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INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS

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INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM IDOSOS: UMA REVISÃO
DE LITERATURA INTEGRATIVA
Nome Aluno 1, Nome aluno 2, Nome aluno 3, Nome orientador.
RESUMO
Objetivo: Avaliar e expor os relevantes indicadores relacionados às infecções sexualmente
transmissíveis entre os idosos. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura com
as pesquisas feitas de forma online entre outubro e dezembro de 2021, nas bases de dados
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), PubMed e Scientific
Eletronic Library Online (SciELO), tendo como palavras chaves: “Infecções sexualmente
transmissíveis”, “Idosos”, “Saúde Pública”, “ISTs” e “Terceira Idade”, e; pergunta norteadora
“Quais os fatores relacionados à ocorrência de infecções sexualmente transmissíveis em
idosos?”. Determinou-se as amostras com base em fatores de inserção - como artigos que
tinham em seu conteúdo os fatores de risco que causavam ISTs em idosos. Para exclusão foi
avaliado se os estudos eram editoriais; apenas posição de entendedores sobre o tema; ou
estudos que não trariam contribuições para este trabalho. Resultados: As pesquisas
totalizaram 60 publicações iniciais que após realizados critérios de inclusão e exclusão,
totalizaram apenas 11 artigos em potencial para uso. Nestes estudos foram referidos que
existem fatores causadores relacionados ao aparecimento de ISTs em idosos, bem como o
aumento em sua prevalência e as implicações dessas patologias para este público. Conclusão:
Foi observado que é necessário uma maior abordagem dessa temática, tendo em vista o
aumento recente em sua prevalência e os riscos que acarretam aos idosos.
Palavras-chave: “Infecções sexualmente transmissíveis”, “Idosos”, “Saúde Pública”, “ISTs”
e “Terceira Idade”
INTRODUÇÃO
O processo de amadurecimento do adulto para a terceira idade é acompanhado de
processos não apenas de amadurecimento físico, como também de novas perspectivas para a
vida financeira, social e afetiva. O idoso, é aquele indivíduo que de acordo com as normas
brasileiras é aquele entre 60 anos ou mais (Estatuto dos Idosos Brasileiros). O acelerado
envelhecimento da sociedade é um ponto importante e dinâmico no estudo das populações,
consequentemente, seu impacto na saúde pública é enorme, de maneira que os direitos do
idoso na área da saúde, incluindo a necessidade de atendimento ambulatorial e geriátrico, e
unidades de referência de profissionais especializados para promover a redução das sequelas
de agravos à saúde precisam ser assegurados.
Em vista dessa mudança na estrutura demográfica global, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) apontou no "Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde" que evidências
recentes sobre o processo de envelhecimento mostram que muitas crenças e suposições
comuns sobre os idosos são baseadas em estereótipos. Em relação ao sexo, os pesquisadores
afirmam que mesmo depois dos 80 anos, os idosos ainda permanecem sexualmente ativos.
Dessa forma, as infecções sexualmente transmissíveis (IST) causadas por uma
variedade de bactérias, fungos e vírus passaram a ser endêmicas entre os idosos por conta do
contato sexual desprotegido, afetando a família e as relações sociais. Isso significa que os
serviços de saúde precisam ser ajustados para atender essa crescente demanda.
Essa situação pode ser explicada graças ao aparecimento de artifícios e drogas que
melhoram o desempenho sexual, tais como o uso de próteses para disfunção erétil, novos
fármacos estimulantes para homens e as terapias de reposição hormonal para mulheres
(FERRARI, 2010).
O problema está no fato de que esse público se sente mais confortável para ter relações
sexuais sem usarem preservativos por se apoiarem na ideia da proteção sexual apenas para
evitar prole, afinal, são idosos e não teriam mais filhos e acabam por ignorar o outro lado do
uso dos preservativos: a prevenção das infecções sexualmente transmissíveis. E para agravar
ainda mais a situação, nesta população existe uma certa resistência sobre o tema da
sexualidade dirigida aos idosos, o que dificulta o desenvolvimento de um programa de
prevenção (MACEDO; VICTA; OLIVEIRA, 2009).
