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1 JU LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 2 SIMULADO TEMÁTICO Regime Jurídico Administrativo I CADERNO DE QUESTÕES 1. (Questão Adaptada – MC). Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, sedimentada na Súmula nº 377, tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas às pessoas com deficiência a pessoa com surdez unilateral. 2. (Questão Adaptada – MC). De acordo com a jurisprudência do STJ, no âmbito do direito administrativo, aplica-se a teoria da representação, segundo a qual o agente que manifesta a vontade do Estado o faz como seu representante legal. 3. (Questão Adaptada – MC). À luz da Jurisprudência do STJ, com relação aos princípios constitucionais administrativos, julgue o item subsequente: No regime de transparência brasileiro, vige o princípio da máxima divulgação, em que a publicidade é regra, e o sigilo, exceção. 4. (Questão Adaptada – MC). À luz da da Lei n.º 9.784/1999 e da jurisprudência do STF, a administração pública pode, no exercício de seu poder de autotutela, anular atos que estejam em desacordo com o ordenamento jurídico, dos quais decorram efeitos benéficos aos destinatários, observado o prazo decadencial de cinco anos, sendo este último inaplicável quando o ato for praticado em dissonância com a CF, ou quando houver má-fé por parte do beneficiário. 5. (Questão inédita – MC). À luz da jurisprudência sumulada do STJ, julgue o item que se segue. É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente pessoa jurídica de direito público, ainda que precedido de notificação e a interrupção não atinja as unidades prestadoras de serviços indispensáveis à população 6. (Questão inédita – MC). O corte no fornecimento de energia elétrica somente pode recair sobre o imóvel que originou o débito, e não sobre outra unidade de consumo do usuário inadimplente. 7. (Questão inédita – MC). É legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações, desde que precedido de notificação. 8. (Questão inédita – MC). José, servidor público, foi alvo de processo administrativo disciplinar no órgão em que atua. Após todo o deslinde processual, foi culminada sanção contra José. Em sequência, este foi orientado por um colega a pleitear pela anulação de tal sanção, haja vista não ter sido assistido por defesa técnica de advogado durante o processo administrativo disciplinar em questão. Nesse caso, o argumento utilizado pelo colega merece prosperar, e José deverá pleitear pela anulação do processo. 9. (Questão inédita – MC). A inconstitucionalidade acerca da exigência de depósito ou arrolamento prévio de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo busca assegurar o direito ao duplo grau de julgamento em âmbito administrativo. 10. (Questão inédita – MC). O princípio da autotutela ou sindicabilidade relaciona-se à prerrogativa da Administração quanto à possibilidade de revogação dos seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais. JU LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 3 11. (Questão inédita – MC). A legislação atinente ao Processo Administrativo em âmbito federal pode ser aplicada de forma subsidiária aos Estados e Municípios. 12. (Questão inédita – MC). Joana, prefeita do município X, exonerou a servidora comissionada Pietra, em razão de esta ter sido habitualmente inassídua. Pietra, indignada, realiza a comprovação de que, na realidade, nunca deixou de comparecer em sequer um dia de expediente. Nesse caso, ainda assim o ato que exonerou Pietra deverá ser mantido, uma vez que esta ocupava cargo demissível ad nutum. 13. (Questão inédita – MC). A jurisprudência dominante estabelece que, com base no princípio da intranscendência subjetiva das sanções, proíbe-se a aplicação de sanções - às administrações atuais – em decorrência de inadimplemento ocasionado pelas gestões anteriores. 14. (Questão inédita – MC). Conforme entendimento sumulado do STJ, não pode ocorrer ou permanecer a inscrição do município em cadastros restritivos fundada em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão sucessora, são tomadas as providências cabíveis à reparação dos danos eventualmente cometidos. 15. (Questão Inédita – MC). Como decorrência lógica do princípio da continuidade do serviço público, o serviço público deverá ser prestado de forma contínua, sem interrupções. Contudo, a legislação prevê que excepcionalmente, será́ possível a interrupção do serviço publico em caso de emergência (dispensando o aviso prévio nesta hipótese); por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações, necessitando nesse caso que o usuário seja previamente avisado; ou ainda, em virtude de inadimplemento do usuário, desde que ele seja previamente avisado. 16. (Questão Inédita – MC). A lei de serviços públicos veda a aplicação retroativa de nova interpretação de norma administrativa. Conforme entendimento da doutrina, a referida norma busca dar efetividade ao chamado princípio da segurança jurídica. 