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Livro Nao-Tenha-Medo-Em-Deus-Voce-e-Valente-Marcio-Valadao

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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha
Edição outubro/2009
Gerência de Comunicação
Ana Paula Costa
Transcrição: 
Eliane Condinho
Copidesque: 
William Buchacra
Revisão:
Adriana Santos
Capa e Diagramação:
Junio Amaro
5
“Pai venha vivificar a tua Palavra em nosso cora-
ção nesta hora. Venha, Senhor, trazer o teu espírito de 
revelação, de entendimento, e de compreensão da tua 
Palavra. Senhor, que a semente viva floresça para que 
teus filhos sejam edificados, sejam consolados, sejam 
exortados, sejam salvos pelo poder do teu Evangelho. 
Pai, que a tua unção esteja na minha vida agora e 
na vida deste querido leitor que está lendo este livro, 
e que estas páginas estejam impregnadas com a tua 
unção. Ó Deus, se o Senhor não agir, se o Senhor não 
falar, não adiantará nada. Queremos ouvir a tua voz, 
por isso, Senhor, fala ao nosso coração, e toca-nos 
com a brasa viva do altar. Que haja verdadeira fome 
pela tua Palavra, Senhor. E eu reivindico cada vida que 
está lendo este livro para o Senhor. Eu as coloco no teu 
coração, ó Pai. E que ninguém, mas ninguém mesmo, 
Senhor, possa terminar a leitura deste livro como co-
meçou, mas, ó Deus, que o Senhor possa usar a tua 
Palavra como uma espada de dois gumes, dividindo 
alma e espírito, despedaçando a penha. Em nome do 
teu filho amado Jesus, amém.”
6
7
Reavivando o 
dom de deus 
em nós
“Dou graças a Deus, a quem, desde os meus ante-
passados, sirvo com consciência pura, porque, sem 
cessar, me lembro de ti nas minhas orações, noite e 
dia. Lembrado das tuas lágrimas, estou ansioso por 
ver-te, para que eu transborde de alegria pela recor-
dação que guardo de tua fé sem fingimento, a mes-
ma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide 
e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, 
8
em ti. Por esta razão, pois, te admoesto que reavives 
o dom de Deus que há em ti pela imposição das mi-
nhas mãos. Porque Deus não nos tem dado espírito 
de covardia, mas de poder, de amor e de modera-
ção. Não te envergonhes, portanto, do testemunho 
de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou 
eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimen-
tos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus, 
que nos salvou e nos chamou com santa vocação; 
não segundo as nossas obras, mas conforme a sua 
própria determinação e graça que nos foi dada em 
Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, e manifes-
tada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador 
Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como 
trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o 
evangelho, para o qual eu fui designado pregador, 
apóstolo e mestre e, por isso, estou sofrendo estas 
coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em 
quem tenho crido e estou certo de que ele é pode-
roso para guardar o meu depósito até aquele Dia. 
Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ou-
viste com fé e com o amor que está em Cristo Jesus. 
Guarda o bom depósito, mediante o Espírito Santo 
que habita em nós.” (2 Timóteo 1.3-14.)
9
Não existe nada mais glorioso do que conhe-
cer Jesus e fazer parte da família do povo de Deus. 
Quando uma pessoa recebe a Jesus, não apenas 
ela passa a ter o seu nome escrito no Livro da Vida 
como recebe de Deus dons espirituais. Não só essa 
pessoa recebe naquele momento dons espirituais 
específicos, como, também, durante a sua jornada 
aqui na Terra, o Senhor continua enviando e apri-
morando os dons dele nela.
A salvação é um dom, um presente, uma dádiva 
do Senhor, e, com a salvação recebemos, também, 
muitos outros dons espirituais. Na Bíblia, encontra-
mos, catalogados, cerca de trinta dons espirituais, e 
não existe nenhum cristão que não tenha pelo me-
nos um dom espiritual. Nós podemos até não estar 
exercendo o dom, mas todos nós, temos um dom 
de Deus separado para cada um de nós. Podemos 
não estar cumprindo em obediência a vontade de 
Deus para a nossa vida e, talvez, até nem estejamos 
exercendo o nosso papel no Corpo, mas não pense 
que a Igreja é apenas o espaço onde podemos ficar 
assistindo a reuniões, nós somos parte do Corpo.
A Igreja é o Corpo vivo do Senhor e cada um de 
nós precisa cumprir o seu papel nele. Não pense 
10
que ser membro da igreja é ser apenas batizado, en-
tregar os nossos dízimos corretamente, frequentar 
todas as reuniões da igreja, e torcer por Jesus, não 
é bem assim, há toda uma revelação que envolve 
todas essas coisas.
Quando encontramos Paulo escrevendo essa 
carta a um filho na fé, Timóteo, vem à nossa lem-
brança que Timóteo era um jovem que um dia ha-
via experimentado a graça do Senhor em sua vida. 
Timóteo era uma pessoa que possuía um passado, a 
sua avó chamada Lóide, já andava nos caminhos do 
Senhor, como também a sua mãe, chamada Eunice. 
Quando começamos a conhecer Timóteo, o encon-
tramos com o coração cheio de amor. Timóteo era 
um moço cheio de entusiasmo e de intrepidez. Ha-
via nele a glória de Deus. Timóteo tinha em sua vida 
a honra do Senhor. O coração de Timóteo queimava 
por uma paixão incontida pelo Senhor Jesus.
