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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS CONCEITOS INICIAIS O conjunto de atividades conduzidas em uma organização, visando a MAXIMIZAR a utilização dos recursos da empresa. Em outras palavras é evitar o desperdício. Objetivos secundários da administração de material Suprir a organização dos materiais nas quantidades corretas, na qualidade requerida, no momento certo, armazenando-os da maneira e no local apropriados, praticando preços econômicos e minimizando ESTOQUES. A gestão de estoque divide-se em três em 3 atividades 1. Gestão de estoques 2. Gestão de compras 3. Gestão dos centros de distribuição As principais tarefas da gestão de recursos materiais são: 1. Identificação de fornecedores 2. Compra 3. Recebimento de materiais 4. Armazenagem e movimentação 5. Distribuição interna 6. Controle de estoque 1. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS Trata-se de um procedimento de aglutinação de materiais por características semelhante, um procedimento necessário a fim de racionalizar o controle de materiais em estoque. São três os atributos de um bom sistema de classificação: 1. Abrangência = a classificação deve abordar uma série de características dos materiais, caracterizando-os de forma abrangente. Aspectos físicos, financeiros, contábeis...são todos fundamentais em um sistema de classificação abrangente. 2. Flexibilidade = permitir interfaces entre os diversos tipos de classificação, de modo a obter uma visão ampla da gestão de estoques. Enquanto a abrangência tem a ver com as características do material, a flexibilidade refere-se à “comunicação” entre os tipos de classificação, bem como à possibilidade de adaptar e melhorar o sistema de classificação sempre que desejável 3. Praticidade = a classificação deve ser simples e direta, sem demandar do gestor procedimentos complexos Etapas da classificação de materiais 1. Catalogação = arrolamento de todos os itens de material existentes em estoque, permitindo uma ideia geral do conjunto 2. Simplificação = redução da diversidade de itens de material em estoque que se destinam a um mesmo fim. Caso existam dois itens de material que são empregados para a mesma finalidade, com o mesmo resultado – indiferentemente, opta-se pela inclusão no catálogo de materiais de apenas um deles. 3. Identificação (Especificação) = descrição minuciosa do material, possibilitando sua individualização em uma linguagem familiar ao mercado 4. Normalização = estabelecimento de normas técnicas para os itens de material em si, ou para seu emprego com segurança. 5. Padronização = uniformização do emprego e do tipo do material. Facilita o diálogo com o mercado, facilita o controle, permite a intercambialidade de sobressalentes ou demais materiais de consumo (peças, cartuchos de impressoras padronizadas, bobinas de fax etc; 6. Codificação = atribuição de uma série de números e/ou letras a cada item de material, de forma que essa informação, compilada em um único código, represente as características do item. Cada item terá, assim, um único código. Critérios de classificação de materiais 1. Possibilidade de fazer ou comprar Esta classificação tem por objetivo prover a informação de quais materiais poderão ser produzidos internamente pela organização, e quais deverão ser adquiridos no mercado. As categorias de classificação podem ser assim listadas: materiais a serem produzidos internamente; materiais a serem adquiridos; materiais a serem recondicionados (recuperados) internamente; materiais a serem produzidos ou adquiridos (depende de análise caso-a- caso pela organização). A decisão sobre produzir ou adquirir um item de material no mercado é tomada pela cúpula da organização, considerando os custos e a estrutura envolvida. Nesse contexto, há duas estratégias possíveis: a verticalização e a horizontalização: Verticalização→ Produz-se (ou tenta-se produzir) internamente tudo o que puder. Horizontalização → Compra-se de terceiros o máximo de itens que irão compor o produto final. 2. Por demanda Materiais de estoque - São os materiais que, dada a previsibilidade da demanda pela organização, devem ser mantidos em estoque. Materiais Não-de-Estoque - São os materiais que, dada a imprevisibilidade da demanda pela organização, não tem necessidade de estarem em estoque. Observação: As demais classificações (apresentadas a seguir) são atinentes exclusivamente aos materiais de estoque, que são mantidos nos almoxarifados das organizações. 3. Por aplicação na organização Matéria prima - Substância que toma parte no processo de produção, incorporando fisicamente o produto final Produto intermediário ou em processo - É o produto que tomará parte no produto final, sem que haja alteração em suas propriedades químicas ou físicas. Podem ser adquiridas de outra organização, ou fabricadas internamente. Produto final ou acabado - É aquele que representa o objetivo final da organização, estando pronto para comercialização. Material auxiliar - É utilizado no processo de produção/fabricação, sem que se incorpore ao produto final. Vai desde o material de expediente utilizado (papel, caneta), até ferramentas, além dos materiais por ventura consumidos como combustíveis (óleo diesel, gasolina, carvão etc). 