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Direito Processual Civil

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Direito Processual Civil
· Inventário
Trata-se de um direito constitucional, o direito de herança. São garantidos tanto ao herdeiro como ao legatário, nas modalidades de a) testamento particular (cerrado e público) ou b) especiais (marítimo, aeronáutico, tempos de guerra etc.). Uma vez deixado pelo falecido bens ou dívidas, deverá ser realizado esse levantamento. 
ITCMD (Lei n. 10.705) : o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação é disciplinado pela lei 10.705. Uma vez incidindo no fato gerador, será devido o pagamento do tributo. Possui incidência pela U/E/M, sendo cobrados pela Fazenda Pública. É vinculado à localidade do bem, e não do falecimento, incidindo em 4% do valor do bem a ser pago pelo espólio, ainda que negativo. Isenção: a) casos de renúncia pura e simples do legatário (recebe bem por testamento) após o óbito, b) bem imóvel de valor não superior a 5 mil UFESP (R$ 170.000,00), c) todos os herdeiros residindo no imóvel, não possuindo os seus próprios, d) viúvo meeiro, e) único bem do espolio de até 2,5 mil UFESP (R$ 85.000,00). Alíquota: 4% do valor de mercado do bem. Multa: não recolhido dentro de 60 dias (2 meses para a OAB; na prática tem diferença), haverá a incidência de multa de 10% (sobre os 4%), e, passando 180 dias, incidirá multa de 20%. O ITCMD tem incidência aos óbitos de a partir de 2000; os anteriores devem contribuir com o ITBI, de incidência municipal. 
Codicilo: declarações de últimas vontades que não entra no processo de inventário, sendo procedimento voluntário. Bens considerados de cunho sentimental sem valor econômico muito alto. Datado e assinado para possuir validade. Se não for cumprido, será possível o pedido de ratificação de codicilo para que o juiz determine a sua entre e cumprimento. 
Procedimento: o inventário poderá se dar nas modalidades judicial ou extrajudicial, havendo o consenso entre as partes. Será obrigatoriamente judicial quando presente um incapaz. Decorre do princípio da saisine: princípio da continuidade. 
1) abertura: deverá ser realizada em até 2 meses da data do óbito (OAB). Na prática, até 60 dias (2 meses) sob pena de incidência da multa de 10% sobre os 4% de ITCMD. 
Legitimidade (615-616): a) administradores dos bens (p. ex. advogado), b) cônjuge/companheiro, ainda que separado de fato (apenas para abrir o inventário, não ser inventariante) c) herdeiros (inclusive incapaz por representação) d) legatário regular (testamento registrado no colégio notarial), e) testamenteiro (o que elaborou o testamento), f) cessionário, g) credores do espólio (justificativa em crédito a ser recebido do espólio), h) Ministério Público (vistas de menor a ser prejudicado), i) Fazenda Pública quando interessada (p. ex. arrecadação do tributo). Trata-se de um rol exemplificativo. Uma vez aberto, serão intimados todos os interessados. 
2) nomeação do inventariante: deverá prestar compromisso, dessa data devendo apresentar as primeiras declarações em 20 dias, presencial frente ao cartorário. Deveres do inventariante (617-618): incumbências que não precisam de autorização judicial: a) presente ativa/passivamente em atos do espólio, b) administração com diligência, c) busca de todos os documentos relacionados ao espólio (certidões no colégio notarial, certidão negativa etc.), d) prestar contas, e) trazer a colação (independente do valor do bem doado pelo falecido, cabendo defesa na forma incidental de oposição) e f) todo o necessário ao processo. Atos que precisam de autorização judicial: a) alienação (p. ex. pagamento de ITCMD), b) transigir em juízo ou fora dele (propostas de acordo, p. ex. que deverão ser negadas; deve o credor se habilitar e aguardar pela sentença), c) pagamento de dívidas do espólio (depende da habilitação dos credores e sua constituição do direito) e d) todas as despesas necessárias. 
Legitimidade do inventariante:
a) cônjuge/companheiro até a data do óbito (o separado de fato não é habilitado, bem como o concubino)
b) herdeiro em posse dos bens (Obs. direito possessório em detrimento de direito real: bem decorrente de reforma agrária ou assentamento não entrará no procedimento de inventário. Programas sociais que apenas permitem a posse, podendo esta continuar em nome do que foi registrado em conjunto no programa. Se ausentes, será o bem devolvido para o INCRA. Possível as benfeitorias serem restituídas). 
