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apostila feridas e curativos

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Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem em 
Tratamento de Feridas e Curativos" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) 
conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial 
deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 
Com certificado 
online 
120 horas Atualização em Tratamento 
de Feridas e Curativos 
Denise Santana Silva dos 
Santos 
 
 
 
 
 
 
Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem em 
Tratamento de Feridas e Curativos" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) 
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deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 
Atualização em Tratamento 
de Feridas e Curativos 
Denise Santana Silva dos 
Santos 
120 horas 
Com certificado 
online 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 6 
1.1 OBJETIVOS ................................................................................................................ 6 
1.2 PREMISSAS ............................................................................................................... 6 
PELE: MAIOR ÓRGÃO DO CORPO .............................................................................. 8 
2.1 CAMADAS DA PELE ................................................................................................ 8 
2.1.1 Epiderme ............................................................................................................... 8 
2.1.2 Derme ................................................................................................................... 9 
2.1.3 Hipoderme ............................................................................................................ 9 
2.2 FUNÇÕES VITAIS DA PELE.................................................................................... 9 
CARACTERIZAÇÃO DAS FERIDAS ........................................................................... 11 
3.1 DEFINIÇÃO DE FERIDA ........................................................................................ 11 
3.2 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS DE ACORDO COM A ETIOLOGIA ............... 11 
3.3 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO AO ROMPIMENTO DAS 
ESTRUTURAS ............................................................................................................... 11 
3.4 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO À PROFUNDIDADE: 
COMPROMETIMENTO ESTRUTURAL ..................................................................... 12 
3.5 CLASSIFICAÇÃO GERAL DE FERIDAS.............................................................. 12 
3.6 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO EXSUDATO 
(ASPECTO) ..................................................................................................................... 12 
3.7 FORMATO E TAMANHO DA FERIDA................................................................. 13 
3.8 LOCALIZAÇÃO DA FERIDA................................................................................. 13 
3.9 APARÊNCIADA FERIDA ....................................................................................... 13 
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO ............................................................................. 14 
4.1 TIPOS DE CICATRIZAÇÃO ................................................................................... 15 
TRATAMENTO DE PACIENTES COM FERIDAS .................................................... 16 
5.1 DENTRE OS CUIDADOS FÍSICOS ESTÃO .......................................................... 16 
5.2 DENTRE OS CUIDADOS PSICOLÓGICOS ESTÃO ............................................ 17 
5.3 CUIDADOS ESPIRITUAIS...................................................................................... 17 
O AMBIENTE IDEAL PARA CICATRIZAÇÃO ......................................................... 18 
CURATIVOS ..................................................................................................................... 20 
PRODUTOS MAIS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DAS FERIDAS ................. 21 
8.1 ALGINATOS ............................................................................................................ 21 
8.2 PAPAÍNA .................................................................................................................. 22 
8.3 HIDROCOLÓIDE ..................................................................................................... 22 
8.4 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGES) ............................................................. 22 
8.5 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS, LIPÍDIOS INSATURADOS RICOS EM 
ÁCIDO LINOLÉICO ...................................................................................................... 23 
8.6 CURATIVO DE CARVÃO ATIVADO ................................................................... 23 
8.7 SULFADIAZINA DE PRATA ................................................................................. 24 
 
8.8 MEMBRANAS OU FILMES SEMIPERMEÁVEIS ................................................ 24 
8.9 HIDROGEL ............................................................................................................... 24 
8.10 PROTETORES CUTÂNEOS PARA OSTOMIAS ................................................ 25 
8.11 POMADAS ENZIMÁTICAS.................................................................................. 25 
8.12 CURATIVO ADESIVO COM HIDROPOLIMEROS............................................ 26 
OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA NO TRATAMENTO DE FERIDAS ............ 27 
9.1 APLICAÇÕES CLÍNICAS ....................................................................................... 27 
ATENÇÃO DO ENFERMEIRO AO PACIENTE COM VITILIGO .......................... 29 
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO AO PACIENTE COM DOENÇA FALCIFORME E 
PORTADOR DE ÚLCERA DE PERNA......................................................................... 30 
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO ...................................................... 31 
12.1 LESÃO POR PRESSÃO ......................................................................................... 31 
12.2 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 1: PELE ÍNTEGRA COM ERITEMA QUE 
NÃO EMBRANQUECE ................................................................................................. 32 
12.3 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 2: PERDA DA PELE EM SUA ESPESSURA 
PARCIAL COM EXPOSIÇÃO DA DERME ................................................................. 32 
12.4 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 3: PERDA DA PELE EM SUA ESPESSURA 
TOTAL ............................................................................................................................ 32 
12.5 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 4: PERDA DA PELE EM SUA ESPESSURA 
TOTAL E PERDA TISSULAR ...................................................................................... 32 
12.6 LESÃO POR PRESSÃO NÃO CLASSIFICÁVEL: PERDA DA PELE EM SUA 
ESPESSURA TOTAL E PERDA TISSULAR NÃO VISÍVEL ..................................... 33 
12.7 LESÃO POR PRESSÃO TISSULAR PROFUNDA: DESCOLORAÇÃO 
VERMELHA ESCURA, MARROM, PÚRPURA, PERSISTENTE QUE NÃO 
EMBRANQUECE ........................................................................................................... 33 
12.8 DEFINIÇÕES ADICIONAIS.................................................................................. 33 
12.8.1 Lesão por Pressão relacionado a Dispositivo Médico ...................................... 33 
12.8.2 Lesão por Pressão em Membranas Mucosas .................................................... 33 
LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE FERIDAS ................................................ 35 
13.1 INDICAÇÃO ........................................................................................................... 35 
13.2 CONTRAINDICAÇÃO ..........................................................................................36 
13.3 EFEITOS TERAPÊUTICOS DA LASERTERAPIA ............................................. 36 
13.4 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO ............................................................................... 36 
13.5 REGULAMENTAÇÃO DO COFEN EM RELAÇÃO AO USO DA 
LASERTERAPIA ............................................................................................................ 37 
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 40 
1.2 OBJETIVOS .............................................................................................................. 40 
1.3 PREMISSAS ............................................................................................................. 40 
O HISTÓRICO DOS CURATIVOS ................................................................................ 42 
A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR NO TRATAMENTO 
DAS FERIDAS ................................................................................................................... 43 
A PELE ............................................................................................................................... 44 
4.1 DEFINIÇÃO .............................................................................................................. 44 
4.2 ANATOMIA DA PELE ............................................................................................ 45 
4.2.1 Camadas da Pele ................................................................................................. 45 
CARACTERIZAÇÃO DAS FERIDAS ........................................................................... 47 
5.1 DEFINIÇÃO DE FERIDA ........................................................................................ 47 
5.2 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS DE ACORDO COM A ETIOLOGIA ............... 47 
 
