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RESUMO - Anti-inflamatórios esteroidais docx

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Farmacologia e toxicologia veterinária II Flávia Brandão – Med.
Vet
Anti-inflamatórios não esteroidais
Capitulo 21 – farmacologia aplicada na veterinária.
Revisão fisiológica →
▪ As glândulas adrenais – produzem e liberam hormônios esteroidais, sinterizado a parti de colesterol (doando
o núcleo ciclopentanoperidrofenantreno). Não sendo estocadas nas células adrenais.
 A liberação é feita pelo hormônio adrenocortitrofico (ACTH) ou corticotropina. A secreção é controlada
pelos níveis de glicocorticoides.
▪ São chamados de corticosteroides ou corticoides.
▪ Classificados em:
 Mineralocorticoides → produzidos pela zona glomerulosa, seu principal é aldosterona que interferem
na manutenção do equilíbrio hídrico e eletrolítico. E consequentemente regulam a pressão arterial.
- Sua secreção depende da atuação do sistema renina-angiotensina.
 Glicocorticoides → produzidos principalmente pela zona fasciculata, seu principal são a
hidrocortisona (cortisol) e a corticosterona que aferam o metabolismo de carboidratos e de proteínas.
- Atuam na inibição da desposta inflamatória e a inibição da formação de substancias que
promovem a inflamação, os mediadores inflamatórios, como prostaglandinas, tromboxanos e
leucotrienos que surgem em decorrência do metabolismo do ácido araquidônico.
- Eles estabilizam a membrana lisossômicas e pela prevenção da ativação da fosfolipase A2
- Vão ser utilizados na inibição reações alérgicas, por meio da inibição da liberação de
determinadas aminas biogênicas como as histaminas.
Biotransformação e excreção:
▪ Ocorre no fígado.
▪ Uma vez transformados em compostos hidrossolúveis, são, na sua maioria, excretados por via renal.
▪ Parte dos corticosteroides metabolizados é adicionada à bile e excretada pela rota intestinal.
▪ Fatores hormonais, obesidade, idade, doenças intercorrentes e uso concomitante de outros medicamentos
interferem na biotransformação dos glicocorticoides.
Propriedades fisiológicas e farmacológicas:
Efeitos metabólicos gerais:
▪ São agentes hiperglicemiantes, ou seja, antagonizando a ação da insulina inibido a cactaçãp e a utilização
periférica da glicose.
▪ Atuam na promoção da gliconeogênese.
▪ Atuam na síntese do glicogênio hepático.
▪ Interferem no metabolismo proteico
▪ Aumentam o catabolismo e diminuindo a síntese de proteínas
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Farmacologia e toxicologia veterinária II Flávia Brandão – Med.
Vet
▪ No tecido adiposo, atuam com efeito lipolítico de determinados hormônios como catecolaminas e hormônios
do crescimento.
▪ Em concentrações farmacológicas: apresenta efeitos mineralocorticoides, promovendo retenção de sódio,
excreção de potássio e expansão do volume extracelular e também atuam na diurese por aumenta a taxa de
filtração glomerular inibindo o ADH.
Efeitos nos sistemas orgânicos:
▪ No trato gastrointestinal - aumento da secreção de ácido gástrico, de pepsina e do suco pancreático, redução
do crescimento e da renovação das células gástricas, bem como redução da produção de muco.
▪ Na pele – inibem a inibem a síntese de material conjuntivo (colágeno e ácido hialurônico, principalmente),
com consequente diminuição da espessura dérmica, tornando difícil a cicatrização.
- Interfere na renovação da célula epidérmica.
- Hiperqueratose e hiperpigmentação.
- Em excesso – há atrofia das glândulas sebáceas e do folículo piloso.
▪ Musculo – efeito proteolítico, promove a atrofia muscular.
 Aumentam a reabsorção óssea.
 Diminui a geração de matriz óssea pelos osteoblastos.
 Inibe a transcrição genica de colágeno.
▪ Sistema cardiovascular: aumentam o debito cardíaco e o tônus muscular.
 Vai proporcionar uma maior sensibilidade as catecolaminas (epinefrina (adrenalina), a
norepinefrina (noradrenalina), e a dopamina) pela ativação do sistema renina-angiotensina.
