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Processos Motivacionais Professora: Mônica Visconti Os principais tipos de Teorias Motivacionais Teorias de Conteúdo Teorias de Reforço Teorias de Teorias de Processo O que vimos nas aulas passadas? Teorias de Contéudo Necessidades: é um desejo fisiológico ou psicológico não atendido. As teorias motivacionais de conteúdo usam necessidades individuais das pessoas para explicar os comportamentos e atitudes das pessoas no trabalho Teorias de Conteúdo: ênfase nas necessidades humanas Principais Teóricos de Conteúdo A. Maslow F. Herzberg Aldefer D. McClelland Teoria do Reforço : Skinner • Um dos principais conceitos dentro do behaviorismo é o condicionamento operante: mecanismo que premia uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar a necessidade à ação Skinner e o comportamento operante • O Comportamento para Skinner, não é uma propriedade, ou uma característica da pessoa, mas sim uma relação que as Ações dela (seu movimentar, pensar e sentir), estabelecem com o ambiente ao seu redor. Condicionamento Operante O comportamento operante refere-se a algo voluntário ou aprendido. O comportamento acontece em função de suas conseqüências. Teorias de Processo da Motivação Interesses pessoais x organizacionais: Interesses desiguais, divergentes, antagônicos. Empregado: quer receber o máximo possível. Empresa: produtividade, qualidade, lucratividade. Determinar as regras e os parâmetros para não criar expectativas desnecessárias. Teoria da Expectação • O que determina a boa vontade de um indivíduo para esforçar-se para trabalhar em tarefas que contribuem para o desempenho de uma unidade de trabalho e da organização ? Modelo de expectância de Vroom • O comportamento humano é voltado para resultados. • Determinam a ação das pessoas: • a) o valor da recompensa; • b) o que se espera como recompensa. •A motivação do indivíduo para exercer esforço é baseada nas suas expectativas de sucesso... • ... por isso, a motivação das pessoas para produzir e cooperar com as metas da organização, num dado momento, depende dos objetivos individuais e da percepção que a pessoa tem da utilidade desse desempenho, como meio de atingir aqueles objetivos. Teoria da Expectação - V. Vroom Desempenho individual Recompensa organizacional Metas pessoais Esforço individual Expectância Instrumentalidade Valência = Motivaçãox x (Robbins, 2002) Motivação = V x I x E Motivação = Combinação de Desejo+Esforço Desejo ocorre quando: V e I => Altas Esforço ocorre quando: V, I e E => Altas DIMENSÕES DO DESEMPENHO Capacidade (Aptidão) Motivação Oportunidade e Recursos Desempenho Desempenho = f (C x M x O) MODELO DE MOTIVAÇÃO E DESEMPENHO VALÊNCIA INSTRUMENTALIDADE EXPECTATIVA APTIDÃO PRECISÃO DAS PERCEPÇÕES DO PAPEL Desejo de desempenhar Desempenho Esforço Primeiro passo Segundo passo Terceiro passo Quarto passo Para determinar a motivação para o trabalho, Vroom propôs uma equação• M = E I V Motivação Expectativa Instrumentalidade Valências Cada indivíduo tem preferência por determinados resultados finais, aos quais Vroom chama valências. “Valência positiva” “Valência negativa” Desejo de os alcançar Desejo de os evitar A lógica da motivação da expectativa é a de que as pessoas escolhem entre comportamentos alternativos. Teoria da Expectativa Conclusão ... competências, habilidades, oportunidades • Assim, a motivação não é equivalente a desempenho profissional; esta depende de uma combinação de variáveis que determinam opções de comportamento, os quais irão, então, influenciar o grau de motivação. • Esta teoria encara a motivação como uma combinação de determinantes, que se conjugam com outras variáveis... Como administrar a Valência das recompensas • Peça as pessoas para descrever suas necessidades. • Identifique para elas as recompensas de que você dispõe. • Discuta com elas como as necessidades podem ser combinadas com as recompensas. • Façam uma lista juntos do que pode ser feito para obter recompensas. • Pergunte sobre os possíveis resultados negativos e como se pode evitá-los. Para Vroom motivação é ... • Vontade de empregar altos níveis de esforço em direção a metas organizacionais, condicionada pela capacidade do esforço de satisfazer alguma necessidade do indivíduo. Teoria da Eqüidade de Adams Teoria da Eqüidade • Resultado de trabalhos independentes; • Grau de Eqüidade: razão entre a entrega individual (p. ex. Esforço) e a recompensa (p.ex. Pagamento), comparada a uma relação similar para outra pessoa que seja relevante em termos de comparação; Cerne da Teoria da Eqüidade: • O determinante do desempenho é o grau de eqüidade ou ineqüidade percebida. Ineqüidade negativa: uma pessoa sente ineqüidade