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Procedimentos Especiais - A1

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Procedimentos Especiais – A1 
I – Teoria Geral dos Procedimentos Especiais
1.Conceito
É ausente de qualquer sistematização legislativa acerca dos diversos procedimentos especiais, sendo os mesmos dispersos em inúmeras leis extravagantes.
Ação = garantia constitucional ampla de acesso ao Poder Judiciário, para obtenção da tutela jurisdicional efetiva, por meio do devido processo legal. O primeiro ato decorrente do exercício desse direito provoca a instauração do PROCESSO, que pode ser entendido como uma relação jurídica de caráter público, desenvolvida sob a égide do contraditório, autônoma com respeito à relação jurídica de direito material existente entre os litigantes e cujo objetivo é a pacificação do litígio com a aplicação do direito objetivo pelo poder soberano estatal.
Procedimento = conjunto complexo de atos encadeados em sequência lógica com vistas à produção de um resultado, pelo qual se EXTERIORIZA o processo. 
O ordenamento jurídico estabeleceu um procedimento padrão para prestação de tutela jurisdicional, denominado de procedimento comum, que se coloca como modelo a ser seguido na generalidade dos casos, independente do direito material versado pelos litigantes.
Ocorre que em determinados casos, para a efetividade da tutela jurisdicional, que o instrumento processual seja adaptado a particulares características do direito material em conflito, tais adaptações essas no campo procedimental (atinentes à forma, sequência, encadeamento e sumarização dos atos praticados pelos sujeitos processuais) ou processual (relativo às situações jurídicas processuais, ônus, poderes, deveres e sujeições das partes). São técnicas empregadas pelo legislador para promover a adequação do instrumento de prestação de tutela jurisdicional ao conflito a ser dirimido.
O Título 3 do Livro 1 da Parte Especial do CPC de 2015 abrange o escopo de procedimentos especiais sediados em legislação extravagante, cujo rol de normas processuais e procedimentais existem objetivando adequar o instrumento padrão de prestação de tutela jurisdicional à configuração da relação jurídica litigiosa ou a um aspecto do direito material em conflito.
2.Espécies de Procedimentos Especiais 
Os 6 primeiros capítulos do Título 3 do Livro 1 da parte especial do CPC 2015 regula e encerra o rol de procedimentos especiais – Art 539 à 673, abarcando:
-Ação de Consignação em pagamento – Art 539 a 549
-Ação de Exigir Contas – Art 550 a 554
-Ações Possessórias – 554 a 568
-Ações de divisão e demarcação de terras particulares – 569 a 598
-Ação de Dissolução Parcial de Sociedade - 599 a 609
-Inventário e Arrolamento – 610 a 673
Ademais, há outros 2 instrumentos regulados nessa parte do CPC, que constituem meros incidentes processuais e não procedimentos especiais, pois não se veicula demanda, na acepção estrita do termo, não encerrando o objeto litigioso próprio:
-Habilitação (arts 687 a 692): os litigantes que pretendem alterar a formação subjetiva do processo em razão de sucessão ocorrida no plano do direito material, independente da situação litigiosa.
-Restauração dos Autos (art 712 a 718): aplicado e empregado em qualquer processo em que os autos se percam, independentemente do direito material nele versado.
Ademais, são elencados os Embargos de Terceiro, a Oposição e a Ação Monitória.
-Embargos de Terceiro: Remédio para todo aquele que não for parte no processo combater ato de constrição ou ameaça de constrição de seus bens, independente do direito material versado, é instrumento atípico de defesa de terceiro.
-Ação Monitória: se presta a exigir qualquer modalidade de obrigação com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, de modo que é conotada por atipicidade.
3.Subsidiariedade do Procedimento Comum
É princípio aplicado a todo e qualquer procedimento especial, mesmo nos casos “muito especiais” como MS ou Ação Coletiva.
4. Síntese
A correta compreensão do conceito e da função dos procedimentos especiais representa ferramenta fundamental para bem aplicá-los, visando à sua efetividade, em especial quando entram em cena questões complexas como a subsidiariedade do procedimento comum e a possibilidade ou não de cumular demandas submetidas a procedimentos diversos. 
5.Características
a)Legalidade: Os procedimentos especiais são estabelecidos na lei em sentido formal, logo, devem obedecer ao critério estabelecido na mesma. 
b)Taxatividade: A lei esgota as possibilidades procedimentais, sendo vedada a analogia. O procedimento especial é encarado como decorrência de normas jurídicas especiais, que , por causa disso, não podem ser aplicados a situações não previstas expressamente, pois as demais são tratadas em Procedimento Comum.
c)Excepcionalidade: 
O procedimento especial corresponde a um “desvio” de rota do curso normal do procedimento comum, sendo sua excepcionalidade derivada da incidência específica das normas que os preveem. 
As partes devem valer-se do procedimento comum, somente podendo beneficiar-se do Especial na hipótese de haver previsão legal e de seu caso submeter-se àquela previsão.
II – Procedimentos Especiais de Jurisdição Contenciosa
1.Ação de Consignação em Pagamento 539 – 549 
Consignação consiste no depósito judicial ou em estabelecimento bancário da quantia ou coisa devida (portanto, objeto da obrigação de dar).
EX: Locador que se recusa a receber o aluguel, sob argumento de que o valor devido é supeerior ao ofertado ou por qualquer outro motivo.
Por meio desta ação, mediante procedimento específico e especial, pode o devedor, conforme o art 539: Requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
O objeto da demanda será a discussão sobre o valor devido da dívida, levando em consideração a divergência de valores ou a recusa ao recebimento.
Seu intuito é que o devedor realize o pagamento, judicialmente ou extrajudicialmente, da maneira que entende, para, a partir disso, cessar qualquer juros e encargos, já que teria realizado o pagamento.
1.1 – Cabimento
O Art 539 admite a consignação em pagamento nos casos previstos em lei, que são os do art 335, CC:
I. O credor se recusa injustamente a receber o pagamento ou dar quitação = mora accipiendi, quando a dívida for portável;
II. O credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidor = mora accipiendi quando a dívida for quesível;
III.O credor for pessoa incapaz ( representante desconhecido ou se recusa a receber), desconhecido (credor antigo, já falecido, e não se conhece herdeiros), declarado ausente (se o curador for desconhecido ou se recusar a receber) ou reside em lugar inacessível (caso de dívidas portáveis);
IV. há dúvida quanto ao credor (legitimado a receber);
V. Se pender litígio sobre o objeto do pagamento
-Art 540, Competência:
-Territorial:O lugar do pagamento é o local para se pleitear a consignação (extrajudicial e judicial), podendo o réu alegar incompetência caso descumprido tal requisito. - Art 540
-Material: Varas cíveis
-Juízo: dependerá com quem for a relação, pode ser estadual, federal ou trabalhista.
