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N1 SOI 4 2022 02 (SOI IV)

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CURSO DE MEDICINA - AFYA
NOTA FINAL
 Aluno: 
 Componente Curricular: Sistemas Orgânicos Integrados IV 
 Professor (es): 
 Período: 202202 Turma: Data: 
 
N1_Especifica_SOI
4_2022.2_PROVA 2
RELATÓRIO DE
DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 05298 - CADERNO
001
 
 
1ª QUESTÃO
Enunciado: 
Criança de 5 anos é trazida ao pediatra com queixa de diarreia, dor
abdominal periumbilical, distensão abdominal, náuseas e vômitos matinais
ocasionais há mais de 1 mês. Nega febre, sangue e muco nas fezes. O médico
que a atende suspeita de Giardíase.
Analise a alternativa que contém o padrão da diarreia associada ao quadro
acima.
Alternativas: (alternativa C) (CORRETA)
Crônico.
 
 
Resposta comentada: 
A Giardíase costuma se manifestar na criança com quadros de baixa gravidade
de diarreia, dor e distensão abdominais, eructação, flatulência, náuseas e
vômitos, e, geralmente, se não tratada, dura mais de 4 semanas, tornando-se
crônica. A febre é rara, assim como sangue ou muco nas fezes. Infecções
parasitárias persistentes podem causar diarreia crônica por alguns
mecanismos. Os patógenos associados mais comumente à diarreia crônica
incluem os protozoários Giardia, E. histolytica, sendo que esta última
costuma apresentar quadros clínicos de maior gravidade.
REFERÊNCIA:
JAMESON, J L.; FAUCI, Anthony S.; KASPER, Dennis L.; et al. Manual de
medicina de Harrison. Grupo A, 2021.
 
2ª
QUESTÃO�
 
 
Enunciado: 
Mulher, 28 anos, deu entrada no pronto socorro com dor intensa de início
súbito persistente na região epigástrica erradiando para o dorso. Apresentou-
se descorada, relatando episódios de vômito e febre. Na anamnese, a
paciente relatou que recentemente recebera um diagnóstico de litíase biliar.
Dosagens enzimáticas mostraram amilase três vezes mais aumentada que os
valores de referência.
Baseado no caso acima, qual é a hipótese diagnóstica?
Alternativas: (alternativa D) (CORRETA)
Pancreatite aguda.
Resposta comentada: 
A pancreatite se manifesta, classicamente, com quadro de dor intensa, súbita
e persistente na região epigástrica, muitas vezes descrita “em faixa” no
abdome superior (quadrante direito ou esquerdo), podendo ou não irradiar
para o dorso.
Além disso, outros sintomas que podem estar associados à dor abdominal:
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Náuseas e vômitos; Febre/sudorese; Aumento da pressão arterial; Queda do
estado geral. O diagnóstico de pancreatite aguda compreende suspeita
clínica compatível com a doença (sinais e sintomas citados, aliados a dados
colhidos na anamnese, como história de etilismo e quadro característico de
litíase biliar) associada a alterações laboratoriais e/ou de imagens.
REFERÊNCIA:
VEGE SS. Clinical manifestations and diagnosis of acute pancreatitis.
Uptodate, 2019.
 
3ª
QUESTÃO�
 
 
Enunciado: 
Um estudante do 3º ano de medicina foi incumbido de avaliar o valor relativo
dos métodos usados na diferenciação entre obstrução intestinal funcional e
obstrução mecânica.
I. Na obstrução intestinal complicada ocorrem febre, taquicardia,
leucocitose, amilase sérica elevada e sinais radiográficos de obstrução grave
do intestino delgado.
II. A obstrução mecânica do intestino delgado acarreta acúmulo de líquido
no lúmen e na parede intestinal, além de extravasamento de líquido para a
cavidade peritoneal.
III. Um dos aspectos mais importantes do tratamento é o reconhecimento
precoce do problema e o restabelecimento do volume extravascular, para
restaurar a perfusão do órgão.
IV. A obstrução do intestino delgado em um adulto, em geral, é causada por
aderências, hérnia, doença de Crohn, cálculo biliar ileal ou tumor.
A respeito desses tipos de manifestações clínicas, julgue e marque a
alternativa correta.
Alternativas: (alternativa C) (CORRETA)
Apenas I, I e III.
 