4. Por periculosidade 5. Pericibilidade 6. Importância operacional A Classificação XYZ avalia o grau de criticidade ou de imprescindibilidade do item de material nas atividades desempenhadas pela organização. Classe X - Materiais de baixa criticidade, cuja falta não implica paralisações da produção, nem riscos à segurança pessoal, ambiental e patrimonial. Ainda, há facilidade de sua obtenção no mercado. Classe Y - Materiais que apresentam grau de criticidade intermediário, podendo, ainda, ser substituídos por outros com relativa facilidade. Classe Z - Materiais de máxima criticidade, não podendo ser substituídos por outros equivalentes em tempo hábil sem acarretar prejuízos significativos. A falta desses materiais provoca a paralisação da produção, ou coloca em risco as pessoas, o ambiente ou o patrimônio da empresa As razões para a consideração de materiais como críticos podem ser assim listadas: razões econômicas = materiais de alto valor, ou de custos significativos de transporte e armazenagem; razões de armazenagem = manuseio e transporte = materiais de alta periculosidade, ou perecíveis, ou, ainda, de elevados peso e dimensão. razões de planejamento = materiais de difícil previsão de consumo, pela organização. 7. Por valor econômico (Curva ABC) Também chamado de Princípio de Pareto ou, ainda, Curva 80- 20 É uma ferramenta segundo a qual os itens de material em estoque são classificados de acordo com sua importância, geralmente financeira. No método da Curva ABC, os itens em estoque são classificados em três classes: Classe A: itens de maior relevância Classe B: itens de importância intermediária Classe C: itens de menor relevância em estoque Atributos para a Classificação de Materiais Permanentes e de Consumo Material de Consumo É aquele que, em razão de seu uso corrente, perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos. Material Permanente É aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde sua identidade física, mesmo quando incorporado a outro bem, e/ou apresenta uma durabilidade superior a dois anos. Um material é considerado de consumo caso atenda um, e pelo menos um, dos critérios a seguir: Critério da Durabilidade Critério da Fragilidade Critério da Perecibilidade Critério da Incorporabilidade Critério da Transformabilidade 2. GESTÃO DE ESTOQUE Estoque é toda e qualquer porção armazenada de material, com valor econômico para a organização, que é reservadapara emprego em momento futuro, quando se mostrar necessária às atividades organizacionais. Custos de estoque Custos diretamente proporcionais Aumentam de acordo que aumenta o estoque custo de espaço físico - custo de perdas - custo de furtos e roubos - custo de obsolescência - custo com seguro para o estoque - custos de depreciação. Ainda fazendo parte dos custos de carregamento, temos o custo de capital que são os juros (geralmente anuais) que incidem sobre o valor de compra ou de produção item estocado. É o valor que se “perde” pela opção de imobilizarmos um capital que poderia ser investido de forma distinta. Eis a síntese dos custos diretamente proporcionais: CC = CA + CK Onde: CC = custo de carregamento CA = custo de armazenagem CK = custo de capital Ainda, podemos equacionar o custo de capital da seguinte forma: CK = j * P Onde: j = taxa de juros, por determinado período (geralmente anual) P = custo estimado para a produção do item de estoque Logo: CC = CA + j * P Custos inversamente proporcionais Os custos diminuem a medida que o estoque aumenta. São também conhecidos como custos de pedido, caso os itens sejam adquiridos nos mercados, ou custos de produção, caso sejam produzidos internamente. Custos independentes Trata-se de um valor fixo, que independe da quantidade de itens em estoque. Métodos de previsão da demanda Caso haja informações incorretas na previsão de consumo, duas situações podem ocorrer: Acentuação de custos de estoque: ocorre quando mantemos estoque de itens que não têm demanda na organização; Custos de falta de estoque: ocorre quando o estoque mantido é inferior à demanda, acarretando a falta do item de material em um momento em que ele é necessário. É comum a divisão das informações utilizadas na previsão da demanda em duas categorias: Qualitativas: São informações de especialistas sobre os fatores que podem afetar a demanda. Ex: Pesquisa, opinião de gerente, vendedor, compradores, etc. Quantitativas: São informações de fatores que podem afetar diretamente a demanda tais como crescimento populacional, modismo, propaganda, etc. Há, ainda, três grupos dentro dos quais podemos classificar as técnicas de previsão de consumo: Predileção: a previsão de demanda é feita a partir da opinião de empregados experientes; Explicação: a intenção é explicar o consumo (venda) no passado, a partir da sua relação com outras variáveis de evolução conhecidas; Projeção: Admite-se que o futuro será uma repetição do passado, ou, ainda, que o consumo sofrerão um acréscimo com o tempo. Métodos quantitativos de previsão de demanda Último Período - Adota-se simplesmente o consumo do período imediatamente anterior como previsão para o próximo. Média Aritmética ou Média Móvel - A previsão do próximo período é obtida pela média aritmética simples dos períodos anteriores. Média Ponderada - A previsão do próximo período é obtida pela média ponderada dos períodos anteriores. Peso maior é atribuído aos períodos anteriores mais