C) demais herdeiros (há discussão jurisprudencial a respeito da legitimidade do legatário), d) herdeiro incapaz representado, e) testamenteiro, f) legatário, g) cessionário, h) inventariante judicial dativo. É rol exaustivo, devendo ser obedecida a linha de preferência. 
Responsabilidades do inventariante (art. 620): da assinatura do termo e ciência dos deveres deverá apresentar as primeiras declarações, trazendo os bens e dívidas que possuir no momento. Endereçamento + preâmbulo/sua qualificação + qualificação do espólio (herdeiros/legatários e os bens passivos e ativos, sendo possível ser apenas parte a depender do regime de casamento). Possível ofícios/pesquisa em banco de dados SISBAJUD, BACEMJUD, RENA JUD, ARISP, Receita Federal, CEF etc. 
Requerimentos: 
a) primeiras declarações, 
b) citação dos herdeiros/legatários não representados pelo mesmo advogado do inventariante, 
c) gratuidade processual (custas a serem recolhidas ao final se espólio não negativo), 
d) autorização dos ofícios, e) admissão de todos os tipos de prova e f) valor da causa (soma de todos os bens, não subtraídas as dívidas). 
Permite-se vários requerimentos para que futuramente não hajam eventual impugnação de sonegação que, se comprovada, acarreta na destituição e remoção do inventariante. Devem ser citados todos os herdeiros, não partindo desde logo para a citação por edital e buscando outros meios para identificá-los e qualificar no inventário. 
3) impugnações: a todo momento as contas serão reanalisadas, sendo ação numérica e de difícil erros em cálculos. Poderá, assim, ser impugnada também pela Fazenda Pública e o Ministério Público. 
4) conferência da documentação: competência da Fazenda Pública. Deve-se aguardar o lançamento do inventariante para fins de pagamento de ITCMD. Poderão novamente ser impugnados, alternativa possível a petição conjunta entre os advogados, restando então o prazo para a Fazenda Pública se manifestar. 
5) pagamento do ITCMD: da concordância será o inventariante intimado para imprimir as guias e proceder ao pagamento, possível de ser parcelado, caso em que o inventário ficará travado até o pagamento total. 
6) fase de liquidação: será possível, nessa fase, bens irem a leilão para pagamento dos passivos. É o momento de alegar colações de bens desviados ou sonegados a título de doação, podendo ser apresentada defesa na modalidade de oposição, suspendendo o curso do inventário. 
· Partilha
chamadas de últimas declarações, retornados os requerimentos e descobertos bens sonegados, são emendadas as primeiras declarações. 
impugnações: devidamente citados todos os herdeiros, será o momento de impugnações por aqueles que não estão patrocinados pelo mesmo advogado que o inventariante. Na falta de um dos herdeiros, o processo é paralisado até a satisfação, devendo ser buscado todos os meios de localização, seu esgotamento, antes de partir para o edital. Se por edital, será nomeado advogado dativo que elaborará uma negativa geral. Matérias a serem alegadas: herdeiro destituído, não concordância com o valor declarado, apontar novos bens ali não inseridos, pedido de sonegação, pedido de colação e demais pedidos lícitos. Dessas impugnações será intimada a Fazenda para se manifestar. Será sanada por decisão a qual comporta agravo de instrumento. 
colação: deferida, será exercido o contraditório e ampla defesa com o pedido de oposição, incidental. Satisfeito os credores, inicia-se a partilha: o valor restante será para os herdeiros, respeitado o quinhão do legatário (não restando nada da satisfação dos credores, não lhe é devido nenhum valor). 
Petição de partilha: relato de todos os acontecimentos do inventário (herdeiros, bens, dívidas,partilhas entre os herdeiros).
Homologada, se tornará documento que instrui o formal de
partilha. Formal de partilha: pequeno processo elaborado pelo juiz com as principais peças do processo, será expedido o último documento a ser elaborado, sendo possível a sua petição conjunta. Será aberto prazo para manifestação dos demais herdeiros. Da concordância, será homologado e se tornará título executivo judicial a ser levantado pelo inventariante, passível de ser ele executado. É, inclusive, prova de propriedade. 
recurso: dentro de 1 ano da sentença homologatória será oponível a propositura de ação anulatória (alegação de direito material) ou ação rescisória (vício processual) dentro de 2 anos do trânsito em julgado. 
ação de sobrepartilha: ultrapassado os prazos para recurso e surgindo um novo herdeiro/bens ocultos, p. ex. extrajudicial. Se procederá à investigação de paternidade pós morte ou, se não possível, a exumação. São trazidos novamente os bens ao processo, sendo devido o quinhão proporcional ao novo herdeiro. Poderão os herdeiros, inclusive, serem executados.
