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TCC - MATEMATICA NO ENSINO REMOTO COM A NECESSIDADE DO USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS

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MATEMATICA NO ENSINO REMOTO COM A NECESSIDADE DO USO DAS 
TECNOLOGIAS DIGITAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Araçuaí- Polo Araçuaí 
2022 
SUMÁRIO 
 
1. APRESENTAÇÃO ........................................................................................ 3 
2. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 4 
1.1. Objetivos ................................................................................................ 5 
1.1.1. Geral ................................................................................................... 5 
1.1.2. Específicos ......................................................................................... 6 
1.2. Justificativa ............................................................................................. 6 
3. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................... 7 
1.3. 3.1. As tecnologias dentro da sala de aula............................................. 7 
1.4. 3.2. O ensino da Matemática e o contexto pandêmico ........................ 11 
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................... 12 
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................ 13 
6. CONCLUSÃO ............................................................................................. 17 
7. REFERÊNCIAS .......................................................................................... 18 
3 
 
 
1. APRESENTAÇÃO 
A escolha pelo curso de licenciatura em Matemática ocorreu ainda no Ensino 
Fundamental, e se concretizou no Ensino Médio quando comecei a estudar a mesma 
no cotidiano, observando sua importância e utilidade na vida social. O reconhicmento 
de que a Matemática é importante pra além dos limites acadêmicos é o primeiro passo 
para entender sua importância na visa das pessoas e da evolução social como um 
todo, principalmente na realização de atividades comuns dos seres humanos, como 
fazer compras, pagamentos, dentre outras atividades cotidianas. 
No ano de 2017 participei de um processo seletivo para concorrer a uma das 
vagas disponibilizadas para ingresso no curso de Licenciatura em Matemática EaD, na 
Universidade Federal Do Vale de Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Para realizar a 
inscrição no processo, tornou-se necessário apresentar a nota do Enem de no máximo 
dois anos atrás. Fui aprovada na 1ª chamada. Depois de apresentar toda a 
documentação devida no polo da minha respectiva cidade, aguardei o início do 1° 
período que estava previsto para agosto de 2017. 
No início do semestre do curso, tive bastante dificuldade quanto ao manejo 
da plataforma. Aprendi com erros a me planejar para realizar as atividades; muitas 
delas exigiam um certo limite de tempo ou dias para serem realizadas. Com o tempo 
aprendi a me adaptar na modalidade a distância. O componente curricular do 1° 
período do curso envolvia disciplinas de revisão da matemática básica, que abrangiam 
conteúdos estudados no Ensino Médio. Existiam conteúdos que eu não recordava bem 
e senti bastante dificuldade nesse quesito, tendo que realizar todo um planejamento 
organizacional para não estudar só aquilo que era repassado na plataforma, 
mas também buscar outros meios que explicassem aulas sobre as temáticas 
apresentadas nas disciplinas do respectivo período. Meu desempenho foi fraco com 
relação às notas obtidas nos questionários, atividades e provas presenciais, mas 
com esforço consegui ser aprovada nas 6 disciplinas cursadas no 1° período. 
Já no ano de 2020, com o surgimento da COVID-19, todo o 
planejamento elaborado foi reestruturado devido ao isolamento que se fez necessário 
para contenção do vírus e os cursos à distância foram interrompidos e retornando em 
maio de 2020 com provas que antes aconteciam de forma presencial seriam feitas de 
forma online em razão das políticas adotadas para conter a disseminação do vírus. 
A conclusão do último período do curso se deu no primeiro semestre de 2021, 
4 
 
sendo um momento almejado por todos os discentes do curso de graduação em 
Matemática EAD. No meu trabalho de conclusão de curso (TCC) pesquisei sobre as 
dificuldades de 
Aprendizagem de Àlgebra nos anos finais de ensino Fundamental. Agora 
gostaria de fazer uma pesquisa voltada sobre os docentes já que serei professora 
dessa disciplina e gostaria de saber mas sobre as dificuldades que os professores de 
Matemática tiveram durante o ensino remoto com a necessidade do uso das 
tecnologias digitais durante as aulas. 
Escolhi esse tema pois durante o meu estagio feito de forma remota ouvir vários 
questionamentos dos professores falando da dificuldades em preparar as aulas de 
Matemática usando as tecnologias digitais. 
A necessidade de se utilizar novos meios digitais como forma de trasmissão de 
saberes foi uma novidade para todos, surgida a partir de uma real necessidade criada 
pela pandemia do coronavirus. Por óbvio, a pandemia surpreendeu a todos e exigiu 
que fossem criados meios para que a educação fosse reinventada. Esse processo, 
contudo, não foi fácil, principamente para os professores, que precisaram encontrar 
novas maneiras de dar aula. Tal cenário perdurou desde o ano de 2020 até o ano de 
2021, período no qual esperávamos a ajuda da ciência para com a criação de vacinas. 
Mesmo assim, entretanto, é de se reconhecer que a pandemia do coronavirus fez com 
que toda a sociedade mudasse sua forma de pensar e de se comportar. 
Tendo isso em vista e com o objetivo de criar mecanismos para entender melhor 
o uso das tecnologias no ensino da matemática, irei investigar quais foram as 
dificuldades dos professores de Matemática durante o ensino remoto quando tiveram a 
necessidade de preparar as aulas usando as tecnologias digitais 
 