recentes. Atribuisse a peso mais alto ao periodo mais próximo e não há a divisão da média. Média Móvel Exponencialmente Ponderada (MMEP) - Procura eliminar as variações acentuadas que ocorreram em períodos anteriores. Método da Média com Suavização Exponencial (MMSE) – Importante sabermos que, para esse método, é necessário sabermos apenas três valores: previsão de demanda do último período; consumo real do último período; valor do coeficiente de ajuste (β). Média dos Mínimos Quadrados (MMQ) - Tenta obter a equação de uma reta a partir dos dados de consumo de períodos anteriores. Esta equação passa a ser a “lei” da demanda. Controle do estoque por meio de indicadores É feito sob um procedimento chamado inventário. Trata-se de uma contagem dos bens, e posterior “batimento” (ou verificação) junto aos documentos de controle. Estudaremos o procedimento de inventário mais adiante em nosso curso onde três indicadores merecem destaque. Nível de serviço – Nada mais é do que a relação entre o número de requisições atendidas e o número de requisições efetuadas Giro de estoque e cobertura de estoque - É o número de vezes que o estoque de determinado item de material é renovado, em determinado período. No caso de estoque que tenha apenas um item, calcula-se o giro pele relação entre demanda de um período e o estoque médio no período. Porém quando tratar-se de um estoque com vários produtos o cálculo é feito com base nos custos da mercadoria. Um alto giro de estoque significa que menos capital encontra-se imobilizado nos almoxarifados. É uma situação a ser perseguida pelo gestor de materiais. Cobertura de estoques (ou taxa de cobertura, ou, ainda, antigiro) É um indicador responsável por informar o período (geralmente em dias) que o estoque médio será capaz de atender a demanda média (caso não haja reposição). Níveis de estoque e sistemas de reposição: sistema de reposição periódica e sistema de reposição contínua (ponto de pedido) Sistema de reposição periódica = Modelo de estoque máximo = Modelo de intervalo padrão = os pedidos para reposição de estoques são feitos periodicamente. A quantidade comprada, somada com a existente em estoque, deve ser suficiente para atender o consumo até a chegada da encomenda seguinte. Sistema de reposição contínua = Sistema de Máximos e Mínimos = sempre que o estoque atingir uma determinada quantidade, um novo pedido de compra é emitido. Esta quantidade é chamada de Ponto de Pedido. Tempo de reposição - É o intervalo de tempo entre a emissão do pedido e a chegada do material no almoxarifado. É também conhecido como lead time. = Δt (processamento do pedido + tarefas do fornecedor + recebimento) Lote de compra - Quantidade do item de material especificada no pedido de compras Ponto de pedido - É a quantidade de um determinado produto em estoque que, sempre que atingida, deve provocar um novo pedido de compra. Esta quantidade garante a continuidade do processo produtivo até que chegue o Lote de Compra (durante o Tempo de Reposição) PP = (C X TR) + ES, onde C = consumo médio do item TR = tempo de reposição ES = estoque mínimo ou de segurança Estoque mínimo ou de segurança - É um estoque “adicional”, capaz de cobrir eventuais atrasos no tempo de reposição, cancelamento do Lote de Compra ou aumento imprevisto no consumo. Estoque máximo - É o máximo de itens em almoxarifado. É igual à soma do estoque de segurança com o lote de compra. Emáx = ES + L Planejamento e políticas de administração de estoques: sistemas de produção empurrada (tradicional) e puxada (just in time) Significando fazer “o que é necessário, quando é necessário, e na quantidade necessária. Prima pelo estoque nulo Dentro dele existe o sistema Kaban que diz: “abastecer a unidade fabril, de acordo com os itens necessários, nas quantidades necessárias, no momento necessário, com a qualidade necessária para suprir a linha de montagem final sem perdas e geração de estoques”. Método de avaliação de estoque Avaliar um estoque significa estimar quanto capital encontra-se imobilizado em estoque. Esta informação é das mais importantes à cúpula da organização. Afinal, deve haver uma preocupação em garantir que o capital imobilizado em estoques não atinja grandes vultos, mantendo-se de acordo com a política de gestão de materiais da organização. É importante ressaltarmos que a avaliação é feita a partir dos preços dos itens de material que temos em estoque. Custo de reposição - Um modo de avaliar o estoque verificando no mercado qual o preço vigente do item do material. Há três métodos de avaliação de estoque mais comumente aplicados: Custo médio Adota-se um preço média entre todasas entradas e saídas. Esse método atua como moderador de preços, minimizando as eventuais flutuações. PEPS (Primeiro a entrar, primeiro a sair) ou FIFO (First in, First out) Na saída do estoque consideram-se os preços dos itens mais antigos. O que resta no estoque são os itens com preço de mercado mais atualizados. UEPS (Último a entrar, primeiro a sair) ou LIFO (Last in, first out) Na saída do estoque consideram-se os itens mais recentes. O que resta no estoque são os itens de preço 3. COMPRAS As compras nas organizações: aquisição dos materiais e do patrimônio São três atributos essenciais em uma Gestão de Compras eficiente: preço econômico, qualidade e celeridade. Função compras A função compras