Buscar

Primeira prova de farmacodinâmica (2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FARMACODINÂMICA 
PROVA I 
BIANCA MELCHIORETTO 
 
INFLAMAÇÃO: a inflamação é um processo que envolve alterações vasculares e teciduais e estabelece uma resposta do 
organismo contra traumas mecânicos, invasões por agentes infecciosos, lesões térmicas e interações Ag/ AC. Esse processo 
é bem estabelecido em casos de inflamação aguda, já que nesse caso as condições são mais padronizadas, onde o tecido 
lesionado tende a ser transformado a normalidade ou é substituído por tecido conjuntivo. Caso haja alguma falha no 
processo inflamatório agudo, este pode evoluir para uma inflamação crônica, que tem por característica ser um processo 
de longa duração. 
 
A inflamação é dividida em duas fases: 
A) resposta vascular: nessa fase há o aumento da vascularização com a vasodilatação para aumentar a permeabilidade 
vascular facilitando a chegada de mediadores inflamatórios e células do sistema imune ao local da infecção/lesão, tendo 
como consequência maior a entrada de sangue e o extravasamento de liquido ocasionando edema. 
B) resposta celular: corresponde a quimiotaxia e agregação leucocitária. 
 
Os cinco sinais cardeais da inflamação estão intimamente relacionados a essas duas fases: 
Calor: esta relacionado ao aumento da vascularização do local, uma vez que o sangue tem como uma de suas funções a 
distribuição de calor para todo o organismo, sendo assim há um aumento da temperatura no local da lesão/infecção. 
Rubor: também se deve a dilatação dos vasos na região da lesão/infecção. 
Dor:alguns dos mediadores da inflamação acabam por diminuir o limiar dos nociceptores, tornando-os mais sensíveis a um 
estimulo externo = hiperalgesia. 
Edema: com a vasodilatação, há alteração da permeabilidade dos vasos e com isso há o extravasamento de líquido. 
Perda de função: com todas as alterações ocasionadas pelo processo inflamatório os órgãos podem ter sua função 
prejudicada deixado de exercê-las conforme a gravidade do processo. 
Além disso a inflamação pode ser classificada em: 
Aguda: processo de curta duração, onde ocorre a exsudação de líquidos e proteínas plasmáticas (PP) que levam ao edema, 
migração de leucócitos ao local para defesa devido a maior permeabilidade vascular; 
Crônica:processo de longa duração, onde há migração de linfócitos e macrófagos, angiogênese, fibrose e necrose tecidual. 
Sendo que, a crônica só ocorre caso a aguda não tenha ocorrido de maneira adequada, ou seja, não ocorreu reparação do 
tecido. 
As alterações no organismo ativam células do sistema imune inato e adaptativo que liberam mediadores da inflamação que 
realizam funções específicas ao longo do processo inflamatório com objetivo de combater o dano: 
 
Autacóides: São substâncias naturais do organismo que atuam em processos fisiológicos e patológicos (alérgicos e 
inflamatórios). Pertencem a esse grupo as aminas: histamina, serotonina (SHT), angiotensinas (vasodilatação), 
polipeptídeos/cininas:cininas, angiotensina,bradicinina e taquicinina) e prostanóides: eicosanóides derivados do ácido 
araquidônico, prostaglandinas (PG), leucotrienos e tromboxanos (tx). Ainda existem os radicais livres, superóxidos, NO 
(vasodilatador), PAF- fatores de agregação plaquetária, fatores de coagulação, neuropeptídeos e quimiocinas. 
Aminas Vasoativas: a histamina é a primeira substância a ser liberada, ou seja, é importante no inicio da inflamação/ fase 
aguda, por isso anti-histaminicos não são bons anti-inflamatórios, ela é encontrada armazenada em grânulos 
principalmente em mastócitos, plaquetas e basófilos, esses encontrados principalmente nos pulmões, pele e TGI,e é 
liberada em casos de trauma, frio e calor excessivo. 
Fç: é um importante mediador da fase vascular onde ocasiona dilatação arteriolar e aumento da permeabilidade vascular 
(de vênulas), causa a constrição de grandes artérias, contração do íleo podendo levar a diarreia como em situações de 
respostas alérgicas, constrição dos brônquios (leva a redução no fluxo de ar como no quadro de asma) e útero. Quando se 
liga a seus receptores tem a característica ativar fibras nervosas que levam ao prurido. 
Serotonina (SHT): possui ação semelhante a histamina, sendo liberada por mastócitos e plaquetas, é responsável em parte 
pela função de agregação de plaquetária para isolar o foco da inflamação (leva a liberação de colágeno, trombina e 
formação do complexo antígeno-anticorpo). 
Sistema Complemento: é uma cascata de ativação de proteínas solúveis (produzidas, por exemplo, pelo fígado) ativadas 
por vias que podem levar a vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular via histamina e mastócitos. Responsável 
também pela quimiotaxia, liberação de agentes responsáveis pela opsonização para fagocitose e aderência dos tecidos 
para isolar o local. Ainda não são alvos para fármacos contra a inflamação. 
Sistema Cinina: A bradicinina, por exemplo, com função semelhante a histamina pelo aumento da permeabilidade vascular 
e vasodilatação, via liberação de agentes como prostaglandinas e NO (vasodilatador), leva a contração de músculos lisos, é 
um importante mediador de dor inflamatório por ter a característica de diminuir o limiar dos nociceptores. 
Sistema de coagulação: responsável pela quimiotaxia, isolamento da resposta inflamatória pela ativação de trombina e 
formação de fibrina que é então responsável por formar o coágulo de fibrina, contribuindo para reparação do tecido 
lesionado, e pela liberação de fatores inflamatórios. 
Sistema Fibrinolítico: está relacionado a reparação dos tecidos. 
Citocinas:são peptídeos produzidos em condições tanto fisiológicas como patológicas e que tem por função modular a 
atividade de células inflamatórias ou ainda pode conter a inflamação. Todas são proteínas ou glicoproteínas, geralmente a 
produção se dá mediante a estímulo, ou seja, não estão prontas no organismo), todas as células do organismo são capazes 
de produzi-las porem células inflamatórias possuem essa capacidade aumentada. São os novos alvos para anti-
inflamatórios (pesquisa), presentes na resposta imune também. EX/principais: quimiocinas, interleucinas, fatores de 
necrose tumoral (TNF) e os interferons. Existem citocinas inflamatórios e anti-inflamatórias, de modo que elas se 
modulem/regulem no organismo, as inflamatórias fazem a manutenção da inflamação enquanto as anti-inflamatórias 
fazem a modulação da inflamação. 
As Citocinas são pleiotrópicas, ou seja, são encontradas em todos os locais do organismo, são produzidas por diferentes 
tipos celulares, além de serem muitas vezes redundantes, onde diferentes citocinas possuem função semelhante. Um 
exemplo disso é a IL-1 e o TNF-alfa: são diferentes mas com funções semelhantes, são liberados por várias células em 