No Brasil, políticas voltadas para o envelhecimento ativo têm sido colocadas em
prática, voltadas para a promoção da saúde e prevenção de doenças, resultando em ganhos
para a população na faixa etária igual ou superior a 60 anos. O aumento da qualidade de vida,
o incentivo à socialização e à retomada de vínculos com o envelhecimento, dando relevância
às atividades coletivas e à dança, por exemplo, possibilitam o encontro dos idosos. Ainda
assim, as intervenções sobre as consequências negativas das práticas sexuais inseguras são
insuficientes para que esta população se torne menos vulnerável ao HIV e outras infecções
sexualmente transmissíveis.
MÉTODOS
Para a realização deste estudo, coletou-se dados através de levantamento bibliográfico
e baseado na questão norteadora,realizou-se a pesquisa para a elaboração da revisão
integrativa. Nesse sentido, utilizar a pesquisa bibliográfica é uma das maneiras mais úteis de
iniciar um estudo, encontrando entre os diversos artigos um fio de meada para direcionar o
conhecimento, através das semelhanças e diferenças entre os artigos levantados nos
documentos de referência.
O propósito geral de uma revisão de literatura de pesquisa é reunir conhecimentos
sobre um tópico, ajudando nas fundações de um estudo significativo para a medicina, através
da Prática Baseada em Evidências (PBE).
Para o levantamento dos artigos, realizou-se uma busca na seguinte base de dados:
BVS Brasil (Biblioteca Virtual de Saúde do Brasil).
Foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritores e suas combinações
na língua portuguesa: “Infecções sexualmente transmissíveis”, “Idosos”, “Saúde Pública”,
“ISTs” e “Terceira Idade”. Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram:
artigos publicados em português; artigos na íntegra que expusessem a temática referente à
revisão integrativa e artigos publicados e indexados no referido banco de dados com
relevância para a temática.
A análise e a síntese dos dados extraídos dos artigos foram realizadas de forma
descritiva, possibilitando observar, contar, descrever e classificar os dados, com o intuito de
reunir o conhecimento produzido sobre o tema explorado na revisão, de forma a filtrar bem os
dados, excluir possíveis duplicidades e selecionar definitivamente pesquisas fiéis à temática
trabalhada.
RESULTADOS
A amostra final desta revisão foi constituída por 5 artigos científicos, selecionados
pelos critérios de inclusão previamente estabelecidos. Foram encontrados através de pesquisas
na plataforma BVS. O quadro 1 representa as especificações de cada um dos artigos.
Nesse contexto, aborda-se o conceito e as fases que constituem uma revisão
integrativa, como instrumento da PBE.
Com base na pesquisa bibliográfica, foram selecionados 5 artigos para a construção
desta revisão integrativa (Quadro 1 e Tabela 1).
Assim, a exposição dos dados foi organizada nas categorias a seguir (Quadro 1):
Tabela 1
Etapas de seleção dos artigos para a revisão integrativa de literatura
Total de
artigos
captados
1ª etapa:
exclusão por
título e
resumo
2ª etapa:
exclusão por
duplicidade
3ª etapa:
leitura na
íntegra
Artigos
selecionados
MedLine 20 15 10 5 5
SciELO 20 14 9 7 3
Pubmed 20 16 9 7 3
Quadro 1
Artigos captados para a revisão integrativa de literatura
Título do
trabalho
Autores Ano País Desenho
Fatores que
interferem na
sexualidade de
idosos: uma
revisão
integrativa.
Danielle Lopes
de Alencar et al.
2014 Brasil Revisão
Integrativa
Antiretroviral
exposure and
comorbidities in
an aging
HIV-infected
population: the
challenge of
geriatric
patients.
Clotilde
Allavena et al.
2018 Estados Unidos Artigo original
Prevenção de
doenças
sexualmente
transmissíveis
na visão de
Andreia
Kullmann Cezar
2012 Brasil Artigo original
idosos de uma
Estratégia da
Saúde da
Família.
