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Pesquisas científicas mostram que a música não apenas é agradável, como tem o poder de estimular atividades cerebrais e a liberação de hormônios como a dopamina, que é associada ao prazer. Com o estímulo musical, foi observado que a dopamina é liberada em diferentes partes do cérebro em diferentes momentos das músicas, além de ser mais liberada quando o ouvinte gosta da música, evidenciando uma resposta do cérebro aos padrões sonoros existentes em diferentes músicas. Por conta disso, a música é capaz de causar impacto emocional tão grande a ponto de sempre trazer essas emoções independente de há quanto tempo e por quantas vezes já se ouviu aquela música. A afinidade pelo reconhecimento de padrões sonoros também explica porque alguns tipos de música ganham mais popularidade, pois têm padrões mais repetitivos e fáceis de serem reconhecidos, diferente de músicas como o jazz que apresenta uma estrutura imprevisível, que dificulta este reconhecimento. Além disso, a dinâmica da música, o ritmo, a melodia se mostraram essenciais para trazer aos ouvintes as emoções associadas às músicas, não tendo o mesmo impacto quando, em experimento, as música foram alteradas para uma versão uniforme, sem o “tempero” da música. A forma como o ritmo do cérebro acompanha o ritmo da música explica as emoções coletivas que acometem o público em shows e grandes concertos. Apesar das pesquisas demonstrarem repetitivos padrões de comportamento cerebral em resposta aos estímulos sonoros, o gostar ou não de determinada música segue sendo um fator pessoal, individual e subjetivo de cada indivíduo, sendo intrínseco à sua personalidade e atravessado por sua história de vida e seu repertório sonoro própio. Apesar de em sua origem a palavra "música" referir-se a diversas formas de inspiração artística, com o tempo ela passou a se referir à combinação de sons para criar arte. A música pode ser uma expressão folclórica simples e primitiva, transmitida oralmente e refletindo as particularidades culturais de um povo. No entanto, devido à globalização e ao crescimento das cidades, muitas tradições musicais folclóricas estão em perigo de desaparecer. A música popular costumava se referir a formas de música não folclóricas que eram amplamente conhecidas, desde canções medievais até peças musicais refinadas. No entanto, atualmente, o termo "música popular" é associado a uma produção mais comercial e de curta duração divulgada pela indústria do entretenimento. Apesar disso, muitas dessas músicas têm alta qualidade e envolvem profissionais especializados em composição, arranjo e execução. O texto destaca que a música folclórica, a música popular e a música erudita têm influências mútuas, e que o alto grau de conhecimento musical em uma cultura influencia todos os níveis de criação. O texto fala sobre a história da música sacra, que está relacionada com a história da música em geral. Muitos grandes mestres da música, como Bach e Mozart, compuseram obras para louvar e agradecer a Deus pelo dom da música que receberam. O autor menciona que um dos compositores mais antigos da música sacra foi o apóstolo Paulo, que compôs salmos acompanhados de lira. A música cristã teve sua origem nas catacumbas de Roma, onde os cristãos se refugiavam e celebravam missas. Naquela época, ser cristão era perigoso e muitas vezes custava a vida das pessoas. Com o tempo, a música sacra foi influenciada pela cultura grega. Os romanos conquistaram a Grécia e os professores gregos foram levados para Roma, onde ensinaram teoria musical. Além disso, parte da elite culta da época conciliava a filosofia grega com o cristianismo. Durante as Cruzadas, as missas eram cantadas na melodia gregoriana, com notas naturais. A igreja se organizou e ganhou força, assim como a música sacra. No período barroco, compositores como Bach começaram a utilizar modulações influenciadas pela música árabe trazida pelos mouros. Essas modulações revolucionaram a música, e a música sacra também seguiu esse caminho, principalmente na Alemanha. O texto destaca que a música sacra enriqueceu-se, mas não evoluiu apenas pelo luxo e pela pompa, mas sim através das influências culturais e das mudanças na teoria musical, como a escala temperada. O texto aborda a classificação da música clássica em dois sentidos diferentes. Para as pessoas em geral, o termo "música clássica" é utilizado para fazer uma distinção entre música erudita e música popular. No entanto, para estudiosos e musicólogos, "música clássica" possui um sentido mais específico e preciso, referindo-se à música composta entre 1750 e 1810, período que inclui os compositores Haydn, Mozart, Beethoven e outros. Composições de outros autores não podem ser consideradas clássicas nesse sentido. O autor também menciona que é possível generalizar e dizer