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Microbiologia - Fisiologia Bacteriana

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SISTEMA DE ENSINO
MICROBIOLOGIA
Fisiologia Bacteriana
Livro Eletrônico
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Fisiologia Bacteriana
MICROBIOLOGIA
Pollyana Lyra
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................4
Fisiologia Bacteriana .....................................................................................................................................................5
Estrutura da Célula Bacteriana ...............................................................................................................................5
Estrutura Bacteriana e suas Funções ..................................................................................................................6
Parede das Bactérias Gram-Positivas ...............................................................................................................16
Parede das Bactérias Gram-Negativas .............................................................................................................16
Cápsula, Camada Mucosa e Camada S ...............................................................................................................18
Flagelos ..............................................................................................................................................................................20
Fímbiras, Pelos ou Pili................................................................................................................................................ 22
Nucleoide ...........................................................................................................................................................................23
Plasmídios ......................................................................................................................................................................... 24
Componentes Citoplasmáticos ............................................................................................................................. 24
Ribossomos ......................................................................................................................................................................25
Grânulos .............................................................................................................................................................................25
Vacúolos Gasosos .........................................................................................................................................................25
Esporos Bacterianos ...................................................................................................................................................26
Mecanismo de Resistência do Esporo e sua Importância .....................................................................27
Nutrição e Metabolismo Bacterianos ............................................................................................................... 28
Fontes de Material Plástico ................................................................................................................................... 29
Água ......................................................................................................................................................................................30
Oxigênio Atmosférico .................................................................................................................................................30
Meios de Cultura ............................................................................................................................................................31
Composição dos Meios de Cultura ......................................................................................................................32
Estado Físico dos Meios de Cultura ...................................................................................................................32
Meios Seletivos e Diferenciais ..............................................................................................................................33
Outros Fatores Envolvidos na Nutrição – Temperatura ........................................................................33
Concentração Hidrogeniônica (pH) .....................................................................................................................33
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Fisiologia Bacteriana
MICROBIOLOGIA
Pollyana Lyra
Enzimas...............................................................................................................................................................................33
Conservação dos Micro-Organismos .................................................................................................................34
Metabolismo Microbiano .........................................................................................................................................34
Questões de Concurso ...............................................................................................................................................40
Gabarito ..............................................................................................................................................................................49
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................50
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Fisiologia Bacteriana
MICROBIOLOGIA
Pollyana Lyra
ApresentAção
E vamos de microbiologia clínica! E como todo bom estudo de microbiologia que se preze, 
começaremos com as bactérias. Nesta aula, iremos estudar a fisiologia, patogenicidade e viru-
lência desses micro-organismos. Em seguida, iremos verificar como esse conteúdo é cobrado 
em provas, com algumas questões para o seu treinamento. 
Pronto(a) para começar? Vamos nessa!
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Fisiologia Bacteriana
MICROBIOLOGIA
Pollyana Lyra
FISIOLOGIA BACTERIANA
estruturA dA CélulA BACteriAnA
Antes de tratarmos sobre a fisiologia da célula bacteriana em si, vamos conhecer sua es-
trutura, para que a compreensão do funcionamento desse micro-organismo seja mais eficaz.
As bactérias de interesse médico podem apresentar formas esféricas (cocos), cilíndricas 
(bacilos) e espiraladas (espirilos). Os cocos são redondos, mas podem ser ovais, alongados ou 
achatados em uma das extremidades. Quando as bactérias em forma de cocos se dividem, as 
células podem permanecer unidas umas às outras, surgindo, assim, cocos aos pares (diploco-
cos), cadeias (estreptococos) e cachos (estafilococos). Os cocos que se dividem em dois ou 
três planos e permanecem unidos em gruposcúbicos de oito indivíduos (sarcina) são menos 
frequentes.
Fonte: Trabulsi-Alterthum, 2015.
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Fisiologia Bacteriana
MICROBIOLOGIA
Pollyana Lyra
Ao contrário dos cocos, os bacilos só se dividem no plano sobre seu eixo menor de tal forma 
que são poucos os arranjos ou agrupamentos: aos pares (diplobacilos) e em cadeias (estrep-
tobacilos). Alguns se assemelham a lanças, outros têm extremidades arredondadas ou retas.
Em relação ao tamanho, a regra geral é que varia de 1 a 5 μm (1μm = milionésima parte do 
metro). Uma das exceções é a Epulopiscium fishelsoni, uma bactéria encontrada em peixes da 
ordem de 500 a 700μm. 
Alguns bacilos se parecem tanto aos cocos que são chamados cocobacilos. Porém, a 
maior parte deles apresenta-se como bacilos isolados. Bactérias espiraladas podem ter uma 
ou mais espirais. Quando têm o corpo rígido e são como vírgulas, são chamados vibriões, e es-
pirilos quando têm a forma de saca-rolhas. Há ainda os espiroquetas, organismos espiralados, 
mas de corpo flexível.
A forma das bactérias é uma característica genética e geralmente esses organismos são 
monomórficos, isto é, mantêm uma única forma. Entretanto, algumas condições ambientais 
e de cultivo podem fazer com que os organismos apresentem formas ou arranjos diferentes. 
Alguns são pleomorfos. Muitas bactérias foram originalmente descritas por meio da forma 
típica. Por exemplo, a forma típica da Neisseria gonorrhoeae em secreção uretral é de diploco-
cos Gram-negativos em forma de grão de café, e ainda, fagocitados no interior de neutrófilos. 
Se cultivamos essa bactéria em meios de cultura de laboratório, ela perde este arranjo.
estruturA BACteriAnA e suAs Funções
Agora que já vimos um pouco sobre a forma das bactérias, vamos entender sua estrutura 
e como esses organismos funcionam.
A célula bacteriana apresenta várias estruturas. Algumas estão presentes apenas em de-
terminadas espécies, enquanto outras são essenciais e encontradas em todas as bactérias.
Fonte: Trabulsi-Alterthum, 2015.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para TATIANA RODRIGUES DO NASCIMENTO - 43155455896, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Fisiologia Bacteriana
MICROBIOLOGIA
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A figura acima nos mostra uma célula bacteriana típica com as principais estruturas exter-
nas e internas à membrana plasmática. E por falar em membrana, ela é uma estrutura de mais 
ou menos 8nm de espessura e que forma uma barreira responsável pela separação do meio 
interno (citoplasma) e externo, sendo vital para a célula.
Composição da membrana plasmática das bactérias:
60% de proteína
40% de bicamada lipídica (fosfolipídios são os mais importantes).
As proporções dos componentes são variáveis, dependendo da espécie bacteriana e das 
condições de cultivo. Os ácidos graxos dos lipídeos são responsáveis pela condição hidrofó-
bica da porção interna da membrana, enquanto a parte hidrofílica deles fica exposta ao meio 
externo aquoso. Além das interações hidrofóbicas e pontes de hidrogênio, cátions como o 
Mg++ e o Ca++ são responsáveis pela manutenção da integridade da membrana.
Para relembrar: A membrana dos procariotos difere da membrana dos eucariotos princi-
palmente pela ausência de esteróis.
Fonte: Trabulsi-Alterthum, 2015.
A membrana plasmática atua como uma barreira altamente seletiva, impedindo a passa-
gem livre de moléculas e íons, possibilitando a concentração de metabólitos específicos den-
tro da célula. Algumas substâncias podem estar até mil vezes mais concentradas dentro da 
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Fisiologia Bacteriana
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célula em relação ao meio externo. Além disso, a membrana também excreta substâncias 
inúteis à bactéria. 
Moléculas hidrofílicas polares, como ácidos orgânicos, aminoácidos e sais minerais não 
conseguem passar livremente pela membrana. Por isso, devem ser transportadas por proteí-
nas de transporte de membrana. Mesmo uma partícula tão pequena quanto o íon hidrogênio 
não atravessa a barreira passivamente, pois está sempre na forma hidratada, ocorrendo em 
solução como íon H3O+.
