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TCC IVONE ULTIMA CORRECAO corregido

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31
 (
Dedico
 este Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharelado em Serviço Social, aos familiares, professores e amigos, que estiveram constantemente ao nosso lado, nos apoiando em tudo que fizemos até o presente momento.
) dedicatória agradecimentos
 (
Agradeço
 a Deus primeiramente pela oportunidade, entendimento e sabedoria de estarmos c
oncluindo o Curso de Gestão Social e 
Políticas Publicas
 em Pós-Graduação EAD
 para que possamos estar atuando com ética e profissionalismo. 
Á Professora Especialista Sheila Maria Silva Viana, nossa orientadora acadêmica e amiga de todas as horas, que nos acompanhou, orientando e nos mostrando melhores meios de trabalho em equipe. 
Aos familiares e amigos pelo apoio e incentivo, pois nos firmando na família e que percebemos o quanto e importantíssimo o convívio familiar nestes momentos, para poder compreender e respeitar as questões voltadas a nossa profissão. 
Aos colegas de academia, por estarmos caminhando durante todo este tempo, buscando os conhecimentos necessários para o nosso desenvolvimento acadêmico. 
Aos docentes por sua dedicação e paciência, dedicando um pouco de seu tempo, contribuindo em toda nossa trajetória, com intuito de nos ajudar a compreender o verdadeiro sentido da atuação profissional. 
Aos administradores, coordenadores, colaboradores desta Instituição de ensino, que possamos nos tornar não somente amigos e sim colegas de profissão, dentro da ética e do profissionalismo.
Que Deus possa abençoar grandemente a cada um, que contribuiu com nossa formação acadêmica.
 
)
RESU
O referido projeto vem abordar a questão sobre o HIV/AIDS NA TERCEIRA IDADE, pois o avanço de contaminação na população idosa está caracterizado como um problema grave na saúde pública, nossa equipe percebeu que há uma grande necessidade no desenvolvimento de campanhas e ações estratégicas que possam inibir a proliferação da doença. Tem como objetivo: conhecer a prevalência e a força de forma negativa da doença do HIV/AIDS NA TERCEIRA IDADE e da atuação do Assistente frente a essa temática. A metodologia utilizada foi através de um estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo com abordagem quantitativa, onde foram utilizados dados contidos na página do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) acerca da variável: Sexo, Faixa etária, Escolaridade e Categoria de exposição hierárquica de idosos acometidos pelo HIV/AIDS no período entre 2010 e 2014; Como resultado pode-se observar uma prevalência de idosos infectados com o vírus na Região Sudeste (3.487 casos), do sexo masculino (4.715 casos) e com idade variando entre 60 e 69 anos (6.314 casos). Os resultados obtidos no presente estudo evidenciam que os idosos fazem parte de um grupo de risco em ascensão atualmente, aonde o número de casos de HIV/AIDS nessa população vem aumentando ao longo dos anos e como conclusão observou-se que há uma possibilidade da elaboração de um perfil epidemiológico do HIV/AIDS na população idosa no país, o que poderá subsidiar o desenvolvimento de ações e estratégias que visem reduzir a vulnerabilidade desses indivíduos perante a doença e as demais infecções sexualmente transmissíveis.
Palavras-chave: HIV/AIDS. Gestão Social e Políticas Publicas. Terceira Idade. Idoso. 	Comment by sheila: Traduzir em inglês e inserir no Abstratc
SOBRENOME, Nome Prenome do(s) autor (ES). Título do trabalho na língua estrangeira: Subtítulo na língua estrangeira. Ano de Realização. Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Serviço social, Universidade Paulista, Cidade, Ano.
INTRODUÇÃO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso, insere-se do Curso de Bacharelado de Serviço Social e tem como tema: O TRABALHO DA GESTÃO SOCIAL E POLITICAS PUBLICAS: Frente à AIDS/HIV na terceira idade.
A síndrome de imunodeficiência adquirida HIV/AIDS, doença até então desconhecida na década de 80, marcou seu surgimento nessa época levando acreditar que essa doença estava presente apenas nos homossexuais, mais conhecidos como “Gay’s”. Com isso, foi propagado cada vez mais e se espalhado o vírus para aqueles que acreditavam que estava imune a doença e que se disseminava somente nesses grupos de pessoas. 
Porém, ao passar do tempo, casos de infecção pelo vírus HIV/AIDS foram surgindo e identificados entre outras pessoas tais como, profissionais do sexo, usuários de drogas injetáveis, pessoas que recebiam transfusões de sangue.
E importante destacarmos que, o HIV/AIDS atingiu milhares de pessoas no mundo, produzindo um quadro epidemiológico preocupante na população. Vale ressaltar que, ela é vista atualmente como um fenômeno social que confronta com princípios morais, religiosos e éticos, processos de saúde pública e de atualidade. 
No Brasil a terceira idade tem apresentado um estimável crescimento populacional, o número de casos de pessoas a partir dos 60 anos infectados pelo HIV/AIDS tem crescido significativamente, de forma a representar hoje, um problema de saúde público brasileiro (Zomita, 2008).