negativa quando acredita que recebeu relativamente menos de uma recompensa do que outros, proporcionalmente ao que colocou no trabalho. Ineqüidade positiva: quando percebe que recebeu maior recompensa que os outros relativamente. Passos para Administrar a Dinâmica da Eqüidade • Reconhecer que as comparações de eqüidade são inevitáveis. • Antecipar as ineqüidades negativas quando oferecer recompensas. • Comunicar avaliações claras de desempenho quando oferecer recompensas. • Comunicar as razões para as recompensas. • Comunicar qualquer ponto adequado de comparação. Incentivos Organização Contribuições A importância do equilíbrio "... os indivíduos possuem objetivos que desejam alcançar e agem intencionalmente de acordo com suas percepções da realidade. A motivação desenvolve-se somente depois de se ter um objetivo a concretizar. O objetivo é que dá impulso, ou seja, mobiliza as energias de um indivíduo e gera a intenção de se concretizar algo. Nessa perspectiva, a motivação liga-se à ação (...). A intencionalidade do indivíduo é sempre associada à sua expectativa de realização." (Motta, 1991) A Inveja nas Organizações “Sucesso no Brasil é ofensa pessoal” Tom Jobim Não há ódio mais implacável do que o da inveja” “Arthur Schopenhauer Categorias de Inveja Sublimada: • Os indivíduos sentem inveja mas conseguem superar esse sentimento, utilizando-o para o seu próprio crescimento. Tais indivíduos admitem as qualidades do seu objeto de inveja e buscam se superar para alcançar seus próprios objetivos. Inveja neurótica: • Nesta categoria estão os indivíduos que sentem inveja e sofrem com isso, sem fazer nada para mudar suas atitudes. Normalmente são deprimidos, amargos e ansiosos. Inveja Perversa: • Se refere a indivíduos que buscam destruir seus objeto de inveja. São difíceis de se encontrar em organizações porque ao depreciar seu objeto de inveja acabam por destruir suas próprias relações de trabalho. Gerenciando a Inveja nas Organizações "Tenho inveja das pessoas que não têm inveja de nada.“ Madonna NÍVEL ORGANIZACIONAL Fatores indutores Fatores redutores O Individualismo Cooperação e trabalho em equipe As estruturas fechadas Gestão participativa Os modelos autoritários Flexibilidade e autonomia Privilégios e ostentações Transparência e programas de salários e benefícios As mentiras e boatos Avaliação de méritos e potenciais A politização Negociação de conflitos Nível Individual NÃO SIM A busca de sucesso a qualquer preço A busca de autoconhecimento A centralização Descentralização As estratégias de desvalorização A busca de autovalorização As projeções A busca de excelência A busca de ostentação A busca de lideranças A estratégia de idealização A busca de reciprocidade • “Algumas recompensas materiais e benefícios são especificamente estipulados e concordados, porém os fatores psicológicos, tais como a satisfação no trabalho e as expectativas de trabalho desafiante, tratamento imparcial e assim por diante, são mais implícitos por natureza. Mesmo assim, embora nãodeclaradamente esta 'renda psicológica' talvez seja o componente mais crítico do contrato”. • Buono, 1992 As abordagens Motivacionais • Condicionamento x Motivação • Motivação Extrínseca • Motivação Consciente • Motivação Intrínseca Motivação Extrínseca Recompensas extrínsecas x comportamentos condicionados: características • Reação positiva de imediato, mas a melhora é de curta duração; • Transitoriedade: os valores propostos como recompensas são cada vez mais altos para surtir resultados; • Quebra de continuidade: extinguir um programa de recompensas provoca consequências negativas: as pessoas sentem a extinção como punição e ficam frustradas; • Sensação de injustiça: quando não conseguem receber o prêmio e outros conseguem , as pessoas sentem-se injustiçadas. Efeitos negativos das recompensas extrínsecas como forma de condicionar comportamentos (KOHN, 1998) • As recompensas punem: a sensação de punição fica em todos que não as recebem; • As recompensas rompem relacionamentos; • As recompensas ignoram razões; • As recompensas desencorajam a assumir riscos; • As recompensas minam o interesse; Motivação Consciente • Para a abordagem das decisões conscientes, a motivação para o desempenho depende de como a situação é percebida e das necessidades da pessoa. • Caso um indivíduo sinta que os resultados da sua ação sejam atrativos, mobilizará esforços na linha do desempenho eficaz. • Por isso, acredita-se que as recompensas financeiras podem de alguma forma influenciar a motivação. Motivação Intrínseca • “A motivação é uma força que se encontra no interior de cada pessoa e que pode estar ligada a um desejo”. • “Uma pessoa não consegue jamais motivar alguém; o que ela pode