As proteínas de transporte de membrana podem ser divididas em duas classes: 
• Uniport: Responsáveis pelo transporte de apenas uma substância de um lado para o 
outro da membrana.
• Cotransportadora: Responsáveis pelo transporte de duas substâncias ao mesmo tem-
po, uma de interesse da célula e outra necessária para o transporte da primeira. Nesse 
caso, o transporte pode ocorrer na mesma direção (simport) ou em direções opostas 
(antiport).
E qual seria a característica mais importante dessas proteínas transportadoras? Sua natu-
reza ESPECÍFICA. Alguns carregadores têm afinidades por apenas um único tipo de molécula, 
enquanto muitos outros são capazes de reagir com toda uma classe de moléculas. 
EXEMPLO
Existem carregadores para o transporte de aminoácidos aromáticos que não são capazes de 
transportar outro tipo de aminoácidos.
A maioria das proteínas envolvidas no transporte de solutos está localizada ao longo da 
membrana com porções expostas tanto ao citoplasma como ao meio externo. Por meio de 
uma mudança na conformação da proteína, o soluto que se ligou a ela do lado externo é librado 
para o lado interno. 
E você se lembra de qual o nome do mecanismo de transporte que envolve uma proteína 
transportadora e que ocorre sempre a FAVOR de gradiente? É a DIFUSÃO FACILITADA. Um 
exemplo é o glicerol.
Os solutos também podem ser transportados CONTRA um gradiente de concentração. 
Nesse caso, envolve gasto de energia, que pode ser proveniente de compostos com ligações 
fosfato de alta energia, como o fosfoenolpiruvato, ou durante reações que liberam energia 
na célula.
Com relação a mecanismos que envolvem gasto de energia, existem basicamente dois. O 
primeiro deles é o TRANSPORTE ATIVO, no qual a substância a ser transportada se liga a um 
ou mais carregadores de membrana que a liberam para dentro da célula.
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EXEMPLO
Transporte da maltose por Escherichia coli. A fonte de energia utilizada é o ATP. Nesse exem-
plo, a substância não é alterada quimicamente durante o transporte. Assim, sua utilização nas 
reações celulares não pode ocorrer imediatamente e sua concentração intracelular pode atin-
gir níveis muitas vezes maiores que o extracelular. Outros açúcares, assim como um grande 
número de aminoácidos, ácidos orgânicos e íons inorgânicos (sulfato, fosfato, potássio) 
também são transportados por esse sistema.
O segundo mecanismo é a TRANSLOCAÇÃO DE GRUPO. Ao contrário do transporte ativo, 
a substância é alterada quimicamente durante sua passagem pela membrana (normalmente 
ocorre uma fosforilação).Açúcares como glicose, manose e frutose são fosforilados durante 
o transporte pelo sistema da fosfotransferase. 
Mas, professor, você deve estar aí se perguntando, qual a necessidade de um mecanismo 
de transporte envolvendo carregadores específicos e energia, não é mesmo? 
Esse questionamento pode ser analisado da seguinte maneira: se a difusão fosse o único 
tipo de transporte disponível, a velocidade de entrada dos compostos na célula dependeria 
sempre da diferença de concentração entre o meio intracelular e extracelular, de tal forma que 
os solutos só entrariam na célula quando sua concentração no meio externo fosse maior que a 
do meio interno. E, essa situação é bastante rara, pois são os solutos que estão quase sempre 
mais concentrados no meio intracelular em relação ao ambiente. Os mecanismos de transpor-
te ativo e a translocação de grupo, desenvolvidos em bactérias, permitiram que estas fossem 
capazes de acumular os solutos nas concentrações necessárias, às vezes muito superiores 
àquelas encontradas no meio externo. Interessante, não é mesmo?
Uma mesma molécula pode ser transportada por transporte ativo ou por translocação de 
grupo conforme a espécie bacteriana. A glicose, por exemplo, entra na célula por transporte 
ativo em Pseudomonas aeruginosa e pelo sistema da fosfotransferase em Escherichia coli.
A figura a seguir traz um resumo sobre os tipos de transportes de membrana em bactérias, 
para facilitar a compreensão de todos os mecanismos mencionados.
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Fonte: Trabulsi-Alterthum, 2015.
A presença dos citocromos e de enzimas da cadeia de transporte de elétrons na membrana 
plasmática lhe confere uma função análoga a da membrana interna das mitocôndrias em célu-
las eucarióticas. O transporte de elétrons por fotossíntese em certas bactérias também ocorre 
na membrana que substitui, em parte, a função dos cloroplastos em algas e plantas. 
As enzimas de síntese dos lipídeos da membrana e de várias classes de macromoléculas 
componentes de outras estruturas externas à membrana (peptidioglicano, ácidos teicoicos, 
lipopolissacarídeos e polissacarídeos extracelulares) estão ligadas à membrana citoplasmá-
tica. Uma vez sintetizadas, essas macromoléculas são permeadas para o lado externo pelos 
canais chamados junções de Bayer. Veja na figura a seguir.
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Fonte: Trabulsi-Alterthum, 2015.
Os canais são formados por prolongamentos da membrana que se unem à membrana 
externa de bactérias Gram-negativas, estabelecendo um contato entre o citoplasma e o limite 
externo da célula. 
Algumas proteínas do complexo de duplicação e separação do DNA estão localizadas na 
membrana plasmática.
A membrana está envolvida na secreção de enzimas hidrolíticas que têm como função 
romper as macromoléculas do meio fornecendo subunidades que servirão como nutrientes. 
Outras macromoléculas, como toxinas, bacteriocinas, penicilinases, também podem ser excre-
tadas através da membrana. 
A membrana pode apresentar invaginações múltiplas que formam estruturas especializa-
das denominadas MESOSSOMOS. Existem dois tipos deles:
1. Septal: Desempenha importante papel na divisão celular, pois, após a duplicação do 
DNA, ao qual se encontra ligado, atua como fuso no processo de divisão na célula eucariótica, 
separando os dois cromossomos e conduzindo-os para os polos da célula. Também participa 
da formação das paredes transversais.
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2. Lateral: Encontrado em determinada bactéria e parece ter como função concentrar en-
zimas envolvidas no transporte eletrônico, conferindo à célula maior atividade respiratória ou 
fotossintética.
Fonte: Maestrovirtuale.com
Passando da membrana para a parede celular das bactérias, a pressão osmótica do interior 
da célula (15 a 20 atm) é muitas vezes superior à do meio externo, de maneira que a tendência 
da célula a intumescer é grande. Se não fosse a parede celular, as bactérias estourariam. Isso 
mesmo! Além disso, a manutenção da forma desses micro-organismos (bacilo, coco, etc.) 
também se deve à presença da parede celular. 
A parede também desempenha importante papel na divisão celular como primer ou ini-
ciadora da sua própria biossíntese, dando origem ao septo que separar as duas novas células 
formadas pela divisão. 
As paredes de bactérias Gram-negativas e positivas apresentam diferenças marcantes. Va-
mos ver essas diferenças e, a seguir, temos um desenho esquematizando as paredes dessas 
bactérias. Mais à frente iremos falar novamente dessas diferenças.
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Professor, mas, será que é importante estudar a diferença entre as paredes dessas bac-
térias? 
Com certeza! O conhecimento das diferenças entre as paredes de bactérias Gram-positivas 
e negativas é da mais alta relevância para o estudo dos mecanismos de ação dos ANTIBIÓTI-
COS e QUIMIOTERÁPICOS, de PATOGENICIDADE e outros assuntos que estarão relacionados 
diretamente à composição química e estrutura da parede bacteriana. Fique atento(a) a isso!