 
5.3 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO AO ROMPIMENTO DAS 
ESTRUTURAS ............................................................................................................... 48 
5.4 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO À PROFUNDIDADE / 
COMPROMETIMENTO ESTRUTURAL ..................................................................... 48 
5.5 CLASSIFICAÇÃO GERAL DE FERIDAS.............................................................. 48 
5.6 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO EXSUDATO 
(ASPECTO) ..................................................................................................................... 49 
5.7 FORMATO E TAMANHO DA FERIDA................................................................. 49 
5.8 LOCALIZAÇÃO DA FERIDA................................................................................. 50 
5.9 APARÊNCIA DA FERIDA ...................................................................................... 50 
5.10 CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO .............................................. 50 
5.10.1 Lesão por Pressão ............................................................................................. 50 
5.10.2 Lesão por Pressão Estágio 1: Pele íntegra com eritema que não embranquece 51 
5.10.3 Lesão por Pressão Estágio 2: Perda da Pele em sua espessura parcial com 
exposição da derme ..................................................................................................... 51 
5.10.3 Lesão por Pressão Estágio 3: Perda da pele em sua espessura total ................. 52 
5.10.5 Lesão por Pressão Estágio 4: Perda da pele em sua espessura total e perda 
tissular .......................................................................................................................... 52 
5.10.6 Lesão por Pressão Não Classificável: perda da pele em sua espessura total e 
perda tissular não visível ............................................................................................. 52 
5.10.7 Lesão por pressão Tissular Profunda: descoloração vermelha escura, marrom, 
púrpura, persistente que não embranquece .................................................................. 53 
5.10.8 Lesão por Pressão relacionado a Dispositivo Médico ...................................... 53 
5.10.9 Lesão por Pressão em Membranas Mucosas .................................................... 53 
5.10.10 Requisitos para estadiar uma lesão por pressão.............................................. 53 
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO ............................................................................. 54 
6.1 TIPOS DE CICATRIZAÇÃO ................................................................................... 55 
TRATAMENTO DE PACIENTES COM FERIDAS .................................................... 56 
7.1 DENTRE OS CUIDADOS FÍSICOS ESTÃO .......................................................... 56 
7.2 DENTRE OS CUIDADOS PSICOLÓGICOS ESTÃO ............................................ 57 
7.3 CUIDADOS ESPIRITUAIS...................................................................................... 57 
PREVENÇÃO DA ÚLCERA POR PRESSÃO .............................................................. 58 
O AMBIENTE IDEAL PARA CICATRIZAÇÃO ......................................................... 60 
PRINCÍPIOS PARA REALIZAÇÃO DO CURATIVO ................................................ 61 
10.1 LIMPEZA ................................................................................................................ 61 
10.2 PELE ÍNTEGRA ..................................................................................................... 61 
CURATIVOS ..................................................................................................................... 63 
PRODUTOS MAIS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DAS FERIDAS ................. 64 
12.1 ALGINATOS .......................................................................................................... 64 
12.2 PAPAÍNA ................................................................................................................ 65 
12.3 HIDROCOLÓIDE ................................................................................................... 66 
12.4 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGEs) ............................................................ 66 
12.5 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS LIPÍDIOS INSATURADOS RICOS EM 
ÁCIDO LINOLÉICO ...................................................................................................... 67 
12.6 CURATIVO DE CARVÃO ATIVADO ................................................................. 67 
12.7 SULFADIAZINA DE PRATA ............................................................................... 68 
12.8 MEMBRANAS OU FILMES SEMIPERMEÁVEIS .............................................. 68 
12.9 HIDROGEL ............................................................................................................. 69 
12.10 PROTETORES CUTÂNEOS PARA OSTOMIAS .............................................. 70 
 
12.10.1 Apresentações ................................................................................................. 70 
12.11 POMADAS ENZIMÁTICAS................................................................................ 70 
12.12 CURATIVO ADESIVO COM HIDROPOLIMEROS.......................................... 71 
12.13 CURATIVOS IMPREGNADOS COM PRATA .................................................. 71 
12.14 CURATIVOS COM DRENO ............................................................................... 72 
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DOS CURATIVOS...................................... 73 
CUIDADOS BÁSICOS DE ASSEPSIA NO CURATIVO ............................................. 74 
CURATIVOS DE CATETERES, INTRODUTORES, FIXADORES EXTERNOS .. 75 
CURATIVOS EM DRENOS ............................................................................................ 76 
CURATIVOS EM FERIDAS ........................................................................................... 77 
DESBRIDAMENTO .........................................................................................................78 
LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE FERIDAS ................................................ 80 
19.1 INDICAÇÃO ........................................................................................................... 80 
19.2 CONTRAINDICAÇÃO .......................................................................................... 81 
19.3 EFEITOS TERAPÊUTICOS DA LASERTERAPIA ............................................. 81 
19.4 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO ............................................................................... 81 
19.5 REGULAMENTAÇÃO DO COFEN EM RELAÇÃO AO USO DA 
LASERTERAPIA ............................................................................................................ 82 
OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA NO TRATAMENTO DE FERIDAS ............ 84 
20.1 APLICAÇÕES CLÍNICAS ..................................................................................... 84 
20.2 CARACTERÍSTICAS DO TRATAMENTO DE FERIDAS COM 
OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA .......................................................................... 85 
ATENÇÃO DO ENFERMEIRO AO PACIENTE COM VITILIGO .......................... 87 
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO AO PACIENTE COM DOENÇA FALCIFORME E 
PORTADOR DE ÚLCERA DE PERNA......................................................................... 88 
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 90 
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 93 
 
 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
6 
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deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 
01 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
O tratamento de feridas é um assunto importante no cotidiano da enfermagem. À medida 
que a medicina avança os cuidados no tratamento das feridas também evoluem. Portanto, 
fazem-se necessário a compreensão do processo de cicatrização visto à vasta gama de opções 
disponíveis para o tratamento das feridas. 
 
 
1.1 OBJETIVOS 
Atualizar o profissional de enfermagem acerca do tratamento de feridas. 
Explicar a fisiologia normal permitindo que a (o) enfermeira (o) reconheça o 
anômalo. 
Favorecer o reconhecimento dos estágios da cicatrização permitindo selecionar o 
curativo adequado. 
Esclarecer dúvidas acerca dos produtos mais utilizado no tratamento de feridas. 
 
 
1.2 PREMISSAS 
Cada conduta é específica para cada cliente no tratamento de feridas. 
Devemos sempre fazer, juntamente com o médico, um estudo das causas da lesão. 
Quem cicatriza uma ferida é o organismo, uma lesão irrigada, sem infecção e sem 
edema cura-se naturalmente. 
Unidade 1 – Apresentação 
 
 
7 
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Depois de cicatrizada uma lesão, o paciente necessita continuar o tratamento daquilo 
que levou àquela lesão. 
Sempre devemos pensar no lado estético da cicatrização 
 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
8 
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02 
PELE: MAIOR ÓRGÃO DO CORPO 
 
 
 
 
 Definição: A pele ou cútis é o manto de revestimento do organismo, indispensável à 
vida e que isola os componentes orgânicos do meio externo. A pele apresenta grandes 
variações ao longo de sua extensão, sendo ora mais elástica e flexível, ora mais 
rígida. 
 Anatomia e Fisiologia: A transição da vida embrionária para a vida fetal ocorre no 
final do segundo mês do primeiro trimestre. Este ponto é definido pelo início do 
funcionamento da medula óssea e da estratificação da epiderme, que deixa de possuir 
apenas duas camadas (basal e epiderme), para apresentar também camadas 
intermediárias. 
 
 
2.1 CAMADAS DA PELE 
 
2.1.1 Epiderme 
Éum epitélio estratificado pavimentoso queratinizado de origem ectodérmica. Composta por 
cinco camadas: 
 Camada Basal: É também chamada germinativa, apresenta intensa atividade 
mitótica, sendo responsável pela constante renovação da epiderme. Forma uma 
membrana que separa a epiderme da derme. 
 Camada Espinhosa: Suas células possuem ramificações que saem do citoplasma. 
Possui tonofibrilas e desmossomas que tem função de na manutenção da coesão das 
Unidade 2 – Pele: Maior Órgão do Corpo 
 
 
9 
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material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 
células da epiderme e consequentemente na sua resistência ao atrito. Quanto maior a 
exposição ao atrito maior será esta camada. 
 Camada granulosa: Célula em cujo citoplasma são observados os grânulos grosseiros 
e basófilos (grânulos de querato-hialina que vão contribuir para a constituição do 
material interfilamento da camada córnea. 
 Camada Lúcida: Células achatadas, hialinas e eosinófilos, cujo núcleo e organelas 
desapareceram. O citoplasma consiste em numerosos filamentos compactados e 
envolvidos por material elétron denso. Ainda se podem ver desmossomas entre as 
células. 
 Camada Córnea: Constituída por células achatadas mortas e sem núcleo. Citoplasma 
com grande quantidade de substancias córnea, uma escleroproteína chamada 
queratina. 
 