· Arrolamento 
Modalidade de inventário quando bens do espólio forem inferiores a mil salários + partes maiores e capazes + ausência de testamento. Existindo incapaz ou testamento deverá ser processado pelo rito do inventário. Extrajudicial: partes em consenso, pagas as custas de cartório. Judicial: ausência de consenso ou de condições para pagamento em cartório. (*isenção de ITCMD aplica-se somente quando do art. 6° da referida lei). 
Procedimento: 
1) abertura: o inventariante deve seguir as mesmas regras do inventário, na prática permitindo-se a outorga do poder de alienação dos bens para pagamento de ITCMS etc. 
Consensual: na petição de abertura poderão ter desde logo as primeiras declarações e a nomeação de inventariante. 
Não consensual: se prossegue à citação das partes para apresentação de eventual impugnação. 
2) lançamento e pagamento ITCMD: o seu pagamento independe da homologação da Fazenda, expedida a guia para cada um dos herdeiros. É permitido o parcelamento, restando o procedimento paralisado. Pagas as guias, são protocoladas e a Fazenda se manifestará sobre eventual necessidade de complemento. 
3) últimas declarações e partilha: nos mesmos moldes do inventário, se homologada a partilha e respectivas folhas, se torna o formal de partilha título executivo judicial.
· Embargos de terceiro (674 e ss)
Diz respeito à constrição ou ameaça de constrição em relação a um bem que lhe pertence em um processo de execução como garantia. Não sendo parte na ação principal, não lhe cabe apresentar defesa nos autos, devendo, assim, apresentar embargos de terceiro, de forma incidental a um processo principal no qual o seu bem foi dado como garantia. Demonstrada a boa-fé, deverá ser retirada a ameaça sobre o bem. É ação que suspende o processo principal, sendo embargante contra embargado (sujeito que requereu a penhora; na prática inclui-se todos os envolvidos do processo principal). 
Legitimidade: §2° e art. 799 CPC. 
Prazo: 
Processo de conhecimento: a qualquer momento antes da assinatura da carta de arrematação/adjudicação. 
Processo de execução: até 5 dias antes da assinatura de arrematação do bem. Após esse prazo deverá ser executado o requerido, não causando prejuízos ao arrematante. 
Petição inicial: de forma incidental no processo principal, requerendo a retirada da garantia sobre o bem por lhe pertencer. Intima-se os embargados e suspende o processo principal. 
Defesa: segue a mesma modalidade incidental, dentro do prazo de 15 dias, acerca das alegações do embargante, sua concordância ou não. 
Processo principal: a partir da oposição será suspenso, retomando o seu trâmite somente após o trânsito em julgado dos embargos de terceiro. Terá como efeito a retirada do bem na execução ou a sua manutenção.
· Oposição (art. 682 e ss)
O bem discutido (objeto da ação) é de terceiro, não sendo ele parte e se opondo à relação jurídica em não sendo parte e nem admitindo-se qualquer modalidade de intervenção de terceiro. A oposição deve ser sempre antes da sentença, tramitando por dependência em conjunto, não havendo suspensão. 
Haverá uma única sentença que decidirá sobre a ação principal e a oposição. Se manifestada após o trânsito em julgado, e demonstrada a boa-fé, será cabível apenas as pernas e danos. 
Serão citadas as partes da ação principal para, na oposição, apresentar a contestação em 15 dias. A ação mais adiantada deverá esperar pela outra para que possam tramitar em conjunto. Assim, se distribuída a oposição na fase de instrução, o processo principal será suspenso até que ambas se encontrem no mesmo momento do trâmite. É hipótese de admissão de duas apelações no mesmo processo, referente ao principal ou à oposição. Ainda, não se admite reconvenção ou recurso adesivo.
· Habilitação (art. 687 e ss)
Instrumento que se vale sempre que se precisa de uma substituição processual, não se confundindo com intervenção de terceiro. 
É procedimento incidental, sendo intimada a parte contrária para manifestação de concordância. Será, então, proferida sentença pelo juiz acerca da habilitação do herdeiro/espólio.
Na prática, no entanto, não se utiliza, sendo procedimento inócuo e incompatível com a celeridade processual, bastando que seja requerido no próprio processo, notificado o falecimento e requerida a habilitação, intimada a parte contrária. 
Aplica-se em todos os processos cíveis, trabalhistas etc. Não se aplica, no entanto, quando de processo previdenciário, nos termos do art. 112 da 8213.
· Ações de família (art. 693 e ss)
Todas suas espécies são reguladas pelo procedimento especial, aplicando-se o comum no que couber. 
Procedimento voluntário: ausente litígios. 