17. (Questão Inédita – MC). Segundo a doutrina, ocorre a motivação aliunde, também denominada de “per relationem” ou referenciada, quando a motivação não está expressa no próprio ato administrativo, mas em outro documento. A legislação que regulamenta o assunto, veda de forma expressa a utilização da motivação aliunde em nosso Ordenamento Jurídico Brasileiro. 18. (Questão Inédita – MC). Conforme entendimento da doutrina mais moderna, a compreensão do princípio da impessoalidade deve ser analisada atualmente também sob a perspectiva do agente, ou seja, quando o agente público atua, não é a pessoa do agente quem pratica o ato, mas do Estado, adota-se a chamada teoria do Orgão e isso é um desdobramento do princípio da impessoalidade. 19. (Questão Adaptada – MC). Nos processos administrativos, cabe ao administrador público exercer atuação segundo os padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé. Assim o fazendo, ele estará cumprindo o princípio da: A. legalidade. B. impessoalidade. C. moralidade. D. publicidade. E. eficiência. JU LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 4 20. (Questão Inédita – MC). Diante da jurisprudência sumulada do STJ, é correto afirmar que: A administraçãopode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 21. (Questão Inédita – MC). Diante da jurisprudência sumulada do STF, análise a assertiva a seguir: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar ofende a Constituição. 22. (Questão Inédita – MC). Diante da jurisprudência sumulada do STF, análise a assertiva a seguir: É constitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. 23. (Questão Inédita – MC). À luz da jurisprudência do STJ, inclusive, conforme entendimento já sumulado, em nenhuma hipótese o limite de idade para a inscrição em concurso público será legítima. 24. (Questão Inédita – MC). Sobre a temática Regime Jurídico Administrativo, análise e assinale as assertivas a seguir: I. Pelo critério legalista ou exegético, o Direito Administrativo consiste na disciplina jurídica responsável pelo estudo das normas administrativas (leis, decretos, regulamentos) de um determinado país. II. Pelo critério do poder executivo, o Direito Administrativo pode ser compreendido como a disciplina jurídica das atividades do Poder Executivo. III. Pelo critério das relações jurídicas, o Direito Administrativo pode ser compreendido como o conjunto de normas que regem as relações jurídicas entre a Administração e os administrados. 25. (Questão Inédita – MC). Conforme o sistema de jurisdição única ou inglês, temos uma unidade de jurisdição, em que somente o Poder Judiciário pode proferir decisões com caráter de definitividade. É o sistema adotado no ordenamento jurídico brasileiro. JU LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 5 SIMULADO TEMÁTICO Regime Jurídico Administrativo I CADERNO DE QUESTÕES com Gabarito Comentado 1. (Questão Adaptada – MC). Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, sedimentada na Súmula nº 377, tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas às pessoas com deficiência a pessoa com surdez unilateral. Gabarito ERRADO. Cuidado para não confundir a situação da visão monocular x surdez unilateral. De acordo com o STJ: Súmula 377 STJ - O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes. Por outro lado: Súmula 552 STJ - O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos. VISÃO MONOCULAR SURDEZ UNILATERAL O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes. O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos. 2. (Questão Adaptada – MC). De acordo com a jurisprudência do STJ, no âmbito do direito administrativo, aplica-se a teoria da representação, segundo a qual o agente que manifesta a vontade do Estado o faz como seu representante legal. Gabarito ERRADO. No Ordenamento jurídico Brasileiro não é aplicada a teoria da representação, mas sim a teoria do órgão ou a teoria da imputação, sendo este o entendimento da doutrina e da Jurisprudência. Tivemos diversas teorias criadas para tentar explicar a relação entre o Estado e o agente/órgão. Nessa esteira, o Ordenamento Jurídico Brasileiro, por sua vez, adotou a chamada TEORIA DO ÓRGÃO. A teoria do órgão foi elaborada na Alemanha, por Otto Gierke, e hoje é universalmente aceita pela doutrina e pela jurisprudência. De acordo com essa tese, o Estado manifesta suas vontades por meio dos órgãos que integram a sua estrutura administrativa. Com efeito, quando os agentes que atuam nesses órgãos manifestam a sua vontade é como se o próprio Estado se manifestasse. Em outras palavras, como o órgão é apenas parte do corpo do ente político ou da entidade administrativa, todas as manifestações de vontade dos órgãos são consideradas como manifestações de vontade da própria pessoa jurídica da qual fazem parte. A teoria do órgão é também conhecida como “teoria da imputação volitiva”. A Teoria do Órgão ou da Imputação, idealizada por Otto Gierke e adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro, estabelece que o agente, que manifesta a vontade do Estado, o faz por determinação legal. Em outras palavras, as ações praticadas pelos agentes públicos são atribuídas à pessoa jurídica a qual JU LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 6 vinculados. (STJ - HC: 