Paulo iniciou essa carta dizendo: “Por esta razão, 
pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há 
em ti pela imposição das minhas mãos.” (2 Timóteo 
1.6.) Ou seja, o dom de Deus que havia na vida de 
Timóteo, aquele fogo, aquele entusiasmo, aquela 
intrepidez, havia se apagado. Quando o dom es-
11
piritual de Deus fica apagado, inoperante, preso, o 
entusiasmo seca. Com isso, o amor esfria, e a garra 
evangelística deixa de existir. É preciso fazer algo, e 
Paulo ensinou a Timóteo: “Te admoesto que reavives 
o dom de Deus que há em ti.” Muitas vezes dizemos 
assim: “Eu quero que Deus reavive o dom dele na mi-
nha vida”, só que essa obra não é Deus que irá fazer, 
somos nós que devemos fazer. É importante reco-
nhecer que é você quem deve abrir o seu coração 
reconhecendo o seu próprio estado: “Senhor, que o 
teu fogo arda no meu coração”. É Paulo dizendo mais 
uma vez: “Te admoesto que reavives o dom de Deus 
que há em ti.”
Mas, qual foi o motivo que apagou o fogo de 
Deus na vida de Timóteo, se ele precisava reavivar 
o dom de Deus, o que teria acontecido para que 
o fogo do Senhor deixasse de queimar em seu co-
ração? No versículo seguinte, nós encontramos a 
resposta. “Porque Deus não nos tem dado espírito de 
covardia, mas de poder, de amor e de moderação.” (2 
Timóteo 1.7.) Em outra tradução, literalmente diz: 
“Deus não tem nos dado espírito de intimidação”, ou 
seja, espírito de medo, espírito de pavor, espírito de 
apreensão, espírito amedrontador, espírito assusta-
12
dor, espírito de apavoramento, ou espírito de timi-
dez. Ao caminharmos com Timóteo, no início da sua 
jornada de fé, nós o enxergamos cheio de graça e de 
autoridade. Nós o vemos exercendo um ministério 
sobrenatural, expulsando demônios, curando en-
fermos, e com o coração cheio da alegria do Senhor 
e repleto daquela paixão tremenda pelo Calvário.
Entretanto, para que Timóteo tivesse se sentido 
intimidado, com certeza houve algumas circunstân-
cias, ou pressões, ou situações das mais absurdas 
que aconteceram e trouxeram essa intimidação na 
vida dele. A intimidação é um espírito maligno que 
faz-nos recuar e parar. Por isso que Paulo disse com 
veemência para Timóteo: “Porque Deus não nos tem 
dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de 
moderação.” (2 Timóteo 1.7.)
A intimidação sufoca, amarra, apaga a graça do 
Senhor na nossa vida. A intimidação pode vir pe-
las circunstâncias em que estamos vivendo. Você 
pode se sentir intimidado em inúmeras situações 
que podem estar acontecendo agora, neste exato 
momento em sua vida, ou na vida de um ente que-
rido, ou na vida de um vizinho ou de um amigo, não 
importa quem seja, elas estão aí e o nosso inimigo, 
13
Satanás, que não é onisciente, tampouco é onipo-
tente e muito menos onipresente, usa essa tática 
que é exatamente a tática da intimidação. Você pre-
cisa guardar no seu coração uma coisa: Deus é que 
é onipresente, onisciente e onipotente, Ele sabe de 
cada passo que o diabo dá para agir na suavida, e 
sabe os motivos que o diabo tem para fazer isso. O 
diabo age com rapidez, com esperteza e malícia e 
se você fizer o jogo do inimigo, permitindo que a in-
timidação domine a sua vida, você ficará totalmen-
te amarrado por ele. Ele conhece os seus pontos 
fracos, e por meio deles ele tentará intimidá-lo.
Timóteo era um pastor, um homem de Deus, mas 
houve essa ocasião em que ele deu espaço para que 
a intimidação o manietasse, ou seja, o amarrasse. 
Consequentemente, o fogo de Deus desapareceu 
da vida dele. Não tem coisa mais desgraçada na vida 
de uma pessoa do que alguém que um dia usufruiu 
a graça do Senhor, experimentou o mel da rocha e 
bebeu da água da vida, e, agora, está seco. Seco por 
causa da intimidação. A intimidação é grave, é algo 
terrível, ela causa medo, pavor e apreensão. Uma 
pessoa intimidada fica amedrontada, assustada e 
apavorada. Esse tipo de sentimento não é algo que 
14
brota do nada, ele é causado por outrem. E, neste 
caso, pelo inimigo de nossa alma: Satanás.
“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda 
a autoridade me foi dada no céu e na terra.” (Mateus 
28.18.) “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o 
evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado 
será salvo; quem, porém, não crer será condenado. 
Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: 
em meu nome, expelirão demônios; falarão novas lín-
guas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mor-
tífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as 
mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.” (Marcos 
16.15-18.)
A mesma autoridade que foi entregue ao Se-
nhor Jesus pelo Pai, fora passada aos discípulos e 
a nós. Autoridade para fazer parar o maligno. Au-
toridade para levantar o morto e fazer o coxo an-
dar. Autoridade para dar vistas aos cegos e tirar a 
cegueira espiritual das pessoas. E se o diabo tentar 
armar contra você para matá-lo pelas costas, isso 
não será empecilho para que a alegria continue 
vibrante dentro de você. Jesus não segurou a au-
toridade para Ele somente, Ele disse entre outras 
coisas que a mesma autoridade Ele estava delegan-
15
do a nós. E, ao nos outorgar essa autoridade, Ele 
disse com todas as palavras que “estes sinais hão de 
acompanhar aqueles que creem: em meu nome, ex-
pelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em 
serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não 
lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, 
eles ficarão curados.” (Marcos 16.17-18.) E João rei-
tera as palavras do Senhor ao dizer: “Filhinhos, vós 
sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, por-
que maior é aquele que está em vós do que aquele que 
está no mundo.” (1 João 4.4.)
Ao perceber que a realidade da vida do Senhor 
está em nós, o inimigo se levanta com a intimidação 
contra a nossa vida, ele começa com suas ameaças 
para que fiquemos sem ação, mas quando sabemos 
que temos a vida do Senhor em nós, o diabo não 
impede de fazermos as obras que Ele fez, e maio-
res ainda das que Ele fez. “Em verdade, em verdade 
vos digo que aquele que crê em mim fará também as 
obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu 
vou para junto do Pai.” (João 14.12.)
“Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao dia-
bo, e ele fugirá de vós.” (Tiago 4.7.) É ele quem vai 
fugir da sua presença. Mas a astúcia do inimigo é a 
16
intimidação e esta vem quando deixamos de ver a 
vida do modo como Deus quer que a vejamos. A as-
túcia do inimigo traz a intimidação de modo a fazer 
com que você deixe de se sujeitar a Deus e passe a 
sentir a pressão dele. Somente dessa maneira é que 
você, a cada dia, ficará mais fraco e perderá a vonta-
de de viver somente para Deus.
A intimidação começa vagarosamente, mansa-
mente e repleta de astúcia, o inimigo faz com que 
você se sinta cada vez menor, a ponto de achar que 
não vale nada, e que não é nada. Quando você se 
vê, está tão encolhido que parece que as circuns-
tâncias em sua volta cresceram de tal maneira que 
não existe mais nenhuma solução para elas. Seu pa-
trão, seu chefe, seu marido, sua mulher, as doenças, 
as dificuldades, o desemprego, enfim, tantas situ-
ações difíceis que parecem que se quintuplicaram 
de maneira espetacular. E você diminuiu tanto que 
parece que virou uma formiguinha perto delas. Mas 
é chegado o momento de você, querido leitor, não 
oferecer mais espaço para a intimidação.
O povo de Israel, em certa ocasião, estava dian-
te de um obstáculo terrível. Os filisteus estavam em 
guerra contra Israel, os filisteus tinham um guerreiro 
17
chamado Golias, era um gigante, e durante quaren-
ta dias, pela manhã, Golias estava ali afrontando o 
povo de Israel, afrontando e zombando do exército 
de Israel. “Parou, clamou às tropas de Israel e disse-
lhes: Para que saís, formando-vos em linha de bata-
lha? Não sou eu filisteu, e vós, servos de Saul? Escolhei 
dentre vós um homem que desça contra mim. Se ele 
puder pelejar comigo e me ferir, seremos vossos ser-
vos; porém, se eu o vencer e o ferir, então, sereis nossos 
servos e nos servireis.” (1 Samuel 17.8-9.) Essa afronta 
durou por quarenta dias, e ali estava a intimidação.
Davi era um adolescente ainda, e não tinha cara 
de guerreiro, mas tinha o coração de Deus. O pai de 
Davi o mandou levar comida para os seus irmãos 
que estavam ali no exército, e quando Davi chegou 
para levar a comida, qual não foi a sua surpresa ao 
ouvir os gritos de Golias e a sua intimidação. O exér-
cito de Israel tremia, os seus soldados já estavam 
apavorados de medo. O pavor já havia dominado 
aqueles homens, porque a intimidação já havia do-
minado o coração deles.
“Então, falou Davi aos homens que estavam con-
sigo, dizendo: Que farão àquele homem que ferir a 
este filisteu e tirar a afronta de sobre Israel? Quem é, 
18
pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exér-
citos do Deus vivo? E o povo lhe repetiu as mesmas 
palavras, dizendo: Assim farão ao homem que o ferir. 
Ouvindo-o Eliabe, seu irmão mais velho, falar àqueles 
homens, acendeu-se-lhe a ira contra Davi, e disse: Por 
que desceste aqui? E a quem deixaste aquelas poucas 
ovelhas no deserto? Bem conheço a tua presunção e 
a tua maldade; desceste apenas para ver a peleja.” (1 
Samuel 17.26-28.) A intimidação era tamanha que 
o irmão de Davi ficou irado com ele e disse: “Por 
que desceste aqui? E a quem deixaste aquelas poucas 
ovelhas no deserto? Bem conheço a tua presunção e a 
tua maldade; desceste apenas para ver a peleja”, mas 
Davi, imediatamente retrucou: “Que fiz eu agora? Fiz 
somente uma pergunta.” (1 Samuel 17.29.) Na rea-
lidade, Davi não conseguia aceitar era o poder da 
intimidação, por isso disse: “Não desfaleça o coração 
de ninguém por causa dele; teu servo irá e pelejará 
contra o filisteu.” (1 Samuel 17.32.)
“Porém Saul disse a Davi: Contra o filisteu não po-
derás ir para pelejar com ele; pois tu és ainda moço, 
e ele, guerreiro desde a sua mocidade.” (1 Samuel 
17.33.) O rei Saul não entendia esta disposição de 
Davi, afinal, ele também estava contaminado por 
19
ela, a intimidação. Lembre-se que esta torna a pes-
soa valente em uma pessoa covarde. Mas Davi tinha 
sempre uma resposta na ponta da língua: “Respon-
deu Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de 
seu pai; quando veio um leão ou um urso e tomou um 
cordeiro do rebanho, eu saí após ele, e o feri, e livrei o 
cordeiro da sua boca; levantando-se ele contra mim, 
agarrei-o pela barba, e o feri, e o matei. O teu servo 
matou tanto o leão como o urso; este incircunciso filis-
teu será como um deles, porquanto afrontou os exér-
citos do Deus vivo.” (1 Samuel 17.34-36.)
O rei Saul não creu muito naquilo, mas ves-
tiu Davi com a sua armadura. E Davi colocou toda 
aquela parafernália sobre si e começou a andar com 
aquela armadura, fazendo um barulho esquisito, 
então ele falou: “Não posso andar com isto, pois nun-
ca o usei. E Davi tirou aquilo de sobre si.” (1 Samuel 
17.39.) Na realidade Davi estava dizendo: “Eu não 
vou medir força natural com força natural”. Até en-
tão, Davi não tinha a revelaçãoque você e eu temos, 
de que “a nossa luta não é contra o sangue e a carne, 
e sim contra os principados e potestades, contra os 
dominadores deste mundo tenebroso, contra as for-
ças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 
20
6.12). Davi não conhecia essa verdade tão explícita 
como temos na Carta aos Efésios, no capítulo 6, mas 
ele guardava no coração a certeza do que procla-
mava: “O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; 
de quem terei medo? O SENHOR é a fortaleza da mi-
nha vida; a quem temerei?” (Salmo 27.1.)
