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TESTES DE PORTUGUÊS TESTES - PORTUGUÊS 3 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 01 - Dê o plural de: o pé-de-moleque; a couve-flor; o curto-circuito; o guarda-civil A) os pés-de-moleque; as couves-flores; os curtos-circuitos; os guardas-civis B) os pés-de-moleques; as couves-flor; os curtos-circuitos; os guardas-civis C) os pés-de-moleque; as couve-flores; os curto-circuitos; os guarda-civis D) os pés-de-moleque; as couve-flor; os curto-circuitos; os guardas-civil E) os pés-de-moleques; as couve-flores; os curtos-circuito; os guarda-civis 02 - Identifique a alternativa cujos substantivos flexionam o gênero de uma mesma maneira: A) pianista ; testemunha ; dentista B) pessoa ; artista ; jacaré C) mártir ; criança ; cientista D) cobra ; peixe ; onça E) cônjuge ; vítima ; cliente 03 - Que frase não apresenta concordância nominal? A) Escolheram má hora e lugar para a manifestação. B) A criança vestia uma blusa verde-clara. C) Estou quites com meus compromissos. D) Seguem anexos os bilhetes aéreos. E) A justiça declarou culpados o réu e a ré. 04 - Qual a alternativa cuja concordância nominal está correta? A) Nem uma nem outra maneiras me agradam. B) Há uma e outra frutas podres. C) Guardou bastante moedas de prata. D) Cerveja é boa para a saúde. E) Não apareceu no terceiro e no quarto dia. 05 - Encontre a alternativa que apresenta erro de concordância do verbo SER: A) Da cidade à ilha é uma hora e quarenta minutos. B) Amanhã devem ser dez de maio. C) Isso são águas passadas. D) Dois mais dois é quatro. E) Era uma vez oito princesas. 06 - Ache a alternativa que se completa corretamente com apenas uma das formas verbais entre parênteses: A) Uma porção de folhas (sumiu / sumiram). B) A maior parte dos carros (eram brancos / era branca). C) Mais de um carro (enguiçou / enguiçaram). D) 50% da turma (é incapaz / são incapazes) de pensar. E) Quando apareceu, (era / eram) perto de sete horas. 07 - Marque onde há erro na regência do verbo: A) Ele chegou na cidade ontem à noite. B) Eu o vi ontem, no cinema. C) Obedeça às minhas ordens. D) Informei os amigos sobre a carta. E) Paga o que deve aos teus funcionários. 08 - Que frase apresenta erro na regência nominal? A) Ninguém está imune a influências. B) Ela já está apta para dirigir. C) Tinha muita consideração por seus pais. D) Ele revela muita inclinação com as artes. E) Era suspeito de ter assaltado a loja. 09 - Indique a frase que não se completa corretamente com a: A) Fique atento __ essas explicações. B) Vizinho __ nós moravam portugueses. C) Resido __ Rua do Ouro. D) Ela tem horror __certos animais. E) Ele ficou insensível __ nossos apelos. 10 - Ache a frase onde o sinal indicador da crase foi usado inadequadamente: A) Ela acedeu à reclamação da mãe. B) Todos aspiram às delícias do paraíso. C) Eles chegaram à cidade de Olinda. D) Quero muito à crianças e velhos. E) Respondam às cartas que chagaram. 11 - Assinale a alternativa onde ocorre erro de pontuação. A) ( )Os pássaros, sempre, voltam para os ninhos. B) Na semana passada, os meninos deixaram seus brinquedos no parque. C) Se não estivesse chovendo, teria ido ao cinema. D) Manoel, o padeiro, quebrou a perna e não veio hoje. E) São Paulo, 20 de novembro de 1999. 