Portanto, existe uma preocupação como o tema, procurando de alguma maneira buscar conhecimentos tão relevantes para nossa formação e para a sociedade, sendo considerável abordar também as concepções sobre a atuação do Assistente Social e as políticas públicas oferecidas para os idosos infectados com o vírus HIV/AIDS. 
Na pesquisa para elaboração do presente Trabalho de Conclusão de Curso tem-se como intuito investigar a epidemia do HIV/AIDS NA TECEIRA IDADE e da atuação do Assistente social frente a esta demanda, que no Brasil foi motivada pelo interesse em conhecer como são tratadas as situações da doença em pessoas da terceira idade.
Desse modo, ela encontra-se organizada para responder as seguintes questões norteadoras: a AIDS na atualidade; terceira idade; sexualidade na terceira idade; vulnerabilidade ao HIV/AIDS na terceira idade; medidas preventivas e atuação Da Gestão social na Terceira Idade. Nesse sentido e oportuno dizer que é necessário ter uma preocupação com o avanço da epidemia do HIV/AIDS no mundo e a também a necessidade de uma resposta global a essa questão que afeta todo tipo de classe social.
Tem como objetivo geral investigar a epidemia do HIV/AIDS na terceira idade e como específicos: descrever uma construção histórica do HIV/AIDS e as especificidades na terceira idade; investigar as políticas públicas em HIV/AIDS de prevenção e tratamento destinados aos idosos e verificar a atuação dos profissionais de serviço social no que se refere o HIV/AIDS na terceira idade.
Tem como justificativa um interesse em investigar as características da epidemia em pessoas com idades mais avançadas, devido ao aumento de número de casos dessa doença notificados na população. Como expressão da questão social e da atuação do profissional de serviço social frente a esta demanda. É importante destacarmos que o HIV/AIDS não tem cura, porém é uma doença que precisa de tratamentos específicos.
A ação do vírus HIV/AIDS entre as pessoas da terceira idade pode estar diretamente ligada a uma falha nos esforços de prevenção com este grupo de idade, a prevenção é algo muito complexo, representando um desafio para as atuais políticas de saúde pública, já que as campanhas de prevenção concentram-se sua atenção numa população mais jovem. Desta maneira, objetivar campanhas para a faixa etária idosa é fundamental. 
CAPITÚLO i – O HIV/AIDS NA ATUALIDADE 
 
Zhabitualmente conhecida como AIDS, tornou-se um marco na história da humanidade. A epidemia da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e da AIDS representa um fenômeno global, dinâmico e instável, cuja forma de ocorrência nas diferentes regiões do mundo depende, entre outros determinantes, do comportamento humano individual e coletivo (GOMES; SILVA, 2008).
Por seu caráter pandêmico e sua gravidade, a AIDS representa um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. Estima-se atualmente no mundo, 33,2 milhões de pessoas infectadas pelo HIV/AIDS, com alto índice de letalidade, matando desde oseu surgimento em 1981, 25 milhões de pessoas. A África Subsaarina é a região mais afetada no mundo, concentrando 68% do total mundial – 22,5 milhões de pessoas vivendo com o vírus - a maioria (61%) de mulheres. De todos os países do mundo a África do Sul é o país que tem o maior número de infecções por HIV (ZORNITTA, 2008). De acordo com Brasil (2009), o país acumulou cerca de 210 mil mortes por AIDS até junho de 2007. Até meados da década de 1990, os coeficientes de mortalidade eram crescentes. Hoje, o índice se mantém estável com cerca de 10 mil óbitos anuais desde 1998. Após a introdução da política de acesso universal ao tratamento antirretroviral, a mortalidade caiu e a sobrevida aumentou. Dourado et al. (2006) relata que na América Latina, o Brasil, é o país mais afetado pela epidemia de AIDS em números absolutos. Estima-se que 1,8 milhões de pessoas vivem com HIV nessa Região, e um terço delas encontra-se no Brasil.
A AIDS não é só uma doença, mas um fenômeno social de grandes proporções que causam impacto nos princípios morais, religiosos e éticos, procedimentos de saúde pública e de comportamento privado, nas questões relativas à sexualidade, ao uso de drogas e moralidade conjugal (FONTES et al.,2008).
Segundo Brasil (2009), no país, desde a identificação do primeiro caso em 1980 até junho de 2008, já foram identificados, aproximadamente, 506 mil casos da doença. Do total de notificações, cerca de 80% estão concentrados nas regiões Sudeste e Sul. Nesses estados, atualmente, observa-se um lento processo de estabilização desde 1998, acompanhado mais recentemente pelo Centro-Oeste. As regiões Norte e Nordeste mantêm a tendência de crescimento do número de casos.
A atual situação da epidemia no Brasil é resultado das desigualdades da sociedade brasileira, revelando uma epidemia de múltiplas dimensões que vem, ao longo do tempo, sofrendo transformações em seu perfil epidemiológico (GOMES; SILVA, 2008).