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Resposta comentada: Uma obstrução intestinal complicada incluem febre, taquicardia, leucocitose,
amilase sérica elevada e sinais radiográficos de obstrução grave do intestino
delgado. A obstrução mecânica do intestino delgado acarreta acúmulo de
líquido no lúmen e na parede intestinal, além de extravasamento de líquido
para a cavidade peritoneal. O resultado desses desvios de líquido é uma
depleção do volume intravascular e menor perfusão de todos os órgãos.
Portanto, um dos aspectos mais importantes do tratamento é o
reconhecimento precoce do problema e o restabelecimento do volume
intravascular, para restaurar a perfusão do órgão.
 
 
REFERÊNCIA:
Toy, Eugene, C. et al. Casos Clínicos em Cirurgia. Disponível em: Minha
Biblioteca, (4th edição). Grupo A, 2013.
 
4ª
QUESTÃO�
 
 
Enunciado: 
Homem, adulto, comparece à Unidade Básica de Saúde porque começou a
sentir dor acompanhada de queimação na parte superior do abdome, que
aparece 1 a 2 horas após se alimentar, além de ser acordado pela dor
durante a madrugada. Fuma quase dois maços de cigarros e toma cinco
xícaras de café por dia. Não ingere bebidas alcoólicas. Atualmente,
encontra-se estressado por causa do término da faculdade. Refere uso, por
conta própria, de dois comprimidos de anti-inflamatório por dia nos últimos
10 dias, em decorrência desta queimação.
Sobre os princípios do tratamento da doença do paciente, analise as
assertivas abaixo:
I. Os antagonistas H2 são fármacos com a melhor eficácia para tratar a
doença do paciente.
II. Os inibidores da bomba H+ devem ser administrados com alimentos para
aumentar a sua biodisponibilidade.
III. Os antiácidos neutralizam o HCl por meio de sua reação com o ácido,
formando água e sais.
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IV. Os inibidores da bomba H+ irão bloquear a produção de HCl pela   célula
parietal, independente do estímulo recebido pela célula.
Marque a opção que apresenta somente assertivas corretas.
Alternativas: (alternativa B) (CORRETA)
III e IV.
� 
 
 
Resposta comentada: 
Os inibidores da bomba H+ irão bloquear a produção de HCl pela célula
parietal independente do estímulo recebido pela célula, e, por isso, eles
possuem eficácia superior aos antagonistas H2. Os alimentos diminuem a
biodisponibilidade dos  inibidores  da bomba de H+  em 50%, por causa disso
eles devem ser ineridos em jejum. Os antiácidos são utilizados quando
necessário para o alívio sintomático da dispepsia. Esses agentes neutralizam o
ácido clorídrico por meio de sua reação com o ácido, formando água e sais. Os
antiácidos mais largamente utilizados consistem em misturas de hidróxido de
alumínio e hidróxido de magnésio. O íon hidróxido reage com íons hidrogênio
no estômago, formando água, enquanto magnésio e alumínio reagem com
bicarbonato nas secreções pancreáticas e com fosfato da dieta, produzindo
sais.
REFERÊNCIA:
GOLAN, David E. Princípios de Farmacologia - A Base Fisiopatológica da
Farmacologia, 3ª edição. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2014. E-
book. 978-85-277-2600-9. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2600- 9/.
 