Via judicial: ações que eventualmente versem sobre litígios. 
A) divórcio, b) ação de reconhecimento de união estável e sua dissolução, c) filiação, d) revisional de alimentos. 
Possível de serem em caráter pós morte e, ainda, cumuladas com alimentos, guarda e visitação, separação de corpos (medida protetiva), tutela de urgência, filiação socioafetiva. Como medida de preservar a família e prezar pela conciliação, a contrafé normalmente não é enviada de plano com a citação. Se seguirá primeiro a uma audiência de conciliação, e se infrutífera somente então será aberto o prazo de defesa, podendo ser apresentada desde logo na audiência. 
Alienação parental: inovação do Código ao disciplinar uma equipe multidisciplinar de assistentes sociais para acompanhamento, elaborando laudos para prosseguimento da ação. 
· Ação monitória (art. 700 e ss)
Cuida da natureza obrigacional de títulos que perderam a sua força executiva. 
Títulos executivos extrajudiciais (requisitos): 
a) certeza (segue a formalidade prevista em lei), 
b) liquidez (valor estabelecido pelo gênero e quantidade) 
c) exigibilidade: dentro do prazo prescricional. Perdido o requisito de exigibilidade, poderá a pretensão ser satisfeita mediante a ação monitória, utilizada como ultima racio. 
Não se aplica em casos de decadência. P. ex. contratos de profissionais liberais em 5 anos, contrato de hospedaria por 1 ano. 
Alimentos são imprescritíveis, e para fins de execução são cobrados apenas os últimos 2 anos. 
Prazo: 5 anos para todos os títulos executivos, contados da sua emissão. Quinquenal. 
Objeto: quantias certas, incertas (somente em relação à sua qualidade), fungível ou infungível. Deverá ser pormenorizada e seu valor atualizado. 
Defesa: da propositura, será a parte contrária intimada para responder (não contestar) em 15 dias. A defesa propriamente dita será elaborada por meio de Embargos à Ação Monitória, distribuída por dependência à ação principal, de forma incidental. Trata-se de uma nova ação onde poderão ser declaradas todas as matérias de direito. 
Os embargos possuem o condão de suspender a ação principal enquanto não resolvidos. Será a parte contrária (embargante é o requerido e o embargado é o requerente) citada para apresentação de contestação. 
Segue-se ao saneamento para então a sentença, aplicando-se,no que couber, o procedimento comum. Da sentença caberá apelação, e de acórdão poderá ter recurso para o STF/STJ. É somente após o trânsito em julgado que se retornará o trâmite da ação monitória. 
Caso os embargos forem procedentes, a ação monitória será extinta. Do contrário, se os embargos forem improcedentes, ocorrerá o retorno da ação monitória e o seu prosseguimento será pelo rito do livro da execução.
· Ação de homologação do penhor legal (art. 703 e ss)
Não é procedimento muito usual atualmente, regulando relações que hoje dificilmente se encontram. Há, assim, um contrato em um bem como garantia, muito comum apenas na modalidade verbal e sem contrato. Não sendo cumprido esse contrato, será requerido ao juiz a homologação do penhor. 
Extrajudicial: perante o cartório nos casos em que a parte expressa seu consentimento, dada por extinta a obrigação. 
Judicial: casos em que a parte contratante ficou silente ou se recusa a dar o bem de garantia, não possuindo o cartório poder de força decisória. É competente o local onde ocorreu a obrigação, escrito ou mediante prova do contrato verbal. 
Defesa: as matérias que se podem alegar em defesa estão no art. 704, sendo rol taxativo: a) extinção da obrigação, b) dívida não prevista em lei e c) caução idônea. 
Sentença: importará na homologação, ou não da penhora, sendo cabíveis recursos. Na prática, desde logo inicia-se o processo de execução.
· Ação de regulação de avaria grossa (art. 707 e ss)
Procedimento aplicado em regiões portuárias, com o fito de se chegar ao culpado pela avaria grossa (direito comercial; danos de grande monta no casco do navio ou em qualquer parte que comprometa a sua navegação). Se se tratar de danos pequenos, será somente acionada a seguradora. É procedimento curto, com duração no máximo de 1 ano. 
Juízo competente: aquele do primeiro porto em que atracar logo após da ocorrência do dano. 
Nomeação de perito: o regulamentador fará uma vistoria geral e intimará as partes para esclarecimentos. Prazo: 10 dias para a intimação, podendo também ser determinada caução se necessário. 
Laudo definitivo: após a resposta das partes, possui o perito prazo máximo de 12 meses para determinar, em laudo, o causador da avalia grossa. Em sentença será o responsável indicado podendo-se ser executado caso não cumprido. 