474934 SP 2018/0275712-8, Relator: Ministro RIBEIRO DANTAS, Data de Julgamento: 06/06/2019, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 11/06/2019). Vamos REVISAR? TEORIA DA REPRESENTAÇÃO TEORIA DO MANDATO TEORIA DO ÓRGÃO A teoria da representação sustentava a ideia de que o agente público seria um representante do Estado, e o Estado, por sua vez, seria um ente público incapaz. A teoria em estudo foi severamente criticada, posto que o Estado não poderia ser visto como um ente incapaz, uma vez que esse é titular de obrigações e de direitos na ordem jurídica, não dependendo de Representação. Estabelece que o agente público atua como mandatário do Estado, ou seja, a conduta do agente público é imputada ao Estado em virtude desse mandato firmado entre a administração e o agente público. Igualmente, não foi aceita, visto que a relação entre a entidade e o agente não é contratual. Ademais, o Estado não poderia celebrar esse contrato de mandato, posto que não poderia ser representado. Assim, a referida teoria, igualmente, também não foi aceita. Segundo esta teoria, a atuação do agente e do Estado se confundem, de modo que toda atuação do agente público deve ser imputada ao órgão que ele representa e não à pessoa do agente. A conduta do agente público manifestada é a vontade do próprio Estado. 3. (Questão Adaptada – MC). À luz da Jurisprudência do STJ, com relação aos princípios constitucionais administrativos, julgue o item subsequente: No regime de transparência brasileiro, vige o princípio da máxima divulgação, em que a publicidade é regra, e o sigilo, exceção. Gabarito CERTO. Quando não demonstrada, em concreto, nenhuma razão para se entender que a manutenção do sigilo de informações dos órgãos públicos é útil à segurança da sociedade e do Estado e imprescindível a essa finalidade, deve-se prevalecer a regra da publicidade. No caso concreto, o impetrante buscava saber quantas nomeações e vacâncias de soldados existiram em um dado período de tempo na Polícia Militar do Estado, sendo certo que não se estava pretendendo saber detalhes específicos e pessoais de umaou algumas nomeações ou vacâncias; não se pretende saber como o efetivo existente se distribui, como deverá ser alocado ou qual a estratégia utilizada para sua alocação; não se busca saber nada de caráter estratégico da Polícia Militar (planos, projetos, execuções etc.). Por essa razão, o STJ determinou o fornecimento das informações. STJ. 1ª Turma. RMS 54405-GO, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 9/8/2022 (Info Especial 8). 4. (Questão Adaptada – MC). À luz da Lei n.º 9.784/1999 e da jurisprudência do STF, a administração pública pode, no exercício de seu poder de autotutela, anular atos que estejam em desacordo com o ordenamento jurídico, dos quais decorram efeitos benéficos aos destinatários, observado o prazo decadencial de cinco anos, sendo este último inaplicável quando o ato for praticado em dissonância com a CF, ou quando houver má-fé por parte do beneficiário. Gabarito CERTO. JU LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 7 Súmula 473, STF. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que o tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. O art. 54 da Lei nº 9.784/99 prevê que a Administração Pública federal possui o prazo de 5 anos para anular um ato administrativo ilegal, salvo comprovada má-fé (quando, então, não haverá prazo). Trata- se, portanto, de um prazo para o exercício da autotutela. Lei nº 9.784/99, Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 5. (Questão inédita – MC) À luz da jurisprudência sumulada do STJ, julgue o item que se segue. É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente pessoa jurídica de direito público, ainda que precedido de notificação e a interrupção não atinja as unidades prestadoras de serviços indispensáveis à população. Gabarito ERRADO. É legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente pessoa jurídica de direito público, desde que precedido de notificação e a interrupção não atinja as unidades prestadoras de serviços indispensáveis à população. 6. (Questão inédita – MC) O corte no fornecimento de energia elétrica somente pode recair sobre o imóvel que originou o débito, e não sobre outra unidade de consumo do usuário inadimplente. Gabarito CERTO. Item de nº 10 do mencionado Jurisprudência em Teses: 10) O sobre o imóvel que originou o débito, e não sobre outra unidade de consumo do usuário inadimplente. 