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Industrialização Brasileira

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Industrialização brasileira 
Primórdios da industrialização 
Antecedentes do surto industrial: Vinda da família real em 1808 e a criação da Tarifa Alves 
Branco, que aumenta a arrecadação e fortalece a elite para conseguir se projetar dentro 
do campo industrial. 
Ascensão econômica cafeeira: do café nasce a indústria 
Lucro da cafeicultura e implantação de infraestrutura para economia cafeeira → Exemplo: 
ferrovias que serviam para escoar a produção cafeeira. 
Força de trabalho imigrante e assalariada: Migração do campo para a cidade para buscar 
melhores condições de vida e fugir dos maus tratos dos fazendeiros. 
Era Mauá: Um barão do café que volta da Europa e inicia o investimento em indústrias 
básicas, como a alimentícia e a têxtil e em infraestrutura, como rodovias, ferrovias, 
hidrovias e energia. Seu investimento foi concentrado no Sudeste (SP e RJ). A primeira 
ferrovia ligava o Rio de Janeiro a Petrópolis. 
1ª Guerra mundial: Como a Europa diminuiu sua produção, o abastecimento do brasil ficou 
precário, promovendo a substituição das importações. Quando a Europa e os Estados Unidos 
se fortalecem novamente, a prática de substituição não é abandonada. 
Arquipélago econômico brasileiro (1850-1930): Centros produtores isolados, sem ideia de 
integração. As ferroviais tinham traçado colonial, ou seja, ligava apenas o centro de 
produção até a zona de exportação, sem integrar o país de norte a sul. 
Período Vargas 
Contexto internacional: Grande depressão, baixa oferta de capitais internacionais, 
ambiente favorável para a indústria nacional, redução das importações e exportações, 
indústria nacional cresce sem a concorrência de importados, aumento da demanda por 
produtos industrializados com o crescimento urbano. 
-Estado assume o papel de indutor/promotor da indústria; criação de empresas estatais 
(CURD, CSN, Vale, Petrobrás); ampliação do parque industrial brasileiro com a implantação 
das indústrias de base. 
-Adoção do modelo de substituição de importações 
-Política protecionista de substituir um produto importado por um nacional; a produção 
industrial consegue ultrapassar a produção agrícola; produtos industrializados com preços 
competitivos em relação aos importados. 
-Economia de aglomeração: Fatores atrativos que levam a ampliação da concentração 
industrial. 
 
Devido à crise de 29, as empresas começaram a falir, gerando desemprego, diminuindo 
muito o consumo de café, e consequentemente não precisando mais da sua importação. Por 
isso, a elite cafeeira entra em crise. 
Vargas assume o poder, tendo apoio externo dos Estados Unidos, URSS, Alemanha e Itália, 
fazendo com que chegasse muito capital e tecnologia (máquinas começaram a substituir o 
trabalhador rural que foi embora no êxodo). 
Tinha como meta tirar o Brasil da lógica agraria-exportadora e trazer para o urbano 
industrial, ele tira o investimento do campo e leva para a cidade. 
Década de 30: Poucas coisas a nível industrial. Em 1934 implementou o voto feminino e em 
1936 o plano Cohen. Já em 1937, a Constituição da Polaca (Estado Novo) 
Década de 40: Vargas consegue dinheiro e tecnologia através do tratado de Washington. O 
Brasil apoia os EUA em troca de suporte técnico e capital que originou duas siderúrgicas. 
Investiu na core área (RJ,SP,MG): Ele começa aonde Mauá já tinha feito uma estrutura. 
Modelo Keynesiano: Estado intervém na economia 
Indústrias de Base: Siderurgia, metalurgia e energia, cimento e química. 
1941: Companhia Siderurgica Nacional: CSN em Volta Redonda (localizada entre as 3 
cidades da core área e possui aço) 
1942: Criação da Vale do Rio Doce em MG. 
1943: Companhia Nacional de Alcalis em Iguaba, Fábrica nacional de motores FNM (base 
para possuir a primeira fábrica de carros brasileira) 
1951: Hidrelétrica do São Francisco, possibilitando o desenvolvimento do Nordeste 
1952: Banco Nacional do desenvolvimento econômico, para investir na indústria, governo 
capitaliza investidores, órgão de fomento (estímulo). 
1953: Petrobrás, 4ª maior do mundo no setor, capital misto (51%do Estado), diversificação 
(investimento em outras áreas), truste vertical (vai da extração até a venda do petróleo) 
 