12 - Indique a única alternativa que apresenta erro na acentuação gráfica em uma das palavras. A) mártir - freguês - pólen B) calvície - têxteis - ânsia C) incrível - tênue - cárie D) sêmen - armazém - ítem E) vírus - órfão - vácuo 13 - Assinale a alternativa onde o verbo pôr está conjugado na 1ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do modo indicativo. A) pomos. B) púnhamos C) pusemos D) ponhamos E) pusermos TESTES - PORTUGUÊS 4 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 14 - Na frase Este é o perfume de que mais gosto, a palavra que é classificada morfologicamente como: A) substantivo B) advérbio C) pronome relativo D) preposição E) conjunção subordinada 15 - O plural do substantivo composto está incorreto na alternativa: A) o leva-e-traz - os leva-e-traz B) a manga-rosa - as mangas-rosa C) o beija-flor - os beija-flores D) o guarda florestal - os guarda-florestais E) o primeiro-ministro - os primeiros-ministros 16 - Ocorre erro de concordância nominal na alternativa: A) No livro de registros faltava a folha duzentos. B) É necessária segurança para se viver bem. C) A janela estava meio aberta. D) Eu e você estamos quites. E) Os policiais estavam alerta. 17 - Assinale a frase que apresenta erro de ortografia. A) A feijoada foi preparada na tigela de barro. B) O cliente deu uma boa gorjeta ao garçom. C) Laura não gosta de licor de jenipapo. D) Fizeram uma delicioso prato com beringela. E) Aceitamos sua sugestão. 18 - Em qual das alternativas abaixo ambas as palavras apresentam 8 letras e 6 fonemas ? A) gasolina - cochicho B) passarela - passeata C) assessor - guitarra D) salsicha - caridade E) bochecha - oclusiva 19 - Assinale onde não ocorre a concordância nominal: A) As salas ficarão tão cheias quanto possível. B) Tenho bastante dúvidas. C) Eles leram o primeiro e segundo volumes. D) Um e outro candidato virá. E) Não leu nem um nem outro livro policiais. 20 - Ache a afirmativa falsa: A) usam-se os parênteses nas indicações bibliográficas; B) usam-se as reticências para marcar, nos diálogos, a mudança de interlocutor; C) usa-se o ponto-e-vírgula para separar orações coordenadas assindéticas de maior extensão; D) usa-se a vírgula para separar uma conjunção colocada no meio da oração; E) usa-se o travessão para isolar palavras ou frases, destacando-as. 21 - Identifique o termo acessório da oração: A) adjunto adverbial B) objeto indireto C) sujeito D) predicado E) agente da passiva 22 - Qual a afirmativa falsa sobre orações coordenadas? A) as coordenadas quando separadas por vírgula, se ligam pelo sentido geral do período; B) uma oração coordenada muitas vezes é sujeito ou complemento de outra; C) as coordenadas sindéticas subdividem-se de acordo com o sentido e com as conjunções que as ligam; D) as coordenadas conclusivas encerram a dedução ou conclusão de um raciocínio; E) no período composto por coordenação, as orações são independentes entre si quanto ao relacionamento sintático. 23 - Identifique a afirmativa verdadeira: A) as orações subordinadas ou são adjetivas ou adverbiais; B) a preposição que introduz uma oração subordinada nunca pode ser omitida; C) duas orações subordinadas podem estar coordenadas entre si; D) uma oração se denomina principal porque vem primeiro que as outras; E) o período composto por subordinação só pode ter duas orações. 24 - Enumere a segunda coluna de acordo com a abreviatura da forma de tratamento adequada: ( 1 ) V.Ex.ª Rev.ma reitor de universidade ( ) ( 2 ) V.Mag.ª papa ( ) ( 3 ) V.Em.ª bispo e arcebispo ( ) ( 4 ) V.S. cardeal ( ) A) 1 ; 4 ; 3 ; 2 B) 2 ; 4 ; 1 ; 3 C) 3 ; 4 ; 2 ; 1 D) 4 ; 2 ; 3 ; 1 E) 2 ; 4 ; 3 ; 1 25 - Onde o pronome está erradamente empregado? A) fez + o = fê - lo B) diríamos = di - lo - íamos C) pondes + o = ponde - lo D) tem + o = tem - no E) diríeis + o = diríei - lo TESTES - PORTUGUÊS5 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 26 - A frase inteiramente correta quanto à concordância verbal é: A) Será que ainda é possível prever as manobras do governo, neste cenário econômico que se caracteriza por tantas incógnitas? B) Por que se permite as cenas de violência, de que estão recheadas a televisão brasileira? C) As pessoas que se vem mostrando satisfeitas com o país são as beneficiárias das medidas que se veio implantando. D) Se qualquer um de nós lhes emprestássemos apoio, mereceriam o repúdio de toda a população. E) Por mais que os espantem a surpresa dos novos fatos, ainda não lhes falta a capacidade das iniciativas. 