Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
XXVII Seminário de Iniciação Científica da UFJF Confiabilidade da avaliação de força muscular durante as sessões de hemodiálise Bolsista: Camila Rodrigues de Souza Voluntário: Lucas Fernandes Suassuna Orientador: Prof. Dr. Maycon de Moura Reboredo Colaboradores: Emanuele Gravina, Fabrício Barros e Luciana de Jesus (SESSO et al., 2017; BANSAL et al., 2017; SIESTSEMA et al., 2002; AVIN, MOORTHI, 2015) Avaliação da Força Muscular Redução da capacidade funcional e fraqueza muscular Uremia Anemia Sedentarismo Desnutrição Doença Renal Crônica ↑Mortalidade ↑Prevalência Mundial (ZAPPAROLI, RIBERTO, 2017); MENTIPLAY et al., 2015. Avaliação da Força Muscular Dinamômetro Manual Dinamômetro Isocinético Objetivo • Avaliar a confiabilidade inter e intra-examinador da mensuração de força muscular com o dinamômetro manual durante sessões de hemodiálise em pacientes com doença renal crônica. Métodos Desenho de estudo: • Amostragem por conveniência, com recrutamento de pacientes entre agosto de 2020 e setembro de 2020. • Pacientes com doença renal crônica, em hemodiálise, do Hospital Universitário da UFJF. Métodos Critérios de inclusão: • Idade ≥ 18 anos • Ambos sexos • Estar em hemodiálise ≥ 3 meses • Realizar 3 sessões de 4h semanais • Assinar o termo de consentimento livre e esclarecido Métodos Critérios de exclusão: • Possuir distúrbios neurológicos, músculo-esqueléticos ou osteoarticulares que podem afetar a realização dos testes. • Presença de comodidade grave e instável. • Hospitalização nos 3 meses anteriores à inclusão no estudo. • Incapacidade de compreensão dos métodos e medidas utilizados. Métodos Procedimentos: • Para avaliação da confiabilidade inter-examinador, na semana seguinte, os pacientes realizaram segundo protocolo da dinamometria manual, com outro examinador. • Após uma semana da primeira medida, os pacientes foram submetidos à nova mensuração de força para a avaliação intra-examinador. • Dados clínicos e laboratoriais foram coletados dos prontuários, e através de entrevista, quando necessário. Métodos Avaliações: • Foi utilizado um dinamômetro manual MMT Lafayette Instrument Company, modelo 01165 (Lafayette, IN, USA). • Para posicionar o dinamômetro, foram feitas marcações com lápis dermatográfico em membros inferiores. Métodos Avaliações: • Familiarização. • Pacientes realizaram contração máxima isométrica por 3s. • Valores de pico foram registrados para cada uma das 2 repetições, sendo utilizada a média aritmética. • Descanso de 20 segundos entre contrações. • Descanso de 3 minutos entre grupos musculares. Métodos Avaliações: • Membro inferior: - Flexores do quadril - Abdutores do quadril - Flexores plantares do tornozelo Métodos Análise estatística: • Dados representados em porcentagem, média ± DP, mediana (intervalo interquartil), quando adequado. • Dados avaliados para normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk. Métodos Análise estatística: • Para avaliação da confiabilidade, foi utilizado o coeficiente de correlação intraclasse proposto por Currier: Excelente 0.90 a 0.99 Boa: 0.80 a 0.89 Fraca: 0.70 a 0.79 Pobre = 0.69 Métodos Análise estatística: • A confiabilidade absoluta foi avaliada através do erro padrão das médias (EPM) e pelo erro padrão em porcentagem (EPM%) • Essas medidas foram utilizadas para determinar a menor diferença, em Newtons (N), no aspecto clínico do grupo de pacientes avaliados. RESULTADOS Tabela 1. Caracterização dos participantes n=31 Dados demográficos: Sexo (masculino) 17 54,8% Idade (anos) 58,55 ±10,8 Peso seco (kg) 69,2 ±16,9 Altura (m) 1,61 ±0,1 IMC 26,5 ±6,05 Dados clínicos: Diabetes 26 83,9% DVC 19 61,3% Hipertensão 17 54,8% Tempo em diálise (meses) 29* 33 Dados laboratoriais: Hemoglobina 11,4 ±1,9 Creatinina 9,4 ±2,4 Kt/V 1,6 ±0,4 Albumina 3,9 ±0,2 Paratormônio 679,7 ±490,7 Cálcio 9,7 ±0,73 Potássio 5,1 ±0,68 Fósforo 5,4 ±1,19 Frequências expressas em números e %; médias ± DP; mediana(*) e IIQ. Tabela 2. Coeficiente de Correlação intraclasse intra e interavaliadores MOVIMENTO AVALIADO FLX DE QUADRIL D FLEXÃO QUADRIL E PLANTI FLEXÃO D PLANTI FLEXÃO E ABDUÇÃO QUADRIL D ABDUÇÃO QUADRIL E CONFIABILIDADE INTRAVALIADOR: 0,957 0,931 0,936 0,864 0,921 0,944 CONFIABILIDADE INTERAVALIADORES: DIA 1 0,775 0,858 0,805 0,746 0,859 0,866 DIA 2 0,963 0,961 0,740 0,616 0,897 0,858 Conclusão • A avaliação da força muscular utilizando um dinamômetro manual apresentou boa confiabilidade inter e intra-examinador na maioria dos testes musculares realizados. É uma medida factível, de boa reprodutibilidade. • Pode ser uma boa alternativa para o acompanhamento da força muscular dos pacientes.
Compartilhar