requer planejamento e acompanhamento, processos de decisão, pesquisa e seleção de fontes supridoras dos diversos materiais, diligenciamento dos fornecedores (para assegurar que o produto será recebido sem atrasos, no momento esperado). Requer, ainda, uma coordenação geral entre os diversos órgãos da empresa: almoxarifados, finanças e todos os diversos setores que são revestidos do papel de clientes da compra a ser realizada. OBJETIVOS DA FUNÇÃO COMPRAS Garantir o efetivo suprimento de materiais e serviços, nas quantidades e nos prazos demandados pelos clientes internos; Comprar com qualidade, celeridade e ao preço econômico; Manter um cadastro de fornecedores que garanta fluxo de materiais e serviços; Planejar as compras (fazendo um calendário de aquisições, por exemplo); Manter uma relação próxima com as áreas internas da organização, em especial os clientes internos, almoxarifados e finanças; Manter um bom relacionamento com fornecedores (* cai muito em concursos!!); Criar ferramentas que permitam um efetivo controle do processo de compras. As atividades inerentes ao setor de compras de uma organização (especialmente de um órgão público) podem ser listadas da seguinte forma: Manutenção do cadastro de fornecedores (cadastramento / atualização dos dados / exclusão). Gerenciamento dos diversos processos (originados internamente à organização) de solicitação de compras. Pesquisa de preços no mercado (é cotação ou orçamentação, que servirá de base para a aquisição futura). Instrução de processos licitatórios (confecção de editais, de minutas de contrato etc.) = é a fase interna da licitação. Abertura e condução de licitações (é onde, efetivamente, faz-se a seleção dos fornecedores) = é a fase externa da licitação. Assinatura de contratos ou de atas de registro de preços / entrega de notas de empenho aos fornecedores. Trata-se do estágio da despesa chamado empenho. Neste estágio, é oficializada a obrigação da Administração Pública de efetuar o pagamento, bem como do particular de fornecer bem. Acompanhamento da entrega do produto, ou seja, preocupação da Administração quanto à liquidação da despesa. Etapas do Processo: o Ciclo de Compras A atividade de acompanhamento de pedidos é também conhecida como follow up e tem as seguintes etapas: Recebimento das requisições de compra Manutenção do cadastro dos fornecedores Emissão de pedido de compra Pesquisa de preços Seleção dos fornecedores Acompanhamento do pedido/controle do recebimento Recebimento do material Aprovação da fatura para pagamento A organização do setor de compras É comum a departamentalização de acordo com as seguintes funções: Manutenção do cadastro de fornecedores = trata-se de uma função de apoio à atividade de compras. Há critérios específicos para a seleção de fornecedores, como veremos mais adiante nesta aula; Processamento das Compras (Seção de Aquisições (ou Seção de Compras, ou, ainda, Central de Compras)= o processamento é efetuado por unidade administrativa responsável pelo recebimento das requisições de compras (proveniente dos demais órgãos internos da organização), bem como por toda a instrução do processo de compras (pesquisa de preços, negociação com fornecedores etc.). Em empresas privadas, este setor conclui a negociação com os fornecedores, após sua seleção. Já em órgãos públicos, onde a licitação é obrigatória, este setor apenas instrui a fase interna do procedimento licitatório. A fase externa fica por conta da Comissão Permanente de Licitação, que procede à execução de tarefas como (divulgação de editais, abertura e condução de procedimentos licitatórios etc.); Acompanhamento (ou diligenciamento) de pedidos (Seção de Liquidação) = geralmente, há uma unidade administrativa responsável pelo acompanhamento de pedidos (também conhecido por follow up), tendo grande ênfase no cumprimento, por parte do fornecedor, dos prazos de entrega dos itens de material. Após a entrega, esta unidade encaminha as faturas (notas fiscais) para pagamento. Em uma estrutura centralizada, as compras são concentradas em um único órgão. As vantagens são: minimiza-se a chance de haver compras duplicadas (incorrendo em maior custo de pedido e perdendo-se em economia de escala), possibilita-se melhor controle, etc. No caso de organizações que possuem unidades administrativas dispersas geograficamente opta-se por uma estrutura descentralizada que tem como principais vantagens a maior agilidade no atendimento das demandas dos clientes internos. Modalidades de compras De acordo com o item comprado Compra para investimento Aquisição de bens patrimoniais (equipamentos, instalações etc.), que irão compor o ativo imobilizado da empresa. Compra para consumo Aquisição de matérias primas e produtos intermediários (= materiais produtivos) ou materiais auxiliares (= materiais improdutivos). De acordo com o local de origem do fornecedor Compra local O fornecedor é do mesmo país do comprador Compra por importação Comprador e fornecedor são de países distintos. Nesse caso, há maior exigência burocrática. De acordo com a formalização das compras Compras formais São compras que exigem documentos que comprovem a instrução do processo de compra (orçamentos, editais, notas fiscais, contratos etc.) Compras informais São compras de pequeno valor, que dispensam maiores trâmites burocráticos. No setor público, há