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Faculdade CNI 2023 - Todos os direitos reservados 1 Gabarito de Avaliação Aluno: RA 4736 - Silvia Cristina Rodrigues Curso: Neuropsicopedagogia Clínica e Institucional Modalidade: Pós-graduação Disciplina: Docência em Ensino Superior Nota: 100/100 Questão Resposta Gabarito Nota 1 B B 10 2 A A 10 3 A A 10 4 D D 10 5 B B 10 6 D D 10 7 D D 10 8 A A 10 9 D D 10 10 C C 10 1 - É fato que as políticas públicas não mantêm ações direcionadas para a formação do magistério do ensino superior, o que fica a critério das próprias instituições. Autores como Morosini (2001; 2006), Zabalza (2004) e Masetto (2000, 2003) ressaltam que as instituições sabem que os docentes são os formadores dos futuros profissionais e mesmo assim a maioria das IES e as políticas voltadas para a educação superior não valorizam a formação desses docentes. Para Morosini (2006), o descaso se comprova devido aos critérios adotados para a seleção e progressão funcional, que estão centradas nos títulos e na produção científico -acadêmica. Isso, não é necessariamente, uma educação de qualidade. Analise e marque abaixo a opção incorreta: a) A partir da LDB 9394/96, são as instituições de ensino superior que estruturam o processo de formação inicial e continuada dos seus professores, na organização de palestras, semanas pedagógicas e outros eventos, para a profissionalização docente. Retomando a história do ensino superior no país, percebemos um momento de sensível preocupação quando surgiram as primeiras escolas de ensino superior e, mesmo depois, quando buscamos o conhecimento nos países mais desenvolvidos, com bolsas de estudos para capacitar nossos docentes. b) A atual LDB – Lei 9394/96, que trata dos profissionais da educação, traz em seu texto, no art. 65, que a formação docente precisa de no mínimo cem horas de prática, incluindo ensino superior (grifo nosso). O artigo seguinte, o art. 66, trata da formação com o seguinte texto: “A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á a nível de pós- graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado” (BRASIL, 1996, p. 68). Segundo Veiga (2006, p. 88), “será formado (e não preparado) ” (grifo da autora). c) Os cursos de licenciatura preparam os professores para atuarem na educação básica e os cursos de bacharelado objetivam a aquisição de conhecimentos técnicos e científicos para as futuras profissões. Assim, o magistério superior não é prioridade, é o que ressalta Isaía (2006). Segundo a autora, nos diversos cursos de graduação ou mesmo de pós- graduação lato sensu ou stricto sensu, o foco não é o magistério superior que, “apenas está presente na forma de disciplinas esparsas, quando ocorrem, ou iniciativas mais atuais de contemplar a docência como preparação inicial para o nível superior” (p.66). d) Os estudos com bacharéis doutores exercendo a docência há mais de cinco anos, na Universidade Estadual de Londrina, mostraram que a maioria dos docentes pesquisados valoriza a pesquisa, e a preocupação é com o preparo pedagógico e o instrumental técnico. Portanto, os problemas decorrentes do ensino, para uma maioria dos pesquisados, é uma questão de metodologia, de estratégias e técnicas de aprendizagem, mas sem alusão ao contexto histórico, educacional e social. A articulação entre os saberes escolares e a realidade dos alunos que reflita os aspectos políticos é o grande desafio para o professor 2 - A docência universitária tem suscitado discussões, pois se exige qualidade do ensino, mas ao mesmo tempo não se têm claro a questão do ensinar e a formação didático-pedagógica do professor. Cada instituição de ensino responde por essa formação, ou mesmo as iniciativas individuais dos próprios docentes que buscam dar continuidade à sua formação. Faculdade CNI 2023 - Todos os direitos reservados 2 Segundo Veiga, as políticas públicas não estabelecem um plano diretor para a formação didático -pedagógica do magistério superior. Sobre o ensino superior no Brasil, marque a incorreta: a) As políticas públicas estabelecem parâmetros de qualidade, e trazem claro como deve ser a formação pedagógica dos docentes. Por isso, mudanças são insignificantes, bem como novos paradigmas e articulação com orientações nesse sentido para a qualidade do ensino superior. b) Desde o Brasil Colônia até os dias atuais, por meio das políticas públicas, os governos aprovam leis, efetuam reformas, mas não tratam de forma explícita