2. INTRODUÇÃO 
Inegável é que a pandemida da COVID-19 gerou em todo o mundo grandes 
mudanças de comprotamento. Na verdade, notou-se que a forma de viver mudou de 
forma completa, uma vez que toda a situação emergencial exigiu que as pessoas 
reinventassem sua forma de ver o mundo e de se relacionarem entre si. 
A descoberta do novo coronavírus na China, em 2019, afetou não apenas o 
comércio mundial como também todas as relações interpessoais, incluindo os vínculos 
educacionais. 
5 
 
Um dos mecanismos utilizados para a mudança de paradigma foi a tecnologia, a 
qual também execeru influência no campo educacional. 
Com a adoção de medidas de distanciamento social, foi preciso que as escolas 
e instituições de ensino modificassem sua forma de transmissão e saberes e de 
interação com os alunos. O uso da tecnologia, assim, foi uma das maiores aliadas dos 
professores, mas isso não ocorreu sem dificuldades. 
O que se demonstrou com a pademia da COVID-19 foi que os professores não 
possuem a capacitação e qualificação adequada para manejar instrumentos e 
ferramentas tecnológicas, o que influenciou diretamente no processo de ensino-
aprendizagem. Por isso, o objetivo deste artigo é tratar sobre esse assunto. 
A escolha do tema surgiu após a identificação de vários problemas relacionados 
a ele, observados durante o estágio feito de forma remota nas turmas do Ensino 
Fundamental e do Ensino Médio do curso de Graduação em Matemática. Durante esse 
período de estágio notou-se que os docentes tinha muita dificuldade em lidar com as 
tecnologias durante o Ensino Remoto. 
Neste sentido, a pesquisa tem como base compreender sobre as dificuldades 
enfrentadas pelos professores de Matemática no ensino remoto com a necessidade do 
uso das tecnologias digitais como recurso pedagógico e aprofundar neste campo do 
conhecimento, uma vez que as tecnologias está presente em nossas vidas desde as 
ações mais simples do nosso cotidiano e são extremamente importantes para o campo 
educacional.1.1. Objetivos 
A hipótese a ser explorada é a de que a dificuldade explorada pelos professores 
advêm da falta de formação continuada ou qualificação dos professores, bem como 
pela falta de estrutura, como equipamentos, computadores e internet, para que isso 
ocorra. 
 
1.1.1. Geral 
O obetivo geral da pesquisa é analisar a bibliografia disponibilizada nos últimos 
dois anos, com o fim de identificar as dificuldades estabelecidas em relação à 
tecnologia no processo de ensino e aprendizagem pelos professores de Matemática no 
6 
 
ensino remoto. 
 
1.1.2. Específicos 
Já como objetivos específicos, foi estabelecidos os seguintes: 
✓ Investigar os desafios das aulas EaD/remotas da disciplina de 
Matemática; 
 
✓ Identificar as dificuldades que os professores de Matemática têm 
enfrentado com o uso dos recursos tecnológicos impostos para a 
condução do ensino remoto; 
 
✓ Analisar e as ferramentas tecnológicas utilizadas no 
desenvolvimento do ensino remoto pelos professores que ensinam 
Matemática têm se mostrado adequadas frente às necessidades atuais. 
1.2. Justificativa 
A necessidade de se utilizar novos meios digitais como forma de trasmissão de 
saberes foi uma novidade para todos, surgida a partir de uma real necessidade criada 
pela pandemia do coronavirus. Por óbvio, a pandemia surpreendeu a todos e exigiu 
que fossem criados meios para que a educação fosse reinventada. Esse processo, 
contudo, não foi fácil, principamente para os professores, que precisaram encontrar 
novas maneiras de dar aula. Tal cenário perdurou desde o ano de 2020 até o ano de 
2021, período no qual esperávamos a ajuda da ciência para com a criação de vacinas. 
Mesmo assim, entretanto, é de se reconhecer que a pandemia do coronavirus fez com 
que toda a sociedade mudasse sua forma de pensar e de se comportar. 
Os impactos disso na educação foram evidentes e até hoje perduram. Por isso, 
a importante pesquisa tem relevância à medida em que se busca contribuir para a 
melhoria do ensino da matemática, principalmente a partir do aproveitamento das 
ferramentas de tecnologia que estão disponíveis às escolas e aos professores, assim 
como também aos alunos. 
 