respostas sistêmicas de fase aguda, levando a mesmos sintomas como dor, sonolência, entre outros. 
Óxido nítrico (NO): é um gás liberado pelo endotélio, macrófagos, neurônios, condrocitos, neutrófilos e que esta envolvido 
no processo de vasodilatação por causar o relaxamento vascular, pode agir também como NT, tem atividade tumoricida e 
microbicida, reduz a agregação plaquetária. Esse gás é produzido pela oxidonitricosintetase endotelial, neuronal e induzida. 
Fator de ativação plaquetária:Este mediador químico é derivado dos fosfolipídeos de membrana de neutrófilos, 
monócitos, basófilos, células endoteliais e plaquetas, dentre outras, atuando diretamente sobre as células-alvo. Atua 
estimulando agregação plaquetaria, síntese de prostanoides, causam vasodilatação e broncoconstrição. 
O PAF pode promover a maior parte das reações inflamatórias, englobando o aumento de adesão dos leucócitos, a 
quimiotaxia, a degranulação leucocitária e os surto oxidativo, além de estimular a produção de outros mediadores 
químicos, especialmente, os eicosanoides. 
Metabólitos do Ácido Araquidônico (AA) Os metabólitos do ácido araquidônico, também chamados de eicosanoides, 
podem mediar, praticamente, cada etapa do processo inflamatório agudo. Sua produção é intensificada nos locais da 
respostainflamatória. As principais células fontes de metabólitos do AA na inflamação são os leucócitos, mastócitos, 
células endoteliais e plaquetas. Os fosfolipídeos de membrana através de um estimulo (reação Ag/AC, trauma queimadura) 
dão origem ao AA a partir da ação da enzima fosfolipase A2, no citoplasma o AA formado sofre a ação de outras enzimas 
dando origem aos eicosanóides(prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos). 
O AA serve de substrato para duas vias principais onde são formados os eicosanoides: 
Via da ciclooxigenase: esta via resulta na produção de prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxano. 
Prostaglandinas: esta associada a vasodilatação, inibição da agregação plaquetária e estão envolvidas na patogenia da dor 
por sensibilizar os nociceptores a ação da bradicinina, serotonina e histamina, e ainda esta associada a febre no processo 
inflamatório. 
Tromboxano: está relacionado com o processo de coagulação, uma vez que leva à vasoconstrição e promove a agregação 
plaquetária. 
COX-1: é uma enzima essencial constitutiva encontrada na maioria das células e tecidos (mucosa gástrica, plaquetas, rins, 
endotélio vascular, útero), ela esta relacionada com a produção de prostaglandinas, em menor quantidade, para a 
manutenção de funções fisiológicas (manter a homeostase). 
COX-2: é uma enzima fisiopatológica, sua produção é induzida por processo inflmatório e pela liberação de interleucinas 
(IL1,IL2 e TNF alfa) e formam prostaglandinas em grande quantidade que medeiam a inflamação, dor e febre. Encontradas 
em neutrófilos, monócitos, macrófagos e células endoteliais. 
COX-3: enzima relacionada com prostaglandinas associadas ao SNC, relacionada a febre e dor. 
Via da lipoxigenase: resulta na produção de leucotrienos e lipoxinas. Os leucotrienossão produzidos por neutrófilos e 
alguns macrófagos, sendo quimiotático para neutrófilos, regulam as moléculas 
de adesão dessas células, além de causar broncoespasmo, vasodilatação e 
aumento da permeabilidade vascular. As lipoxinas funcionam basicamente 
como inibidores da inflamação, ou seja, atuando como antagonistas 
endógenos dos leucotrienos, uma vez que inibem a adesão leucocitária no 
endotélio vascular e, consequentemente, a migração dessas células ao sítio 
inflamatório. 
Os prostanóides tem a capacidade de diminuir o limiar da dor, sensibilizando 
as fibras C aferentes e ainda potencializam o efeito álgico da bradicinina. 
Dor inflamatória: a lesão ou injúria celular estimulam uma resposta inflamatória que ocasiona então a liberação de 
mediadores inflamatórios como a prostaglandina e aminas simpatomiméticas que atuam sobre o nociceptorsensibilizand-o 
o que resulta em hiperalgesia por diminuição do limiar de excitabilidade desse receptor tornado-o mais sensível a 
estímulos que antes não eram suficientes para deflagar PA e gerar sensação de dor. Por exemplo: os monócitos e 
macrófagos ao reconhecerem antígenos liberam citocinas (IL1, IL6, IL8) que então ativam a produção do componente 
eicosanoide da dor culminando com a produção de prostaglandina que sensibiliza o nociceptor ocasionando dor, ou ainda a 
citocina ativa o componente simpático da dor que libera NA ou dopamina que também agem sobre o nociceptor 
sensibilizando (estimulam a produçãodeAMPc que junto ao Ca regula o nociceptor). 
Febre x hipertermina:A hipertermia, que é a elevação da temperatura do corpo, ocorre quando o organismo produz ou 
absorve mais calor do que consegue dissipar. A hipertermia difere da febre no fato de que nela o mecanismo de ajuste da 
temperatura do corpo permanece inalterado, ou seja, ocorre sem nenhuma mudança no centro termorregulador, ao 
contrário do que ocorre na febre. 
hipertermia:É uma síndrome provocada por exposição excessiva ao calor comdesidratação, perda de eletrólitos e falência 
dos mecanismos termorreguladores corporais. 
Febre:É uma resposta fisiológica na qual a temperatura corporal é aumentada devido a umreajuste do ponto 
preestabelecido de regulação do calor no hipotálamo (centro termorregulador). Na febreos mecanismos periféricos de 
perda e/ou conservação de calor encontram-se intactos. A temperatura normal é regulada pelo hipotálamo e deve haver 
um equilíbrio entre a perda e a produção de calor. Emcasos de infecções o LPS da parede celular bacteriana acaba 
induzindo a produção de citocinas pelos macrófagos, as quais induzem a produção de prostaglandina que causa então 
alterações no termostato do hipotálamo ocasionando a febre. A febre é importante no combate ao microrganismo por 
tornar o ambiente hostil dificultando a sobrevivência do mesmo. A febre não infecciosa (lesões) leva a alterações no 
organismo para centralizar o combate a enfermidade, através da diminuição do metabolismo recrutando forças, pelo fato 
de que algumas enzimas possuem temperatura ideal para agir (temp. normal do organismo). 
Importância da inflamação: se não houvesse a inflamação o organismo não teria uma resposta protetora para livra-lo da 
causa da patologia ou conseqüências da lesão, assim as infecções seguiriam e as feridas não cicatrizariam, o organismo 
teria suas defesas reduzidas e os microrganismos que não eram patogênicos teriam condições favoráveis para se proliferar 
gerando enfermidades. Porem em alguns casos a inflamação deve ser tratada, ou seja, quando o processo de defesa perde 
o controle e torna-se exacerbado podendo levar a um dano permanente do tecido, dificultando a cicatrização. 
 