27- Todas as palavras estão corretamente grafadas na frase: A) As pessoas impúdicas vêem como natural a exposição das crianças às torpesas dos famigerados programas populares. B) Orçados os custos gerais da campanha, impuzeram-se ríjidas restrições às despesas atinentes à publicidade. C) A obtenção de recursos extras constitui a meta prioritária, no momento; não há outro jeito de implementar este plano. D) Seu modo de agir lembra-me os tregeitos dos ilusionistas: os movimentos dispersivos discimulam o gesto essencial. E) O Ivo, sempre incalto, serviu à causa do adversário; faltou-lhe a acessoria de um correlegionário mais experiente. 28 - A flexão de todos os verbos está correta na frase: A) Os policiais que os deteram, na manhã de ontem, há muito vêm agindo de modo arbitrário. B) Caso não ajam a tempo, pediremos que seja estendido o prazo de apresentação de seus documentos. C) Assim que reavermos nossas malas, remarcaremos as passagens. D) Os portões que se vêm nos casarões antigos detêm nosso olhar, tantos são os detalhes que neles surpreendemos. E) Quando eles reverem o caso, haverão de chegar a novas conclusões. 29 - A impropriedade no emprego do léxico torna absurdo o sentido da frase: A) Tanto subestimaram a força do adversário que acabaram por lhe infligir retumbante derrota. B) Ele costuma agir com cautela, não obstante haver demonstrado alguma afoiteza na última medida que tomou. C) Ao contrário de seu irmão, um notório delinqüente, ele jamais deixou de agir com a mais absoluta retidão. D) Alcoólatra redimido, José faz questão de se pôr à prova, não fugindo às reuniões em que a bebida é farta. E) Dado que não pude ratificar o meu voto no segundo escrutínio, meu representante legal encarregou-se de confirmá-lo. 30 - Bastam de provocações!-foi o grito que puderam ouvir os que se achavam próximos do presidente da Assembléia, quando já fazia dez minutos que nenhum dos parlamentares da oposição conseguia ir além da primeira frase, no momento de se encaminhar as votações. Em respeito às normas de concordância verbal, é preciso corrigir as seguintes formas do texto acima: A) fazia e encaminhar. B) bastam e fazia. C) bastam e encaminhar. D) conseguia e encaminhar. E) fazia e conseguia. 31 - Há ERRO de construção no segmento sublinhado da frase: A) Agi de modo a demonstrar uma estrita observância com as leis. B) A defesa dos réus está estribada em forte argumentação. C) Nosso gesto é ilustrativo do desânimo que tomou conta de nós. D) Ela usou expressões que não são cabíveis numa ata oficial. E) Consternado com o fato, pediu demissão. 32 - Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase: A) O cargo em cujo ele seria empossado continuará vago. B) É um velho experiente, a cuja memória todos recorrem. C) São grosseiros os erros aos quais ele vem incorrendo. D) Eis as terras a cujas o rio vem poluindo. E) Desconfio dos dados de que foram coligidos nesta pesquisa. 33 - Ele sempre demonstrou animosidade para com os mais jovens, sobretudo quando estes, inadvertidamente, dispõem-se a falar sobre temas tidos como polêmicos. Os termos sublinhados poderiam ser substituídos, sem prejuízo para o sentido da frase, por, respectivamente, A) impaciência, descuidadamente e improcedentes. TESTES - PORTUGUÊS 6 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL B) intolerância, apressadamente e incontroversos. C) boa vontade, pressurosamente e delicados. D) tolerância, inocentemente e indevassáveis. E) má vontade, irrefletidamente e controversos. 