Transiçãodemográfica e
epidemiológica:
a Epidemiologia
e Serviços de
Saúde revisita e
atualiza o tema.
Maurício Lima
Barreto et al
2012 Brasil Estudo
Demográfico
Estatuto do
idoso.
IBGE Brasil 2003 Brasil Estatuto do
Idoso
Saúde sexual do
idoso: cuidados
e percepção dos
idosos.
T. B. N. Ferrari. 2010 Brasil Artigo Original
A sexualidade
na terceira idade
na percepção de
um grupo de
idosas e
indicações para
a educação
sexual.
Angélica
Frugoli; Carlos
Alberto de
Oliveira
Magalhães
Junior
2011 Brasil Artigo Original
HIV/AIDS in
older adults: a
case report and
literature
review.
Emine Meral
Inelman; Giulia
Gasparini;
Guiliano Enzi.
2005 Suíça Revisão de
Literatura
Sexualidade,
idoso e AIDS:
notas para o
debate.
Daniele
Oliveira et al.
2008 Brasil Artigo Original
Monitoring of
kidney function
in elderly
HIV-positive
patients.
C. G. Musso;
W. H. Belosso
2016 Inglaterra Artigo Original
Da velhice à
terceira idade: o
percurso
histórico das
LR Silva 2008 Brasil Artigo Original
identidades
atreladas ao
processo de
envelhecimento.
DISCUSSÃO
Em geral, o idoso ainda é visto como uma parcela da população que não apresenta
riscos de se contaminar com ISTs, e esse pensamento promove uma negligência nas consultas
de saúde, de forma que raramente são realizadas orientações ou exames diagnósticos nesse
campo. Pensar que a relação sexual é uma atividade inerente aos mais jovens é um equívoco e
contribui para que tabus e preconceitos sejam perpetuados no imaginário dos próprios idosos,
familiares e profissionais de saúde, o que interfere na vivência sexual saudável (BRITO ET
AL., 2016).
A Equipe de Saúde da Família participa no desenvolvimento de políticas em saúde dos
idosos, cria estratégias de saúde para ter plena participação e assim reduzir a exclusão e o
isolamento (FERRARI, 2010). Diante dessa nova realidade, é importante ampliar o campo de
estudos que gerem informações, esclareçam dúvidas e encorajem a prevenção de ISTs. Porém,
o que se visualiza é uma incapacidade de sensibilizar a população sobre as corretas medidas
de preventivas e isso aumenta a vulnerabilidade de idosos à contaminação por IST's
(FERRARI, 2010).
O processo de envelhecimento tem repercussões em toda a fisiologia humana,
sobretudo sobre os processos relacionados à imunidade. De forma natural, as células de defesa
ficam com sua atuação reduzida, de forma a predispor esse público a uma quantidade maior
de doenças e também reduz a resposta imune a certas infecções, que em faixas etárias
menores poderiam gerar menos dano. Nesse sentido, uma IST em um idoso pode trazer
repercussões extremamente negativas, o colocando inclusive no risco de maiores
complicações.
Conclui-se que há um aumento na incidência de infecções sexualmente transmissíveis
resultantes de um fracasso na educação sanitária para este grupo populacional. Assim, este
estudo se fundamenta na importância de abordar o tema sexualidade na terceira idade com a
relevância que precisa e conscientizar os profissionais da saúde sobre a importância de
levantar essa temática durante os atendimentos, de prover o paciente com todas as
informações e meios para que possam desenvolver hábitos sexuais saudáveis, para poderem
evitar a contaminação e disseminação de infecções sexualmente transmissíveis.
A transição do século 20 para o 21, trouxe para o Brasil um aumento no indicador de
expectativa de vida, de forma que a população com mais de 60 anos ficou maior. Em 2018,
por exemplo, esse indicador alcançou uma média de 76,3 anos de idade para o brasileiro
(BARRETO et al., 2009; IBGE, 2019). Essa mudança de panorama reflete nos aspectos
epidemiológicos e se soma com novas tendências de aumento da prevalência das doenças
crônicas, mas também em novos padrões de comportamento (BARRETO et al., 2009;
DUARTE & BARRETO, 2012).
