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Distúrbios hipertensivos na gestação

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Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
Pré-eclâmpsia 
Surgimento de hipertensão e proteinúria após 20 
semanas 
* Proteinúria não é critério obrigatório!!! 
Eclâmpsia 
Pré-eclâmpsia + convulsões tônico clônicas 
Hipertensão gestacional 
Hipertensão sem proteinúria após 20 semanas 
Pré-eclâmpsia sobreposta 
Hipertensão agravada por pré-eclâmpsia 
Hipertensão crônica 
Hipertensão presente antes da gestação ou de 20 
semanas, sem proteinúria 
 
 
 
FATORES DE RISCO 
Primiparidade 
Gestação múltipla 
HAS, DM, doença renal, lúpus 
PE em gestação anterior 
História familiar 
Gestação molar 
 
 Placentação anormal; 
 Resposta imune deficiente aos antígenos paternos; 
 Estresse ocidativo; 
 Gestação SEM pré-eclâmpsia: onda de invasão 
trofoblástica → ↑ fluxo sanguíneo ↓ resistência; 
o 1º onda: 6-12 sem; 
o 2ª onda: 16-20 sem; 
 Pré-eclâmpsia: ausência da 2ª onda de invasão 
trofoblástica → ↑ resistência → isquemia e lesão 
endotelial → ↓ prostaciclina (vasodilatador) e ↑ 
tromboxane (vasoconstritor) → espasmo arteriolar 
→ ↑ permeabilidade vascular → hipertensão; 
 
 
Cardiovasculares 
 Vasoconstricção; 
 ↑ permeabilidade vascular; 
 ↓ volume plasmático; 
 Hemoconcentração; 
 
Hematológicas 
 Plaquetopenia; 
 Hemólise microangiopática; 
 
Renais 
 Endoteliose capilar glomerular; 
 ↓ TFG; 
 ↑ ácido úrico → proteinúria; 
 
Endócrinas e metabólicas 
 ↓ secreção de renina; 
 ↑ resposta vascular aos agentes vasopressores 
 
Cerebrais 
 Formação de trombos plaquetários; 
 Vasoespasmo; 
 Convulsões tonicoclônicas; 
 Hemorragia cerebral; 
 
Uteroplacentárias 
 ↑ da resistência vascular no leito placentário; 
 Infartos placentários; 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 Crescimento intrauterino restrito; 
 Mortalidade perinatal; 
 
 
Pré-eclâmpsia 
 
PA ≥140x90 mmHg + 
Proteinúria ≥300mg/24 horas ou relação PC ≥0,3** + 
Após 20 semanas 
 
OU 
 
PA ≥140x90 mmHg + Sem proteinúria**, mas com 
sinais de gravidade + Após 20 semanas 
 Sinais de gravidade: 
o Elevação de enzimas hepáticas; 
o Creatinina >1,2; 
o Edema agudo de pulmão; 
o Sintomas visuais ou cerebrais; 
 
Hipertensão gestacional 
PA ≥140x90 mmHg + Proteinúria <300mg/24 horas + 
Após 20 semanas 
 
Hipertensão crônica 
PA ≥140x90 mmHg + Proteinúria <300mg/24 horas + 
Antes de 20 semanas 
 
Pré-eclâmpsia sobreposta 
Pré-eclâmpsia + hipertensão crônica 
 
Características Pré-eclâmpsia HAS 
Início >20 sem <20 sem 
Proteinúria ≥300 mg/24h <300 mg/24h 
HA pós-parto Desparece Persiste 
Idade Extremos >35 anos 
Fundoscopia Espasmo 
arteriolar 
Lesões 
crônicas 
Ácido úrico ↑ Normal 
Calciúria <100 mg/24h >100 mg/24h 
 
Pré-eclâmpsia leve 
 PA 140x90 > 160x110 mmHg; 
 Sem lesão de órgão alvo; 
 
Pré-eclâmpsia grave 
 Presença de sinal de gravidade; 
 
CRITÉRIOS DE GRAVIDADE 
PA ≥160x110 mmHg 
Creatinina ≥1,2 mg/dL 
Edema aguda de pulmão, cianose 
Síndrome de HELLP 
Iminência de eclâmpsia 
 
Iminência de eclâmpsia 
 Distúrbios cerebrais → cefaleia, torpor, 
obinubilação; 
 Distúrbios visuais → escotomas, turvação visual, 
diplopia; 
 Dor epigástrica; 
 
Síndrome de HELLP 
 Hemólise → esquizócitos, bilirrubina ≥1,2, LDH 
>600UI/L; 
 Elevação de enzimas hepáticas: 
o AST (TGO) ≥70 UI/L; 
 Tromnocitopenia → plaquetas <100.000/mm3; 
 
→ Síndrome de HELLP parcial: 1 ou 2 dos critérios acima; 
→ Síndrome de HELLP não precisa obrigatoriamente ter associação 
com PE; 
 
 
Pré-eclâmpsia leve e hipertensão gestacional 
 Conduta conservadora até o termo; 
 Observas sinais de gravidade maternos e fetais; 
 NÃO usar anti-hipertensivo; 
 
Pré-eclâmpsia grave 
 Sulfato de magnésio: 
o Prevenção e tratamento de convulsão; 
o Sinais de intoxicação: perda dos reflexos 
profundos; depressão respiratória; parada 
cardíaca; 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
Medicina UFSM – Turma 109 
 Avaliar: reflexos tendinosos profundos; FR; 
diurese (<25 mL/h risco maior de intoxicação → 
não precisa suspender, pois ainda não ocorreu 
intoxicação); 
o Antídoto: Gluconato de cálcio; 
 Anti-hipertensivo: 
o Tratamento agudo: 
 Hidralazina IV (hidalazina VO é para 
manutenção); 
 Nifedipina VO; 
 Labetalol; 
 Redução do risco de hemorragia cerebral; 
 Objetivo: PS entre 140 e 155 mmHg; PD entre 
90 e 105 mmHg; 
o Tratamento crônico: 
 Metildopa; 
 Hidralazina; 
 Nifedipina; 
→ IECA/BRA não!!! 
 Parto: 
o Tratamento definitivo; 
o Preferencialmente vaginal; 
o Indução → primeiro estabilização clínica; 
o Conduta conservadora até 34 semanas; 
o Gestante e feto estáveis; 
 
Eclâmpsia 
 Parto → independente da idade gestacional; 
 
Síndrome de HELLP 
 Parto → independente da idade gestacional; 
 Conservadora → apenas para maturação pulmonar 
até o parto; 
 Corticoide em altas dose (uso controverso); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Apenas para população de alto risco → história de 
PE; gestação múltipla; HAS; DM; doença renal; 
LES, SAF; 
 AAS em baixas doses (60 - 150 mg/dia) → iniciar 
até 16 semanas; 
 Cálcio (1,5 - 2g/dia) → apenas para pacientes com 
baixa ingesta;

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