· Ação de restauração de autos (art. 712 e ss)
Procedimento cabível a todas as vezes em que se desaparece um processo físico ou digital. Visa homologar o processo até a data do seu desaparecimento. 
Legitimidade: de ofício ou pelas próprias partes, pelo MP ou corregedor (correição anual de levantamento geral de todos os processos que tramitam no local). 
Competência: juízo em que desapareceu o processo, sendo no a quo ou ad quem. 
Petição inicial: não possuindo uma parte contrária, tratando-se de uma união de esforços para recuperar o processo perdido, possui apenas o intuito de informar o desaparecimento. Não instaura, assim, um novo processo de conhecimento. Intimação: de todos os interessados ao processo para apresentação de todas as peças que possuírem em seu domínio daquele processo (partes, perito, testemunhas – não novas provas, mas as mesmas que foram produzidas). 
Suspensão: a instauração da recuperação paralisa o processo principal. 
Sentença: comprovado o autor do desaparecimento, será ele responsabilizado com o pagamento das custas de restauração, honorários advocatícios e eventual responsabilidade civil/penal. Trata-se de sentença homologatória, não influenciando o processo principal, autorizando o prosseguimento do processo no estado em que ele se encontrar. 
· Procedimentos de jurisdição voluntária (art. 719 e ss)
Ações que tem por finalidade uma sentença homologatória da pretensão dos interessados. É atividade atípica do juiz, limitando-se à gestão pública dos interesses privados e atuando apenas para dar eficácia ao negócio jurídico almejado. É, assim, um negócio jurídico processual entre o juiz e os interessados. P. ex. modificação de regime de casamento. 
Legitimidade: por qualquer interessado que necessite da providência judicial. PF/PJ, Ministério Público ou Defensoria Pública. 
Intimação da parte interessada: manifestação do princípio do contraditório e ampla defesa, aplicando-se a regra de intimação para resposta no prazo de 15 dias a todos os procedimentos de jurisdição voluntária. *Ministério Público: obrigatoriamente deverá ser intimado sob pena de nulidade, podendo, no entanto, não apresentar qualquer manifestação sem mais consequências. *Fazenda Pública: quando julgado necessária a sua presença para o deslinde do feito, deverá ser intimada para se manifestar sob pena de nulidade. P. ex. ratificação de codicilo e sua homologação. 
Prazo de decisão: ao juiz 10 dias para proferir decisão. Não é, no entanto, legalidade aplicada na prática. 
Sentença: deve se atentar que não há demandado na jurisdição voluntária, mas interessados que, não sendo concedido o efeito material que se persegue, poderão interpor recurso de apelação. P. ex. emancipação e o pai desaparecido. Não comprova seu desaparecimento e o genitor é citado; aparece e demonstra que nunca concordou com a emancipação. 
Jurisdição voluntária em espécie:
Emancipação
Modalidade de exceção da maioridade civil, sofrendo antecipação por meio de jurisdição voluntária. 
Extrajudicial: estando os genitores em consenso, realizada via cartório. 
Judicial: ausente um dos genitores ou sem consenso, aplica-se o procedimento de jurisdição voluntária. 
Sub-rogação 
Forma de pagamento por terceiro assumir o crédito do devedor, dando adimplemento da obrigação. 
Se sub-roga na posição da pessoa que tem o dever de cumprir a obrigação. 
É mantido o credor originário, substituído apenas o devedor por um terceiro. Livra-se, assim, o devedor originário da obrigação legal. 
Alienação, arrendamento ou oneração de bens de crianças ou adolescentes, de órfãos e de interditos
Trata-se de proteção legal conferida pelo legislador a esses sujeitos que, diante de alienação, arrendamento ou oneração de seus bens, deverá o MP se manifestar e o juiz conceder autorização. 
O pedido será fundamentado, preferencialmente sendo dado outro bem da mesma natureza para a propriedade da criança. 
Alienação, locação e administração da coisa comum
Hipótese de mais de um proprietário sobre um mesmo bem. Há, assim, conflitos acerca da administração do bem, devendo serem todos os interessados a participar do feito. O provimento jurisdicional terá força de título judicial, possível de ser executado. Geralmente é cumulado com arbitramento de aluguel de bens oriundos de inventário. 
Extinção de usufruto, mão decorrendo da morte do usufrutuário/termo da sua duração/consolidação, e de fideicomisso, quando renúncia ou antes do evento que caracterizar a condição resolutória
Usufrutuário (art. 1.390 CC): conferido direito real de gozo ou fruição ao não proprietário. 