É preciso perceber que o cuidado a saúde da pessoa idosa também inclui os aspectos
de sexualidade, sendo a sua não abordagem em consultas,um fator de discriminação e
exclusão. Não é mais novidade que as pessoas idosas estão cada vez mais ativas e
independentes (SILVA, 2008), se tornando mais participativas em todas as fases da vida, de
forma que é essencial a atenção à saúde, e agora ainda mais, a saúde sexual.
Conforme explica INELMAN et al. (2005) o público idoso atual não teve cuidados no
campo da educação sexual na juventude e assim não entendem o risco às infecções
sexualmente transmissíveis (IST). Isso acarreta no desuso de preservativos para relação sexual
e, também, em uma resistência ao seu uso. Em outro campo há a criação de uma série de
novas drogas farmacológicas que melhoram a relação sexual, que viabiliza a atividade sexual
do homem idosoe o expõe a um maior risco de contrair IST. Já para as mulheres, esse risco é
maior ainda devido à uma menor lubrificação vaginal pós-menopausa, que pode ser motivo de
lesões durante o ato sexual, aumentando também o risco de se contrair uma IST e outras
infeções de transmissão parenteral (ALENCAR et al., 2014).
Segundo Frugoli e Magalhães Júnior (2011), a maioria dos idosos obtém
conhecimento sobre a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis através dos meios
de comunicação, como TV, rádio, livros e revistas. Porém, ainda há pouca ação de
conscientização através da equipe de saúde da família.
Mesmo com todos esses meios de comunicação, é importante enfatizar que nem
sempre são confiáveis porque podem fornecer informações incompletas ou até mesmo erradas
(FRUGOLI; MAGALHÃES JÚNIOR, 2011). Cezar, Aires e Paz (2012) ressaltam que a
maioria dos idosos sabem como evitar infecções sexualmente transmissíveis e que o uso de
preservativos pode prevenir infecções como AIDS e outras doenças.
O que se vê, tanto no Brasil como em outras nações em desenvolvimento, a maior
parte das ações e campanhas destinadas à prevenção de IST se convergem em estratégias
destinadas apenas aos mais jovens (OMS, 2013) e à grupos específicos de pessoas que fazem
uso de substâncias psicoativas injetáveis, profissionais do sexo, pessoas transexuais e homens
homossexuais, deixando de fora a população idosa.
Ao contrário da crença popular, as infecções sexualmente transmissíveis são doenças
com consequências graves. Pessoas com IST têm maior chance de se infectar com o vírus do
HIV e desenvolver a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS. A questão da
possibilidade de infecção por ISTs e HIV/AIDS na população idosa deve ainda ser observada
com mais cautela pelos profissionais de saúde, uma vez que muitas pessoas idosas já
apresentam doenças crônicas (como diabetes, hipertensão, doenças do trato urinário, entre
outras). Em função da idade avançada, e da maior predisposição a comorbidades, é relevante a
criação de metas para o controle dessas possíveis endemias entre o público da terceira idade,
sejam homens ou mulheres e independentemente da orientação sexual (ALLAVENA C et al..,
2018; MUSSO & BELOSO, 2018).
No Brasil, existe uma política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, que foi criada
através da portaria nº 2.528 de 19 de outubro de 2006 e já recebeu uma série de atualizações,
que trata de todos os temas relacionados à saúde da pessoa idosa, e traz de forma bem
específica à saúde sexual da pessoa idosa, que no item 3.1.: Promoção do Envelhecimento
Ativo e Saudável, informa que é atribuição da Atenção Básica:
“j) informar e estimular a prática de nutrição balanceada, sexo seguro,
imunização e hábitos de vida saudáveis;”
Logo, é de suma importância que todos os profissionais da saúde destinem sua atenção
à pessoa idosa de forma completa, saindo do óbvio, e partindo pro campo da verdadeira
realidade, seguindo as política e realizando ações de prevenção e promoção de saúde
relacionadas à sexualidade e à prevenção das ISTs específicas para a população idosa.