34 - Indique o período cuja redação está inteiramente clara e cor-reta. A) É uma ilusão imaginarmos que se pode estar atualizados com os equipamentos de informática, cuja novidade é tão grande que não se imagina podermos acompanhá-los. B) Resultou frustrada a nossa expectativa de adquirir bons livros, já que, na tão decantada liqüidação daquela grande livraria, só havia títulos inexpressivos. C) Os incentivos fiscais constituem uma questão complicada, pois segundo alguns, a iniciativa privada recebe benefícios onde a contrapartida em criação de empregos é insuficiente. D) Naquele editorial da revista não ficou claro a posição do mesmo, seja porque o editorialista de fato não o desejasse, ou então porque a redação dele não o permitiu. E) Com o fim do rodízio no trânsito, espera- se que ele aumente, voltando a terem problemas de congestiona-mento justamente quando todos saem ou voltam para casa. 35 - Dadas as palavras: 1) des-a-ten-to 2) sub-es-ti-mar 3) trans-tor-no constatamos que a separação silábica está correta: A) apenas em 3 B) apenas em 2 C) apenas em 1 D) em todas as palavras E) n.d.a. 36 - Assinale a alternativa em que a palavra não tem suas sílabas corretamente separadas: A) in-te-lec-ção B) cre-sci-men-to C) oc-ci-pi-tal D) ca-a-tin-ga E) n.d.a. 37 - Registra o Dicionário Aurélio, que a palavra memorando é uma adaptação do latim, onde memorandum significa que deve ser lembrado, explicando que se trata de: A) participação ou aviso por escrito usado, apenas, entre chefias; B) impresso comercial, de formato menor que o da carta, usado somente em comunicações breves; C) comunicação entre funcionários; D) participação ou aviso por escrito usado em comunicações breves; E) n.d.a. 38 - Assinalar a alternativa incorreta quanto a utilização de memorando, em se tratando de medidas internas: A) convocar pessoal para prestação de serviços extraordinários; B) comunicar antecipação ou prorrogação de horário de serviços em casos de comprovada necessidade; C) solicitar outras medidas de ordem estritamente interna e, que atinjam funcionários a serviço da respectiva repartição; D) convocar chefe ou funcionário, em caráter urgente, para comparecimento à Diretoria; E) n.d.a. 39 - Quanto a classificação dos memorandos podemos afirmar que são: A) internos, externos e pessoais; B) superiores, inferiores e administrativos; C) administrativos, superiores e pessoais; D) pessoais, administrativos, internos, externos, superiores, inferiores e iguais; E) n.d.a. 40 - Assinale alternativa correta: A) ofícios são comunicações escritas que as autoridades recebem; B) ofício quer dizer comunicação formal por escrito, dentro da mesma repartição ou destinada a outra repartição ou a particular; C) ofícios são comunicações escritas, apenas, entre a Administração e particulares, em caráter oficial; D) ofícios são comunicações informais entre repartições particulares; E) n.d.a. 41 - Os pronomes: meu, nosso, seu, são classificados como: A) pessoal B) possessivo C) interrogativo D) indefinido E) n.d.a. 42 - Assinale o vocábulo incorreto quanto à acentuação das oxítonas: A) pitú B)baú C) Piauí D) caju E) n.d.a. TESTES - PORTUGUÊS 7 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 43 - Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acentuado: A) ítens B) ítem C) hífen D) rítmo E) n.d.a. 44 - Assinale o uso correto da crase: A) Tomou remédio gota à gota; B) Gosto muito de andar à pé; C) Vou à praia aos domingos; D) O livro foi dado à João; E) n.d.a. 45 - Ache a palavra com erro de grafia: A) cabeleireiro ; manteigueira B) caranguejo ; beneficência C) prazeirosamente ; adivinhar D) perturbar ; concupiscência E) berinjela ; meritíssimo 46 - Identifique o termo que está inadequadamente empregado: A) O juiz infligiu-lhe dura punição. B) Assustou-se ao receber o mandato de prisão. C) Rui Barbosa foi escritor preeminente de nossas letras. D) Com ela, pude fruir os melhores momentos de minha vida. E) A polícia pegou o ladrão em flagrante. 