exigência de menor formalidade nas compras por suprimento de fundos, dado seu baixo vulto (valor). No entanto, não há de se falar em informalidade em órgãos públicos. De acordo com a necessidade de entrega do item Compras antecipadas São compras que antecedem a necessidade efetiva de consumo, cujos itens irão compor o estoque da organização. Essas compras carecem de planejamento prévio do gestor de estoques. Compras parceladas (ou contratadas) São compras formalizadas por meio de contratos que preveem a entrega dos itens de material parceladamente, ou em determinada época desejada. Compras emergenciais São compras urgentes, originárias de uma necessidade não prevista com a devida antecedência. São prejudiciais à empresa, dado que o caráter de emergência reduz o poder de negociação com o fornecedor (há menos tempo para fazer a pesquisa de mercado, por exempl De acordo com o ineditismo ou a recorrência da compra Compra nova São compras inéditas, não realizadas anteriormente pela organização. Quanto maior o custo/risco e menor as informações disponíveis no mercado, maior o tempo inerente à tomada de decisão da compra. Recompra direta São compras rotineiras, realizadas usualmente pela organização, nas quais as variáveis envolvidas são conhecidas, e que a avaliação de alternativas é considerada desnecessária Recompra modificada São compras rotineiras, mas que sofrem a alterações nas especificações, nos termos de compra, nos potenciais fornecedores ou em qualquer outra variável envolvida, o que exige uma reavaliação da situação, e nova tomada de decisão. Pode ser simples (poucasvariáveis envolvidas) ou complexa. Seleção e cadastro de fornecedores Os fornecedores de determinada organização podem ser classificados de acordo com a exclusividade que detêm sobre o objeto a ser fornecido, bem como com o tipo de relacionamento mantido com a organização. As categorias são as que seguem: Fonte simples: caracteriza-se por almejar um relacionamento de longo prazo com a organização. É um fornecedor, selecionado dentre outros possíveis, que adequa-se a fim de melhor atender à empresa contratante; Fonte única: o fornecedor é exclusivo, seja em razões de patentes, de direitos de exclusividade, de especificações técnicas etc. Em órgãos públicos, esta contratação dá-se por inexigibilidade de licitação; Fonte múltipla: há vários fornecedores passíveis de entrega do objeto requerido. Neste caso, há competitividade, o que favorece o poder de barganha do comprador. O Lote Econômico de Compras Onde: Cp = custo do pedido D = demanda Ca = custo de armazenamento ou de manutenção j = taxa de juros, por período P = preço do item 4. COMPRAS NO SETOR PÚBLICO Objeto de licitação Bem ou serviço que a administração deseja comprar ou contratar. Uma vez homologado (=declarada a validade) o procedimento licitatório, o objeto é considerado adjudicado ao vencedor o objeto da licitação. Adjudicação é a garantia que possui o vencedor da licitação que, quando a Administração for celebrar o contrato referente ao objeto licitado, ela o fará com o vencedor. A adjudicação compulsória – um dos princípios que rege as licitações – obriga que a Administração dê esta garantia apenas ao legítimo vencedor do certame, sendo vedada a abertura de nova licitação enquanto estiver válida a adjudicação anterior. É importante dizer que a adjudicação não implica a obrigatoriedade da Administração Pública realmente efetuar o contrato – ou adquirir o bem, se for o caso. Consideram-se bens e serviços comuns aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. Caso o objeto seja um bem ou serviço comum, a regra é licitar por pregão. Caso a competição de licitantes para o fornecimento do objeto é viável porém o objeto não é um bem ou serviço comum, a regra é licitar mas não se adota o pregão. O instrumento convocatório nas licitações Quando a modalidade licitatória é o convite, este instrumento é denominado carta-convite (ou simplesmente convite). Nos demais casos, denomina- se edital. Apenas as cartas-convite não necessitam de publicações em jornais. Basta, nesse caso, que seja afixado em local apropriado (por exemplo, um quadro de avisos do órgão público) uma cópia deste instrumento convocatório. Nas demais modalidades, há de se publicar um aviso contendo um resumo dos editais nos Diários Oficiais da União ou do Estado/DF (a depender da esfera do órgão público), e em jornal de grande circulação. Um dos princípios a serem observados nas licitações é a vinculação ao instrumento licitatório. Isso significa que tanto a Administração quanto o licitante devem observar as normas e condições estabelecidas no instrumento convocatório. Art. 40. O edital conterá no preâmbulo, o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte: I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do contrato e para entrega do objeto da licitação; III - sanções para o caso de inadimplemento; IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico; V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde possa ser examinado e adquirido; VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de apresentação das propostas; VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos; VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições para atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto; IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações internacionais; 5. A GESTÃO DOS ALMOXARIFADOS OBJETIVOS DA GESTÃO DE ALMOXARIFADOS OBJETIVO AÇÕES NECESSÁRIAS Minimizar os custos de armazenamento Maximizar o uso do espaço físico disponível; Evitar perdas / roubos / furtos; Evitar obsolescência; Buscar a eficiência na movimentação dos materiais, diminuindo as distâncias internas percorridas; Prover treinamento aos colaboradores envolvidos. Maximizar a qualidade de atendimento aos consumidores Assegurar a provisão do item de material certo, na quantidade e no local corretos, no menor tempo possível, sempre que for necessário. Atividades básicas do almoxarifado Recebimento Classificação Movimentação Armazenagem Distribuição interna ETAPAS DO RECEBIMENTO DE MATERIAIS ETAPA DESCRIÇÃO Recebimento Provisório Entrada de materiais: recepção dos veículos transportadores; verificação de dados básicos da entrega (informações da nota fiscal, existência de autorização da entrega pela empresa etc.); encaminhamento para a área de descarga. Nesta etapa, o “recebedor” assina no documento fiscal que acompanha o material, apenas para fins de comprovação da data de entrega. Etapas intermediárias Conferência Quantitativa: verificação se a quantidade declarada pelo fornecedor na nota fiscal corresponde àquela efetivamente entregue. Conferência Qualitativa: verificação se as especificações técnicas do objeto entregue estão de acordo com as solicitadas pelo setor de compras (dimensões, marcas, modelos etc.). Regularização Regularização: é o resultado lógico decorrente das fases anteriores. Pode ser originada uma das seguintes situações: Entrada do material no estoque e liberação do pagamento ao fornecedor. Neste caso, houve aceitação do material, ou o recebimento definitivo; Evolução parcial ou total do material ao fornecedor. Neste caso, a aceitação foi parcial ou simplesmente, o material não foi aceito; reclamação junto ao fornecedor, por falta de material Armazenagem de materiais A armazenagem simples envolve materiais que, por suas características físicas ou químicas, não demandam cuidados adicionais do gestor de almoxarifados. A armazenagem complexa é inerente a materiais que carecem de medidas especiais em sua guarda. Os aspectos físicos ou químicos dos materiais que justificam uma armazenagem complexa podem ser assim listados: CRITÉRIO DE MATERIAIS DE ARMAZENAGEM COMPLEXA Armazenagem por Agrupamento (ou compatibilidade) Materiais associados são alocados próximos uns dos outros. É o caso de se armazenarem sobressalentes variados de um motor de automóvel, por exemplo, em uma mesma estante. Esse critério facilita as tarefas de arrumação e busca, mas nem sempre permite o melhor aproveitamento do espaço. Armazenagem por tamanho, peso ou forma (acomodabilidade) Materiais de características físicas semelhantes são armazenados mais próximos. Esse critério possibilita um maior aproveitamento do espaço físico, e demanda maior necessidade de controle por parte do gestor de almoxarifado. Armazenagem por frequência Os materiais com maior frequência de entrada e saída do almoxarifado são armazenados próximos à sua entrada/saída; Armazenagem especial É a típica armazenagem complexa,destinada a materiais inflamáveis, perecíveis, explosivos etc. Note que este critério de armazenagem pode ser “acumulado” com um dos anteriores (por exemplo: carnes são armazenadas em câmaras frigoríficas – armazenagem especial, e pode ser empregado em conjunto o critério de armazenagem por frequência). Importante: produtos perecíveis devem ser armazenados segundo o método FIFO. Armazenagem em área externa Este critério é aplicável a materiais que podem ser armazenados em áreas externas (por exemplo, automóveis acabados, armazenados em pátios), reduzindo custos e ampliando o espaço interno do almoxarifado para materiais que necessitam de maior proteção. Coberturas alternativas Trata-se de soluções para a obtenção de uma área coberta, sem incorrer em custos de construção atinente à expansão do almoxarifado. Em geral, a cobertura é de de PVC. No que diz respeito ao sistema de localização dos itens de material, dois são os critérios passíveis de serem empregados: Sistema de estocagem fixo Há a pré-determinação de áreas de estocagem específicas de acordo com o tipo de material. Se, por um lado, este sistema facilita o controle, por outro suscita o desperdício de áreas de armazenagem, já que a falta de um tipo de material acarreta áreas “vazias”, ao passo que outro tipo de material em excesso, em outra área, ficaria “no corredor”. Sistema de estocagem livre Não existem locais pré-determinados para a estocagem (a não ser para materiais de demandam estocagem especial). Neste sistema, os materiais vão ocupando ao espaços vazios no almoxarifado, o que exige um elevado controle, sob o risco de incorrer na existência de material perdido em estoque. Distribuição de materiais No âmbito dos órgãos públicos brasileiros, a distribuição interna pode se dar por dois processos de fornecimento: por pressão ou por requisição. Por pressão - é o processo de uso facultativo, pelo qual se entrega material ao usuário mediante tabelas de provisão previamente estabelecidas pelo setor competente, e nas épocas fixadas, independentemente de qualquer solicitação posterior do usuário. Essas tabelas são preparadas normalmente, para: a) material