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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS

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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS 
 
 
CONCEITOS INICIAIS 
O conjunto de atividades conduzidas em uma organização, visando a 
MAXIMIZAR a utilização dos recursos da empresa. Em outras palavras é 
evitar o desperdício. 
 
Objetivos secundários da administração de material 
Suprir a organização dos materiais nas quantidades corretas, na 
qualidade requerida, no momento certo, armazenando-os da maneira e 
no local apropriados, praticando preços econômicos e minimizando 
ESTOQUES. 
 
A gestão de estoque divide-se em três em 3 atividades 
1. Gestão de estoques 
2. Gestão de compras 
3. Gestão dos centros de distribuição 
 
As principais tarefas da gestão de recursos materiais são: 
1. Identificação de fornecedores 
2. Compra 
3. Recebimento de materiais 
4. Armazenagem e movimentação 
5. Distribuição interna 
6. Controle de estoque 
 
1. CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS 
 
Trata-se de um procedimento de aglutinação de materiais por 
características semelhante, um procedimento necessário a fim de 
racionalizar o controle de materiais em estoque. 
 
São três os atributos de um bom sistema de classificação: 
1. Abrangência = a classificação deve abordar uma série de 
características dos materiais, caracterizando-os de forma abrangente. 
Aspectos físicos, financeiros, contábeis...são todos fundamentais em 
um sistema de classificação abrangente. 
2. Flexibilidade = permitir interfaces entre os diversos tipos de 
classificação, de modo a obter uma visão ampla da gestão de 
estoques. Enquanto a abrangência tem a ver com as características 
do material, a flexibilidade refere-se à “comunicação” entre os 
tipos de classificação, bem como à possibilidade de adaptar e 
melhorar o sistema de classificação sempre que desejável 
3. Praticidade = a classificação deve ser simples e direta, sem 
demandar do gestor procedimentos complexos 
 
Etapas da classificação de materiais 
1. Catalogação = arrolamento de todos os itens de material existentes 
em estoque, permitindo uma ideia geral do conjunto 
2. Simplificação = redução da diversidade de itens de material em 
estoque que se destinam a um mesmo fim. Caso existam dois itens 
de material que são empregados para a mesma finalidade, com o 
mesmo resultado – indiferentemente, opta-se pela inclusão no 
catálogo de materiais de apenas um deles. 
3. Identificação (Especificação) = descrição minuciosa do material, 
possibilitando sua individualização em uma linguagem familiar ao 
mercado 
4. Normalização = estabelecimento de normas técnicas para os itens 
de material em si, ou para seu emprego com segurança. 
5. Padronização = uniformização do emprego e do tipo do material. 
Facilita o diálogo com o mercado, facilita o controle, permite a 
intercambialidade de sobressalentes ou demais materiais de consumo 
(peças, cartuchos de impressoras padronizadas, bobinas de fax etc; 
6. Codificação = atribuição de uma série de números e/ou letras a 
cada item de material, de forma que essa informação, compilada em 
um único código, represente as características do item. Cada item 
terá, assim, um único código. 
 
Critérios de classificação de materiais 
 
1. Possibilidade de fazer ou comprar 
Esta classificação tem por objetivo prover a informação de quais 
materiais poderão ser produzidos internamente pela 
organização, e quais deverão ser adquiridos no mercado. As 
categorias de classificação podem ser assim listadas: 
 materiais a serem produzidos internamente; 
 materiais a serem adquiridos; 
 materiais a serem recondicionados (recuperados) 
internamente; 
 materiais a serem produzidos ou adquiridos (depende de 
análise caso-a- caso pela organização). 
 
A decisão sobre produzir ou adquirir um item de material no mercado 
é tomada pela cúpula da organização, considerando os custos e a 
estrutura envolvida. Nesse contexto, há duas estratégias possíveis: a 
verticalização e a horizontalização: 
 
 Verticalização→ Produz-se (ou tenta-se produzir) internamente 
tudo o que puder. 
 Horizontalização → Compra-se de terceiros o máximo de itens 
que irão compor o produto final. 
 
2. Por demanda 
 Materiais de estoque - São os materiais que, dada a 
previsibilidade da demanda pela organização, devem ser mantidos 
em estoque. 
 Materiais Não-de-Estoque - São os materiais que, dada a 
imprevisibilidade da demanda pela organização, não tem 
necessidade de estarem em estoque. 
 
Observação: As demais classificações (apresentadas a seguir) são atinentes 
exclusivamente aos materiais de estoque, que são mantidos nos 
almoxarifados das organizações. 
 
 
 
3. Por aplicação na organização 
 Matéria prima - Substância que toma parte no processo de 
produção, incorporando fisicamente o produto final 
 Produto intermediário ou em processo - É o produto que 
tomará parte no produto final, sem que haja alteração em suas 
propriedades químicas ou físicas. Podem ser adquiridas de outra 
organização, ou fabricadas internamente. 
 Produto final ou acabado - É aquele que representa o objetivo 
final da organização, estando pronto para comercialização. 
 Material auxiliar - É utilizado no processo de 
produção/fabricação, sem que se incorpore ao produto final. Vai 
desde o material de expediente utilizado (papel, caneta), até 
ferramentas, além dos materiais por ventura consumidos como 
combustíveis (óleo diesel, gasolina, carvão etc). 
4. Por periculosidade 
 
5. Pericibilidade 
 
6. Importância operacional 
A Classificação XYZ avalia o grau de criticidade ou de 
imprescindibilidade do item de material nas atividades 
desempenhadas pela organização. 
 