que se gosta de música erudita quando se ouve compositores como Bach, Vivaldi, Chopin, Verdi ou Wagner, pois cada um deles representa um período musical específico, como música barroca, romântica, etc. A música erudita, em todos os seus períodos, tende a levar o ouvinte ao equilíbrio. Ao ouvir temas musicais fluidos e tranquilos, há uma diminuição da pulsação do coração e da respiração, proporcionando uma sensação de paz, tranquilidade e relaxamento. Composições que evocam tranquilidade podem levar o ouvinte a um estado de calma e reflexão. Além disso, uma pesquisa demonstrou que plantas expostas a diferentes tipos de música, como música barroca e rock metal, apresentaram diferentes reações de crescimento, sugerindo que a música também pode afetar os seres vivos de diferentes maneiras. O autor também traça um panorama histórico da música, mencionando as influências das antigas civilizações, como a suméria, egípcia, chinesa, indiana e africana, além do papel da Igreja Católica e da Idade Média na evolução da música ocidental. O texto divide a história da música em seis grandes períodos: Medieval, Renascentista, Barroco, Clássico, Romântico e Moderno. O texto aborda a evolução da música ao longo do tempo, com destaque para o desenvolvimento do sistema de escrita musical e da pauta musical. O monge Guido d'Arezzo é mencionado como o responsável pela sugestão do uso de uma pauta de quatro linhas e pelo sistema silábico de dar nome às notas musicais. O texto também menciona a associação do sistema silábico a um hino dedicado a São João Batista. No século XIX, o sistema de Guido foi adaptado e transformado no sol-fá tônico utilizado atualmente, sendo utilizado para ensinar pessoas não musicistas a cantar música coral. Nesse período, ocorreram reformulações de alguns tons para facilitar o canto, resultando em mudanças como a substituição de "Ut" por "Dó" e "Sa" por "Si". Além disso, o texto menciona diferentes estilos musicais, como o Cantochão ou Canto Gregoriano, que consiste em uma única linha melódica cantada, e o desenvolvimento de composições em estilo coral. Na Idade Média, também havia uma produção significativa de danças e canções, especialmente por trovadores, poetas e músicos do sul da França e Itália. Alguns compositores medievais importantes foram Perotin, Leonen, Guido d'Arezzo, Philippe de Vitry, Guillaume de Machaut e John Dunstable. Na música renascentista, o interesse pelo conhecimento e cultura, assim como as grandes descobertas e explorações da época, influenciaram os compositores a se dedicarem mais à música profana, além da música religiosa. Os tesouros musicais renascentistas foram compostos principalmente para a igreja, no estilo polifonia coral ou policoral, sem acompanhamento de instrumentos. A música renascentista é caracterizada por ser polifônica, com várias melodias tocadas ou cantadas ao mesmo tempo. No aspecto vocal, destaca-se o uso de múltiplos coros na Basílica de São Marcos, em Veneza, que inspirou a composição de peças policorais. Os motetos erampeças cantadas em igrejas, escritas para no mínimo quatro vozes. Os madrigais eram canções populares para várias vozes, sem refrão, e ganharam popularidade na Inglaterra do século XVI. Na música instrumental renascentista, os compositores passaram a escrever música especificamente para instrumentos, além de acompanhamento vocal. Instrumentos como flautas, alaúdes, violas e teclados (órgão, virginal, clavicórdio) eram comuns nos lares. Surgiram os primeiros álbuns de música exclusivamente para instrumentos de teclado. Alguns compositores renascentistas mencionados são William Byrd, Josquin des Préz, Giovanni Pierluigi Palestrina, Giovanni Gabriel e Cláudio Monteverdi. No período barroco, o termo "barroco" era inicialmente utilizado para descrever o estilo de arquitetura e arte do século XVII, caracterizado por ornamentos em excesso. Posteriormente, foi aplicado à música para indicar o período que vai do surgimento da ópera e do oratório até a morte de Bach. A música barroca é geralmente exuberante, com ritmos enérgicos, melodias ornamentadas, contrastes de timbres instrumentais e sonoridades fortes e suaves. Na música vocal, destaca-se a ópera, com papéis cantados em vez de falados. Monteverdi é citado como o compositor da primeira grande ópera, "Orfeu". Alessandro Scarlatti e os compositores franceses Lully e Rameau também são mencionados como importantes compositores de óperas. O oratório, que é uma forma de ópera com histórias da Bíblia, também é mencionado como uma forma musical vocal barroca. Com o tempo, os oratórios deixaram de ser representados teatralmente e passaram a ser apenas cantados. O compositor alemão Haendel é destacado por seus famosos oratórios, como "Messias". As cantatas são mencionadas como oratórios em miniatura apresentados em missas. No período barroco, a música instrumental ganhou importância equivalente à música vocal. A orquestra começou a se desenvolver, e os violinos se tornaram o centro da orquestra, acompanhados por outros instrumentos, como flautas, fagotes, trompas, trompetes e tímpanos. Uma característica comum nas orquestras barrocas era a presença do cravo ou órgão, que preenchiam a harmonia como um contínuo. Nesse período, surgiram novas formas de composição, como a fuga, a sonata, a suíte e o concerto. Os principais compositores do período barroco mencionados no texto são A. Corelli, A. Scarlatti, A. Vivaldi, D. Scarlatti, Henry Purcell, G. P. Telemann, J. S. Bach, J. F. Haendel, J.