-Art 539, Legitimidade
a)Ativa:Estipula que será realizada por um credor ou por terceiro, podendo ser especificados como: a)Caso de terceiro juridicamente interessado, ocorrerá sub-rogação, de forma que este terceiro, extinta a obrigação por consignação, assume os direitos e ações do credor satisfeito frente ao devedor; b)no caso de terceiro não interessado, não ocorre sub-rogação, sendo entendida a consignação como mera liberalidade deste em favor do devedor.
b)Passiva: é o credor, sem motivo para ser outrem, contudo, se houver dúvida quanto a figura do credor, pode ser realizado o pagamento e a citação de todos os credores possíveis. Neste caso, nenhum comparecendo, a quitação será realizada e será arrecadado como coisa vaga; se, no prazo devido, somente um comparecer, o juízo decide de plano a seu favor; no caso de comparecimento múltiplo, o juízo declara a extinção do processo – se for o caso de pagamento concreto – somente continuando entre os possíveis credores para a comprovação de quemdeva receber.
1.2 – Espécies de Consignação em Pagamento - Modalidades
A)Extrajudicial: Se o devedor, em algumas possibilidades, quiser realizar a consignação como forma de pagamento, pode fazê-la de maneira extrajudicial, sem, ainda importar em uma demanda do devedor contra o credor. 
Tem como requisitos que:
-A prestação seja PECUNIÁRIA (em dinheiro) – Art 539, p1, até mesmo porque o devedor usará o banco para tal;
-Existência no local do pagamento de estabelecimento bancário oficial ou particular, preferindo-se o oficial na existência de ambos (art 580), devendo ser feito no mesmo local da obrigação.
-Conhecimento do endereço do credor, em razão da necessidade de notificá-lo;
-Credor conhecido, certo, capaz e solvente (afastando-se a consignação nos casos de: Não se conhecer o credor – dúvida sobre identidade física -, dúvida a respeito de quem é o credor – dúvida sobre condição jurídica -, devedor incapaz, que não pode validamente receber ou dar quitação ; credor insolvente ou falido, hipóteses nas quais o crédito deve ser destinado às respectivas massas; existência de demanda judicial que tenha como objeto a prestação devida. 
-Procedimento:
Presentes os requisitos, mediante vontade do devedor, se for obrigação em dinheiro, realiza-se o depósito em instituição bancária, a qual deve ser situada no mesmo lugar de pagamento da obrigação. Após, o devedor cientifica o credor por carta via AR, para que tome ciência, tendo esse duas possibilidades dentro do prazo de 10 dias: Recusar-se ou receber.
Sem nenhuma manifestação, acredita-se que o credor aceitou o pagamento, sendo este considerado como quitação da obrigação ou parcela, ou seja, o silêncio do credor é tido como aceite. 
A recusa deve ser por escrito, de maneira expressa, ao estabelecimento bancário, com a visualização de que não houve aceite (não quitando o pagamento).
O devedor então tem 1 mês, a partir da recusa, para proceder a judicialização dessa consignação em pagamento.
Caso ULTRAPASSE O PRAZO sem realizar a demanda, pode levantar o valor na instituição bancária, posto que não será visualizada como pagamento.
Esse 1 mês é para aproveitar a quantia em depósito na demanda, para não ter que depositar novamente.
B)Judicial: A judicial pode ser proveniente da extrajudicial, como visto acima, ou alheio, sendo o “normal”, processualmente falando, entrar diretamente com processo com tal finalidade, sendo mera FACULDADE do devedor a tentativa extrajudicial, nunca um requisito. 
Além de obedecer os requisitos normais do art 319, tem que constar o requerimento para realizar-se o depósito (em caso de demanda sem a prévia forma extrajudicial) ou a informação de que JÁ HÁ DEPÓSITO (em caso de pré demanda extrajudicial feita no prazo de 1 mês da recusa), devendo a citação ser requerida para LEVANTAR O DEPÓSITO ou CONTESTAR.
Sem o depósito judicial realizado ou comprovado nos autos, no prazo estabelecido, o processo deve ser extinto. 
Realizada a citação com o depósito judicial, o réu tem a opção do ACEITE, o qual também gera a extinção, adimplindo a obrigação do devedor. Em caso diverso, há possibilidade de CONTESTAÇÃO, conforme o art 544, com a possibilidade, além das matérias preliminares do art 337:
-Sendo a alegação pela insuficiência, percebe-se que o réu aceitou o pagamento daquela quantia, mas entende ser maior, devendo então indicar o quantum, o que permite o levantamento da parte incontroversa, permanecendo a discussão quanto ao quantum controverso.
-Pode apresentar que não houve recusa ou mora em receber a coisa devida;
-Pode apresentar que foi justa a recusa;
-O depósito não foi efetuado no prazo ou lugar do pagamento;
-O Autor, após ver a alegação de insuficiência do réu na contestação, pode complementar o valor para chegar ao “correto” (considerado pelo réu).
Com ou sem instrução, mediante o que se alegou na contestação, o Juízo proferirá a sentença, podendo ser PROCEDENTE ou IMPROCEDENTE (neste caso, o Juízo determina o valor correto e consequências do inadimplemento, bem como condenação em custas e honorários advocatícios. Caso seja julgado procedente, o juízo declara a extinção e a condenação em custas e honorários, bem como a quitação da obrigação (ao réu)
Art 545 – A sentença que concluir pela insuficiência do depósito valerá como título executivo judicial. 
-Procedimento 
a)Pedição Inicial
A petição deverá ser dirigida ao juízo do lugar do pagamento (onde a obrigação deve ser cumprida), tendo como pedido o depósito da quantia ou coisa devida e da citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação (art 542 CPC).
Se tratando de prestações periódicas, o devedor pode se utilizar de um só processo para promover o depósito das diversas prestações em que se divide a obrigação (art 541 CPC).
O valor da causa será o valor da prestação devida, acrescido dos juros e demais encargos, ou o valor correspondente à coisa. Sendo prestações periódicas, o valor corresponderá À soma das prestações até o máximo de 1 anuidade (449 STF).
b)Despacho da inicial:
Ao analisar a inicial, o juiz defere o depósito, que deve ser efetuado no prazo de 5 dias, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito (542), posto que é pressuposto processual específico desta ação.
c)Determinada a Citação do Réu, este poderá:
Levantar o depósito, acarretando a extinção do processo sem resolução do mérito, ou;
Oferecer resposta, no prazo de 15 dias, onde caso não aceite o depósito, será tal resposta a contestação, reconvenção ou exceção. Sendo contestação, conforme art 544 do CPC , poderá o réu alegar, além das preliminares do 337: Incorrência de recusa; recusa justa; não realização do depósito no prazo ou lugar do pagamento; não integralidade do depósito (indicando o montante devido); permanecer inerte (será decretada sua revelia e haverá o julgamento antecipado da lide.)
d)Oferecida a Contestação:
A ação seguirá pelo procedimento comum, com instrução, se necessário, culminando na sentença.