Classe X - Materiais de baixa criticidade, cuja falta não implica 
paralisações da produção, nem riscos à segurança pessoal, ambiental 
e patrimonial. Ainda, há facilidade de sua obtenção no mercado. 
Classe Y - Materiais que apresentam grau de criticidade 
intermediário, podendo, ainda, ser substituídos por outros com 
relativa facilidade. 
Classe Z - Materiais de máxima criticidade, não podendo ser 
substituídos por outros equivalentes em tempo hábil sem acarretar 
prejuízos significativos. A falta desses materiais provoca a paralisação 
da produção, ou coloca em risco as pessoas, o ambiente ou o 
patrimônio da empresa 
 
As razões para a consideração de materiais como críticos podem ser 
assim listadas: 
 razões econômicas = materiais de alto valor, ou de custos 
significativos de transporte e armazenagem; 
 razões de armazenagem = manuseio e transporte = 
materiais de alta periculosidade, ou perecíveis, ou, ainda, de 
elevados peso e dimensão. 
 razões de planejamento = materiais de difícil previsão de 
consumo, pela organização. 
7. Por valor econômico (Curva ABC) 
Também chamado de Princípio de Pareto ou, ainda, Curva 80- 
20 
É uma ferramenta segundo a qual os itens de material em estoque 
são classificados de acordo com sua importância, geralmente 
financeira. 
No método da Curva ABC, os itens em estoque são classificados em 
três classes: 
Classe A: itens de maior relevância 
Classe B: itens de importância intermediária Classe 
C: itens de menor relevância em estoque 
 
 
 
Atributos para a Classificação de Materiais Permanentes e de 
Consumo 
 
Material de Consumo 
É aquele que, em razão de seu uso corrente, perde normalmente sua 
identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos. 
 
Material Permanente 
É aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde sua identidade 
física, mesmo quando incorporado a outro bem, e/ou apresenta uma 
durabilidade superior a dois anos. 
 
Um material é considerado de consumo caso atenda um, e pelo menos um, 
dos critérios a seguir: 
 Critério da Durabilidade 
 Critério da Fragilidade 
 Critério da Perecibilidade 
 Critério da Incorporabilidade 
 Critério da Transformabilidade 
 
 
2. GESTÃO DE ESTOQUE 
 
Estoque é toda e qualquer porção armazenada de material, com valor 
econômico para a organização, que é reservadapara emprego em momento 
futuro, quando se mostrar necessária às atividades organizacionais. 
 
Custos de estoque 
 Custos diretamente proporcionais 
Aumentam de acordo que aumenta o estoque 
 
 custo de espaço físico - custo de perdas - custo de furtos e roubos - 
custo de obsolescência - custo com seguro para o estoque - custos de 
depreciação. 
 
Ainda fazendo parte dos custos de carregamento, temos o custo de 
capital que são os juros (geralmente anuais) que incidem sobre o valor de 
compra ou de produção item estocado. É o valor que se “perde” pela opção 
de imobilizarmos um capital que poderia ser investido de forma distinta. 
 
Eis a síntese dos custos diretamente proporcionais: 
CC = CA + CK Onde: 
 
CC = custo de carregamento 
CA = custo de armazenagem 
CK = custo de capital 
 
 
 
Ainda, podemos equacionar o custo de capital da seguinte forma: 
CK = j * P 
 
Onde: 
j = taxa de juros, por determinado período (geralmente anual) 
P = custo estimado para a produção do item de estoque 
 
Logo: 
 
CC = CA + j * P 
 
Custos inversamente proporcionais 
 
Os custos diminuem a medida que o estoque aumenta. São também 
conhecidos como custos de pedido, caso os itens sejam adquiridos nos 
mercados, ou custos de produção, caso sejam produzidos internamente. 
 
Custos independentes 
 
Trata-se de um valor fixo, que independe da quantidade de itens em 
estoque. 
 
Métodos de previsão da demanda 
 
Caso haja informações incorretas na previsão de consumo, duas situações 
podem ocorrer: 
 
 Acentuação de custos de estoque: ocorre quando mantemos estoque 
de itens que não têm demanda na organização; 
 Custos de falta de estoque: ocorre quando o estoque mantido é 
inferior à demanda, acarretando a falta do item de material em um 
momento em que ele é necessário. 
 
É comum a divisão das informações utilizadas na previsão da demanda em 
duas categorias: 
 Qualitativas: São informações de especialistas sobre os fatores que 
podem afetar a demanda. Ex: Pesquisa, opinião de gerente, 
vendedor, compradores, etc. 
 
 Quantitativas: São informações de fatores que podem afetar 
diretamente a demanda tais como crescimento populacional, 
modismo, propaganda, etc. 
 
Há, ainda, três grupos dentro dos quais podemos classificar as técnicas de 
previsão de consumo: 
 
 Predileção: a previsão de demanda é feita a partir da opinião de 
empregados experientes; 
 Explicação: a intenção é explicar o consumo (venda) no passado, a 
partir da sua relação com outras variáveis de evolução conhecidas; 
 Projeção: Admite-se que o futuro será uma repetição do passado, ou, 
ainda, que o consumo sofrerão um acréscimo com o tempo. 
 