a questão da formação docente. A cada ano, novos professores ingressam no exercício da docência, devido ao número de instituições privadas de nível superior que surgiram e ainda surgem no país. c) É considerável o aumento no número de instituições no país desde a década de 1990. É a iniciativa privada que avança mais. A legalidade dos sistemas privados no ensino superior teve início com a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – a LDB de 1961, que concedeu participação livre da iniciativa privada nesse nível de ensino. d) A educação superior, como patrimônio público, deve se comprometer com as demandas sociais. Para isso, segundo o mesmo autor, é necessário que professores, pesquisadores e alunos, juntos, definam as prioridades sociais para a produção e a socialização do conhecimento metódico, científico que atenda as necessidades sociais e não simplesmente legitimar o mercantilismo e a globalização neoliberal. 3 - Como não há exigência de uma formação específica para o docente do ensino superior, são esperados, desse docente, conhecimentos e perfil de pesquisador. Ou seja, “[...] é a cultura de tomar a formação de pós-graduação stricto sensu como fundante da carreira universitária, explicitando a representação de um perfil de professor e, certamente, dos saberes que são valorizados na sua formação” (CUNHA, 2008, p. 470). Sobre pedagógicos para a docência, marque a correta: a) Mesmo com a formação stricto sensu e um conhecimento significativo sobre a profissão em questão, os saberes pedagógicos são uma lacuna na prática docente. Segundo Cunha (2008), os docentes apontam, como desafio, questões pedagógicas: como motivar os alunos, como ensinar diante de tanta disponibilidade do conhecimento em diferentes mídias, como produzir conhecimentos com um número elevado de alunos, como aliar ensino e pesquisa e como avaliar. b) A questão da didática do ensino superior é uma discussão delicada, que merece cuidado. Todo o processo de plano de ação para o ensino deve ser, de pleno controle do aluno, para não se transformar em uma divisão burocrática do trabalho docente, onde uma equipe pedagógica define e controla as ações e aos professores cabe a tarefa de reproduzi- las. c) Esse conhecimento substantivo e sintático do conteúdo solicita uma didática generalizada os cursos profissionais e, muitas vezes, para as disciplinas. Garcia (1992) diz que a didática do conteúdo permite, conforme a natureza da profissão, pensar em formas mais apropriadas de representações do conteúdo para determinado grupo de alunos. Por exemplo: metáforas, ilustrações e explicações sobre produção textual não deveriam ser as mesmas para um acadêmico do curso de Direito e para um do curso de Biologia. d) As estratégias de ensino e os métodos de avaliação também são os mesmos, indepentente dos cursos e seus acadêmicos. Os critérios que valem para avaliar um estudante de Medicina são os mesmos para avaliar um estudante de Jornalismo, por exemplo. 4 - Outra especificidade da docência no ensino superior, altamente relacionada ao item apresentado, ou seja, à formação profissional, é o fato de ser direcionada ao aluno adulto, o qual se diferencia do aluno criança, primeiramente pela autonomia de escolha. Supõe-se que o adulto escolha a profissão e, deliberadamente, o curso e a Universidade na qual fará sua formação profissional. Sobre o tema, marque a incorreta: a) O adulto universitário é um aluno privilegiado no contexto do universo adulto em geral. Sendo assim, supõe-se que o ensino deva ser focado no mundo do trabalho e em suas relações com a profissão escolhida. Desse pontode vista, o docente do ensino superior deveria ser altamente experiente e conhecedor das várias questões do mundo do trabalho e da profissão do curso em que atua. b) Carraro (2000) analisou várias pesquisas sobre estudantes universitários e destacou vários problemas relacionados à vida universitária que interferem, das mais diversas formas, no trabalho docente no ensino superior. As problemáticas identificadas foram: o aluno trabalhador e o ensino noturno, o ingresso no ensino superior, a permanência e a exclusão, as representações sobre a profissão, a escolha e as expectativas profissionais. c) A maioria dos adultos universitários sofre de deficiências em seu processo de escolarização e a escolha profissional é muito mais complexa que a autonomia de escolha do adulto. d) Podemos dizer, conforme Oliveira (2004), que o adulto, sobretudo