Na maioria das bactérias, a parede celular deve a sua rigidez a uma camada composta de 
uma substância somente encontrada em procariotos e que recebe diferentes denominações 
como mureína, mucopeptídio, mucocomplexo, peptidioglicano, peptideoglicano, glicopeptídeo 
ou glicopeptídio. O peptidioglicano representa a maior parte da parede das bactérias Gram-po-
sitivas, atingindo de 45 a 50% da massa seca da célula, ao passo que nas Gram-negativas não 
ultrapassa 5%. Volte na figura anterior, que mostra a diferença nas paredes desses dois tipos 
de bactérias, e verifique também a diferença entre a quantidade de peptidioglicano.
Para memorizar: Peptídio – Gram-Positivas!
Trata-se de uma macromolécula formada por um arcabouço composto de uma alternân-
cia de N-acetil-glicosamina (NAG) e ácido N-acetilmurâmico (NAM). Encontram-se ligadas ao 
NAM, de forma covalente, cadeias laterais de tetrapeptídios (CLT). A maior partedos CLTs co-
nhecidos é composta de L-alanina, D-glutamato, mesodiaminopimelato (ou outro aminoácido 
diamínico) e D-alanina. Você pode ver a estrutura deles na figura a seguir.
As CLTs podem se interligar diretamente como na maioria das bactérias Gram-negativas 
ou por meio de outros aminoácidos, como ocorre nas Gram-positivas. O arcabouço é o mesmo 
na maioria das espécies bacterianas, porém, a composição dos tetrapeptídios pode variar par-
cialmente conforme a espécie.
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Fonte: Trabulsi-Alterthum, 2015.
A ligação entre duas cadeias CLTs laterais ocorre, na maioria das vezes, entre o quarto 
aminoácido de uma e o terceiro aminoácido da outra, que, obrigatoriamente, deve ser um ami-
noácido diamínico para que possa ocorrer a dupla ligação peptídica. O número de interligações 
entre as CLTs em Gram-positivas é bem superior ao encontrado em Gram-negativas (veja na 
figura anterior). Embora as ligações glicosídicas entre NAG e NAM sejam ligações fortes, ape-
nas estas cadeias não são capazes de prover toda a rigidez que esta estrutura proporciona. A 
total rigidez do peptidioglicano é atingida quando essas cadeias são interligadas pelos amino-
ácidos. A forma da célula é determinada pelo comprimento das cadeias do peptidioglicano e 
pela quantidade de interligações que existe entre estas cadeias. 
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pArede dAs BACtériAs GrAm-positivAs
Nessas bactérias, de 70 a 75% da parede são compostos de peptidioglicano. Além desta 
macromolécula, encontramos proteínas e ácidos teicoicos que podem representar até 50% da 
massa seca da parede. O termo ácido teicoico inclui todos os polímeros formados por resídu-
os de glicerol ou ribitol unidos por ligações fosfodiéster, sejam eles encontrados na parede ou 
na membrana plasmática da célula. 
Os ácidos teicoicos têm sido divididos em dois tipos: Ácidos teicoicos de parede ligados 
ao peptidioglicano e ácidos lipoteicoicos (LTA) que, apesar de serem encontrados ao longo da 
parede, estão intimamente ligados à fração lipídica da membrana plasmática.
Propriedades dos ácidos teicoicos: Facilitar a ligação e a regulação da entrada e saída de 
cátions na célula, graças ao grupo fosfato que confere uma carga negativa à molécula que 
se encontra voltada para o lado externo da célula; regular a atividade das autolisinas durante 
o processo de divisão celular; constituir sítios receptores de bacteriófagos; servir de sítio de 
ligação com o epitélio do hospedeiro em algumas bactérias patogênicas, e constituir, graças 
à sua localização na célula, importantes antígenos celulares tornando possível a identificação 
sorológica de muitas bactérias Gram-positivas.
Quando uma célula bacteriana se prepara para se dividir, ocorre o crescimento da parede 
celular e enzimas denominadas autolisinas atuam sobre o peptidioglicano no sentido de rom-
per seus componentes em pontos específicos, permitindo a inserção de novas subunidades. 
Os ácidos teicoicos atuam na regulação da atividade destas autolisinas, impedindo que que-
bras excessivas ocorram, provocando a lise celular.
pArede dAs BACtériAs GrAm-neGAtivAs
A parede das bactérias Gram-negativas é mais complexa. É formada por uma ou poucas 
camadas de peptidiogicano e por uma membrana externa. O espaço que separa a membrana 
citoplasmática da membrana externa é chamado ESPAÇO PERIPLASMÁTICO. As característi-
cas gerais do peptidioglicano foram descritas, mas é importante destacar que a união entre 
cadeias paralelas de NAG e NAM é feita diretamente pelas ligações peptídicas entre o terceiro 
diaminoácido de uma cadeia e o quarto aminoácido da cadeia adjacente, tornando-as mais 
compactas.
O peptidioglicano liga-se à membrana externa por uma lipoproteína e está embebido no gel 
periplasmático que contém alta concentração de enzimas degradadoras e proteínas de trans-
porte. Devido à menor concentração de peptidioglicano, a parede das Gram-negativas é mais 
suscetível a quebras quando comparadas à de Gram-positivas. Os ácidos teicoicos não estão 
presentes nas Gram-negativas.
Já mencionamos a membrana externa das bactérias, então agora chegou a hora de falar-
mos um pouco desta estrutura. Como na maioria das membranas biológicas, essa membrana ex-
terna das bactérias Gram-negativas é formada por dupla camada lipídica. Possui uma camada 
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interna composta basicamente de fosfolipídeos, e uma camada externa contendo lipopolis-
sacarídeos (LPS) e proteínas. Como todas as bicamadas lipídicas, possuem o interior hidro-
fóbico devido às cadeias de ácidos graxos. A parte polissacarídica externa forma o ambiente 
hidrofílico.
O LPS é constituído de um lipídeo complexo (lipídeo A), ao qual está ligado a um polissa-
carídeo chamado antígeno O ou antígeno somático. Os açúcares que formam a cadeia lateral 
deste polissacarídeo variam de espécie para espécie e, por isso, são responsáveis pelas carac-
terísticas antigênicas em Gram-negativas. O LPS é chamado também de ENDOTOXINA, pois é 
tóxico, provocando muitas vezes respostas fisiológicas no homem, como febre.
Da mesma forma que a membrana citoplasmática, a membrana externa das bactérias 
Gram-negativas é um mosaico fluido com um conjunto de proteínas imersas na matriz lipídica. 
Veja abaixo as principais proteínas com funções conhecidas:
• Porinas: Proteínas triméricas que formam poros que propiciam a passagem passiva de 
solutos.
• Proteínas da membrana externa (outer membrane proteins – OMPs): estruturalmente 
diferentes das porinas, também estão envolvidas no transporte de alguns solutos, além 
de funcionarem como receptores da fímbria sexual e de bacteriófagos.
• Lipoproteínas: Proteínas com função estrutural, cuja parte proteica está covalentemente 
ligada ao peptidioglicano e à parte lipídica imersa na camada interna de fosfolipídeo da 
membrana externa, fazendo uma ponte entre os dois componentes.
A membrana externa de Gram-negativas confere características bastante peculiares quan-
do comparadas com as Gram-positivas. A forte carga positiva proveniente dos polissacaríde-
os localizados na membrana externa constitui um fator importante na evasão destas bacté-
rias à ação de células fagocitárias e ao complemento durante a invasão de um hospedeiro. 
Além disso, a membrana externa é uma barreira adicional à entrada de algumas substâncias 
como antibióticos, lisozima, detergentes, metais pesados, sais de bile, enzimas digestivas e 
alguns corantes.
Contudo, a membrana externa não forma uma barreira para todas as substâncias do meio, 
visto que nutrientes passam através dela para chegar à membrana plasmática onde serão 
transportados para dentro da célula. Essa permeabilidade parcialmente seletiva se deve, so-
bretudo à existência das PORINAS. A passagem de substâncias pelos canais formados por 
estas proteínasnão é específica e, ao contrário, é regulada pelo tamanho da substância. 