Constituição: um ou mais bens, móvel ou imóvel via cartório. Origem: convenção ou usucapião. 
Fideicomisso: sujeito sobre quem fica a propriedade dos bens com a condição de transmitir a terceiro, o fideicomissário. É condição resolutiva com a transmissão dos bens ao fideicomissário. Havendo renúncia/não cumprimento da condição com o evento resolutivo, será utilizado o procedimento de jurisdição voluntária. 
Enunciado n° 529. 
P. ex. usufrutuária nem mesmo está no bem, mas em casa de repouso. 
P. ex. fideicomisso: o pai pula a ordem sucessória do filho direto para os netos, ficando a filha como administradora dos bens, sendo que sua posse será extinta pela propositura da ação. 
Expedição de alvará judicial
Trata-se de autorização judicial para a prática de determinados atos em específico ou quando do levantamento de um bem. 
Geralmente as partes estão patrocinadas por um único advogado, porém poderá acontecer a necessidade de citação. 
Observa-se que será em casos de até 500 ONT (R$ 6.500,00), acima disso devendo ser respeitado o pedido de arrolamento. 
Homologação de autocomposição judicial
É o acordo extrajudicial que se leva a juízo paracumprimento, se não respeitado. Serão buscados bens, aplicada multa e iniciada a execução. Denota-se que a reforma trabalhista seguiu o mesmo entendimento quando do acordo das verbas rescisórias. 
Notificação e interpelação
A doutrina estabelece uma distinção em que na interpelação há uma prévia relação estabelecida com a outra parte, enquanto na notificação inexiste qualquer relacionamento. 
Na prática, no entanto, as nomenclaturas se confundem. Possui natureza de mera notificação, inexistindo multa de não cumprimento. 
Assim, se encerra somente no ato de notificar. Presente fins trabalhistas aconselha-se a notificação extrajudicial via cartório, exemplo de recusa em dar baixa na carteira e ter passado em concurso público.
Alienação judicial
Hipóteses em que há um obstáculo para que determinada alienação se concretize. Não se confunde com a oposição, onde se regula da coisa comum. 
Será determinada a citação com o esgotamento de todos os meios de localização; se ainda não encontrado, a venda é autorizada e a parte que lhe corresponde ficará depositada em juízo para resgate. 
Vendido o bem, será extinta a alienação e repartido os valores. Não se confunde com as ações de família, inexistindo aqui um conflito; ainda assim, prefere-se que cada um esteja patrocinado por advogados diferentes. 
Divórcio consensual
Se tratando de divórcio consensual, busca-se somente a homologação de interesses, não havendo litígio para solucionar. 
Fica estabelecido, assim, a divisão de bens, pensão, guarda e visitação dos filhos. Após, ainda poderá existir a partilha dos bens. 
Aconselha-se que sejam patrocinados por advogados distintos, evitando, assim, que no futuro se torne impedido a atuar quando em eventual execução. 
Modificação de regime de casamento
Classificam-se os regimes de casamento em a) comunhão universal (se comunicam todos os bens do casal), b) comunhão parcial (se comunicam apenas os bens adquiridos a partir do casamento) e c) separação total (é regime obrigatório em casos de casamento entre idosos).
Não será deferida de plano, havendo uma varredura no CPF e buscando eventuais fraude contra credores, bem como se se trata de hipótese de coação, violência doméstica ou estelionato amoroso. 
Testamentos 
Testamento cerrado: Elaborado pela própria pessoa em frente a duas testemunhas, não gera muita segurança jurídica, sendo seu conteúdo fora do conhecimento público. 
Ele é entregue ao testador apenas para que seja aprovado, sendo devolvido fechado ao testador. Sua abertura se dará mediante petição de qualquer interessado, sendo analisado pelo juiz e verificada a ausência de nulidades. 
Serão intimados por edital todos os interessados, e, se houver, a citação pessoal pelo nome descrito. 
Não havendo impugnações, o Ministério Público é intimado (p. ex. interesse de incapaz), bem como a Fazenda Pública. Serão lançados os bens no site da secretaria da fazenda, ao final sendo expedidas as guias de ITCMD para pagamento. Realizados, haverá o registro para as transferências dos bens. 
Testamento público: deverá ser aberto em juízo apesar da fé-pública, sendo solenidade que torna o testamento mais seguro; é escrito por tabelião ou seu substituto em livro de notas, lido ao testador e duas testemunhas, bem como assinado. O testamento é público no que diz ao seu registro, não ao conteúdo (?). A abertura procede do mesmo modo que o testamento cerrado, embora o Código permita sua ordenação de plano pelo juiz. 