o acadêmico, é um sujeito inserido na vida social, com acesso a diferentes linguagens e com apropriação de signos e modos de pensar, próprios da vida escolar, bem diferentes do adulto analfabeto ou pouco escolarizado, por exemplo. O adulto universitário teria, portanto, menor capacidade de reflexão sobre o conhecimento e seus próprios processos de aprendizagem. Faculdade CNI 2023 - Todos os direitos reservados 3 5 - Formar o profissional das mais variadas áreas é uma característica que marca a identidade do docente do ensino superior, já que não existe uma formação específica para essa docência (PIMENTA; ANASTASIOU, 2008). Desse modo, formar o profissional torna-se uma especificidade da docência do ensino superior que, praticamente, define todas as questões pedagógicas envolvidas nessa prática. Sobre a formação do profissional, marque a correta: a) O perfil de cada profissão é condutor do projeto pedagógico de cada curso e, dessa forma, promove didáticas específicas para cada disciplina. Ou seja, pressupõe que o docente conheça a fundo a profissão para a qual está ajudando a formar. E essa prática acontece, hoje, em todos os cursos de ensino superior. b) Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia (BRASIL, 2002), a educação do licenciado em Pedagogia deve investigar, refletir criticamente, avaliar e aplicar conhecimentos de diversos campos, como, por exemplo, o filosófico, o histórico, o antropológico. Assim sendo, o pedagogo deverá ser capaz de observar, analisar, executar e avaliar o ato docente e as repercussões com a aprendizagem e os sistemas de avaliação em contextos escolares, bem como orientar práticas e gestão de processos educativos não escolares. c) O corpo docente dos cursos de Pedagogia é constituído, em grande parte, por docentes com outras formações, o que traz grandes problemas. O caso é que uma parte desses profissionais trabalha e faz pesquisas no ensino fundamental e na educação infantil, o que, para os alunos, é facilmente identificado, provocando crédito e mais confiança. d) Para que o professor não caia nas armadilhas da burocratização pedagógica, é necessário um conhecimento pedagógico especifico, e sem necessidade de um conhecimento sobre Desenvolvimento Humano, História e Filosofia, e sobre os principais aspectos das leis educacionais. Esses conhecimentos gerais não são necessários para nenhum docente, independente do nível em que atue. 6 - A sociedade da informação é um item desafiador, desequilibra todos os parâmetros pedagógicos conquistados até a atualidade e está intimamente ligado ao item anterior. Analise e marque a seguir a opção incorreta: a) Flexibilização de tempo e de distâncias: o docente tem ainda que ficar atento à questão do plágio, preparar aulas mais dinâmicas, selecionar imagens significativas, ficar conectado com os fóruns de discussões online e saber lidar com as plataformas de aprendizagens que solicitam ao docente estender o atendimento aos alunos fora do horário das aulas. b) Aprendizagem por meio das diferentes mídias e tecnologias: por muito tempo, grande parte dos docentes do ensino superior reclamava da pouca estrutura física e tecnológica das salas de aula dos cursos universitários. Atualmente, não sabem o que fazer com o arsenal tecnológico que surge todos os dias, que requer um saber fazer diferenciado e uma estrutura operacional que as instituições de ensino superior ficam devendo. Por exemplo, algumas universidades já dispõem de projetores, em suas salas, e muitas vezes não há acesso à internet, pois faltam cabos para as conexões necessárias, não há aparelhagem para ampliação do som, enfim, uma dor de cabeça a mais para o docente. c) A possibilidade de um percentual das disciplinas serem administradas a distância é uma alternativa interessante e o uso das plataformas de ensino tornou-se uma extensão das salas de aula. Por outro lado, exige uma atenção redobrada na apresentação dos materiais, na elaboração das mensagens e nas respostas aos alunos. O aluno que participa, quer respostas, e é mais imediatista do que o das aulas presenciais. Dessa forma, onde o professor estiver, ele se sentirá na obrigação de estabelecer contato com seus alunos a qualquer hora. d) Individualização do ensino e dos processos de trabalho: no ensino a distância, embora o discurso da rede seja uma realidade, a crença numa aprendizagem coletiva fica fortificada. Cada um estabelece o seu ritmo e o grau de envolvimento. É outro tipo de autonomia, com a qual os professores estão preparados para lidar. A falta de contato presencial com os alunos aumenta a produtividade e favorece o aprendizado. 