Davi tirou aquela armadura, tomou seu cajado 
nas mãos, colocou o bordão, tomou a funda e foi-
se. Quando ele ia chegando diante do gigante, este 
olhou para ele e disse: “Sou eu algum cão, para vires 
a mim com paus? E, pelos seus deuses, amaldiçoou o 
filisteu a Davi. Disse mais o filisteu a Davi: Vem a mim, 
e darei a tua carne às aves do céu e às bestas-feras do 
campo.” (1 Samuel 17.43-44.) Mas Davi não se sen-
tiu intimidado com aquelas palavras, ele enviou a 
resposta para aquele homem: “Davi, porém, disse ao 
filisteu: Tu vens contra mim com espada, e com lança, 
e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do 
SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a 
quem tens afrontado. Hoje mesmo, o SENHOR te entre-
gará nas minhas mãos; ferir-te-ei, tirar-te-ei a cabeça 
e os cadáveres do arraial dos filisteus darei, hoje mes-
mo, às aves dos céus e às bestas-feras da terra; e toda 
a terra saberá que há Deus em Israel. Saberá toda esta 
21
multidão que o SENHOR salva, não com espada, nem 
com lança; porque do SENHOR é a guerra, e ele vos en-
tregará nas nossas mãos.” (1 Samuel 17.45-47.)
Quando lemos todo o texto, percebemos toda 
a intimidação, a maneira como aquele homem, Go-
lias, tentou trazer o pavor, o pânico, o medo até Davi 
de todas as maneiras. Até mesmo o próprio exérci-
to de Israel estava procurando intimidar, assustar, 
e deixar Davi apavorado com aquele gigante. Seus 
próprios irmãos também o intimidavam. O rei Saul 
também tentou intimidá-lo, mas penso que naque-
la hora, Deus dizia ao coração de Davi: “Vai, Davi, 
prossiga, não desanime, não se sinta intimidado”. E 
nós conhecemos a história. Davi não trazia em suas 
mãos nenhuma espada, apenas uma funda e o seu 
cajado de pastor de ovelhas, e quando ele colocou a 
pedra e a atirou, ela se cravou na testa do gigante e 
ele caiu. E quando o gigante caiu, Davi correu até lá, 
tomou a espada do gigante e cortou-lhe a cabeça e 
a segurou, levantando-a, e levando-a como um tro-
féu até o rei Saul, depositando-a diante dele.
Meu irmão e querido leitor, Deus não tem nos 
dado espírito de intimidação. A covardia, o medo, o 
pavor, o receio, a timidez, não fazem parte da vida 
22
de um homem e de uma mulher que confiam em 
Deus. Muitas vezes, nós ficamos olhando o tama-
nho do gigante, ficamos olhando o tamanho das 
dificuldades, e o tamanho dos problemas que estão 
diante de nós e parece até que eles são muito gran-
des e quanto mais você olha para eles, mais parece 
que eles são ainda maiores. O espírito de covardia e 
de intimidação, começa a agir de tal maneira, que a 
certeza que brota dentro de nós é a de que a cada 
instante ficaremos menores, ficamos assustados 
e amedrontados com a situação. Mas a Palavra de 
Deus diz que “Deus não nos tem dado espírito de co-
vardia [intimidação], mas de poder, de amor e de mo-
deração” (2 Timóteo 1.7).
Nos tempos de Elias, Israel passava por um mo-
mento terrível, e era um momento de confusão espiri-
tual sem limites. Ao mesmo tempo em que um grupo 
estava servindo a Deus, outro grupo estava envolvido 
com a idolatria. Havia uma confusão sem precedentes 
ali, altares a Baal estavam esparramados para todos os 
lados em Israel, e no trono estava um rei que era ape-
nas uma marionete nas mãos da esposa, que era uma 
figura do diabo, chamada Jezabel, uma rainha ímpia, 
pervertida, idólatra e má. E o que aconteceu?
23
Houve um instante em que Elias reivindicou uma 
palavra do Senhor, porque está escrito na lei que 
se o povo se apartasse dos caminhos do Senhor, 
o profeta poderia dizer que não deveria chover, e 
Deus haveria de cerrar os céus, e não haveria chu-
va. “Então, Elias, o tesbita, dos moradores de Gileade, 
disse a Acabe: Tão certo como vive o SENHOR, Deus de 
Israel, perante cuja face estou, nem orvalho nem chu-
va haverá nestes anos, segundo a minha palavra.” (1 
Reis 17.1.) O espírito de intimidação não estava nele 
e durante três anos nenhuma gota de chuva caiu, 
com isso, todas as reservas de água se escoaram.
Talvez você esteja vivendo, neste momento, das 
gotas que recebeu um dia. Pode ser que o dinhei-
ro que você está pagando a luz seja daquele fundo 
de garantia de três anos atrás e que já está no fim, 
ou seja, só tem um restinho. Não está chovendo e a 
sua horta está seca, dali não nasce mais nada. Quem 
sabe se o amor, hoje, no seu casamento, seja apenas 
o daquela foto do álbum de casamento e da lua-de-
mel? A chuva não tem acontecido em sua vida. As 
coisas não estão acontecendo e, muitas vezes, você 
chega a dizer: “Eu quero acordar, eu quero me erguer, 
preciso me levantar”, mas quando você acorda e se 
24
ergue é a mesma coisa, não tem chuva, não tem 
água, não tem alento, não tem cheiro, não tem per-
fume, está tudo seco.