ANTI-HISTAMÍNICOS: 
A histamina é rapidamente liberada e é mais importante no início da inflamação, portanto não é eficaz na manutenção da 
inflamação e por esse motivo fármacos que inibem a produção e ação da histamina não são bons anti-inflamatórios. 
A histamina é armazenada em grânulos no interior de mastócitos e basófilos e é prontamente liberada por exocitose frente 
a uma reação alérgica ou inflamatória em que há a produção de IgE, ativação do sistema complemento, meios físicos, 
proteínas com pequeno peso molecular (pólen), neuropeptídeos (subst P), calor, trauma, citocinas inflamatórias. 
Quando há reação de Ag x AC, ocorre a produção de IgE que se liga ao complexo Ag/AC e juntos interagem com o receptor 
FC£ existente na superfície do mastócito de alta afinidade. Normalmente a primeira resposta não gera uma liberação muito 
intensa, isso ocorre na segunda exposição que leva a uma agregação de receptores FC£. A ligação a esse receptor leva a um 
rompimento físico de fosfolipideos de membrana, elevação do AMPc, e influxo de Ca que serve de estimulo para a 
liberação de histamina por exocitose. 
A liberação da histamina pode levar a efeitos locais ou sistêmicos por se ligar em receptores específicos espalhados por 
todo o organismo, desencadeando vasodilatação com edema de tecido, perda de proteínas séricas, extravasamento de 
leucócitos, contração da musculatura lisa e prurido, ou seja, participa da resposta vascular e celular. 
Receptor H1: Na reação de hipersensibilidade normalmente é determinada pelo receptor H1 que se localiza na 
musculatura lisa, células endoteliais e no SNC.A interação da histamina com esse receptor leva as respostas de 
vasodilatação, aumentos da permeabilidade vascular e contração da musculatura lisa (exceto de vasos sanguineos). Esta 
acoplado a proteinaGq, que libera Ip3 e diacilglicerol. 
Receptor H2: localiza-se em células parietais gástricas (secreção gástrica), músculo cardíaco, mastócitos e SNC com ação 
estimulatória. Esta acoplado a proteinaGs que aumenta AMPc. 
A histamina constitui um dos principais mediadores que causam a diminuição do fluxo de ar na primeira fase da asma 
brônquica, no intestino leva a contração (comum em pacientes com crise alérgica terem episódios de diarreia) e no útero 
leva a contração de sua musculatura (exceto em ratas). Outros efeitos importantes da mesma é a estimulação da secreção 
gástrica (fato esse relacionado a ulcera péptica), leva prurido (liga-se a receptores que se acreditam serem relacionados a 
dor, portanto há quem considere o pruridocomo uma dor leve), leva a vasodilatação, aumento da frequência cardíaca e 
débito cardíaco, além de ser mediadora de reações de hipersensibilidade 
tipo I. 
Em relação a quantidade de receptores a histamina nos tecidos das 
diferentes espécies, em ruminantes se localizam principalmente no trato 
respiratório, em equinos, suínos e gatos no trato respiratório e intestinos, 
e em cães no fígado e vasos hepáticos. 
Então Anti-histamínicos são fármacos que diminuem ou inibem a ação da 
histamina no organismo através antagonismo competitivo por seus 
receptores (H1, H2, H3 e H4) principalmente o H1, mas não inibem a sua 
produção e liberação no organismo. 
Anti-histamínicos antagonistas de H1 são os mais comuns (antialérgicos), 
eficazes no tratamento de respostas alérgicas, e são divididos em anti-
histamínicos de primeira e de segunda geração. 
Os de primeira geração são constituídos de moléculas menores que são capazes de atravessar a BHE chega ao SNC 
podendo desencadear sonolência. Exemplos desses fármacos são: 
Etanolaminas - Difenidramina, Dimenidrinato, Clemastina, Doxilamina 
Etilenodiaminas – Tripelenamina, Pirilamina 
Alquilaminas - Clorfeniramina, Dextroclorofeniramina (contra anafilaxia) 
Piperazinas – Hidroxizina 
Fenotiazinas – Prometazina,Alimemazina 
Os de segunda geração são constituídos de moléculas maiores sendo incapazes de atravessar a BHE, não causando a 
sonolência (não atingem o SNC). Exemplos desses podem ser Peperidinas (Loratadina, Desloratadina e Cetirizina). 
Uso clínico: Esses fármacos são utilizados no tratamento de reações alérgicas por picada de insetos, rinites alérgicas e 
urticárias (não são indicados para tratar de choque anafilático pois a histamina já se ligou a seus receptores e eles 
competem para se ligar nos mesmos, não sendo então tão eficazes), alguns são usados para sedação e indução do sono 
(primeira geração), para cinetose (enjoo causado por movimento – líquido vestibular) pela ação anticolinérgica sobre 
receptores muscarínicos (como Dimenidridato – Dramin e Prometazina). 
Farmacocinética: São bem absorvidos via oral (mais rápido em poligástricos), alta lipossolubilidade o que pode fazer com 
que penetrem na BHE como já explicado, como efeitos colaterais podem levar a sonolência e redução do estado de alerta e 
reflexos, além de potencializar a ação de depressores do SNC de primeria geração apenas), podem levar a incoordenação 
motora, doses elevadas podem levar a convulsões, hipertermia, excitação e morte, distúrbios do TGI após uso prolongado, 
possível efeito teratogênico, entre outros. 
Anti-histamínicos para receptor H2: são divididos em 1ª, 2ª e 3º geração, suas principais ações são no controle da secreção 
gástrica (serão estudados posteriormente); 
Outra maneira para controlar reações alérgicas é prevenir ou diminuir a liberação de histamina (como glicocorticoides), 
antagonismo competitivo, ação sobre produção e metabolismo da histamina, entre outros. 
A histamina promove broncoconstrição via ação em receptores H1 e edema de glote pela vasodilatação também via 
receptores H1. Se for feito então um anti-histamínico H1, ela ira bloquear essa ação através de um mecanismo de 
antagonismo competitivo. Já o Fenoterol é um fármaco que se liga a receptores B-adrenérgicos B1 no coração e grandes 
vasos, e B2 na musculatura lisa como dos brônquios, levando a dilataçãoportanto, é um antagonista fisiológico da 
histamina contra a broncoconstrição. 
Adrenalina também pode ser usada pois age em alfa e beta, fazendo então antagonismo fisiológico contra a histamina, 
tanto como contra a broncoconstrição como contra a vasodilatação. 
Os Corticoides também podem ser usados em emergências pois vão agir diminuindo a liberação da histamina. 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS: 
São fármacos que tem atividade analgésica, anti-inflamatória e antipirética. Os anti-inflamatórios não esteroidais tem 
atividade inibitória específica sobre enzimas associadas à produção de eicosanóides( prostaglandinas, leucotrienos e 
tromboxanos). Sua ação maior é sobre a dor somática do que visceral, perifericamente tem ação anti-inflamtória e 
centralmente tem ação analgésica e antitérmica. 
Mecanismo de ação: eles tem ação sobre radicais livres fazendo a remoção, e por serem ácidos fracos possuem afinidade 
por tecidos inflamados e além de ter a excreção facilitada em urina alcalina. Esses fármacos fazem a inibição de formação 
de mediadores inflamatórios da cascata do ácido araquidônico, inibindo a ação das enzimas COX e lipoxigenase(LOX). A 
COX 1 é primariamente fisiológica e expressa e ativa mais no estômago, útero e rins e atua protegendo a mucosa gástrica, 
fluxo sanguineo renal e a hemostasia vascular. Já a COX 2 é induzida por mediadores como citocinas e tem atividade 
inflamatória relacionada a dor e febre. E a inibição da COX impede a formação de prostaglandinas e tromboxanos. 
Já a inibição da enzima LOX, encontrada nos pulmões, plaquetas e células brancas sanguineas, impede a formação de 
leucotrienos. 
Ações complementares: inibição da agregação plaquetária (tromboxanos), inibição da síntese de histamina e antagonismo 
da bradicinina (PGs), estabilização de membranas lisossômicas, inibição do sistema complemento, inibição da fagocitose e 
prevenção do acúmulo leucocitário. 
Dor: a dor periférica esta associada a bradicinina, histamina, PGE e PGI agindo em receptores nociceptivos onde o estimulo 
é conduzido até o tálamo. Ela pode ser controlada pelos AINEs que tem ação periférica (espinhal e supraespinhal) ou 
narcóticos de ação central. 
Febre: os leucócitos liberam pirógenos endógenos (citocinas) que fazem a liberação de PG e IL 1 que no hipotálamo 
ocasionam o aumento do limiar térmico estimulando a piloereção, vasoconstrição e tremores para o aumento da 
temperatura corporal. Então os AINEs são utilizados para evitar a febre através da inibição da COX e de IL 1 reajustando o 
limiar térmico ao normal. 
Classificação: 
1)estrutura química: os AINEs são ácidos fracos por uma questão lógica. No local da inflamação há destruição celular e 
restos celulares que deixam o ambiente mais ácido e substâncias ácidas terão a penetração facilitada nesses tecidos 
favorecendo sua ação antiinflamatória. Além disso eles se ligam com grande facilidade a proteínas plasmáticas e sabe-se 
que no exsudato inflamatório há muita proteína favorecendo a deposição de fármaco no local. Essa afinidade pode dar 
origem a interações medicamentosas por meio do deslocamento de outros fármacos. E não devem ser administrados 
juntos a outros AINEs ou corticosteróides. 
A)Derivados do Ácido Carboxílico 
Salicilatos: AAS, ácido salicílico 
Ácidos Acéticos: Diclofenaco, Indometacina 
Ácidos Propiônicos: Ibuprofeno, Flurbiprofeno, Carprofeno, Cetoprofeno 
Ácidos Aminonicotínicos: Flunixinmeglumine 
Fenamatos: Ácido mefenâmico, Ácido meclofenâmico 
B)Derivados do Ácido Enólico 
Pirazolonas: Fenilbutazona, Dipirona 
Oxicans: Piroxicam, Meloxicam 
Inibidores seletivos de COX-2 (Cele-, Rofe-, Dera-, Lumira-, Firo-, Pare-, Valdecoxibe) 
Inibidores de COX e LOX (LicofelonaeTepoxalina) 
 