Um dos aspectos mais atuais da epidemia é o surgimento de uma nova população vulnerável: os idosos. Segundo Brasil (2006), o número de casos de
AIDS, em pessoas idosas, notificados ao Ministério da Saúde, na década de 80, eram apenas 240 em homens e 47 em mulheres. Na década de 90, verifica-se um total de 2.681 homens e 945 mulheres. Do primeiro caso, nessa população até junho de 2005, o total de casos passou para 4.446 em homens e 2.489 em mulheres, caracterizando uma mudança no perfil epidemiológico da AIDS, já que o número de casos confirmados de AIDS na terceira idade no Brasil cresce como em nenhuma outra faixa etária, superando a ascensão do número de casos da doença entre os adolescentes de 15 a 19 anos. desde os idos mais remotos da humanidade, mesmo nas sociedades mais primitivas ou mesmo entre os animais, a busca pelo alívio da dor e pela cura das doenças sempre foi tentada.
A AIDS vem se confirmando como uma ameaça à saúde pública e a tendência sugere que, em pouco tempo, o número de idosos contaminados pelo HIV será ampliado significativamente, principalmente devido à vulnerabilidade física e psicológica, pouco acesso a serviços de saúde, além da invisibilidade com que é tratada sua exposição ao risco, seja por via sexual ou uso de drogas ilícitas. Além disso, a falta de campanhas destinadas aos idosos faz com que esta população esteja geralmente menos informada sobre o HIV e menos consciente de como se proteger (ARAÚJO; SALDANHA, 2006).
Figura 1 – Imagem para campanha sobre Aids e a Pessoa Idosa.
Fonte:	Comment by sheila: Citar aqui de onde tiraram a figura.
A ação do vírus HIV/AIDS entre as pessoas da terceira idade pode estar diretamente ligada a uma falha nos esforços de prevenção com este grupo de idade, a prevenção é algo muito complexo, representando um desafio para as atuais políticas de saúde pública, já que as campanhas de prevenção concentram-se sua atenção numa população mais jovem. Desta maneira, objetivar campanhas para a faixa etária idosa é fundamental. 
Contudo, somente o conhecimento não é suficiente para mudar o comportamento, de maneira que o indivíduo seja capaz de adotar práticas seguras, a fim de evitar a infecção, já que na visão da sociedade a concepção arraigada de que sexo é prerrogativa da juventude contribui para manter desassistida essa parcela da população da terceira idade (ARONSON; BRITO; SOUSA, 2006). A elevada incidência da infecção por HIV/AIDS na população idosa nos despertou o interesse em elaborar o trabalho. Baseado nessas evidências surgiu à pergunta que norteou a construção do mesmo: “O que leva os idosos a se tornarem vulneráveis à infecção pelo HIV?”. Diante do exposto, temos como objetivo conhecer a evolução do HIV/ AIDS na terceira idade. Buscando conhecimentos que permita a visualização em que contexto esta população se torna vulnerável.
capítulo ii – conceituando a TERCEIRA IDADE. 
O critério mais utilizado para definir o “idoso” é o limite etário. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera 60 anos para os que vivem em países em desenvolvimento; e 65 anos para quem vive em países desenvolvidos. No Brasil a Política Nacional do Idoso (Lei 8.842, de 4 de janeiro de 1994) e o Estatuto do Idoso (Lei 10.741, de 1º de outubro de 2003) consideram como idosos todos os que compõem a população de 60 anos e mais (CURIONI; PEREIRA; VERAS, 2003). 
Brasil (2006) define envelhecimento como um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte. 
A grande problemática do envelhecimento, no entanto, encontra-se situada justamente no avanço de tecnologias da sociedade capitalista que, centrada no aumento de produção e na exacerbada competitividade, acaba por excluir pessoas com idade avançada das relações de trabalho e, perifericamente, das relações sociais de maneira geral (VALENTINI; RIBAS, 2003).
Os idosos são o grupo populacional que mais cresce fazendo com que hoje o envelhecimento seja considerado um proeminente fenômeno mundial. Para o ano 2050, estima-se que haverá cerca de dois bilhões de pessoas com sessenta anos a mais no mundo; a maioria delas vivendo em países em desenvolvimento (ZORNITTA, 2008). Valentini e Ribas (2003) relatam que o aumento da população idosa vem acompanhado da evolução científica que, de certa forma, garante longevidade e melhores condições para uma velhice saudável. Segundo Barbosa e Soler (2000), o envelhecimento é um processo natural da vida humana, trazendo consigo uma série de modificações biopsicossociais, que alteram a relação do homem com o meio no qual está inserido, que juntamente com o desgaste progressivo de tecidos, órgãos e da capacidade física e cognitiva, tende a buscar o isolamento, quer por vontade própria, quer por indução social, acentuando o processo de perdas que desencadeia turbulências emocionais e psíquicas que ocasionam profunda infelicidade e diminuem a qualidade de vida de maneira agressiva.
