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ABACLASS AULA - 02 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO CONTEXTO ESCOLAR Prof. Maicon Douglas Ferreira de Almeida O QUE VEREMOS HOJE? - Práticas Baseadas em Evidências Científicas para o Ensino de Pessoas com TEA; - Introdução às 27 práticas baseadas em evidências; - Práticas baseadas em evidências para o diminuição de comportamentos-problema; - Barreiras Comportamentais; - Avaliação Funcional do Comportamento: Como é e como aplicar o que funciona para diminuir comportamentos disruptivos; - Formas de Registro e coleta de dados; - Compreensão do Plano de Intervenção Comportamental. ABA e Práticas Baseadas em Evidência Científica A Análise do Comportamento Aplicada (Applied Behavior Analysis - ABA) estabeleceu-se, há algum tempo, como uma abordagem eficaz para o tratamento de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA); A ênfase da ABA na abordagem científica do tratamento de problemas socialmente significativos alinha-se com um movimento, relativamente recente, para aumentar o rigor nas intervenções educacionais e psicológicas para os indivíduos com TEA; As práticas baseadas em evidências visa mesclar conhecimento científico com a prestação de serviços que melhorem a qualidade de vida dos usuários; INTRODUÇÃO A PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS - Tratamentos baseados em evidências referem-se a intervenções que apresentam evidência empírica de sua eficácia. Evidência significa que a intervenção foi comparada a um grupo controle ou outro tratamento ativo, sendo demonstradas resposta terapêutica e melhora da psicopatologia (Kazdin, 2004). - A prática baseada em evidência não está relacionada com nenhuma orientação teórica específica. INTRODUÇÃO A PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS INTRODUÇÃO A PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS - Superficialmente, pode-se dizer que um tratamento que produz várias evidências científicas positivas é considerado uma prática baseada em evidências (PBE); - Nas ciências médicas, antes de um tratamento ser considerado eficaz, ele deve ser avaliado por meio de experimentos cuidadosamente controlados... INTRODUÇÃO A PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS INTRODUÇÃO A PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS Um manual EBP (Evidence Based Practice) publicado em 2014 analisou pesquisas de 20 anos de Intervenção para Transtorno do Espectro do Autismo, nas seguintes áreas: ABA, ao qual haviam 53 BCBA’s (Board Certified Behavior Analyst) no grupo de especialistas, Educadores, Psicólogos, Terapeutas Ocupacionais e Fonoaudiólogos com conhecimento científico externo, experiência clínica/opinião de especialistas e perspectivas cliente/paciente/cuidador com integração de evidências. 27 Práticas baseadas em Evidência ● Intervenção baseadas nos Antecedentes ● Intervenção Cognitiva Comportamental ● Reforçamento Diferencial ● Ensino por Tentativas Discretas ● Exercício Físico ● Extinção ● Avaliação Funcional do Comportamento Segundo o relatório do National Professional Development Center on Autism Spectrum Desorder (2014) 27 Práticas baseadas em Evidência ● Treino de Comunicação Funcional ● Modelação ● Intervenção Naturalística ● Intervenção implementada pelos pais ● Intervenção mediado por pares ● Sistema de Comunicação por Trocas de Figuras (PECS) ● Treino de Resposta Pivotal Segundo o relatório do National Professional Development Center on Autism Spectrum Desorder (2014) 27 Práticas baseadas em Evidência ● Prompting (Ajudas e Dicas) ● Reforçamento ● Interrupção e redireção de resposta ● Scripting ● Auto-gerenciamento ● Histórias Sociais ● Treino de Habilidades Sociais Segundo o relatório do National Professional Development Center on Autism Spectrum Desorder (2014) 27 Práticas baseadas em Evidência ● Brincadeiras Estruturadas em Grupo ● Análise de Tarefas ● Instrução e intervenção auxiliadas por tecnologia ● Time Delay (Atraso de Dica) ● Vídeo-Modelação ● Suporte Visual Segundo o relatório do National Professional Development Center on