2) seletividade a COX: a COX 1 é fisiológica, e da origem a prostaglandinas que são benéficas ao organismo protegendo a 
mucosa gástrica e garantindo a vascularização e perfusão renal, já a COX2 é inflamatória, ou seja, da origem a 
prostaglandinas que estão associadas ao processo inflamatório podendo ocasionar dor, febre etc. Então a seletividade a 
Cox é importante pois a inibição da COX 1 pode levar a efeitos colaterais como ulceras gástricas e problemas renais, já a 
inibição da COX é desejável para se conseguir os efeitos de analgesia e antipirético por exemplo. A seletividade 
basicamente é determinada pela estrutura das COX 1 e 2, ambas possuem um canal longo e estreito com uma curva em 
grampo ao final, a COX 2 possui uma substituição de valina que cria uma mudança conformacional no canal tornando-o 
mais largo. Os AINEs inibem a COX pelo bloqueio do canal dessas enzimas previnindoo metabolismo do ácido 
araquidônico. Os não seletivos tem uma conformação estrutural mais estreita capaz de bloquear os canais da COX 1 e 2. Já 
os seletivos para COX 2 tem uma configuração mais larga permitindo que bloqueiem apenas o canal da COX 2 que é maior. 
 
Inibidores seletivos da COX-1: Aspirina (em baixas doses) 
Inibidores não-seletivos da COX: Aspirina (em altas doses), Piroxicam, Indometacina, Diclofenaco, Ibuprofeno, 
Flunixinmeglumine 
Inibidores seletivos da COX-2 (preferenciais):Meloxicam, Nimesulida 
Inibidores altamente seletivos da COX-2: Celecoxibe, Rofecoxibe, Firocoxibe 
Seletividade para COX-2: lumiracoxibe>etoricoxibe>rofecoxibeevaldecoxibe>celecoxibe 
 
Ácido Acetilsalicílico (Aspirina®) 
Derivados do salgueiro (Salixalba): salicina, tem ação antiinflamatória, analgésica, antipirética, antitrombótica (TXA2), e 
pode inibir a via da LOX. A aspirina tem boa absorção por v.o. e média ligação a proteínas plasmáticas. 
Efeitos colaterais: inibição de PGs protetoras da mucosa gástrica (COX 1)podendo levar a gastrite, úlcera gástrica e 
distúrbio de hemostasia (prolongamento do sangramento devido a inibição da produção de tromboxanos). 
 
Intoxicação: a meia vida do salicilato é de 37,5 h em gatos e de 8,5 h em cães, ou seja, a eliminação do fármaco nos gatos é 
mais lenta pois eles tem deficiência na enzima glicuroniltransferase responsável pela conjugação do salicilato com o ácido 
glicurônico retardando a metabolização hepática. 
Então em altas doses o ácido acetilsalicílico pode levar aos sinais de intoxicação: melena decorrente de hemorragia 
gástrica, sialorréia, vômito, hiperpnéia e depressão central que resulta em ventilação inadequada levando a acidose 
respiratória. Além de Acidose metabólica –pela presença de salicilatos e metabólitos 
 
Outros Salicilatos: Ác. Salicílico (uso tópico- queratolítico), Diflunisal (artrite reumatóide), Salsalato, Salicitato de Sódio 
(sem ação na dor visceral). 
 
Ácidos acético: 
Diclofenaco: tem ação dual, ou seja, atua na COX e na LOX tendo ação analgésica e antiinflamatória. Tem altos índices de 
intoxicação pois humanos utilizam e acabam dando para cães e gatos, porém o uso deve ser abolido. 
Idometacina: tem maior potencial anti-inflamatório e antitérmico que a fenilbutazona, ela é mais utilizada em laboratório 
para modelo de estudo de úlceras. Pode ter efeitos neurológicos em eqüinos. 
 
Ácidos propiônicos: 
Ibuprofeno: inibe COX 1 e 2 de forma irreversível e tem potência semelhante à fenilbutazona. Não é indicado o uso em 
animais, em cães causa toxicidade gastrointestinal e renal grave em doses que nem alcançariam a eficácia antiinflamatória. 
Pranoprofeno, Naproxeno, Flurbiprofeno: inibem COX 1 e 2 de forma irreversível são mais potentes que indometacinae 
tem uso tópico (ocular) 
Carprofeno, Fenoprofeno: são usados para artrite reumatóide,miosite, osteoartrite(carprofeno), odontologia. 
Cetoprofeno:sem seletividade, usado em Cães, gatos, equinos, bovinos como analgésico no controle da dor aguda. 
 
Pirazolonas: 
Fenilbutazona: inibe a COX irreversívelmente, tem ação antioxidante contra superoxidos, produz úlceras, discrasias 
sanguíneas, hepato e nefrotoxicidade. A administração é i.v, o uso perivascular ocasiona flebite e inflamação de tecidos 
adjacentes. Indicações: artrites, osteoartrite crônica, claudicações e distúrbios musculoesqueléticos. 
FlunixinMeglumine: é um analgésico e anti-inflamatório largamente utilizado em Medicina Veterinária, indicado em lesões 
musculoesqueléticas, cólicas eqüinas, choque endotóxico, gastrenterites, mastites...tem por ação a inibição da COX, inibe 
migração leucocitária e a liberação de cininas. Pode prevenir efeitos cardiovasculares antes de endotoxemias, regula débito 
sangüíneo gastrintestinal e no choque endotóxicodeeqüinos: mantém a pressão arterial e evita a vasodilatação. 
 
INIBIDORES COX-2 SELETIVOS (Celecoxibe, firocoxibe, rofecoxibe) 
São altamente seletivos paraCOX 2, portanto há menor freqüência de efeitos gastrintestinais, tem 
atividadereparadorasobrecartilagememartrose e ainda podem ser seguros em pacientes cirúrgicos, em uso de 
anticoagulantes ou com distúrbios de sangramento. 
Inibidores da COX com fraca ação antiinflamatória: Paracetamol(acetaminofeno) e Dipirona(metamizol) 
Esses fármacos tem Preferência por COX cerebral que seria a COX 3 e estão mais associados a dor e febre. 
 
Paracetamol: tem baixa atividade anti-inflamatória e parede perder a atividade em meio ácido ou rico em peróxidos. Não é 
aprovado para o uso em cães e gatos devido a toxicidade pela deficiência no processo de glicorunidação tendo a formação 
de um metabólito tóxico, a N-acetil-p-benzoquinoneimina que faz a conversão de hemoglobina em metahemoglobina a 
qual não é capaz de se ligar ao oxigênio de maneira eficiente e ainda casiona necrose hepatocelular. As hemáceas do gato 
são mais suscetíveis ao dano oxidativo devido a depleção de glutationa, assim os gatos possuem mais comumente sinais 
relacionados à produção de metahemoglobina. 
 
Sinais clínicos: edema de face, cianose e meta-hemoglobinemia, anemia, hemoglobinúria e icterícia. 
 
Dipirona: pode estar associada a escopolamina e tem fraca ação anti-inflamatória, tem baixa ligação a proteínas 
plasmáticas e é rapidamente metabolizada. Utilizada no controle da dor visceral suave ou ponderada e como antipirético. 
Meloxicam: é um inibidor preferencial por COX2 indicado no controle da dor crônica em tecidos moles ou 
musculoesqueléticos incluindo osteoartrite em cães, também é eficaz no controle da dor pós operatória em cães com 
cirurgia ortopédica ou em tecidos moles. 
 
Os AINE inibidores da COX são ácidos fracos, lipossolúveis, e podem ser administrados por várias vias, possuem baixo 
volume de distribuição e metabolização hepática. 
 
Interações medicamentosas: não devem ser administrados com outros AINEs ou corticosteróides. Além disso eles podem 
reduzir a ação da furosemida e dos inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) que estimulam a síntese de 
prostaglandina para aumentar o fluxo sanguineo renal, produzem vasodilatação e causam natriurese. 
 
Efeitos colaterais e tóxicos 
Sinais clínicos = apatia, hipo ou anorexia, regurgitação ou emese, melena, hematoquesia, sensibilidade abdominal, palidez 
de mucosas, desidratação e até peritonite, inibiçãoda agregação plaquetária e aumento do tempo de sangramento, 
alteração dos testes defunção renal e icterícia e ainda interação com outras drogas. 
O aparecimento de úlceras e falência renal aguda (oligúria e azotemia) ocorrem porque fármacos não seletivos inibem a 
COX 1 fisiológica que produz prostaglandinas que estimulam a secreção de muco gástrico e causam vasodilatação renal, 
sem elas, pode ocorrer lesões na mucosa e baixa perfusão renal. 
Os COX 2 seletivos podem ter efeitos cardiovasculares pelo fato de inibidores seletivos não bloquearem a síntese 
plaquetária de tromboxano A2, mas bloquearem seletivamente o efeito benéfico vascular da prostaciclina responsável por 
evitar agregação plaquetária e pela vasodilatação. 
Como tratamento deve-se fazer a interrupção do medicamento, usar medidas de descontaminação. No caso de úlceras 
usar sucralfato, antagonistas H2 e omeprazol. A falência renal aguda pode ser revertida por medidas suporte e evitando 
diuréticos. 
 
