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3ª ATIVIDADE AVALIATIVA DO LABORATÓRIO DE PEÇAS - PRÁTICA I – 5ºSEMESTRE DO CURSO DE DIREITO Regras gerais para a aplicação da Avaliação: 1) O envio do arquivo deverá ser através do AVA. 2) O arquivo deverá ser em PDF. 3) O arquivo deverá ser nomeado da seguinte forma: NOME DO(A) ALUNO(A) COMPLETO. Ex: VICTOR EDUARDO GONÇALVES. 4) É permitida a consulta a qualquer material, desde que indicada a fonte de pesquisa. 5) A Avaliação é individual. Se houver arquivos contendo as mesmas respostas, será atribuída a nota zero. 6) Não é necessário copiar as perguntas, mas, é necessário indicar a questão que está sendo respondida. 7) Padrão do arquivo: Fonte 12, arial, com texto justificado. 8) No caso de citação, indicar através de autor-data, da seguinte forma: exemplo: (LENZA, 2020, p. 4) 9) O valor da avaliação é de 4,0 pontos. Questões 1) As condições constituem matéria de ordem pública, a ser examinada de ofício pelo juiz, pois não se justifica que o processo prossiga quando se verifica que não poderá atingir o resultado almejado. Verificando a falta de qualquer delas, o juiz extinguirá, a qualquer momento, o processo, sem resolução de mérito, o que pode ocorrer em primeiro ou segundo grau de jurisdição. Só não é possível em recurso especial ou extraordinário, nos quais a cognição do Supremo Tribunal Federal ou Superior Tribunal de Justiça fica restrita à matéria prequestionada, o que pressupõe que o assunto tenha sido previamente discutido.(GONÇALVES, 2020, p. 266). Levando-se em conta a temática “Condições da ação”, apresente um texto apresentando as condições da ação, dissertando a respeito de cada uma delas. (1,5) As condições da ação são requisitos necessários para que uma demanda judicial possa ser apreciada pelo Poder Judiciário. Essas condições visam garantir a existência de elementos básicos para o exercício válido do direito de ação e são previstas no Código de Processo Civil de 2015, nos artigos 17 a 19. A primeira condição da ação é a possibilidade jurídica do pedido, também conhecida como adequação jurídica. Ela exige que o pedido formulado pelo autor seja juridicamente possível, ou seja, que não viole nenhuma norma legal ou princípio do ordenamento jurídico. Não apenas isso, como o pedido deve ser passível de acolhimento pelo Poder Judiciário. Não se pode, portanto, pedir a prisão de um devedor por dívidas, em regra, por exemplo. Caso o pedido seja impossível juridicamente, o juiz pode rejeitar a ação com base nessa condição (CPC, artigo 485, inciso VI). A segunda condição prevista em nosso ordenamento jurídico é a legitimidade das partes. Essa condição diz respeito à titularidade do direito material que está sendo discutido em juízo. Para propor uma ação, é necessário que o autor seja o titular do direito violado ou que esteja devidamente autorizado por lei ou contrato. Da mesma forma, o réu deve ser aquele que praticou a conduta ilícita ou que tem o dever de responder pela situação em discussão. Ou seja, para que seja parte legítima, é preciso que a parte esteja minimamente ligada ao direito material pleiteado. A ausência de legitimidade das partes pode levar à extinção do processo sem resolução de mérito (CPC, artigo 485, inciso VI). A terceira e última condição da ação é o interesse processual, também conhecido como interesse de agir. Essa condição exige que o autor tenha um interesse concreto em obter a tutela jurisdicional. Isso significa que a ação deve ser proposta para a proteção ou reconhecimento de um direito violado ou ameaçado, não sendo possível a resolução do conflito por outros meios. É necessário que a via judicial seja o meio adequado para a solução do conflito, ou seja, que não existam outras formas mais eficazes ou céleres de se resolver a controvérsia. A falta de interesse processual pode acarretar a extinção do processo sem resolução de mérito (CPC, artigo 485, inciso VI). 