 
 
7 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
1.3. 3.1. As tecnologias dentro da sala de aula 
Neste capítulo, apresenta-se o referencial teórico. Buscamos delinear os 
conceitos fundamentais deste estudo sobre as dificuldades dos professores de 
Matemática durante o ensino Remoto com a necessidade do uso das tecnologias 
digitais. 
Desde o ano de 2020, o mundo vem enfrentando um problema sério causado 
pelo novo coronavírus. A pandemia da COVID-19 fez com que todas as relações 
interpessois e a vida em sociedade sofressem grandes modificações, inclusive no 
campo escolar (JUNIOR, 2020). 
Ante ao grande número de infectados pelo vírus, todo o mundo passou a adotar 
medidas de segurança, consubstanciadas principalmente pelo afastamento social e 
isolamento, o que fez com que as escolas e instituições de ensino ficassem por um 
tempo fechadas (JUNIOR, 2020).. 
Diante da crise global, recorrente da pandemia causada pelo coronavírus no 
mundo inteiro, de acordo com o censo escolar divulgado pelo Inep (2019) 
aproximadamente 48 milhões de estudantes de ensino básico deixaram de frequentar 
as aulas presenciais. Isto ocasionou um cenário de incertezas e renovações, tanto para 
o professor quanto para o aluno, urgenciando a necessidade da atribuição de novas 
formas de ensinar. 
Estas novas formas de ensinar envoveram, principalmente, a utilização 
emergencial de mecanismos tecnológicos, principamente plataformas de transmissão 
ao vivo, por meio das quais os alunos e professores puderam se encontrar 
virtualmente. Mas não apenas isso, outros aplicativos como os de mensagens, foram 
essenciais para a continuação dos procedimentos pedagógicos durante o período de 
distanciamento social (JUNIOR, 2020).. 
Ocorre que mesmo antes da pandemia a utilização de tecnologias digitais de 
informação e comunicação, também denominadas de TIC’s, já eram utiliadas no 
campo da educação e já tinham apresentado bons resultados, principalmente no que 
tange à evolução do processo de ensino e aprendizagem (MORRUDO, 2022). 
Segundo Gravina Stormwoski (2015), esse processo foi importante em razão da 
influência da tecnologia também nos outros setores de nossas vidas; para os autores, 
a tecnologia passou a fazer parte da nossa forma de pensar, de aprender e de 
produzir, razão pela qual a entrada da mesma no contexto da sala de aula seria tão 
8 
 
importante para o desenvolvimento pedagógico. 
Uma coisa a ser ressaltada é que o processo de ensino e aprendizagem no 
Brasil depende de diversos fatores, dentre os quais pode-se mencionar os elementos 
metodológicos, sociais ou pessoais. Sob esse espeque, discorre SILVA (2021) que não 
existe uma única forma de se alcançar a aprendizagem. Por isso, segundo o autor, 
otimizar o trabalho em sala de aula é primordial para que se chegue aos objetivos 
pretendidos pela instituição de ensino. 
Da mesma forma, o processo de ensino e aprendizagem por meio de recursos 
tecnológicos apresenta uma complexa bagagem, onde os professores, os alunos e as 
tecnologias são mediadoras de ensino, o papel do professor deve ser mais consciente 
e didático possível, posto que essa metodologia deve atribuir uma nova visão de 
conhecimento, de modo que supere o ensino tradicional no quesito ensino e 
aprendizagem. 
Segundo Mainart (2012), a Internet abre possibilidade de se modificar mais 
facilmente a forma de ensinar e aprender tanto nos cursos presenciais como nos 
cursos à distância. São muitos os caminhos, que dependerão da situação concreta em 
que o professor se encontrar. Já para Graça (2012), a utilização da tecnologia na 
educação propõe uma nova forma de atuação dos professores, não se limitando 
apenas a uma simples utilização tecnológica, mas sim a uma nova forma de ensinar-
aprender, deixando o professor de ser um transmissor do conhecimento e passando a 
ser um facilitador desse conhecimento, por meio de aulas diferenciadas, dinâmicas, 
etc. 
Segundo Gatti (1993), entretanto, a incorporação do uso das tecnologias em 
sala de só tem sentido se contribuir para a melhoria da qualidade de ensino. A simples 
presença de novas tecnologias na escola não é, por si só, garantia de maior qualidade 
na educação, pois a aparente modernidade pode mascarar um ensino tradicional 
baseado na recepção e na memorização de informações. (GATTI, 1993, apud 
MAINART; SANTOS,2010, p.03). 
Contudo, a qualidade do ensino e da incorporação da tecnologi depende da 
qualificação do professor. Não apenas isso, como é importante que as escolas sejam 
providas de recursos digitais e estrutura básica para que a tecnologia seja incorporada 
de forma eficiente, conforme bem descreve Stormwski (et al, 2015). 
Esses dois fatores (estrutura e capacitação), são problemas na educação 
brasileira. Assim como afirma Morrudo (2022) os professores não conseguem utilizar 
9 
 