A existência da membrana externa confere à bactéria uma barreira HIDROFÓBICA adicio-
nal, dificultando a penetração de algumas substâncias. Sabe-se, por exemplo, que alguns anti-
bióticos (eritromicina e actinomicina), alguns corantes (cristal violeta), metais pesados e sais 
biliares não penetram na parede das Gram-negativas tão facilmente quanto o fazem em Gram-
-positivas.
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O ESPAÇO PERIPLASMÁTICO é o espaço existente entre as membranas externas e plas-
máticas. Além do peptidioglicano, contém uma série enzimas e proteínas:
a) Enzimas hidrolíticas (proteases, nucleases, lipases): Responsáveis pela quebra de ma-
cromoléculas, às quais a membrana citoplasmática é impermeável. Produzem, assim, molécu-
las menores que podem ser transportadas para o interior da célula.
b) Enzimas capazes de inativar drogas, tornando a célula resistente a elas: Um exemplo é 
a beta-lactamase, que inativa a penicilina e outros beta-lactâmicos.
c) Proteínas transportadoras de solutos: Participam do transporte de substâncias para o 
interior das células.
Mas, professor, e aí? Será que a parede bacteriana pode ser removida?
Pode sim! Essa remoção pode ser conseguida com a hidrólise pela lisozima que rompe as 
ligações glicosídicas entre NAG e NAM, ou pelo bloqueio da síntese do glicopeptídeo com o 
auxílio de um antibiótico como a penicilina. 
Em meios isotônicos, esses tratamentos originam os protoplastos em bactérias Gram-po-
sitivas (formas esféricas) e os esferoplastos em Gram-negativas (formas esféricas que con-
servam a membrana externa). Os protoplastos e os esferoplastos são interessantes instru-
mentos para o estudo de função de parede e de engenharia genética em bactérias.
Algumas bactérias possuem paredes com composição química diferente ou não pos-
suem parede:
• Arqueobactérias: Não possuem peptidioglicanos típicos com ácido N-acetilmurâmico e 
D-aminoácidos, característicos das eubactérias. Algumas possuem paredes compostas 
exclusivamente de N-acetilglicosamina e outras apenas de proteínas.
• Mollicutes: Não possuem parede celular e seu citoplasma é limitado apenas por uma 
bicamada fosfolipídica associada a proteínas.
• Formas L: Células sem parede originadas de bactérias Gram-positivas ou Gram-negati-
vas selecionadas pelo uso de agentes que destroem a parede (lisozima ou penicilina). 
Uma vez isoladas, podem ser estáveis (permanecem sem parede na ausência do agen-
te) ou instáveis (quando voltam a sintetizar a parede).
CápsulA, CAmAdA muCosA e CAmAdA s
Vários procariotos sintetizam polímeros orgânicos que são depositados para fora da pare-
de e são chamadas substâncias poliméricas extracelulares (SPE). O termo CÁPSULA é restrito 
a uma camada que fica ligada à parede celular como um revestimento externo de extensão 
limitada e com estrutura definida. No entanto, as SPEs podem formar uma massa amorfa mais 
dispersa, parcialmente desligada da célula e chamada, então, CAMADA MUCOSA. Ambos os 
envoltórios, com raras exceções, são de natureza polissacarídica.
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A CAMADA S encontrada principalmente nas arqueobactérias é composta de proteínas ou 
glicoproteínas ligadas à parede. Parece ser responsável pela sustentação da célula em bacté-
rias que não possuem um peptidioglicano verdadeiro.
Apesar de não serem essenciais à vida da célula, as substâncias poliméricas extracelula-
res podem desempenhar papeis muito importantes para as bactérias:
• Reservatório de água e nutrientes: Visto serem formadas por macromoléculas muito 
hidratadas, servem como proteção contra dessecação do meio e podem ser fonte de 
nutrientes. 
• Aumento da capacidade invasiva de bactérias patogênicas: As bactérias encapsuladas 
são escorregadias e escapam à ação dos fagócitos. Assim, a perda da cápsula pode 
resultar na perda do poder invasor e, em alguns casos, da patogenicidade, como ocorre 
com Streptococcus pneumoniae.
Streptococcus sp.
• Aderência: As cápsulas possuem receptores específicos que servem como sítios de li-
gação com outas superfícies. Isso traz algumas consequências, como a formação de 
biofilmes. Por causa dos SPEs, as bactérias podem produzir os biofilmes capazes de 
aderir a diferentes superfícies como o interior de vasos sanguíneos e cateteres. Os bio-
filmes também têm causado problemas nas indústrias, pois são aglomerados micro-
bianos com atividade corrosiva, causando perfurações nas tubulações. O vazamento 
de materiais através desses furos resulta na perda econômica e em fator poluente para 
o meio ambiente. O processo chamado mineralização consiste na transformação mi-
crobiana da matéria orgânica e que, neste caso, fica retida nos filmes em compostos 
inorgânicos. Outra consequência é o aumento do poder infectante de alguns tipos de 
bactérias. 
EXEMPLO
Bactérias simbiônticas, fixadoras de nitrogênio, como as do gênero Rhizobiu, ligam-se através 
das SPEs à superfície de raízes de leguminosas; bactérias formadoras de cáries (Streptococcus 
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mutans) produzem um polissacarídeo extracelular que se liga ao esmalte do dente e promove 
o acúmulo de outros micro-organismos. Quanto maior o número de bactérias lácticas aderi-
das, maior a produção de ácido pela fermentação microbiana da sacarose, resultando na des-
mineralização do esmalte do dente.
• Aumento da resistência microbiana a biocidas: A ação de biocidas que normalmente 
atuam sobre micro-organismos se torna mais difícil quando estes formam o biofilme. 
Por isso, está em desenvolvimento a pesquisa de novos produtos capazes de agir espe-
cificamente sobre micro-organismos formadores de biofilme.
Fonte: Khan Academy
• Produção industrial de SPEs: Posissacarídeos extracelulares de micro-organismos têm 
sido produzidos e utilizados industrialmente como espessantes de alimentos, tintas etc. 
Quando purificados, têm sido empregados como substituintes de plasma sanguíneo, 
como o dextrano. 
FlAGelos
Os flagelos conferem movimento à célula e é formado de uma estrutura basal, um gancho 
e um longo filamento externo à membrana. O filamento é composto de um único tipo de prote-
ína, a flagelina. O comprimento de um flagelo é geralmente maior que o da célula, mas seu di-
âmetro é uma pequena fração do diâmetro celular. Nem todas as bactérias possuem flagelos. 
Nas eubactérias de interesse médico, pode-se generalizar afirmando que muitas espécies de 
bacilos apresentam flagelos, mas raramente eles ocorrem nos cocos. 
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Fonte: Trabulsi-Alterthum, 2015.
A localização (polares ou peritríquios) e o número de flagelos são utilizados na classifica-
ção das bactérias em certos grupos taxonômicos. Os flagelos são muito finos e apenas com 
o aumento do seu diâmetro por meio de colorações especiais podem ser visualizados em mi-
croscópio óptico.
Os flagelos movimentam-se em velocidades muito elevadas, causando deslocamento das 
bactérias ao longo de distâncias muito superiores ao seu comprimento. Algumas bactérias 
movimentam-se por meios diferentes da atividade flagelar, como as Myxobacterales, que des-
lizam sobre a superfície de um meio sólido com movimentos sinuosos. A velocidade destas 
bactérias é de apenas alguns micrômetros por segundo.
O movimento que algumas bactérias realizam, estimuladas por fatores físicos ou quími-
cos, é chamada TAXIA. Quando o agente estimulante é a luz, trata-se de FOTOTAXIA. Quando 
o agente é químico, QUIMIOTAXIA. 
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Fonte: Trabulsi-Alterthum, 2015.
FímBirAs, pelos ou pili
Muitas bactérias Gram-negativas possuem apêndices filamentosos proteicos que não são 
flagelos. Eles são chamados fímbrias (ou pelos), são menores, mais curtos e mais numerosos 
que os flagelos e não formam ondas regulares. As fímbrias podem ser vistas apenas sob mi-
croscopia eletrônica.