5ª QUESTÃO
Enunciado: 
G. V., sexo feminino, 58 anos, hipertensa, tabagista, com história de diabetes
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melito tipo 2 há oito anos, é encaminhada para internação. Refere
microalbuminúria há cinco anos. Os exames laboratoriais indicaram:
creatinina sérica de 1,7 mg/dL, proteinúria de 2.800 mg/g de creatinina, TFG
CKD-EPI: 33,6 mL/min/1,73m2; colesterol total de 365 mg/dL, LDL-c de 150
mg/dL e HbA1c de 7,8%. A pressão arterial é de 175/90 mmHg.
Sobre o caso acima, julgue as alternativas a seguir:
I. A redução na TFG está associada a complicações micro e macrovasculares,
incluindo o desenvolvimento de microalbuminúria como sinal de nefropatia.
II. Dentre os fatores de risco apresentados pela paciente para doença renal
crônica (DRC) estão a hipertensão arterial sistêmica, diabetes e tabagismo.
III. Valores ≥ 7% de HbA1c também implicam elevação progressiva no risco
para as complicações.
IV. A paciente encontra-se no estágio4 da doença renal, conforme o KDIGO.
É correto o que se afirma em
� 
 
 
Alternativas: (alternativa A) (CORRETA)
I, II e II I, apenas.
Resposta comentada: 
O item IV está incorreto, pois a paciente encontra-se no estágio G3b de
doença renal crônica, conforme proposto pelo Kidney Disease Improving
Global Outcomes (KDIGO).
REFERÊNCIAS:
SÁ, J. R. et al. Doença renal do diabetes. Diretriz Oficial da Sociedade
Brasileira de Diabetes, 2022. DOI: 10.29327/557753.2022-18. Disponível em:
https://diretriz.diabetes.org.br/doenca-renal-do-diabetes/. Acesso em: 12
ago. 2022.
SCHRIER, R. W. Manual de Nefrologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2017.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788554650469/. Acesso
em: 13 ago. 2022.
VILAR, L. Endocrinologia Clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2020. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737180/. Acesso
em: 13 ago. 2022.
 
6ª
QUESTÃO�
 
 
Enunciado: 
Um paciente de 28 anos queixa-se de náuseas, vômitos, fraqueza e mialgia,
que se iniciaram há 10 dias, com febre de até 39 oC aferida. Há 2 dias, passou
a apresentar icterícia, colúria e acolia e queixa de dor no hipocôndrio direito,
contínua, com sensação de peso. Nega uso de álcool de forma abusiva, o que
foi confirmado pela esposa, que estava presente na consulta. Nega uso de
medicações, chás ou ervas, com exceção do uso recente de paracetamol 1
g/24h para dor e febre. Ao exame físico, apresenta icterícia intensa, dor à
palpação do hipocôndrio direito e hepatimetria de 16 cm.
Exames complementares: transaminases e bilirrubinas acima dos valores de
referência.
Sorologias demonstram: HBsAg positivo, anti-HBc IgM positivo, HBeAg
positivo, anti-HBe negativo, anti-HBs negativo, anti-HAV total positivo, anti
HCV negativo.
Com base no relato de caso, avalie as assertivas abaixo.
I. O paciente apresenta infecção aguda pelo vírus da hepatite B, fase ictérica.
II. HBeAg positivo nesse paciente indica replicação viral do vírus da
hepatite B.
III. Há forte indício de se tratar de hepatite medicamentosa, considerando o
uso recente de paracetamol.
IV. O anti-HAV total positivo indica que o paciente já teve hepatite A ou foi
vacinado, uma vez que há vacina disponível para esse tipo viral.
É correto o que se afirma em
(alternativa C) (CORRETA)
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Alternativas: I, II e IV, apenas.
 