CONCLUSÃO
A atenção à saúde idosa ainda se resume ao controle dos agravos provocados pelo
processo de envelhecimento, no que diz respeito às patologias que surgem, mas acaba por não
visualizar todasas particularidades que envolvem o ser humano, inclusive a sexualidade.
Muitos avanços foram feitos permitindo uma maior longevidade do brasileiro, mas ainda há
um longo caminho no que diz respeito à prevenção de IST em idosos.
O aumento da prevalência de IST está ligado a certas tendências inerentes ao público
idoso, como o advento das melhorias farmacêuticas no campo da capacidade sexual, o baixo
nível de conhecimento em educação sexual e principalmente o não uso de preservativos
durante o ato sexual.
Esta revisão aponta para a melhoria desse panorama, fortalecendo a rede de apoio
ofertada pela Unidade Básica de Saúde e principalmente desmistificando certos tabus ainda
existentes no campo da sexualidade na terceira idade. Dessa forma, espera-se como resultado
uma redução dos níveis crescentes de IST em idosos e uma maior adesão desse público ao uso
de preservativos e aconselhamento em educação sexual com os profissionais da equipe de
saúde da família.
REFERÊNCIAS
ALENCAR, Danielle Lopes de et al. Fatores que interferem na sexualidade de idosos: uma
revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, p. 3533-3542, 2014.
ALLAVENA, Clotilde et al. Antiretroviral exposure and comorbidities in an aging
HIV-infected population: the challenge of geriatric patients. PloS one, v. 13, n. 9, p.
e0203895, 2018.
CEZAR, Andreia Kullmann; AIRES, Marinês; PAZ, Adriana Aparecida. Prevenção de
doenças sexualmente transmissíveis na visão de idosos de uma Estratégia da Saúde da
Família. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 65, p. 745-750, 2012.
BARRETO, Maurício Lima et al. O nascimento, a vida, o adoecimento, a morte e a atenção à
saúde da população brasileira durante 20 anos de Sistema Único de Saúde: uma síntese. 2009..
BRASIL, I. B. G. E. Instituto Brasileiro de geografia e Estatística. Censo demográfico, v.
2010, 2010.
DUARTE, Elisabeth Carmen; BARRETO, Sandhi Maria. Transição demográfica e
epidemiológica: a Epidemiologia e Serviços de Saúde revisita e atualiza o tema.
Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 21, n. 4, p. 529-532, 2012.
FEDERAL, Senado. Estatuto do idoso. Brasília (DF): Senado Federal, 2003.
FERRARI, T. B. N. Saúde sexual do idoso: cuidados e percepção dos idosos. Seminário de
pesquisa, seminário de iniciação científica, v. 14, n. 9, 2010.
FRUGOLI, Angélica; JÚNIOR, Carlos Alberto de Oliveira Magalhães. A sexualidade na
terceira idade na percepção de um grupo de idosas e indicações para a educação sexual.
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 15, n. 1, 2011.
INELMAN, Emine Meral; GASPARINI, Giulia; ENZI, Guiliano. HIV/AIDS in older adults: a
case report and literature review. Geriatrics (Basel, Switzerland), v. 60, n. 9, p. 26-30, 2005.
OLIVEIRA, Daniele et al. Sexualidade, idoso e AIDS: notas para o debate. SEMOC-Semana
de Mobilização Científica-Agenda 21 Compromisso Com a Vida, 2008.
MUSSO, C. G.; BELLOSO, W. H. Monitoring of kidney function in elderly HIV-positive
patients. HIV medicine, v. 19, n. 2, p. e49-e50, 2016.
OMS. Organização Mundial de Saúde. Bull World Health Organ; 91:707– 709, 2013.
SILVA, LR. Da velhice à terceira idade: o percurso histórico das identidades atreladas ao
processo de envelhecimento. História, Ciências, Saúde Manguinhos, 15(1), 155-168, 2008.

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