7 - A proximidade entre empresa e educação, somada ao interesse em diminuir as despesas com educação e, portanto, induzindo a um aligeiramento dos programas de ensino (MAUÉS, 2003), e a abertura do mercado educacional fizeram cair o nível de exigência para o docente do ensino superior. O ensino superior passa a ser, cada vez mais, um emprego e não uma carreira. Sobre a banalização do trabalho docente no ensino superior, marque a incorreta: a) Grande parte dos professores horistas atua no ensino superior como uma atividade complementar ao seu salário. Algumas propostas de cursos incentivam o surgimento de novas modalidades de professores que atuam no ensino superior, como: professor repassador, professor conteudista, professor tutor. Ou seja, um docente que faz uma parte do processo de ensino, descaracterizando o trabalho docente e barateando ainda mais as horas aula. b) Características antes atribuídas aos docentes do ensino fundamental, como sentimentos de insatisfação, frustração e ansiedade, queixas de cansaço sobre esforço físico e mental, assim como reações agudas ao estresse, depressão e ansiedade são facilmente identificadas no docente do ensino superior. c) As consequências dessa banalização do docente do ensino superior vêm se delineando de forma cruel e implacável, pois aqueles que não aceitam tais condições são excluídos dos quadros de docentes e facilmente substituídos. d) As condições de trabalho não contribuem para a banalização do trabalho docente. O contrato de trabalho pode ser de vínculo integral, parcial e horista. O regime de vínculo integral requer do docente um trabalho de pesquisa, ensino e extensão. Segundo Pimenta e Anastasiou (2008), o docente de tempo integral nas universidades públicas é de 35,14% e nas particulares apenas 5,31%. Faculdade CNI 2023 - Todos os direitos reservados 4 8 - A sociedade contemporânea impõe muitos desafios aos docentes universitários e às instituições de ensino superior. O professor não pode se limitar a ser um repassador de informações atualizadas, já que as informações nos surpreendem a todo o instante e nem sempre temos condições de estar cientes de tudo. Segundo Masetto (2003), os professores já reconhecem que não são os únicos que detêm o saber. Diante desse cenário, é preciso refletir e propor mudanças. Analise e marque a incorreta abaixo: a) Em nosso país, para atender o setor produtivo dominante, segundo Pimenta (2001), prevalece a concepção de treinamento dos profissionais, o que acarreta a máxima participação dos docentes nas decisões que envolvemos currículos. Dessa forma, o trabalho docente se expande ao espaço disciplinar e facilita o desenvolvimento das habilidades pedagógicas. b) A educação formal tende a valorizar o conteúdo, tanto quantitativo como qualitativo. Ter domínio dos conteúdos garante que o docente seja eficiente em seu trabalho. O ensino superior é ministrado, na grande maioria das vezes, por meio de aulas expositivas. Dessa forma, o conhecimento chega praticamente pronto, formatado e o aluno tem a possibilidade de pensar, de questionar, de relacionar com a realidade. c) O professor tem o conhecimento da matéria, mas o faz de forma expositiva, o que exige memorização dos estudantes para êxito nos exames. Além disso, essa prática contraria a LDB 9394/96 e diretrizes decorrentes, fugindo de propósitos institucionais de construção coletiva, com propostas de projetos que abordam questões regionais e universais, bem como “comprometendo as possibilidades de avanços dos que ensinam e dos que cursam graduação na educação superior” . d) Ao se discutir a formação docente, é imprescindível mencionar a questão da concepção de educação que deve permear o trabalho do professor pautado numa ação reflexiva, articulada com a realidade social. Quanto à racionalidade técnica, deve ser desprezada, pois muitas das técnicas utilizadas em sala de aula não precisam ser dominadas. 