@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); QUESTÕES - PROCESSO PENAL1) O vocábulo princípio se origina da palavra latina principium, e, vulgarmente, é \u201corigem de algo, de uma ação ou de um conhecimento\u201d, ou, ainda, \u201cmomento ou local ou trecho em que algo tem origem; começo\u201d, segundo Ferreira (2010). De acordo com José Afonso Silva (2009, p. 447), no âmbito jurídico, princípios representam as \u201c normas elementares ou requisitos primordiais instituídos com base, como alicerce de alguma coisa, revelando o conjunto de regras ou preceitos que se fixaram para servir de norma a toda espécie de ação jurídica, traçando a conduta a ser tida em qualquer operação jurídica\u201d. Segundo Silva (2009), os princípios podem ser considerados verdadeiros axiomas, sobrepujando até mesmo a norma ou a regra jurídica em importância, haja vista configurarem elementos fundamentais que servem de base para o Direito. Conforme de Clóvis Bevilácqua (apud CARRION, 2007, p. 66), os princípios gerais do Direito podem ser definidos como \u201cfundamentos e pressupostos do direito universal, não só do direito nacional, como dos elementos fundamentais de cultura jurídica humana em nossos dias; e que se extrai das ideias que formam a base da civilização hodierna.\u201d O princípio assume diversos sentidos, podendo significar doutrina, teoria, ideia básica, primeiras noções, entendimento que deve servir de norte para inúmeros outros, ou mesmo um sistema.Nesse sentido, entende-se de importância capital que se estude os princípios, elementos que servem de base para qualquer área do direito, pois a partir deles são elaboradas leis, definidas regras jurídicas mais simples, comportamentos e condutas vivenciadas no dia a dia dos aplicadores do Direito. Da mesma forma, não poderia ser de modo diverso quanto ao Direito Processual, tendo em vista que os princípios estão presentes, em sua formação e na aplicação de suas normas.Levando-se em conta o tema: \u201cPrincípios Gerais do Direito Processual\u201d, escolha um dos princípios estudados na unidade 2 e apresente um texto dissertativo, apresentando seu conceito e outras informações jurídicas relevantes. (1,0) Um dos princípios gerais do Direito Processual é o princípio do devido processo legal, também conhecido como princípio do processo justo. Este princípio é um dos mais fundamentais do sistema jurídico e se relaciona diretamente com o respeito às garantias processuais e aos direitos fundamentais dos cidadãos.Em termos conceituais, o princípio do devido processo legal estabelece que todo cidadão tem direito a um processo legal justo, no qual sejam observados os procedimentos e garantias previstos em lei. Dessa forma, o Estado deve garantir que os indivíduos tenham acesso a um julgamento imparcial, com direito a defesa e produção de provas, e que o processo seja conduzido por um juiz imparcial e independente.Além disso, ele impõe que as decisões judiciais sejam fundamentadas e baseadas em provas concretas, evitando que os direitos dos cidadãos sejam violados ou que sejam tomadas decisões arbitrárias, uma vez que está ligado a diversas outras garantias processuais. Assim, é garantido o respeito aos princípios da legalidade e da igualdade, assegurando que todos os cidadãos sejam tratados de forma equânime perante a lei.É importante ressaltar que se trata de um princípio que se aplica a todas as áreas do Direito, incluindo o Direito Penal, o Direito Civil e o Direito do Trabalho, por exemplo. E sua observância é fundamental para a manutenção do Estado Democrático de Direito e a garantia da justiça social.Portanto, pode-se concluir que o princípio em análise é um elemento chave para o funcionamento do sistema jurídico, garantindo a proteção dos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos e assegurando a legitimidade das decisões judiciais.2) O que é jurisdição? Por que se afirma que a jurisdição é, ao mesmo tempo, uma função e um dever do Estado? (1,0) Jurisdição é a função exercida pelo Estado que consiste em resolver conflitos de interesses através da aplicação do direito aos casos concretos. Essa função é exercida por meio do Poder Judiciário, que é o órgão responsável por julgar e solucionar litígios.Trata-se de uma função do Estado porque é uma atividade exercida em nome dele, com o objetivo de garantir a ordem e a paz social. O Estado, ao exercer a jurisdição, cumpre com sua missão de pacificar os conflitos e garantir a justiça.Noutro lado, a jurisdição é considerada um dever do Estado porque é uma obrigação que ele tem de garantir a solução dos conflitos entre particulares e de garantir a aplicação do direito de forma igualitária a todos os cidadãos. É um dever que decorre da própria existência do Estado e da sua missão de manter a ordem e a justiça.Este poder dever surge a partir do momento em que o Estado retira das partes o poder de se autotutelar, de forma que o meio jurisdicional se torna a única opção para que seus conflitos sejam dirimidos. Assim, a jurisdição é uma função e um dever do Estado, pois é uma atividade que ele exerce em nome da sociedade e que é essencial para garantir a justiça e a paz social. Através da jurisdição, o Estado garante a aplicação do direito de forma igualitária a todos os cidadãos, solucionando conflitos e garantindo a ordem jurídica. 3) Tendo como base o tema \u201cConciliação e mediação\u201d, estudados na unidade 3, apresente de forma resumida os princípios que as regem, dissertando a respeito de cada um deles. (1,0)A conciliação e a mediação são métodos extrajudiciais de resolução de conflitos que visam a solução amigável das disputas, sem a necessidade de se recorrer ao Poder Judiciário. Para garantir a eficácia e a imparcialidade desses métodos, bem como a autonomia das partes envolvidas, os processos de conciliação e mediação são regidos por princípios específicos.Um dos principais princípios que regem a conciliação e a mediação é o da autonomia da vontade. As partes envolvidas no conflito têm a liberdade de decidir se desejam ou não participar da conciliação ou da mediação, bem como de escolher o mediador ou conciliador que atuará no processo. Isso garante que as partes sejam as protagonistas da solução do conflito, tendo voz ativa no processo e podendo, assim, buscar uma solução que atenda a seus interesses.Outro princípio importante é o da imparcialidade. O mediador ou conciliador deve agir de forma equilibrada e imparcial, não tomando partido em relação a nenhuma das partes envolvidas no conflito. Esse princípio é fundamental para garantir que o processo seja justo e equilibrado, e que as partes sintam que estão sendo ouvidas de forma imparcial.Além disso, a confidencialidade é outro princípio fundamental dos processos de conciliação e mediação. Todas as informações obtidas durante o processo devem ser mantidas em sigilo, a fim de garantir a privacidade das partes envolvidas. Isso permite que as partes se sintam mais à vontade para expor suas opiniões e interesses, sabendo que essas informações não serão divulgadas para terceiros.Por fim, a informalidade é outro princípio que norteia os processos de conciliação e mediação. Esses métodos são conduzidos de forma menos formal que os processos judiciais, permitindo que as partes se sintam mais à vontade e menos intimidadas durante o processo. Isso facilita o diálogo entre as partes e a busca por soluções criativas e personalizadas para o conflito. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASALVIM, Arruda. Teoria geral do processo civil. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2021CARRION, Sérgio. Programa de História do Direito. São Paulo: Pioneira, 2007.DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de Direito Processual Civil: volume 3. 10 ed. São Paulo: Malheiros, 2015.
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