Essa estrutura não desempenha nenhum papel relativo à mobilidade, pois são encontradas 
tanto em espécies móveis como nas imóveis. Há, contudo, várias funções associadas com 
diferentes tipos de fímbrias. Um tipo, conhecido como fímbria F ou fímbria sexual, serve como 
condutor de material genético durante a conjugação bacteriana. Outros tipos funcionam como 
sítios receptores de bacteriófagos e como estruturas de aderência às células de mamíferos 
e a outras superfícies. Esta propriedade de aderência pode ser importante para as bactérias 
em seu ambiente natural, pois permite sua fixação aos tecidos dos quais obtêm seu nutriente, 
por exemplo.
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Fonte: Brasil Escola
nuCleoide
O nucleoide procariótico ou o DNA bacteriano, quando devidamente corado, pode ser visu-
alizado com o auxílio do microscópio óptico. Micrografias eletrônicas revelam a ausência de 
uma membrana nucelar e de um aparelho mitótico. A região nuclear é preenchida por fibrilas 
de DNA dupla hélice na forma de uma única molécula de aproximadamente 1nm de compri-
mento (desdobrada) e peso molecular de 2 a 3 x 109d.
O DNA com carga negativa é neutralizado, pelo menos parcialmente, por poliaminas pe-
quenas e pelo íon magnésio. Contudo, foram descobertas proteínas semelhantes às histonas 
de mamíferos e, provavelmente, elas desempenham um papel semelhante ao das histonas na 
cromatina eucariótica.
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Fonte: Wikipedia
plAsmídios
No citoplasma das bactérias podem existir moléculas de DNA circulares, menores que o 
cromossomo, cujos genes não determinam características essenciais, porém, muitas vezes 
conferem vantagens seletivas às células que as possuem. Estes elementos são os plasmídios, 
capazes de autoduplicação independente da replicação cromossômica e que podem existir 
em número variável. Exemplos de plasmídios: Fatores sexuais (fator F), fatores de resistência 
a antibióticos (fator R), plasmídio de fixação de N2 etc.
Componentes CitoplAsmátiCos
O citoplasma da célula bacteriana é uma solução aquosa limitada pela membrana plasmá-
tica. Imersas no citoplasma existem partículas insolúveis, algumas essenciais (ribossomos e 
nucleiode) e outras encontradas apenas em alguns grupos de bactérias, nos quais exercem 
funções especializadas como os grânulos e os vacúolos gasosos.
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riBossomos
Partículas citoplasmáticas onde ocorre a síntese proteica. São compostos de 60% de RNA 
e 40% de proteína. Em procariotos, possuem coeficiente de sedimentação de 70S e são com-
postos de duas subunidades, 30S e 50S. Embora a estrutura e o tamanho dos ribossomos 
sejam diferentes entre procariotos e eucariotos, sua função é a mesma.
Grânulos
Os grânulos e as partículas citoplasmáticas podem ser visualizados utilizando-se colora-
ções especiais e microscopia óptica comum. A natureza química destas estruturas varia de 
bactéria para bactéria. Contudo, sua função é quase sempre a de substância de reserva e su-
bunidades de macromoléculas para compor outras estruturas celulares.
Uma das granulações mais comuns em procariotos é composta de poli-β-hidroxibutirato 
(PHB), um composto lipídico formado por subunidades de ácido β-hidroxibutírico unidas por 
ligações do tipo éster. Existe um considerável interesse na exploração comercial de PHB, pois 
suas propriedades físicas conferem-lhe uma consistência de plástico. A produção industrial 
deste polímero a partir de culturas de micro-organismos armazenadores pode gerar plásticos 
biodegradáveis.
Temos outros polímeros produzidos e armazenados por micro-organismos. São eles: Glico-
gênio, amido e polifosfatos (grânulos metacromáticos). Informação importante aqui! O arma-
zenamento de substâncias na forma de polímeros insolúveis permite o acúmulo de reservas 
sem elevar a pressão osmótica interna da célula. Se o mesmo número de subunidades estives-
se presente na forma de monômeros, ocorreria um aumento na pressão osmótica intracelular 
intolerável pela célula. Mesmo se considerarmos que certa quantidade de energia é gasta para 
a formação dos polímeros, os benefícios para a célula superam esse fato, uma vez que, opor-
tunamente, podem ser oxidados para a produção do ATP, provendo, assim, a viabilidade celular, 
ainda que sem multiplicação.
vACúolos GAsosos
São encontrados no citoplasma de organismos procarióticos que vivem flutuando em la-
gos, rios ou mares. A membrana destes vacúolos, em vez de ser constituída por bicamadas 
lipídicas como as outras membranas, é composta apenas de unidades repetidas de proteína, 
organizadas de maneira a formar uma estrutura rígida somente permeável a gases e imperme-
ável a água ou solutos. A rigidez da membrana e o tamanho da vesícula variam de organismo 
para organismo e parecem ser determinadas pela combinação das médias da pressão osmó-
tica e hidrostática à qual o organismo é submetido em seu hábitat.
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esporos BACteriAnos
Os endósporos são estruturas formadas por algumas espécies de bactérias Gram-posi-
tivas, sobretudo dos gêneros Clostridium e Bacillus, quando o meio se torna carente de água 
ou de nutrientes essenciais. Assim, a formação do esporo em procariotos é um tipo de dife-
renciação celular que ocorre como resposta a uma situação desfavorável do meio ambiente. 
Bactérias capazes de esporular são mais comumente encontradas no solo.
E como é o processo de formação do esporo dentro de uma célula vegetativa (esporogê-
nese)? Acompanhe o processo comigo... Sob determinadas circunstâncias, em vez de dividir, a 
célula passa por uma série de eventos que terminam com a formação do esporo. Nos primei-
ros estágios, uma pequena porção do citoplasma é isolada por um crescimento da membrana 
citoplasmática (estágio II e III). Forma-se o pré-esporo, composto de uma dupla membrana que 
circunda o cromossomo e o citoplasma. Em seguida, camadas de peptidioglicano são sinteti-
zadas entre as duas membranas e formam-se as capas do esporo compostas de proteínas. A 
maior parte da água do citoplasma é eliminada quando se completa a esporogênese. Assim, 
as reações metabólicas só ocorrem em níveis quase imperceptíveis.
O que sobra no pré-esporo desidratado: DNA, RNA, poucos ribossomos, enzimas e algu-
mas moléculas pequenas, porém importantes, como grandes quantidades de ácido dipicolíni-
co, junto com grandes quantidades de íons cálcio. O ácido dipcolínico combinado como cálcio 
é característico do endósporo bacteriano, pois foi encontrado em todos os endósporos exami-
nados e não está presente na célula vegetativa. Fique atento(a) a essa informação!
Uma vez completada a esporogênese, o esporo é liberado no ambiente, podendo sobreviver 
por muitos anos sob condições de extremo calor, ausência de água e presença de radiações e 
substâncias químicas tóxicas. Na figura a seguir você verá a esporogênese de forma ilustrada.
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Fonte: Trabulsi-Alterthum, 2015.
meCAnismo de resistênCiA do esporo e suA importânCiA
A descoberta da existência dos endósporos associada às suas características de resistên-
cia foi de grande importância para a microbiologia, sobretudo do ponto de vista clínico e da 
indústria de alimentos, pois processos capazes de matar células na forma vegetativa não são 
suficientes contra a célula na forma esporulada. Assim, enquanto a maioria das células na for-
ma vegetativa é morta com temperaturas em torno de 70ºC, os endósporos podem sobreviver 
por horas em água fervente.
Os endósporos de bactérias termofílicas podem sobreviver em água fervente por até 19 
horas. A resistência ao calor parece estar associada ao grau de desidratação do esporo, e 
existem fortes razões para se acreditar que o dipicolinato de cálcio tem um papel importante 
nesta característica.
