polaquiúria/hematúria. ITUI (cistite, uretrite). Letargia, depressão, anorexia – ITUS – pielonefrite. Exame físico Bexiga pequena e espessada Bexiga distendida (obstrução) Desconforto/dor abdominal À palpação vesical/renal Pregas vulvares (intertrigo) Dermatite perineal Prepúcio (secreção, massas) Desidratação Febre (prostatite, pielonefrite). Diagnóstico Sinais clínicos Urinálise (bacteriúria + piúria) Cilindros leucocitários (pielonefrite) Urocultura/antibiograma ≥ 1000 UFC/mL (clinicamente relevante) Coleta por cistocentese Hemograma/bioquímico Pielonefrite/prostatite Rx/US Investigar alteração anatômica. ITU recorrente: Investigar possíveis causas (neoplasia, ureter ectópico) Incontinência urinária Cistoscopia, Biopsia. Investigar causa primária, pois a ITU poderá ser secundária. Tratamento ITU não complicada Lavagem vesical Amoxicilina (clavulanato) 20 mg/kg/8h/VO Sulfametoxazol-trimetoprim 15 mg/kg/12h/VO Enrofloxacina Cães (2,5-10 mg/kg) Gatos (2,5-5 mg/kg/12h/VO, IM, SC) 7-14 dias Tratamento ITU recorrente/complicada Resultados cult/antib Durante o tratamento também Doses adequadas 4-6 semanas Nitrofurantoína (4 mg/kg/8h) Pacientes refratários a outros tratamentos Não utilizar em prostatite e pielonefrite (↓[ ]) Enrofloxacina (dose alta) 4-6 semanas Sulfa-trimetoprim/castração (prostatite) UROLITÍASE: Urólitos: concreções sólidas que se formam e depositam no trato urinário. Nefrólitos, ureterólitos, cistólitos, uretrólitos. Estruvita e oxalato de Ca. Nefrólito em cão: Não deve ser entendida como uma doença isolada, mas sim como uma consequência de uma ou mais anormalidades subjacentes. Formação dos urólitos: ↑[ ] de sais na urina; Período de tempo prolongado no TU; pH favorável à precipitação de cristais; ↓ [ ] dos inibidores da cristalização (GAGs); ↑ aporte de proteínas e minerais na dieta; Produção de urina concentrada; Ingestão de água Diminuição da reabsorção tubular (cálcio). Urolitíase – tipos: Estruvita: Mais comum em gatos (?) Precipita em urina neutra a alcalina Infecção bacteriana Mais comum em fêmeas (ITU) Urease + uréia amônia + bicarbonato. Staphylococcus, Proteus, Pseudomonas e Klebsiella Radiopacos Geralmente de superfície lisa Diagnóstico por RX simples ou US Oxalato de Ca (+ comum em humanos) Mais comum em cães Ocorrem em situações de hipercalciúria Precipitam em pH ácido a neutro Radiopacos Superfície irregular (amora) Mais comuns em machos (castrados) Obesidade Diagnóstico com RX simples. Urato (ácido úrico) Precipitam em urina ácida a neutra Radiolucentes Pequenos, quebradiços, esféricos Alta predisposição racial – Dálmatas (machos) e Buldogues Ingleses Hepatopatias (Shunt portossistêmico) Diagnóstico por US ou RX contrastado (positivo ou duplo contraste). Cistina Incomuns em cães e raros em gatos A cistina não é reabsorvido por defeito tubular Recidiva Precipita em pH ácido a neutro Radiolucente Superfície lisa ou denteada Alta predisposição racial (machos)– Dachshund, Bulldog Inglês, Terra Nova e Dálmata Diagnóstico por RX com contraste + ou duplo. Sinais clínicos: Hematúria, polaquiúria, disúria, anúria, sinais de uremia – obstrução. Diagnóstico: Urinálise: Cristais, hipercalciúria (OxCa). Urocultura (cistite). Diagnóstico de imagem – RX, US. Análise da