Essas mudanças biopsicossociais mais visíveis com o avanço da idade são: dificuldade de adaptação a novos papéis; desmotivação e dificuldade de planejar o futuro; necessidade de trabalhar perdas e adaptar-se a mudanças; alterações psíquicas, depressão, hipocondria, sumarização, paranoia, suicídios e, por fim, baixa autoestima e autoimagem. Esse estágio da velhice vem acompanhado de associações a sentimentos destrutivos de inutilidade e perda, situação essa que agrava ainda mais a condição existencial do idoso, pois acirra conflitos internos relacionados a tais conceitos. Com o declínio gradual das aptidões físicas, quer dizer, com o impacto do envelhecimento, o idoso está sujeito a trocar hábitos de vida e rotinas diárias por atividades e forma de ocupação pouco ativa (VALENTINI; RIBAS, 2003).
O envelhecimento populacional vem ocorrendo nos países em desenvolvimento num espaço de tempo mais curto do que no de países desenvolvidos. Esse descompasso sedá devido à redução da mortalidade, redução da fecundidade e migração. Este crescimento será bem mais evidenciado no Terceiro Mundo, onde, possivelmente no ano 2025, as maiores populações de idosos pertencerão aos países em desenvolvimento, sendo que o Brasil será o sexto com maior número de idosos, isto é, com mais de 30 milhões de idosos. O Brasil era uma nação de jovens, agora, caminha para tornar-se um país de idosos (BARBOSA; SOLER, 2000).
2.1– SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE.
O termo sexualidade é muito amplo e refere-se à integração dos impulsos biológicos e da fisiologia com o auto conceito e a expressão sexual. Pode ser afetada por fatores sociais, culturais e religiosos, além da estrutura física, do funcionamento e da aparência (CAETANO, 2008, p.8). Rodrigues et al. (2008) define sexualidade como uma energia que nos motiva a procurar amor, contato, ternura, intimidade; que se integra no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser sensual e ao mesmo tempo sexual; ela influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental.
A sexualidade é uma necessidade fundamental do ser humano, cuja dinâmica e riqueza deve ser vivida plenamente. Esta nasce, cresce e evolui com o ser humano, sendo por isso necessária para a realização plena, como pessoa, de todo o indivíduo. O amor e prazer que daí se retira não terminam com o envelhecimento (VALLESCAR, 2006). Para compreender a sexualidade do idoso, é preciso levar em conta que o comportamento sexual é definido por vários princípios: cultura, religião e educação, estes valores influenciam intensamente o desenvolvimento sexual, determinando como se irá vivenciá-lo e lidar com ele por toda a vida. Dessa forma, o bem estar do idoso é resultado do equilíbrio entre as diversas dimensões da sua capacidade funcional e social. Assim, quanto mais ativo o idoso, maior sua satisfação, conseqüentemente melhor a sua qualidade de vida (CAETANO, 2008). Até bem pouco tempo parecia impossível as pessoa acima de 60 anos serem sexualmente ativo, pois era considerada velha para tal. Hoje, com os avanços da medicina, o aumento da expectativa de vida, a realidade é outra. Acredita-se cada vez mais, que a sexualidade não esteja vinculada à idade cronológica e pode ser exercida pelo chamado idoso sem necessidade de abstinência (SOUZA, 2009). Para Mattos e Nakamura (2007) a atividade sexual em qualquer idade é demonstração de um estado de boa saúde, tanto física, como mental, estes são uns dos aspectos da sexualidade mais importante no processo de envelhecimento. De acordo com Barbosa e Soler (2000) encarar a sexualidade idosa como saudável e natural está longe de ser compreendido e aceito pela sociedade. O sexo na terceira idade está relacionado com preconceitos, delírios de grandeza, complexos e frustrações, mas a terceira idade não é necessariamente uma barreira para uma vida sexual ativa. Questões que envolvem sexualidade são consideradas, muitas vezes, como tabus na sociedade. Pois esta postura faz com que os indivíduos encontrem grandes dificuldades em expor suas dúvidas e angústias. Falarmos sobre sexualidade na terceira idade, nos deparamos com uma série de preconceitos e tabus ainda existentes, a sexualidade nem sempre é tratada com abertura; fazendo com que a idéia de que os idosos são seres assexuados influenciando de forma negativa sua vida.(MATTOS; NAKAMURA, 2007).
Sabe-se que as questões sexuais sofrem influências marcantes em cada cultura, essas influências podem forçar o indivíduo a ficar à mercê de informações importantes. Apesar da abertura social que há para discussão de assuntos desse âmbito, a maioria da população ainda apresenta-se constrangida para discutir tais assuntos, principalmente quanto as questões relacionadas à sexualidade na terceira idade (BARBOSA; SOLER, 2000).