7. (Questão inédita – MC) É legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações, desde que precedido de notificação. Gabarito CERTO. Item de nº 02 do mencionado Jurisprudência em Teses: 2) É legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações, desde que precedido de notificação. Dica: memorize os casos em que o corte no fornecimento é LEGÍTIMO (apenas itens 1, 2 e 4 do Jurisprudência em Teses nº 13 do STJ). Assim, saberemos que os demais serão sempre ilegítimos. #JURISPRUDÊNCIA EM TESE – STJ • É LEGÍTIMO o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente o usuário, desde que precedido de notificação. • É LEGÍTIMO o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações, desde que precedido de notificação. • É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica quando puder afetar o direito à saúde e à integridade física do usuário. • É LEGÍTIMO o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente pessoa jurídica de direito público, desde que precedido de notificação e a interrupção não atinja as unidades prestadoras de serviços indispensáveis à população. • É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente unidade de saúde, uma vez que prevalecem os interesses de proteção à vida e à saúde. JU LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 8 • É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando a inadimplência do usuário decorrer de débitos pretéritos, uma vez que a interrupção pressupõe o inadimplemento de conta regular, relativa ao mês do consumo. • É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais por débitos de usuário anterior, em razão da natureza pessoal da dívida. • É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica em razão de débito irrisório, por configurar abuso de direito e ofensa aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, sendo cabível a indenização ao consumidor por danos morais. • É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando o débito decorrer de irregularidade no hidrômetro ou no medidor de energia elétrica, apurada unilateralmente pela concessionária. • O corte no fornecimento de energia elétrica somente pode recair sobre o imóvel que originou o débito, e não sobre outra unidade de consumo do usuário inadimplente. 8. (Questão inédita – MC) José, servidor público, foi alvo de processo administrativo disciplinar no órgão em que atua. Após todo o deslinde processual, foi culminada sanção contra José. Em sequência, este foi orientado por um colega a pleitear pela anulação de tal sanção, haja vista não ter sido assistido por defesa técnica de advogado durante o processo administrativo disciplinar em questão. Nesse caso, o argumento utilizado pelo colega merece prosperar, e José deverá pleitear pela anulação do processo. Gabarito ERRADO. A orientação do colega de José afronta o entendimento sumular vinculante sobre o tema: Súmula Vinculante nº 5. A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a constituição. 9. (Questão inédita – MC) A inconstitucionalidade acerca da exigência de depósito ou arrolamento prévio de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo busca assegurar o direito ao duplo grau de julgamento em âmbito administrativo. Gabarito CERTO. O direito ao duplo grau de julgamento em âmbito administrativo seria prejudicado caso a admissibilidade de recurso estivesse condicionada ao depósito ou arrolamento prévio de bens, haja vista que, para aqueles impossibilitados em assegurar a garantia, não haveria direito ao duplo grau de julgamento. Vejamos súmula vinculante sobre o tema: Súmula Vinculante nº 21. É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévio de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. Direito ao duplo grau de julgamento O duplo grau de julgamento trata-se de prerrogativa que possibilita a reanálisedos atos praticados pela Administração, por provocação do particular, com finalidade de evitar injustiça de decisões ilegais. Súmula Vinculante nº 21. É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévio de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. Referido teor da súmula visa assegurar o direito ao duplo grau de julgamento, posto que se houvesse necessidade de depósito, acabaria por restringir o seu acesso. O direito a interposição do recurso é inerente ao duplo grau de julgamento. Nesse sentido, a edição da súmula vinculante de nº 21 reforça a garantia do duplo julgamento. JU LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 9 Analisando este dispositivo, interpreta-se que tal exigência seria inconstitucional por restringir o acesso ao duplo grau e, consequentemente, inviabilizar o exercício pleno da ampla defesa. Em síntese, o duplo grau de julgamento é meio de garantir a ampla defesa, restringi-lo seria por via consequencial, restringir a própria ampla defesa assegurada constitucionalmente. 10. (Questão inédita – MC) O princípio da autotutela ou sindicabilidade relaciona-se à prerrogativa da Administração quanto à possibilidade de revogação dos seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais. Gabarito ERRADO. Objeto de cobrança clássico: a Administração ANULA os atos eivados de vícios de legalidade, e REVOGA os atos por motivos de conveniência e oportunidade, VEJAMOS: Súmula 473, STF. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que o tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revoga-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os acasos, a apreciação judicial. Princípio da Autotutela Pelo princípio da autotutela, também denominado de SINDICABILIDADE, a administração pública tem a prerrogativa de rever os seus próprios atos independentemente de provocação, seja para revogá-los ou para anulá-los, fala-se que este controle pode ser de legalidade ou de mérito. Quando ilegal o ato será anulado, quando inoportuno ou inconveniente será revogado. • ATO ILEGAL →CONDUZ PARA A ANULAÇÃO. • ATO INCONVENIENTE →CONDUZ A REVOGAÇÃO. Desse modo, contemplamos que a administração pública tem a prerrogativa de rever os seus próprios atos independentemente de provocação, seja para revogá-los ou para anulá-los, fala-se que este controle pode ser de legalidade ou de mérito. Quando ilegal o ato será anulado, quando inoportuno ou inconveniente será revogado. Nesse sentido, “o ente estatal tem a garantia de anular os atos praticados em suas atividades essenciais, quando ilegais, ou revoga-los, quando inoportunos ou inconvenientes, sem que seja necessária a interferência do Poder Judiciário”, Súmula 473 do STF. Vejamos: ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO Ato administrativo ANULADO Quando foi ILEGAL Ato administrativo REVOGADO Quando se tornou INCONVENIENTE ou INOPORTUNO. 11. (Questão inédita – MC) A legislação atinente ao Processo Administrativo em âmbito federal pode ser aplicada de forma subsidiária aos Estados e Municípios. Gabarito CERTO. Trata-se de entendimento sumular RECENTE, e que, por isso, merece especial atenção na sua preparação: Súmula 633-STJ: A Lei 9.784/99, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para revisão de atos administrativos no âmbito da administração pública federal, pode ser aplicada de forma subsidiária aos Estados e municípios se inexistente norma local e específica regulando a matéria. JU LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 10 12. (Questão inédita – MC) Joana, prefeita do município X, exonerou a servidora comissionada Pietra, em razão de esta ter sido habitualmente inassídua. Pietra, indignada, realiza a comprovação de que, na realidade, nunca deixou de comparecer em sequer um dia de expediente. Nesse caso, ainda assim o ato que exonerou Pietra deverá ser mantido, uma vez que esta ocupava cargo demissível ad nutum. Gabarito ERRADO. A teoria dos motivos determinantes estabelece que, ainda que um ato administrativo não exija motivo para a sua concepção, caso o Administrador opte por motivá-lo mesmo assim, a este motivo a validade do ato estará vinculada. Por essa razão, o ato que exonerou Pietra estaria viciado, ainda que o cargo, de fato, fosse demissível ad nutum. Pela TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES, a Administração Pública se vincula aos MOTIVOS que elegeu para a prática do ato e, dessa forma. No caso em tela, restrou demonstrado que o motivo não existia ou era falso. Denota-se que, inobstante não fosse necessária a motivação, se feita, deve corresponder com a realidade factual, sob pena de viciar o ato, por ilegalidade no motivo, esse entendimento decorre da chamada TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES. Teoria dos Motivos Determinantes A teoria dos motivos determinantes está relacionada a prática de atos administrativos e impõe que, uma vez declarado o motivo do ato, este deve ser respeitado. Esta teoria vincula o administrador ao motivo declarado. Para que haja obediência ao que prescreve a teoria, no entanto, o motivo há de ser legal, verdadeiro e compatível com o resultado.Vale dizer, a teoria dos motivos determinantes não condiciona a existência do ato, mas sim sua validade. Segundo a Teoria dos Motivos Determinantes, os motivos apresentados como justificadores da prática do ato administrativo vinculam este ato e, caso os motivos apresentados sejam viciados, o ato será ilegal. Assim, a administração, ao justificar o ato administrativo, fica vinculado às razões aço expostas, para todos os efeitos jurídicos, de acordo com o preceituado na teoria dos motivos determinantes. Corroborando ao exposto, Rafael Rezende1: De acordo com essa teoria, a validade do ato administrativo depende da correspondência entre os motivos nele expostos e a existência concreta dos fatos que ensejaram a sua edição. Mesmo naquelas situações excepcionais em que a lei não exige a motivação (exteriorização dos motivos), caso o agente exponha os motivos do ato, a validade da medida dependerá da citada correspondência com a realidade. Cite-se, a título exemplificativo, a hipótese em que a exoneração de agente ocupante de cargo em comissão, que inicialmente seria livre (ad nutum), vem acompanhada de motivação. Nesse caso, o ato de exoneração somente será considerado válido se as razões nele colocadas tiverem efetivamente ocorrido na prática. Por outro lado, explica Ricardo Alexandre2: A teoria dos motivos determinantes se baseia na ideia de que o motivo do ato administrativo deve sempre guardar compatibilidade com a situação de fato que gerou a manifestação da vontade administrativa. Como consequência da aplicação dessa teoria, toda vez que o ato administrativo for motivado, sua validade ficará vinculada à existência dos motivos expostos. Assim, ainda que a lei não exija a motivação, se o ato administrativofor motivado, ele só será válido se os motivos declarados forem verdadeiros. 1 Curso de direito administrativo / Rafael Carvalho Rezende Oliveira. – 8. ed. – Rio de Janeiro: Método, 2020. 