Nós conhecemos a história. Quando lá no mon-
te Carmelo, o povo de Israel se ajuntou ali, havia um 
desafio. Elias disse: “Então, invocai o nome de vosso 
deus, e eu invocarei o nome do SENHOR; e há de ser 
que o deus que responder por fogo esse é que é Deus. E 
todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra.” (1 
Reis 18.24.) E foi feito, ali, um altar no alto do monte 
Carmelo, e oitocentos e cinquenta profetas, qua-
trocentos profetas de Baal, e outros quatrocentos e 
cinquenta de astarotes estavam lá. Eles gritaram, es-
pernearam, bramaram, se cortaram, mas não acon-
teceu absolutamente nada. Mas, quando chegou a 
vez de Elias, ele disse: “No devido tempo, para se apre-
sentar a oferta de manjares, aproximou-se o profeta 
Elias e disse: Ó SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e 
de Israel, fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel, e 
que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz 
todas estas coisas. Responde-me, SENHOR, responde-
me, para que este povo saiba que tu, SENHOR, és Deus 
e que a ti fizeste retroceder o coração deles. Então, caiu 
fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, 
25
e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que es-
tava no rego. O que vendo todo o povo, caiu de rosto 
em terra e disse: O SENHOR é Deus! O SENHOR é Deus! 
Disse-lhes Elias: Lançai mão dos profetas de Baal, que 
nem um deles escape. Lançaram mão deles; e Elias os 
fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou.” (1 Reis 
18.36-40.)
Foi uma vitória espetacular. Mas, pouco tem-
po depois, o próprio Elias, que tivera essa vitória, 
sentiu-se intimidado quando recebeu um recado 
de Jezabel, ao ficar sabendo que seus profetas ha-
viam sido mortos. Veja a estratégia do diabo, a fala 
dele, para trazer intimidação ao coração do povo de 
Deus: “Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias 
a dizer-lhe: Façam-me os deuses como lhes aprouver 
se amanhã a estas horas não fizer eu à tua vida como 
fizeste a cada um deles.” (1 Reis 19.2.) Quando Elias 
ficou sabendo dessa ameaça, o espírito de intimi-
dação se apoderou dele. Existe uma facilidade mui-
to grande para as pessoas mudarem de sintonia. 
Quantas vezes as pessoas não conseguem perseve-
rar na fé porque se sentem intimidadas?
Se Deus lhe deu uma vitória, você pode ter plena 
confiança de que Ele irá lhe dar a segunda, porque a 
26
Palavra de Deus diz que nós somos transformados 
de glória em glória e não de derrota em derrota. 
Uma vitória deveria trazer ao seu coração a convic-
ção que existe outra vitória, e outras, tantas quantas 
necessárias. Mas, se você permitir que a intimidação 
tome conta da sua vida como Elias permitiu, você 
fugirá, como ele fugiu. Quantas vezes você participa 
de uma reunião, e seu coraçãofica cheio da graça, 
mas de repente surge uma situação e você foge 
dela? Elias fugiu e foi parar no fundo de uma caverna 
e, naquela caverna, o Senhor disse: “Que fazes aqui, 
Elias?” (1 Reis 19.9.) O interessante é que Deus não 
disse: “Elias, por que você está aqui?” Normalmente, 
nós gostamos de dar explicações, não é verdade? 
Explicações para as intimidações, explicações para 
o nosso fracasso, explicações porque as coisas não 
estão acontecendo, enfim, queremos sempre dizer 
um por quê. Gostamos de explicações e, às vezes, 
explicamos porque o fogo de Deus se apagou na 
nossa vida, e porque o dom de Deus não está mais 
fluindo em nós. E assim, apresentamos tantos por 
quês. Eu quero dizer para você, meu querido leitor, 
que o seu lugar não é no fundo da caverna da inti-
midação. O que o inimigo quer é neutralizá-lo. Ele 
27
quer roubar aquilo que Deus lhe deu, e quer apa-
gar os dons de Deus da sua vida. Os dons de Deus 
são irrevogáveis. Mas o diabo quer que você fique 
inoperante. Ele quer que o seu coração fique total-
mente amarrado, e que você se esconda, e vá para 
o fundo de uma caverna. Lá no fundo da caverna é 
escuro, é úmido, o brilho do sol não entra. Quan-
do você foge para a caverna, você está vivo, mas se 
torna imprestável. O Senhor não te salvou para que 
você viva no fundo de uma caverna. O Senhor não 
pagou um preço tão grande por você naquela cruz 
para que você viva sob o domínio da intimidação. 
Quando Elias saiu, o sol brilhava e a graça de Deus 
o envolveu, tudo passou a ser diferente. E quando 
Elias obedeceu à voz do Senhor, ele ungiu a Jeú, rei, 
e ungiu a Eliseu, seu sucessor. Todas as coisas passa-
ram a ser diferentes, a ponto de Elias subir em um 
carro de fogo para se encontrar com o Senhor, sem 
conhecer a morte.
A Palavra de Deus diz: “Por esta razão, pois, te 
admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti 
pela imposição das minhas mãos.” (2 Timóteo 1.6.) O 
dom de Deus está aí na sua vida. O diabo não pode 
roubá-lo, nem tomá-lo de você. Você precisa permi-
28
tir que o fogo do Senhor tenha, realmente, na sua 
vida um espaço maior. Muitas coisas podem sufocá-
lo, mas, se você permitir que a intimidação encontre 
espaço na sua vida, ela virá com toda a sua fúria.
Aqui, em nossa igreja nós temos uma lei que diz 
que qualquer irmão pode fazer qualquer coisa que 
desejar para a glória de Deus, só não pode pecar. 
Entretanto, existem algumas denominações que 
não aceitam um conjunto de pagode na sua igreja. 