Inibidores de Leucotrienos: os leucotrienos são substâncias oriundas da via da lipoxigenase (LOX) que fazem quimiotaxia 
de neutrófilos, causam boncoespasmo (contração da musculatura lisa dos bronquios), vasodilatação, aumento da 
permeabilidade vascular, e regulam as moléculas de adesão de neutrófilos e macrófagos. 
Então alguns inibidores da síntese de leucotrienos funcionam como agentes antiasmáticos, sendo antagonistas dos 
receptores do LTD4 que é um tipo de leucotrieno que causa vasoconstrição e boncoconstrição. 
 
Zafirlucaste é um exemplo de antagonistas dos receptores do LTD4 usado em casos de asma sensível ao AAS 
Montelucaste(Singulair®) é Profilaxia e tratamento crônico da asma 
Inibidoresda 5-lipoxigenase( enzima que dá origem aos leucotrienos)-Zileutina, Tepoxalina 
–Bloqueia broncoespasmoinduzido por Ag, Pode inibir a inflamação tardia (LTB4) 
 
DMSO 
Antioxidante, Lipossolúvel, Usado em cães e equinos 
Potencial tóxico e teratogênico 
 
Glicosaminoglicanos: Poli e monossulfatados, ácido hialurônico e polissulfato de pentosana 
São indicados para tratamento da osteoartrite primária ou secundária, podendo promover aumento da síntese de matriz 
cartilaginea pelos condrocitos e inibir as ações degenerativas de alguns mediadores inflamatórios. 
 
Novos alvos 
Inibidores do NF-κBque é um fator nuclear envolvido na transcrição de citocinas, receptores, COX, regula a expressão da 
cadeia leve de linfócitos B, tendo papel-chave nas respostas imune e inflamatória 
–Antagonismo deste fator: potente alvo para novas drogas usadas no tratamento de asma 
 
Inibidores de citocinas 
–Receptores solúveis e seus inibidores 
São anticorpos que se ligam as citocinas e inibem a ligação delas a outros componentes inflamatórios, ou seja, atuam como 
antagonistas de receptores de citocinas. 
Fator de necrose tumoral -a (TNF-a) e interleucina-1 (IL-1) são citocinas pró-inflamatórias que medeiam as respostas 
inflamatórias associadas com agentes infecciosos e outras tensões celulares. 
 
Inibidores da Janus quinase:As janusassociatedkinases (JAK) são uma família de enzimas envolvidas na transmissão de 
sinais de múltiplas citocinas, hormonais ou fatores de crescimento. As JAK, encontram-se ligadas fisicamente ao domínio 
intracelular destes receptores transmembranares. A ligação de um ligando ao domínio extracelular destes conduz a uma 
alteração conformacional que, subsequentemente, altera a posição das JAK, permitindo a sua ativação e fosforilação. 
As JAK ativadas fosforilam os resíduos de tirosina presentes nas caudas citoplasmáticas do receptor, possibilitando a ligação 
de proteínas responsáveis pela transdução do sinal (proteínas STAT - signaltransducersandactivatorsoftranscriptions) e 
ativação da transcrição. Uma vez ligadas, as proteínas STAT tornam -se substrato das JAK e a transferência do grupo fosfato 
entre elas origina a dimerização das STAT. A fosforilação dos resíduos de tirosina das STAT é essencial à sua ativação, 
dimerização e ligação ao ácido desoxirribonucleico (ADN) no núcleo da célula, ativando, a transcrição de genes específicos 
que controlam determinados processos celulares como a proliferação, a diferenciação e a apoptose.Esta regulação da 
expressão gênica explica o papel crucial da via de sinalização JAK/STAT nas respostas inflamatórias e imunológicas. 
A ativação excessiva da via de sinalização JAK/STAT é o mecanismo básico subjacente a várias patologias, frequentemente 
associadas a um prognóstico muito reservado. 
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS( glicocorticóides, AIE, corticosteróide ou corticóide): 
Os glicocorticóides são hormônios sintetizados pelas adrenais, na zona fasciculada, a partir de colesterol. Além disso, a 
adrenal produz hormônios sexuais e os mineralocorticóides. A síntese e liberação é maior no período da manhã em 
humanos e em animais não há evidências de picos circadianos mas indica-se administrar pela manhã em cães e em gatos 
no período da noite. A produção ocorre quando há necessidade desses hormônios, além de situações que envolvem 
fatores psicológicos como estresse, ou ainda em situações de frio ou calor excessivo. 
 
Controle e regulação hormonal: o controle se dá pelo eixo HPA onde uma menor concentração de corticosteróides faz um 
feedback positivo estimulando o hipotálamo a liberar CRH (hormônio liberador de corticotrofina) que por sua vez estimula 
a hipófise a liberar ACTH (hormonioadrenocorticotropico) que na adrenal estimula a produção e liberação de 
glicocorticoides a partir de colesterol. No caso de altas concentrações haverá feedback negativo diminuindo o estimulo 
para a produção. 
 
Corticóides exógenos: possuem estrutura semelhante a dos corticosteróides endógenos, imitam a ação dos mesmos, e 
possuem diferenças quanto alipossolubilidade.Ex: Betametasona, Dexametasona, Prednisolona, Prednisona, 
Metilprednisolona, Hidrocortisona, Triancinolona, Budesonida, Fluticasona, Beclometasona e Resocortol. 
 
Farmacocinética: são extremamente lipossolúveis o que permite uma melhor absorção, são sais solúveis para facilitar a 
interação com o organismo e não ficarem retidos por serem muito lipossolúveis. Possuem baixa ligação a proteínas 
plasmáticas então não há muita interação medicamentosa. Sofrem biotransformação hepática alguns são pró-farmacos 
(prednisona vira prednisolona-gatos tem dificuldade em metabolizar prednisona) e a excreção pode ser biliar ou renal. 
Podem ser admistrados V.O, IM, IV. 
 
Efeitos farmacológicos: se comparados aos glicocorticóides endógenos, os fármacos tem atividade anti-inflamatória e 
imunossupressora mais intensas e menor afinidade por receptores de atividade meniralorreguladora. 
 
Mecanismo de ação: os hormônios glicocorticóides entram na célula alvo através da membrana plasmática, sozinhos por 
serem lipossolúveis, onde se ligam aos receptores esteróides intracitoplasmáticos. O complexo formado pelo esteróide e 
receptor para o núcleo e se associa ao DNA alterando a transcrição genética e, por fim, a produção de proteínas que 
controlam uma grande serie de processos celulares. 
 
Principais efeitos:esses agentes são utilizados principalmente por seus efeitos anti-inflamatórios e imunossupressor no 
entretanto, essas propriedades não são seletivas e os corticosteróides podem afetar outros sistemas do corpo. Os 
principais efeitos metabólicos são gliconeogênese, catabolismo de proteínas e lipólise: 
1- interferem no metabolismo hepático de glicose aumentando a gliconeogênese e a síntese de glicogênio hepático 
regulando de maneira natural para manter os níveis de glicose, aumentam o catabolismo de gordura, quando diminui a 
quantidade de glicose para as células estimula a mobilização de ácidos graxos, eleva o catabolismo protéico, diminui a 
absorção intestinal de Ca e promove hipercalúria, incrementa a diurese, aumenta a secreção de glicose pelo fígado e 
aumenta a sensibilidade do fígado para glucagon e catecolaminas. 
2-músculo: doses fisiológicas mantem a função muscular, já doses terapêuticas podem provocar perda de massa muscular 
e fraqueza. 
3-tecido adiposo: o uso crônico pode ocasionar a lipólise acompanhada de redistribuição de gordura no organismo. 
4-feto: induz a síntese de surfactante nos pulmões antes do nascimento então pode ser administrado para diminuir a 
severidade da síndrome de angustia respiratória fetal. Além disso pode induzir o parto no terço final da gestação em vacas 
e no inicio tem efeito teratogênico. 
5-pele: diminui a síntese de colágeno e ácido hialurônico, então há diminuição da espessura dérmica, retardando a 
cicatrização e renovação celular. Favorece a hiperqueratose e hiperpigmentação. 
6-rim: promovem aumento da reabsorção de Na e geração de bicarbonato. Promovem maior secreção de K e Cl nos 
túbulos renais distais. 
7-coração: tem atuação sobre os receptores beta-adrenergicos sensibilizando o sistema vascular à ação pressora das 
catecolaminas, então aumenta a pressão arterial pela somatória de efeitos nos sistemas cardiovascular e renal(absorção de 
Na). 
8-ossos: reduzem a absorção e da reabsorção renal de cálcio, inibem a atividade dos osteoblastos e aumento da atividade 
dos osteoclastos e o uso prolongado pode causar osteoporose, além do bloqueio do efeito da calcitonina. 
9-SNC: pode levar a euforia ou depressão. 
10-TGI: causa aumento da secreção de HCl, pepsina e suco pancreático. No fígado há aumento da atividade as fosfatase 
alcalina esteróide-induzida. 
11- sangue: há aumento no número de hemáceas (eritrocitose) resultante do decréscimo da fagocitose dessas células e 
isso aumenta as chances de acidente vascular. 
12- doses maiores estabilizam as membranas celulares e organelas e impedem a liberação de mediadores inflamatórios. 
13-sistemaimune e inflamação: ocasionam uma diminuição na produção e ação das citocinas (incluindo muitas 
interleucinas e TNF), quimiocinas e outros fatores pró-inflamatórios. Além disso, diminui a produção de eicosanóides (PGs), 
pois inibem a enzima fosfolipase A2 que produz ácido araquidônico que é precursor para a síntese de eicosanóides. 
Nas áreas de inflamação aguda eles diminuem o influxo e a atividade dos leucócitos. Nas áreas de inflamação crônica 
diminuem a atividade nas células mononucleares, diminuem a proliferação de vasos sanguinea e a fibrose. 
Não são indicados na infecção por que eles inibem o acúmulo de neutrófilos e monócitos no sitio de inflamação e redução 
da atividade fagocitária (reduzem a expressão de receptores Fc), bactericida e processamento de antígeno. São indicados 
em quimioterapias por diminuírem a atividade de células tumorais. 
 