9 - Podemos dizer que a grande maioria dos professores que atua no ensino superior domina os conhecimentos nas áreas em que atua, mas não possui uma formação pedagógica. Para defender nossa ideia, citamos a posição de Pimenta e Anastasiou (2002) quando argumentam que, apesar de os professor es universitários possuírem experiências significativas na área em que atuam, ou mesmo o domínio teórico, de um modo geral, eles não têm uma preparação pedagógica, ou o conhecimento científico do que seja um processo de ensino/aprendizagem. Marque a incorreta abaixo: a) Aqueles que têm uma formação nas áreas de licenciatura têm acesso aos conhecimentos teóricos do processo ensino/aprendizagem mesmo que para outros níveis de ensino. Entretanto, nos cursos de bacharelado, a formação técnica é a prioridade, não valorizando a docência como um campo teórico de conhecimentos. Essa não valorização da formação pedagógica para o ensino superior também não constou nas leis e reformas educacionais anteriores do país. O conhecimento científico da área profissional era o suficiente. b) Com raras exceções, os cursos não têm prestígio e seus conteúdos são empobrecidos. Com esse conceito, os professores da licenciatura ministram aulas sem conhecer as características do curso de bacharelado, e, aos docentes que ministram conteúdos específicos do bacharelado, faltam-lhes os conhecimentos pedagógicos necessários para formar o futuro docente. Soma do a isso, o professor se depara com inúmeros alunos por turma, com os horários para as disciplinas que não são os melhores, “demonstrando claramente o descaso com a formação dos recursos humanos para o magistério”. c) São tantas as possibilidades, no sentido de destacar as deficiências, as necessidades, as expectativas, as possíveis soluções em busca de qualidade, que o estudo nesse nível de ensino revela -se vasto e merece atenção a todas as questões que foram levantadas, porque pensar a docência no ensino superior exige pensar na formação dos futuros profissionais das mais diferentes áreas que atuarão na sociedade. Os professores formadores têm nas mãos a grande responsabilidade de exercer sua docência com qualidade e competência. d) A legislação para a docência no ensino superior não se restringe ao que é tratado No Art. 66 da LDB 9394/96: "A preparação para o exercício do magistério superior, far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado" (BRASIL, 1996). Portanto, há a exigência de formação específica para atuar nesse nível de ensino. 10 - O esvaziamento de questões públicas no espaço público (BAUMANN, 2008), a ampla disseminação de um modelo educacional neoliberal, a emergência de novas e desafiadoras questões teóricas e práticas, o aumento expressivo de vagas, as mudanças no mundo do trabalho, a nova função reguladora do Estado e a diminuição do suporte financeiro público são algumas das questões a exigir da universidade um novo olhar sobre si mesma e um convite a construir o futuro, tendo como base o enfrentamento dos desafios do presente. Como acentua Santos (1995, p. 187), “[...] duplamente desafiada pela sociedade e pelo Estado, a universidade não parece preparada para defrontar os desafios, tanto mais que estes apontam para transformações profundas e não para simples reformas parcelares”. Sobre a docência na área da saúde, marque a incorreta: a) Embora com aprofundamento nos estudos de sua área específica e mesmo com anos de atuação profissional, ao professor universitário falta conhecimento científico do processo de ensino-aprendizagem. Ora, se a liberdade acadêmica é um valor, não se pode, entretanto, em seu nome, considerar a docência universitária como um pressuposto da Faculdade CNI 2023 - Todos os direitos reservados 5 competência científica. b) A escolha dos cursos de Odontologia e de Ciências Farmacêuticas como foco se deu em virtude da similaridade das Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2001) de ambos e por maior aproximação com eles, por intermédio de participação recente em atividades formativas junto aos professores de ambos. c) Apesar das evidências que contrariam a afirmativa de que quem sabe, sabe ensinar, o professor universitário, é o único profissional de nível superior do qual se exige formação para o exercício da profissão. d) Importa lembrar que as especificidades de cada campo científico são produtoras de formas próprias de pensar e, portanto, de construir conhecimentos, o que gera necessidades formativas também próprias. Se determinadas formas de conhecer nos induzem a determinadas formas de ser (RUÉ, 2009), ao adentrarmos a área da Saúde, passamos a dialogar com os sujeitos da pesquisa (professores, coordenadores e alunos) sob outra perspectiva. Faculdade CNI 2023 - Todos os direitos reservados
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