Métodos quantitativos de previsão de demanda 
 
 Último Período - Adota-se simplesmente o consumo do período 
imediatamente anterior como previsão para o próximo. 
 Média Aritmética ou Média Móvel - A previsão do próximo período 
é obtida pela média aritmética simples dos períodos anteriores. 
 Média Ponderada - A previsão do próximo período é obtida pela 
média ponderada dos períodos anteriores. Peso maior é atribuído aos 
períodos anteriores mais recentes. Atribuisse a peso mais alto ao 
periodo mais próximo e não há a divisão da média. 
 Média Móvel Exponencialmente Ponderada (MMEP) - Procura 
eliminar as variações acentuadas que ocorreram em períodos 
anteriores. 
 Método da Média com Suavização Exponencial (MMSE) – 
Importante sabermos que, para esse método, é necessário sabermos 
apenas três valores: 
 previsão de demanda do último período; 
 consumo real do último período; 
 valor do coeficiente de ajuste (β). 
 Média dos Mínimos Quadrados (MMQ) - Tenta obter a equação de 
uma reta a partir dos dados de consumo de períodos anteriores. Esta 
equação passa a ser a “lei” da demanda. 
 
Controle do estoque por meio de indicadores 
É feito sob um procedimento chamado inventário. Trata-se de uma 
contagem dos bens, e posterior “batimento” (ou verificação) junto aos 
documentos de controle. Estudaremos o procedimento de inventário mais 
adiante em nosso curso onde três indicadores merecem destaque. 
 
 Nível de serviço – Nada mais é do que a relação entre o número de 
requisições atendidas e o número de requisições efetuadas 
 Giro de estoque e cobertura de estoque - É o número de vezes que o 
estoque de determinado item de material é renovado, em 
determinado período. 
No caso de estoque que tenha apenas um item, calcula-se o giro pele 
relação entre demanda de um período e o estoque médio no período. 
Porém quando tratar-se de um estoque com vários produtos o cálculo 
é feito com base nos custos da mercadoria. 
Um alto giro de estoque significa que menos capital encontra-se 
imobilizado nos almoxarifados. É uma situação a ser perseguida pelo gestor 
de materiais. 
 Cobertura de estoques (ou taxa de cobertura, ou, ainda, antigiro) 
É um indicador responsável por informar o período (geralmente em dias) 
que o estoque médio será capaz de atender a demanda média (caso não 
haja reposição). 
 
Níveis de estoque e sistemas de reposição: sistema de reposição 
periódica e sistema de reposição contínua (ponto de pedido) 
 
Sistema de reposição periódica = Modelo de estoque máximo = 
Modelo de intervalo padrão = os pedidos para reposição de estoques 
são feitos periodicamente. A quantidade comprada, somada com a 
existente em estoque, deve ser suficiente para atender o consumo até a 
chegada da encomenda seguinte. 
 
Sistema de reposição contínua = Sistema de Máximos e Mínimos 
= sempre que o estoque atingir uma determinada quantidade, um novo 
pedido de compra é emitido. Esta quantidade é chamada de Ponto de 
Pedido. 
 
Tempo de reposição - É o intervalo de tempo entre a emissão do pedido e 
a chegada do material no almoxarifado. É também conhecido como lead 
time. = Δt (processamento do pedido + tarefas do fornecedor + 
recebimento) 
 
Lote de compra - Quantidade do item de material especificada no pedido 
de compras 
 
Ponto de pedido - É a quantidade de um determinado produto em 
estoque que, sempre que atingida, deve provocar um novo pedido de 
compra. Esta quantidade garante a continuidade do processo produtivo 
até que chegue o Lote de Compra (durante o Tempo de Reposição) PP = 
(C X TR) + ES, onde C = consumo médio do item TR = tempo de 
reposição ES = estoque mínimo ou de segurança 
 
Estoque mínimo ou de segurança - É um estoque “adicional”, capaz de 
cobrir eventuais atrasos no tempo de reposição, cancelamento do Lote 
de Compra ou aumento imprevisto no consumo. 
 
Estoque máximo - É o máximo de itens em almoxarifado. É igual à soma 
do estoque de segurança com o lote de compra. Emáx = ES + L 
 
Planejamento e políticas de administração de estoques: sistemas 
de produção empurrada (tradicional) e puxada (just in time) 
 
Significando fazer “o que é necessário, quando é necessário, e na 
quantidade necessária. 
Prima pelo estoque nulo 
 
Dentro dele existe o sistema Kaban que diz: “abastecer a unidade fabril, 
de acordo com os itens necessários, nas quantidades necessárias, no 
momento necessário, com a qualidade necessária para suprir a linha de 
montagem final sem perdas e geração de estoques”. 
 
Método de avaliação de estoque 
 
Avaliar um estoque significa estimar quanto capital encontra-se 
imobilizado em estoque. Esta informação é das mais importantes à 
cúpula da organização. Afinal, deve haver uma preocupação em garantir 
que o capital imobilizado em estoques não atinja grandes vultos, 
mantendo-se de acordo com a política de gestão de materiais da 
organização. 
 
É importante ressaltarmos que a avaliação é feita a partir dos preços 
dos itens de material que temos em estoque. 
 
 Custo de reposição - Um modo de avaliar o estoque verificando no 
mercado qual o preço vigente do item do material. 
 
 
Há três métodos de avaliação de estoque mais comumente aplicados: 
 
 Custo médio 
Adota-se um preço média entre todasas entradas e saídas. Esse 
método atua como moderador de preços, minimizando as eventuais 
flutuações. 
 PEPS (Primeiro a entrar, primeiro a sair) ou FIFO (First in, First out) 
Na saída do estoque consideram-se os preços dos itens mais antigos. 
O que resta no estoque são os itens com preço de mercado mais 
atualizados. 
 UEPS (Último a entrar, primeiro a sair) ou LIFO (Last in, first out) 
Na saída do estoque consideram-se os itens mais recentes. O que 
resta no estoque são os itens de preço 
 
 
3. COMPRAS 
 
As compras nas organizações: aquisição dos materiais e do 
patrimônio 
 
São três atributos essenciais em uma Gestão de Compras eficiente: preço 
econômico, qualidade e celeridade. 
 