São, assim, intimados o legatário e demais interessados, inclusive credores, bem como o Ministério Público e a Fazenda Pública para pagamento do ITCMD. Após, se seguirá a divisão. 
Testamento particular: escrito e assinado pelo testador, contando com a presença de 3 testemunhas. Quando da morte será ele publicado e citados os herdeiros legítimos. 
Não é necessário registro público, sendo que o juiz, quando da sua abertura, fará a verificação da sua veracidade. 
Codicilo
Trata-se dos bens deixados de valor sentimental, as últimas vontades e desejos de pequena importância. 
A Fazenda Pública intervém apenas para verificar o valor dos bens deixados que, a depender, deverá ser aberto por inventário com incidência de ITCMD. Possui a abertura e a ratificação em juízo. 
Herança jacente
É a hipótese em que são deixados bens, porém não são existem herdeiros ou testamento. 
Será o falecimento informado para se iniciar a arrecadação, prosseguindo com a liquidação e levantamento de todos os seus bens. Haverá a busca por herdeiros e, não encontrados, serão os bens vendidos e, após o pagamento do ITCMD, o restante é arrecadado pelo Estado. 
P. ex. PIS, PASEP e FGTS de prescrição trintenária. 
Bens dos ausentes
Trata-se da hipótese de bens decorrentes da morte presumida. O procedimento se inicia com o desaparecimento, regulado pelo Código Civil, onde serão nomeados administradores provisórios por 10 anos. A depender do que for estabelecido, serão informados balancetes de sua administração, com periodicidade a ser estabelecida pelo juiz. Passados os 10 anos, retoma o regulamento do Código de Processo Civil, convertendo-se a sucessão provisória em definitiva, dando continuidade à arrecadação dos bens do ausente. Por um ano haverá a publicação em edital para tentar localizar o desaparecido. Uma vez não encontrado, será declarada sua morte e intimados os herdeiros para realizar a partilha, bem como o Ministério Público e a Fazenda Pública. Será elaborado o plano de partilha e divididos os bens. Em não havendo herdeiros, ficarão os bens para o Estado. 
Coisas vagas
O achado é coisa perdida, que pertence a alguém. Assim, para fins criminais, deve a coisa ser entregue à autoridade. 
Para fins cíveis, será aberto o procedimento de coisas vagas em jurisdição voluntária. 
Procede-se com o termo de abertura, e o depósito, onde o magistrado determinará todos os meios possíveis de localização do proprietário. Não encontrado, ficarão os bens para o Estado, independente de intimação. 
Interdição
Procedimento a ser observado todas as vezes em que a pessoa física não puder exercer os atos da vida civil por doença congênita ou algum infortúnio, parcial ou plena. O requerente se torna o curador, e o requerente o curatelado/interditado, sendo a finalidade ao final do procedimento. Sobre todos os bens recairão a exigência de contas, podendo inclusive ser um benefício assistencial. 
A interdição não é obrigatória ao incapaz, porém é necessário a partir do momento em que realiza atos civis em seu nome. 
Legitimidade: se pessoa solteira a ser interditada, será curador os seus a) familiares ou, se casada ou em união estável, serão chamados inicialmente o b) cônjuge ou companheiro, podendo ainda ser nomeada instituições de abrigo e lar de idosos. 
C) relação de afeto: para a jurisprudência, uma vez comprovada a relação de afeto, é parte legítima. 
Inicialmente será jurisdição voluntária a fim de homologar pretensões, porém sendo possível que posteriormente surja algum litígio, p. ex. contestação pelo requerido. 
Competência: Será ajuizada no domicílio do requerido, na vara da família e sucessões. 
Citação por constatação: por mais que se admita a citação eletrônica, será pela modalidade pessoal, elaborando o oficial um laudo de constatação quando do cumprimento do mandado. Tem finalidade de sondar a situação em que vive o requerido. 
Requerimentos: a) nomeação de curador provisório (possível que seja determinada no despacho inicial); b) citação pessoal, c) perícia médica (documento essencial a atestar a incapacidade civil), d) procedência da interdição e decretação da impossibilidade parcial ou plena para os atos da vida civil, convertendo o curador provisório em definitivo, assim como e) intimação do Ministério Público (é interesse do Estado quando se trata de incapaz). Demais requerimentos: liminar, gratuidade da justiça, prioridade de tramitação etc.
Procedimento: 
1) proposta e distribuída a ação, serão expostos e provados os fatos. Se não contestado será 2) nomeado defensor público ou advogado em convênio com a OAB a oferecer contestação por negativageral. 