Até os profissionais da saúde, em especial os médicos, do clínico geral ao geriatra, não valorizam as queixas sexuais do paciente idoso. Evitam tocar nesse assunto, seja por medo de não saber lidar com ele, seja por não saber o que fazer com as respostas que as pessoas podem dar. As pessoas idosas, nas quais ainda é intenso o desejo sexual, experimentam por essa razão, um sentimento de culpa e de vergonha (BRASIL, 2006). De acordo com Caetano (2008), na terceira idade a frequência das atividades sexuais é menor e menos intensa, porem bem mais sensível. Passa-se do domínio essencialmente físico para um domínio mais afetivo. E ao contrário do senso comum os idosos mantêm uma vida sexual ativa. Segundo Brasil (2006), estudos mostram que 74% dos homens e 56% das mulheres casadas mantêm vida sexual ativa após os 60 anos. A identificação da disfunção nessa área pode ser indicativa de problemas psicológicos, fisiológicos ou ambos. Muitas das alterações sexuais que ocorrem com o avançar da idade podem ser resolvidas com orientação e educação.
Atualmente, são muitos os fatores que estimulam o prolongamento da atividade sexual desse grupo de idosos: maior expectativa de vida saudável, incremento da vida social e, conseqüentemente, da vida sexual, em decorrência de novas drogas para a disfunção erétil, medicamentos que minimizam os efeitos da menopausa, lubrificantes vaginais, próteses, correção e prolongamento peniano, cirurgias plásticas estéticas, exames preventivos de câncer de próstata e câncer de colo uterino, fazendo com que os homens e mulheres frequentem mais os serviços de saúde. A crescente difusão da prática de exercícios físicos (musculação, hidroginástica, Yoga etc.), turismo direcionado para esse segmento, dentre outros recursos, vem permitindo que os homens e as mulheres idosos(as) prolonguem ainda mais o exercício de sua sexualidade (BRASIL, 2006).
A sexualidade é um importante componente da vida das pessoas mais idosas. Ao longo da velhice, a sexualidade abrange mais do que ter a capacidade física para ter uma relação sexual. É um sentimento, atratividade e desejável ao sexo oposto e por parte deste, podendo ser a vida sexual do idoso mais satisfatório se houver informações e compreensão de que algumas mudanças podem ocorrer, nenhum momento da vida é igual ao outro, há de se redescobrir a sexualidade e dar novo sentido a ela, pois é isto que muda; não o desejo, mesmo que o idoso tenha suas limitações, a sexualidade não pode ser esquecida e levada a um segundo plano em sua existência, pois como dizem os teóricos, tanto o homem ou a mulher, tem prazeres sexuais até a idade avançada (MATTOS; NAKAMURA, 2007).
O preconceito aliado à falta de informação reforça o estereótipo da velhice assexuada, determinando atitudes e propensões comportamentais que exacerbam a vulnerabilidade do idoso, que os expõem a riscos, dentre eles de contrair uma DST, entre elas a AIDS. Apesar da ser considerada uma enfermidade que pode acometer indivíduos de uma sociedade como um todo, segundo Figueiredo; Provincial (2006), um grupo específico da população vem sendo negligenciado, tanto em termos de acesso à informação quanto ao suporte social e serviços de referência especializados no tratamento de HIV/AIDS – os idosos. Neste contexto, emerge-se a vulnerabilidade dos idosos em contrair HIV/AIDS.
2.2 Vulnerabilidades ao HIV/AIDS na terceira idade.
A vulnerabilidade pode ser entendida como diferentes graus e naturezas de suscetibilidade de indivíduos e coletividades à infecção, adoecimento e morte pelo HIV/AIDS, segundo particularidades formadas pelo conjunto dos aspectos sociais, programáticas e individuais (FONTES et al., 2008). A vulnerabilidade individual propõe que todos os indivíduos que não são portadores do vírus apresentam um grau potencial de vulnerabilidade ao HIV/AIDS, que pode variar em função dos valores pessoais e das formas de dispor ou não de medidas de proteção (SALDANHA; VASCONCELOS, 2008). Para Saldanha e Vasconcelos (2008) a vulnerabilidade social sugere que esta deve ser calculada tomando por base indicadora das condições socioeconômicas e culturais dos diferentes países, como: acesso à informação; despesascom saúde; acesso ao tratamento; índice de liberdade humana; índice de desenvolvimento humano, dentre outros. A vulnerabilidade programática, por sua vez, diz respeito à elaboração de programas nacionais destinados à prevenção, com a finalidade de educar e proporcionar informações de forma abrangente, sustentada e coerente. Fontes et al. (2008) acrescentam ainda, que o indivíduo vulnerável não tem meios para se proteger, nem acesso aos cuidados com sua saúde, acesso à educação, nem ao trabalho, à fonte de renda ou à moradia, além de não ser alguém livre para escolher ou propor. Nesse sentido, a noção de vulnerabilidade compreenderia a inter-relação entre as práxis sociais, político-institucionais e comportamentais, nas quais estariam associadas às diferentes suscetibilidades de indivíduos e grupos populacionais, bem como às consequências do vírus.