OBS:
a)Consignação de Coisa Indeterminada – 543 
Caso a consignação seja em coisa indeterminada, com a escolha pertinente ao credor, a citação será para conceder-lhe o prazo de 5 dias para manifestar-se sobre qual o objeto que exercerá a escolha. De todo modo, o credor pode optar pela escolha ser a critério do devedor. 
b)Ação Consignatória como ação dúplice- 545
Na medida em que o réu, independentemente de reconvenção, alegue na contestação pela insuficiência do depósito, o autor poderá complementá-lo em 10 dias. 
Assim, o réu pode levantar desde já a quantia ou coisa depositada, o que acarreta na liberação parcial do autor, prosseguindo o feito quanto à parcela controvertida.
Se a sentença concluir pela insuficiência do depósito, ela determinará o montante devido, podendo o réu executar o autor nos mesmos autos, valendo-se da sentença como título executivo judicial.
Não sendo possível fixar montante devido, deverá ser o mesmo apurado em liquidação de sentença.
c)Consignação incidental: 
Ocorre quando outros pedidos são cumulados à consignação, como por ex, revisional. 
Ou seja, a consignação pode vir como um pedido ACESSÓRIO, exemplo: Ação revisional de aluguel c/c consignação dos referidos meses. 
2.Ação de Exigir Contas – 550 a 553 
Refere-se ao dever contratual de prestar contas por aquele que administra bens ou direitos alheios, por exemplo, síndico de condomínio.
Portanto, a legitimidade passiva será do Administrador, enquanto a Legitimidade ativa, consequentemente, será do interessado na administração dos bens ou direitos
OBS: O art 550 reduz a legitimidade ativa desta ação para apenas aquele que afirma ser titular do direito de exigir contas, ou seja, do interessado na administração de bens e direitos.
Para que se possa pleitear a apresentação de contas, então, é necessária a comprovação de uma relação jurídica entre as partes.
-Competência: Juízos que já possuam processos definidores de administradores de bens (inventários, tutelas, Curatelas, Depositários), que sejam originários para tanto.
OBS: NÃO HÁ JUIZADO ESPECIAL EM AÇÕES DE PROCEDIMENTO ESPECIAL.2.1 – Procedimento
a)Petição Inicial: Art 550, p1: o autor especificará as razões pela qual exige as contas, instruindo com os documentos comprobatórios da mesma, se existirem, requerendo a citação do réu para que as PRESTE ou OFEREÇA CONTESTAÇÃO no prazo de 15 dias.
b)Citado, o réu poderá: 
-Prestar as contas, tendo o autor, então, o prazo de 15 dias para se manifestar, prosseguindo-se o processo para as demais fases do rito comum (saneamento, instrução e decisão);
-Contestá-las: de modo fundamentado e específico, referenciando expressamente o questionamento autoral. Após, o processo também presseguirá para as próximas fases;
-Não contestá-las (revél) – o Juiz decreta a revelia e julga antecipadamente o mérito, reconhecendo a existência das contas.
Esta é a 1a fase, que serve para discutir se existe ou não obrigação de prestar as contas.
c)Decisão: Em qualquer caso, essa 1a fase será encerrada pela decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido, decisão essa que é INTERLOCUTÓRIA, logo, pode ser contraposta por AGRAVO DE INSTRUMENTO (art 1.015, II cpc) .
Sendo improcedente, não há que se falar em uma “nova” fase, pois não foram reconhecidas as contas exigidas pelo autor.
Havendo condenação do réu a prestar as contas, deverá este apresentá-las em 15 dias, dando início à uma nova fase.
d)2a Fase: Esta fase é para analisar as contas em caso de procedência do pedido, determinando a existência de saldo e apurando-o, condenando o réu ao pagamento da referida quantia.
Caso o réu não apresente as contas em 15 dias após a decisão que reconheceu a 1a fase, perderá o direito a impugnar aquelas que ainda serão, em seguida, apresentadas pelo autor num prazo de 15 dias, podendo o juiz determinar exame pericial, se necessário.
Caso o réu apresente as contas dentro do prazo, o juiz abrirá prazo para o Autor impugná-las (551).
Havendo impugnação, o juiz estabelecerá prazo razoável para que o réu apresente os documentos justificativos dos lançamentos individualmente impugnados , seguindo o processo para as próximas fases do procedimento comum (saneamento, instrução e decisão)
e)Sentença: Após essa 2a fase existirá a sentença, que analisara 3 questões:
-Se as contas foram corretamente apresentadas;
-A existência de saldo ou inexistência de saldo;
-Havendo salvo, a quantia sobre a qual recairá a condenação.
Desta sentença caberá APELAÇÃO e, após trânsito em julgado, terá início a fase de cumprimento de sentença, vez que ela se constituirá em título executivo judicial (art 552) 
3.Ações Possessórias – 554 a 568 CPC
1 - Subdivide-se em 3 espécies – Art 1210 CC: 
A)Ação de Reintegração de Posse: cabível quando há o ESBULHO DA POSSE, que é a perda violenta, clandestina ou precária da posse; - A posse já foi “atrapalhada”
B)Manutenção de Posse: cabível perante TURBAÇÃO na posse, que é o efetivo embaraço ao exercício da posse; - A posse está sendo “atrapalhada”
C)Interdito Proibitório: Cabível como prevenção perante AMEAÇA ao exercício da posse, ou seja, há iminência de turbação ou esbulho. - A posse será “atrapalhada” 
2 – Fungibilidade das Ações Possessórias - Art 554 cpc
Pela dificuldade em distinguir uma situação de esbulho e turbação, ou entre esta e ameaça, ou até mesmo pela decorrência do tempo até o ingresso com uma ação (a ameaça pode ter sido concretizada e se transformado em uma turbação, e assim em diante), é prevista a aplicação do princípio da fungibilidade, segundo o qual o Juízo poderá conhecer um pedido possessório, diverso do requerido pelo autor, desde que seus requisitos estejam provados.
3 – Ação de Força Nova x Força Velha – 558
a)Ação de Força Nova: é aquela proposta no prazo de 1 ano e 1 dia da ofensa da posse, sendo assim encaminhada pelo procedimento especial, aonde a concessão da liminar será com base nos arts 561, 562 do CPC, ou seja, basta que o autor comprove a posse, o esbulho ou turbação, a perda ou continuação na posse, a data do ato danoso para tal concessão, independente da demonstração de periculum in mora, posto que nas possessórias, é in re ipsa (presumido).
b)Ação de força velha: é proposta após esse prazo, sendo o rito a ser adotado o COMUM, logo, o pedido liminar submeterá aos requisitos do art 300 do CPC (a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo).
OBS:o interdito proibitório sempre será ação de força nova, posto que ameaça é constante e deve ser sempre atual.
 4 – Objeto das Ações Possessórias
Só é cabível ação possessória para bens e direitos capazes de serem apreendidos fisicamente, isso é, bens materiais (bens móveis, semoventes e imóveis).