O que estes e outros fazem é para a glória de Deus, 
sendo assim, não permitem que a intimidação tome 
conta deles. Muitos estão fazendo uma obra mara-
vilhosa para a glória do Senhor, quando começam a 
tocar as pessoas se achegam e a Palavra do Senhor 
flui. Quantas vezes o Senhor Deus lhe deu um mi-
nistério, mas você disse: “Não, eu não posso fazê-lo, 
não vai dar certo, eu não vou conseguir?” Quantos so-
nhos, quantos ideais foram plantados na sua vida, 
mas você não fez nada, ou nem tentou fazer? Rea-
viva o dom de Deus que há na sua vida, porque Ele 
não nos tem dado espírito de intimidação, ao con-
trário, Ele tem nos dado espírito de poder, de amor 
e de moderação. Deixe a sua vida manifestar a graça 
e a glória de Deus.
29
Quando o povo de Israel saiu do Egito para pos-
suir a terra prometida, Deus havia dito que iria dar a 
terra para eles. Ele havia dito que eles não precisa-
riam conquistar aquela terra, porque Ele a daria para 
o povo escolhido. Essa não seria uma conquista do 
povo, mas de Deus. Uma terra que manava leite e 
mel, a terra prometida. Entretanto, antes de o povo 
tomar posse da terra, Moisés mandou doze homens 
para espiarem a terra. Ao retornarem da missão, 
contaram para as pessoas a respeito da terra, fala-
ram da beleza, das planícies, das fontes, das águas, 
da beleza, dos frutos... Eram doze, mas, de repente, 
dez começaram a falar de uma maneira covarde. 
Eles começaram a relatar as dificuldades de uma 
maneira mais veemente e convincente. Diziam que 
a terra era habitada por gigantes, que as cidades 
eram extremamente fortificadas, que as muralhas 
das cidades eram grandes demais, que os soldados 
tinham espadas afiadas e as lanças muito agudas, 
de maneira que o povo ficou convencido e estarre-
cido. Eles permitiram que o espírito de intimidação 
os dominasse. Mas Deus não havia dito que era para 
eles conquistarem a terra, Deus havia dito que daria 
a terra para eles. Josué e Calebe afirmavam que a 
30
terra tinha gigantes e que as cidades eram fortifica-
das, porém estavam convictos da promessa que o 
Senhor lhes fizera.
Existem dois tipos de pessoas, as que só veem 
dificuldades e as que veem oportunidades nas di-
ficuldades. Destas, em qual você se encaixa? Você 
é daqueles que permitem a intimidação? Só enxer-
ga dificuldades em cada oportunidade que Deus 
lhe oferece? Entretanto, aquele que tem o coração 
cheio de amor pelo Senhor, enxerga oportunidades 
em cada dificuldade que lhe é imposta. O diabo ten-
ta tirar-lhe a paz, trazer-lhe o desânimo e a covardia, 
ele tenta intimidá-lo. Entretanto, Deus sempre tem 
uma resposta de atitude às investidas do inimigo.
Muitas pessoas vêm a mim e me pedem oração, 
prontamente me disponho e digo: “Vamos orar, mas 
por qual motivo você quer que eu ore?” A resposta é: 
“Pastor, uma família envolvida em seitas mudou para 
o apartamento ao lado do meu, agora, tenho que mu-
dar de lá”. Aí, eu respondo para ele: “Querido, eu vou 
orar para você continuar lá. Para que você seja uma 
testemunha, eles estão envolvidos com essas coisas 
porque ainda não conhecem a graça do Senhor Je-
sus”. Você vê dificuldades em cada oportunidade, 
31
ou oportunidades em cada dificuldade? O espírito 
de intimidação estraga, corrói.
Quando Neemias retornou a Jerusalém para re-
construir os muros, ele tinha convicção da obra que 
deveria ser feita. Neemias tinha a graça e a unção do 
Senhor. Profeticamente, Jesus, o Messias, teria que 
ser crucificado fora dos muros de Jerusalém, e os 
muros estavam derrubados. Então, os muros preci-
savam ser reconstruídos para que a profecia pudes-
se ser cumprida. Há uma mensagem profética que 
diz: “E será pregado este evangelho do reino por todo 
o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, 
virá o fim.” (Mateus 24.14.) Quando você prega o 
evangelho e investe no reino, você está contribuin-
do para o cumprimento de uma profecia.
Quando Neemias começou a reconstruir os mu-
ros, vieram os inimigos. “Porém Sambalate, o horoni-
ta, e Tobias, o servo amonita, e Gesém, o arábio, quan-
do o souberam, zombaram de nós, e nos desprezaram, 
e disseram: Que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos 
contra o rei?” (Neemias 2.19.) Eles levantaram todos 
os tipos de obstáculos, até mesmo quando os mu-
ros já estavam levantados. “Estava com ele Tobias, o 
amonita, e disse: Ainda que edifiquem, vindo uma ra-
32
posa, derribará o seu muro de pedra.” (Neemias 4.3.) 
Mas Neemias guardava no coração a certeza de que 
ele estava fazendo a obra do Senhor. Com uma das 
mãos eles construíam, e na outra mão, uma espa-
da. Lá estavam os inimigos procurando intimidá-los 
de todas as maneiras, mas eles não abriram espaço 
para a intimidação.
Muitas vezes, os homens veem as circunstâncias 
de uma maneira, mas a fé vê de um modo totalmente 
diferente. A fé nos faz ouvir o inaudível, nos faz ver o 
invisível, e nos faz tocar aquilo que aparentemente é 
irreal. Por isso que a Palavra de Deus diz que “Certa-
mente, a palavra da cruz é loucura para os que se per-
dem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.” (1 
Coríntios 1.18.) Quantas vezes você chega em um CTI, 
e a pessoa está ali sem esperança alguma e os médi-
cos dizem: “Nós já fizemos de tudo, não tem mais jeito.” 
A ciência não pode, mas quando você ajoelha ao lado 
daquela cama e começa a ministrar dizendo: “Senhor, 
tu levastes as nossas dores e as nossas enfermidades 
e eu reivindico, Senhor, em teu nome, a sua graça que 
ressuscita os mortos”. Mas, o espírito de intimidação 
leva vocêa falar de modo diferente: “Não, realmente 
não tem jeito. Os médicos já fizeram tudo, não tem jeito 
33
mesmo!”
