Buscar

Hemoparasitoses em cães e gatos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Hemoparasitoses em cães e gatos 1
🐈
Hemoparasitoses em cães e gatos 
Hemo patógenos: patógenos que tem tropismo pelo sangue
Transmitidos por pulgas,carrapatos (principais vetores), piolhos
Principais: Babesiose, Erliquiose, Micoplasmose e Rangeliose
Babesiose canina
Babesia vogeli e Babesia gibsoni
Parasitam hemácias
São piroplasmas
💡 Babesia gibsoni é da Ásia mas já foi encontrada no Rio Grande do Sul
Rhipicephalus sanguineus 
Carrapato vetor
Ciclo heteroxeno
Hospedeiro definitivo (acontece a fase sexuada)
Patogenia
De maneira geral está relacionada com a hemólise intravascular (gerada pela multiplicação do parasita no interior dos eritrócitos)
Hemoglobinúria e bilirrubinemia são geradas pela liberação de hemoglobina
Hepatoesplenomegalia é gerada pela alta quantidade de bilirrubina indireta que leva a sobrecarga do fígado, causando icterícia, 
congestão hepática e esplênica
O grau da doença varia com a cepa, dose infectante, imunidade, raça, idade(8 a 10 meses mais sensíveis) 
Co-infecções com E.canis irá gerar uma anemia normocítica normocrômica, por causa da destruição de eritrócitos jovens e o 
impedimento da eritropoiese (hipoplasia de medula óssea)
Danos gerados por ação direta do parasita: anemia hemolítica intravascular e anemia hemolítica extravascular (células saudáveis 
são marcadas pela babesia e destruídas pelo vaso)
💡 Cães se tornam portadores (não elimina totalmente a infecção, baixa a carga mas não elimina) crônicos
Transmissão
Carrapato (hematofagia)
Transfusão sanguínea
Transplacentária
Sinais clínicos
💡 Temos o quadro agudo, crônico e hiperagudo, mas de maneira geral os sinais clínicos são:
Febre
Apatia
Anorexia
Hemoglobinúria
Hemoparasitoses em cães e gatos 2
Hemoglobinemia
Mucosas pálidas ou amareladas (icterícia)
Esplenomegalia
Hepatomegalia
Anemia regenerativa (macrocítica hipocrômica, com presença de reticulocitose, icterícia e hemoglobinúria)
Hiperaguda Aguda Crônica
Acidose metabólica Febre, hematúria e icterícia Febre intermitente
Síndrome de resposta inflamatória sistêmica Letargia e anorexia Diminuição do rendimento em cães atletas
Hipóxia Esplenomegalia Diminuição do apetite
Choque Anemia hemolítica
Estase intravascular
Epidemiologia
Amplamente distribuída pelo país
O carrapato possui transmissão transestadial e transovariana
Não precisa de reservatório
Diagnóstico
Confirmado pela presença dos protozoários no interior dos eritrócitos
Esfregaços sanguíneos com sangue periférico (é difícil a diferenciação entre Babesia e Rangelia) - exame direto
RIFI (imunofluorescência indireta) - exame indireto
PCR
Tratamento
Diaminazeno: 2,5 a 3,5 mg/kg via IM, dose única (serve para Babesia e Rangelia)
Dipropionato de Imidocarb: 7,5 mg/kg, dose única ou pode repetir em 14 dias (Babesia e Rangelia)
Isotianato de fenamidina: 1,5 mg/kg, via SC em dois dias consecutivos
Terapia suporte: fluidoterapia, transfusão e glicocorticoide (evitar anemia autoimune
Cytauxzoonose
Cytauxzoon felis
💡 2 fases de vida no hospedeiro vertebrado: fase eritrocítica e uma leucocitica ou tecidual
Não sabe quem é o vetor no Brasil (Amblyomma é um suspeito)
Lince (Lynx rufus): hospedeiro natural no EUA
O gato doméstico é um hospedeiro acidental
É uma doença pouco conhecida no Brasil
É pouco patogênico, geralmente só gera doença clínica com outra infecção junto (animal imunossuprimido)
Sinais clínicos
Apatia
Desidratação
Vômito
Anorexia
Neutrofilia
Trombocitopenia
Hemoparasitoses em cães e gatos 3
Hepatozoonose
Hepatozoon canis
Rhipicephalus sanguineus é o vetor biológico e a transmissão acontece pela ingestão do carrapato com oocisto esporulado
💡 Não é zoonose e raramente afeta o fígado 
Patogenia
Infecta neutrófilos
Geralmente assintomático
Sinais clínicos parecidos com outras infecções e variam de acordo com o nível de parasitemia
Merontes e gamontes em alta parasitemia podem causar hepatite e glomerulonefrite (raro)
Sinais clínicos
Baixa parasitemia: mucosas pálidas e letargia
Alta parasitemia: febre, letargia e severa perda de peso mesmo com bom apetite, ainda podem apresentar linfadenomegalia e 
esplenomegalia
Principais achados laboratoriais: Anemia e trombocitopenia
Micoplasmose felina
Conhecida também como Anemia infecciosa felina
Causada pelo Mycoplasma haemofelis
Vetor: Ctenocephalides felis (pulga)
Transmissão iatrogênica ou por brigas
Somente tem sinal clínico quando associado a outra doença, como FIV e Felv
💡 O animal é assintomático e passa a ser portador