 
� 
 
 
Resposta comentada: 
Caso típico de hepatite B aguda. A sorologia evidencia o marcador de fase
aguda da doença, o anti-HBc IgM. Os valores altos das transaminases, acima de
1.000, também ajudam a fechar o diagnóstico. O HBV infecta o fígado, mas
não causa citopatologia direta, a determinação de qual doença ocorrerá
relaciona-se à resposta imune do indivíduo à infecção. O HBeAg é um antígeno
marcador de replicação viral. Se o vírus estiver replicado naquele momento, o
resultado é positivo. A hepatite medicamentosa ocorre mais comumente em
altas doses de paracetamol e também não levaria anti-HBc IgM a ficar
positivo. O anti-HAV total positivo indica que o paciente já teve contato prévio
com o antígeno ou foi vacinado, pois, assim como para a hepatite B, há vacina
disponível para hepatite A.
REFERÊNCIA:
MURRAY, P. R. Microbiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
JAMESON, J. L. et al. Medicina interna de Harrison. 2 volumes. 20. ed. Porto
Alegre: Grupo A, 2019.
KUMAR; ABBAS; FAUSTO; ASTER. Robins e Cotran - Bases patológicas das
doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
 
7ª QUESTÃO
Enunciado: 
Mulher, 34 anos, gestante de 26 semanas, deu entrada na Unidade Básica de
Saúde com queixa de dor ao urinar, aumento da frequência miccional e dor
lombar. Relatou que está tomando pouca água. O médico pediu hemograma e
exame de urina tipo 1, suspeitando de infecção do trato urinário (ITU). Sabe-
se que há alguns grupos de riscos com maior predisposição à infecção
urinária.
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Dessa forma, faça o que se pede:
a. Cite 3 desses grupos de risco. (0,3 ponto)
b. Analise e descreva os motivos que levam os grupos citados a
desenvolverem infecção urinária. (0,7 ponto)
Alternativas: --
� 
 
 
Resposta comentada: 
a. Gestantes, Idosos, usuários de cateter vesical, lactentes.
b. Gestante: Ocorrem dilatação do ureter, hipotonicidade e hipomotilidade
da musculatura ureteral associados ao incremento do fluxo plasmático renal
que levam a estase urinária. A urina também reduz sua capacidade
antibacteriana pelo fato de o rim perder a capacidade de concentração
máxima. Há ainda o fato do pH urinário ser mais alcalino nas gestantes e o
aumento das taxas urinárias de progesterona e estrogênio, que podem
facilitar a infecção.
Idosos: Alterações anátomo-funcionais, mudanças bioquímicas e psicológicas,
diminuição da resposta imune, doenças concomitantes e deficit cognitivo,
que contribuem casos de infecção urinária.
Usuário de cateter: A sondagem vesical de demora promove acesso à bexiga,
e, quando usada por longos períodos, pode aumentar a chance de infecção
pelo acesso direto a bexiga urinária.
Lactentes: Devido ao sistema imunológico ainda não totalmente desenvolvido.
 
 
REFERÊNCIAS:
CARREIRA, R.S. Doenças do Sistema Urinário. In: MONTENEGRO,
C.A.B. Rezende: Obstetrícia. 11ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2010.
p. 597-600.
TAVARES, J.M. de M.; MOURA, M.V. de; TEIXEIRA, M.M. et al. Incidência
de infecção urinária em pacientes hospitalizados em uso de cateter vesical de
demora. Revista Eletrônica Acervo Saúde. v. 12, n. 8, junho/ 2020.
SILVA, J.L.A da. FONSECA, C.D. STUMM, E.M.F. et al. Fatores
associados à infecção de trato urinário em Instituição de Longa Permanência
para idosos. Revista Brasileira de Enfermagem, Rio Grande do Sul, v. 74, suppl
2, p. 1-7, out. 2020.
PORTH, C.M.; MATFIN, G. Fisiopatologia,8 ed, Guanabara Koogan, 2010.
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8ª QUESTÃO
Enunciado: 
Homem, 66 anos, com queixa de dor epigástrica há cerca de 8 meses,
plenitude pós-prandial e perda de 6 kg nesse período. Traz resultado de
endoscopia digestiva alta com lesão ulcerada de bordos endurecidos,
sobrelevados e aspecto infiltrativo. O anatomopatológico descreve
adenocarcinoma gástrico do tipo intestinal bem diferenciado Borrmann I .
Considerando os dados acima, pode-se afirmar que:
� 
 
 
Alternativas: 
(alternativa C) (CORRETA)
A lesão descrita apresenta glândulas atípicas, atipias nucleares e
pleomorfismo nuclear.
 