2.1.2 Derme 
É o tecido conjuntivo sobre o qual se apoia a epiderme. Espessura máxima de 3 mm na região 
plantar. 
 Camada Papilar: Delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo, ela penetra nas 
papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que 
se inserem na membrana basal e penetra profundamente na derme com a função de 
prender a derme a epiderme. 
 Camada Reticular: Mais espessa constituída por tecido conjuntivo denso. Apresenta 
menos células e fibras colágenas mais abundantes e espessas do que a camada 
papilar. 
 
2.1.3 Hipoderme 
Camada subcutánea: É formada por tecido conjuntivo frouxo que une de maneira pouco 
firme a derme aos órgãos subjacentes. A hipoderme poderá ter uma camada variável de 
tecido adiposo, dependendo da região e nutrição, formando uma camada chamada Panículo 
Adiposo o mesmo proporciona isolamento térmico, com isso confere proteção contra o frio. 
 
 
2.2 FUNÇÕES VITAIS DA PELE 
 Proteção: barreira 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
10 
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 Proteção: frio, calor, radiação. 
 Proteção: pressão, fricção e traumas. 
 Proteção: contra substâncias químicas. 
 Proteção: contra penetração de germes, sobremodo a formação do manto ácido 
protetor. 
 Proteção: contra a perda de calor. 
A importância da preservação da pele: Preservar a integridade da pele é um fator 
importante para a enfermagem ao longo da estadia do paciente, sendo aindamais 
significativo, pois está é uma barreira natural contra a entrada de microorganismos. O 
profissional deve estar atento aos riscos de desenvolvimento de traumas e rupturas da 
barreira da pele, decorrentes de cuidados rotineiros como banho, desinfecção da pele e 
remoção de adesivos. 
Unidade 3 – Caracterização das Feridas 
 
 
11 
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03 
CARACTERIZAÇÃO DAS FERIDAS 
 
 
 
 
3.1 DEFINIÇÃO DE FERIDA 
Toda e qualquer ruptura da integridade de um tecido ou órgão, podendo atingir desde a 
epiderme até estruturas mais profundas como fáscias, músculos e órgãos cavitários. 
 
 
3.2 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS DE ACORDO COM A ETIOLOGIA 
 Agudas: incisões cirúrgicas, traumas, térmicas e infecciosas. 
 Crônicas: 
 Feridas ulcerativas (úlcera por pressão) 
 Enfermidades dermatológicas (psoríase) 
 Drenantes: fístulas, drenos e estomas. 
 
 
3.3 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO AO ROMPIMENTO 
DAS ESTRUTURAS 
 Abertas: sem aproximação de bordas. 
 Fechadas: com aproximação e sutura de bordas 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
12 
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3.4 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO À PROFUNDIDADE: 
COMPROMETIMENTO ESTRUTURAL 
 Superficial: até a derme 
 Profunda Superficial: até o subcutâneo 
 Profunda Total: músculo e estruturas adjacentes 
 
 
3.5 CLASSIFICAÇÃO GERAL DE FERIDAS 
Feridas Abertas que cicatrizam por 2ª intenção, são classificadas segundo aparência em: 
 Necrótica: presença de placa necrótica dura (escara) ou tecida necrosado. 
 Infectada: presença de processo inflamatório e exsudação supurativa 
 Com crosta: exsudação que solidificou. 
 Granulada: formação de tecido novo (angiogênese) e matriz do colágeno. 
 Epitelizada: formação e migração de células epiteliais sobre a superfície durante o 
processo de cicatrização. 
 
 
3.6 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO 
EXSUDATO (ASPECTO) 
 Exsudato fibrinoso: passagem de proteínas plasmática pela parede do vaso. 
 Fibrina: é uma proteína insolúvel, que se forma durante o processo de coagulação. 
Na ferida se apresenta aderida aos tecidos e tem cor esbranquiçada ou amarelada. 
 Padrões Mistos: serosanguinolento, seropurulento, serofibrinoso e fibrinopurulento. 
 Coloração: Esbranquiçada, amarelada e esverdeada. 
 Odor: Inodoro, fétido e pútrido. 
Unidade 3 – Caracterização das Feridas 
 
 
13 
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 Derivados de fístulas: biliar, entérica, urinária, pancreática e fecalóide. 
 
 
3.7 FORMATO E TAMANHO DA FERIDA 
O formato e tamanho da ferida podem mudar durante o processo de cicatrização. No início 
quando retiram os tecidos necróticos e/ou desvitalizado, a ferida parece aumentar de 
tamanho. Isso ocorre porque a dimensão real da ferida era mascarada pelo tecido necrótico. 
É importante realizar a monitorização do formato e tamanho da ferida para definir o 
curativo ideal. 
 
 
3.8 LOCALIZAÇÃO DA FERIDA 
No exame físico do paciente se identifica a localização da ferida e evidenciam-se áreas com 
grandes possibilidades para contaminação, por exemplo, em região sacra. 
 
 
3.9 APARÊNCIADA FERIDA 
A aparência da ferida está relacionada com a etapa de cicatrização ou com uma complicação. 
As feridas abertas podem ser classificadas como: necróticas, infectadas, com crosta, 
granuladas e epitelizadas. Ressalta-se que algumas feridas podem pertencer a mais de uma 
categoria denominada ferida mista. 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
14 
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04 
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO 
 
 
 
 
O processo de cicatrização de feridas é composto por várias etapas tais como: inflamação, 
reconstrução, epitelização e maturação. 
 Inflação: A reação inflamatória é uma reação local não-especificada a danos no 
tecido e/ou invasão bacteriana. Ela é uma parte importante dos mecanismos de defesa 
do corpo e é a parte fundamental no processo de cicatrização. Os sinais de infamação 
são: dor, rubor, calor e edema. Esta etapa dura de quatro a cinco dias e requer recursos 
energéticos e nutricionais. 
 Reconstrução: Nesta fase o oxigênio tecidual estimula os macrófagos para criar 
fatores de angiogênese que instiga o processo de angiogênese. Os capilares não 
danificados estimulam a germinação de células que crescem na direção da superfície 
formando uma rede dentro da ferida fornecendo nutrientes e oxigênio (tecido de 
granulação). 
 Epitelização: Trata-se da fase em que a ferida é coberta por células epiteliais. Nas 
feridas fechadas essa fase começa logo no segundo dia. No entanto, nas feridas 
abertas, é necessário que a cavidade da ferida seja preenchida com tecido de 
granulação antes da epitelização poder começar. 
 Maturação: Durante a fase de maturação, a ferida se torna menos vascularizada. As 
fibras de colágeno são reorganizadas de forma que formam ângulos com as margens 
da ferida. O tecido da cicatriz presente é remodelado e lentamente fica igual ao tecido 
normal. 
 
 
Unidade 4 – Fisiologia da Cicatrização 
 
 
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4.1 TIPOS DE CICATRIZAÇÃO 
Dependendo da maneira como foi produzida a lesão, podemos classificar o processo 
cicatricial em: 
 Cicatrização por primeira intenção: Ocorre quando há perda mínima de tecido e 
as bordas são passiveis de ajuste por sutura. Neste tipo de lesão o curativo e utilizado 
apenas para proteção não havendo necessidade de manutenção do meio úmido. O 
curativo pode ser removido até após 48 horas. 
 Cicatrização por segunda intenção: Ocorre quando há perda acentuada do tecido e 
não há possibilidade de fechamento dos bordos. O tempo de cicatrização será 
invariavelmente superior e o curativo deve ser utilizado com tratamento da lesão, 
havendo necessidade de manutenção do meio úmido. 
 Cicatrização por terceira intenção ou mista: Ocorre quando há fatores que 
retardam o processo cicatricial por primeira intenção e há necessidade de deixar a 
lesão aberta para drenagem ou para debelar uma Infecção. Posterior ao tratamento a 
lesão poderá ser fechada por primeira intenção. 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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05 
TRATAMENTO DE PACIENTES COM 
FERIDAS 
 
 
 
 
Na assistência ao paciente portador de feridas se faz necessário uma abordagem holística, 
com um levantamento do histórico do paciente e a avaliação das condições atuais, incluindo 
o físico, psicológico e o espiritual. 
 