2) Aponte, pelo menos, três diferenças entre competência absoluta e relativa. (1,5) A competência absoluta é determinada por critérios objetivos estabelecidos em lei, os quais não podem ser alterados pela vontade das partes. O artigo 64 do CPC de 2015 estabelece que, mesmo que as partes concordem em submeter a causa a um juízo incompetente em razão da matéria ou do valor, o juiz deve se declarar incompetente e remeter o processo ao órgão jurisdicional competente. A competência absoluta é imutável, visando garantir a correta aplicação do direito e a segurança jurídica. Por outro lado, a competência relativa é determinada em função de critérios territoriais ou de conexão entre as partes e a causa de pedir. Diferentemente da competência absoluta, na competência relativa as partes podem aceitar, competência do juízo mesmo que ele não seja o competente em razão desses critérios, como por meio da cláusula de eleição do foro, conforme previsto no artigo 63 do CPC. Essa flexibilidade permite às partes adaptarem a escolha do juízo à sua conveniência ou ao melhor interesse do processo. Ademais, ainda é possível, nos casos de competência relativa de lugar, a prorrogação da competência, que ocorre quando a parte não suscita a preliminar de incompetência no momento processual oportuno. Além disso, as nulidades decorrentes da incompetência também apresentam diferenças. No caso da competência absoluta, a nulidade é absoluta, podendo ser alegada a qualquer tempo e grau de jurisdição. O artigo 64, §1º, do CPC estabelece que a parte pode requerer a declaração de incompetência absoluta do juízo a qualquer momento, mesmo após proferida a sentença. Já no caso da competência relativa, a nulidade é relativa, ou seja, anulável. De acordo com o artigo 65 do CPC, a incompetência relativa deve ser alegada pela parte interessada na primeira oportunidade em que ela se manifestar no processo, sob pena de preclusão; in casu, o réu deverá suscitar a incompetência em preliminar de contestação. Outra distinção relevante diz respeito aos efeitos das decisões proferidas por juízes incompetentes. No caso da competência absoluta, essas decisões são nulas de pleno direito, ou seja, não produzem efeitos jurídicos válidos. Conforme diz o CPC, essas decisões podem ser anuladas a qualquer tempo. Por outro lado, no caso da competência relativa, as decisões proferidas por juízes incompetentes são anuláveis, devendo ser comprovado o prejuízo. No entanto, se a parte não alegar a incompetência no momento adequado, a decisão produzirá efeitos e se tornará definitiva. Por fim, os efeitos das decisões proferidas por juízes incompetentes também são distintos. As decisões proferidas por juízes incompetentes em razão da competência absoluta são nulas de pleno direito, enquanto as decisões proferidas por juízes incompetentes em razão da competência relativa são anuláveis, desde que a parte alegue a incompetência no momento oportuno. 3) Qual a diferença entre capacidade de ser parte e capacidade processual? Justifique. (1,0) A capacidade de ser parte refere-se à aptidão para figurar como sujeito ativo ou passivo em uma relação processual. É a capacidade para ser titular de direitos e obrigações no plano jurídico material. Em outras palavras, é a capacidade de adquirir direitos e contrair obrigações no âmbito do direito substantivo. Ela está relacionada à capacidade civil, ou seja, à aptidão de uma pessoa para exercer os seus direitos e cumprir as suas obrigações na sociedade. Já a capacidade processual diz respeito à aptidão de praticar atos processuais válidos no curso do processo judicial. É a capacidade para estar em juízo, exercendo os atos processuais necessários à defesa dos direitos e interesses no processo. A capacidade processual está ligada à possibilidade de participar efetivamente do processo, apresentando petições, realizando manifestações, produzindoprovas, requerendo diligências, entre outros atos inerentes ao exercício do direito de ação.
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