� 
 
 
Resposta comentada: 
Segundo Pelayo Correa, a carcinogênese gástrica constitui processo
multifatorial que se desenvolve em etapas sucessivas ou sequenciais a partir
da gastrite crônica induzida pela bactéria. As lesões evoluiriam
progressivamente e culminariam no adenocarcinoma gástrico do tipo intestinal
ou difuso. Naqueles do tipo intestinal, a mucosa assemelha- se, em seu
aspecto, ao intestino delgado, o adenocarcinoma gástrico localiza-se com mais
frequência no antro, é mais frequente em homens de idade avanca ̧ da e
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predomina em populaco ̧  ̃es de alto risco. Nos tumores do tipo difuso (menos
frequente que o tipo intestinal), a localizaca ̧  ̃o principal é o fundo gástrico,
acomete pacientes mais jovens e exibe as células malignas do tipo anel em
sinete.
Macroscopicamente, a classificaca ̧  ̃o morfológica de Borrmann divide
os adenocarcinomas gástricos avançados em quatro grupos:
Tipo I: polipoide, exofıt ́ ico, papilar ou vegetante, correspon- dente às
lesões que se projetam para o lúmen gástrico e que, variando de tamanho,
podem atingir grandes proporco ̧ ̃es.
Tipo II: são os cânceres ulcerados que medem mais de 3 cm de diâmetro, bem
delimitados, sem infiltraca ̧ ̃o do tecido vizinho. Suas bordas são
caracteristicamente elevadas, irregulares e mamelonadas. Apresentam fundo
de cor acinzentada, com tecido necrótico mesclado com coágulos de sangue,
podendo apresentarilhas de mucosa normal.
Tipo III: câncer ulcerado e infiltrante, com bordas menos salientes que no
tipo I e com disseminaca ̧  ̃o parcialmente difusa.
Tipo IV: é a infiltraca ̧ ̃o neoplásica difusa de um segmento da parede gástrica
ou de toda essa parede, podendo ocorrer ulceraco ̧  ̃es de profundidade
variável. Quando a infiltraca ̧ ̃o se estende por todo o estômago, os limites
não são distinguidos pela palpaca ̧  ̃o, tampouco por métodos radiológicos ou
endoscópicos; é a chamada linitis plástica, na qual as paredes do estômago
tornam-se rıǵ  idas e o órgão toma forma tubular sugestiva de uma bota de
couro para vinho.
REFERÊNCIAS:
Brasileiro Filho, Geraldo. Bogliolo Patologia. 9ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
Kumar, Vinay; Abbas, Abul K; Aster Jon C. Robbins patologia
básica. 10ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85- 277-
1970-4/pageid/197
 
9ª QUESTÃO
Enunciado: 
Homem, 32 anos, procura a UPA queixando-se de dor em flanco direito há 3
dias, tipo cólica, de forte intensidade, com irradiação para região inguinal do
mesmo lado. Refere náuseas, vômitos, febre aferida em domicílio, além de
disúria. Nega alteração de hábito intestinal. Ao exame físico, sinal de Giordano
positivo à direita.
De acordo com o caso, assinale a alternativa que apresenta a hipótese
diagnóstica.
� 
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Alternativas: (alternativa D) (CORRETA)
Nefrolitíase.
Resposta comentada: 
O quadro é típico de nefrolitiase. O excesso de sódio na dieta aumenta a
calciúria, que predispõe à nefrolitíase. A síndrome disabsortiva causa uma
perda de gordura pelas fezes e o oxalato que se ligaria a essa gordura acaba
sendo reabsorvido, levando à oxalúria e ao aumento do risco de cálculos de
oxalato de cálcio. A hipervitaminose D leva à hipercalcemia e à hipercalciúria
e aumenta o risco de litíase urinária. A dieta rica em cálcio faz com que o
oxalato presente no intestino se ligue ao cálcio ingerido, reduzindo sua
porção filtrada e, consequentemente, sua concentração urinária. É, portanto,
um fator protetor. O pH urinário baixo, especialmente < 6,0, é fator de risco
para a litíase por ácido úrico. A baixa ingestão de água aumenta a saturação
de solutos na urina e é considerada um fator de risco universal para a
nefrolitíase.
 