 
5.1 DENTRE OS CUIDADOS FÍSICOS ESTÃO 
 Idade 
 Estado Nutricional 
 Patologias de base: diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia 
 Infecções 
 Mobilidade no leito 
 Duração da internação hospitalar 
 Incontinência urinária 
 Higiene 
 
 
Unidade 5 – Tratamento de Pacientes com Feridas 
 
 
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5.2 DENTRE OS CUIDADOS PSICOLÓGICOS ESTÃO 
 Medo 
 Estresse 
 Impotência 
 
 
5.3 CUIDADOS ESPIRITUAIS 
A espiritualidade tem conceitos divergentes no campo da saúde. Todavia ela pode ser 
compreendida com um sentido dentro de nós que responde a realidades infinitas da vida. 
 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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06 
O AMBIENTE IDEAL PARA 
CICATRIZAÇÃO 
 
 
 
 
Atualmente, há uma vasta gama de curativos utilizados no tratamento de feridas no mercado. 
Esses curativos foram elaborados para ter um efeito funcional possuindo algumas 
características tais como: manter a alta umidade da interface ferida/curativo, permitir trocas 
gasosas, remover o excesso de exsudato, impermeável a bactéria, fornece isolamento pérvio, 
ser isento de partículas e tóxicos contaminadores das feridas e permitir sua remoção sem 
causar trauma na ferida. 
 Manter a umidade da ferida: Deve-se manter o leito da ferida úmido, permitindo 
assim que as células epiteliais deslizem pela superfície da ferida. Portanto na limpeza 
das feridas abertas, não há a necessidade de secar a superfície da ferida. Deve-se 
secar a pele ao redor da ferida para ajudar manter o novo curativo fixado. 
 Retirar o excesso de exsudato: O curativo deve ter um pouco de absorvência. Em 
algumas situações serão necessários à utilização de curativo secundário. 
 Permitir trocas gasosas: A hipóxia do tecido é fundamental para estimular a 
angiogênese na ferida em processo de cicatrização. Pois, a falta de oxigênio estimula 
o crescimento de arcos capilares na ferida que trazem oxigênio com eles. 
 Isolamento térmico: Pesquisas evidenciaram que leva três horas para a atividade 
mitótica retornar a sua velocidade normal. Portanto, as feridas não devem ser limpas 
com soluções frias e sim mornas. 
 Impermeável à bactéria: um dos objetivos do curativo é criar uma barreira entre a 
ferida e o ambiente. 
 Isento de partículas e tóxicos contaminadores de feridas: AS partículas prolongam a 
reação inflamatória afetando a velocidade da cicatrização. 
Unidade 6 – O Ambiente Ideal para Cicatrização 
 
 
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 Retirar sem traumas: a utilização de curativos secos diretamente na superfície da 
ferida é a causa principal de trauma. 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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07 
CURATIVOS 
 
 
 
 
Por definição, curativo é todo material colocados diretamente por sobre uma ferida, cujos 
objetivos são: evitar a contaminação de feridas limpas; facilitar a cicatrização; reduzir a 
infecção nas lesões contaminadas; absorver secreções, facilitar a drenagem de secreções, 
promoverem a hemostasia com os curativos compressivos, manter o contato de 
medicamentos junto à ferida e promover conforto ao paciente. 
Os curativos podem ser abertos ou fechados, sendo que os fechados ou oclusivos são 
subdivididos em úmidos e secos. Os curativos úmidos têm por finalidade: reduzir o processo 
inflamatório por vasoconstricção; limpar a pele dos exsudatos, crostas e escamas; manter a 
drenagem das áreas infectadas e promover a cicatrização pela facilitação do movimento das 
células. 
 
Unidade 8 – Produtos mais Utilizados no Tratamento das Feridas 
 
 
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08 
PRODUTOS MAIS UTILIZADOS NO 
TRATAMENTO DAS FERIDAS 
 
 
 
 
 As soluções mais utilizadas nos curativos são: 
 Soro fisiológico para limpeza e como emoliente; 
 Atualmente, a solução mais utilizada para limpeza da ferida é o soro fisiológico 
0,9%. 
 
 
8.1 ALGINATOS 
São sais de polímero natural ácido algínico derivado de algas marinhas marrons. Estes 
curativos apresentam-se em embalagens individuais estéreis. 
 Mecanismo de ação: o sódio presente no exsudato e no sangue interage com o cálcio 
presente no curativo promovendo uma troca iônica que auxilia no desbridamento 
autolítico, tem alta capacidade de absorção e resulta na formação de um gel que 
mantêm o meio úmido para cicatrização. 
 Indicações: feridas abertas altamente exsudativas com ou sem infecção e lesões 
cavitárias com necessidade de estimulo rápido de do tecido de granulação. 
 Contraindicações: lesões por queimaduras ou lesões superficiais e feridas sem ou 
com pouca exsudação. 
 
 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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8.2 PAPAÍNA 
É uma enzima proteolítica extraída do látex da caricapapaya. 
 Indicação: em todo tecido necrótico, particularmente naqueles com crosta. 
 Mecanismo de ação: ação antiinflamatória, bactericida e cicatricial; atua como 
desbridante. 
 Modo de usar: preparar a solução em frasco de vidro, irrigar a lesão e deixar gaze 
embebida na solução. 
 Observações: a diluição é feita de acordo com a ferida: 10% em tecido necrosado, 
6% nas com exsudato purulento e 2% naquelas com pouco exsudato. 
 
 
8.3 HIDROCOLÓIDE 
 Partículas hidroativas em polímero inerte impermeável. 
 Indicação: lesões não infectadas com ou sem exsudato, áreas doadoras e incisões 
cirúrgicas. 
 Mecanismo de ação: promove barreira protetora, isolamento térmico, meio úmido, 
prevenindo o ressecamento, desbridamento autolítico, granulação e epitelização. 
 Modo de usar: irrigar a lesão com soro fisiológico, secar as bordas e aplicar 
hidrocolóide e fixar o curativo à pele. 
 Observações: não deve ser utilizado para feridas infectadas. 
 
 
8.4 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGES) 
 São óleos derivados dos vegetais poli-insaturados.A composição do produto 
comercializado para o tratamento de feridas e: Ácido Linoléico, Ácido Caprilíco, 
Ácido Capríco, Vitaminas 'A' e 'E' e Lecitina de Soja. 
 Indicações: Prevenção e tratamento de ulceras de pressão e tratamento de lesões 
abertas com ou sem infecção. 
 Contraindicações: Lesões com necrose tecidual sem desbridamento. 
Unidade 8 – Produtos mais Utilizados no Tratamento das Feridas 
 
 
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 Mecanismo de ação: Os AGEs possuem ação quimiotática. São precursores de 
substancias farmacologicamente ativas envolvidas no processo de divisão celular e 
diferenciação epidérmica (tromboxanes e prostaglandinas- e possui capacidade de 
modificar reações inflamatórias e imunológicas, alterando funções leucocitárias e 
acelerando o processo de granulação tecidual. 
 