 Assim, o hipercortisolismo pode causar hipertensão arterial, hipocortisolismo e hipotensão.
▪ Sistema endócrino: tem efeito supressor em sua própria secreção.
 Por administração prolongada ou abusiva, levam à supressão do eixo
hipotálamo hipófise adrenal.
 Podem afetar também a produção de outros hormônios
Efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores:
▪ Estas propriedades anti inflamatórias e imunossupressoras dos glicocorticoides sempre foram consideradas
como efeitos farmacológicos e não fisiológicos.
▪ São capazes de bloquear desde as manifestações mais precoces do processo inflamatório, como dor, calor e
rubor, até as mais tardias como reparação e proliferação tecidual.
▪ Os cortiesteroides vão inibir:
 A capacidade de eliminar organismos invasores, como bactérias, por meio de metabolismo oxidativo.
 Os macrófagos na sua habilidade de fagocitar e eliminar organismos invasores.
 Atuar na imunidade célula interferindo na apresentação dos antígenos aos receptores de
 membrana dos monócitos fagocitários
▪ Podem levar a linfopenia, ou seja, baixa de linfócitos no sangue.
▪ Nos processos inflamatórios:
 Bloqueia a produção de fosfolipase A2
Implicações hemostásticas dos glicocorticoides:
▪ Uso elevado leva a hipercoagulabilidade sanguínea
Vias de administração
▪ Via oral mais utilizada devido a segurança na quantidade de dose absolvida.
▪ Permeáveis à barreira cutânea, podem levar à supressão do eixo hipotálamo hipófise adrenal e ao
aparecimento de efeitos adversos, quando utilizados cronicamente, em áreas extensas ou que apresentem
soluções de continuidade.
▪ Injetáveis são em geral administrados por via subcutânea ou por via intramuscular, sendo a subcutânea mais
comumente utilizada.
▪ A maioria dos glicocorticoides são insolúveis em água, não podendo ser administrados por via intravenosa;
por esta via, somente as formas de fosfato sódico ou succinato sódico são aplicáveis.
- é indicado os de alta solubilidade.
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Farmacologia e toxicologia veterinária II Flávia Brandão – Med.
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Indicações terapêuticas e posologia
Deve-se conta o equilíbrio entre os efeitos benéficos do medicamento e os seus consequentes efeitos colaterais.
OBSERVAÇÃO: A interrupção abrupta da medicação em casos de terapia crônica e em altas doses leva ao
aparecimento de sintomas clínicos de privação, isto é, a uma situação de hipoadrenocorticismo.
Insuficiência adrenal:
▪ Hipoadrenocorticismo endógeno ou iatrogênico → indicado o uso de glicocorticoides, pode-se empregar a
prednisona.
▪ Hipoadrenocorticismo primário, na ausência de aldosterona → indicado mineralocorticoide como a
hidrocortisona
▪ Nos casos específicos das insuficiências adrenais agudas, em estados de choque hipovolêmico e
desequilíbrio eletrolítico → faz-se necessária a administração de hidrocortisona (2 a 10 mg/kg, por via
intravenosa), de dexametasona (1 a 4 mg/kg, por via intravenosa) ou de prednisolona (4 a 20 mg/kg, por via
intravenosa).
Doenças imunomediadas → Doenças autoimunes
▪ Muito utilizado, e em muitos casos uso crônico.
▪ É necessário uma fase de indução e posteriormente uma fase de manutenção.
▪ Uso de esteroides em dias alternados, ou a cada 3 dias, permite a recuperação do eixo
hipotálamo hipófise adrenal e minimiza o aparecimento de efeitos colaterais
▪ Em poutros pode ocorre hemólise imunomediada
Doenças imunomediadas → condições alérgicas.
▪ Usada em: dermatopatias alérgicas (tais como atopia, dermatite alérgica à picada de pulga ou outros
ectoparasitas, dermatite alérgica de contato, hipersensibilidade alimentar), as reações a picadas de animais
peçonhentos e também as doenças do sistema digestório e doenças bronco-pulmonares de natureza
alérgica.