Indicações terapêuticas: 
Enfermidades endócrinas: insuficiência de adrenal (aguda ou crônica) ou hiperplasia congênita adrenal com o objetivo de 
repor os corticosteróides que seriam produzidos pela adrenal em condições normais. No hipoadrenocorticismo há 
produção insuficiente da glândula adrenal. 
Enfermidade não endócrinas: doenças autoimunes e imunomediadas, processos alérgicos (estabilização de membranas), 
choque, traumas e edemas cerebroespinhais, câncer e hepatite crônica ativa. 
 
Seleção de fármacos: 
Cortisol e cortisona – são menos potentes e utilizadosem casos de reposição de hormônios 
Prednisona, prednisolona e metilprednisolona– tem atividade antiinflamatória considerável, t ½ intermediário e baixa 
atividade MC –primeira escolha como antiinflamatório e imunossupressor. 
Dexametasona e betametasona–baixa atividade mineralocorticóide, alta atividade antiinflamatória, t ½ longo e grande 
atividade supressora do crescimento –terapia antiinflamatória aguda (choque e edema cerebral). 
 
Contraindicações: são contra-indicados em animais com processo ulcerativo e cicatrizante; gastrite e úlcera gástrica pois 
eles diminuem a produção de PGs que protegem a mucosa gástrica agravando o quadro; em animais com diabetes mellitus 
por aumentarem ainda mais as concentrações de glicose; pancreatite pois eles podem causar lesão nas células beta do 
pâncreas; doenças infecciosas por serem imunossupressores, e micoses sistêmicas. Além disso não é indicado o uso pós-
cirurgico. 
 
Efeitos adversos:esses efeitos estão relacionados à estimulação de uma série de alterações metabólicas induzidas por 
esses agentes ao nível fisiológico e associado à atrofia do córtex das adrenais devido a supressão do HPA. Esses efeitos 
sãoocasionados pelo uso prolongado, interrupção abrupta do tratamento pois a adrenal não teve tempo para se adaptar a 
produzir hormônios e ainda pela administração de altas doses. Os principais efeito são: poliúria, podipsia, hiperglicemia, 
síndrome de cushing (hiperadrenocorticismo), hipoadrenocorticiso iatrogênico, retenção de líquidos e gastrites. 
 
Precauções: uso em dias alternados para uma menor supressão do eixo HPA, redução gradativa da dose, manutenção com 
doses baixas, pulsoterapia (dose de ataque). Então a escolha do corticosteróide depende do uso clinico e de propriedades 
do fármaco, se será utilizado para terapia de reposição ou inespecífica e ainda ter conhecimento das contraindicações. 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO: 
 
O trato gastrointestinal tem a função de armazenar, digerir e absorver os nutrientes e eliminar os resíduos. Ele é 
constituído por músculo liso, vasos sanguíneos e glândulas e possui controle neural e hormonal. Existem 2 plexos, o 
miontérico e o plexo submucoso que recebem fibras parassimpáticas pré-ganglionares do nervo vago que são 
principalmente colinérgicas e excitatórias. As fibras simpáticas que chegam são, em grande parte, pós-ganglionares e, além 
de inervarem diretamente os vasos, o musculo e algumas células glandulares, podem possuir terminações nos plexos, onde 
inibem a secreção de acetilcolina. 
Secreção gástrica:as principais secreções exócrinas consistem em pepsinogênio pelas células principais e ácido clorídrico 
pelas células parietais. O muco é secretado pelas células secretoras de muco (mucosa) encontradas entre as células 
superficiais por toda a mucosa gástrica. Íons bicarbonato também são secretados e aprisionados no muco, criando um 
gradiente de pH de 1-2 na luz e 6-7 na superfície da mucosa. Assim o muco e o bicarbonato formam uma camada que 
protege a mucosa contra o suco gástrico. As prostaglandinas E e I produzidas no local estimulam a secreção de muco e 
bicarbonato tendo função protetora também e distúrbios nessas funções secretórias ou protetoras podem desencadear o 
aparecimento de ulceras gástricas. 
Regulação da secreção: a regulação é um alvo especifico para a ação de fármacos, e existem 3 estimulos principais que 
atuam sobre as células parietais. 
1) gastrina: É um hormônio peptídico sintetizado nas células endócrinas da 
mucosa. Ela estimula a secreção de ácido pelas células parietais, e é 
secretada por estimulação do alimento e inibida quando em pH ácido (2,5) 
2) acetilcolina: é um neurotransmissor liberado por neurônios e estimula 
receptores muscarinicos das células parietais e nas células que contem 
histamina. 
3)histamina: é um hormônio local que estimula as células parietais pela 
ligação a receptores H2. 
Além disso, as prostaglandinas E2 e I atuam inibindo a secreção ácida. 
ÚLCERAS PÉPTICAS: A úlcera péptica é uma lesão da mucosa 
gastrointestinal, que ocorre principalmente no estômago e no duodeno. Caracteriza-se pela mucosa exposta ao ácido 
gástrico, podendo expor vasos sanguíneos havendo hemorragia. Ela ocorre por desequilíbrios entre fatores agressivos 
(ácido, AINE que anulam mecanismos protetores e stress) e fatores defensivos (muco, bicarbonato e prostaglandinas). 
Fármacos utilizados para inibir ou neutralizar a secreção de ácido gástrico: 
Antagonistas de receptores H2: ranitidina, cimetidina, nizatidina e famotidina.Eles inibem competitivamente as ações da 
histamina em todos os receptores H2, porém sua principal aplicação clinica consiste na sua atuação como inibidores da 
secreção de ácido gástrico, diminuindo o volume de ácido gástrico e a concentração de H. 
Uso clínico: úlcera péptica, esofagite de refluxo, gastrites 
 