de forma correta a tecnologia justamente por não serem capacitados para tal e nem 
possuírem a estrutura para tal. Segundo o autor, os professores brasileiros não sentem 
confiança na exploração da tecnologia, razão pela qual optam sempre pelo método 
tradicional de ensino, o qual envolve quadro negro e giz. 
Tal perspectiva é reforçada por Valente (2005), o qual aponta que, uma vez se 
sentindo confiantes por seus trabalho e uma vez dominando as tecnologias, os 
professores poderiam explorar melhor os mecanismos tecnológicos e utilizar mais 
estes recursos para o desenvolvimento de projetos, por exemplo. 
Segundo Mainart (2012), a Internet abre possibilidade de se modificar mais 
facilmente a forma de ensinar e aprender tanto nos cursos presenciais como nos 
cursos à distância. São muitos os caminhos, que dependerão da situação concreta em 
que o professor se encontrar. Já para Graça(2012), a utilização da tecnologia na 
educação propõe uma nova forma de atuação dos professores, não se limitando 
apenas a uma simples utilização tecnológica, mas sim a uma nova forma de ensinar-
aprender, deixando o professor de ser um transmissor do conhecimento e passando a 
ser um facilitador desse conhecimento, por meio de aulas diferenciadas, dinâmicas, 
etc. 
Durante a pandemia, a deficiência de capacitação dos profissionais da educação 
geraram um déficit pedagógico importante. Uma vez que não dominavam as 
ferramentas tecnológicas, os professores não foram capazes de transmitir devidamente 
o seu conhecimento aos estudantes, o que ocorreu tanto na educação fundamental 
quanto no ensino superior (MORRUDO, 2022). 
No Brasil, com a pandemia, o formato de ensino a distância passou a 
predominar, em atenção à necessidade de se manter o distanciamento social. Como 
foi adotado pelo Ministério da Educação excepcionalmente, passou a ser denominado 
de Ensino Remoto Emergencial (ERE), o qual foi aprovado unciamente com o objetivo 
de cumprir o cronograma presencial com as aulas on-line, mas sem existir qualquer 
pradonização com relação à metodologia de aprendizagem, método avaliativo ou 
comunicação com os professores (MORRUDO, 2022). 
A falta de padronização e organização do ERE foi uma das críticas realizadas 
pelos estudiosos do assunto. Assim, aponta Morrudo (2022) que: 
Paiva (2020) diz que, muitos professores estão se comportando no ensino 
remoto, de forma semelhante ao que faziam em sala de aulas, ministrando aulas 
expositivas, se apoiando em slides, propondo discussões, solicitando textos e 
10 
 