Autism Spectrum Desorder (2014) PORQUE OLHAR PARA ÀS PBE’S BUSCAR NAS PBEs PRÁTICAS QUE PODEM AJUDAR NA MELHORA DE COMPORTAMENTOS QUE SÃO BARREIRAS DE APRENDIZAGEM E O AUMENTO DE HABILIDADES EM PESSOAS COM TEA. PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO EM ALUNOS COM TEA Agressividade Pesquisas demonstram que 50% de crianças com autismo já apresentaram autoagressão e que pelo menos 14,6% praticam autoagressão de forma tão intensa e severa que pode levar a hospitalização, institucionalização, afastamento de ambientes escolares e pior prognóstico. (Baghdadli A, Pascal C, Grisi S, Aussilloux C., 2003) http://www.youtube.com/watch?v=gzVj1WKcYWQ PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO EM ALUNOS COM TEA Hiperatividade, impulsividade e Déficit de Atenção Os sintomas do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) são muito comuns em indivíduos com TEA, afetando entre 28-74% das crianças.(GOLDSTEIN , SCHEWEBACH, 2004) PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO EM ALUNOS COM TEA Distúrbios do sono Insônia e interrupções do ciclo do sono são comuns no TEA. Comparando os padrões de sono de 59 crianças com TEA na faixa etária de 4 a 10 anos com 40 controles, os autores encontraram uma prevalência de 66% para distúrbios moderados do sono em pacientes com TEA. (Rossignol, Frye, 2011). Práticas baseadas em evidência para diminuição de comportamentos-problema • A Avaliação Funcional é uma prática baseada em evidência científica Com base em uma revisão recente do NPDC (2014), a Avaliação Funcional do Comportamento é eficiente para redução de comportamentos problema com alunos de “intervenção preoce” (0-2 anos) até adolescentes (15-22 anos). Práticas baseadas em evidência para diminuição de comportamentos-problema • Uma avaliação funcional do comportamento pode ser usada para ajudar a equipe de um aluno a desenvolver uma hipótese sobre o motivo do comportamento-problema, selecionar e desenvolver planos comportamentais eficazes para lidar com os comportamentos desafiadores. • Assim sendo, a pergunta básica que move um Analista do Comportamento Aplicado é “Que função tem o comportamento?” FUNÇÕES DO COMPORTAMENTO • A ABA utiliza observação direta, a medição do comportamento e o estudo das relações entre variáveis ambientais e comportamento; • Os implementadores de estratégias ABA geralmente usam estratégias antecedentes e consequentes para efetuar mudanças, com base no resultados de observação cuidadosa e análise de uma situação, para produzir mudanças comportamentais; FUNÇÕES DO COMPORTAMENTO • Crianças com TEA tem dificuldades de comunicação e até mesmo crianças neurotípicas tem dificuldades em usar “suas palavras”. • Expressões de frustrações e raiva são comuns em crianças que tem dificuldade de comunicação – O comportamento-problema possuem uma função “comunicativa”. FUNÇÕES DO COMPORTAMENTO • Como tem dificuldade de comunicação, crianças com TEA aprendem que os comportamentos disruptivos são um modo efetivo de comunicação; • Por exemplo, embora um comportamento possa parecer agressivo (como bater), isto não significa necessariamente que a intenção ou função do comportamento também seja agressiva. Bater em alguém poderia ser um modo inadequado de comunicar-se e dizer “oi!”. Para outra criança, bater pode ser usado para dizer “não”. FUNÇÕES DO COMPORTAMENTO • Quando um comportamento disruptivos está ocorrendo, deveríamos nos perguntar: “O que essa criança está tentando me comunicar com este comportamento?” FUNÇÕES DO COMPORTAMENTO • 4 principais funções de comportamento-problema: • Atenção social • Acesso a Itens Tangíveis/Atividades • Escapar/Fugir da demanda • Estimulação Sensorial (Reforçamento Automático) Atenção Social (Reforçamento Social Positivo) Este reforçamento é proporcionado por outra pessoa. (Reforço Social Positivo) Uma pessoa presta atenção a uma criança quando esta exibe um comportamento específico ou um conjunto de comportamentos.; Isto pode ser prestar atenção a uma criança porque ela está fazendo birra ou batendo em alguém. Frequentemente chamado COMPORTAMENTO DE BUSCA DE