A possibilidade de uma pessoa idosa ser infectada pelo HIV/AIDS parece ser invisível aos olhos da sociedade e dos próprios idosos, visto que a sexualidade, nesta faixa etária, ainda é tratada como tabu tanto pelos idosos quanto pela sociedade em geral (FONTES; SILVA, 2004). Saldanha e Vasconcelos (2008) ressaltam que os idosos estão vulneráveis a adquirir HIV/AIDS devido algumas questões culturais que ainda permanecem como: a infidelidade e multiplicidade de parceiras adquiridas na trajetória da vida dos homens que hoje tem mais de 60 anos, pois muitos não praticam sexo seguro porque isso nunca fez parte de sua vida. Seguindo uma linha de raciocínio Prilip (2004) destaca que os próprios idosos se consideram imunes ao vírus. Pouco ou quase nada se fala a respeito de uma possível disseminação da epidemia entre esse grupo de pessoas. Para muitos, a ideia de contrair HIV/AIDS em uma idade avançada não existe, porque a informação sobre prevenção é direcionada quase exclusivamente aos jovens e a consciência sobre fatores de risco para idosos é baixa.
A percepção de que os amigos são mais vulneráveis a contrair HIV/AIDS apresenta-se como fator de vulnerabilidade para os idosos, principalmente quando tal percepção é associada ao preconceito com relação a AIDS, fato que é potencializado pelo baixo nível de escolaridade e pouca informação adequada. Além disso, a percepção de vulnerabilidade e o preconceito, decorrentes de crenças equivocadas, apontam para as esferas sociais, político-institucionais e comportamentais associadas às diferentes suscetibilidades dos indivíduos, demandando a necessidade de ações em saúde pública específicas para essa categoria social (FONTES et al., 2008). Com o crescente aumento da expectativa de vida, das oportunidades sociais, da disponibilização de medicamentos para disfunção erétil, tem impulsionado a vida sexual do idoso, tornando estes vulneráveis a adquirir HIV/AIDS (FONTES; SILVA, 2004).
 Prilip (2004) ressalta que aliado aos tratamentos hormonais, às próteses e aos avanços da indústria farmacêutica, que estão ampliando a vida sexual da população idosa, outro fator importante que expõem esta população ao HIV/AIDS, é a carência de informação sobre a doença, o preconceito contra o uso de preservativos e a falta de ações preventivas voltadas para este grupo. Segundo Brasil (2006), do ponto de vista do vírus HIV/AIDS, não é a sexualidade que tornam vulneráveis esses idosos, mas sim, as práticas sexuais que são realizadas de forma desprotegida, sendo um pressuposto válido para todas as idades. 
É importante destacar que à prevenção, a falta de campanhas direcionadas ao HIV/AIDS na terceira idade, faz com que esta população esteja geralmente menos informada sobre a doença e menos consciente de sua vulnerabilidade (FONTES; SILVA, 2004). Fonseca; Castilho e Scwarcwald (2000) relata que os idosos tendem a ver as camisinhas primeiramente como uma medida contraceptiva, não preventiva, de modo que as mulheres que já não temem uma gravidez não desejada podem não insistir em seu uso. Estas também sofrem mudanças físicas na idade, que afetam sua vulnerabilidade ao HIV/AIDS.
Um dos grandes desafios da prevenção do HIV/AIDS entre os idosos é a crença errônea de que estes não estão em risco de contrair HIV/AIDS ou outras doenças sexualmente transmissíveis. Também a falta de consciência de profissionais da área da saúde é uma barreira, à educação dos idosos sobre os riscos do HIV/AIDS (GOMES; SILVA, 2008). Mesmo em programas voltados à terceira idade a dificuldade dos organizadores e participantes em abordar o tema sexualidade, impede que as informações sobre a prevenção atinjam essa população (ZORNITTA, 2008). 
Menezes (2005) aponta que existe uma precariedade em programas de orientação de DST's e HIV/AIDS na terceira idade. E por preconceito e constrangimento em usar e adquirir os seus preservativos, a terceira idade é o grupo de maior risco para doenças sexualmente transmissíveis. Quanto ao governo, percebe-se certa falta de prioridade e ausência de políticas públicas. A proposição de políticas demanda conhecimentos de causa e há muito pouca preocupação com questões da terceira idade. Há, sim, políticas públicas emergenciais, assistenciais, localizadas e nada de caráter preventivo (VALENTINI; RIBAS, 2003). 
Segundo Fontes e Silva (2004), várias são as causas responsáveis pelo aumento de casos de idosos que adquiriram o vírus HIV/AIDS, como por exemplo: as notificações tardias; o número de pesquisas insuficientes na área; dificuldades no diagnóstico, resistência para aderir ao tratamento e principalmente informações necessárias, que deveriam chegar de maneira correta para esses idosos. 
Com o surgimento dos medicamentos antirretrovirais, o HIV/AIDS passa para o grupo das doenças crônicas, contribuindo para o envelhecimento das pessoas soropositivas que contraíram o vírus na fase adulta, e passam, dessa forma a fazer parte do quadro epidemiológico da AIDS na velhice (ZORNITTA, 2009). Outro fator contribuiu para o aumento do número de casos de idosos infectados pelo HIV/AIDS: transfusão sanguínea. Prilip (2004) relata que até meados dos anos 80, quando os métodos para seleção de doadores e controle de sangue não eram tão rigorosos, a transfusão sanguínea representava o principal fator de risco para a aquisição do vírus HIV/AIDS entre os idosos, chegando a ser apontada como responsável pela maioria das contaminações ocorridas em pessoas com 60 anos ou mais. 