O seu casamento pode estar passando por um 
momento complicado, o seu marido pode dizer: “Eu 
vou embora, não te quero mais”. Então, você responde: 
“Já vai tarde”. Mas quando você decide lutar pelo seu 
relacionamento conjugal, o Senhor pode fazer tudo 
novo. Ele pode, realmente, trazer a graça, a vida, e res-
taurar qualquer situação. Seja o seu casamento, a sua 
saúde, o seu trabalho, as suas finanças, a sua fé, o seu 
entusiasmo e a sua alegria.
A Palavra do Senhor está dizendo a Timóteo, e está 
dizendo não só ao meu coração, mas também está di-
zendo ao seu coração: “Por esta razão, pois, te admoes-
to que reavives o dom de Deus que há em ti.” (2 Timóteo 
1.6.) Deus não nos tem dado espírito de intimidação.
Quando olhamos para Pedro, nos evangelhos, 
dizemos: “Que homem forte”. Parafraseando o texto 
bíblico, vemos Pedro fazendo muitas coisas aparente-
mente muito positivas. Pedro andou sobre as águas. 
Lançou as redes segundo a palavra de Jesus. E, quando 
Jesus começou a lavar os pés dos discípulos, ele não 
queria que o Senhor se humilhasse lavando os seus 
pés, até que o Senhor o repreendeu dizendo que se 
ele não o deixasse não teria parte com Ele, aí Pedro se 
34
submeteu. Logo depois daquela lição, diz o texto que 
eles começaram a discutir qual deles era o maior e, nas 
entrelinhas, percebemos que Pedro queria ser o maio-
ral. Quando Jesus falou que ia para Jerusalém e que 
lá iria morrer, Pedro disse: “Está bom, nós vamos para 
lá e vamos morrer também”. Jesus respondeu: “Hoje, 
quando eu for traído, todos vocês vão me abandonar”. E 
Pedro: “Jesus, todos podem te abandonar, menos eu, eu 
não vou te abandonar nunca”. Jesus falou para Pedro: 
“Pedro, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, 
você vai me negar três vezes”. E, todos nós, conhecemos 
a história. Os soldados vieram, e os outros discípulos 
ainda estavam ali por perto, Pedro tomou a espada, 
cortou a orelha de um soldado e disse: “Eu que sou o 
grande”, mas Jesus disse: “Não é por aí, Pedro, quem 
usa a espada, por ela morre”. Pedro, acompanhando 
o Senhor de longe, chegou até a casa de Caifás e, lá, 
junto de uma fogueira, veio uma jovem, uma serviçal, 
que olhou para Pedro e disse: “Você também é discípu-
lo dele”, ele começou a negar o Cristo. Chegou outro 
e ele também negou. Por fim, chegou outro e disse: 
“Você é um deles” e Pedro com veemência disse: “Eu 
não sei quem é ele, nunca o vi, não tenho nada com ele”. 
E, quando ele acabou de falar essas palavras, o galo 
35
cantou e ele recordou das palavras do Senhor, e, sain-
do, chorou amargamente. É tão interessante como a 
intimidação vem, e a ela não surge apenas diante de 
pessoas vistas como importantes ou poderosas, ela 
vem também, diante de pessoas simples. Pedro negou 
a Jesus diante de pessoas simples. Na ordem social as 
pessoas mais simples eram os serviçais e Pedro negou 
a Jesus diante daquelas pessoas.
Muitas vezes, a pessoa quer salvar a sua vida e o 
espírito de intimidação surge dentro dela. Por isso que 
Jesus falou que “quem quiser salvar a sua vida perdê-
la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á” 
(Mateus 16.25). Quando Jesus se encontrou nova-
mente com Pedro e os outros discípulos, Jesus, sim-
plesmente, fez uma pergunta para Pedro: “Pedro, você 
me ama?” Jesus não perguntou: “Pedro, por que você 
me negou?” Jesus perguntou: “Pedro, você me ama?” O 
espírito de intimidação só encontra espaço na nossa 
vida quando passamos a amar a nós mesmos mais 
do que ao Senhor Jesus. Pedro respondeu: “Senhor, tu 
sabes que eu te amo”. Poucos dias depois aconteceu o 
Pentecostes e Pedro ficou cheio do Espírito Santo.
Pedro, no Atos dos Apóstolos, é um Pedro comple-
tamente diferente daquele Pedro relatado nos evan-
36
gelhos. Era um Pedro que não temia absolutamente 
nada. No dia de Pentecostes ele pregou e três mil se 
converteram. Subindo pela manhã ao templo para 
orar, encontraram um paralítico, ele e João, Pedro o 
mandou levantar, o paralítico levantou, caminhou e a 
glória de Deus se revelou através dele. Vemos um Pe-
dro cheio da graça do Senhor. Pedro prega e cinco mil 
pessoas se convertem. Pedro é levado para o Sinédrio 
diante dos mesmos juízes que haviam condenado a 
Jesus. Só que o “novo” Pedro não sentiu nenhuma in-
timidação diante da afronta daqueles homens: “Você 
não pode pregar mais. Se você pregar, nós iremos matá-
lo”. Pedro falou: “Olha, mais importa obedecer a Deus do 
que aos homens”. Pedro, não sentiu mais intimidação 
na sua vida. Colocaram Pedro na prisão, mas as portas 
se abriram e ele foi liberto.
Paulo dizia: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, 
e o morrer é lucro.” (Filipenses 1.21.) Quando se tem 
Jesus no coração, como é diferente. Por isso a Palavra 
está afirmando: “Por esta razão, pois, te admoesto que 
reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das 
minhas mãos.” (2 Timóteo 1.6.) O dom de Deus está 
na sua vida. O dom de Deus é Jesus em você. O dom 
de Deus é a graça do Senhor comunicando vida à sua 
37
vida. Porque Deus não nos tem dado espírito de co-
vardia, espírito de intimidação. Há uma oração que te-
mos cantado nesses dias, que diz: “Renova-me, Senhor 
Jesus”.