ATENÇÃO. Atenção Social (Reforçamento Social Positivo) http://www.youtube.com/watch?v=Vofbx9LGJkI Fugir/Escapar da Demanda Este reforçamento é mediado por outra pessoa. A pessoa interrompe uma interação aversiva, tarefa ou atividade, quando a criança exibe certos comportamentos. Quando a criança apresenta uma crise de birra e alguém a deixa escapar de fazer a tarefa, como resultado desta birra, isso também é reforçamento social negativo. Comportamento frequentemente chamado COMPORTAMENTO DE FUGA DE DEMANDA. Fugir/Escapar da Demanda http://www.youtube.com/watch?v=_R-FyBJV77w Acesso a Itens Tangíveis/Atividades A pessoa entrega um item (tablet, comida, etc), tarefa ou atividade, quando a criança exibe certos comportamentos- problema. Quando a criança apresenta uma crise de birra a pessoa dá o que a criança “quer”! Acesso a Itens Tangíveis/Atividades http://www.youtube.com/watch?v=-wwljKoFPZE Função Sensorial/Auto-estimulação (Reforçamento Automático) Reforçamento Positivo Automático Fazer algo para satisfazer sua própria “necessidade”, isto é os efeitos sensoriais do próprio comportamento aumenta a probabilidade deste comportamento ocorrer. Comportamento auto-estimulatório (“stims”) que provê estimulação sensorial, tal como se balançar, “agitar mãos”, repetir frases continuamente, são exemplos de Reforçamento Positivo Automático. Função Sensorial/Auto-estimulação (Reforçamento Automático) Reforçamento Negativo Automático Apresentar este comportamento tem o efeito de remover ou reduzir uma condição aversiva. Exemplo: você fecha a janela quando está com frio. “Agitar as mãos” ou balançar-se para reduzir a ansiedade é um exemplo de reforçamento negativo automático. Isto também pode caracterizar COMPORTAMENTO AUTOESTIMULATÓRIO. A criança que puxa sua orelha para tentar reduzir a dor (Reforçamento Negativo Automático) pode ter uma infecção de ouvido. A criança que deita a cabeça na mesa pode estar tentando aliviar o cansaço ou ter dor de cabeça. A criança que tira a roupa pode estar tentando reduzir o desconforto por estar quente ou molhada. Função Sensorial/Auto-estimulação (Reforçamento Automático) http://www.youtube.com/watch?v=4ALy6I1J1uo PRATICANDO.... Definir o comportamento a ser avaliado • O comportamento é atípico? • O comportamento é inadequado? • O comportamento interfere ele(a) ou os outros? • O comportamento é incontrolável? • O comportamento é periogoso para ele(a) ou para os outros? • DEFINIR OPERACIONALMENTE AVALIAR A OCORRÊNCIA DO COMPORTAMENTO A Coleta de dados é de extrema importância importância e deve começar antes da implementação do tratamento (Linha de base). Definir uma metodologia de coleta de dados; Avaliar a ocorrência do comportamento Medidas de Repetibilidade Frequência: número de respostas emitidas pelo sujeito durante um período de observação. Taxa de Resposta: frequência dividida pelo período de observação. Ex. João exibiu 17 comportamentos de autolesão em 1 hora: taxa de resposta = 1 comportamento a cada 3 min e 53 seg. Avaliar a ocorrência do comportamento Medidas de baseadas em extensão temporal Duração: é o período de tempo no qual o comportamento ocorre. A birra de João durou 20 min. e 30 segundos. Observação ABC (Antecedente - Comportamento - Consequência) Plano de Suporte Comportamental Para a realização do plano de intervenção comportamental recomenda-se um analista do comportamento altamente treinado. - Tem o objetivo de ensinar estratégias que são úteis para melhorar o comportamento da criança e promover aquisição de novas habilidades PLANO DE SUPORTE COMPORTAMENTAL Plano de Suporte Comportamento. Os dados são usados para criar o documento. Pode incluir: Descrição do Comportamentos-alvo Descrição da intervenção de como será feito Quando a intervenção começa e com que frequência será feita Método de avaliação Pessoas responsáveis por cada parte da intervenção e avaliação Dados da avaliação 🠶 PROFESSORES PRECISAM DE UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR, ORIENTANDO ÀS INTERVENÇÕES DENTRO DE SALA DE AULA!!!!! CONCLUINDO...
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