Inibidores da bomba de prótons:Omeprazol, lanzoprazol, pantoprazol. Atuam através da inibição irreversível da 
H/K/ATPase que constitui a etapa final da secreção ácida e inibe acentuadamente a secreção de ácido gástrico. É inativo em 
pH neutro, mas, por ser uma base fraca, acumula-se no meio ácido dos canalículos das células parietais estimuladas, onde é 
ativado. Uso clínico: úlcera péptica, esofagite de refluxo, gastrites 
Antiácidos: NaHCO3, CaCO3, Hidróxido de Mg2+ e Hidróxido de Al3+. Neutralizam o ácido gástrico, com consequente 
elevação do pH gástrico e inibição da atividade péptica, que cessa ao redor de pH 5. Uso clínico: dispepsia, alívio 
sintomático na úlcera péptica, tratamento de hiperfosfatemia, gastrite aguda. 
Protetores gástricos: Potencializam os mecanismos de proteção da mucosa e/ou proporcionam uma barreira física sobre a 
superfície da úlcera, ou seja, atuam nos fatores de proteção. 
A) Sucralfato:Adere às células epiteliais e à base da úlcera, estimula síntese de PG, inibe hidrólise de proteínas da mucosa, 
estimula produção local de fator de crescimento epidermal, inibe a pepsina. Uso clínico: prevenção de úlceras induzidas 
por AINE. Possui Sinergia com anti-H2 e os antiácidos prejudicam sua ação. 
B)Quelato de bismuto: Adsorve pepsina, aumenta a síntese de PG e estimula a secreção de bicarbonato para proteger a 
mucosa e revestir a base da úlcera. Uso clínico: adjuvantes contra esofagites e gastrites, H. pylori (Gram – gastrite crônica). 
C) Misoprostol: é um análogo estável da PG que tem ação direta sobre a célula parietal aumentando o fluxo sanguíneo e a 
secreção de muco e bicarbonato. Uso clínico: prevenção de úlceras induzidas por AINE.Atualmente, comercialização 
proibidano Brasil (aborto por contrações uterinas). 
Regulação da Motilidade Gastrointestinal 
Mecanismos Neurais: Inervação Extrínseca SNA e Inervação 
Intrínseca SNE 
Mecanismos hormonais: por células endócrinas do 
estômago, intestino e pâncreas. 
CATÁRTICOS: Auxiliam o trânsito intestinal, favorecendo a 
defecação. Usos clínicos: constipação aguda não dietética, 
remoção de tóxicos, pré- cirúrgico/radiográfico, evitar 
tenesmo (prenhez avançada, prolapso) 
Quanto a intensidade de ação podem ser classificados em 
purgantes que aceleram a passagem do alimento através do 
intestino fazendo com que as fezes fiquem com consistência 
diarreica, já os laxantes deixam as fezes com consistência 
pastosa. 
A) Emolientes ou lubrificantes:Óleo mineral, óleos vegetais. Tem efeito laxante, por alterarem a consistência das fezes 
lubrificand e amolecendo auxiliando a defecação. 
B) Formadores de massa: Metil-celulose, ágar-celulose, farelo de linhaça, Psyllium. São resíduos de plantas/celulose/ fibras 
que não são degradados pelos processos normais de digestão e tem a capacidade de reter água na luz intestinal e 
amolecem as fezes e aumentam a motilidade GI. Efeitos Adversos (poucos): Reações alérgicas, Flatulências, Cuidar com 
diabéticos pois alguns podem conter açúcar, Reabsorção de outras drogas pode ser prejudicada e casos de obstrução. 
C) Salinos e osmóticos Salinos:sais de Mg2+ e fosfatos, lactulose, glicerina, sorbitol, manitol e sulfatos de Na+ . São 
solutos pouco absorvidos que mantém, por osmose, um volume aumentado de líquido na luz do intestino aumentando 
assim o transito intestinal. Doses laxativas 6 a 8 h e doses purgativas 3 h. Efeitos Adversos: Lax fosfato –causa 
hiperfosfatemia; Soluções hipertônicas - desidratação (tomar bastante líquido) e Mg2+ - pode gerar toxicidade em 
pacientes com insuficiência renal. 
D) Irritantes ou estimulantes:Óleo de rícino, Sene, Aloe, Casca Sagrada, Agarol. Irritam a mucosa GI e aumentam o 
peristaltismo. Contra-indicados em constipação crônica, coprostase, desidratação, obstrução intestinal, prenhez avançada. 
PRÓ-CINÉTICOS: aumentam a motilidade do TGI. Uso clínico:Hipomotilidade e/ou dilatações do tubo digestório que não 
sejam causadas por obstrução mecânica ou que tenham origem metabólica. 
Cisaprida: estimula a liberação de Ach no plexo mioenterico e aumenta a motilidade, efeito serotoninérgico. Pode causar 
diarréia. Humanos – arritmias cardíacas 
Metoclopramida, bromoprida, dromperidona: Ação dopaminérgico, porém mecanismo pró- cinético é incerto. 
Ranitidina e nizatidina: Além do efeito em H2 , possível inibição de acetilcolinesterase. 
Eritromicina: Doses mais baixas que as usadas como antibióticos. Ação semelhantes à motilina em gatos, e 
serotoninérgicas em cães. 
Carbacol, betanecol, neostigmina: Efeitos parassimpáticos acentuados. 
ANTIDIARRÉICOS OU CONSTIPANTES: 
A diarreia envolve aumento da motilidade, aumento de secreção, diminuição da absorção de líquidos e perda de eletrólitos 
e água. A causa primária é importante para o tratamento. Pode ser ocasionada por agentes infecciosos e toxinas por 
exemplo. 
Anticolinérgicos:Atropina, escopolamina. Inibem motilidade GI e diminuem secreções. Os Efeitos adversos se devem a ação 
desses fármacos em outros sistemas. 
Opióides (não narcóticos):Elixir paregórico, difenoxilato, loperamida. Geram menor motilidade propulsiva o estímulo é 
direto na absorção de líquidos e eletrólitos. 
Bismuto: é um Subsalicilato usado no tratamento e prevenção da diarreia enterotoxigênica, que causa Inibição de PG e 
AMPc ,e ainda diminuía a secreção de líquido. 
Sulfasalazina: usada no tratamento deColites crônicas. ASulfapiridina + 5ASAanti PG e anti LT, antioxidante, interfere 
com quimiotaxia, função fagocitária, citocinas, Ig. 
PROTETORES E ADSORVENTES 
Adstringentes: precipitam as proteínas do citoplasma de enterócitos, formando uma camada impermeável a toxinas, 
bactérias e alcalóides. Ácido tânico, caolim, pectina. 
Adsorventes: através de forças eletrostáticas, atraem outras substâncias, fixando-as sobre sua superfície. Carvão ativado, 
montmorilonita. 
VÔMITO: Também chamado de emese, é a eliminação vigorosa de conteúdo gástrico pela boca. Pode ser uma Resposta 
fisiológica ou um efeito indesejável pois pode ocasionar irritação, gastrite, ulceras, alterações eletrolíticas e alcalose 
dependendo do conteúdo eliminado. O centro do vômito controla os movimentos inter-relacionados do musculo liso e do 
musculo estriado. Os impulsos provenientes da zona de gatilho passam para o centro do vômito que então controla e 
integra as funções viscerais e somáticas envolvidas no vômito. A zona de gatilho é sensível a estímulos químicos e contitui 
o local de ação de certas drogas como apomorfina, morfina e os glicosídeos cardíacos, que alcançam a ZQD através da 
corrente sanguínea e atravessam a BHE que é relativamente permeável na vizinhança da ZQD. A cinetose é o reflexo 
ocasionado por certos tipos de movimentação e está relacionada ao aparelho vestibular. Os principais NT envolvidos no 
controle do vêmoto são Ach, histamina, 5-hidroxitriptamina e a dopamina. 
EMÉTICOS: 
Uso clínico: Eliminação de agentes tóxicos não-corrosivos e é importante para o esvaziamento gástrico para indução de 
anestesia geral. 
Ação Central: Morfina e Apomorfina, Xilazina. Estimulam a ZQD mas podem causar sedação 
Ação Periférica: Irritantes. Solução Hipersaturada de NaCl, H2O2 3%, Xarope de Ipeca, Sulfatos de Zinco e Cobre, ambos 
1%. 
ANTI-EMÉTICOS: são indicados em casos de vômito profuso e prolongado, distúrbios hidroeletrolíticos ou ácido-básicos, 
em casos de desconforto e para a prevenção de vômitos presumíveis (viagens).Não são necessários em casos devômitos 
intermitentes, na Ausência de desconforto, e quando a correção de desequilibrios pode ser controlada facilmente. São 
contraindicados em casos deobstrução GI, Toxicidade GI, Hipotensão sistêmica. 
Antagonistas da D2:Metoclopramida, Domperidona, Bromoprida, Butirofenonas (haloperidol, droperidol). Atuam na ZQD, 
fazem o bloqueio de receptores de dopamina no SNC, e são utilizados em casos de emese leve a moderada. Efeitos 
adversos: hipotensão, sedação, distúrbios do movimento. 
Fenotiazinas: Proclorperazina, Clorpromazina. Ativa contra agentes que estimulam diretamente a ZQD como antagonistas 
de receptores D2 , H1 , H2 e M e, em altas doses ,atua no centro do vômito (α2). Tem menor efeito na Hipotensão / 
sedação (não como acepromazina). 
Antagonistas 5HT3:Ondansetron, Granisetron, Tropisetron, Dolasetron. Ação central e periférica via receptores de 
serotonina. São usados para emese grave (quimioterapia antineoplásica) e no tratamento de vômitos causados por agentes 
citotóxicos. A 5HT é liberada no SNCou intestino e atua como transmissor na emese. 
Antagonistas H1: Prometazina, Dimenidrinato, Difenidramina. Pouca ou nenhuma ação sobre substâncias que atuam 
diretamente na ZQD. São eficazes na cinetose e contra os vômitos causados por substâncias que atuam localmente no 
estomago. 
Antagonistas M1:Atropina, Butilescopolamina (Hioscina), Propantelina, Isopropamida. Antagonizam a Ach, a hioscina é 
ineficaz contra substância que atuam na ZQD, e é eficaz contra náusea, vômito de origem labiríntica e substância que 
estimulam diretamente o estômago. Muitos efeitos adversos. 
Antagonista NK1: Maropitant. Para cinetose também (dose maior), Emese central e periférica. Ele inibe a via comum final 
envolvida na ativação do reflexo do vômito no SNC. 
Outros agentes:Glicocorticóides, Vitamina B6, Citrato de sódio, Gelo picado / Água gelada e Bebidas gasosas. 
FÁRMACOS DIGESTIVOS: Favorecem os processos digestivos, suprimindo ou complementando as secreções GI. 
Enzimas digestivas: Proteases (papaína = mamão), Pancreatina e Pancreolipase (obtidas do pâncreas suíno, utilizado no 
tratamento de insuficiência pancreática, auxiliando na digestão de proteínas e lipídeos). 
Coleréticos: aumentam o volume e a secreção da bile. Ácidos: estimulam o fluxobiliar. Sais biliares: emulsificam os 
lipídeos na dieta. Uso em várias síndromes de má-digestão, caracterizadas por esteatorréia. 
Colagogos:Sulfato de magnésio, sorbitol, gema de ovo. Promovem contração da vesícula biliar, conseqüentemente a 
liberação da bile. 
FÁRMACOS USADOS NO MANEJO DA DOENÇA HEPÁTICA 
Ácido ursodesoxicólico: Cães com hepatite crônica e gatos com colangitelinfocítico-plasmocítica. Mecanismo de ação: 
Diminui a absorção intestinal e suprime a síntese e armazenamento hepáticos de colesterol. Por ser hidrofílico, acredita-se 
que proteja o fígado dos efeitos danosos de ácidos biliares hidrofóbicos, que são retidos nos distúrbios colestáticos. 
Colchicina: usado no tratamento de gota em humanos, Amiloidose e fibrose hepática crônica. Há evidências empíricas de 
alguns estudos de casos de que a colchicina pode melhorar a função hepática e retardar a progressão da fibrose. 
Lactulose: é formada por galactose e frutose, as duas forma ácido lático, fórmico e acético que atuam como acidificantes 
neutralizando a amônia. Reduz as concentrações de amônia no tratamento da encefalopatia hepática. 
Zinco: Reduz a toxicidade do cobre em hepatopatias específicas 
Penicilamina: é um Quelante usado na Intoxicação por cobre, chumbo. 
Outros:Silimarina, S-adenosilmetionina 
 