Meu amado irmão, minha amada irmã, você é 
o(a) melhor de Deus. Ninguém pode fazer a obra 
que Deus tem determinado para que você faça. 
Ninguém poderá assumir o seu lugar. E, ninguém 
irá ocupar o seu lugar no Corpo. Você precisa exer-
cer o ministério que Deus separou para você. “Por 
esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de 
Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos.” 
(2 Timóteo 1.6.) Não peça para Deus fazer, é você 
quem precisa fazer. Você não está aqui nesta terra, 
apenas para ficar velho, você está aqui para ser um 
promotor do reino de Deus.
Pode ser que mil situações adversas venham acon-
tecer e que apaguem o fogo de Deus na sua vida. Pode 
ser que existam muitos por quês e muitas explicações. 
Você pode até dizer: “Pastor, é por isso e aquilo outro 
que o fogo de Deus não existe na minha vida mais”. Deus 
não quer saber desses por quês. Deus chegou até Elias 
e disse: “Ali, entrou numa caverna, onde passou a noite; 
e eis que lhe veio a palavra do SENHOR e lhe disse: Que 
38
fazes aqui, Elias?” (1 Reis 19.9.)
 Nossa vida é marcada por recomeços, e quando 
você cantar “renova-me, Senhor Jesus”, peça exata-
mente isto ao Senhor: “Senhor eu quero que o meu 
coração esteja cheio da tua graça”. Deus não nos tem 
dado espírito de intimidação. Paulo quando escreveu 
aos Romanos ele nos deixou esta pérola: 
“Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é 
por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou 
o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, por-
ventura, não nos dará graciosamente com ele todas as 
coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de 
Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É 
Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o 
qual está à direita de Deus e também intercede por nós. 
Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, 
ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou peri-
go, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos 
entregues à morte o dia todo, fomos considerados como 
ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, po-
rém, somos mais que vencedores, por meio daquele que 
nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a mor-
te, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as 
coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem 
39
a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra cria-
tura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em 
Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 8.31-39.)
Se o fogo estiver na sua vida, não será a morte que 
o intimidará, porque como Paulo disse, “o viver é Cristo 
e o morrer com Ele é lucro”. João Batista tinha o fogo de 
Deus na vida, mas ele não se intimidou em confrontar 
o rei Herodes que estava vivendo com a cunhadae, 
em razão dessa denúncia, foi degolado. João Batista 
não foi um perdedor, mas vencedor. Você pode ser de-
mitido do seu emprego por causa da sua fé em Jesus. 
Moça, você pode perder o seu noivado por não ter ido 
para um motel com o seu noivo, mas lembre-se você 
é vencedora. Namorado, o sonho do seu casamento 
pode acabar porque você amou muito mais a Jesus do 
que o seu namoro. A Palavra de Deus diz: “Em todas 
essas coisas, somos mais que vencedores, por meio da-
quele que nos amou, porque eu estou bem certo de que, 
nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os princi-
pados, nem as coisas do presente nem do porvir. Nem 
poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer 
outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que 
está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” 
40
E para encerrarmos, façamos uma oração:
“Sopra Espírito Santo de Deus, sopra sobre as bra-
sas, agora, reaviva o dom, reaviva a graça na vida do 
meu irmão, na vida da minha irmã, reaviva a fé, rea-
viva a visão, reaviva uma vida sobrenatural, reaviva, 
Senhor. Manifesta a tua graça de uma forma gloriosa. 
Espírito Santo de Deus, reaviva, acenda o fogo, quei-
ma a palha, queima todo o poder da intimidação, 
todo espírito de covardia, todo espírito da intimidação 
dos homens, intimidação das circunstâncias, intimi-
dação da família, e que a coragem do Senhor venha, 
em nome de Jesus. Ó Espírito Santo, vá ungindo e ma-
nifestando a tua maravilhosa graça. Vá renovando, a 
vida de cada um que está lendo este livro agora. Se-
nhor, quebra todo o poder da intimidação na vida de 
quem está lendo este livro agora. Em nome de nosso 
Senhor Jesus, Amém”.
Que Deus o abençoe!
Pr. Márcio Valadão
41
Jesus Te 
ama e QueR 
voCÊ!
1º PASSO: Deus o ama e tem um plano 
maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou 
o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-
nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas 
tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)
2º PASSO: O Homem é pecador e está 
42
separado de Deus. “Pois todos pecaram e 
carecem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)
3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, 
para o conflito do homem. “Respondeu-lhe 
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; 
ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)
4º PASSO: É preciso receber a Jesus em 
nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-
beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos 
de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ 
(Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Je-
sus como Senhor e, em teu coração, creres que 
Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. 
Porque com o coração se crê para justiça e com 
a boca se confessa a respeito da salvação.” (Rm 
10.9-10.)
5º PASSO: Você gostaria de receber a 
Cristo em seu coração? Faça essa oração de 
decisão em voz alta:
43
“Senhor Jesus eu preciso de Ti, confesso-te o 
meu pecado de estar longe dos teus caminhos. 
Abro a porta do meu coração e te recebo como 
meu único Salvador e Senhor. Te agradeço por-
que me aceita assim como eu sou e perdoa o 
meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro 
dos teus planos para minha vida, amém”.
6º PASSO: Procure uma igreja evangé-
lica próxima à sua casa.
Nós estamos reunidos na Igreja Batista da 
Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro 
São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.
Nossa igreja está pronta para lhe acom-
panhar neste momento tão importante da 
sua vida. 
Nossos principais cultos são realizados 
aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 
18h horas.
Ficaremos felizes com sua visita!
44
Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha
Gerência de Comunicação
Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão
CEP 31110-440 - Belo Horizonte - MG
www.lagoinha.com

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