Doenças brônquicas e pulmonares
▪ A bronquite crônica e a asma
Traumas articulares:
▪ Usada na clinica de equinos para problemas articulares.
▪ Administração deste medicamento se faz por via intra articular com o objetivo de se minimizarem os efeitos
sistêmicos produzidos pelos anti inflamatórios esteroidais
 Porem poderá produzir efeitos intrassinoviais bastante sérios, tais como o decréscimo da elasticidade
da cartilagem e da quantidade de glicosaminoglicano, produzindo progressiva degeneração da
cartilagem.
 Tanto a cortisona como a prednisonanão são utilizadas por via intra articular, uma vez que esses
glicocorticoides precisam sofrer biotransformação hepática para formar cortisol e prednisolona,
respectivamente
Traumas e edemas cerebrospinais:
▪ Usados para o tratamento de casos de traumas dos sistemas nervoso central e periférico e em casos de
edemas e reações inflamatórias causadas por neoplasias ou infecções do tecido nervoso.
▪ Usa-se altas doses e recomenda-se retirada gradual.
Terapia antineoplásica:
▪ Coadjuvante nas quimioterapias em virtude de seu efeito citotóxico, além de diminuírem o edema, o processo
inflamatório e estimularem o apetite.
▪ Diminuir as náuseas, minimizar o vômito e atenuar a dor oncológica. No tecido linfoide, seu efeito de
promoção de apoptose é evidente nas células cancerosas, sendo um coadjuvante muito utilizado na
quimioterapia dos linfomas.
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Farmacologia e toxicologia veterinária II Flávia Brandão – Med.
Vet
Efeitos colaterais
Precauções e contraindicações →
Devem ser evitados:
▪ Doenças infecciosas → devido à sua natureza imunossupressora.
▪ Hemorragias e/ou perfurações → dada a sua interferência na vascularização, na secreção gástrica e nos
mecanismos de reepitelização das mucosas.
▪ Diabetes melito → são hormônios hiperglicemiantes e antagônicos à ação da insulina.
▪ Pancreatites → capacidade de aumentar a viscosidade das secreções pancreáticas, promover hiperplasia
dos ductos pancreáticos e provocar lipemia.
▪ Doenças renais → os esteroides promovem o catabolismo proteico, com consequente aumento dos produtos
nitrogenados e agravamento das situações de azotemia;
▪ Cardiopatias → alguns esteroides sintéticos retêm a atividade mineralocorticoide, o que leva à retenção
hídrica, piorando os estados congestivos.
Insuficiência adrenal iatrogênica →
▪ Em casos de uso prolongado de glicocorticoides pode levar uma suspenção do CRH e ACTH, devido ao
feedback negativo exercido no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal pelo corticosteroide exógeno.
▪ Isso leva atrofia das zonas fasciculata e reticulata adrenais.
▪ Assim, quando a retirada brusca da medicação o animal se mostra incapaz de suprir as suas necessidades
de glicocorticoides, levando a um caso de hiporadrenocorticismo
Hiperadrenocorticismo iatrogênico →
▪ Comum nas situações de uso repetido de corticosteroides de depósito
Hipocortisolismo: nível baixo de cortisol:
 Causado pela ausência de mineralocorticoides e glicocorticoides.
 Sinais clínicos: vômitos intermitentes, diarreia, perda de peso, letargia, anorexia e fraqueza (solucionada
com fluidoterapia e tratamento à base de corticosteroides)
 Crise hipoadrenal aguda revela pulso fraco, bradicardia, tempo de preenchimento capilar prolongado,
indolência mental grave e fraqueza muscular profunda.
Hipercortisolismo: níveis altos de cortisol:
Pode ser do tipo: iatrogênico ou espontâneo
 Iatrogênico – por administração exógena de corticoides
- Sinais clínicos: Polidipsia (ingestão hídrica aumentada), Poliúria (produção urinária
aumentada), Polifagia (ingestão aumentada de alimentos), Abaulamento abdominal,
Respiração ofegante.
- A resistência insulínica provocada pelos glicocorticoides pode levar ao quadro de
intolerância à glicose e consequente diabetes melito.
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