 
8.5 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS, LIPÍDIOS INSATURADOS 
RICOS EM ÁCIDO LINOLÉICO 
 Indicação: todos os tipos de lesões, infectadas ou não, desde que desbridadas 
previamente. 
 Mecanismo de ação: promove quimiotaxia para leucócitos, facilita a entrada de 
fatores de crescimento nas células, promove proliferação e mitose celular, acelerando 
as fases da cicatrização. 
 Modo de usar: irrigar a lesão com soro fisiológico, aplicar AGE por toda a área da 
ferida e cobrir. 
 Observações: não é agente desbridante, porém estimula o desbridamento autolítico. 
 
 
8.6 CURATIVO DE CARVÃO ATIVADO 
Uma cobertura estéril para ferimentos, de baixa aderência, envolto por uma camada de tecido 
selado em toda sua extensão, com uma almofada impregnada por carvão ativado e prata a 
0,15%. 
 Mecanismo de Ação: o carvão ativado adsorve o exsudato e filtra o odor enquanto a 
prata exerce poder bactericida local pela liberação de prata. 
 Contraindicações: Não deve ser utilizado em queimaduras, pois a prata pode 
provocar dor. O curativo não deve ser cortado para não ocorrer liberação do carvão 
ativado na lesão. 
 
 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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8.7 SULFADIAZINA DE PRATA 
É um composto solúvel e com ação adstringente derivado de sais de prata com propriedades 
antisséptica local. 
 Mecanismo de ação: o íon prata causa precipitação de proteínas e age diretamente na 
parede celular e membrana citoplasmática da célula bacteriana, exercendo ação 
bactericida imediata e ação bacteriostática residual pela liberação de pequenas 
quantidades de prata iônica. 
 Indicações: prevenção de colonização e tratamento de queimaduras. 
 
 
8.8 MEMBRANAS OU FILMES SEMIPERMEÁVEIS 
É um material estéril com possibilidade de uso como cobertura primaria ou secundaria 
indicado principalmente para oclusão de lesões planas pouco exsudativas. São transparentes, 
facilitando a visualização das características da lesão e permitindo maior mobilidade ao 
paciente. 
 Composição: filme de poliuretano, transparente, elástico, semipermeável, aderente a 
superfícies secas. 
 Mecanismo de ação: Proporciona ambiente úmido, favorável a cicatrização 
permeabilidade seletiva, permitindo a difusão gasosa e evaporação de água. 
Impermeável a fluidos e microorganismos. 
 Indicação: Fixação de cateteres vasculares; proteção de pele integra e escoriações; 
prevenção de ulceras de pressão por fricção, cobertura de incisões cirúrgicas limpas 
com pouco ou nenhum exsudato; cobertura de queimaduras de 1 e 2 grau; cobertura 
de áreas doadoras de enxerto. 
 Contra indicações: Feridas com muito exsudato; Feridas infectadas. Trocar quando 
perder a transparência. 
 
 
8.9 HIDROGEL 
É um composto de água, carboximetil-celulose (CMC- e propileno-glicol (PPG- que forma 
um hidrogel transparente e incolor com função de remover tecidos necróticos através do 
desbridamento autolítico. 
Unidade 8 – Produtos mais Utilizados no Tratamento das Feridas 
 
 
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 Mecanismo de ação: a água (77,7%)- mantém o meio úmido, a CMC (2,3%)- facilita 
as propriedades reidratantes e de desbridamento e o PPG (20%)- estimula a liberação 
do exsudato. 
 Indicação: remoção de tecido necrótico em lesões cavitárias. 
 
 
8.10 PROTETORES CUTÂNEOS PARA OSTOMIAS 
Descrição: São compostos de gelatina, pectina, carboximentilcelulose sódica e 
polisobutileno de uso tópico com a mesma função de proteger e regenerar a epiderme Peri - 
ostomias e Peri - fístulas. Apresentações: 
 Pó - indicado em lesões úmidas e escoriadas da pele Peri-ostomal. Sua função é secar 
e forma uma película protetora para fixação da placa. 
 Pasta - indicada para correção de imperfeições do estoma. Sua função é de selante da 
pele com o estoma através da formação de um anel ao redor do estoma. 
 Placa - indicada para a proteção e regeneração da pele Peri-ostomal e fixação da 
bolsa. 
 Indicações: Peri-fístulas ou Peri-ostomias. 
 
 
8.11 POMADAS ENZIMÁTICAS 
São compostos de enzimas especificas para determinados substratos com o objetivo de 
auxiliar no desbridamento da lesão, entretanto não há dados conclusivos sobre sua ação 
como estimulador do processo cicatricial. 
 Composição: colagenase lostridiopeptidase. A e enzimas proteolíticas. 
 Mecanismo de ação: age seletivamente degradando o colágeno nativo da ferida. 
 Indicação: desbridamento enzimático suave e não invasivo de lesões. 
 Contraindicação: Feridas com cicatrização por primeira intenção. Não utilizar por 
mais de 15 dias. 
 Trocar o curativo a cada 8 horas. 
 Observações: há controvérsias quanto à eficácia das pomadas enzimáticas como 
estimulador da granulação e epitelização, visto que com o aumento dos níveis de 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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ação das proteinases, temos a degradação dos fatores de crescimento e dos receptores 
de membrana celular, que são importantes para o processo de cicatrização. 
 
 
8.12 CURATIVO ADESIVO COM HIDROPOLIMEROS 
É um curativo altamente absorvente para feridas com baixa a moderada exsudação e que 
proporciona um ambiente úmido facilitador do processo de granulação. Este curativo é mais 
aderente devido à presença de uma camada de hidropolímero com capacidade de expansão 
e manutenção da adesão do curativo a lesão. 
 Mecanismo de ação: Proporciona um ambiente úmido e estimula o desbridamento 
autolítico. Absorve o exsudato e expande-se delicadamente à medida que absorve o 
exsudato. 
 Indicações: Tratamento de feridas abertas não infectadas. 
 Contraindicações: Queimadura de 3º grau; lesões com vasculite ativa; 
 Feridas colonizadas e infectadas, com tecido desvitalizado. 
Unidade 9 – Oxigenoterapia Hiperbárica no Tratamento de Feridas 
 
 
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09 
OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA NO 
TRATAMENTO DE FERIDAS 
 
 
 
 
A medicina hiperbárica possui dois grandes ramos de atividade: 
 Dedicado à atividade profissional de mergulhadores, aeronautas e trabalhadores sob 
ar-comprimido, prevalecendo uma abordagem voltada à saúde ocupacional; 
 Referente às aplicações clinicas da oxigenoterapia hiperbárica (OHB). O tratamento 
é efetuado em várias sessões, cujo nível de pressão, duração, intervalos e número 
total de aplicações são variáveis de acordo com as enfermidades. A OHB consiste na 
inalação de oxigênio puro com a pressão do ambiente aumentada de duas a três vezes 
acima de seu valor normal, estando o cliente no interior de uma câmara hiperbárica. 
Durante as sessões ocorre um aumento de 10 a 20 vezes na quantidade de oxigênio 
dissolvido nos tecidos. 
 