 
REFERÊNCIA:
Riella, Miguel Carlos. Princípios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. 4
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
 
10ª QUESTÃO
Enunciado: 
Mulher, 25 anos, é atendida na Unidade Básica de Saúde com sintomas
miccionais, queixando-se de dor e ardência ao urinar. Temperatura axilar é
37,3 °C. Médico decide prescrever nitrofurantoína para a paciente.
A partir da situação descrita, avalie as asserções a seguir e a relação proposta
entre elas.
I. Trata-se de uma cistite não complicada, e as quinolonas não são primeira
escolha para tratamento desse tipo de situação
PORQUE
II . o uso das quinolonas tem como objetivo diminuir a resistência e a
propagação de uropatógenos mais graves e de tratamento difícil em outros
sítios, e assim evitar efeitos adversos, que, apesar de raros, podem ser
graves.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
� 
 
 
Alternativas: (alternativa B) (CORRETA)
As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da          
  I.
Resposta comentada: 
As fluoroquinolonas são, em sua maioria, altamente efetivas como terapia de
ciclo curto para a cistite; a exceção é o moxifloxacino, que pode não
alcançar níveis urinários adequados. As fluoroquinolonas comumente usadas
para tratamento da ITU incluem ciprofloxacino e levofloxacino. As duas
principais preocupações acerca do uso das fluoroquinolonas no tratamento da
cistite aguda são a propagação da resistência às fluoroquinolonas, não apenas
entre uropatógenos, mas também entre outros microrganismos que provocam
infecções mais graves e de tratamento difícil em outros sítios, e seus efeitos
colaterais raros, mas potencialmente graves. Por exemplo, o uso de
quinolona em determinadas populações, incluindo adultos com > 60 anos de
idade, foi associado a um risco aumentado de ruptura do tendão do
calcâneo. Outros efeitos colaterais potenciais incluem neuropatia
irreversível. Devido a esses efeitos prejudiciais, a FDA aconselha não usar as
fluoroquinolonas para tratar cistite aguda em pacientes com outras opções
terapêuticas.
REFERÊNCIA:
JAMESON, J L.; FAUCI, Anthony S.; KASPER, Dennis L.; et al. Medicina interna
de Harrison - 2 volumes. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2019. E-book.
Pgina 18 de 18000052.98001a.3886ef.7c8921.a5b9f8.d325dc.d02b19.3268e
9788580556346. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556346/.
Capítulo 130
 