SU 228 STJ: não cabe para proteger direito autoral
415 STF: cabe possessória para defender servidão de passagem
5 – Procedimento 
Em suma, o diferencial será somente o fato de que, quase sempre, uma liminar será requerida.
a)Petição Inicial -Art 319/320 e 561 CPC
-Competência: será o foro do domicílio do réu, para bens móveis e semoventes (46 cpc) e foro da situação da coisa, sendo bem imóvel (47, p2 CPC);
OBS: art3o da l.9099, será do JEC a competência caso a possessória seja de valor igual ou inferior a 40 salários mínimos.
	Capacidade para estar em Juízo:
-Apenas capazes; se o responsável pelo ato for absolutamente incapaz, a ação é em face daquele encarregado pela sua vigilância
	Legitimidade: Quem figurou na lide
-Será autor o possuidor esbulhado, turbado ou ameaçado (independente de existência de direito real).
-Os compossuidores tem a faculdade de promover a ação em conjunto ou isoladamente, sendo que, no 1o caso, formará um litisconsórcio facultativo e unitário.
-Tratando-se de casados compossuidoras, a regra é a mesma.
-A ação pode ser tanto contra o AUTOR DO ATO quanto do MANDANTE DESTE, podendo ser inclusive, ser o réu substituído por este último (art 339 cpc).
	Citação:
-As partes devem ser identificadas com precisão, salvo no caso de invasão por um número indeterminado de pessoas, onde serão citados os ocupantes encontrados no local, e dos demais, será por edital, devendo-se ouvir o MP e, se for o caso, a Defensoria Pública (art 554, pp1 e 2) – O MP acompanhará a regularidade dos atos e a DP defenderá os hipossuficientes;
OBS: Art 554, p3: Publicidade – O Juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da ação prevista no p1 (invasão de grande numero de pessoas) e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncio de jornal ou rádio locais (entre outros meios) do local do conflito.
	Causa de pedir:
a)Sendo manutenção e reintegração de posse, conforme o art 561, o autor deve:
- provar a POSSE ANTERIOR (documentos comprobatórios, como conta de luz, etc); 
-a ofensa ou o ato espoliativo (provar a turbação ou esbulho); a data da turbação/esbulho (serve para definir o rito) – por ser dificil de ser provada por prova documental, será feita por via de audiência de justificação prévia para coleta de prova oral (e assim, concessão da liminar) - ;
-a continuação ou a perda da posse (se manutenção ou reintegração, respectivamente).
-Sendo INTERDITO PROIBITÓRIO, conforme art 567, além da posse anterior, basta provar a iminência da turbação ou esbulho, ou seja, a fundada grave ameaça de tais atos se consumarem.
	Pedido
-Expedição do mandado (de manutenção, reintegração ou proibição) – Pedido principal
-O art 555 permite a cumulação de outros pedidos sem prejuízo do rito especial, desde que fundamentados pela turbação ou esbulho, como pedido de cobrança em perdas e danos e indenização dos frutos. Ademais, o 555 prevê que o autor poderá também requerer imposição de medida necessária e adequada para evitar nova turbação ou esbulho e cumprir a tutela provisória ou final. OBS: Se o autor cumular pedidos além dos previstos no 555, o rito será o ordinário.
-O pedido de concessão da liminar é possível (será de força nova caso seja dentro do período de 1 ano e 1 dia do “dano” - Rito ESPECIAL, e de força velha se passar desse prazo – RITO ORDINÁRIO. Art 562 x 300 do CPC, respectivamente) 
	Valor da causa
Será aplicado por analogia o art 292, IV do CPC (valorde avaliação da área ou do bem objeto do pedido)
	Provas
Todos os meios de prova hábeis a demonstrar a posse, ofensa e o tempo de sua ocorrência 
b)Apreciação da liminar antecipatória (art 561 a 564 – reintegração e manutenção na posse e 567 – interdito proibitório).
Provado o esbulho/turbação em menos de 1 ano e dia, o mandado de reintegração/manutenção é deferido liminarmente, sem ouvir o réu, conforme art 562 ou em audiência de justificação prévia, conforme 563 cpc (citando-se o réu para participar desta) 
Sendo Interdito proibitório, o juiz determinará ao réu uma obrigação de não fazer, proibindo-o de molestar a posse do autor.
Sendo o ato danoso maior que 1 ano e dia, a liminar só será deferida se presentes os requisitos do art 300.
OBS: sendo o réu ente público, nã é cabível liminar sem ouvir o réu (art 562, pú) 
A liminar terá natureza antecipatória, posto que satisfativa, e não cautelar (não objetiva assegurar o processo, mas restabelecer o mais rápido possível o status quo ante alterado pela ofensa à posse).
Poderá ser deferida com ou sem audiência de justificativa prévia, a depender dos seus requisitos (posse anterior e o tempo da ofensa há menos de ano e dia).
O réu é citado para a audiência de justificativa, mas não pode produzir provas, apenas contraditar e reperguntar as testemunhas do autor.
O juiz pode condicionar a manutenção da liminar à prestação de CAUÇÃO REAL (dinheiro) ou FIDEJUSSÓRIA(um direito) pelo autor, se o réu provar que o autor carece de idoneidade financeira para responder eventuais perdas e danos caso venha a sucumbir na ação, dispensada se tratar de parte economicamente hipossuficiente (art 559)
Da decisão que concede ou não a liminar, é cabível agravo de instrumento.
OBS: Após 1 ano e 1 dia, sendo pelo rito comum, a audiência de conciliação e mediação se valerá como de justificação;
OBS2: Após 1 ano e 1 dia APÓS A CONCESSÃO DA TUTELA NÃO EFETIVADA, a contar da distribuição, caberá ao juiz designar audiência de mediação e conciliação, convertendo-se o procedimento para o comum,
OBS3: O juiz poderá comparecer a área objeto do litígio quando sua presença se fizer necessária À efetivação da tutela jurisdicional.
c)Resposta do réu:
-Concedido ou não o mandado liminar, o autor promoverá, nos 5 dias subsequentes, a citação do réu para, querendo, contestar a ação no prazo de 15 dias (564);
-Havendo audiência de justificação prévia, o prazo para contestar será contado da intimação (e não citação) da decisão que deferir ou não a liminar);
-Mantendo-se inerte o réu, será decretada a revelia, procedendo o processo pelo rito comum (art 566);
-Apresentando resposta tempestivamente (contestação), o réu poderá oferecer:
	Contestação
Podendo arguir quaisquer das preliminares do 337;
Alegar ausência dos requisitos do 561 (não comprovar a posse/turbação/esbulho/ameaça);
Requerer a indenização por benfeitorias (necessárias) feitas na coisa.
	Reconvenção
As ações possessórias tem caráter dúplice, o que autoriza o réu também pleitear, mediante reconvenção, suposta ofensa cometida pelo autor (art 556, mas a jurisprudência afasta o entendimento que o rol taxa tal possibilidade de reconvenção à esses limites);
d)Conversão em procedimento comum
Após o prazo da resposta, todas as ações possessórias seguem o procedimento ordinário (art 566), o qual culmina na sentença, esta que, podendo haver pedido principal e os cumulados, a sentença faz nascer obrigação de entregar coisa bem como de dar quantia (ou de não fazer, caso seja ameaça).