 
9.1 APLICAÇÕES CLÍNICAS 
Inúmeras são as indicações da OHB determinadas por vários protocolos aceitos 
internacionalmente: 
 Embolias gasosas. 
 Doença descompressiva. 
 Embolia traumática pelo ar. 
 Envenenamento por monóxido de carbono ou intoxicação por fumaça. 
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 Envenenamento por cianeto ou derivados cianídricos. 
 Gangrena gasosa clostridiana. 
 Doença de Fournier. 
 Outras infecções necrotizantes de tecidos moles: celulites, fasciíte e miosites, 
deiscência de sutura. 
 Isquemias agudas traumáticas: lesão por esmagamento, síndrome compartimental, 
reimplante de extremidades amputadas e outras. 
 Retalhos ou enxertos comprometidos ou de risco. 
 Vasculites agudas de etiologia alérgica, medicamentosa ou por toxinas biológicas 
(aracnídeos, ofídios e insetos. 
 Queimadura complexa. 
 Lesões refratárias: úlceras de pressão, vasculogênica, neuropática (pé diabético e 
outras). 
 Lesões por radiação: radiodermite, osteorradionecrose e lesões actínicas de mucosas. 
 Osteomielite crônica. 
 Hipoacusia por ototoxidade a agentes quimioterápicos. 
 Anemia aguda nos casos de impossibilidade de transfusão sanguínea. 
Unidade 9 – Oxigenoterapia Hiperbárica no Tratamento de Feridas 
 
 
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10 
ATENÇÃO DO ENFERMEIRO AO 
PACIENTE COM VITILIGO 
 
 
 
 
A assistência de enfermagem ao paciente com vitiligo incluem alguns cuidados tais como: 
 É fundamental o atendimento ao cliente portador de vitiligo com a maior brevidade 
possível, avaliando com a equipe do serviço a aplicação de protocolos de 
atendimento, buscando reduzir e recuperar a cor da pele nas regiões detectadas. 
 Conhecer as condições socioeconômicas e culturais em que vive o paciente 
observando para as condições físicas, de sustento financeiro da família, suas crenças, 
seus hábitos culturais e valores associados aos fatores afetivos-culturais e sociais. 
 Ter na família os elementos facilitadores do processo de cuidar do paciente, por isso 
envolvê-lo na consulta favorecendo a promoção da saúde ao paciente. 
 Uma vez diagnosticado vitiligo, (busque manter os pressupostos teóricos, 
metodológicos e filosófico que fundamentaram sua prática) oferecendo suporte que 
garanta a família e ao paciente, o atendimento, acesso ao serviço de saúde, com um 
sistema de referência que dê respostas eficazes e eficientes à família e ao paciente. 
 Implementar Grupo Terapêuticos de Auto- ajuda, estimulando e incentivando o uso 
das terapêuticas alternativas junto com uma equipe multidisciplinar, para orientação 
e apoio ao paciente com vitiligo e o uso de fitoterapia, homeopatia, pseudocatalase, 
helioterapia, UVB, extrato de placenta humana, kuva, fenilalanina tópica e sistêmicas 
e antioxidantes. 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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11 
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO AO 
PACIENTE COM DOENÇA FALCIFORME E 
PORTADOR DE ÚLCERA DE PERNA 
 
 
 
 
 As úlceras de perna estão presentes em 8% a 10% das pessoas com Doença 
Falciforme (DF), principalmente nos adolescentes e nos adultos jovens. 
 Ocorrem em geral no terço inferior da perna, sobre e ao redor dos maléolos medial 
ou lateral e em algumas ocasiões sobre a tíbia ou o dorso do pé. 
 Um percentual de 75% das pessoas com úlcera de perna tem genótipo SS. 
 Sua etiologia pode ser traumática, por contusões ou picadas de inseto, espontânea e 
por hipóxia tissular devido à crise vaso-oclusiva crônicas. 
 São lesões exsudativas, de tamanho variável, com margem definida, bordas em 
relevo, recoberta por película amarela e susceptível a infecção. São extremamente 
dolorosas, de difícil tratamento e com alto índice de recorrência. 
 Deve-se fazer o diagnóstico diferencial com úlcera venosa, úlcera diabética, úlcera 
isquêmica, úlcera neuropática, úlcera por pressão e outras. 
 O envolvimento da pessoa com o estímulo do autocuidado é de essencial 
importância, não somente na prevenção, como no sucesso do tratamento. 
Unidade 12 – Classificação das Lesões por Pressão 
 
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12 
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR 
PRESSÃO 
 
 
 
 
O National Pressure Ulcer Advisory Pane (NPUAP), que é uma organização norte- 
americana sem fins lucrativos, dedicada a prevenção e ao tratamento das lesões por pressão. 
Formado em 1986, o conselho diretor é Multidisciplinar, composto de especialistas em 
lesões por pressão e líderes de diversas áreas da saúde que compartilham o compromisso da 
organização. 
No dia 13 de Abril de 2016, o NPUAP anunciou uma mudança na terminologia 
ÚLCERA POR PRESSÃO para LESÃO POR PRESSÃO e a atualização da nomenclatura 
dos estágios do sistema de classificação. 
Segundo o NPUAP, a expressão descreve de forma mais precisa esse tipo de lesão, 
tanto na pele intacta como na pele ulcerada. 
As Lesões por Pressão são categorizadas para indicar a extensão do dano tissular. 
O sistema de classificação atualizado inclui as seguintes definições: 
 
 
12.1 LESÃO POR PRESSÃO 
É um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma 
proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato. 
A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa. 
A lesão ocorre como resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação 
com o cisalhamento. 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada 
pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição. 
 
 
12.2 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 1: PELE ÍNTEGRA COM 
ERITEMA QUE NÃO EMBRANQUECE 
Pele integra com área localizada de eritema que não embranquece e que pode parecer 
diferente em pele escura. 
 
 
12.3 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 2: PERDA DA PELE EM SUA 
ESPESSURA PARCIAL COM EXPOSIÇÃO DA DERME 
Perda da pele em espessura parcial com exposição da derme. O leito da ferida é viável, de 
coloração rosa ou vermelha, úmida e pode também apresentar-se como uma bolha intacta 
(preenchida com exsudato seroso) ou rompida. O tecido adiposo e tecidos profundos não são 
visíveis. 
 
 
12.4 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 3: PERDA DA PELE EM SUA 
ESPESSURA TOTAL 
Perda de pele de espessura total na qual a gordura é visível e, frequentemente, tecido de 
granulação está presente. Esfacelo e tecido desvitalizado pode estar presente. A 
profundidade do dano tissular varia conforme a localização anatômica, áreas com 
adiposidade significativa podem desenvolver lesões profundas. Podem ocorrem 
descolamento e formação de túneis. 
 
 
12.5 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 4: PERDA DA PELE EM SUA 
ESPESSURA TOTAL E PERDA TISSULAR 
Perda de pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou palpação direta da 
fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. 
Unidade 12 – Classificação das Lesões por Pressão 
 
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12.6 LESÃO POR PRESSÃO NÃO CLASSIFICÁVEL: PERDA DA PELE 
EM SUA ESPESSURA TOTAL E PERDA TISSULAR NÃO VISÍVEL 
Perda da pele em sua espessura total e perda tissular na qual a extensão do dano não pode 
ser confirmada porque está encoberta pelo esfacelo ou escara. Ao ser removido (esfacelo ou 
escara), Lesão por pressão grau 3 ou grau 4 ficará aparente. 
 
 
12.7 LESÃO POR PRESSÃO TISSULAR PROFUNDA: 
DESCOLORAÇÃO VERMELHA ESCURA, MARROM, PÚRPURA, 
PERSISTENTE QUE NÃO EMBRANQUECE 
Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de descoloração vermelha escura, 
marrom ou púrpura que não embranquece ou separação epidérmica que mostra lesão com 
leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento. 
Dor e mudança na temperatura frequentemente precedem as alterações de coloração 
de pele. 
Essa lesão resulta de pressão intensa e/ou prolongada de cisalhamento na interface 
osso- músculo. 
 
 
12.8 DEFINIÇÕES ADICIONAIS 
 
12.8.1 Lesão por Pressão relacionado a Dispositivo Médico 
Essa terminologia descreve a etiologia da lesão. A lesão por pressão relacionada a 
dispositivo médico resulta do uso de dispositivo criados e aplicados para fins diagnósticos e 
terapêuticos. 
 
12.8.2 Lesão por Pressão em Membranas Mucosas 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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A lesão por pressão em membranas mucosas é encontrada quando há histórico de uso de 
dispositivo médico no local do dano. Devido à anatomia do tecido, essas lesões não podem 
ser categorizadas. 
 