11ª
QUESTÃO�
 
 
Enunciado: 
Você está realizando o seu primeiro plantão na Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) e atende uma “ficha” de classificação cor azul
(atendimento não urgente). Paciente vem com uma cultura de urina
solicitada na sua unidade básica de saúde – assintomática – todos os sinais
vitais dentro do parâmetro da normalidade no momento da triagem. A
respeito das infecções de trato urinário, a ausência de sintomas em pacientes
com bacteriúria assintomática pode refletir características específicas do
patógeno, do hospedeiro ou de ambos. A bacteriúria assintomática é definida
como o isolamento de uma contagem quantitativa especificada de bactérias
em uma amostra de urina adequadamente coletada de um indivíduo sem
sintomas de infecção do trato urinário (ITU).
Sobre a bacteriúria assintomática cite e explique 3 fatores de risco que
implicam o aumento da sua prevalência na população adulta. (1,0 ponto)
Alternativas: --
Resposta comentada: 
Mulheres — A prevalência de bacteriúria assintomática entre mulheres
saudáveis aumenta com o avanço da idade, de cerca de 1% entre as pré-
escolares para > 20% entre aquelas com mais de 80 anos de idade que residem
na comunidade. Isso se correlaciona com a atividade sexual; por exemplo, a
prevalência é maior entre as mulheres casadas na pré-menopausa do que entre
freiras da mesma idade (4,6 versus 0,7%, respectivamente). Mulheres grávidas
e não grávidas têm uma prevalência semelhante (2 a 7%). Em mulheres jovens
e saudáveis, a bacteriúria assintomática é transitória; raramente dura mais do
que algumas semanas.
A prevalência entre as mulheres com diabetes mellitus é de 8 a 14%, e
geralmente está correlacionada com a duração e a presença de complicações
a longo prazo do diabetes, e não com os parâmetros metabólicos do controle
do diabetes.
Homens — A bacteriúria assintomática é rara entre homens jovens e saudáveis.
Entre os homens com mais de 75 anos residentes na comunidade, a prevalência
é de 6% a 15%. Homens com diabetes mellitus não parecem ter uma
prevalência maior de bacteriúria do que aqueles sem.
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Em suma: Idade (aumento da idade), atividade sexual (sexualmente ativo),
comorbidades como DM.
 
 
REFERÊNCIA:
Uptodate – https://www.uptodate.com/contents/asymptomatic- bacteriuria-
in-adults#H7 - capitulo: Asymptomatic bacteriuria in adults
– acesso em 11/08/2022
 
12ª
QUESTÃO�
 
 
Enunciado: 
Mulher, 29 anos, procurou atendimento no serviço de emergência com queixa
de uma dor abdominal que começou após ter consumido pizza e muita bebida
alcoólica. Relata dor constante, localizada na parte superior do abdome e
irradiada para as costas. Cerca de 5 horas após o início da dor, a paciente
vomitou uma grande quantidade de alimento não digerido, no entanto a êmese
não aliviou essa dor.
De acordo com o caso acima, identifique nas alternativas abaixo qual a
provável hipótese diagnóstica.
Alternativas: (alternativa A) (CORRETA)
Pancreatite aguda.
 
Resposta comentada: 
A ingestão de álcool é uma das causas mais comuns associadas a pancreatite
aguda. O risco de ter pancreatite aumenta com maior consumo de bebidas
alcoólicas (≥ 4 a 7 doses por dia para os homense ≥ 3 doses por dia para as
mulheres); já se acreditou que o risco aumentasse proporcionalmente à
duração do consumo de bebidas alcoólicas, mas as crises de pancreatite aguda
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podem ocorrer nos pacientes suscetíveis após curtos períodos de grande
consumo de bebidas alcoólicas.
REFERÊNCIAS:
CUNHA, Elen Freitas de Cerqueira et al. Necrose pancreática delimitada e
outros conceitos atuais na avaliação radiológica da pancreatite aguda.
Radiologia Brasileira, [S.l.], v. 47, n. 3, p.165-175, jun. 2014.
NEVES, Wallace Ferreira et al. Relato de caso: pancreatite aguda grave
associada à hipertrigliceridemia. Cuidarte Enferm, [S.I], v. 10, n. 2, p.166-
171, 2016.
 
13ª
QUESTÃO�
 
 
Enunciado: 
Os cálculos urinários pertencem ao grupo dos biominerais. Diferentes
substâncias orgânicas e inorgânicas com estrutura cristalina ou amorfa são os
principais constituintes dos cálculos. A análise química dos cálculos renais e a
análise bioquímica da urina são importantes na investigação do motivo pelo
qual as pedras se formaram.
Sobre os cálculos renais, julgue as assertivas a seguir:
I. O tipo mais comum são os formados por cálcio.
II. Cálculos de estruvita são frequentemente descobertos de forma
acidental na radiografia simples de abdome, pois são muito grandes para
passar para o ureter.
III. Cristais de colesterol são comuns em pacientes dislipidêmicos. É
correto o que se afirma em
Alternativas: (alternativa C) (CORRETA)
I e II, apenas.
 
