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Educação na Constituição
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
EDUCAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO
Em um primeiro momento, faz-se necessário compreender a hierarquia das normas. 
Desse modo, a proposta de Hans Kelsen ensina que existem normas de primeiro nível, 
segundo nível e terceiro nível.
No primeiro nível das normas, haverá normas constitucionais derivadas do poder origi-
nário ilimitado, divididas em emendas constitucionais e tratados internacionais que versam 
sobre direitos humanos. Além disso, os dispositivos relevantes para a disciplina estão elen-
cados nos arts. 205 a 214 da Constituição, pois eles dispõem sobre a educação.
Não obstante, no segundo nível de normas, existirão as leis que devem guardar relação 
com a Constituição; pois, em caso de discordância com o texto constitucional, essas podem 
ser declaradas como inconstitucionais. Além disso, as leis se dividem em leis ordinárias, leis 
complementares, leis delegadas e entre outras. Voltadas especificamente para a educação, 
existirão as resoluções que possuem força de lei. 
Por fim, abaixo da lei, existirão as normas regulamentadoras e fixadas no terceiro nível, 
as quais devem observar as leis, sob pena de serem declaradas ilegais. O principal exemplo 
desse tipo de norma são os decretos que regulamentam a lei, como é o caso do decreto da 
Lei de Cotas.
A educação na Constituição não se restringe aos arts. 205 ao 214. Nesse sentido, o 
art. 6º da Constituição afirma que a educação é um direito social e todo o brasileiro deve ter 
acesso a esse direito.
Existem, no texto constitucional, as competências que se dividem em competências admi-
nistrativas e legislativas. Nas competências legislativas, o poder é de fazer leis, enquanto na 
administrativa é de executar ações.
Em relação à competência legislativa, o art. 22 afirma que cabe à União promover a Lei 
sobre Diretrizes e Bases da Educação (Lei n. 9.394/1996). Em relação à competência admi-
nistrativa, esta é comum entre a União, estados, Distrito Federal e Municípios, todos são 
responsáveis por proporcionar meios de acesso à educação e cultura, bem como ciência, 
pesquisa e inovação.
Obs.: A educação no trânsito é comum entre os entes.
Obs.: Todos os entes podem legislar sobre educação, cultura e ensino, desde que respei-
tem as diretrizes e bases da educação (arts. 22, 23 e 24).
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Educação na Constituição
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Os profissionais da educação possuem características para se beneficiarem de uma apo-
sentadoria diferenciada (art. 40). Nessa perspectiva, o art. 206 determina a criação de uma 
lei para descrever quais profissionais poderão ser atendidos por esse regime especial de 
aposentadoria.
Não obstante, existe o dispositivo do art. 37, que trata da acumulação de cargo na edu-
cação, pois é possível acumular dois cargos de professor, um cargo de professor e um cargo 
técnico. 
Ainda a respeito da educação na Constituição, é importante compreender o conceito de 
intervenção. Intervir significa destituir o poder de outro ente. No campo da educação, o ente 
sofrerá intervenção quando não houver investimento da alíquota de arrecadação que, no 
caso da União, deve ser de, no mínimo, 18%, enquanto no Distrito Federal, estados e Muni-
cípios a alíquota é de 25%.
As intervenções podem ser de dois tipos: federal ou estadual. A intervenção federal acon-
tece quando a União intervém em um estado, e a estadual é a intervenção do Estado no 
Município. Vale ressaltar, ainda, que se o Brasil tivesse territórios, a União poderia intervir.
Obs.: A educação na Constituição não se resume apenas nos arts. 205 ao 214, tendo, in-
clusive, dispositivos no ADCT, como é o caso do FUNDEB. 
CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
Seção I
Da educação
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentiva-
da com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo 
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Obs.: A educação também é um direito social.
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CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
Obs.: Os princípios da educação trazem as diretrizes da ação e promoção da educação.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios.
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e 
privadas de ensino;
Obs.: Para a escola acontecer, é necessário que ela cumpra algumas condições do art. 209 
da Constituição: seguir as normas gerais de educação do sistema, passar por um 
processo de autorização de funcionamento e uma avaliação do processo de qualida-
de. Além disso, o Poder Público, através do poder de regulamentação, deve executar 
a fiscalização nas instituições de ensino.
IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de 
carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes 
públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 53, de 2006)
VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII – garantia de padrão de qualidade;
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Educação na Constituição
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
VIII – piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos 
termos da lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 53, de 2006)
IX – garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n. 108, de 2020)
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais 
da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos 
de carreira, no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela 
Emenda Constitucional n. 53, de 2006)
Obs.: A lei que tratou do parágrafo único do art. 206 foi a Lei de Diretrizes e Bases (Lei n. 
9.3394/1996), dispondo sobre quem são os profissionais da educação e o prazo para 
criação de plano de carreira.
Obs.: O art. 207 versa sobre as universidades e possui três pilares essenciais: autonomia, prin-
cípio da indissociabilidade e exceção na contratação de professores e pesquisadores.
Art. 207. As universidades gozam, na forma da lei, de autonomia didático-científica, administrativa 
e de gestão financeira e patrimonial e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, 
pesquisa e extensão.
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Educação na Constituição
CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma 
da lei. (incluído pela Emenda Constitucional n. 11, de 1996)
Obs.: A regra é que os cargos públicos sejam ocupados pelos brasileiros natos ou natura-
lizados, mas no caso das universidades e instituições de ensino, há a exceção dos 
cargos serem ocupados por técnicos estrangeiros, haja vista que determinadas linhas 
de pesquisas são tão específicas, que às vezes não há especialistas brasileiros.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições depesquisa científica e tecnológica. (Incluído 
pela Emenda Constitucional n. 11, de 1996)
��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Carlinhos Costa. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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