Unidade 13 – Laserterapia no Tratamento de Feridas 
 
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13 
LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE 
FERIDAS 
 
 
 
 
A partir da década de 1960 foram realizados estudos sobre os efeitos biológicos da 
laserterapia na reparação tecidual, sucessivamente outras pesquisas demonstraram a 
aplicabilidade clínica e hoje a laserterapia é aplicada no tratamento de feridas. 
Para ser utilizado na reparação tecidual o raio laser deve possuir ótima interação com 
o tecido cutâneo. O laser pode ser composto de vários gases, tais como: CO2, Diodo, 
Neodímio (Nd) e Hélio- Neônio (HeNe). O laser HeNe é o mais empregado na reparação 
tecidual. 
Durante o tratamento da laserterapia, o leito da lesão deve ser úmido, como por 
exemplo, com ácido graxo essencial (AGE) e hidrogel. 
O curativo deve ser substituído, em média, a cada 12 ou 24 horas e toda vez que for 
contaminado. 
 
 
13.1 INDICAÇÃO 
Atua como coadjuvante no tratamento de feridas superficiais e profundas, limpas ou 
infectadas. 
 
 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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13.2 CONTRAINDICAÇÃO 
 Tratamento de lesões neoplásicas, já que pode estimular seu desenvolvimento. 
 Clientes portadores de retinopatias 
 
 
13.3 EFEITOS TERAPÊUTICOS DA LASERTERAPIA 
 Proliferativo: aumenta a neoangiogênese, a síntese de fibroblastos, colágeno e ATP 
(adenosina Trifosfato). 
 Fibrinolítico: facilita fibrinólise. 
 Antiedematogênico: facilita o retorno venoso linfático, devido à ação vasodilatadora 
dos capilares. 
 Antiinflamatória: interfere na síntese de prostaglandina, aumentando a 
permeabilidade capilar. 
 Analgésico: libera substâncias quimiotáxicas, que estimulam a liberação de 
endorfinas, normalizando o potencial elétrico da membrana celular. 
 Bactericida: aumenta a quantidade de interferon, potente agente natural. 
 
 
13.4 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO 
 Técnica Pontual: é aplicado em determinados pontos da borda da ferida. 
 Técnica de varredura externa: é aplicada em toda a borda da ferida. 
 Técnica de varredura interna: é aplicada dentro da própria lesão. 
 Técnica de varredura mista: são aplicadas, de forma conjunta, as varreduras internas 
e externas. 
 Técnica associada: são aplicadas, de forma conjunta, a pontual e a varredura mista. 
 
 
Unidade 13 – Laserterapia no Tratamento de Feridas 
 
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13.5 REGULAMENTAÇÃO DO COFEN EM RELAÇÃO AO USO DA 
LASERTERAPIA 
 A Laserterapia é uma terapia não invasiva, não térmica, asséptica, indolor, sem 
efeitos colaterais. 
 A técnica de Laserterapia vem sendo amplamente utilizada nas condições de 
processo cicatriciais, visando obter cicatrização tecidual mais rápida. Seu êxito é 
sugerido às particularidades de respostas induzidas aos tecidos, como diminuição do 
processo inflamatório, redução de edema, aumento da fagocitose, da síntese de 
colágeno e da epitelização. 
 A fotobiomodulação laser tem sido cada vez mais utilizada com a finalidade de 
melhorar a qualidade da cicatrização. Os efeitos terapêuticos do laser sobre os 
diferentes tipos biológicos são amplos e, entre eles, destacam-se os efeitos trófico 
regenerativos, anti-inflamatórios e analgésicos, tendo sido demonstrado que a 
regeneração tissular se torna maiseficaz quando tratada com laser de baixa 
intensidade. 
 Sabe-se que a enfermagem tem um papel fundamental no tratamento das feridas, e 
é importante o aprofundamento científico nesta área a fim de promover o 
empoderamento dessa nova opção tecnológica de intervenção na cicatrização 
tecidual. 
 Assim, faz-se necessário ressaltar que há inúmeros trabalhos científicos que 
comprovam a eficácia do uso do laser de baixa intensidade no processo de 
cicatrização, entre tantas outras aplicações, e que na equipe de enfermagem o uso da 
Laserterapia é privativo do Enfermeiro em face ao necessário conhecimento técnico-
científico para sua utilização. 
 O exercício profissional da Enfermagem no Brasil é regido pela Lei nº Lei nº 7.498 
de 25 de junho de 1986 e pelo Decreto nº 94.406 de 08 de junho de 1987, que a 
regulamenta e dá outras providências. Sendo assim, tais dispositivos legais se 
encarregaram de elencar quem são os membros da equipe de Enfermagem 
(Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteira), quais os 
requisitos legais para obtenção dos títulos, suas atribuições entre outras providências. 
 No tocante às atividades privativas do Enfermeiro, convém destacar as alíneas “i”, 
“j”, “l” e “m”: 
 Consulta de enfermagem; j) prescrição da assistência de enfermagem; l) cuidados 
diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida; m) cuidados de 
enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base 
científica e capacidade de tomar decisões imediatas. 
 Diante do exposto, a Câmara Técnica do COFEN opina na utilização da laserterapia 
com autonomia pelo Enfermeiro, após estar devidamente capacitado através de 
curso, pois essa prática requer do profissional conhecimento de física, biofotônica, 
interação laser e tecido biológico, dosimetria, além de aprofundamento em fisiologia 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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e reabilitação Resolução COFEN nº 0567/2018. Deve ainda pautar sua prática 
aplicando a Sistematização da Assistência de Enfermagem, conforme previsto na 
Resolução Cofen 358/09. 
 
 
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Atualização em Curativos 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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01 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
A saúde é uma área de trabalho no qual a pesquisa científica é sempre ativa; os constantes 
progressos permitem melhorar a conduta clínico-cirúrgica e consequentemente a 
possibilidade de reparação dos clientes. Portanto, o crescente avanço científico na área de 
curativos tem favorecido o processo cicatricial e melhorado a qualidade de vida dos 
pacientes portadores de feridas. 
 
 
1.2 OBJETIVOS 
Atualizar o profissional de enfermagem e estudantes de enfermagem acerca dos mecanismos 
de cicatrização das feridas e sobre os curativos mais modernos utilizado no tratamento de 
feridas. 
Possibilitar ao aluno o conhecimento teórico sobre os estágios da cicatrização de 
feridas permitindo-o selecionar o curativo adequado. 
Esclarecer dúvidas acerca dos produtos mais utilizados no tratamento de feridas, seus 
benefícios, mecanismo de ação e contraindicações. 
 