47 - Marque onde há um vocábulo que não se completa corretamente com a(s) letra(s) ao lado: A) __ibóia ; ultra__e ; pa__em ; lambu__em (j) B) efetu__ ; camp__ão ; p__nico ; arr__piar (e) C) adole__ente ; di__iplina ; re__isão ; ob__eno (sc) D) e__tender ; e__plêndido ; arreve__ar ; vi__ar (s) E) e__pender ; ri__a ; e__pontâneo ; prete__to (x) 48 - Qual a afirmativa falsa? A) a vírgula é obrigatória antes do e quando o termo seguinte é pleonástico; B) as conjunções coordenativas devem ser colocadas entre vírgulas, quando intercaladas; C) não é obrigatório o uso da inicial maiúscula após o ponto de exclamação; D) o ponto é usado exclusivamente no final dos períodos; E) entre parênteses devem ser postos os nomes de autores relativos a citações feitas. 49 - Assinale a frase em que não há erro na forma verbal: A) Não semeiemos a discórdia. B) Ainda bem que freiamos a tempo. C) Discirno muito bem uma jóia verdadeira. D) Eles se desaviram por um motivo tolo. E) Não demula esta parede. 50 - Marque onde o verbo está erradamente empregado: A) Se pudesse, eu teria salvo a vítima. B) O assassino está preso há anos. C) O fogo foi extinto pelos bombeiros. D) Ele havia segurado o meu braço. E) Não haviam limpado todos os vidros. 51 - Indique onde há erro na conjugação do verbo com o pronome: A) Apresentou-se-me uma boa ocasião. B) Convidar-te-ia se possível. C) Vemos-nos menos do que desejamos. D) Comemorar-se-á a vitória. E) Atribui-se-lhes pesada tarefa. 52 - Qual a alternativa que apresenta erro no plural dos vocábulos? A) problemas luso-brasileiros ; saias azul- pavão B) luvas pérola ; blusas azul-celeste C) bananas-macã ; meios-fios D) pés-de-moleques ; altares-mor E) guarda-comidas ; águas-fortes 53 - Ache a frase que apresenta superlativo absoluto analítico: A) Estas peças são antiqüíssimas. B) O aço é mais resistente que o ferro. C) As mães são excessivamente cautelosas. D) Pedro é o mais baixo de todos. E) Esta fruta é a melhor. 54 - Que construção não é aceita na norma culta? A) Este automóvel é mais moderno que aquele. B) A Lua é mais pequena que a Terra. C) Este chocolate é mais ruim que o outro. D) Publicaram uma obra mais perfeita que a anterior. E) Seu irmão já está mais grande que você. 55 - Assinale a frase em que há erro de concordância: A) Esta verdade, só a conhece minha irmã e eu. B) Nossos empregados e teus assessores farão o trabalho. C) Ele ou eu ficarei em primeiro lugar. D) A mãe ou o pai receberão a primeira fatia do bolo. E) Já era decorrido um ano e seis meses. TESTES - PORTUGUÊS 8 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 56 - Que frase não apresenta concordância nominal? A) Produz textos o mais sintéticos possível. B) Não apresentou nenhumas condolências. C) Os gestos falam por si só. D) Os trabalhadores permaneciam alerta. E) Entregue estes convites em mão. 57 - Marque a única frase correta quanto ao emprego do pronome: A) Fiz ele devolver todas as mercadorias. B) Perante mim, juraste inocência. C) Marido e mulher tinham sérias desavenças entre eles. D) Posso deixar o embrulho consigo? E) Paulo é descortês, mas Tânia prefere ele a mim. 58 - Assinale a frase em que há erro no emprego do pronome de tratamento: A) Vossa Alteza ainda quer falar com Sua Majestade? B) Estes envelopes são para a Vossa Excelência. C) Encaminhamos a V.S.ª os quadros de pessoal. D) Acusamos o recebimento da carta de V. Ex.ª, ontem. E) Espero que você não esqueça seu discurso! 