aplicando provas. Outros estão aprendendo a gravar vídeos, usando uma grande 
quantidade de ferramentas digitais e perdendo o medo de usar a tecnologia. Há 
também aqueles que criaram grupos de Whatsapp e salas no Facebook. Das crises 
nascem momentos de mudanças, é praticamente impossível descrever todas as 
práticas educacionais que emergiram durante a pandemia. Mas é possível prever que 
as práticas educativas nunca mais serão as mesmas. 
No Brasil, com a pandemia, o formato de ensino a distância passou a 
predominar, em atenção à necessidade de se manter o distanciamento social. Como 
foi adotado pelo Ministério da Educação excepcionalmente, passou a ser denominado 
de Ensino Remoto Emergencial (ERE), o qual foi aprovado unciamente com o objetivo 
de cumprir o cronograma presencial com as aulas on-line, mas sem existir qualquer 
pradonização com relação à metodologia de aprendizagem, método avaliativo ou 
comunicação com os professores (MORRUDO, 2022).. 
Houve, entretanto, uma agravação da crise educacional que já existia no país. 
Assim como aponta Santana e Sales (2020): 
Essas práticas acabaram por desvelar desafios e tensões que os segmentos já 
vinham enfrentando. A pandemia é amplificadora dessas crises, tornando-os maiores e 
mais complexas e, ao mesmo tempo, denunciantes. Na área da educação, com o 
clamor pela apresentação de soluções imediatas para o desenvolvimento das ações 
educacionais formais em tempos de pandemia, estratégias alternativas foram 
ocupando espaços nas rotinas pedagógicas das escolas que precisavam acelerar para 
o século XXI no que diz respeito à infraestrutura física e tecnológica, mas, em sua 
grande maioria, permanecem nos séculos passados na dimensão pedagógica centrada 
na transmissão de conteúdo. (SANTANA; SALES, 2020, p. 77). 
Apesar dos problemas identificados, o ensino remoto adotado exigiu que novas 
formas de ensinar fossem desenvolvidas, o que atingiu o âmbito da matemática. Neste 
sentido, apontou Moraes, Costa e Passos (2021) que o momento vivenciado pelos 
professores/as no ensino remoto é “[...] um convite para repensar a matemática (ou 
matemáticas); as tecnologias enquanto aliadas e não adversárias, a Linguagem 
Matemática e ouso das plataformas digitais para o ensino remoto da matemática”. 
De fato, o professor acostumado com a sala de aula física e o uso do quadro-
negro não encontra dificuldade com o uso de símbolos para representar frações, 
resolver equações e outros elementos matemáticos. Ao transpor essas ações para o 
ambiente virtual, em aulas síncronas, por exemplo, é necessário o conhecimento de 
11 
 
interfaces específicas e que, muitas vezes, proporcionam uma visualização mais 
dinâmica desses elementos já que podem ser adicionados recursos como cores e 
movimentos. 
 
1.4. 3.2. O ensino da Matemática e o contexto pandêmico 
No contexto do ensino da Matemática, não é segredo a preocupação com o bixo 
rendimento dos alunos brasileiros, sendo que alguns fatores como as metodologias 
deficitárias, a falta de didática e a carência cognitiva dos alunos, podem explicar tal 
situação (SILVA, 2021). Além disso, a Matemática sempre foi considerada uma matéria 
difícil, o que também dificultava o ensino da disciplina nas escolas (SILVA, 2021). 
A qualificação dos professores, ainda, também sempre foi um tópico relevante, 
assim como aponta Moreira (2019): 
O inflamado discurso sobre a necessidade de dialogar sobre a formação do 
professor que ensina Matemática, em qualquer nível de ensino, não é novo e, além 
disso, requer abertura e necessidade de experimentar novas formas de ensinar e 
aprender, desconstruindo práticas assentadas em velhos valores pedagógicos. 
No contexto da pandemia e com a adoção do ensino remoto, a prática 
pedagógica do ensino da matemática se tornou ainda mais complexo. 
Entende-se, de acordo com Moreira (2019) que o papel das tendências em 
Educação Matemática, com destaque para a Etnomatemática, as Tecnologias de 
Informação e Comunicação (TIC), a Modelagem Matemática, a Resolução de 
Problemas, a História da Matemática e a Inclusão em Aulas de Matemática como 
forma de superação de concepções arraigadas no modelo tradicional de ensino e que 
pouco dialogam com a sociedade atual. 
Ocorre que, assim como para o ensino de outras disciplinas, a utilização do 
ensino remoto representou um desafio aos profissionais da educação, tendo em vista 
que todo o processo de adaptação expôs a vulnerabilidade profissional dos mesmos, 
sobretuudo no que tange ao uso das tecnologias (BARROS, et al, 2020). 
Sobre o ensino da Matemática em si, sabe-se que a aplicação adequada das 
metodologias exige uma participação ativa do aluno (PAIVA, 2016). Uma vez que 
sempre foi considerada uma matéria difícil, é natural que os alunos a ignorassem 
durante o ensino remoto (BARRETO; ROCHA 2020). 
12 
 