 
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Resposta comentada: 
O item I I está incorreto, uma vez que os cristais de colesterol indicam
intensa ruptura tissular, nefrite, condições nefríticas, quilúria e síndrome
nefrótica.
REFERÊNCIAS:
TITAN, S. Principios Básicos de Nefrologia. Porto Alegre: Artmed, 2013.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788565852395.
Acesso em: 12 ago. 2022.
REILLY JR., R. F.; PERAZELLA, M. A. Nefrologia em 30 dias. Porto Alegre:
AMGH, 2015. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580554717/. Acesso
em: 12 ago. 2022.
 
14ª
QUESTÃO�
 
 
Enunciado: 
Paciente relatou distensão abdominal com dor intensa e súbita.
Apresentava uma dor parietal com irritação peritoneal. Além disso,
apresentava-se imóvel, limitava ao máximo seus movimentos, a fim de
evitar a exacerbação da dor e não reclamava. A investigação detalhada da
dor tem importância fundamental na abordagem do abdome agudo.
Com os dados descritos, assinale a alternativa que apresenta a classificação
sugestiva deste tipo de abdome agudo.
Alternativas: (alternativa A) (CORRETA)
Perfurativo.
 
 
Resposta comentada: 
Os pacientes com dor parietal, como a que ocorre na irritação peritoneal
generalizada da úlcera péptica perfurada, geralmente apresentam-se
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imóveis. Não reclamam e limitam ao máximo seus movimentos a fim de
evitar a exacerbação da dor. Os pacientes com dor visceral, ao contrário,
podem se contorcer devido à dor.
REFERÊNCIA:
Pires, Marco Tulio, B. et al. Emergências médicas. Disponível em: Minha
Biblioteca, MedBook Editora, 2014.
 
15ª QUESTÃO
Enunciado: 
Homem 65 anos relata que há seis meses iniciou epigastralgia associada a
emagrecimento, queda do estado geral e, no último mês, evoluiu com melena
e hematêmese. Procurou o ambulatório de Gastroenterologia, onde o exame
endoscópico com biópsia que revelou mucosa gástrica sem erosões com
presença de agregados linfoides, atrofia, metaplasia intestinal, pesquisa de
H. pylori positiva, adjacentes a células epiteliais atípicas que infiltravam em
aspecto Bormann IV.
A junta médica realizou uma reunião para estudar o caso e concluiu que o
paciente
� 
 
 
Alternativas: (alternativa D) (CORRETA)
apresenta um adenocarcinoma difuso com células em anel de sinete e gastrite
crônica não erosiva.
Resposta comentada: 
Os adenocarcinomas gástricos são classificados de acordo com Lauren 1989,
em dois tipos. Adenocarcinomas gástricos difusos com células em “anel de
sinete”, apresentando infiltração com células isoladas provenientes de
mutações e desdiferenciações em célula gástrica. O segundo tipo de
adenocarcinoma é o adenocarcinoma gástrico com padrão intestinal que
surge por mutações em células antes metaplásicas intestinais gástricas
presentes em ambientes de gastrites crônicas com atrofia e metaplasia
intestinal. As gastrites crônicas podem ser classificadas em erosivas e não
erosivas, sendo as não erosivas divididas em tipo A autoimunológicas e B
infecciosas por Helicobacter pylori.
REFERÊNCIAS:
Rugge M, Meggio A, Pennelli G, Piscioli F, Giacomelli L, De Pretis G,
Graham DY. Gastritis staging in clinical practice: the OLGA staging system.
Gut. 2007 May;56(5):631-6. doi: 10.1136/gut.2006.106666. Epub 2006 Dec
1. PMID: 17142647; PMCID: PMC1942143.
GI/Liver Secrets Book • Fourth Edition • 2010
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/gastritis

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