Sendo obrigação de entregar o bem, o juiz em sentença irá requerer expedição de mandado de manutenção ou reintegração da posse ( ou de busca e apreensão, caso seja bem móvel).
Da sentença das ações possessórias caberá Apelação.
No caso do Interdito Proibitório (art 567 e 568), será conferido o mandado proibitório em que se comine ao réu determinada pena pecuniária.
OBS: Se for de procedência, confirmando a liminar, aplica-se a exceção do art 1012, V, tendo a apelação somente efeito devolutivo se a sentença confirmar a tutela antecipada. 
4. Ação de Dissolução Parcial da Sociedade – art 599 até 609
Prevista no art 599, objetiva a resolução da sociedade empresária contratual ou simples em relação ao sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de retirada ou recesso; a apuração dos haveres do sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de retirada ou recesso; ou tão somente a resolução ou a apuração de haveres.
1-Objeto
Esta ação objetiva a dissolução total ou parcial da sociedade ou a apuração de haveres (procedimento de avaliar quanto o sócio deve à sociedade, e vice-versa) ou ambas as possibilidades.
a)Petição Inicial: deverá ser instruída com o contrato social
Legitimidade ativa (600): pelo espólio do sócio falecido, quando a totalidade dos sucessores não ingressar na sociedade; II - pelos sucessores, após concluída a partilha do sócio falecido; III - pela sociedade, se os sócios sobreviventes não admitirem o ingresso do espólio ou dos sucessores do falecido na sociedade, quando esse direito decorrer do contrato social; IV - pelo sócio que exerceu o direito de retirada ou recesso, se não tiver sido providenciada, pelos demais sócios, a alteração contratual consensual formalizando o desligamento, depois de transcorridos 10 (dez) dias do exercício do direito; V - pela sociedade, nos casos em que a lei não autoriza a exclusão extrajudicial; ou VI - pelo sócio excluído 
OBS: a soc anônima de capital fechado também pode integrar objeto da lide.
A petição inicial também deve observar os requisitos do art 319 e 320.
	Citação
O polo passivo da demanda é definido pelo art 601, sendo que devem ser citados os demais sócios e a sociedade, os quais poderão concordar com o pedido ou apresentarem contestação.
A citação dos demais sócios deve ocorrer para fins do art 601, sendo 15 dias o prazo para contestação e nesta, além de defesa, poderá formular pedido de indenização compensável com os haveres a serem apurados. - havendo defesa, seguirá os moldes do rito comum - 
Porém, conforme o art 603, caso os réus se manifestem expressamente e unanimamente, concordando com a dissolução parcial, o magistrado decretará a dissolução parcial, passando-se à fase de liquidação. - havendo o aceite, não haverá condenação em honorários de sucumbência, sendo as custas rateadas segundo a participação de cada parte no capital social.
b)Sentença
Acolhido o pleito de dissolução parcial, o juiz deve, em sentença, conforme art 604 do CPC quanto à apuração de haveres, deverá:
-Fixar data de resolução da sociedade (data que respeitará o art 605 do CPC)
-Definir o critério de apuração de haveres (art 606) – deve seguir as previsões do contrato social ou estatuto e, caso não verse sobre tal critério a ser adotado, o magistrado definirá como critério p/ apuração ovalor patrimonial apurado em balanço de determinação, avaliando-se bens e direitos do ativo, tangíveis e intangíveis, além do passivo. 
-Nomear o perito, que deve ser preferencialmente especialista em avaliação de sociedades.
Os haveres incontroversos devem ser depositados em juízo, deveno, desde logo, serem levantados pelo ex-sócio, espólio ou sucessores.
OBS: em caso da sociedade ser autora da ação, poderá solicitar indenização por haveres levados, extraviados ou tomados pelo sócio que se retira (Art 602).
OBS2: em caso de conciliação, subtrai-se a fase de provas, para que se dê a liquidação da empresa, sem condenação de ônus da sucumbência (Art 603);
5.Embargos de Terceiro - 674 a 680
Conforme art 674, é o instrumento processual para aquele que, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou dos quais tenha direito incompatível com tal ato constritivo, requerer o seu desfazimento ou sua inibição.
OBS: Constrição = penhora, arresto, sequestro, etc. O titular da coisa perde a faculdade de dispor livremente dela. 
1 – Requisitos
a)Constrição ou ameaça de constrição judicial: pressupõe um ato de constrição realizado, como penhora, depósito, arresto, sequestro, alienação judicial,arrecadação, arrolamento, inventário, partilha, etc, ou AMEAÇADO de o ser praticado, ocasião em que os embargos serão preventivos. (Ex: simples descrição do bem em inventário).
b)Ser proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor do bem ou do direito apreendido ou ameaçado de apreensão (p1 art 674) – portanto, tem por finalidade a defesa não só da posse ou da propriedade de bens, mas também de qualquer direito (real ou pessoal) atingido ou ameaçado de ser atingido indevidamente por ato judicial de apreensão, como por exemplo, quotas de sociedade, créditos e etc. Os Embargos de terceiro então podem ser vistos como instrumento de proteção à posse, vez que o ato de constrição configura ameaça, esbulho ou turbação, porém, realizados judicialmente. 
c)Qualidade de terceiro em relação ao processo do qual emanou a ordem judicial: ou seja, não ter participado de conhecimento ou de execução, processo penal, trabalhista ou falimentar.
2 – Legitimidade 
a)Ativa: É o EMBARGANTE, conforme art 674, p1 e p2
OBS: A doutrina e jurisprudência também reconhecem a legitimidade ativa: 
para o assistente que figura no processo, mas defende direito do assistido; o adquirente que não registrou o compromisso de compra e venda (Su 84 STJ).
b)Passiva: - Embargado – Tanto aquele que se aproveita do ato de constrição quanto o seu adversário no processo principal caso a iniciativa pela constrição tenha sido deste (Art 677, p4). Assim, por exemplo, se numa execução, quem indicou o bem à penhora foi o próprio executado, deverão figurar no polo passivo dos embargos, em litisconsórcio necessário, tanto o exequente (que se beneficia da penhora) como o executado que indicou o bem.
3 – Prazo -Art 675 
-Se decorre de processo de conhecimento, os embargos podem ser opostos enquanto a sentença não tiver transitado em julgado (ou, conforme L.11232/05, em início de fase de cumprimento de sentença em condenação por obrigação de pagar quantia)
-Se decorre do cumprimento de sentença e de processo de execução: os embargos poderão ser opostos até 5 dias da lavratura do auto de arrematação, adjudicação ou da alienação por iniciativa particular, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta;
Conta-se o prazo a partir da inequívoca ciência do terceiro acerca do ato de constrição judicial, que não necessário coincidirá com o dia da arrematação ou adjudicação. 
Ademais, o art 675 pú elenca a possibilidade do juiz intimar pessoalmente o terceiro p/ que seja identificado como titular do interesse em embargar o ato.