59 - Mostre onde o sinal indicador da crase foi usado indevidamente: A) Ela nunca foi à gafieiras mas adora dançar. B) O líder assistia a tudo à distância de cem metros. C) Retornou à casa paterna. D) Encontrei-o à beira da falência. E) Fomos até à rua. 60 - Que frase não apresenta erro de regência verbal: A) Avisei-lhe da hora da reunião. B) Quando iremos na empresa? C) Reclamava muito, mas ninguém o ajudava. D) Proíbo-lhe de sair sem autorização. E) Lembrei de suas palavras. 61 - Ache a única oração subordinada: A) Ora a nuvem escondia a lua, ora a lua escondia a nuvem. B) O jogador prometeu um jogo à torcida, mas não conseguiu marcá-lo. C) Não saia sem o agasalho, pois há umidade no ar. D) Você verá que a emoção começa agora. E) Há neblina na estrada; logo, há umidade no ar. 62 - Identifique a única frase que não passa idéia de superlativo: A) Ele é valente como quê! B) Ela não é apenas uma boa diretora, ela é a diretora. C) Maria é mais bonita que simpática. D) Romário é um senhor jogador! E) Aquele filho é o menos carinhoso de todos. 63 -Aponte a alternativa onde a pontuação está adequada ao período: A) A morte, não extingue: transforma, não aniquila, renova, não divorcia, aproxima. B) A morte, não extingue - transforma - não aniquila - renova - não divorcia - aproxima. C) A morte; não: extingue (transforma); não: aniquila (renova); não: divorcia (aproxima). D) A morte não extingue: transforma; não aniquila: renova; não divorcia: aproxima. E) A morte, não extingue, transforma; não aniquila, renova; não divorcia, aproxima. 64 - Descubra o vocábulo que não se completa com a letra ao lado: A) mi_to; despre_o; ob_équio; empre__a (s) B) e_pelir; e_pender; e_tremoso; te__to (x) C) _ibóia; ultra_e ; can__ica; ma__estoso (j) D) Man__el; b__eiro; b__lir; íng__a (u) E) pát_o; _mpigem; discr_ção; tereb_ntina (i) 65 - Complete as frases corretamente: O objeto que estava no fundo do lago _____. Como aluno, sou do corpo _____ da escola. Por favor, _____ aquela porta. Faz frio aqui. Rendamos ___ aos que tombaram na guerra. A) imergiu ; docente ; serre ; pleito B) imergiu ; discente ; cerre ; preito C) emergiu ; discente ; cerre ; preito D) emergiu ; docente ; serre ; pleito E) imergiu ; discente ; serre ; preito 66 - Ache a dupla onde há erro de ortografia: A) aterrissar ; azar B) beneficência ; hilariedade C) prazerosamente ; meteorologia D) imprescindível ; manteigueira E) hidravião ; candeeiro 67 - Que verbo não se apresenta corretamente conjugado no presente do indicativo? A) precavemos ; precaveis (precaver) B) dói ; doem (doer) C) adiro ; aderes ; adere ; aderimos ; aderis ; aderem (aderir) D) frejo ; freges ; frege ; frigimos ; frigis ; fregem (frigir) E)arguo ; argúis ; argúi ; argüimos ; argüis ; argúem (argüir) TESTES - PORTUGUÊS 9 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 68 - Indique onde não se fez a correta concordância nominal: A) Cerveja é bom para saúde. B) Guardou bastantes moedas de prata. C) É necessária coragem. D) Foi ela mesma que escreveu a carta. E) Entregue estes convites em mão. 69 - Marque a afirmativa falsa: A) a oração é principal, quando não exerce nenhuma função sintática em outra oração do período composto por subordinação; B) o período é simples, se constituído de uma só oração, chamada absoluta; C) a oração coordenada que se prende à anterior por meio de conectivo denomina-se sindética; D) a oração subordinada adjetiva não depende de nenhum termo da oração cujo núcleo seja um substantivo; E) as orações subordinadas adjetivas classificam-se em restritivas e explicativas. 70 - Identifique onde está a oração subordinada substantiva cujo valor sintático é de aposto: A) De uma coisa sei: que é preciso morrer para viver. B) Ele disse que não se lembrava do nome. C) Confesso que me bambeou a perna. D) O triste é que não era uma planta qualquer. E) Meu Deus, só agora me lembrei que a gente morre. 