Função compras 
 
A função compras requer planejamento e acompanhamento, processos de 
decisão, pesquisa e seleção de fontes supridoras dos diversos materiais, 
diligenciamento dos fornecedores (para assegurar que o produto será 
recebido sem atrasos, no momento esperado). Requer, ainda, uma 
coordenação geral entre os diversos órgãos da empresa: almoxarifados, 
finanças e todos os diversos setores que são revestidos do papel de clientes 
da compra a ser realizada. 
 
OBJETIVOS DA FUNÇÃO COMPRAS 
 Garantir o efetivo suprimento de materiais e serviços, nas 
quantidades e nos prazos demandados pelos clientes internos; 
 Comprar com qualidade, celeridade e ao preço econômico; 
 Manter um cadastro de fornecedores que garanta fluxo de materiais e 
serviços; 
 Planejar as compras (fazendo um calendário de aquisições, por 
exemplo); 
 Manter uma relação próxima com as áreas internas da organização, 
em especial os clientes internos, almoxarifados e finanças; 
 Manter um bom relacionamento com fornecedores (* cai muito em 
concursos!!); 
 Criar ferramentas que permitam um efetivo controle do processo de 
compras. 
 
As atividades inerentes ao setor de compras de uma organização 
(especialmente de um órgão público) podem ser listadas da seguinte forma: 
 
 Manutenção do cadastro de fornecedores (cadastramento / 
atualização dos dados / exclusão). 
 Gerenciamento dos diversos processos (originados internamente à 
organização) de solicitação de compras. 
 Pesquisa de preços no mercado (é cotação ou orçamentação, que 
servirá de base para a aquisição futura). 
 Instrução de processos licitatórios (confecção de editais, de minutas 
de contrato etc.) = é a fase interna da licitação. 
 Abertura e condução de licitações (é onde, efetivamente, faz-se a 
seleção dos fornecedores) = é a fase externa da licitação. 
 Assinatura de contratos ou de atas de registro de preços / entrega de 
notas de empenho aos fornecedores. Trata-se do estágio da despesa 
chamado empenho. Neste estágio, é oficializada a obrigação da 
Administração Pública de efetuar o pagamento, bem como do 
particular de fornecer bem. 
 Acompanhamento da entrega do produto, ou seja, preocupação da 
Administração quanto à liquidação da despesa. 
 
Etapas do Processo: o Ciclo de Compras 
 
A atividade de acompanhamento de pedidos é também conhecida como 
follow up e tem as seguintes etapas: 
 
 Recebimento das requisições de compra 
 Manutenção do cadastro dos fornecedores 
 Emissão de pedido de compra 
 Pesquisa de preços 
 Seleção dos fornecedores 
 Acompanhamento do pedido/controle do recebimento 
 Recebimento do material 
 Aprovação da fatura para pagamento 
 
A organização do setor de compras 
 
É comum a departamentalização de acordo com as seguintes funções: 
 
 Manutenção do cadastro de fornecedores = trata-se de uma 
função de apoio à atividade de compras. Há critérios específicos para 
a seleção de fornecedores, como veremos mais adiante nesta aula; 
 Processamento das Compras (Seção de Aquisições (ou Seção 
de Compras, ou, ainda, Central de Compras)= o processamento 
é efetuado por unidade administrativa responsável pelo recebimento 
das requisições de compras (proveniente dos demais órgãos internos 
da organização), bem como por toda a instrução do processo de 
compras (pesquisa de preços, negociação com fornecedores etc.). Em 
empresas privadas, este setor conclui a negociação com os 
fornecedores, após sua seleção. Já em órgãos públicos, onde a 
licitação é obrigatória, este setor apenas instrui a fase interna do 
procedimento licitatório. A fase externa fica por conta da Comissão 
Permanente de Licitação, que procede à execução de tarefas como 
(divulgação de editais, abertura e condução de procedimentos 
licitatórios etc.); 
 Acompanhamento (ou diligenciamento) de pedidos (Seção de 
Liquidação) = geralmente, há uma unidade administrativa 
responsável pelo acompanhamento de pedidos (também conhecido 
por follow up), tendo grande ênfase no cumprimento, por parte do 
fornecedor, dos prazos de entrega dos itens de material. Após a 
entrega, esta unidade encaminha as faturas (notas fiscais) para 
pagamento. 
Em uma estrutura centralizada, as compras são concentradas em um 
único órgão. As vantagens são: minimiza-se a chance de haver compras 
duplicadas (incorrendo em maior custo de pedido e perdendo-se em 
economia de escala), possibilita-se melhor controle, etc. 
No caso de organizações que possuem unidades administrativas 
dispersas geograficamente opta-se por uma estrutura descentralizada 
que tem como principais vantagens a maior agilidade no atendimento 
das demandas dos clientes internos. 
 