fazer é estimular a outra pessoa”. • “A probabilidade de que uma pessoa siga a uma orientação de ação desejável está ligada à força de um desejo. As pessoas fazem as coisas que querem e quando querem.” • Gooch e McDowell (1988) Motivação : o pensamento de Bergamini • Se no início do século, o desafio era descobrir aquilo que se deveria fazer para motivar as pessoas, mais recentemente passou-se a perceber que cada um já traz, dentro de si suas motivações. • A empresa deve encontrar e adotar recursos organizacionais capazes de não sufocar as forças motivacionais inerentes às pessoas. Promovendo a cidadania organizacional • Quando um funcionário percebe que os processos e resultados da empresa são justos, cria-se satisfação e confiança. • Um funcionário satisfeito e que confia em seu empregador, tem mais boa vontade para se engajar em comportamentos corretos, a falar bem da organização, a ser solidário com os colegas e a superar as expectativas em relação ao trabalho. Motivação Intrínseca e Comprometimento • Nessa abordagem de motivação as organizações procuram proporcionar oportunidades de satisfação de necessidades através da execução do próprio trabalho, e assim, interiorizar a motivação de modo que as pessoas apreciem realizar um bom trabalho. CONCLUSÕES Cecília W. Bergamini Deve-se aceitar que não há nada que se possa fazer para motivar as pessoas ou administrar a motivação de alguém. Deve-se considerar as diferenças individuais. A pessoa intrinsecamente motivada se autolidera, sem necessidade que algo fora dela a dirija, é líder de si mesma. O que mais energiza um comportamento motivacional é a busca da felicidade pessoal – o homem procurará estar sempre fazendo aquilo que o torna pessoalmente feliz – caso se possa oferecer a ele a oportunidade de escolher livremente o seu programa de vida. O significado do trabalho Sentido , satisfação e felicidade no trabalho O significado do trabalho É cada vez mais importante termos consciência do impacto do significado que damos ao nosso trabalho para o nível de satisfação que este nos traz. Pessoas com o mesmo trabalho, por mais aparentemente aborrecido que pareça, podem vê-lo como um trabalho, uma carreira ou um propósito. Estes últimos têm maior satisfação e fazem um melhor trabalho no final. • As organizações em geral não se focam em valorizar o seu propósito; lembrar consistentemente e frequentemente o propósito da organização pode fortalecer os motivos internos e melhorar a performance. • As organizações usam consequências instrumentais como incentivos (bônus, aumentos) comunicando que o que deve motivar as equipes são estes instrumentos; • Devem ser salientadas consequências com significado como incentivo (impacto nos outros, autonomia, etc.) • Fatores como a falta de autonomia e excesso de supervisão desgastam os motivos internos; desenhar a atividade para que aumente o interesse ou significado aumenta a motivação a longo prazo. Elementos que estão presentes em um trabalho significativo • Promoção da aprendizagem e do desenvolvimento das pessoas; • Oportunidade de proporcionar às pessoas um papel social nas atividades da sociedade; • Promoção, na pessoa, da sensação de estar contribuindo, de pertencer, de ser apreciado, o que permite desenvolver sua auto-estima; • Oportunidade de produzir bens e serviços desejados pela sociedade; • Promoção da satisfação. • Fonte:HARMAN, W. & HORMAN, J. O trabalho criativo. São Paulo: Cultrix, 1990. O significado do trabalho • Numa visita do presidente Kennedy à NASA ele pergunta a um senhor que varre o chão o que ele está fazendo ao que este lhe responde • “Estou ajudando o homem a chegar à lua.” Felicidade no trabalho • As organizações têm papel potencializador no controle do ambiente, espaço e tempo de trabalho do indivíduo, fatores que influenciam seu equilíbrio, bem-estar e felicidade autogerada. Fatores que levam as pessoas a realizar determinada atividade Fatores de felicidade no trabalho Wrzesniewski et al. (1997) mostraram que os trabalhadores, em geral, dividem-se em três categorias distintas: • O primeiro grupo entende o trabalho como um emprego apenas, não havendo necessidade de provocar interesse ou satisfação. Assim sendo, a maior preocupação desses indivíduos é o salário. Movem-se de um emprego a outro em busca de maiores recompensas financeiras. • O segundo grupo tem como prioridade a carreira e o crescimento através de promoções. Movem-se de um emprego a outro em busca de maior prestígio, status e poder. Quando percebem que as possibilidades de ascensão em seu local de trabalho começam a esgotar-se, ficam insatisfeitos e o interesse pelo trabalho desaparece. • Há, entretanto, uma terceira categoria de pessoas motivadas