 
1.3 PREMISSAS 
Historicamente, o tratamento de feridas tem como filosofia, a proteção das lesões contra a 
ação de agentes externos físicos, mecânicos ou biológicos. A preocupação com a 
contaminação exógena por microrganismos fez com que fossem instituídas técnicas de 
curativo, onde o princípio básico era a manutenção do curativo limpo e seco. Atualmente, 
Unidade 1 – Apresentação 
 
 
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após a realização de estudos científicos que comprovaram os benefícios do meio úmido para 
a cicatrização das feridas, foram desenvolvidos diversos curativos biocompatíveis que 
possibilitam a cicatrização da ferida de maneira mais rápida e eficiente. 
Nos últimos anos houve uma explosão na quantidade de novos produtos de 
tratamento das feridas. Estes produtos foram elaborados para ter um efeito funcional. 
 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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02 
O HISTÓRICO DOS CURATIVOS 
 
 
 
 
Desde a era pré-histórica eram preparadas cataplasmas de folhas e ervas com o intuito de 
estancar a hemorragia e facilitar a cicatrização. Com o passar do tempo e evolução das 
civilizações foram aperfeiçoados vários métodos como emplastros de ervas, mel, 
cauterização das feridas com óleos ferventes ou ferro quente, desinfecção com álcool 
proveniente do vinho, utilização de banha de origem animal, cinzas, incenso, mirra dentre 
outros. 
Os egípcios eram habilidosos no processo de embalsamento, para o tratamento de 
feridas utilizavam o conceito de ferida limpa, com a utilização de óleos vegetais, e ocluída 
com cataplasmas e faixas de algodão. 
Winter em 1962 demonstrou que o meio úmido, enzimas como as colagenases e 
proteinases capacitam as células para migrarem através da ferida para as áreas úmidas onde 
há fibrina. Como a epitelização significa migração celular, o meio úmido favorece condições 
fisiológicas para a cicatrização. 
Quando permitimos a uma ferida secar e formar uma crosta, as células epiteliais 
necessitam penetrar mais profundamente na lesão para encontrar um plano de umidade que 
permita sua proliferação. Assim sendo, uma ferida seca exigirá maior atividade metabólica 
e necessitará de mais tempo para a cura. A crosta também é um fator que prejudica a 
visualização da evolução do processo cicatricial e muitas vezes impedem o diagnóstico 
precoce de complicações infecciosas. 
 
Unidade 3 – A Importância da Abordagem Interdisciplinar no Tratamento das Feridas 
 
 
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03 
A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM 
INTERDISCIPLINAR NO TRATAMENTO 
DAS FERIDAS 
 
 
 
 
A formação de um grupo interdisciplinar para avaliar as feridas é importante, pois cada 
profissional abordará uma área específica e ao mesmo tempo se preocupará com a outra área 
que paralelamente está sendo tratada por outro profissional, de forma que o tratamento seja 
integral, global, possibilitando a troca de informaçõesentre os profissionais. 
É necessária a avaliação inicial abrangente com todos os profissionais para traçarem 
um plano de cuidado adequado a esse paciente portador de ferida, compreendendo assim as 
questões biopsicossociais da doença. 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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04 
A PELE 
 
 
 
 
4.1 DEFINIÇÃO 
A pele ou cútis é o manto de revestimento do organismo, indispensável à vida e que isola os 
componentes orgânicos do meio externo. A pele apresenta grandes variações ao longo de 
sua extensão, sendo ora mais elástica e flexível, ora mais rígida. 
 
 
 
Unidade 4 – A Pele 
 
 
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4.2 ANATOMIA DA PELE 
 
4.2.1 Camadas da Pele 
 Epiderme: é um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado de origem 
ectodérmica. Composta por cinco camadas: 
 Camada Basal: É também chamada germinativa, apresenta intensa atividade 
mitótica, sendo responsável pela constante renovação da epiderme. Forma uma 
membrana que separa a epiderme da derme. 
 Camada Espinhosa: Suas células possuem ramificações que saem do citoplasma. 
Possui tonofibrilas e desmossomas que tem função de na manutenção da coesão das 
células da epiderme e consequentemente na sua resistência ao atrito. Quanto maior a 
exposição ao atrito maior será esta camada. 
 Camada granulosa: Célula em cujo citoplasma são observado os grânulos 
grosseiros e basófilos (grânulos de querato-hialina que vão contribuir para a 
constituição do material interfilamento da camada córnea. 
 Camada Lúcida: Células achatadas, hialinas e eosinófilos, cujo núcleo e organelas 
desapareceram. O citoplasma consiste em numerosos filamentos compactados e 
envolvidos por material elétron denso. Ainda se podem ver desmossomas entre as 
células. 
 Camada Córnea: Constituída por células achatadas mortas e sem núcleo. 
Citoplasma com grande quantidade de substâncias córnea, uma escleroproteína 
chamada queratina. 
 
 Derme: É o tecido conjuntivo sobre o qual se apoia a epiderme. Espessura máxima 
de 3 mm na região plantar. 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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 Camada Papilar: Delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo, ela penetra nas 
papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que 
se inserem na membrana basal e penetra profundamente na derme com a função de 
prender a derme a epiderme. 
 Camada Reticular: Mais espessa constituída por tecido conjuntivo denso. 
Apresenta menos células e fibras colágenas mais abundantes e espessas do que a 
camada papilar. 
 Hipoderme: (camada subcutânea): É formada por tecido conjuntivo frouxo que une 
de maneira pouco firme a derme aos órgãos subjacentes. A hipoderme poderá ter 
uma camada variável de tecido adiposo, dependendo da região e nutrição, formando 
uma camada chamada Panículo Adiposo o mesmo proporciona isolamento térmico, 
com isso confere proteção contra o frio. 
Unidade 5 – Caracterização das Feridas 
 
 
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05 
CARACTERIZAÇÃO DAS FERIDAS 
 
 
 
 
5.1 DEFINIÇÃO DE FERIDA 
Toda e qualquer ruptura da integridade de um tecido ou órgão, podendo atingir desde a 
epiderme até estruturas mais profundas como fáscias, músculos e órgãos cavitários. 
 
 
 
5.2 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS DE ACORDO COM A ETIOLOGIA 
 Agudas: incisões cirúrgicas, traumas, térmicas e infecciosas. 
 Crônicas: Feridas ulcerativas (úlcera por pressão). Enfermidades dermatológicas 
(psoríase) 
 Drenantes: fístulas, drenos e estomas. 
 
 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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5.3 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO AO ROMPIMENTO 
DAS ESTRUTURAS 
 Abertas: sem aproximação de bordas. 
 Fechadas: com aproximação e sutura de bordas. 
 
 
 
5.4 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO À PROFUNDIDADE / 
COMPROMETIMENTO ESTRUTURAL 
 Superficial: até a derme 
 Profunda Superficial: até o subcutâneo 
 Profunda Total: músculo e estruturas adjacentes 
 
 
5.5 CLASSIFICAÇÃO GERAL DE FERIDAS 
 Feridas Abertas que cicatrizam por 2ª intenção, são classificadas segundo 
aparência em: 
 Necrótica: presença de placa necrótica dura (escara) ou tecida necrosado. 
 Infectada: presença de processo inflamatório e exsudação supurativa. 
 Com crosta: exsudação que solidificou. 
 Granulada: formação de tecido novo (angiogênese) e matriz do colágeno. 
 Epitelizada: formação e migração de células epiteliais sobre a superfície durante o 
processo de cicatrização. 
Unidade 5 – Caracterização das Feridas 
 
 
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5.6 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO 
EXSUDATO (ASPECTO) 
 Exsudato fibrinoso: passagem de proteínas plasmática pela parede do vaso. 
 Fibrina: é uma proteína insolúvel, que se forma durante o processo de coagulação. 
Na ferida se apresenta aderida aos tecidos e tem cor esbranquiçada ou amarelada. 
 Padrões Mistos:serosanguinolento, seropurulento, serofibrinoso e fibrinopurulento. 
 Coloração: Esbranquiçada, amarelada e esverdeada. 
 Odor: Inodoro, fétido e pútrido. 
 Derivados de fístulas: biliar, entérica, urinária, pancreática e fecalóide. 
 
 
5.7 FORMATO E TAMANHO DA FERIDA 
O formato e tamanho da ferida podem mudar durante o processo de cicatrização. No início 
quando retiram os tecidos necróticos e/ou desvitalizado, a ferida parece aumentar de 
tamanho. Isso ocorre porque a dimensão real da ferida era mascarada pelo tecido necrótico. 
É importante realizar a monitorização do formato e tamanho da ferida para definir o 
curativo ideal. 
 
 
Atualização em Enfermagem em Tratamento de Feridas e Curativos 
 
 
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5.8 LOCALIZAÇÃO DA FERIDA 
No exame físico do paciente se identifica a localização da ferida e evidenciam-se áreas com 
grandes possibilidades

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