-Ph. Rameau e J. A. C. Seixas. Já no período clássico, a música instrumental ganhou ainda mais importância em relação à música vocal. Os compositores buscaram destacar a beleza e a graça das melodias, e a orquestra continuou a se desenvolver. O cravo deixou de ser utilizado, e mais instrumentos de sopro foram adicionados. Durante esse período, surgiram a sonata, a sinfonia e o concerto. Os principais compositores de sinfonias do Classicismo foram Haydn, Mozart e Beethoven. O piano forte substituiu o cravo no final do século XVIII. O piano permitia uma maior expressividade e abriu novas possibilidades musicais. No entanto, inicialmente, o piano teve dificuldades para se popularizar devido à precariedade dos primeiros modelos. Em relação aos compositores clássicos mencionados no texto, temos Carl P. E. Bach, Gluck, Hayden, W. A. Mozart, Ludwig Van Beethoven, Joaquim A. de Mesquita, Padre José Maurício N. Garcia, Antonio Soler Ramos e Muzio Clemente. Na música romântica, os compositores buscavam expressividade e intensidade emocional, rompendo com a estrutura formal estabelecida pelos compositores clássicos. Eles se inspiravam em outras formas de arte, como pintura e literatura, e exploravam temas como paisagens exóticas, passado distante, sonhos, amor, lendas e o sobrenatural. As melodias se tornaram mais apaixonadas, e as harmonias mais ricas, com o uso de dissonâncias. Além disso, houve um florescimento da canção, especialmente do Lied alemão, e destaque para as óperas românticas de compositores como Verdi, Rossini, Wagner e Antônio Carlos Gomes. A orquestra também se expandiu, com o aumento do tamanho e a inclusão de novos instrumentos. O piano teve um papel importante durante esse período, sendo explorado por compositores como Schubert, Mendelssohn, Chopin, Schumann, Liszt e Brahms. Além disso, houve o surgimento de peças curtas e de formas mais livres, como valsas, polonaises, mazurcas, romances, prelúdios, noturnos, baladas e improvisos. O virtuosismo instrumental também foi valorizado, destacando-se figuras como o violinista Paganini e o pianista Liszt. Já na música moderna do século XX, houve uma diversidade de tendências e técnicas de composição. Diferentemente dos períodos anteriores, não há um único estilo dominante, mas uma mistura complexa de várias correntes musicais. No entanto, muitas dessas tendências surgiram como uma reação contra o estilo romântico do século XIX. Algumas das correntes mencionadas incluem o impressionismo, o nacionalismo, o expressionismo, o serialismo, a música eletrônica, o neoclassicismo, o jazz, a atonalidade e a música aleatória. Na música do século XX, as características estilísticas podem variar bastante, mas algumas marcas comuns incluem melodias curtas e fragmentadas, ritmos vigorosos e dinâmicos com métricas inusitadas, uma maior preocupação com os timbres e a inclusão de sons estranhos e exóticos. Além disso, houve o desenvolvimento de novos sons por meio de aparelhagens eletrônicas e fitas magnéticas. Dentre os compositores mencionados, na música romântica, estão Gustav Mahler, Verdi, Rachmaninov, Schubert, Chopin, Wagner, Brahms, Tchaikovsky, entre outros. Na música moderna do século XX, encontramos nomes como Igor Stravinsky, Cláudio Santoro, Sergei Prokofiev, Marlos Nobre de Almeida, Villa-Lobos, Debussy, Schoenberg, Ravel, Bartók, entre outros. Referências: EQUIPE PLANETA. A Mente Musical. s. n., 2015.. OLIVER. Que é Música? Disponível em: http://www.oliver.psc.br/musica/queemusica.htm. Acesso em: 31 de maio de 2023. OLIVER. Música Sacra. Disponível em: http://www.oliver.psc.br/musica/musicasacra.htm. Acesso em: 31 de maio de 2023. OLIVER. História da Música. Disponível em: http://www.oliver.psc.br/compositores/historiamusica.htm#divis%C3%A3o. Acesso em: 31 de maio de 2023. OLIVER, P. S. Desenvolvimento de timbres musicais. Disponível em: http://www.oliver.psc.br/musica/desenv.htm. Acesso em: 31 maio 2023. http://www.oliver.psc.br/musica/queemusica.htm http://www.oliver.psc.br/musica/musicasacra.htm http://www.oliver.psc.br/compositores/historiamusica.htm#divis%C3%A3o http://www.oliver.psc.br/musica/desenv.htm
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