Modalidades de compras 
 
De acordo com o item comprado 
Compra para investimento 
Aquisição de bens patrimoniais (equipamentos, instalações etc.), que 
irão compor o ativo imobilizado da empresa. 
Compra para consumo 
Aquisição de matérias primas e produtos intermediários (= materiais 
produtivos) ou materiais auxiliares (= materiais improdutivos). 
De acordo com o local de origem do fornecedor 
Compra local 
O fornecedor é do mesmo país do comprador 
Compra por importação 
Comprador e fornecedor são de países distintos. Nesse caso, há maior 
exigência burocrática. 
De acordo com a formalização das compras 
Compras formais 
São compras que exigem documentos que comprovem a instrução do 
processo de compra (orçamentos, editais, notas fiscais, contratos etc.) 
Compras informais 
São compras de pequeno valor, que dispensam maiores trâmites 
burocráticos. No setor público, há exigência de menor formalidade nas 
compras por suprimento de fundos, dado seu baixo vulto (valor). No 
entanto, não há de se falar em informalidade em órgãos públicos. 
De acordo com a necessidade de entrega do item 
Compras antecipadas 
São compras que antecedem a necessidade efetiva de consumo, cujos 
itens irão compor o estoque da organização. Essas compras carecem de 
planejamento prévio do gestor de estoques. 
Compras parceladas (ou contratadas) 
São compras formalizadas por meio de contratos que preveem a entrega 
dos itens de material parceladamente, ou em determinada época 
desejada. 
Compras emergenciais 
São compras urgentes, originárias de uma necessidade não prevista com 
a devida antecedência. São prejudiciais à empresa, dado que o caráter 
de emergência reduz o poder de negociação com o fornecedor (há 
menos tempo para fazer a pesquisa de mercado, por exempl 
De acordo com o ineditismo ou a recorrência da compra 
Compra nova 
São compras inéditas, não realizadas anteriormente pela organização. 
Quanto maior o custo/risco e menor as informações disponíveis no 
mercado, maior o tempo inerente à tomada de decisão da compra. 
Recompra direta 
São compras rotineiras, realizadas usualmente pela organização, nas 
quais as variáveis envolvidas são conhecidas, e que a avaliação de 
alternativas é considerada desnecessária 
Recompra modificada 
São compras rotineiras, mas que sofrem a alterações nas especificações, 
nos termos de compra, nos potenciais fornecedores ou em qualquer 
outra variável envolvida, o que exige uma reavaliação da situação, e 
nova tomada de decisão. Pode ser simples (poucasvariáveis envolvidas) 
ou complexa. 
 
Seleção e cadastro de fornecedores 
 
Os fornecedores de determinada organização podem ser classificados de 
acordo com a exclusividade que detêm sobre o objeto a ser fornecido, 
bem como com o tipo de relacionamento mantido com a organização. 
As categorias são as que seguem: 
 Fonte simples: caracteriza-se por almejar um relacionamento de 
longo prazo com a organização. É um fornecedor, selecionado 
dentre outros possíveis, que adequa-se a fim de melhor atender à 
empresa contratante; 
 Fonte única: o fornecedor é exclusivo, seja em razões de patentes, 
de direitos de exclusividade, de especificações técnicas etc. Em 
órgãos públicos, esta contratação dá-se por inexigibilidade de 
licitação; 
 Fonte múltipla: há vários fornecedores passíveis de entrega do 
objeto requerido. Neste caso, há competitividade, o que favorece 
o poder de barganha do comprador. 
 
O Lote Econômico de Compras 
 
 
 
Onde: 
Cp = custo do pedido 
D = demanda 
Ca = custo de armazenamento ou de manutenção 
j = taxa de juros, por período 
P = preço do item 
 
4. COMPRAS NO SETOR PÚBLICO 
 
Objeto de licitação 
Bem ou serviço que a administração deseja comprar ou contratar. 
Uma vez homologado (=declarada a validade) o procedimento licitatório, o 
objeto é considerado adjudicado ao vencedor o objeto da licitação. 
Adjudicação é a garantia que possui o vencedor da licitação que, 
quando a Administração for celebrar o contrato referente ao objeto licitado, 
ela o fará com o vencedor. A adjudicação compulsória – um dos princípios 
que rege as licitações – obriga que a Administração dê esta garantia apenas 
ao legítimo vencedor do certame, sendo vedada a abertura de nova 
licitação enquanto estiver válida a adjudicação anterior. É importante dizer 
que a adjudicação não implica a obrigatoriedade da Administração Pública 
realmente efetuar o contrato – ou adquirir o bem, se for o caso. 
 
Consideram-se bens e serviços comuns aqueles cujos padrões de 
desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo 
edital, por meio de especificações usuais no mercado. Caso o objeto seja 
um bem ou serviço comum, a regra é licitar por pregão. 
 
Caso a competição de licitantes para o fornecimento do objeto é viável 
porém o objeto não é um bem ou serviço comum, a regra é licitar mas não 
se adota o pregão. 
 
O instrumento convocatório nas licitações 
 
Quando a modalidade licitatória é o convite, este instrumento é denominado 
carta-convite (ou simplesmente convite). Nos demais casos, denomina- 
se edital. 
 
Apenas as cartas-convite não necessitam de publicações em jornais. 
Basta, nesse caso, que seja afixado em local apropriado (por exemplo, um 
quadro de avisos do órgão público) uma cópia deste instrumento 
convocatório. Nas demais modalidades, há de se publicar um aviso 
contendo um resumo dos editais nos Diários Oficiais da União ou do 
Estado/DF (a depender da esfera do órgão público), e em jornal de grande 
circulação. 
 
Um dos princípios a serem observados nas licitações é a vinculação ao 
instrumento licitatório. Isso significa que tanto a Administração quanto o 
licitante devem observar as normas e condições estabelecidas no 
instrumento convocatório. 
 