A não observância do prazo apenas implicará a perda da faculdade do terceiro se valer do procedimento especial, não o impedindo de buscar o direito material pela via ordinária.
4 – Competência 
Será competente para o procedimento especial de embargos de terceiro o Juízo que ordenou a constrição do bem (art 676), sendo competência funcional, logo, absoluta. Serão distribuídos por dependência dos autos do processo principal, em autos apartados.
Porém, se os Embargos foram opostos pela União, Autarquias ou empresas púbicas federais, a competência será da Justiça Federal, prevalecendo o critério pessoal do art 109, I da CF.
Mesmo que o processo esteja em 2o grau de jurisdição, ante a pendência de recurso, os Embargos serão endereçados ao Juízo de 1o grau, salvo se for competência originária do Tribunal.
5 – Procedimento 
a)Petição inicial – Art 319 e 677 CPC
-O pedido é para desfazer o ato constritivo (reintegrando na posse) ou inibir a sua prática (mantendo-se na posse);
-deve ser instruída com a prova da posse ou de seu domínio e da qualidade de terceiro no processo;
-deve conter o rol de testemunhas (caso necessária);
-valor da causa, em princípio, será o valor do bem apreendido
b)Liminar 
-Provado o domínio ou a posse (basta verossimilhança), é possível a concessão de liminar possessória;
-não havendo prova documental d posse, é possível designação de audiência preliminar (art 677, p1)
A liminar consiste na suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos (se proprietário) bem como da expedição de mandado de manutenção ou reintegração provisória da coisa, se o embargante tiver requerido (art 678) 
-A ordem de manutenção ou reintegração poderá estar condicionada pelo juiz à prestação de caução, salvo se for parte hipossuficiente
e)Citação:Conforme art 677,p3 do CPC, a citação nos embargos será pessoal, se o embargado não tiver advogado constituído na ação principal, do contrário, será citado na pessoa do advogado mediante publicação do despacho no órgão oficial.
f)Resposta do Réu: Citado, o embargado terá um prazo de 15 dias (679) para oferecer defesa (contestação), findo o qual seguirá o procedimento comum.
O embargado poderá deduzir qualquer matéria de defesa, salvo nos embargos opostos por credor com garantia real, cujas matérias limitam-se ao art 680.
g)Procedimento comum: após o prazo da resposta, prossegue a ação pelo procedimento comum – EM caso de revelia, haverá julgamento antecipado da lide (com aplicação de presunção de veracidade ao embargante). Contestando o embargado no prazo, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, se houver necessidade de prova oral.
h)Sentença – Art 681 
-Acolhido o pedido principal do Embargante, o ato de constrição é cancelado, com o reconhecimento do domínio, da manutenção ou da reintegração do bem ou do direito ao embargante.
-Da sentença caberá apelação em ambos os efeitos, só sendo no DEVOLUTIVO caso trata-se de sentença de improcedência nos embargos à execução. 
6. Inventário e Partilha – 610 a 673
Conforme art 1784 do CC, falecida a pessoa natural, a herança transmite-se, desde logo, aos sucessores.
Identificando-se quem são eles e, havendo mais de um, será definido a divisão da herança, e para tal, existe o procedimento de inventário e partilha.
Inventário = relacionar, catalogar, enumerar. No CPC, consiste no procedimento especial de jurisdição contenciosa, pelo qual se procede à descrição e à avaliação do patrimônio (bens, direitos e obrigações) deixado por alguém em virtude de seu falecimento.
Partilha = 2o estágio do procedimento supra, e vem a ser a atividade desenvolvida para dividir o acervo patrimonial entre os sucessores. Não há essa fase sem a anterior, mas pode haver inventário sem partilha (como o inventário negativo ou o com 1 só herdeiro).
1 – Espécies de Inventário (procedimento)
a)Inventário Judicial: divide-se em tradicional (solene)e arrolamento, que, por sua vez, pode ser sumário ( 659 – independente do valor da herança, desde que todos os herdeiros sejam maiores, capazes e de acordo com a partilha amigável) ou comum ( art 664 – independente se capazes ou não os herdeiros, desde que o valor dos bens for igual ou inferior a 1.000 sal min). O inventário tradicional tem aplicação residual (Art 610- havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-à ao inventário judicial.
	Petição Inicial – Abertura do Inventário (Tradicional)
Observará os requisitos do 319, porém, trata-se de uma petição que não requer ampla exposição dos fatos e dos fundamentos do pedido, este que terá ampla produção de provas. Basta noticiar a morte do autor da herança (com certidão de óbito em anexo), existência de bens e herdeiros.
-Endereçamento:
Pelo critério territorial (48 cpc), é competente para o processo de inventário e partilha o foro do domicílio do autor da herança. Se este não tinha domicílio certo, será competente o foro da situação dos bens imóveis. Se o de cujus possuía bens imóveis em foros diferentes, será competente qualquer um destes. Não havendo bens imóveis, a ação deverá ser ajuizada no foro do local de qualquer dos bens do espólio.
Pelo critério material, a ação será aforada na Vara Especializada em Sucessões onde houver, do contrário, será competente a Vara Cível.
	Legitimidade
A abertura do inventário deverá ser requerida, primeiramente, pelo administrador provisório no prazo de 2 meses após o falecimento do autor da herança. 
São legitimados concorrentes (art 616 ): - o cônjuge ou companheiro supérstite: independentemente do regime de bens. -herdeiro - legatário (beneficiado pelo testamento) - testamenteiro - cessionário do herdeiro ou do legatário - credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança: seu crédito deve ser líquido e certo. - administrador judicial da falência do herdeiro, do legatário ou do autor da herança ou do cônjuge ou companheiro supérstite. - Ministério Público, se houver herdeiro incapaz e forem omissos os outros legitimados (é residual). Se a iniciativa não for do MP, este deverá, da mesma forma, ser intimado para intervir no feito como fiscal da lei se o herdeiro for incapaz ou ausente, ou houver testamento. - Fazenda Pública, por ter interesse em apurar e receber o ITCMD 
	Administração da Herança (provisória e inventariança)
Iniciado o inventário e até que haja a partilha, o encargo de administrar a massa hereditária é do inventariante. Entretanto, antes deste ser nomeado e prestar compromisso, esse encargo cabe ao adm provisório, que é aquele que está na posse e na administração dos bens do falecido, independente de nomeação pelo juiz. 
Recebida a inicial, o Juiz nomeará o inventariante que, seguindo o 617, poderá ser:
- cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que estivesse convivendo com o outro ao tempo da morte deste; - o herdeiro que se achar na posse e administração do espólio; - qualquer herdeiro, quando nenhum estiver na posse ou administração do espólio; - o herdeiro menor, por seu representante legal (novidade do NCPC); - o testamenteiro, se lhe foi confiada a administração do espólio do toda a herança estiver distribuída em legados; - o inventariante judicial, se houver; - pessoa estranha idônea, quando não houver inventariante judicial.