3) Curador provisório: da sua determinação no despacho inicial deverá o curador comparecer em 5 dias para assinatura do termo de compromisso. 
4) intimação do Ministério Público, 
5) nomeação e designação de perícia. A partir daqui não há um rito solene, sendo ação que pode incidir em vários incidentes (contestação pelo requerido, munida de laudo médico, audiência para oitiva de testemunhas ou intervenção da família/herdeiros). 
6) sentença: da pretensão procedente será o curador provisório nomeado como definitivo, devendo assinar novo termo de compromisso em 5 dias da publicação da sentença. 
7) ofício ao Cartório para que conste no registro civil a ocorrência de interdição, devendo ser 8) publicado em editais e veículos de comunicação. 
Substituição: durante o processo ou mesmo após o trânsito em julgado é possível, mediante registro em cartório, a substituição do curador em caso de ausência de litígio. 
Remoção: sendo caso, no entanto, de litígio ou denúncia por maus tratos, será removido o curador, se procedendo ao estudo social em busca de familiares a se encarregarem da tutela. 
Exigir contas: periodicamente deverá o curador exigir contas em apenso ao processo principal, sendo arquivada a interdição em definitivo somente quando do falecimento do incapaz. Da declaração como não boas as contas, o Ministério Público se encarregará da remoção do curador, caso não ratificado. 
Levantamento da interdição: no próprio processo, estando o incapaz curado, é possível se proceder a remoção da situação de interdito. Nesse caso deverá passar por nova perícia e, junto a manifestação do Ministério Público, será levantada a interdição, sendo oficiado o cartório para fazer constar a sua revogação. 
Tutela
Procedimento cabível quando ao menor (criança ou adolescente) não restar nenhum familiar para obtenção de sua guarda, estabelecido em linha reta. É exemplo o falecimento dos pais ou perda do poder familiar. Deverá ser observado um estudo social e análise de seus familiares, p. ex. não correndo o risco de voltar ao estágio de maus-tratos, prevalecendo o princípio do atendimento do melhor interesse da criança imposto pelo ECA.
Legitimidade: a) familiares não em linha reta com afetividade comprovada ou, ainda, o b) abrigo. Será o requerente o tutor, e o requerido o tutelado. 
Cotutor: é recomendação doutrinária adotada pela jurisprudência, não positivado, que da nomeação de um tutor deve-se igualmente nomear um cotutor. 
Competência: comarca do lar da criança. 
Procedimento: segue a mesma sistemática da interdição, havendo a intimação do Ministério Público para que esclareça a situação. Será ainda realizada a oitiva da criança diante de uma equipe multidisciplinar quando da investigação social, buscando-se esclarecer o cenário em que vive. Ao fim, sempre em audiência, será ratificada a tutela, devendo o tutor e cotutor assinarem um termo de compromisso. Ainda, admite-se a possibilidade de substituição ou remoção em casos de maus-tratos, má condições ou má administração. 
Organização e fiscalização das fundações
Diferenciando-se do âmbito privado das associações, a fundação é formada por doação de patrimônios e contendo interesse público, devendo ser ausente qualquer fim lucrativo além daquele suficiente para sua própria manutenção.
Diante de denúncia por indícios de perda de finalidade, desvio de patrimônio etc., poderá o Ministério Público ou qualquer interessado requerer a apuração de eventual irregularidade, abrindo-se até mesmo debate acerca das cláusulas de sua instituição. Será, ainda, hipótese admitida quando vencido seu prazo de validade, impossível a manutenção da fundação ou tornado ilícito o seu objeto, caso em que poderá ter até mesmo efeitos do âmbito criminal. 
Ratificação dos protestos marítimos e testemunháveis a bordo
Admitem-se testamentos de duas modalidades; o ordinário e o especial. Tratam-se os testamentos especiais aqueles em situação de guerra/missão aeronáutica, marítima ou militar. É ele realizado pelo próprio soldado de campanha, a ser colocado no diário de bordo na presença de seu comandante/responsável mediante duas testemunhas, no mínimo. 
Havendo o testador falecido na missão, deverá o testamento ser ratificado por procedimento a ser iniciado dentro de 24h do retorno, intimando as testemunhas e o Ministério Público, sendo designada audiência para oitivas. Se necessário, poderão ser designadas perícias. Intimado os familiares e encerradas as manifestações, será dada sentença que ratificará o testamento feito em bordo.
Não tendo falecido o testador, retornando em condição de manifestar as suas vontades, não possui o testamento qualquer validade; é entendimento da jurisprudência que, diante desse caso, é o testador capaz de elaborar um testamento ordinário

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