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo, o número de ordem em série 
anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a 
modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de 
que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da 
documentação e proposta, bem como para início da abertura dos 
envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte: 
I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; 
II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos 
instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do 
contrato e para entrega do objeto da licitação; 
III - sanções para o caso de inadimplemento; 
IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico; 
V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de 
licitação e o local onde possa ser examinado e adquirido; 
VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os 
arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de apresentação das propostas; 
VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros 
objetivos; 
VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à 
distância em que serão fornecidos elementos, informações e 
esclarecimentos relativos à licitação e às condições para atendimento das 
obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto; 
IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e 
estrangeiras, no caso de licitações internacionais; 
 
5. A GESTÃO DOS ALMOXARIFADOS 
 
OBJETIVOS DA GESTÃO DE ALMOXARIFADOS OBJETIVO AÇÕES NECESSÁRIAS 
Minimizar os custos de armazenamento 
 Maximizar o uso do espaço físico disponível; 
 Evitar perdas / roubos / furtos; 
 Evitar obsolescência; 
 Buscar a eficiência na movimentação dos materiais, diminuindo as 
distâncias internas percorridas; 
 Prover treinamento aos colaboradores envolvidos. 
Maximizar a qualidade de atendimento aos consumidores 
 Assegurar a provisão do item de material certo, na quantidade e no 
local corretos, no menor tempo possível, sempre que for necessário. 
 
Atividades básicas do almoxarifado 
 Recebimento 
 Classificação 
 Movimentação 
 Armazenagem 
 Distribuição interna 
 
ETAPAS DO RECEBIMENTO DE MATERIAIS ETAPA DESCRIÇÃO 
Recebimento Provisório 
 Entrada de materiais: recepção dos veículos transportadores; 
verificação de dados básicos da entrega (informações da nota fiscal, 
existência de autorização da entrega pela empresa etc.); 
encaminhamento para a área de descarga. Nesta etapa, o 
“recebedor” assina no documento fiscal que acompanha o material, 
apenas para fins de comprovação da data de entrega. 
Etapas intermediárias 
 Conferência Quantitativa: verificação se a quantidade declarada pelo 
fornecedor na nota fiscal corresponde àquela efetivamente entregue. 
 Conferência Qualitativa: verificação se as especificações técnicas do 
objeto entregue estão de acordo com as solicitadas pelo setor de 
compras (dimensões, marcas, modelos etc.). 
Regularização 
Regularização: é o resultado lógico decorrente das fases anteriores. Pode ser 
originada uma das seguintes situações: 
 Entrada do material no estoque e liberação do pagamento ao 
fornecedor. Neste caso, houve aceitação do material, ou o 
recebimento definitivo; 
 Evolução parcial ou total do material ao fornecedor. Neste caso, a 
aceitação foi parcial ou simplesmente, o material não foi aceito; 
 reclamação junto ao fornecedor, por falta de material 
 
Armazenagem de materiais 
 
A armazenagem simples envolve materiais que, por suas características 
físicas ou químicas, não demandam cuidados adicionais do gestor de 
almoxarifados. 
A armazenagem complexa é inerente a materiais que carecem de medidas 
especiais em sua guarda. Os aspectos físicos ou químicos dos materiais que 
justificam uma armazenagem complexa podem ser assim listados: 
 
CRITÉRIO DE MATERIAIS DE ARMAZENAGEM COMPLEXA 
 
Armazenagem por Agrupamento (ou compatibilidade) 
Materiais associados são alocados próximos uns dos outros. É o caso de se 
armazenarem sobressalentes variados de um motor de automóvel, por 
exemplo, em uma mesma estante. Esse critério facilita as tarefas de 
arrumação e busca, mas nem sempre permite o melhor aproveitamento do 
espaço. 
Armazenagem por tamanho, peso ou forma (acomodabilidade) 
Materiais de características físicas semelhantes são armazenados mais 
próximos. Esse critério possibilita um maior aproveitamento do espaço 
físico, e demanda maior necessidade de controle por parte do gestor de 
almoxarifado. 
Armazenagem por frequência 
Os materiais com maior frequência de entrada e saída do almoxarifado são 
armazenados próximos à sua entrada/saída; 
Armazenagem especial 
É a típica armazenagem complexa,destinada a materiais inflamáveis, 
perecíveis, explosivos etc. Note que este critério de armazenagem pode ser 
“acumulado” com um dos anteriores (por exemplo: carnes são armazenadas 
em câmaras frigoríficas – armazenagem especial, e pode ser empregado em 
conjunto o critério de armazenagem por frequência). Importante: produtos 
perecíveis devem ser armazenados segundo o método FIFO. 
Armazenagem em área externa 
Este critério é aplicável a materiais que podem ser armazenados em áreas 
externas (por exemplo, automóveis acabados, armazenados em pátios), 
reduzindo custos e ampliando o espaço interno do almoxarifado para 
materiais que necessitam de maior proteção. 
Coberturas alternativas 
Trata-se de soluções para a obtenção de uma área coberta, sem incorrer em 
custos de construção atinente à expansão do almoxarifado. Em geral, a 
cobertura é de de PVC. 
 
No que diz respeito ao sistema de localização dos itens de material, dois são 
os critérios passíveis de serem empregados: 
 
Sistema de estocagem fixo 
Há a pré-determinação de áreas de estocagem específicas de acordo com o 
tipo de material. Se, por um lado, este sistema facilita o controle, por outro 
suscita o desperdício de áreas de armazenagem, já que a falta de um tipo 
de material acarreta áreas “vazias”, ao passo que outro tipo de material em 
excesso, em outra área, ficaria “no corredor”. 
Sistema de estocagem livre 
Não existem locais pré-determinados para a estocagem (a não ser para 
materiais de demandam estocagem especial). Neste sistema, os materiais 
vão ocupando ao espaços vazios no almoxarifado, o que exige um elevado 
controle, sob o risco de incorrer na existência de material perdido em 
estoque. 
 
Distribuição de materiais 
 
No âmbito dos órgãos públicos brasileiros, a distribuição interna pode se dar 
por dois processos de fornecimento: por pressão ou por requisição. 
 