pela vocação. Estes indivíduos realizam seu trabalho pela atividade em si, declaram que continuariam a executá-lo ainda que não recebessem por isso, porque veem um propósito mais elevado em sua ação e sentem que assim contribuem para uma sociedade melhor. • Quando gostamos do que fazemos profissionalmente, o trabalho nos dá uma identidade um sentido e apreciamos mais o que a vida nos oferece fora do local de trabalho. • Usufrua o que seu trabalho lhe dá e você se tornará capaz de apreciar aquilo que realmente importa. • NIVEN, David (2001 p.97) O trabalho como fator positivo... Como o líder deve proceder? • Desafie as pessoas a alcançarem seu padrão de excelência. • Explicite os padrões empresariais desejados. • Comunique. • Estimule as pessoas a sentirem orgulho do que fazem. • Deixe claro as recompensas individuais e as grupais oferecidas pela empresa, em um processo de reconhecimento pelo esforço despendido. • Reconheça o trabalho realizado e deixe claro o seu reconhecimento para quem o realizou. • Elogie, incentive, aposte nas pessoas ! • Aceite as possibilidades e limites de cada um. • Compartilhe a autoridade. • Permita que as pessoas errem e incentive-as a aprenderem com o erro. • Seja solidário. • Respeite o tempo de cada um. • Eduque, sobretudo pelo exemplo. • Nunca constranja uma pessoa na frenteda outra. • Dê às pessoas o direito de expressarem seus sentimentos. • Faça com que o seu discurso corresponda a sua ação. Como os pontos de vista das várias teorias da motivação podem ser integrados ? • As Teorias de Condicionamento e Condicionamento Operante de Skinner apontam que em situações de alcance de objetivos em curto prazo este tipo de condicionamento é eficaz, embora sofra variações de pessoa para pessoa. • As teorias de Maslow, Herzberg e McClelland ajudam a identificar importantes necessidades e determinam quais as recompensas que as pessoas valorizam. • A Teoria da Expectação pode ser usada para construir um modelo integrado de motivação baseado em considerações de esforço-desempenho-recompensas • A Teoria da Eqüidade sugere que quaisquer recompensas devem ser percebidas como sendo equilibradas no contexto social do local de trabalho. • As teorias psicanalíticas e dos traços de personalidade mostram que embora a motivação enseje empenho no trabalho, o desempenho individual também depende das características da personalidade bem como das habilidades relevantes para o desempenho da tarefa. O que aprendemos sobre motivação ? O que é motivação. Os principais estudos sobre motivação. O trabalho como fator motivacional. Motivação e Liderança É mais pertinente do que nunca instrumentalizar gestores para que suas gestões tenham visões mais abrangentes do que apenas a obtenção de resultados. A liderança necessária para o nosso momento é a que obtém comprometimento para resultados em paralelo ao crescimento das pessoas. Motivação • http://www.youtube.com/watch?v=bIhHrL73d4s • http://www.youtube.com/watch?v=tw2kIIEUJPA http://www.youtube.com/watch?v=bIhHrL73d4s http://www.youtube.com/watch?v=tw2kIIEUJPA Bibliografia • Bergamini Cecília W. & Coda, Roberto. (organizadores). Psicodinâmica da vida organizacional: motivação e liderança. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1997. • Bergamini Cecília W.Psicologia Aplicada à Administração de Empresas.4a. Ed. São Paulo: Atlas, 2006. • Chanlat, Jean-François. (coordenador) O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. Vols. 1 e 2. São Paulo:Atlas, 1992-1993. • Davis, Keith & Newstrom, John W. Comportamento humano no trabalho. Vols. 1 e 2. São Paulo Pioneira Thonsom Learning, 2001. • Dejours, C. et alii. Psicodinâmica do trabalho. São Paulo: Atlas, 1994. • Ellis, Steve; Penny Dick, An introduction to organizational behaviour, 2nd ed., New York, McGraw-Hill, 2002. • Enriquez, Eugène. A organização em análise. Petrópolis: Vozes, 1997. • Hampton, David R. Administração: comportamento organizacional. São Paulo: Mcgraw-Hill, 1990. • Kolb, David A. , Rubin, Irwin M. & Mclntyre, James M. Psicologia organizacional: uma abordagem vivencial. São Paulo: Atlas, 1990. • Robbins, Stephen P. Comportamento Organizacional.11a. Ed. São Paulo:Pearson prentice Hall, 2005. • Shein, Edgar H. Psicologia Organizacional. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1982. • Schermerhorn, John R. Jr, Hunt, James G. & Osborn, Richard N. Fundamentos de comportamento organizacional. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 1999. • Soto, Eduardo, Comportamento organizacional: o impacto das emoções, São Paulo, Thomson Editores, 2002 • ** Foram utilizados textos de revistas especializadas, jornais e Internet
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