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As substâncias químicas que têm efeitos deletérios sobre as bactérias na forma vegetativa 
agem, normalmente, causando quebra/desnaturação/hidrólise de proteínas, enzimas ou de 
ácidos nucleicos. Os esporos apresentam menor suscetibilidade a estes agentes, provavel-
mente por causa da ausência de água necessária à hidrólise.
O esporo não ocorre em todas as espécies bacterianas. A maior parte das espécies, cujos 
hospedeiros naturais são os animais, incluindo humanos, não forma esporos, pois habita áre-
as geralmente bastante favoráveis para o desenvolvimento da forma vegetativa. Espécies 
formadoras de esporo: Bacillus, Clostridium, Sporosarcina e Streptomyces. Com exceção do 
Streptomyces, todas estas espécies produzem esporos sem função reprodutora. Streptomyces 
produz seus esporos em estruturas especializadas (hifas multinucleadas), que, neste caso, 
constituem seu modo de reprodução.
Algumas espécies bacterianas formadoras de endósporos são muito importantes como 
patógenos, como Bacillus anthracis (provoca uma doença fatal em gado), Clostridium tetani 
(agente etiológico do tétano), Clostridium perfringens (um dos agentes da gangrena gasosa) e 
Clostridium botulinum (produz toxinas altamente letais causadoras do botulismo).
Ufaaa! Acabamos essa parte da estrutura celular das bactérias. E agora que você já sabe 
tudo sobre esse assunto, vamos aprofundar mais e falar sobre a fisiologia desses micro-orga-
nismos. Chegou a vez de estudarmos a nutrição e o metabolismo bacterianos. Pronto(a) para 
continuar? Venha comigo!!
nutrição e metABolismo BACteriAnos
As algas e algumas bactérias são fotossintéticas. Nas algas e cianobactérias, o pigmento 
principal é a clorofila como nas plantas. Durante o processo, a água é utilizada como doadora 
de elétrons com desprendimento de oxigênio. Esse processo é importantíssimo e cerca de 
50% do oxigênio atmosférico existente provém dele.
Em outro grupo de bactérias, o pigmento fotossintético é a bacterioclorofila. Não há produ-
ção de oxigênio, pois a água não é utilizada como fonte de elétrons.
• Litotróficas: Bactérias que utilizam compostos inorgânicos (H2S, por exemplo) para esse 
fim. Oxidam compostos inorgânicos. São bactérias de considerável importância indus-
trial, como as do gênero Thiobacillus, capazes de oxidar enxofre, produzindo ácido sulfú-
rico. Por isso, são utilizadas na lixiviação de metais ou minérios pobres, como de cobre 
ou de urânio, nos quais o processo químico usual de extração seria pouco econômico.
• Organotróficas: Exigem doadores orgânicos de elétrons. Oxidam compostos orgânicos. 
Nesse grupo, encontramos um grande número de bactérias e todas as de interesse mé-
dico.
• Quimiotróficas: Grande maioria das bactérias. Obtêm energia às custas de reações quí-
micas nas quais substratos adequados são oxidados.
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Fontes de mAteriAl plástiCo
Para a renovação da matéria viva, os elementos químicos quantitativamente mais impor-
tantes são: Carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxofre e fósforo.
• Carbono: Para as autotróficas, a única fonte de carbono é o CO2 ou o íon bicarbonato a 
partir dos quais conseguem sintetizar todos os compostos orgânicos de que necessi-
tam. Alguns grupos de bactérias são heterotróficas, exigindo fontes orgânicas de car-
bono. As mais comuns são os carboidratos, particularmente a D-glicose, aminoácidos, 
ácidos monocarboxílicos, lipídeos, álcoois e polímeros como amido e celulose. Qual-
quer composto orgânico natural e muitos sintéticos podem ser utilizados por algum 
micro-organismo. Essa versatilidadeé extremamente importante permitindo o emprego 
de micro-organismos numa extensa série de transformações úteis para o homem. Na 
maior parte das vezes, o mesmo composto é usado para obter energia e esqueletos de 
carbono. Além disso, algumas bactérias heterotróficas são também capazes de fixar 
CO2 (muitas o exigem em quantidades maiores), embora não como fonte única de car-
bono. O oxigênio e o hidrogênio geralmente fazem parte dos compostos orgânicos.
• Nitrogênio: Quanto à necessidade de nitrogênio há três categorias. Algumas bactérias 
retiram o nitrogênio diretamente da atmosfera (N2) e o converte a nitrogênio orgânico. 
Temos como exemplo bactérias dos gêneros Azotobacter e Rhizobium. Essas últimas 
executam esta atividade em simbiose com plantas leguminosas num processo de con-
siderável importância econômica, pois contribuem de maneira significativa na fertilida-
de e produtividade do solo. A quase totalidade das bactérias utiliza compostos inorgâ-
nicos de nitrogênio, em especial sais de amônio e nitratos (raramente nitritos). Algumas 
bactérias exigem fontes orgânicas de nitrogênio, representadas por um número variável 
de aminoácidos. De modo geral, a adição de aminoácidos ou hidrolisados de proteínas 
favorece o crescimento da maioria das bactérias heterotróficas. 
• Íons inorgânicos essenciais: As bactérias exigem uma série de outros elementos quími-
cos sob a forma de compostos inorgânicos. Alguns são necessários em quantidades 
apreciáveis (macronutrientes) enquanto, de outros, bastam traços (micronutrientes). Te-
mos, então:
a) Fósforo: Sob a forma de fosfatos, importante no metabolismo energético e na síntese 
de ácidos nucleicos.
b) Enxofre: Necessário por fazer parte de aminoácidos como cistina e cisteína e para a 
síntese de vitaminas como biotina e tiamina.
c) Potássio: Ativador de enzimas extracelulares e fator importante na síntese de proteí-
nas e união das frações ribossômicas.
d) Ferro: Componente dos citocromos, de algumas proteínas e de certos pigmentos.
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O papel de cada micronutriente não é tão bem conhecido, dadas as dificuldades de seu es-
tudo. Tem-se, todavia, demonstrado, em casos específicos, a necessidade de elementos como 
cobre, cobalto, zinco, manganês, molibdênio, sódio e muitos outros.
Fatores de crescimento: São os compostos orgânicos indispensáveis a um determinado 
micro-organismo, mas que ele não consegue sintetizar. Tais fatores devem estar presentes 
no meio para que o micro-organismo possa crescer. Muitos desses fatores são vitaminas, em 
especial do complexo B, aminoácidos, nucleotídeos e ácidos graxos. As necessidades dos 
micro-organismos são variadíssimas. Um dos aspectos importantes dessa indispensabilidade 
resulta do fato de que, quando um micro-organismo exige um determinado fator, seu cresci-
mento será limitado pela quantidade do fator presente no meio. Dentro de certos limites, o 
crescimento será proporcional ao teor do composto limitante. Isso permite a elaboração de 
um método de dosagem de certos compostos, como vitaminas e aminoácidos, baseado na 
medida do crescimento microbiano. Este é o fundamento da dosagem microbiológica. Fique 
atento(a) a esse processo!
áGuA
A água não constitui um nutriente, mas é absolutamente indispensável para o crescimen-
to, e seu papel é múltiplo. As bactérias se nutrem pela passagem de substâncias em solução 
através da membrana citoplasmática. A água é o solvente universal. Além disso, exerce função 
primordial na regulação da pressão osmótica e, pelo seu elevado calor específico, na regulação 
térmica. A maior parte das bactérias, especialmente as que não esporulam, morre rapidamente 
pela dessecação. 
oxiGênio AtmosFériCo
Como a água, o oxigênio não é um nutriente e funciona apenas como receptor final de hi-
drogênio nos processos de respiração aeróbica. Entra na célula por difusão e as bactérias têm 
comportamentos diferentes na presença de O2 livre.
• Aeróbias: Exigem a presença de oxigênio livre.
• Microaerófilas: São aeróbias que exigem a presença de oxigênio em pequenas quantida-
des, não tolerando as pressões normais de O2 atmosférico.