Atualmente, observa-se que a maioria dos casos de AIDS nos pacientes nesta faixa etária pode ser atribuída ao contato sexual ou ao uso de drogas injetáveis. Até o diagnóstico da doença é um tanto complexo entre os idosos. Primeiramente pelo fato de que muitos profissionais raramente consideram doenças sexualmente transmissíveis - HIV/AIDS - na velhice, seja por julgamentos próprios, ou por concepções errôneas, em função de crenças sobre a sexualidade e a vulnerabilidade ao HIV nesta faixa etária (FIGUEIREDO; PROVINCIALI, 2006).
O crescimento da população idosa e a vulnerabilidade a que esta população está exposta a contrair o HIV/AIDS, a invisibilidade que é tratada pelos profissionais de saúde e a ausência de políticas públicas voltadas à prevenção, impulsiona o aumento dos números de casos confirmados de HIV/AIDS na terceira idade, alterando o perfil epidemiológico do HIV/AIDS na população brasileira da atualidade.ssim, é importante definir...
2.3 Medidas Preventivas
A detecção e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e HIV/AIDS, passaram a ser objetivo de preocupação dos serviços de saúde, pois, as ações na área da prevenção a tais doenças caminham lentamente, implicando em vários desafios para a promoção de atitudes preventivas para população em geral (BARBOZA; PACCA, 1999).
As estratégias para a prevenção do HIV/AIDS são caracterizadas assim, pela identificação dos comportamentos envolvidos na transmissão destas doenças, análise de determinados comportamentos de diferentes grupos sociais e intervenções comportamentais para induzir e manter as alterações deste comportamento. O objetivo principal da prevenção do HIV/AIDS não é mudar o comportamento de todos, mas modificaros comportamentos dos que contraem e disseminam o HIV/AIDS (CARDOSO, 2000). 
Brasil (2008) atenta que as medidas preventivas em HIV/AIDS têm como prioridade reduzir a transmissão do vírus e a vulnerabilidade dos indivíduos aos fatores de risco associados. Para isso, devemos promover políticas e estratégias dirigidas tanto para a população geral como para as especificidades de segmentos populacionais, considerando seu grau de maior ou menor vulnerabilidade e risco de infecção pelo HIV/AIDS. No entanto, as medidas preventivas não podem ser vistas como um conjunto de regras. A epidemia do HIV/AIDS potencializa a reflexão sobre o modelo de atenção à saúde e a definição de ações de prevenção nos diferentes níveis de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), considerando o contexto das desigualdades sociais e de acesso aos serviços de saúde.
Para Barboza e Pacca (1999), por ser o HIV/AIDS uma doença transmissível e, até o momento, incurável, cujos índices vêm aumentando no mundo inteiro, deve-se considerar que os componentes efetivos para o seu controle e prevenção são a informação e a educação. 
Figura 2 – Campanha de conscientização sobre HIV na terceira Idade.
Fonte:	Comment by sheila: Inserir de onde tirou esta imagem e referenciar na lista de figuras.
capítulo iii – ATUAÇão Da Gestão Social e politicas publicas a frente aos casos de hiv/aids na terceira idade.
Torna-se imprescindível pensar no HIV/AIDS como uma doença cada vez mais presente nas instituições de saúde, sendo indispensável aos profissionais de saúde, ao controle e à prevenção da transmissão do HIV/AIDS. 
Assim, as alternativas educacionais com vistas à sua prevenção devem estar pautadas em orientações cuja essência seja a valorização da vida e a construção das alternativas de prevenção num clima de liberdade, responsabilidade e solidariedade humana. 
Brasil (2008) relata que o desenvolvimento das ações de prevenção junto aos idosos deve privilegiar a construção coletiva das estratégias, valorizando a participação dos idosos nesse processo, de forma que eles se reconheçam como responsáveis pela promoção da saúde. 
A discussão de temas como cidadania, relação de gênero, sexualidade, uso de drogas, etnia e direitos humanos favorecem a construção de valores e atitudes saudáveis, promovendo o desenvolvimento da autonomia e do senso de responsabilidade individual e coletivo.
Os assistentes sociais frente aos casos de HIV/AIDS na terceira idade relatam a sobrecarga de trabalho e sobrecarga psíquica, dificuldades em abordar aspectos da sexualidade e práticas sexuais com idosos e admitem compartilhar alguns estereótipos e preconceitos vinculados ao HIV/AIDS. 
A doença pode atingir pessoas de todas as idades, contudo existe um interesse em investigar as características da epidemia em pessoas com idades mais avançadas, devido ao aumento de número de casos dessa doença notificados na população.