Por pressão - é o processo de uso facultativo, pelo qual se entrega 
material ao usuário mediante tabelas de provisão previamente 
estabelecidas pelo setor competente, e nas épocas fixadas, 
independentemente de qualquer solicitação posterior do usuário. Essas 
tabelas são preparadas normalmente, para: 
a) material de limpeza e conservação; 
b) material de expediente de uso rotineiro; 
c) gêneros alimentícios 
 
Por requisição - é o processo mais comum, pelo qual se entrega o 
material ao usuário mediante apresentação de uma requisição (pedido de 
material) de uso interno no órgão ou entidade. 
 
Movimentação e transporte de materiais 
 
Devem-se perseguir os seguintes objetivos: 
 obter um fluxo eficiente de materiais nos almoxarifados; 
 utilizar critérios ergonômicos, visando a evitar fadiga e lesões dos 
colaboradores. 
 
LEIS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS 
Flexibilidade 
Empregar equipamentos que possam ser utilizados na movimentação de 
vários tipos de cargas. 
Manipulação mínima 
Evitar a manipulação dos materiais ao longo do ciclo de processamento e 
utilizar o transporte mecânico ou automatizado sempre que possível. 
Máxima utilização do espaço disponível 
Maximizar o aproveitamento do espaço cúbico disponível. 
Máxima utilização dos equipamentos 
Maximizar a utilização dos equipamentos, diversificando seu emprego. 
Máxima utilização da gravidade 
Aproveitar da gravidade, sempre que possível, para a movimentação dos 
materiais (menores custos). 
Menor custo total 
Selecionar equipamentos ponderando custos totais e tempo de vida útil. 
Mínima distância 
Reduzir as distâncias na movimentação, eliminando trajetos em ziguezague. 
Obediência do fluxo das operações 
Adotar as trajetórias de movimentação de materiais de modo a facilitar o 
fluxo produtivo. 
Padronização 
Utilizar equipamentos padronizados (facilitando a manutenção e o 
intercâmbio de sobressalentes) 
Segurança e satisfação 
Promover a segurança dos colaboradores e reduzir sua fadiga. 
 
6. GESTÃO PATRIMONIAL 
 
Recurso patrimonial = refere-se aos elementos físicos empregados por 
uma organização que são destinados à manutenção de suas atividades. A 
natureza do recurso patrimonial é permanente. Além disso, nem sempre é 
possível armazená-lo em estoques. 
 
O conceito de recurso patrimonial engloba os de ativo imobilizado e de ativo 
intangível, assim definidos: 
Ativo imobilizado = são os bens de natureza permanente destinados à 
manutenção das atividades da organização, ou seja, bens permanentes que 
a organização necessita para poder operar. 
Ativo intangível = são os bens não materiais (abstratos ou incorpóreos) 
destinados à manutenção das atividades da organização. 
 
Material de consumo= É aquele que, em razão do seu uso corrente perde 
normalmente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois 
anos. 
 
Material permanente= É aquele que não perde sua identidade física, 
mesmo quando incorporado a outro bem, e/ou apresenta uma durabilidade 
superior a dois anos. 
 
É material de consumo aquele que se enquadrar em um ou mais dos 
seguintes quesitos: 
 
1. Durabilidade 
2. Fragilidade 
3. Perecibilidade 
4. Incorporabilidade 
5. Transformabilidade 
 
As atividades envolvidas na “vida” de um bem patrimonial podem ser 
concatenadas de modo que formem um processo: 
 
Recepção -> Registro ou incorporação -> Guarda -> Conservação -> 
Desfazimento 
 
A incorporação é chamada de tombamento. Há almoxarifados específicos 
para materiais de consumo. Nestes, não ocorre o tombamento. 
 
Após o recebimento de um material permanente em um almoxarifado, 
efetua-se o registro de suas informações físicas e contábeis, para fins de 
controle. 
Controle patrimonial: inventários 
 
Ferramenta de controle dos estoques dos almoxarifados e dos ativo 
imobilizado (bens patrimoniais), inicia-se apresentando a definição de 
inventário físico: procedimento de levantamento físico e contagens dos 
itens de material em uma organização. 
 
A conferência não se limita aos almoxarifados. As diversas incumbências da 
organização (seções, salas de reunião, lanchonetes etc.) também são 
inventariadas, em especial com relação a seus materiais permanentes 
(tombados e com registro patrimonial). 
 
Há dois modos de se efetuar o inventário físico: 
 
Inventário rotativo= estamos permanentemente contando os itens. O 
método consiste no levantamento rotativo, contínuo e seletivo dos materiais 
existentes em estoque ou daqueles permanentes distribuídos para uso. Sua 
vantagem é que não implica a necessidade de paralisação das atividades da 
organização, elaborando-se um cronograma de trabalho (de acordo com os 
interesses da empresa) que abranja todos os itens dentro de um período 
fiscal. Inventário periódico (ou geral / anual)= efetua-se a contagem de 
todos os itens em determinados períodos. Quando esta rotina é realizada no 
encerramento do exercício fiscal (o que é comum), o inventário é também 
chamado de geral. Neste caso, geralmente todo o processo operacional da 
empresa é paralisado – é o famoso “FECHADO PARA BALANÇO”. As 
informações coletadas no inventário físico são compiladas no inventário 
analítico, figurando a perfeita caracterização do material, através de dados 
como descrição padronizada, número de registro patrimonial, valor, estado, 
local de uso etc. 
 