Rangeliose
Agente: Rangelia vitalli
Vetor: Amblyomma aureolatum
Patogenia
Infecta células do endotélio vascular (lesa a veia, causa hemorragia e consome plaquetas), eritrócitos e leucócitos
Se replica em eritrócitos, monócitos, neutrófilos e capilares endoteliais
Leucocitose com desvio à esquerda regenerativa (estimulação prolongada e inespecífica da medula óssea)
Sinais clínicos
Febre, apatia e anorexia
Anemia hemolítica
Desidratação
Dispneia (Por causa da hemólise)
Esplenomegalia
Hepatomegalia
Linfadenomegalia
Petéquias e equimoses (lesões no endotélio vascular)
Hemoparasitoses em cães e gatos 4
Diarreia sanguinolenta
Icterícia
Palidez das mucosas
Sangramentos
Dificuldade de coagulação (orelha sangrando)
💡 Nawbyuvú  = orelha que sangra
As orelhas sangram devido à intensa trombocitopenia em consequência da vasculite e sequestro esplênico
Epidemiologia
O cão provavelmente é um hospedeiro acidental
Mais comum em animais de área rural ou semi-urbana
Animais jovens são mais acometidos
Amblyomma aureolatum é o vetor
Diagnóstico
Pode ser baseado na epidemiologia, manifestações clínicas e laboratoriais
Realização de PCR
Esfregaço de sangue periférico (difícil diferenciação com Babesia)
Tratamento
Diaminazeno: 2,5 a 3,5 mg/kg via IM, dose única (serve para Babesia e Rangelia)
Dipropionato de Imidocarb: 7,5 mg/kg, dose única ou pode repetir em 14 dias (Babesia e Rangelia)
Terapia suporte: fluidoterapia, transfusão e glicocorticoide (evitar anemia autoimune)
Erliquiose
Doença infecciosa mais importante no país
Erliquiose monocítica canina
Cães são mais acometidos
💡 Cães das raças Pastor-alemão e Husky Siberiano tem mais predisposição para a forma grave da doença
Ehrlichia canis
Bactéria gram-negativa
Intracelular obrigatória
Parásita monocitos (leucocitos)
Se multiplicam por fissão binária dentro dos vacúolos de mononucleares
Incubação de 8 a 20 dias
Patogenia
Infecta leucócitos (monócitos)
Incubação de 8 a 20 dias
Multiplicação em fagócitos mononucleares (baço, fígado e linfonodos - hiperplasia linforreticular)
Células do SMF -> endotélio vascular de pequenos vasos -> vasculite e resposta inflamatória perivascular
Trombocitopenia
 →Vasculite
Hemoparasitoses em cães e gatos 5
→Fator inibidor da proliferação plaquetária
→Diminuição da meia vida de plaquetas
Anemia, Leucopenia e Pancitopenia
→Hipoplasia medular (anemia não regenerativa) compromete linhagem eritroide, leucemoide e megacariocítica
→Hemorragias
→Eritrofagocitose
Transmissão
Picada do Rhipicephalus linnaei (apenas transmissão transestadial, não tem transovariana)
Transfusão sanguínea
💡 A enfermidade possui fase assintomática (subclínica), aguda e crônica
Sinais clínicos 
Fase aguda Fase assintomática (subclinica) Fase crônica
Depressão Emaciação Depressão
Letargia Apetite seletivo Fraqueza
Anorexia Anorexia
Febre Mucosas pálidas
Esplenomegalia Edemas periféricos
Lindoadenopatia Hemorragias (Epistaxe)
Tendências hemorrágicas Neuropatias
Raros: Glomerulonefrite e artrite, meningite secundária a vasculite
Epidemiologia
Relatada nos quatro continentes
Relacionada à presença do vetor
Cães de área urbana
O carrapato só tem transmissão transestadial (não tem transovariana)
Locais tropicais tem mais prevalência da doença
Diagnóstico
Exame direto: esfregaço sanguíneo com sangue periférico (presença de morula nos macrofagos)
Isolamento em células (DH82)
Indireto: Imunofluorescência indireta e ELISA
PCR
TratamentoDoxiciclina: 5 BID ou 10 SID mg/kg- IV ou oral por no mínimo 21 dias (droga específica)
Terapia suporte:
→Fluidoterapia
→Transfusões
→Oximetalona (2 mg/kg SID VO) ou decanoato de nandrolona (1,5 mg/kg IM, semanalmente) - estimular eritropoiese
→Vitamina B
→Imunomoduladores (Levamisol)
💡 Caso não realize o tratamento corretamente, ela se torna crônica e pode evoluir a morte
Hemoparasitoses em cães e gatos 6
Hemograma das hemoparasitoses
Erliquiose Babesiose Rangeliose
Anemia normocitica normocromica Anemia macrocitica hipocromica Anemia normocitica normocromica
Leucopenia Reticulocitose Anemia macrocitica hipocromica
Trombocitopenia Ausência de Trombocitopenia Intensa trombocitopenia
Pancitopenia Ausência de Pancitopenia
Prevenção e controle geral
Não existe no mercado vacina eficiente para esses hemoparasitos
Profilaticamente: imidocarb (6 mg/kg via SC) pode proteger os cães de B. canis e B.vogeli por duas semanas e doxiciclina (10 
mg/kg BID) por onze dias
Fazer o uso de coleiras para controle de carrapatos ou comprimidos via oral

Outros materiais