• Anaeróbias estritas: Não toleram a presença de oxigênio livre, morrendo rapidamente 
nessas condições.
• Anaeróbias não estritas: Não utilizam o oxigênio atmosférico, mas este não é tóxico.
• Facultativas: Tanto podem crescer na presença como na ausência do oxigênio livre.
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meios de CulturA
Nas condições artificiais do laboratório, o crescimento de bactérias é conseguido pela se-
meadura destas em meios de cultura, cuja composição deve atender aos princípios expostos 
acima. Dada a variedade de tipos nutritivos, é fácil compreender que não há um meio de cul-
tura universal. Muitas vezes, o que é exigido por uma determinada bactéria inibe totalmente o 
crescimento de outras. É o que sucede com a matéria orgânica necessária ao crescimento de 
heterotróficas que, na maioria das vezes, inibe totalmente a proliferação de autotróficas.
Assim, para compor um meio adequado, é necessário conhecer a fisiologia das bactérias 
em estudo. É importante lembrar que cada micro-organismo duplicado ou multiplicado deve 
possuir todos os componentes da célula original. A tabela que você verá a seguir te trará uma 
ideia aproximada da composição química de uma bactéria. Os números apresentados são vá-
lidos para bactérias cultivadas em condições estabelecidas (composição do meio de cultura, 
pH, temperatura, etc.) e não são válidos para outros micro-organismos (outras bactérias ou 
fungos), servindo apenas de referencial. É preciso salientar que há muitas bactérias para as 
quais não foi possível descobrir ainda o meio de cultura que permite seu crescimento in vitro.
Fonte: Trabulsi-Alterthum, 2015.
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Composição dos meios de CulturA
Basicamente existem dois grandes grupos de meios de cultura: Os sintéticos e os 
complexos.
• Sintéticos: A composição química é qualitativa e quantitativamente conhecida. Como 
exemplo, temos o seguinte meio: 1g de NH4Cl; 1g de K2HPO4; 1g de MgSO4; 0,2g de 7H2O; 
0,01 g de 7H2O; 0,02g de CaCl2; 1L de água q.s.p. Esse é um meio que se enquadra na 
definição de sintético. Também está de acordo com os princípios gerais falados ante-
riormente, no que tange à fonte de nitrogênio e íons inorgânicos. Não contém uma fonte 
de carbono nem de energia. Isso acontece porque o meio foi planejado para a cultura 
de fotolitotróficas. Só contém material inorgânico, a fonte de carbono é o CO2 do ar e 
a fonte de energia é a luz solar. Para que as bactérias cresçam nesse mio, devem ser 
incubadas em presença de luz e em condições de aerobiose.
• Complexos: Se neste mesmo meio quisermos cultivar micro-organismos mais exigen-
tes, podemos enriquecê-lo com substâncias capazes de forneceruma variedade grande 
de aminoácidos e vitaminas como, por exemplo, extrato de carne. Nesse momento, o 
meio passou a ser complexo, pois contém um produto cuja composição química não 
é perfeitamente definida (o extrato de carne). Na prática, a maior parte dos meios utili-
zados é do tipo complexo e as mais variadas substâncias podem ser utilizadas na sua 
composição (peptonas, extrato de leveduras, extrato de fígado, extrato de coração, extra-
to de soja, extrato de arroz, sangue, soro etc.). 
estAdo FísiCo dos meios de CulturA
Os meios de cultura podem ser constituídos simplesmente por soluções aquosas de nu-
trientes. Geralmente as bactérias têm maior facilidade de iniciar seu crescimento neste tipo de 
meio, principalmente se o seu número é de início, pequeno. Quando, todavia, existe mais de um 
tipo de bactéria no material semeado, o crescimento final será constituído de uma mistura des-
tas, o que impede que se tirem conclusões a respeito da natureza e da atividade de cada uma.
Para que as características possam ser reconhecidas ou para que a sua atividade possa 
ser devidamente estudada, a bactéria deve se encontrar em “cultura pura”, isto é, não deve 
estar misturada a outras. Para que se possa separá-las proveniente de algum material ou de 
uma cultura líquida, há necessidade de algum material ou de uma cultura líquida, é preciso se-
meá-las na superfície de um meio sólido. Nesse caso, se o material foi adequadamente diluído 
e o espalhamento bem feito, cada bactéria estará separada de sua vizinha e, multiplicando-se, 
formará uma colônia de organismos iguais a ela, visível microscopicamente e facilmente trans-
ferível para novo meio onde crescerão em cultura pura.
Os meios sólidos são preparados adicionando-se um agente solidificador às soluções de 
nutrientes. O agente mais usado é o ágar, polissacarídeo extraído de algas, que funde a 100ºC, 
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mas somente solidifica de novo ao redor de 45ºC. A adição de 1,5% a 2% de ágar ao meio de 
cultura líquido é suficiente para a solidificação destes.
meios seletivos e diFerenCiAis
São aqueles cujas características impedem o crescimento de certos micro-organismos, 
permitindo apenas o crescimento de outros. Muitas vezes a seletividade do meio depende da 
adição de algum composto inibidor dos indesejáveis. Por exemplo, corantes básicos inibem o 
crescimento de bactérias Gram-positivas, enquanto a azida sódica inibe as Gram-negativas.
Meios diferenciais são aqueles que conferem características especiais às colônias que, em 
condições normais, seriam idênticas. Assim, bactérias fermentadoras de lactose, semeadas 
em meio contendo lactose e um indicador, dão colônias de cor diferente das não fermentado-
ras, pois, crescendo, fermentam a lactose originando ácido lático, que faz “virar” o indicador.
outros FAtores envolvidos nA nutrição – temperAturA
Cada bactéria tem um ótimo de temperatura para absorção de nutrientes que está intima-
mente relacionado ao crescimento e ao desenvolvimento das culturas.
• Psicrófilas: Crescem melhor entre as temperaturas de 0ºC a 18ºC.
• Mesófilas: Entre 25ºC e 40ºC.
• Termófilas: Entre 50ºC e 80ºC.
ConCentrAção HidroGeniôniCA (pH)
Os valores de pH em torno de 7,0 são os mais adequados para absorção dos nutrientes, 
embora existam algumas bactérias adaptadas a viver em ambientes ácidos e alcalinos. 
enzimAs
A membrana citoplasmática não permite a passagem de nutrientes de elevado peso mole-
cular. No entanto, sabemos que elas podem utilizar amido, proteínas, gorduras e outras macro-
moléculas. A quebra dessas para posterior absorção é feita à custa de enzimas extracelulares 
ou exoenzimas. Bactérias patogênicas podem e muitas vezes utilizam esses substratos, que 
fazem parte de nosso organismo, como alimento. Neste caso, as enzimas acabam se cons-
tituindo em fatores de agressividade (virulência). Outras vezes, as exoenzimas são indireta-
mente mecanismos de defesa, pois podem inativar antibióticos como as penicilinas, embora 
novamente a finalidade seja a nutrição. Bem, interessante, não é?
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ConservAção dos miCro-orGAnismos
Uma vez isolada uma bactéria em cultura pura, poderá ser necessário conservá-la no labo-
ratório para estudo ou uso futuro. Várias são as técnicas empregadas para esse fim, conforme 
a natureza do organismo em questão. A técnica mais comum consiste em semear em meio 
sólido distribuído em tubos e, periodicamente, transferi-la para novo meio. O tempo decorrido 
de uma transferência para outra dependerá da resistência da bactéria. É conveniente que o 
metabolismo bacteriano seja reduzido tanto quanto possível, pois, nessas condições, ela per-
manecerá viável por tempo mais prolongado.
Para se conseguir tal resultado, há vários recursos que serão aplicados, de acordo com 
o tipo de bactéria em questão. Uma das técnicas mais simples consiste em se conservar as 
culturas à temperatura de geladeira. Há micro-organismos que permanecem viáveis durante 
meses. Outra técnica consiste em se recobrir a cultura com uma camada de óleo mineral es-
téril, reduzindo dessa forma o suprimento de oxigênio e, consequentemente, o metabolismo 
microbiano.