Por isso, era importante que, durante o ensino da disciplina remotamente, o 
professor agisse com dedicação, readaptação e também conhecimento tecnológico, 
com o fim de fazer com que os alunos também se interessassem pelo que estava 
sendo transmitido (PAIVA, 2021). Isso, como se sabe não é de fácil execução. 
Outros problemas também estão relacionados à dificuldade no ensino da 
Matemática durante o ensino remoto, os quais se ligam às situações socioeonômicas 
dos estudantes. Problemas como alimentação precária, má iluminação, difícil acesso à 
internet, falta de orientação mais incisiva nas plataformas e a falta de um cômodo 
apropriado para o estudo são novas dificuldades que devem ser enfrentadas por toda a 
instituição escolar (ARAÚJO, et al, 2020). A perda do aprendizado ou declínio na 
saúde de crianças vulneráveis e desfavorecidas (incluindo meninas, pobres, deficientes 
e desalojados), e com uma grande insegurança dessas mesmas crianças/adolescentes 
não voltarem a frequentar as escolas quando a pandemia passar também são grandes 
preocupações (ARAÚJO, et al, 2020). 
O que pode se concluir, portanto, é que são uma série de fatores que 
influenciam o ensino da Matemática por meio da utilização de instrumentos 
tecnológicos. A problemática, portanto, se encontra também na forma como este 
ensino será acessível, considerando tanto a capacitação dos professores quanto as 
condições socioeconômicas dos alunos.4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
Como metodologia, optou-se pela abordagem qualitativa. Trata-se de uma 
revisão bibliogrática relativa as dificuldades enfrentadas pelos professores de 
Matemática no ensino remoto com a necessidade do uso das tecnologias digitais . 
A pesquisa de abordagem qualitativa segundo Fagundes (2009, p.21) “se 
caracteriza, principalmente por estudar subjetividades, crenças, valores, 
representações da realidade, opiniões, enfim, fenômenos intrinsecamente complexos” 
No âmbito da abordagem qualitativa, diversos métodos são utilizados de forma a 
se aproximar da realidade social, sendo o método da pesquisa documental aquele que 
busca compreendê-la de forma indireta por meio da análise dos inúmeros tipos de 
documentos produzidos pelo homem. (SILVA, et al, 2009, p. 4555). 
Para a realização deste trabalho será desenvolvida uma revisão bibliográfica um 
procedimento para obter dados dos estudos já realizados a respeito da temática que 
13 
 
nos interessa. Esta pesquisa é relativa à produção acadêmica da temática, as 
dificuldades enfrentadas pelos professores de Matemática no ensino remoto com a 
necessidade do uso das tecnologias digitais . 
A coleta de dados ocorrerá por meio do estabelecimento de critérios para a 
seleção de trabalhos publicados no idioma português nas bases de dados SCIELO 
(Scientific Electronic Library Online), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal 
de Nível Superior (CAPES), devido à confiabilidade desses sites nos meios 
acadêmicos. 
Acessaremos os referidos sites para realizar a seleção dos artigos e teses que 
comporão este trabalho. Para Investigar os desafios das aulas EaD/remotas da 
disciplina de Matemática Delimitamos a seleção de artigos e teses por meio da busca 
em relação as seguintes palavras chaves: Dificuldades; Matemática; Ensino Remoto, 
utilizando como conectivo a letra “e”. 
Buscaremos publicações publicadas na íntegra no período de 2020 a 2022, em 
língua portuguesa e que destacam o cenário brasileiro de ensino remoto da 
Matemática. 
Estes artigos e teses que servirão de objeto de análise em um primeiro 
momento, passando-se em seguida à leitura de seus títulos e resumos. Realizada a 
leitura dos títulos e resumos, serão selecionados aqueles que mais se adequem aos 
propósitos desta pesquisa, sendo lidos na íntegra. E realizaremos a categorização e 
análise dos mesmos. 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Utilizando os critérios de pesquisa definidos no Portal de Periódicos da Capes, 
foram identificados, inicialmente, 10 artigos. Já no site da Scielo não foi identificado 
nenhum artigo dentro dos parâmetros estabelecidos. 
Após a leitura dos resumos dos trabalhos científicos identificados, um deles foi 
descartado, uma vez que não abordava tema pertinente à pesquisa. Dessa forma, a 
pesquisa prosseguiu com a análise de 9 diferentes trabalhos acadêmicos, os quais se 
enquadravam nos parâmetros estabelecidos. 
A partir da análise dos artigos, identificou-se uma concordância com o que já 
havia sido constatado com a revisão bibliográfica, qual seja o fato de que o ensino 
remoto teria agravado um problema há muito já existente na educação brasileira: a 
14 
 