Intimado da nomeação, o inventariante prestará em 5 dias compromisso de bem e fielmente desempenhar a função.
Além de representar judicialmente e extrajudicialmente o espólio até a partilha, cabe ao inventariante as atribuições do 618 e 619 (ex: administrar o espólio com diligência; prestar as 1as e últimas declarações; trazer à colação os bens recebidos pelo herdeiro ausente; alienar bens de qualquer espécie; pagar dívidas do espólio; fazer despesas para a conservação dos bens do espólio, etc), sob pena de remoção (art 622), mediante incidente instaurado de ofício ou a requerimento dos interessados, com observância ao contraditório (os autos serão apensos ao inventário, sem suspendê-lo, cuja decisão caberá agravo). Removido, o juiz nomeará outro, observada a ordem do 617.
	Primeiras Declarações – 
Nomeado inventariante, conforme art 620 cpc, este terá um prazo de 20 dias após firmar o compromisso para prestar as primeiras declarações, consistentes em informações indispensáveis à realização do inventário como: qualificação completa do falecido, data e lugar do óbito, qualificação completa dos herdeiros, etc, relação completa e individualizada de todos os bens do espólio, etc.
OBS: só se pode imputar a sonegação de bens ao inventariante após este declarar por feita a descrição de todos os bens (art 621).
	Citação e Impugnação às 1as declarações
Feitas as 1as declarações, cita-se o cônjuge/companheiro, os herdeiros e os legatários, por correio ou edital(caso incertos ou desconhecidos), e intima-se a Fazenda Pública, o MP e havendo herdeiro incapaz ou ausente, e o testamenteiro, se houver testamento.
O objetivo desta é para, num prazo de 15 dias, impugnar as 1as declarações (art 626, p3 e p4), que poderá versar sobre:
-Erros, omissões e sonegação de bens, aonde então o juíz mandará retificá-los;
-Reclamação contra a nomeação do inventariante em razão da ordem do 617, quando então o juiz nomeará herdeiro mais bem situado na ordem preferencial;
-a qualidade de quem foi incluído como herdeiro, onde o juiz verificando a ausência de condição de herdeiro, determinada a sua exclusão do feito.
De outro lado, aquele que ão for contemplado como herdeiro nas 1as declarações, deverá pleitear sua inclusão antes da partilha . Nesse caso, ouvidas as partes em 15 dias, o juiz decidirá (628).
EM ambos os casos, se a disputa da qualidade de herdeiro demandar a produção de prova que não documental, o juiz remeterá a parte para as vias ordinárias, sobrestando ou reservando, acautelatoriamente, o seu quinhão até decisão do litigio. 
OBS: o herdeiro descendente que recebeu doação ou dote do ascendente, é obrigado, no prazo de 15 dias, a fazer a colação dos bens recebidos (á título gratuito), a fim de reconstituir o acervo hereditário, sob pena de ser sonegador.
Negando o recebimento da doação, abre-se vista às partes e, instaurada a controvérsia, remetem-se a via ordinária, não podendo o herdeiro receber o seu quinhão enquanto pender a demanda, salvo prestar caução correspondente (art 641) 
	Avaliação dos Bens e últimas declarações
Após o prazo para a impugnação não oferecida ou decidida se oferecida, o juiz nomeará perito, se não houver avaliador judicial, para avaliar os bens do espólio, a fim de preparar a partilha e estimar a base de cálculo do imposto causa mortis.
 A avaliação será dispensada se a Fazenda Pública e os herdeiros (se capazes) concordarem com o valor atribuído nas 1as declarações ( 633), do contrário, será oferecido um laudo que, se aceito ou resolvidas as impugnações a seu respeito, será lavrado o termo das últimas declarações, que nada mais são do que o ato processual que dá fim à fase do inventário dos bens, sobre as quais serão ouvidas as partes também num prazo de 15 dias, cabendo ao juiz decidir sobre eventuais impugnações (637).
Não se manifestando as partes ou decidindo o juiz sobre as impugnações, procede-se ao cálculo do imposto causa mortis (ITCMD) sobre o qual também serão ouvidas todas as partes no prazo comum de 5 dias, e em seguida, a Fazenda Pública, decidindo o juiz sobre as eventuais impugnações (a638).
	Pagamento das dívidas do autor da herança (642)
Antes de se proceder à partilha, devem ser pagar as dívidas do falecido. Para tanto, o credor deverá se habilitar mediante petição acompanhada de prova da dívida, que será distribuída por dependência e apensada ao processo de inventário.
Concordando os herdeiros, o credor será habilitado e os bens, suficientes à satisfação do crédito, separados para a imediata alienação ou adjudicação, de acordo com as regras de expropriação.
Havendo controvérsia, a habilitação deverá ser resolvida pelas vias ordinárias, resguardando eventual direito do credor pela reserva cautelar dos bens (643). Passados 30 dias da efetivação de tal reserva, sem que o credor promova a ação cabível (cobrança ou execução) a medida perderá eficácia. 
OBS: credor de dívida líquida e certa, porém não vencida, poderá também requerer habilitação no inventário, porém, havendo concordância das partes, a reserva dos bens será feita para futuro pagamento.
	Partilha
Superadas as etapas anteriores, procederá a partilha, que poderá ser amigável ou judicial. 
Se amigável, as partes, maiores e capazes, apresentarão o negócio jurídico que será homologado pelo juiz por meio de sentença.
OBS: partilha amigável ocorre no BOJO DO INVENTÁRIO JUDICIAL, não se confundindo com arrolamento, que é apresentado em Cartório de Notas no inventário extrajudicial, que dispensa homologação.
Não sendo amigável, será dado vista às partes o prazo de 15 dias, para formularem o pedido do quinhão (cota parte de cada um), o qual será decidido pelo juiz, deliberando a partilha e designando os bens que deverão constituir o quinhão de cada herdeiro e legatário. Havendo só 1 sucessor, não será partilha, e sim adjudicação.
O NCPC, no parágrafo único do art. 647, prevê, de forma inédita, a possibilidade de o juiz deferir antecipadamente a qualquer dos herdeiros o exercício dos direitos de usar e de fruir determinado bem, sob a condição de que, ao término do inventário, tal bem integre a cota desse herdeiro. 
Também prevê a nova lei, no art. 649, que o bem não comporta cômoda divisão e que não couber na parte do cônjuge ou companheiro supérstite ou de um só herdeiro, será licitado entre interessados ou vendidos judicialmente, partilhando-se o valor apurado, salvo sehouver acordo para que todos o adjudique 
Definidos os quinhões, o partidor (servidor do judiciário) elabora o plano de partilha definitiva de acordo com a decisão judicial, onde se prevê o “monte-mor”, o abatimento das dívidas do espólio, bem como as despesas com funeral, os bens trazidos à colação (doação) e do resultado final, que é o monte partível, sendo prevista a reserva da meação do cônjuge ou companheiro sobrevivente, dividindo a outra metade: em duas partes, a disponível e a legítima, se houver testamento; entre os herdeiros, de acordo com a ordem de vocação hereditária (herdeiros necessários – cônjuge, descendentes e ascendentes; parentes colaterais) -art 651.