2 Direito administrativo / Ricardo Alexandre, João de Deus. – 4. ed., rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018. JU LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 11 13. (Questão inédita – MC) A jurisprudência dominante estabelece que, com base no princípio da intranscendência subjetiva das sanções, proíbe-se a aplicação de sanções - às administrações atuais – em decorrência de inadimplemento ocasionado pelas gestões anteriores. Gabarito CERTO. Trata-se de entendimento jurisprudencial em voga nos últimos anos e que restou, por ora, sumulado pelo STJ, de modo que certamente aparecerá nos certames que chegam. Tal entendimento é lastreado no princípio da subjetiva das sanções, de modo que atos passados de outras gestões não venham a minar a gestão atual. Súmula 615-STJ: Não pode ocorrer ou permanecer a inscrição do município em cadastros restritivos fundada em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão sucessora, são tomadas as providências cabíveis à reparação dos danos eventualmente cometidos. 14. (Questão inédita – MC) Conforme entendimento sumulado do STJ, não pode ocorrer ou permanecer a inscrição do município em cadastros restritivos fundada em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão sucessora, são tomadas as providências cabíveis à reparação dos danos eventualmente cometidos. Gabarito CERTO. Trata-se do exato teor da Súmula 615 do STJ: Não pode ocorrer ou permanecer a inscrição do município em cadastros restritivos fundada em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão sucessora, são tomadas as providências cabíveis à reparação dos danos eventualmente cometidos. A referida súmula consolida o entendimento proposto pelo princípio da transcendência subjetiva das sanções. Candidato, e o que preceitua o princípio da intranscendência subjetiva das sanções? O princípio da intranscendência subjetiva significa que não podem ser impostas sanções e restrições que superem a dimensão estritamente pessoal do infrator e atinjam pessoas que não tenham sido as causadoras do ato ilícito. Na jurisprudência do STF encontramos dois exemplos de aplicação desse princípio em casos envolvendo inscrição de Estados e Municípios nos cadastros de inadimplentes da União: quando a irregularidade foi praticada pela gestão anterior ou quando a irregularidade foi praticada por uma entidade do Estado/Município ou pelos outros Poderes que não o Executivo. 15. (Questão Inédita – MC). Como decorrência lógica do princípio da continuidade do serviço público, o serviço público deverá ser prestado de forma contínua, sem interrupções. Contudo, a legislação prevê que excepcionalmente, será́ possível a interrupção do serviço publico em caso de emergência (dispensando o aviso prévio nesta hipótese); por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações, necessitando nesse caso que o usuário seja previamente avisado; ou ainda, em virtude de inadimplemento do usuário, desde que ele seja previamente avisado. Gabarito CERTO. De forma excepcional, admite-se a interrupção do serviço público nas seguintes hipóteses previstas no art. 6°, § 3° da Lei n. 8.987/95: a) Em caso de emergência (mesmo sem aviso prévio); b) Por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações, desde que o usuário seja previamente avisado; c) Por causa de inadimplemento do usuário, desde que ele seja previamente avisado3. 3 Castro, Renério. Manual de Direito Administrativo / Renério Castro - São Paulo: Editora JusPodivm, 2021. JU LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 12 16. (Questão Inédita – MC). A lei de serviços públicos veda a aplicação retroativa de nova interpretação de norma administrativa. Conforme entendimento da doutrina, a referida norma busca dar efetividade ao chamado princípio da segurança jurídica. Gabarito CERTO. Conforme leciona Renério de Castro Júnior (pág. 77, 2021)4, percebe-se o princípio da segurança jurídica, em seu duplo caráter, objetivo e subjetivo, expresso no inc. XIII do parágrafo único do art. 2° da Lei 9.784/99. Esse dispositivo impõe a interpretação da norma administrativa de forma a garantir o atendimento ao fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. A segurança jurídica é o princípio geral do Direito que garante aos cidadãos não serem surpreendidos por alterações repentinas na ordem jurídica posta5. 17. (Questão Inédita – MC). Segundo a doutrina, ocorre a motivação aliunde, também denominada de “per relationem” ou referenciada, quando a motivação não está expressa no próprio ato administrativo, mas em outro documento. A legislação que regulamenta o assunto, veda de forma expressa a utilização da motivação aliunde em nosso Ordenamento Jurídico Brasileiro. Gabarito ERRADO. O Ordenamento Jurídico Brasileiro admite a motivação aliunde e trouxe essa previsão/possibilidade ao teor do § 1° art. 50 da Lei 9.784/99. Segundo ensina Renério de Castro Júnior (pág. 84, 2021)6, ocorre a motivação aliunde (“per relationem” ou referenciada), quando a motivação não está expressa no próprio ato administrativo, mas em outro documento. Por exemplo, o ato que determina a promoção de determinador servidor público com o seguinte fundamento: “fica o servidor promovido pelas motivações expressas no parecer X”. Veja, o ato de promoção não contém motivação, mas se refere a um outro documento (parecer X) que, este sim, apresenta as motivações necessárias. O § 1° do art. 50 da Lei 9.784/99 fundamenta a motivação aliunde: Art. 50. §1°. A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. 