falta de estrutura e de capacitação dos professores associada com as condições 
socioeconômicas dos alunos. 
Entende-se que, ao ter acesso aos dispositivos tecnológicos, os alunos e 
professores passam a ter uma possibilidade de melhor mediação durante o processo 
de ensino e aprendizagem. O papel do professor, contudo, é ativo, de forma que é ele 
quem deve organizar todas as aulas e gerenciar o processo de ensino remoto 
(BULEGON, et al, 2021). 
Dentro de cada realidade e possibilidade, os professores, com a quarentena, 
tiveram de explorar as ferramentas tecnológicas e aprender a manuseá-las, 
adequando-as a cada situação de ensino (SANTOS; SANT’ANNA, 2020). 
Com o advento da COVID-19, portanto, foi preciso reinventar o processo de 
ensinar e de aprender, de forma que os professores ficaram responsáveis por escolher 
os recursos mais viáveis ao atingimento de seus objetivos acadêmicos (BULEGON, et 
al, 2021). O novo normal dos alunos, a essa altura, era consubstanciado pela torina 
remota das aulas, a qual substituiu a rotina que envolvia a possibildiade de 
desenvolver habilidades cognitivas e socioculturais a partir das aulas presenciais 
(SANTOS; SANT’ANNA, 2020). 
Com o advento da pandemia, a utilização de plataformas como Google Sala de 
Aula, WhatsApp, Google Meet e Power Point foram alternativas utilizadas pelos 
professores tanto para comunicação com os alunos quanto para a realização de aulas 
remotas (FRAZ, et al, 2021; BULEGON, et al, 2021; MACHADO, et al, 2022; SANTOS; 
SANT’ANNA, 2020).. Outras ferramentas como jogos e quizzes, bem como softwares 
de gravação e edição de videos, geogebra e as próprias redes sociais também foram 
amplamente utilizadas (FRAZ, et al, 2021; BULEGON, et al, 2021; SANTOS; 
SANT’ANNA, 2020). 
Por óbvio, a utilização dessas plataformas no contexto do ensino da Matemática 
exigiu do professor uma posição mais ativa, e modo que ele precisou organizar melhor 
sua didática pedagógica(BULEGON, et al, 2021).. Na pesquisa de Fraz (et al, 2021) 
identificou-se três problemas centrasis, quais sejam a pouca interação com os alunos e 
as dificuldades de assessibilidade dos estudantes e o despreparo dos professores. 
Alguns pontos, entretanto, chamaram a atenção. A pesquisa apresentada por 
Pires (et al, 2021) demonstrou que, para as professoras mulheres, o contexto 
pandêmico causou problemas também em sua esfera pessoal, uma vez que elas não 
apenas tinham que cuidar dos alunos, como também das atividades domésticas. Para 
15 
 
os autores, este fato fez com que o ensino realizado por estas profissionais estivesse 
sendo prejudicado, principamente quando analisado em conjunto com os outros fatores 
mencionados. 
Outro problema identificado pelos autores foi a ausência de disponibilização de 
atividades acadêmicas e a falta de conexão com a internet, um problema estrutural 
também indentificado por outros autores como Fernandes e Silva (2022), Pires (et al, 
2021) e Faz (et al, 2021). Estes útimos autores apontaram que as dificuldades em 
relação à tecnologia despendida no processo de ensino e aprendizagem e na 
organização do trabalho remoto se assentam na falta de preparo para lidar com os 
recursos tecnológicos, na falta de dispositivos disponíveis e na burocratização. Não 
apenas isso, como os autores ainda apntaram as dificuldades vinculadas ao professor, 
ao estudante e sua família. 
Já a pesquisa realizada por Fernandes e Silva (2022), em uma escola, 
demonstrou que todos os professores entrevistados tinham alguma dificuldade no que 
tange aos conteúdos e adaptação ao ensino remoto. Não apenas isso, como foi 
denunciada a ausência de suporte do Poder Público para com os professores: segundo 
a pesquisa, grande parte das dificuldades apresentadas poderiam ter sido resolvidas 
caso o suporte financeiro tivesse sido melhor, ou, ainda, caso tivessem sido ofertados 
melhores cursos de capacitação. 
A ausência de suporte familiar e condições socioeconômicas também foi 
denunciada. Para Fraz (et al, 2021), o aumento do desemprego causado pela 
pandemia gerou no ambiente intrafamiliar uma tensão prejudicial aos estudantes, 
principalmente nas famílias mais vulneráveis economicamente. Situações como 
estudantes sem acesso à internet, por exemplo, eram muito comuns, o que 
efetivamente dificultava o processo de ensino e aprendizagem. Nestes casos, as 
opções encontradas pelos professores era a entrega de materiais impressos 
(BULEGON et al, 2021), mas mesmo este procedimento não era garantia de que os 
alunos estavam aprendendo algo (BULEGON et al, 2021). 
Para Santos e Sant’Anna (2020): 
Existem fatores internos e externos nos lares que podem influenciar de forma 
positiva ou negativa. O suporte familiar e a participaçãona educação dos filhos são 
essenciais para respostas positivas, mas há casos onde os pais não possuem estudos 
e outros ainda precisam se ausentar para trabalhar em busca do sustento, sendo a 
criança ou adolescente responsável por cuidar dos afazeres domésticos e dos irmãos 
16 
 