Feito o esboço, as partes dele serão intimadas para, em 15 dias, se manifestarem (652). 
Comprovado o pagamento do imposto causa mortis e juntadas as certidões negativas de débitos fiscais, o juiz profere sentença (de natureza constitutiva), homologando a partilha lançada nos autos.
Transitada em julgado a sentença da partilha, receberá o formal de partilha ou a carta de adjudicação (caso de herdeiro único) para fins de registro.
Lembrando que, de acordo com os arts. 657 e 658, caso haja vícios ou defeitos na partilha, caberá, no prazo de 1 ano, ação anulatória nos termos do art. 966, §4º, se tratar de partilha amigável, ou ação rescisória, consoante o art. 966, caput, no caso de partilha judicial (obs: em caso de investigação de paternidade post mortem, sendo a partilha já ultimada, tal situação não se sujeita ao prazo decadencial da rescisória, mas ao prazo prescricional de 10 anos para ajuizamento da respectiva ação de petição de herança, cf. Sumula 149 do STF). 
Por fim, registra-se que, sendo descobertos bens sonegados ou surgindo novos bens, deverá se proceder à sobrepartilha (art. 669), aplicando-se as mesmas regras do processo de inventário e partilha, correndo nos mesmos autos. 
	Arrolamento Sumário – Art 659 CPC
Trata-se do inventário simplificado, por serem os herdeiros maiores, capazes e concordes com a partilha, ou herdeiro único, independente dos valores do bem, cujo procedimento é concentrado, suprimindo algumas fases do inventário traidional.
-Petição inicial: apresentada por todos os herdeiros, onde indicarão os dados do falecido, relação dos seus bens e o plano de partilha, além de já elegerem um inventariante;
-O juiz recebe a petição e nomeia o inventariante indicado na inicial.
-O juiz homologa a partilha, independentemente de recolher tributo (o cálculo e o pagamento do imposto são feitos administrativamente, perante a Fazenda Estadual).
	Arrolamento comum – art 664 CPC
Cabível quando o valor dos bens deixados pelo falecido for igual ou inferior a 1000 salários mínimos, porém, o procedimento não é tão simples quanto o acima.
- petição inicial, instruída com a certidão de óbito; - nomeação do inventariante (segundo a ordem legal); - primeiras declarações, com atribuição de valores aos bens e plano de partilha; - citação dos herdeiros (intimação do MP, se houver herdeiros incapazes, ou testamento); - havendo acordo sobre a partilha e apresentadas as quitações fiscais, o juiz homologa; - havendo impugnação à avaliação feita pelo inventariante por qualquer das partes ou pelo MP, é necessária avaliação judicial, de cujo laudo serão ouvidas as partes; - impugnações serão decididas na audiência a ser designada, determinando o juiz o pagamento de eventuais dívidas; - pagamento do imposto; - juiz julga a partilha. 
b)Extrajudicial: se todos forem capazes e concordes quanto à partilha, procede-se ao inventário e à partilha, administrativamente, em Cartório, valendo a escritura Pública como título hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras (610, p1).
Deverá ser feito por meio de advogado (ou defensor público em caso de hipossuficiência), o qual redigirá a minuta, devendo constar a qualificação completa do autor da herança, dia e local do falecimento, a qual será levado ao Tabelionato de Notas, onde o tabelião poderá exigir, para lavrar a escritura, documentos tais como: certidão de óbito, identidade de todas as partes, certidão que comprove o vínculo parentesco com o autor da herança; certidão de casamento do cônjuge sobrevivente, docs comprobatórios da propriedade dos bens e seu valor.
PARTILHA - INVENTÁRIO
A partilha é a divisão do acervo entre os sucessores do falecido após o inventário, sendo assim cada herdeiro através da partilha recebe a sua parte da herança.
DIREITO À PARTILHA
O herdeiro pode sempre requerer a partilha, mesmo que o testador o proíba, cabendo igual direito aos seus cessionários e credores.
O testador pode indicar os bens e valores que devem compor as partes hereditárias, deliberando ele próprio a partilha, a não ser que o valor dos bens não correspondam às partes estabelecidas.
ESPÉCIES DE PARTILHA
A partilha pode ser:
- Partilha Amigável: sendo os herdeiros capazes, poderão fazer partilha amigável, por escritura pública, termo nos autos do inventário, ou escrito particular, homologado pelo juiz.
- Partilha Judicial: será sempre judicial a partilha se os herdeiros não entrarem em acordo e se houver algum herdeiro incapaz. Na partilha deverão ser observados os bens quanto ao seu valor, natureza e qualidade; para que haja a maior igualdade possível.
- Partilha em vida: é válida a partilha feita por ascendente, por ato entre vivos (doação) ou de última vontade (testamento), contanto que não prejudique a parte legítima dos herdeiros necessários.
BENS INSUSCETÍVEIS DE DIVISÃO
Os bens que não couberem na meação do cônjuge sobrevivente ou na parte de um só herdeiro, serão judicialmente vendidos sendo partilhado o valor apurado.
Não se fará a venda judicial se o cônjuge sobrevivente ou um ou mais herdeiros requererem o bem, repondo aos outros herdeiros o valor em dinheiro do bem após avaliação atualizada do mesmo.
FRUTOS, DESPESAS E DANOS
Os herdeiros em posse dos bens da herança, o cônjuge sobrevivente e o inventariante são obrigados a trazer ao acervo hereditário os frutos que perceberam desde a abertura da sucessão; têm direito ao reembolso das despesas necessárias e úteis que fizeram e respondem por dano que por dolo ou culpa tenham causado.
SOBREPARTILHA
Sobrepartilha é uma nova partilha dos bens que por algum motivo não foram partilhados no processo de inventário.
Ficam sujeitos a sobrepartilha:
·       Os sonegados: bens ocultados (dolosa ou culposa) que deveriam ser relacionados em inventário ou levados à colação(conferência).
·       Da herança que se descobrirem depois da partilha.
·       Litigiosos ou de liquidação difícil.
·       Situados em lugar remoto da sede do juízo onde se processa o inventário.
FORMAL DE PARTILHA
Sendo a sentença de partilha julgada, cada herdeiro receberá um documento (formal de partilha), constando:
·       Termo de inventariante e título de herdeiros;
·       Avaliação dos bens que constituirão a parte  herdada;
·       Pagamento da parte hereditária;
·       Quitação dos impostos;
·       Sentença.
GARANTIA DOS QUINHÕES HEREDITÁRIOS
A herança se mantém indivisível até o julgamento da partilha. Após o julgamento o direito de cada herdeiro fica limitado a sua parte da herança.
ANULAÇÃO DA PARTILHA
Após feita e julgada a partilha, somente poderá ser anulada por vícios e defeitos (quando contém erro) que invalidam em geral os negócios jurídicos.
Esse direito de anular se extingue em um ano.

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