de limpeza e conservação; b) material de expediente de uso rotineiro; c) gêneros alimentícios Por requisição - é o processo mais comum, pelo qual se entrega o material ao usuário mediante apresentação de uma requisição (pedido de material) de uso interno no órgão ou entidade. Movimentação e transporte de materiais Devem-se perseguir os seguintes objetivos: obter um fluxo eficiente de materiais nos almoxarifados; utilizar critérios ergonômicos, visando a evitar fadiga e lesões dos colaboradores. LEIS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS Flexibilidade Empregar equipamentos que possam ser utilizados na movimentação de vários tipos de cargas. Manipulação mínima Evitar a manipulação dos materiais ao longo do ciclo de processamento e utilizar o transporte mecânico ou automatizado sempre que possível. Máxima utilização do espaço disponível Maximizar o aproveitamento do espaço cúbico disponível. Máxima utilização dos equipamentos Maximizar a utilização dos equipamentos, diversificando seu emprego. Máxima utilização da gravidade Aproveitar da gravidade, sempre que possível, para a movimentação dos materiais (menores custos). Menor custo total Selecionar equipamentos ponderando custos totais e tempo de vida útil. Mínima distância Reduzir as distâncias na movimentação, eliminando trajetos em ziguezague. Obediência do fluxo das operações Adotar as trajetórias de movimentação de materiais de modo a facilitar o fluxo produtivo. Padronização Utilizar equipamentos padronizados (facilitando a manutenção e o intercâmbio de sobressalentes) Segurança e satisfação Promover a segurança dos colaboradores e reduzir sua fadiga. 6. GESTÃO PATRIMONIAL Recurso patrimonial = refere-se aos elementos físicos empregados por uma organização que são destinados à manutenção de suas atividades. A natureza do recurso patrimonial é permanente. Além disso, nem sempre é possível armazená-lo em estoques. O conceito de recurso patrimonial engloba os de ativo imobilizado e de ativo intangível, assim definidos: Ativo imobilizado = são os bens de natureza permanente destinados à manutenção das atividades da organização, ou seja, bens permanentes que a organização necessita para poder operar. Ativo intangível = são os bens não materiais (abstratos ou incorpóreos) destinados à manutenção das atividades da organização. Material de consumo= É aquele que, em razão do seu uso corrente perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos. Material permanente= É aquele que não perde sua identidade física, mesmo quando incorporado a outro bem, e/ou apresenta uma durabilidade superior a dois anos. É material de consumo aquele que se enquadrar em um ou mais dos seguintes quesitos: 1. Durabilidade 2. Fragilidade 3. Perecibilidade 4. Incorporabilidade 5. Transformabilidade As atividades envolvidas na “vida” de um bem patrimonial podem ser concatenadas de modo que formem um processo: Recepção -> Registro ou incorporação -> Guarda -> Conservação -> Desfazimento A incorporação é chamada de tombamento. Há almoxarifados específicos para materiais de consumo. Nestes, não ocorre o tombamento. Após o recebimento de um material permanente em um almoxarifado, efetua-se o registro de suas informações físicas e contábeis, para fins de controle. Controle patrimonial: inventários Ferramenta de controle dos estoques dos almoxarifados e dos ativo imobilizado (bens patrimoniais), inicia-se apresentando a definição de inventário físico: procedimento de levantamento físico e contagens dos itens de material em uma organização. A conferência não se limita aos almoxarifados. As diversas incumbências da organização (seções, salas de reunião, lanchonetes etc.) também são inventariadas, em especial com relação a seus materiais permanentes (tombados e com registro patrimonial). Há dois modos de se efetuar o inventário físico: Inventário rotativo= estamos permanentemente contando os itens. O método consiste no levantamento rotativo, contínuo e seletivo dos materiais existentes em estoque ou daqueles permanentes distribuídos para uso. Sua vantagem é que não implica a necessidade de paralisação das atividades da organização, elaborando-se um cronograma de trabalho (de acordo com os interesses da empresa) que abranja todos os itens dentro de um período fiscal. Inventário periódico (ou geral / anual)= efetua-se a contagem de todos os itens em determinados períodos. Quando esta rotina é realizada no encerramento do exercício fiscal (o que é comum), o inventário é também chamado de geral. Neste caso, geralmente todo o processo operacional da empresa é paralisado – é o famoso “FECHADO PARA BALANÇO”. As informações coletadas no inventário físico são compiladas no inventário analítico, figurando a perfeita caracterização do material, através de dados como descrição padronizada, número de registro patrimonial, valor, estado, local de uso etc. Os tipos de Inventários Físicos são: a) anual - destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais do acervo de cada unidade gestora, existente em 31 de dezembro de cada exercício - constituído do inventário anterior e das variações patrimoniais ocorridas durante o exercício. b) inicial - realizado quando da criação de uma unidade gestora, para identificação e registro dos bens sob sua responsabilidade; c) de transferência de responsabilidade - realizado quando