mais novos. É uma realidade em que, em muitos casos, pode faltar a estrutura logística 
mínima, como a alimentação, ou até mesmo um local com uma mesa e cadeira para 
que o aluno possa realizar uma rotina de estudo. 
É importante mencionar que, com a pandemia e a necessidade de se promover 
aulas remotas, o papel da família se tornou mais ativo na educação dos alunos, 
principalmente na educação básica. Para Antunes (et al, 2021), conhecer as 
dificuldades das famílias é primordial para que o processo de dinamização do trabalho 
educativo seja realizado de forma eficiente. 
Diante de todo o cenário caótico criado pela pandemia, a falta de motivação e a 
falta de interesse em participar das aulas também foram problemas identificados 
(BULEGON, et al, 2021). 
Apesar de toda essa problemática, os professores entrevistados por Fraz (et al, 
2021) manifestaram interesse na manutenção das ferramentas tecnológicas mesmo 
após a volta às aulas de forma presencial. Dentre os mecanismos que julgaram ser 
mais pertinentes, identificam-se os formulários, as videoaulas e videoconferências, os 
jogos educativos e o Google Sala de Aula. 
Este mesmo resultado foi encontrado nas pesquisas desenvovidas por Bulegon 
(et al, 2021) e Machado (et al, 2021). Estes autores identificaram que ocorreu uma 
mudança importante na concepção dos professores com relação ao ensino da 
Matemática. Para eles, a inserção de novas tecnologias em sala de aula se tornou uma 
prioridade. 
Assim como discorre Machado (et al, 2021), a utilização da tecnologia amplia a 
visão dos alunos a respeito do que está sendo estudado. A criatividade dos alunos 
também passa a ser incentivada e a autonomia dos mesmos é desenvolvida, à medida 
em que se tornam protagonistas de sua aprendizagem. 
A inserção dessas novas tecnologias, contudo, exigem que a instituição de 
ensino também modifique sua estrutura. Assim como na pesquisa desenvolvida por 
Bulegon (et al, 2021), identificou-se que, apesar de existir um interesse na mudança de 
paradigma, existe uma incerteza com relação às condições estruturais ofertadas pelas 
escolas. Vejamos abaixo um trecho das entrevistas: 
Agora eu fico pesquisando (porque estou meio condicionada a isso) e 
percebo softwares que me ajudariam muito, mas em contrapartida a 
situação da minha escola não sei quando irá mudar. Meus alunos nem todos tem 
acesso a computador e internet, e nem minha escola possui laboratório. (P14, Q9) 
17 
 
Assim, depreende-se que os problemas com o ensino da Matemática durante a 
pademia foi muito além das questões tecnológicas e didáticas, atingindo também as 
questões socioeconômicas e familaires dos professores e dos alunos. 
 
6. CONCLUSÃO 
Este estudo abordou as difiuldades encontradas pelos professores e alunos a 
respeito da adoção do ensino remoto, tendo em vista a necessária utilização de 
tecnologias digitais e instrumentos tecnológicos de forma emergencial exigida pela 
pandemia da COVID-19. 
Por meio desta pesquisa, mostramos que as principais dificuldades encontradas 
pelos professores de matemática no contexto do ensino remoto foi a falta de 
estruturação ofertada pelas instituições de ensino, principalmente no contexto da 
educação pública. 
Nossos achados apontam que, embora a utilização da tecnologia na sala de 
aula venha sendo um mecanismo importante para a educação como um todo, 
especialmente em razão da facilidade proporcionada pelas mídias digitais e o acesso a 
uma diversidade muito grande de materiais e fontes de pesquisa, sua implementação 
isolada não é capaz de, por si só, produzir os efeitos necessários à otimização 
educativa. 
Com relação aos professores de matemática, identificou-se a falta de 
capacitação e de habilidades com o uso das tecnologias atuais. Assim, o atendimento 
pedagógico dos alunos ficou prejudicado e, por consequêcia, também foi atingida a 
qualidade do ensino ofertada. 
A adoção forçosa do ensino remoto foi um desafio à todos e isso fez com que 
tudo se tornasse ainda mais dificultoso. Entretanto, ainda são desconhecidos os efeitos 
do ensino remoto à educação como um todo. 
Apesar dos resultados desanimadores, a presente pesquisa busca também 
oferecer mecanismos de identificação para que a formação dos professores seja 
realizada de forma mais incidiva e robusta. O que se espera é que os resultados 
obtidos sejam utilizados de forma positiva, a fim de que a educação com o uso da 
tecnologia seja efetivamente eficaz na vida dos professores de matemática. 
 
18 
 
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