Os tipos de Inventários Físicos são: 
a) anual - destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens 
patrimoniais do acervo de cada unidade gestora, existente em 31 de 
dezembro de cada exercício - constituído do inventário anterior e das 
variações patrimoniais ocorridas durante o exercício. 
b) inicial - realizado quando da criação de uma unidade gestora, para 
identificação e registro dos bens sob sua responsabilidade; 
c) de transferência de responsabilidade - realizado quando da mudança do 
dirigente de uma unidade gestora; 
d) de extinção ou transformação - realizado quando da extinção ou 
transformação da unidade gestora; 
e) eventual - realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da 
unidade gestora ou por iniciativa do órgão fiscalizador.Alienação e depreciação de bens patrimoniais 
 
A depreciação é a redução do valor dos bens pelo desgaste (deterioração) 
ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. 
 
Depreciação 
Redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, 
ação da natureza ou obsolescência. 
Vida útil 
Período de tempo durante o qual a entidade espera obter fluxos de 
benefícios futuros de um bem ($$). 
Vida útil econômica 
Período de tempo durante o qual o bem poderá prover fluxos de benefícios 
econômicos, ao longo de sua vida. Observação: a vida útil de um automóvel, 
por exemplo, pode girar em torno de cinco anos, depois dos quais ele se 
torna antieconômico (manutenções corretivas etc.). Já a vida útil econômica 
deste mesmo automóvel pode ser bem maior. Ainda nas ruas vemos 
veículos de mais de 20 anos de funcionamento. 
Valor residual 
Montante líquido que a entidade espera obter por um bem no fim de sua 
vida útil econômica, deduzidos os gastos esperados para sua alienação. É o 
bagaço da laranja. 
Valor depreciável 
É o valor original menos o valor residual. É o “suco que sai da laranja”. 
 
Os parâmetros envolvidos no cálculo da depreciação são definidos pela 
Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
 
Saída (desfazimento, alienação, baixa dos bens) 
 
A retirada contábil do acervo patrimonial de uma organização. 
A baixa patrimonial pode ocorrer por qualquer das seguintes formas: 
 Alienação (venda, permuta ou doação, nas formas da Lei nº 
8.666/1993 – Lei de Licitações e Contratos); 
 Comodato (espécie de empréstimo de bens patrimoniais, por tempo 
pré-determinado); 
 Extravio / perda / sinistro. 
 
O número de patrimônio de um bem baixado jamais deve ser repassado a 
outro bem. Quando um bem é baixado, seu número patrimonial passa a 
fazer parte de um banco de dados gerenciado pelo setor de administração 
patrimonial da organização, referente a itens patrimoniais desincorporados. 
Em uma eventual reincorporação do bem (por exemplo, um bem furtado 
que é recuperado), o número patrimonial é restituído ao mesmo bem. 
 
Ao compararmos a alienação de bens móveis e imóveis, devemos ter em 
mente a seguinte regra geral: 
 
Bens imóveis = Autorização legislativa + interesse público + avaliação 
prévia + licitação (concorrência ou leilão) 
 
Bens móveis = Interesse público + avaliação prévia + licitação 
 
Administração e manutenção de bens imóveis 
 
Os bens imobiliários estatais, independentemente de sua titularidade 
(federal, estadual, distrital ou municipal), podem ser classificados em três 
categorias, de acordo com sua destinação. São elas: 
 Bens de uso comum do povo; 
 Bens dominiais; e 
 Bens de uso especial 
 
Bens de uso comum do povo 
Podem ser utilizados por todos os indivíduos, em igualdade de condições, 
sem necessidade de consentimento individualizado por parte do Poder 
Público. Ex.: praças, ruas, praias. (há a possibilidade de exigência de 
contraprestação do particular para usufruto desses bens, como é o caso do 
pagamento de pedágios em estradas). 
Bens de uso especial 
Empregados na execução dos serviços públicos em geral. Ex: edifícios nos 
quais são situadas as repartições públicas, veículos oficiais, aeroportos, 
mercados públicos, universidades públicas etc. São também chamados de 
patrimônio indisponível. 
Bens dominiais 
Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas entidades. São bens 
que não possuem destinação pública definida, mas que podem ser 
utilizados pelo Estado para gerar renda. Estão no “limbo”: não são 
destinados ao povo, nem são empregados no serviço público, apenas 
permanecem à disposição da Administração – são também chamados de 
patrimônio disponível. Ex: terrenos de marinha, prédios públicos 
desativados etc. 
 
A administração do patrimônio imobiliário da União – em particular os 
imóveis de uso especial – é organizada a partir do Sistema de Patrimônio 
Imobiliário da União que consiste em uma ferramenta de apoio à 
administração do patrimônio imobiliário da União, dos seus imóveis de uso 
especial e que tem como objetivos: identificar os imóveis de uso especial 
da União, sejam próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades das 
Unidades de Gestão e também ou imóveis funcionais; identificar os 
usuários dos imóveis de uso especial da União; estabelecer uma 
padronização nas atividades operacionais e minimizar os esforços através 
da integração com o SIAFI, atualizando o balanço patrimonial imobiliário de 
forma automática. 
 
Sistemas prediais e tipos de manutenção de bens imóveis 
 
Sistemas Prediais = sistemas físicos integrados a um bem imóvel 
(geralmente um edifício), cuja finalidade é prover suporte às atividades de 
seus usuários, oferecendo os insumos prediais necessários, em termos de 
materiais e de serviços. 
 
Assim, são exemplos de sistemas prediais: 
Energia elétrica Esgoto Água - Proteção contra incêndio - Refrigeração - 
Transporte mecanizado 
 
A manutenção dos sistemas prediais visa à perpetuação de seu 
funcionamento, postergando o desgaste natural. 
 
Há três tipos de manutenção; 
 Preventiva – Períodos pré-estabelecidos 
 Corretiva – Ajeitar o que quebra 
 Preditiva – Monitoramento de fatores físicos

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