da mudança do dirigente de uma unidade gestora; d) de extinção ou transformação - realizado quando da extinção ou transformação da unidade gestora; e) eventual - realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da unidade gestora ou por iniciativa do órgão fiscalizador.Alienação e depreciação de bens patrimoniais A depreciação é a redução do valor dos bens pelo desgaste (deterioração) ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. Depreciação Redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. Vida útil Período de tempo durante o qual a entidade espera obter fluxos de benefícios futuros de um bem ($$). Vida útil econômica Período de tempo durante o qual o bem poderá prover fluxos de benefícios econômicos, ao longo de sua vida. Observação: a vida útil de um automóvel, por exemplo, pode girar em torno de cinco anos, depois dos quais ele se torna antieconômico (manutenções corretivas etc.). Já a vida útil econômica deste mesmo automóvel pode ser bem maior. Ainda nas ruas vemos veículos de mais de 20 anos de funcionamento. Valor residual Montante líquido que a entidade espera obter por um bem no fim de sua vida útil econômica, deduzidos os gastos esperados para sua alienação. É o bagaço da laranja. Valor depreciável É o valor original menos o valor residual. É o “suco que sai da laranja”. Os parâmetros envolvidos no cálculo da depreciação são definidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Saída (desfazimento, alienação, baixa dos bens) A retirada contábil do acervo patrimonial de uma organização. A baixa patrimonial pode ocorrer por qualquer das seguintes formas: Alienação (venda, permuta ou doação, nas formas da Lei nº 8.666/1993 – Lei de Licitações e Contratos); Comodato (espécie de empréstimo de bens patrimoniais, por tempo pré-determinado); Extravio / perda / sinistro. O número de patrimônio de um bem baixado jamais deve ser repassado a outro bem. Quando um bem é baixado, seu número patrimonial passa a fazer parte de um banco de dados gerenciado pelo setor de administração patrimonial da organização, referente a itens patrimoniais desincorporados. Em uma eventual reincorporação do bem (por exemplo, um bem furtado que é recuperado), o número patrimonial é restituído ao mesmo bem. Ao compararmos a alienação de bens móveis e imóveis, devemos ter em mente a seguinte regra geral: Bens imóveis = Autorização legislativa + interesse público + avaliação prévia + licitação (concorrência ou leilão) Bens móveis = Interesse público + avaliação prévia + licitação Administração e manutenção de bens imóveis Os bens imobiliários estatais, independentemente de sua titularidade (federal, estadual, distrital ou municipal), podem ser classificados em três categorias, de acordo com sua destinação. São elas: Bens de uso comum do povo; Bens dominiais; e Bens de uso especial Bens de uso comum do povo Podem ser utilizados por todos os indivíduos, em igualdade de condições, sem necessidade de consentimento individualizado por parte do Poder Público. Ex.: praças, ruas, praias. (há a possibilidade de exigência de contraprestação do particular para usufruto desses bens, como é o caso do pagamento de pedágios em estradas). Bens de uso especial Empregados na execução dos serviços públicos em geral. Ex: edifícios nos quais são situadas as repartições públicas, veículos oficiais, aeroportos, mercados públicos, universidades públicas etc. São também chamados de patrimônio indisponível. Bens dominiais Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. São bens que não possuem destinação pública definida, mas que podem ser utilizados pelo Estado para gerar renda. Estão no “limbo”: não são destinados ao povo, nem são empregados no serviço público, apenas permanecem à disposição da Administração – são também chamados de patrimônio disponível. Ex: terrenos de marinha, prédios públicos desativados etc. A administração do patrimônio imobiliário da União – em particular os imóveis de uso especial – é organizada a partir do Sistema de Patrimônio Imobiliário da União que consiste em uma ferramenta de apoio à administração do patrimônio imobiliário da União, dos seus imóveis de uso especial e que tem como objetivos: identificar os imóveis de uso especial da União, sejam próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades das Unidades de Gestão e também ou imóveis funcionais; identificar os usuários dos imóveis de uso especial da União; estabelecer uma padronização nas atividades operacionais e minimizar os esforços através da integração com o SIAFI, atualizando o balanço patrimonial imobiliário de forma automática. Sistemas prediais e tipos de manutenção de bens imóveis Sistemas Prediais = sistemas físicos integrados a um bem imóvel (geralmente um edifício), cuja finalidade é prover suporte às atividades de seus usuários, oferecendo os insumos prediais necessários, em termos de materiais e de serviços. Assim, são exemplos de sistemas prediais: Energia elétrica Esgoto Água - Proteção contra incêndio - Refrigeração - Transporte mecanizado A manutenção dos sistemas prediais visa à perpetuação de seu funcionamento, postergando o desgaste natural. Há três tipos de manutenção; Preventiva – Períodos pré-estabelecidos Corretiva – Ajeitar o que quebra Preditiva – Monitoramento de fatores físicos
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