18. (Questão Inédita – MC). Conforme entendimento da doutrina mais moderna, a compreensão do princípio da impessoalidade deve ser analisada atualmente também sob a perspectiva do agente, ou seja, quando o agente público atua, não é a pessoa do agente quem pratica o ato, mas do Estado, adota-se a chamada teoria do Orgão e isso é um desdobramento do princípio da impessoalidade. Gabarito CERTO. Conforme leciona Matheus Carvalho (pág. 109, 2021)7, a impessoalidade deve ser enxergada também sob a ótica do agente, ou seja, quando o agente público atua, não é a pessoa do agente quem pratica o ato, mas do Estado – órgão que ele representa (teoria do órgão). 19. (Questão Adaptada – MC). Nos processos administrativos, cabe ao administrador público exercer atuação segundo os padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé. Assim o fazendo, ele estará cumprindo o princípio da: 4 Castro,Renério. Manual de Direito Administrativo / Renério Castro - São Paulo: Editora JusPodivm, 2021. 5 Carvalho, Matheus. Manual de direito administrativo / Matheus Carvalho - 9. ed. rev. ampl. e atual. Salvador: JusPODIVM, 2021. 6 Castro, Renério. Manual de Direito Administrativo / Renério Castro - São Paulo: Editora JusPodivm, 2021. 7 Carvalho, Matheus. Manual de direito administrativo / Matheus Carvalho - 9. ed. rev. ampl. e atual. Salvador: JusPODIVM, 2021. JU LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 13 A. legalidade. B. impessoalidade. C. moralidade. D. publicidade. E. eficiência. Gabarito C, princípio da moralidade. Conforme leciona Matheus Carvalho (pág. 110, 2021)8, o princípio da moralidade exige a honestidade, lealdade, boa-fé da conduta no exercício da função administrativa, ou seja, não corrupta dos gestores públicos, ao tratar com a coisa de titularidade do Estado. 20. (Questão Inédita – MC). Diante da jurisprudência sumulada do STJ, é correto afirmar que: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Gabarito CERTO. Trata-se do teor da súmula 473 do STJ. Nesse mesmo sentido, a súmula 346. Súmulan. 346: Aadministraçãopúblicapodedeclararanulidadedeseusprópriosatos. Súmula n. 473: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 21. (Questão Inédita – MC). Diante da jurisprudência sumulada do STF, análise as assertivas a seguir: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar ofende a Constituição. Gabarito ERRADO. A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. 22. (Questão Inédita – MC). Diante da jurisprudência sumulada do STF, análise a assertiva a seguir: É constitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. Gabarito ERRADO. É INCONSTITUCIONAL a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. 23. (Questão Inédita – MC). À luz da jurisprudência do STJ, inclusive, conforme entendimento já sumulado, em nenhuma hipótese o limite de idade para a inscrição em concurso público será legítima. Gabarito ERRADO. A questão é genérica e absoluta, apontando que não será admitida em nenhum caso, contudo o STJ tem admitido determinadas situações em que será legítima a restrição. Vejamos: Súmula 683 STJ. O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. O estabelecimento de limite de idade para inscrição em concurso público apenas é legítimo quando justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. 8 Carvalho, Matheus. Manual de direito administrativo / Matheus Carvalho - 9. ed. rev. ampl. e atual. Salvador: JusPODIVM, 2021. JU LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 14 [Tese definida no ARE 678.112 RG, rel. min. Luiz Fux, P, j. 25-4-2013, DJE 93 de 17-5-2016, Tema 646.] Insta saber se é razoável ou não limitar idade para ingressar em carreira policial, a par da aprovação em testes médicos e físicos. Com efeito, o Supremo tem entendido, em casos semelhantes, que o estabelecimento de limite de idade para inscrição em concurso público apenas é legítimo quando justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. [ARE 678.112 RG, rel. min. Luiz Fux, P, j. 25-4-2013, DJE 93 de 17-5-2016, Tema 646.] 