composição do urólito – mineral predominante. Tratamento e prevenção: Remoção cirúrgica Cistotomia/uretrostomia Dietas (úmidas) Hill’s C/D, S/D, W/D, Urinary S/O (extruvita e oxalato) Hill’s U/D (oxalato, urato e cistina) Hill’s K/D (urato e cistina-felinos) Controle da infecção Cloreto de amônio 100 mg/kg/VO/12h (cães) 800 mg/dia (1/4 colher sopa) no alimento (gatos) Hidroclortiazida Monitorar a [ ] sérica de Ca 2 mg/kg/VO/12h (cães) 1 mg/kg/VO/12h (gatos) Citrato de K (oxalato, urato e cistina) Se liga ao Ca Alcalinizante 50-75 mg/kg/VO/12h Alopurinol Dissolução de uratos 15mg/kg/12h/VO. DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR DOS FELINOS – DTUIF: Cistite Idiopática Obstrutiva e não Obstrutiva Felina (Nelson e Couto, 2015). Distúrbio caracterizado por hematúria, polaquiúria, disúria- estrangúria, micção inapropriada (periúria) e obstrução parcial ou total da uretra. Sindrome de pandora pois afeta outros órgãos e sistemas – TGI, pele, pulmão, cardiovascular, SNC, endócrino, imune. Causa identificada Urolitíase Infecção urinária Staphylococcus sp., E. coli Viral?/parasitária (capillaria sp.) Cateterização Divertículo uracal Estenoses Neoplasias Estresse CIF. Fatores predisponentes Idade, sexo e raça Pico de ocorrência: 2-7 anos 6 meses a 15 anos Comportamento: Nervoso, medroso, agressivo Risco aumentado: Castração Habitat (dentro de casa) Caixa de necessidades Dieta. Obesidade/sedentarismo Baixo consumo de água Quantidade de animais Mudança recente ou constante na rotina Fatores genéticos. Sinais Clínicos Hematúria, Polaquiúria Disúria-estrangúria Vocalização durante a micção Lambedura da genitália Lesão no pênis Micção fora do local normal (periúria) Relatado pelos proprietários. Obstrução parcial ou completa Incapacidade de urinar Comportamento agressivo Dor abdominal Sinais de uremia. *Obstrução uretral pode ser sequela de DTUIF em gatos machos Diagnóstico Exame físico Bexiga repleta (cuidado!) Dor abdominal Pênis congesto (ferimentos por lambedura) Desidratação/hipotermia Complicações Azotemia pós-renal/uremia Hidronefrose/ruptura de bexiga Desequilíbrios hidroeletrolíticos Hemograma de estresse Acidose metabólica Insuficiência renal. Procedimentos Clínico-laboratoriais • Anamnese (causas?) • Esvaziamento da bexiga • Massagem • Sondagem • Cistocentese • Análise da urina (urinálise, cultura) • Dosagem de ureia/creatinina/K • RX • Cistoscopia Sondagem uretral Estabilização do animal Fluidoterapia (NaCl 0,9% e RL) Hipercalemia (8-10mEq/L) Insulina (0,25-0,5 U/kg) + dextrose 50% Anestésicos gerais Ketamina/Propofol Benzodiazepínicos Massagem da uretra + pressão vesical suave Introdução da sonda (anestésico local) Urohidropropulsão Lavagem da bexiga. Tratamento Corrigir causas quando presentes Analgésicos Butorfanol (0,2 mg/kg/SC ou VO/12h) Anti-inflamatórios (?) Antibióticos (?) 1º episódio estéril Gatos + 10 anos ITU complicada Cultura/antibiograma Profilaxia Estimulo a ingestão de água Nº de caixas de necessidades Enriquecimento ambiental Rações terapêuticas Análise do cálculo Antidepressivos (somente casos crônicos) Amitriptilina (2,5 a 5 mg/gato SID por 6 meses) Redução gradativa Cirurgia (uretrostomia) FERORMÔNIOS. ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL.