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FACULDADE DOM ALBERTO 
 
 
 
ERICA BATISTA CARDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A PEDAGOGIA LÚDICA COMO FERRAMENTA PARA A 
ATIVIDADE EFETIVA DA ALFABETIZAÇÃO: DESAFIOS E 
POSSIBILIDADES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MIGUELÓPOLIS-SP 
2023 
FACULDADE DOM ALBERTO 
 
 
 
ERICA BATISTA CARDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A PEDAGOGIA LÚDICA COMO FERRAMENTA PARA A 
ATIVIDADE EFETIVA DA ALFABETIZAÇÃO: DESAFIOS E 
POSSIBILIDADES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MIGUELÓPOLIS-SP 
2023 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
como requisito parcial à obtenção do título de 
segunda licenciatura em Pedagogia. 
 
 
A PEDAGOGIA LÚDICA COMO FERRAMENTA PARA A ATIVIDADE 
EFETIVA DA ALFABETIZAÇÃO: DESAFIOS E POSSIBILIDADES 
 
Erica Batista Cardoso 
 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro 
também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo 
sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de 
nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente 
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de 
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste 
trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, 
penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure 
o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, 
do Contrato de Prestação de Serviços). 
 
RESUMO 
 
No contexto histórico atual, visualizam-se mudanças, novas formas e formas de 
se relacionar com o conhecimento, e isso também acontece em relação à 
alfabetização. O presente artigo, analisou por meio de uma revisão bibliográfica 
com base em livros e artigos, o lúdico como aliado na alfabetização, mais 
precisamente, seus desafios e possibilidades. A falta de habilidades vitais de 
alfabetização retém uma pessoa em todas as fases de sua vida. Quebrar o ciclo 
de analfabetismo e melhorar a autoestima é crucial para mulheres e meninas no 
mundo em desenvolvimento. Ao permitir que eles se tornem economicamente 
produtivos e independentes, eles se tornam empoderados e podem assumir o 
controle de suas vidas. As concepções sobre como as crianças alcançam a 
alfabetização sofreram profundas mudanças nas últimas décadas. Essas 
concepções consideravam que as crianças deveriam esperar até a idade escolar 
para serem ensinadas a ler e escrever. O contexto escolar era o único 
responsável pela alfabetização por meio de atividades de natureza perceptiva ou 
de uma única relação grafema-fonema. O processo de alfabetização implica na 
capacidade de compreender e produzir textos, onde o texto é uma unidade de 
sentido na multiplicidade de linguagens por meio das quais podemos nos 
expressar. 
 
Palavras-chave: Alfabetização; Brincar; Ludicidade; Gamificação. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente artigo, analisou por meio de uma revisão bibliográfica com 
base em livros e artigos, o lúdico como aliado na alfabetização, mais 
precisamente, seus desafios e possibilidades. 
Ensinar alfabetização aos alunos significa que eles têm a capacidade de 
se comunicar de forma clara e eficaz e formar a base da vida moderna. Os 
alunos que não sabem ler com eficácia não conseguem compreender conceitos 
importantes, pontuam mal nos testes e, em última análise, não atingem os 
marcos educacionais. As habilidades de alfabetização permitem que os alunos 
busquem informações, explorem assuntos em profundidade e obtenham uma 
compreensão mais profunda do mundo ao seu redor. (MARQUES, 2019) 
Quando não sabem ler bem, ficam desanimados e frustrados com a 
escola, o que pode resultar em evasão do ensino médio, baixo desempenho em 
testes padronizados, aumento da evasão escolar e outras reações negativas, 
que podem ter repercussões importantes e duradouras. Ao ensinar os alunos a 
se comunicarem de forma eficaz, você ajuda a criar alunos engajados que 
aprendem a amar o ato de aprender. É por isso que é tão importante pensar em 
suas estratégias para ensinar habilidades de alfabetização em sua sala de aula. 
No contexto histórico atual, visualizam-se mudanças, novas formas e 
formas de se relacionar com o conhecimento, e isso também acontece em 
relação à alfabetização. Os debates atuais e as construções teóricas geram 
transformações importantes não apenas em relação ao conceito, mas também 
na forma como o processo de construção é vivido (enquanto experiência). 
Atualmente, as diferentes formas de observar, relacionar-se, interagir com o 
mundo e tentar conhecê-lo desafiam-nos a criar diferentes estratégias de ensino 
e aprendizagem. A literacia alarga-se, torna-se múltipla, está ligada à imagem, 
ao espaço, à capacidade de ligação consigo e com os outros, às emoções e, 
sobretudo e à partida, ao movimento do corpo como construção de sentido. 
(OLIVEIRA e QUEIROZ, 2020) 
O letramento na educação infantil gera um debate polêmico entre teorias 
que oscilam entre o ensino do código e a abordagem das crianças aos 
comportamentos de leitura e escrita típicos de um letramento emergente. A 
abordagem lúdico-corporal, sem excluir o debate, promove o risco de projetar 
dispositivos lúdico-pedagógicos que lancem a alfabetização com e a partir do 
corpo. 
Se por muito tempo a alfabetização foi entendida como "a capacidade de 
ler e escrever por meio da decodificação de letras" e para as crianças 
aprenderem o sistema de escrita foram propostos "exercícios de prontidão", hoje, 
a alfabetização é definida como o processo cognitivo-criativo de compreensão e 
reelaboração do universo perceptivo-simbólico-imaginativo, produto da cultura 
de um determinado estágio histórico. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 ALFABETIZAÇÃO COMO PONTO CHAVE DA EDUCAÇÃO 
SOCIAL 
 
A falta de habilidades vitais de alfabetização retém uma pessoa em todas 
as fases de sua vida. Quando criança, eles não serão capazes de ter sucesso 
na escola, como um jovem adulto, serão excluídos do mercado de trabalho e, 
como pais, não poderão apoiar o aprendizado de seus próprios filhos. Esse ciclo 
intergeracional dificulta a mobilidade social e uma sociedade mais justa. (BRITO; 
NASCIMENTO e AZEVEDO, 2022) 
Alfabetizar é o processo pelo qual se adquire o domínio um código e 
das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja: o domínio da 
tecnologia – do conjunto de técnicas – para exercer a arte e ciência da 
escrita. Ao exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita 
denomina-se Letramento que implica habilidades várias, tais como: 
capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos. (RECH 
e DELONZEK, 2015, p12) 
 
Pessoas com baixa alfabetização podem não ser capazes de ler um livro 
ou jornal, entender sinais de trânsito ou etiquetas de preços, entender um horário 
de ônibus ou trem, preencher um formulário, ler instruções sobre medicamentos 
ou usar a internet. A alfabetização é mais comumente definida como a 
capacidade de ler e escrever. As habilidades de alfabetização podem ser o foco 
nas aulas de artes da linguagem, mas são igualmente necessárias para 
matemática, ciências, arte, música e qualquer outro trabalho do curso. Os alunos 
que não conseguem entender o material de um livro didático podem ficar para 
trás, o que é particularmente problemático em aulas com livros didáticos densos 
em informações. (VIEIRA-SILVA, 2022) 
Mas não é tão simples quanto parece. As habilidades de leitura e escrita 
variam em diferentes culturas e contextos, e estão mudando constantemente. 
Hoje em dia, a 'leitura' engloba mídias visuais e digitais complexas, bem como 
material impresso. Uma pessoa idosa que pode ler o jornal pode ter dificuldades 
para obter informações do Google. Da mesma forma, diferentes culturas terão 
diferentes percepções de alfabetização. As tradições de escrita da língua inglesa 
tornam a compreensão da leiturauma parte essencial da alfabetização, mas isso 
pode não ser tão importante em culturas ou grupos que raramente leem material 
impresso. (RECH e DELONZEK, 2015) 
O mesmo vale para a escrita. Hoje em dia, até mesmo as chamadas 
telefônicas deram lugar a mensagens instantâneas e comunicação baseada em 
texto, tornando a capacidade de ler ainda mais importante. Mas além do nível 
funcional, a alfabetização desempenha um papel vital na transformação dos 
alunos em cidadãos socialmente engajados. Ser capaz de ler e escrever significa 
ser capaz de acompanhar os eventos atuais, comunicar-se de forma eficaz e 
entender os problemas que estão moldando nosso mundo. (PEREIRA, 2021) 
Dissociar alfabetização e letramento é um equívoco porque, no quadro 
das atuais concepções psicológicas, linguísticas e psicolinguísticas de 
leitura e escrita, a entrada da criança (e também do adulto analfabeto) 
no mundo da escrita ocorre simultaneamente por esses dois 
processos: pela aquisição do sistema convencional de escrita – a 
alfabetização – e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse 
sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que 
envolvem a língua escrita – o letramento. (RECH e DELONZEK, 2015, 
p1) 
 
O efeito positivo da educação das meninas pode ser visto nos benefícios 
sociais e econômicos mais amplos gerados para suas comunidades. Aumentar 
a ênfase na educação das mulheres impacta positivamente em cada geração 
através do aumento das expectativas e aumento da auto-estima. Melhorar a 
alfabetização facilita o emprego pelo qual homens e mulheres podem contribuir, 
ajudando a economia e a comunidade em geral a prosperar. (CARDOSO et al, 
2005) 
Quebrar o ciclo de analfabetismo e melhorar a auto-estima é crucial para 
mulheres e meninas no mundo em desenvolvimento. Ao permitir que eles se 
tornem economicamente produtivos e independentes, eles se tornam 
empoderados e podem assumir o controle de suas vidas. A importância da 
educação na promoção da autonomia pessoal e habilidades de pensamento 
crítico e criativo é fundamental para ajudar as meninas a contribuir para suas 
sociedades. (PEREIRA e FERREIRA, 2022) 
 
2.2 O CONCEITO DE LÚDICO 
 
O lúdico é tão importante para o desenvolvimento ideal da criança que foi 
reconhecido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos 
Humanos como um direito de todas as crianças. Este direito inato é desafiado 
por forças que incluem trabalho infantil e práticas de exploração, guerra e 
violência no bairro, e os recursos limitados disponíveis para crianças que vivem 
na pobreza. No entanto, mesmo aquelas crianças que têm a sorte de ter recursos 
abundantes disponíveis e que vivem em relativa paz podem não estar recebendo 
todos os benefícios das brincadeiras. (VIEIRA-SILVA, 2022) 
Muitas dessas crianças estão sendo criadas em um estilo cada vez mais 
apressado e pressionado, o que pode limitar os benefícios protetores que elas 
obteriam com brincadeiras dirigidas por crianças. Como toda criança merece a 
oportunidade de desenvolver seu potencial único, os defensores da criança 
devem considerar todos os fatores que interferem no desenvolvimento ideal e 
pressionar por circunstâncias que permitam a cada criança colher plenamente 
as vantagens associadas ao brincar. (TOLEDO, 2022) 
Nenhum conjunto de diretrizes poderia fazer justiça aos muitos fatores 
que afetam as brincadeiras das crianças, mesmo que se concentre apenas nas 
crianças que vivem no Brasil. Essas diretrizes se concentrarão em como as 
crianças americanas com recursos adequados podem ser limitadas de desfrutar 
de todos os recursos de desenvolvimento associados ao brincar por causa do 
estilo de vida apressado de uma família, bem como um foco maior nos 
fundamentos da preparação acadêmica em vez de uma visão mais ampla da 
educação. Essas forças que impedem as crianças em situação de pobreza e a 
classe trabalhadora de se beneficiarem plenamente das brincadeiras merecem 
atenção plena, até mesmo urgente, e serão abordadas em um documento futuro. 
(TOLEDO, 2022) 
Essas diretrizes foram escritas em resposta às múltiplas forças que 
desafiam o jogo. A premissa primordial é que brincar (ou algum tempo livre 
disponível no caso de crianças mais velhas e adolescentes) é essencial para o 
bem-estar cognitivo, físico, social e emocional de crianças e jovens. Embora as 
diretrizes tenham sido escritas em defesa do brincar, elas não devem ser 
interpretadas como contrárias a outras forças que competem pelo tempo das 
crianças. (ROSTIROLA; SIPLE e HENNING, 2022) 
As oportunidades de enriquecimento acadêmico são vitais para a 
capacidade de algumas crianças progredirem academicamente, e a participação 
em atividades organizadas é conhecida por promover o desenvolvimento 
saudável dos jovens. (DE MATOS, 2022) 
É essencial que uma ampla variedade de programação permaneça 
disponível para atender às necessidades das crianças e das famílias. Em vez 
disso, essas diretrizes exigem a inclusão de brincadeiras à medida que 
buscamos o equilíbrio na vida das crianças que criará o ambiente de 
desenvolvimento ideal para preparar nossas crianças para serem 
academicamente, socialmente e emocionalmente equipadas para nos levar ao 
futuro. (PEREIRA e FERREIRA, 2022) 
 
2.3 A GAMIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
Como professor, um dos objetivos deve ser desenvolver nos alunos o 
amor pela alfabetização. Tenha em mente que a biblioteca da sala de aula pode 
se estender à ficção, poesia, fantasia e muitos outros gêneros. Não limite a 
seleção a materiais educativos. O objetivo da biblioteca é fazer com que as 
crianças leiam, e não limitar seu conteúdo estritamente ao material relacionado 
ao currículo atual. Quanto mais material de leitura disponível para eles, maior a 
probabilidade de eles pegarem algo para se divertir. Além disso, nunca 
negligencie o valor das revistas. Muitos alunos podem não estar dispostos a 
pegar um romance completo, mas podem ficar felizes em folhear um ou dois 
artigos de revista. (VIEIRA-SILVA, 2022) 
Brincar permite que as crianças usem sua criatividade enquanto 
desenvolvem sua imaginação, destreza e força física, cognitiva e emocional. 
Brincar é importante para o desenvolvimento saudável do cérebro. É através da 
brincadeira que as crianças desde muito cedo se envolvem e interagem com o 
mundo que as rodeia. Brincar permite que as crianças criem e explorem um 
mundo que podem dominar, vencendo seus medos enquanto praticam papéis 
adultos, às vezes em conjunto com outras crianças ou cuidadores adultos. 
(BRITO; NASCIMENTO e AZEVEDO, 2022) 
À medida que dominam seu mundo, brincar ajuda as crianças a 
desenvolver novas competências que levam a uma maior confiança e à 
resiliência de que precisarão para enfrentar os desafios futuros. As brincadeiras 
não dirigidas permitem que as crianças aprendam a trabalhar em grupos, a 
compartilhar, a negociar, a resolver conflitos e a aprender habilidades de 
autodefesa. Quando se permite que as brincadeiras sejam conduzidas pelas 
crianças, as crianças praticam habilidades de tomada de decisão, movem-se em 
seu próprio ritmo, descobrem suas próprias áreas de interesse e, finalmente, 
envolvem-se plenamente nas paixões que desejam perseguir. (DE MATOS, 
2022) 
Idealmente, grande parte das brincadeiras envolve adultos, mas quando 
as brincadeiras são controladas por adultos, as crianças aceitam as regras e 
preocupações dos adultos e perdem alguns dos benefícios que a brincadeira 
lhes oferece, principalmente no desenvolvimento da criatividade, liderança e 
habilidades de grupo. Em contraste com o entretenimento passivo, o jogo 
constrói corpos ativos e saudáveis. De fato, tem sido sugerido que o incentivo a 
brincadeiras não estruturadas pode ser uma forma excepcional de aumentar os 
níveis de atividade física em crianças, o que é uma importante estratégia na 
resolução da epidemia de obesidade. Talvezacima de tudo, brincar seja uma 
simples alegria que faz parte da infância. (BRITO; NASCIMENTO e AZEVEDO, 
2022) 
[...] a alfabetização é um processo que se inicia muito antes da entrada 
na escola, nas leituras que o sujeito faz do mundo que o rodeia, através 
das diferentes formas de interação que estabelece. Se a língua escrita 
constituise “objeto” de uso social no seu contexto, os atos de leitura e 
escrita com os quais interage podem levá-lo à elaboração de estruturas 
de pensamento que lhe permitam compreendê-la e paulatinamente 
apropriar-se dela. Quando chega à escola, o sujeito vai estar em algum 
momento desse processo de compreensão. Assim, se vier de um 
ambiente social alfabetizado, já terá certamente pensado sobre este 
objeto de conhecimento. Contudo, se vier de um ambiente analfabeto, 
ignora-o e precisa fazer na escola o caminho que o outro vem fazendo 
desde o nascimento. (TOLEDO, 2022, p19) 
 
A trajetória de desenvolvimento das crianças é mediada criticamente por 
relacionamentos afetivos apropriados com cuidadores amorosos e consistentes 
à medida que se relacionam com as crianças por meio de brincadeiras. Quando 
os pais observam seus filhos brincando ou se juntam a eles em brincadeiras 
dirigidas pela criança, eles têm uma oportunidade única de ver o mundo do ponto 
de vista de seu filho enquanto a criança navega em um mundo perfeitamente 
criado apenas para atender às suas necessidades. (MARQUES, 2019) 
As interações que ocorrem por meio de brincadeiras dizem às crianças 
que os pais estão prestando atenção a elas e ajudam a construir 
relacionamentos duradouros. Os pais que têm a oportunidade de vislumbrar o 
mundo de seus filhos aprendem a se comunicar de forma mais eficaz com seus 
filhos e recebem outro ambiente para oferecer orientação gentil e estimulante. 
Crianças menos verbais podem expressar seus pontos de vista, experiências e 
até frustrações por meio de brincadeiras, permitindo que seus pais tenham a 
oportunidade de obter uma compreensão mais completa de sua perspectiva. 
Muito simplesmente, brincar oferece aos pais uma oportunidade maravilhosa de 
se envolver totalmente com seus filhos. (RECH e DELONZEK, 2015) 
O brincar é parte integrante do ambiente acadêmico. Garante que o 
ambiente escolar atenda ao desenvolvimento social e emocional das crianças, 
bem como ao seu desenvolvimento cognitivo. Demonstrou-se que ajuda as 
crianças a se ajustarem ao ambiente escolar e até mesmo a melhorar a prontidão 
de aprendizagem das crianças, os comportamentos de aprendizagem e as 
habilidades de resolução de problemas. A aprendizagem socioemocional é mais 
bem integrada à aprendizagem acadêmica; é preocupante se algumas das 
forças que aumentam a capacidade de aprendizagem das crianças são elevadas 
em detrimento de outras. Brincadeiras e momentos não programados que 
permitem interações entre colegas são componentes importantes da 
aprendizagem socioemocional. (TOLEDO, 2022) 
 
2.4 O LÚDICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM E 
ALFABETIZAÇÃO 
 
Os educadores estão repensando como ensinar as crianças a explorar 
seu enorme potencial de aprendizagem. Brincar é uma das maneiras mais 
importantes pelas quais as crianças pequenas adquirem conhecimentos e 
habilidades essenciais. Por esta razão, as oportunidades de brincar e os 
ambientes que promovem o brincar, a exploração e a aprendizagem prática 
estão no centro de programas pré-primários eficazes. (MARQUES, 2019) 
Todo mundo conhece “brincar” quando o vê – nas ruas, nas aldeias, nos 
playgrounds, nas salas de aula. Pessoas de todas as culturas, origens 
econômicas e comunidades se envolvem em brincadeiras desde os primeiros 
anos. No entanto, o jogo pode ser difícil de definir. Pesquisadores e teóricos, no 
entanto, concordam sobre as principais características das experiências lúdicas, 
como visto na figura desta página. (TOLEDO, 2022) 
Um aspecto importante do lúdico é a agência e o controle das crianças 
sobre a experiência. A agência refere-se à iniciativa das crianças, à tomada de 
decisões e à auto-escolha na brincadeira. Em última análise, a brincadeira deve 
envolver algum grau de agência, permitindo que as crianças assumam um papel 
ativo e apropriam-se de suas experiências, além de reconhecer e confiar que as 
crianças serão capazes, autônomos e agentes de suas próprias jornadas lúdicas 
de aprendizagem. (MARQUES, 2019) 
Quando as crianças escolhem brincar, elas não estão pensando “Agora 
vou aprender algo com essa atividade”. No entanto, suas brincadeiras criam 
poderosas oportunidades de aprendizado em todas as áreas de 
desenvolvimento. O desenvolvimento e a aprendizagem são complexos e 
holísticos e, no entanto, as habilidades em todos os domínios do 
desenvolvimento podem ser incentivadas por meio de brincadeiras, incluindo 
habilidades motoras, cognitivas e sociais e emocionais. De fato, em experiências 
lúdicas, as crianças exploram uma variedade de habilidades a qualquer 
momento. (MARQUES, 2019) 
Muitas vezes, isso ocorre durante o “jogo de canto” ou “tempo central” no 
contexto da aprendizagem precoce ou programas pré-primários. A brincadeira 
de canto, quando bem planejada, promove o desenvolvimento infantil e as 
competências de aprendizagem de forma mais eficaz do que qualquer outra 
atividade pré-primária. Ao escolher brincar com as coisas que gostam de fazer, 
as crianças realmente desenvolvem habilidades em todas as áreas de 
desenvolvimento: intelectual, social, emocional e física. (RECH e DELONZEK, 
2015) 
Por exemplo, enquanto as crianças brincam, elas podem experimentar 
novas habilidades sociais (por exemplo, compartilhar brinquedos, concordando 
em como trabalhar em conjunto com os materiais) e muitas vezes assumem 
algumas tarefas cognitivas desafiadoras (como descobrir como fazer um prédio 
com blocos menores quando os maiores não estão disponíveis). As crianças são 
aprendizes “práticos”. Eles adquirem conhecimento por meio da interação lúdica 
com objetos e pessoas. (VIEIRA-SILVA, 2022) 
Eles precisam de muita prática com objetos sólidos para entender 
conceitos abstratos. Por exemplo, ao brincar com blocos geométricos, eles 
entendem o conceito de que dois quadrados podem formar um retângulo e dois 
triângulos podem formar um quadrado. (PEREIRA, 2021) 
A partir da dança de um padrão como um passo à frente, um passo para 
trás, um giro, bater palmas e repetir, eles começam a entender as características 
dos padrões que são a base da matemática. Brincadeiras de faz de conta ou 
'simbólicas' (como brincar de casinha ou mercado) são especialmente benéficas: 
nessas brincadeiras, as crianças expressam suas ideias, pensamentos e 
sentimentos, aprendem a controlar suas emoções, interagem com os outros, 
resolvem conflitos e adquirem um senso de competência. (PEREIRA e 
FERREIRA, 2022) 
Brincar estabelece a base para o desenvolvimento de habilidades e 
conhecimentos sociais e emocionais críticos. Através da brincadeira, as crianças 
aprendem a criar conexões com os outros, a compartilhar, negociar e resolver 
conflitos, bem como aprender habilidades de auto-representação. Brincar 
também ensina liderança às crianças, bem como habilidades de grupo. Além 
disso, brincar é uma ferramenta natural que as crianças podem usar para 
construir sua resiliência e habilidades de enfrentamento, pois aprendem a 
navegar em relacionamentos e lidar com desafios sociais, bem como conquistar 
seus medos, por exemplo, por meio da reencenação de heróis de fantasia. 
(MARQUES, 2019) 
De modo mais geral, brincar satisfaz uma necessidade humana básica de 
expressar imaginação, curiosidade e criatividade, que são recursos 
fundamentais em um mundo orientado pelo conhecimento. Eles nos ajudam a 
lidar, a encontrar prazer e a usar nossos poderes imaginativos e inovadores. De 
fato, as habilidades críticas que as crianças adquirem por meio de brincadeiras 
nos anos pré-escolares fazem parte dos blocos de construçãofundamentais das 
futuras “habilidades do século XXI” complexas. (VIEIRA-SILVA, 2022) 
Brincar na educação é controverso. Embora seja amplamente aceito que 
crianças muito pequenas precisam brincar, à medida que progridem no sistema 
escolar, o foco se move rapidamente para medir o aprendizado. E apesar do fato 
de que o brincar é benéfico ao longo da vida , apoiando a criatividade e a 
felicidade, ainda é visto por muitos na educação como uma perda de tempo 
https://pdfs.semanticscholar.org/57c1/6f405b49e6fa4e38e1725310902bb870ace8.pdf
frívola e não realmente relevante para o aprendizado adequado. (RODRIGUES, 
2013) 
Há uma distinção importante entre brincar como atividade e ludicidade 
como atitude. Brincar é estar aberto a novas experiências. É sobre imaginar, um 
espírito de faz-de-conta, explorando possibilidades. (TOLEDO, 2022) 
As abordagens de aprendizagem lúdica incentivam o desenvolvimento de 
aprendizes lúdicos não apenas pelo uso de brinquedos e jogos, ou mesmo 
abordagens de ensino baseadas em brincadeiras, mas também pelo 
desenvolvimento de valores lúdicos fundamentais. A ludicidade é a chave para 
criar espaços para o fracasso positivo, algo que o sistema educacional atual 
ignora, com seu regime implacável de testes de alto risco desde tenra idade. 
(SOARES, 2010) 
Muitos professores apreciam plenamente o valor do pensamento lúdico, 
mas o sistema escolar não facilita o apoio à mudança de mentalidade que a 
brincadeira gera. Eles são limitados por metas, testes e inspeções. (VIEIRA-
SILVA, 2022) 
Ao brincar, as crianças são capacitadas a aprender em seus próprios 
termos, em suas próprias maneiras e em seu próprio tempo; essa liberdade é o 
que distingue o brincar de outras atividades. Brincar permite que as crianças 
tomem a iniciativa, testem seus limites físicos e mentais e explorem posições de 
poder e questões sobre o bem e o mal. Na brincadeira, as crianças usam 
palavras e símbolos para transformar o mundo ao seu redor, criando mundos 
onde podem agir “como se” em vez de “como é”. O brincar é um contexto 
prazeroso e altamente motivador no qual as crianças podem explorar 
possibilidades e resolver problemas que estão além do seu alcance na vida 
cotidiana. 
As comunidades da primeira infância que reconhecem o potencial 
educativo e de desenvolvimento das brincadeiras fazem provisões para uma 
variedade de tipos diferentes de brincadeiras: exploração lúdica e brincadeira 
heurística, para que as crianças aprendam sobre as propriedades físicas dos 
materiais e regras práticas para a resolução de problemas; jogo construtivo, para 
que inventem novas conexões enquanto desenham e criam com lama, areia, 
galhos, papelão e blocos; jogo sociodramático, para que possam assumir papéis 
e práticas culturais, representar suas esperanças, medos e sonhos, testar 
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/21594937.2017.1382997
https://www.parliament.uk/business/committees/committees-a-z/commons-select/education-committee/news-parliament-2015/primary-assessment-report-published-16-17/
relações de poder e explorar novas possibilidades com imaginação; jogos de 
tabuleiro e jogos de palavras, canções e rimas que exigem concentração 
profunda ou apenas convidam a brincar com a linguagem para tomar posse dela; 
jogos de coragem e sorte; brincadeiras ao ar livre que exercitam os músculos, 
pulmões, coração e mente — correr, pular, cavar, balançar, rolar e passear; e 
gritando e chiando e girando e rodopiando — brincadeira tonta pelo puro prazer 
de estar no limite e compartilhar a alegria do riso e da vida com os outros. 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Embora seja possível pensar em um "ato de domesticação" no organismo 
projetando uma multiplicidade de exercícios de preparação que favorecem a 
aquisição de habilidades motoras para a escrita, no corpo essa domesticação 
não é efetiva. Desde o momento de seu nascimento, a tarefa essencial do 
homem é conhecer e explicar o mundo ao seu redor e, nesse sentido, falamos 
de "compreender" o mundo. Mas na própria essência de cada ser humano há 
também a necessidade de se transformar, de se pronunciar e, nesse sentido, de 
ser "produtor" de sua própria realidade. 
O processo de alfabetização implica na capacidade de compreender e 
produzir textos, onde o texto é uma unidade de sentido na multiplicidade de 
linguagens por meio das quais podemos nos expressar. Em sua tarefa de 
conhecer, explicar e transformar o mundo que o cerca, o ser humano constrói 
hipóteses cognitivas que por sua vez são corroboradas ou descartadas a partir 
de sua “experiência” e este é um ponto nodal para pensar o processo de 
alfabetização na educação infantil: O conhecimento se constrói a partir da 
experiência e se esta for concebida –a partir do que propõe Jorge Larrosa– como 
“o que nos acontece”. 
As concepções sobre como as crianças alcançam a alfabetização 
sofreram profundas mudanças nas últimas décadas. Essas concepções 
consideravam que as crianças deveriam esperar até a idade escolar para serem 
ensinadas a ler e escrever. O contexto escolar era o único responsável pela 
alfabetização por meio de atividades de natureza perceptiva ou de uma única 
relação grafema-fonema. Nesse sentido, era mais do que esperado que as 
crianças usassem as formas convencionais de escrita desde o início da escola; 
ou seja, reconhecer adequadamente as palavras quando lêem e a “escrita” 
quando deveriam escrever. No entanto, começamos a aprender que as crianças 
conhecem a linguagem escrita muito antes do que nossas concepções 
consideravam. 
 
4. REFERÊNCIAS 
 
CARDOSO, Antônia Célia Pereira Pinto et al. O lúdico na alfabetização. 2005. 
DE BRITO, José Andson Aquino; DO NASCIMENTO, Luiz Cosmo Souza; DE 
AZEVEDO, Gilson Xavier. LUDICIDADE NA ALFABETIZAÇÃO: MAIS QUE 
JOGOS E BRINCADEIRAS. REEDUC-Revista de Estudos em Educação 
(2675-4681), v. 8, n. 1, p. 530-555, 2022. 
DE MATOS, Pâmella Cristina Santos. O lúdico na alfabetização dos anos 
iniciais. Revista Caparaó, v. 4, n. 1, p. e72-e72, 2022. 
DE TOLEDO, Marcia Muniz Brilhante. DESAFIOS DA LUDICIDADE NA 
ALFABETIZAÇÃO PARA PAIS E PROFESSORES. Revista Primeira 
Evolução, v. 1, n. 30, p. 63-68, 2022. 
MARQUES, Maria Alice da Conceição. A ludicidade na alfabetização: o lúdico 
como recurso metodológico estratégico para o processo de aprendizagem. 2019. 
OLIVEIRA, Lourdes Aparecida; QUEIROZ, Girlene Aparecida de. O LÚDICO NA 
ALFABETIZAÇÃO. 2020 
PEREIRA, Tatiane Rodrigues. Memorial acadêmico alfabetização: um espaço 
lúdico para a aprendizagem. 2021. 
PEREIRA, Vera Lúcia Lima; FERREIRA, Bruna Milene. ALFABETIZAÇÃO E 
LETRAMENTO EM UMA PERSPECTIVA LÚDICA NOS ANOS 
INICIAIS. EDUCAÇÃO E CULTURA EM DEBATE, v. 8, n. 2, p. 46-52, 2022. 
RECH, Caroline; DELONZEK, Denise. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA 
ALFABETIZAÇÃO. Enaproc, v. 1, n. 1, 2015. 
RODRIGUES, Lídia da Silva. Jogos e brincadeiras como ferramentas no 
processo de aprendizagem lúdica na alfabetização. 2013. 
ROSTIROLA, Sandra Cristina Martini; SIPLE, Ivanete Zuchi; HENNING, Elisa. 
Aspectos Lúdicos na Alfabetização Estatística: uma revisão sistemática de 
literatura. Bolema: Boletim de Educação Matemática, v. 36, p. 92-115, 2022. 
SOARES, Jeane Martins. A importancia do lúdico na alfabetização infantil. São 
José dos Campos-SP: Planeta educação, 2010. 
VIEIRA-SILVA, Jonathan. Ludicidade no processo de alfabetização e 
intervenção psicopedagógica: brincar de escolinha. Caderno Intersaberes, v. 
11, n. 32, p. 230-244, 2022. 
	1. INTRODUÇÃO
	2. DESENVOLVIMENTO
	2.1 ALFABETIZAÇÃO COMO PONTO CHAVE DA EDUCAÇÃO SOCIAL
	2.2 O CONCEITO DE LÚDICO
	2.3 A GAMIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES NA EDUCAÇÃO INFANTIL
	2.4 O LÚDICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM E ALFABETIZAÇÃO
	3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	4. REFERÊNCIAS

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