FARMACOLOGIA DO RUMEN: 
Os Ruminantes possuem os Pré-estômagos (20% PV adulto) onde existem microrganismos simbiontes que contribuem para 
o melhor aproveitamento da celulose e Energia através da Fermentação formando AGV. Isso garante uma grande 
capacidade (volume) e lenta passagem de ingesta e mistura constante (movimentos ruminais e saliva) e lá há um ambiente 
líquido e tamponado por pH ótimo entre 5,5 e 7 (saliva) e a remoção dos produtos finais de fermentação se da pela 
absorção e eructação. 
Motilidade ruminorreticular: TIPO A: acontece para trás, associado a mistura, e acontece de um a três movimentos / min, 
sendo aumentando durante a alimentação. 
 TIPO B: acontece para frente, associada a eructação (problemas podem levar ao timpanismoruminal). 
 
Eventos mecânicos nos pré-estômagos: Fechamento do sulco reticular (goteira esofágica), se estende da abertura do 
cárdia ao orifício reticulomasal,e o seu fechamento durante a amamentação (resposta reflexa) permite passagem direta de 
líquido ao abomaso. 
Motilidade Ruminoreticular:tem controle no bulbo (núcleo vago dorsal) é importante para o relaxamento dos esfíncteres 
esofágicos e expulsão dos gazes produzidos com a fermentação, ruminação: regurgitação e remastigação. 
 
Salivação:é um meio líquido que garante o crescimento bacteriano. Os bovinos produzem de 100 a 200 litros por dia; os 
ovinos: 10 litros por dia. A glândulasparótidas produzem saliva com HCO3 e PO4 e as sublinguais/ submandibulares/ 
salivares: saliva com muco. Fatores que aumentam a velocidade de produção salivar: alimentação, ruminação, forragem 
próxima ao cárdia e dobra ruminorreticular. 
 
Animal adulto: alterações de drogas no rumen: 
Ativação:miserotoxina (açúcar nitrogenado tóxico, encontrado no leite da ervilhaca, transformado em produto tóxico) 
glicosídeos microbianos (liberam cianeto tóxico – mandioca brava). 
Inativação:Isoflavonas presentes nos trevos (fitoestrógenos), Cloranfenicol, Digitálicos, Oxalato (oxalaseruminal). 
 
Absorção de drogas no RúmenRetículo (R/R): a grande quantidade de liquido ruminal acaba diluindo os medicamentos 
administrados por via oral, além disso, o pH é em torno de 5,5 a 6,8 (bases x ácidos). A Distribuição de drogas no R/R é 
diminuída pois há diluição tendo como consequência menor concentração nos tecidos e plasma, etnão o rumen e reticulo 
podem funcionar como reservatório de drogas tornando a posologia complicada pois 20% PV são cavidades gástricas. 
 
Tratamento das disfunções dos pré-estômagos: 
 Causas: mudança brusca na dieta, demandas de produção, acasalamento, manejo... Nenhum agente ruminatório é ideal: 
depende do estado do animal e outras ações farmacológicas das drogas disponíveis Ex: estricnina, metoclopramida. 
Ruminatórios: são medicamentos que estimulam os movimentos do rumen e retículo. Usos clínicos: atonia 
ruminalFármacos: fisostigmina, carbacol, tártaro emético; amargos (estimulam a salivação). 
Timpanismo é o Acúmulo excessivo de gazes e incapacidade de eructar, que pode acontecer pela produção inadequada de 
saliva, processo inflamatórios, e há a formação excessiva de espuma (bolhas gasosas) Ex: ingestão de 
leguminosas.Tratamento: - sonda gástrica,antiprotozoários (dimetridazol, metronidazol), silicone/surfactantes, 
detergentes, terebentina, óleos vegetais (v.o.). 
Antifermentativos ou antizimóticos: Inibem MO no rumen previnem ou diminuem a fermentação da celulose e, 
conseqüentemente, diminuem a produção de gazes. Usos clínicos:timpanismo gasoso dos ruminantes, timpanismo do ceco 
em eqüinos. Terebentina (misturada com óleo de linhaça), Formalina, ác. salicílico (v.o.), hidrato de cloral, álcool etílico 
30%, sulfas e antibióticos. 
Antiespumantes: Aumentam a tensão superficial dos líquidos digestivos, impedindo a formação de bolhas ou rompendo as 
já formadas. Uso clínico:timpanismo espumoso. 
Antifiséticos ou antiespumantes: terebentina /formalina: antifermentativos e antiinflamatórios; Silicones: Ruminol 
(silicone e metilcelulose, em suspensão), Timpanol (silicone em solução) e Timpacur (simeticone). óleo de linhaça 
(catártico);detergente caseiro (100 ml v.o.). 
Equino: Funções do intestino grosso na fermentação são semelhantes às do rumen. Ação gástrica é prévia. A Saliva não 
auxilia (em compensação, grandes quantidades de líquido, ricos em tampões de bicarbonato e fosfato, são secretadas pelo 
íleo e transferidas ao ceco, imitando assim as ações das glândulas salivares dos ruminantes).

Outros materiais