24. (Questão Inédita – MC). Sobre a temática Regime Jurídico Administrativo, análise e assinale as assertivas a seguir: I. Pelo critério legalista ou exegético, o Direito Administrativo consiste na disciplina jurídica responsável pelo estudo das normas administrativas (leis, decretos, regulamentos) de um determinado país. II. Pelo critério do poder executivo, o Direito Administrativo pode ser compreendido como a disciplina jurídica das atividades do Poder Executivo. III. Pelo critério das relações jurídicas, o Direito Administrativo pode ser compreendido como o conjunto de normas que regem as relações jurídicas entre a Administração e os administrados. a) Apenas o item I está correto. b) Apenas o item III está correto. c) Apenas o item III está correto. d) Todos os itens estão corretos. e) Todos os itens estão incorretos. Gabarito D. Todos os itens estão corretos. I. CERTO. Os adeptos do critério legalista ou exegético restringem o estudo do direito administrativo às leis e normas administrativas interpretando-as de acordo com a jurisprudência criada pelos próprios Tribunais Administrativos9. II. CERTO. O direito administrativo se restringiria a estudar os atos editados pelo Poder Executivo, desconsiderando os demais poderes10. III. CERTO. O direito administrativo como o conjunto de normas que regem as relações entre a Administração e os administrados11. CRITÉRIO Conceito de Direito Administrativo Legalista Disciplina jurídica responsável pelo estudo das normas administrativas – leis, decretos, regulamentos. Poder executivo Disciplina jurídica das atividades do Poder Executivo. Relações jurídicas Conjunto de normas que regem as relações jurídicas entre a Administração e os Administrados. Serviço público Tem por disciplina o serviço público. Teleológico ou finalístico Conjunto de normas que disciplinam a atuação concreta do Estado para a consecução dos seus fins (fins públicos). Negativo ou residual O direito administrativo deve ser conceituado por exclusão. Administração Pública ou critério FUNCIONAL É o conjunto de princípios e normas que regem a Administração Pública. 9 Castro, Renério. Manual de Direito Administrativo / Renério Castro - São Paulo: Editora JusPodivm, 2021. 10 Castro, Renério. Manual de Direito Administrativo / Renério Castro - São Paulo: Editora JusPodivm, 2021. 11 Castro, Renério. Manual de Direito Administrativo / Renério Castro - São Paulo: Editora JusPodivm, 2021. JU LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LIA N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 15 25. (Questão Inédita – MC). Conforme o sistema de jurisdição única ou inglês, temos uma unidade de jurisdição, em que somente o Poder Judiciário pode proferir decisões com caráter de definitividade. É o sistema adotado no ordenamento jurídico brasileiro. Gabarito CERTO. O sistema inglês, adota a unicidade de jurisdição, desaguando no Poder Judiciário todo e qualquer litígio, inclusive de natureza administrativa, haja vista ser o único órgão com poder de resolver conflitos de forma definitiva. Nessa esteira, reafirma José dos Santos Carvalho Filho (2020)12, “no sistema da unidade de jurisdição – una lex una jurisdictio –, apenas os órgãos do Judiciário exercem a função jurisdicional e proferem decisões com o caráter da definitividade”. “O ordenamento jurídico brasileiro ADOTOU, desde a instauração da República o sistema inglês, também denominado do sistema da jurisdição única ou de controle judicial”. No sistema nacional, o particular pode optar em resolver seus conflitos com a administração pública, instaurando processos administrativos perante ela ou poderá recorrer ao Judiciário antes ou depois de esgotada a via administrativa. Destaca-se ainda que a possibilidade de recorrer ao judiciário não depende, via de regra, do esgotamento das instâncias administrativas. Como exceção a essa regra, a Constituição da República, ao cuidar do desporto no artigo 217, § 1º, determina que o Poder Judiciário somente poderá resolver conflitos envolvendo competitições desportivas após exaurimento das instâncias na justiça desportiva: “O Poder Judiciário só admirá ações relavas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei”. O sistema ora adotado contrapõe-se ao sistema francês (também denominado de sistema do contencioso administrativo). No sistema francês ou dual, o Poder Judiciário fica responsável por julgar todos os conflitos da sociedade, com exceção dos que envolverem a Administração, isto porque o Judiciário não poderia violar o âmbito do executivo. Nesse sistema, o Conselho de Estado é o órgão da Administração que tem a função de julgar todas as controvérsias que tenham como parte a Administração Pública. Em RESUMO13: Sistema de Jurisdição Única ou Inglês Sistema do Contencioso Administrativo ou Francês No sistema da jurisdição una todas as causas, mesmo aquelas que envolvem interesse da Administração Pública, são julgadas pelo Poder Judiciário. Conhecido como modelo inglês, por ter como fonte inspiradora o sistema adotado na Inglaterra, é a forma de controle existente atualmente no Brasil. O contencioso administrativo caracteriza-se pela repartição da função jurisdicional entre o Poder Judiciário e tribunais administrativos. Nos países que adotam tal sistema, o Poder Judiciário decide as causas comuns, enquanto as demandas que envolvam interesse da Administração Pública são julgadas por um conjunto de órgãos administrativos encabeçados pelo Conselho de Estado. 12 Manual de direito administrativo / José dos Santos Carvalho Filho. – 34. ed. – São Paulo: Atlas, 2020. 13 Manual de direito administrativo / Alexandre Mazza. – 9. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019. JU LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 J U LI A N A A V IL A 0 16 04 92 82 39 SIMULADO TEMÁTICO SIMULADO TEMÁTICO
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