Desse modo que, ao mesmo tempo, essa pesquisa atende a inquietação pessoal, também a uma exigência social, por vez que o surto do HIV/AIDS na terceira idade conduz para a problemática de saúde pública e social no país, nesta faixa etária as pessoas que vivem com a doença necessitam de assistência e políticas públicas eficientes principalmente no que se refere à prevenção do HIV/AIDS e a atuação dos profissionais de serviço social, torna-se relevante uma pesquisa que se volte às questões pertinentes.
Mesmo com os avanços que o Brasil teve ao longo dos tempos, atualmente ainda existe um grande número de pessoas não diagnosticadas, problemas de adesão ao tratamento e a acessibilidade nos serviços de saúde em busca de garantir uma qualidade no tratamento que necessita.
É imprescindível destacarmos que, apesar dos avanços no tratamento, a infecção pelo HIV/AIDS permanece incurável e não existe vacina para preveni-la. Conter a disseminação do vírus e compromisso inadiável com as futuras gerações de brasileiros, não esquecendo também que se trata de uma problemática mundial. A experiência brasileira é frequentemente citada como um modelo para outros países em desenvolvimento que enfrentam a epidemia do HIV/AIDS, incluindo a controversa politica internacional do governo brasileiro. Portanto, e de suma importância os estudos que envolvam questões como o HIV/AIDS e o envelhecimento, de modo a fornecer contribuições tanto para a instituição dos direitos e cuidados de pessoas vivendo com HIV/AIDS, quanto no desenvolvimento de ações e programas de prevenção voltados à população idosa. 
O envelhecimento global causará um aumento das demandas sociais e econômicas em todo o mundo, no entanto, as pessoas da terceira idade, que de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) pessoas acima de 60 anos de idade, são geralmente ignoradas como recurso, quando, na verdade constituem recursos importantes para a estrutura das nossas sociedades (CASSIANO et al., 2005).
Neste contexto emerge o HIV/AIDS, cuja tendência sugere que o número de idosos contaminados pelo vírus será ampliado (ARAÚJO; SALDANHA, 2006). Segundo Brasil (2005), a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença caracterizada por disfunção grave do sistema imunológico do indivíduo infectado pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), sendo este transmitido por contato direto e/ou troca de sangue bem como fluidos corporais de uma pessoa já infectada.
Figura 3 – Campanha para idosos contra o HIV.
 Fonte: 	Comment by sheila: Adicionar de onde tiraram esta imagem.
A epidemia pelo HIV/AIDS é hoje, no Brasil, um fenômeno de grande magnitude e extensão. Entre os homens, a expansão foi de 98% na última década. Sobre a parcela feminina idosa, a epidemia avança como um rolo compressor; houve um crescimento de 567% entre 1991 e 2001. A doença avança sobre uma parcela da população fisicamente fragilizada e de abordagem mais complexa: os idosos. 
O número de casos confirmados de HIV/AIDS, na terceira idade, cresce no Brasil como em nenhuma outra faixa etária, de acordo com dado do Ministério da Saúde (2007), o número de casos entre os idosos já supera o índice da doença entre os adolescentes de 15 a 19 anos (CALDAS; GESSOLO, 2007). A associação do aumento da longevidade, melhoria na qualidade de vida das pessoas idosas, juntamente com as descobertas científicas para aumentarem a atividade sexual e a resistência dos mesmos ao uso do preservativo, torna esta população susceptíveis/vulneráveis em adquirir o HIV/AIDS (ARONSON; BRITO; SOUSA, 2006). 
Além disso, a falta de campanhas destinadas aos idosos faz com que esta população esteja geralmente menos informada sobre o HIV e menos consciente de como se proteger (ARAÚJO; SALDANHA, 2006).
Os profissionais do serviço social juntamente como a equipe multidisciplinar têm como objetivo, analisar cada situação, e dentro dos parâmetros legais buscarem meios que possam ajudar não somente aos idosos infectados, mais também aos familiares envolvidos. esde os idos mais remotos da humanidade, mesmo nas sociedades mais primitivas ou mesmo entre os animais, a busca pelo alívio da dor e pela cura das doenças sempre foi tentada.
3.1 Resultados
Analisando os resultados podemos concluir que os estigmas e preconceitos vinculados a doença e a sexualidade da pessoa idosa estão intimamente presentes no processo de saúde e profissionais entrevistados, impactam o tratamento e interferem nos processos de saúde e adoecimento. A discursão sobre esses aspectos devem compor ações de formação em saúde.
CONCLUSÃO
Responde-se aos objetivos sem, no entanto, justificá-los.
A conclusão deve ser clara e concisa. Deve expor se os objetivos propostos foram atingidos. Caso os objetivos não sejam atingidos, o grupo deve expor sua justificativa e, se possível, uma solução plausível para o caso. Ela é uma espécie de certeza a que se chega e que está subjacente no decorrer de todo o trabalho. Suas características são a brevidade, a essencialidade e a personalidade. A conclusão deve definir o ponto de vista dos autores;
IVONE DE ARAUJO MARQUES
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Ivone de Araujo Marques

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