Consequências: Ampliação das desigualdades regionais, privilégio para a core-área, falência 
do nordeste que possuía mentalidade agroexportadora, intensificação do êxodo rural. 
JK (56-61) 
Lógica nacional desenvolvimentista (mantém a lógica de Vargas), porém não fortalece as 
indústrias estatais, pensa mais em emprego. 
Capital misto: Estado + Estrangeiro, baseado na ordem pós-guerra, ou seja, em 1944 houve a 
Conferência de Bretton-Woods (padrão de comercio sai do ouro e passa a ser dólar), e 
todos passam a dever os EUA. Foi criado o FMI (empresta dinheiro para crises e problemas) 
e o BIRD (desenvolvimento e estrutura), grande crescimento econômico. 
Tripé Econômico: 
Capital Nacional: Indústrias de Base 
Capital Privado Nacional: Bens de consumo não duráveis, têxtil e alimentícia 
Capital privado estrangeiro (Novidade): Bens de consumo duráveis, automobilística, 
eletrodomésticos. 
Plano de Metas: 50 anos em 5 
31 metas dívidas em 5 grupos, ênfase no transporte rodoviarista 
Interesse na automobilística -> Criação da GEIA (monopoliza o setor, ex. Volkswagen, Ford) 
Criação da SUDENE em 1959, com a ideia de reduzir as desigualdades regionais começando 
pelo Nordeste, com o objetivo de desenvolver a região problema, serve de inspiração para o 
Castelo Branco. 
Investimento em hidrelétricas e na indústria petrolífera, expandindo a Petrobrás. 
Construção de Brasília em 1960: 
Defesa, pois o Rio de Janeiro é muito próximo ao mar, interiorização, integração e também 
porque estava fugindo da pressão popular. 
Era muito difícil levar tanto capital para uma área que não era desenvolvida, causando 
alta dívida externa e inflação 
Ocorre na Guerra Fria 
 
Ditadura Militar 
O milagre econômico: Altas taxas de crescimento da economia no período 68-73. 
-Métodos de financiamento: 
Aquisição de empréstimos externos: Aproveitamento do contexto internacional favorável 
para adquirir investimentos. 
Arrocho salarial: Perda de poder aquisitivo da classe trabalhadora e maior concentração 
de capital nas mãos do empresário. 
O trabalhador precisava fazer jornada dupla de trabalho para melhorar a renda familiar. 
Poupança compulsória (FGTS, Pis, Pasep): Capital que foi utilizado para projetos do governo 
de empréstimos a empresas. 
Consequências e fim do milagre: Foi concentrador para os grandes empresários e excludente 
para a classe trabalhadora. 
 
 
A Década 
Políticas para diversificar a matriz energética 
Reduziu a importação de petróleo, próalcool → etanol produzido da cana como 
combustível, programa nuclear brasileiro, construção de Angra I. 
Elevação dos juros, aumento da dívida externa, aumento do preço de equipamentos 
industriais importados. 
II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) (74-78) 
Brasil em marcha forçada → Opção por continuar crescendo 
-Implantação de indústrias de bens de capital 
Indústrias que fazem máquinas e equipamentos para outros tipos de industriais, 
possibilitando a redução da importação desses equipamentos. 
Governo Collor 
Plano Collor → Confisco de contas bancárias da população com o objetivo de controlar a 
inflação e introdução de práticas neoliberais. 
Governo FHC 
Plano real: Tinha objetivo de controlar a inflação e estabilizar a economia. 
Uniformização dos salários, preços e câmbios mediante a um novo índice unidade real de 
valor (URV). 
Criação do real e a paridade cambial-> Queima de nossas reservas monetárias para 
equivaler o valor do real ao dólar. 
Dólar = real 
Abertura econômica: Redução de impostos sobre alguns produtos industrializados, fazendo 
com que o mercado interno seja invadido por produtos industrializados importados de 
baixo valor agregado. 
Desindustrialização: Consequência do bombardeio de importados. 
Falência dos pequenos empresários que tiveram que reduzir o valordos seus produtos para 
tentar competir com os importados. 
Desnacionalização da economia: 
-Política das privatizações → Estado mínimo 
-Fiscalização e regulação através da criação das agências reguladoras. 
-Descentralização industrial → Guerra fiscal → briga entre os estados para atrair as 
empresas.

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