Todos esses processos envolvem um trabalho intenso e constante principalmente quan-
do o número de organismos na coleção é grande. Além disso, muita atenção é necessária 
nas transferências, para evitar contaminação. Outro problema importante decorre do fato de 
que, com o correr do tempo, muitos organismos podem sofrer mutações e, com isso, terem 
suas características alteradas. Para se contornar esse inconveniente, recorre-se ao processo 
de liofilização.
O material pode ser conservado à temperatura ambiente. Outra técnica utilizada é a con-
servação em temperatura de nitrogênio líquido (-179ºC). Empregando a liofilização e o nitrogê-
nio líquido, os micro-organismos podem ser guardados por muito tempo, até mesmo durante 
anos, sem que haja necessidade de renovação e sem alterações em suas propriedades.
metABolismo miCroBiAno
Na figura a seguir, você poderá verificar um momento da vida de uma bactéria organotró-
fica em plena atividade metabólica, considerando que está colocada num meio de cultura que 
contenha glicose como única fonte de carbono e sais minerais fornecendo nitrogênio, hidrogê-
nio, oxigênio, enxofre, fósforo, magnésio etc.
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A glicose atravessa a membrana e é fosforilada, transformando-se em glicose-6-fosfato. 
Esta, através da via glicolítica, chegará a ácido pirúvico. Este composto, dependendo do mi-
cro-organismo e das condições de cultivo, poderá produzir energia através das fermentações 
exemplificadas pelo ácido láctico, ácido acético, etanol, butanol etc. Este é o ciclo que irá forne-
cer as subunidades e gerar ATP por meio da cadeia de transporte eletrônicoem bactérias que 
fazem respiração (aeróbia ou não). A cadeia de transporte de elétrons é associada à formação 
de um gradiente de prótons e o retorno destes ao citoplasma, através de ATP sintase, promove 
a síntese de ATP. Seus componentes são os mesmos das cadeias de transporte de eucariotos 
(NAD, FAD, FeS, CoQ e citocromos).
Fonte: Trabulsi-Alterthum, 2015.
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Bactérias que têm o metabolismo anaeróbio podem até ter uma cadeia de transporte, mas 
sem a citocromo oxidase. Algumas bactérias têm cadeias curtas de transporte de elétrons, o 
que gera menos energia para a célula. Das subunidades formadas destacam-se os ácidos alfa-
cetoglutárico e oxalacético, pois ambos podem ser aminados diretamente dando origem aos 
respectivos aminoácidos, ácido glutâmico e aspargina.
Fonte: Trabulsi-Alterthum, 2015.
Bactérias anaeróbias que não fazem o ciclo de Krebs completo têm um ramo oxidativo 
deste ciclo chegando até o ácido alfacetoglutárico e um ramo redutor até ácido aspártico, 
formando, portanto, as várias subunidades de que as células necessitam. Durante a via glico-
lítica, formam-se duas trioses que poderão, caso a célula necessite, produzir glicerol. A partir 
do ácido pirúvico poderá ser formado o acetil-CoA e este condensado irá gerar malonil-CoA e 
sucessivamente até formar ácidos graxos de número par de átomos de carbono. Esses pode-
rão ser esterificados com glicerol, dando origem a família de triglicerídeos.
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Fonte: Trabulsi-Alterthum, 2015.
Se um dos ácidos graxos for substituído por ácido fosfórico, o composto resultante será o 
ponto de partida para formação dos fosfolipídeos, componentes da membrana citoplasmática 
e outras eventuais estruturas membranosas de que a célula poderá dispor. A glicose-6-fofato 
pode, em vez de ser novamente fosforilada, seguir a via do monofosfato, que poderá gerar 
açúcares de 4, 5, 6, 7 e 8 átomos de carbono. Destaque para pentoses (ribose e desoxirribose) 
constituintes dos ácidos nucleicos (DNA e RNA), entre outros compostos essenciais. Nesta 
via, forma-se também NADPH, importante nas reações de oxirreduções intracelulares.
Se o micro-organismo for colocado na presença de macromoléculas, como proteínas, li-
pídeos, polissacarídeos, ácidos nucleicos, e possuir proteases, lipases, hidrolases, DNAses, 
poderá obter mais facilmente as subunidades necessárias ao seu metabolismo.
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Fonte: Trabulsi-Alterthum, 2015.
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Fonte: Trabulsi-Alterthum, 2015.
Agora que você já sabe tudo sobre morfologia e fisiologia das bactérias, vamos colocar 
esse conhecimento em prática! Abaixo, você irá encontrar 30 questões especialmente selecio-
nadas para que você possa entender como esse conteúdo é cobrado em provas. Divirta-se e 
não se esqueça de checar os COMENTÁRIOS!
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IBADE/IAPEN/ 2020/IAPEN/AC/ MICROSCOPISTA) Dependendo do perfil metabólico, 
um microrganismo pode ser classificado como sendo aeróbio, anaeróbio ou anaeróbio faculta-
tivo. Qual das alternativas a seguir apresenta uma espécie de bactéria anaeróbia?
a) Streptococcus pyogenes.
b) Clostridium botulinum.
c) Neisseria meningitidis.
d) Bordetella pertussis.
e) Staphylococcus aureus.
002. (FADESP/COSANPA/FADESP/2017/QUÍMICO) O principal indicador de poluição fecal 
direta recente em águas é a(o):
a) Vibrio cholerae.
b) Escherichia coli.
c) Salmonella typhi.
d) Pseudomonas aeruginosa.
003. (FCC/PREFEITURADESÃOJOSÉDORIOPRETO/SP/2021/ANALISTA EM VIGILÂNCIA 
SANITÁRIA/BIÓLOGO) A contaminação de produtos farmacêuticos não estéreis e de cos-
méticos por microrganismos indesejáveis constitui um dos maiores riscos para a indústria e 
para o consumidor. O efetivo controle de qualidade microbiológico requer que o profissional 
responsável seja capaz de:
a) Trabalhar independentemente na linha de produção.
b) Autoclavar todas as matérias-primas e equipamentos.
c) Esterilizar os produtos finais embalados.
d) Identificar a origem da contaminação microbiológica.
e) Reciclar os produtos recolhidos por contaminação.
004. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE BOA VISTA/RR/PREFEITURA DE BOA VISTA/
RR/BIOMÉDICO) Ao se planejar um experimento, a ser realizado pelos alunos em aula prá-
tica, para ilustrar o tratamento de água em um projeto de educação ambiental para crianças, 
diversos fatores devem ser considerados, como os microrganismos a serem combatidos, sua 
patogenicidade e os mecanismos de tratamento utilizados. Nesse contexto, julgue o item 
que se segue:
Staphylococcus aureus resistente à vancomicina é um microrganismo comumente encontrado 
em águas contaminadas em áreas rurais, devido à falta de tratamento do esgoto residencial.
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005. (IBADE/IAPEN/AC/2020/MICROSCOPISTA) As células bacterianas são caracterizadas 
morfologicamente pelo seu tamanho, forma, arranjo e estruturas que apresentam. Quanto à 
forma, quais os três grupos básicos?
a) Streptococcus, escherichia e bacilos.
b) Streptococcus, bacilos e pseudomonas.
c) Cocos, estreptococos e espirilos.
d) Streptococcus, escherichia e cocos.
e) Cocos, bacilos e espirilos.
006. (CESPE/CEBRASPE PREFEITURA DE BOA VISTA/RR/2004) Ao se planejar um experi-
mento, a ser realizado pelos alunos em aula prática, para ilustrar o tratamento de água em um 
projeto de educação ambiental para crianças, diversos fatores devem ser considerados, como 
os microrganismos a serem combatidos, sua patogenicidade e os mecanismos de tratamento 
utilizados. Nesse contexto, julgue o item que se segue:
A Escherichia coli é uma bactéria

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