71 - Encontre a alternativa que expõe uma oração coordenada sindética explicativa: A) Não fui à escola porque fiquei doente. B) Não falte à reunião pois quero falar com você. C) Como estava muito resfriado, não foi à recepção. D) Não posso inscrevê-lo uma vez que não há mais vagas. E) Fomos bem recebidos porque trazíamos boas notícias. 72 - Qual dos períodos abaixo apresenta oração subordinada adverbial concessiva? A) O caminho é tão comprido que não tem fim. B) Aqui vai o livro para que o leias. C) Obedeciam aos pais sem grandes esforços, posto fossem teimosos. D) À medida que descia tranqüilizava-se. E) Não os vi quando desapareceram. 73 - Assinale a frase em que não há erro no emprego do pronome de tratamento: A) Espero que você não esqueça teus amigos. B) Estas flores são para a Vossa Alteza. C) Ela encaminhou os presentes à V.S.ª. D) Vossa Majestade ainda quer falar com S.Excia? E) Reiteramos a V.Rev.ma nossa estima e apreço. 74 - Indique a frase que apresenta erro na concordância do verbo com o sujeito: A) Esta verdade, só a conhece minha irmã e eu. B) Nem um nem outro candidato acertaram a questão. C) O chefe ou o pai receberão a primeira fatia do bolo. D) Para ele não existe azar e sorte. E) Tanto eu quanto você sabíamos o resultado. 75 - Qual a alternativa que não apresenta concordância correta do verbo ser? A) Ontem foi vinte e dois de maio. B) Dez anos é muito tempo. C) Isso é águas passadas. D) Quando veio, era perto de cinco horas. E) As visitas éramos nós. 76 - Ache a alternativa que apresenta erro: A) tabeliães magnificentíssimos B) cidadões magérrimos C) anciãos integérrimos D) corrimões antiqüíssimos E) charlatães crudelíssimos 77 - Indique onde há erro na flexão dos adjetivos compostos: A) roupas azul-celeste B) raios ultravioleta C) meninas surdas-mudas D) poemas épico-líricos E) camisas verde-claros 78 - Na frase: Paulo comprou um livro, a função sintática da palavra livro é: A) objeto direto B) predicado C) objeto indireto D) sujeito E) n.d.a. 79 - Na Frase: Precisa-se de trabalhadores, a Voz do Verbo é: A) Reflexiva B) Passiva C) Ativa D) Recíproca E) n.d.a. TESTES - PORTUGUÊS 10 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 80 - Assinale a alternativa correta quanto à Concordância Verbal: A) Sou eu que primeiro saio. B) É cinco horas da tarde. C) Da cidade à praia é dois quilômetros. D) Dois metros de tecido são pouco. E) n.d.a. 81 - Assinale a frase em que há erro de concordância: A) Os sertões possuem um sopro épico. B) Promove-se festas beneficentes na minha comunidade. C) Há dois anos, os Estados Unidos invadiram a Líbia. D) Fui eu quem resolveu a adoção de tal medida. E) n.d.a. 82 - Assinale a alternativa incorreta: A) O atirador visa o alvo. B) O fiscal visou os documentos. C) Visamos a um futuro mais feliz. D) Os pais visam à formação dos filhos. E) n.d.a. 83 - Em relação ao período: Quando terminar a prova, espere-me no portão. A oração sublinhada é: A) principal B) coordenada assindética C) subordinada adverbial temporal D) subordinada adjetiva restritiva E) n.d.a. 84 - As palavras: tardar e entardecer foram formadas a partir da palavra tarde por meio do processo de derivação. Quais foram, respectivamente, os tipos de derivação usados? A) sufixal e prefixal; B) regressiva e parassintética; C) regressiva e prefixal; D) sufixal e parassintética; E) n.d.a. 85 - Há sujeito indeterminado em: A) Ali, rouba-se no atacado e no varejo. B) O pássaro voou assustado. C) Surgiram reclamações contra o rei. D) Aluga-se quarto. E) n.d.a. 86 - Assinale a opção que apresenta erro quanto ao pronome de tratamento empregado: A) Vossa Eminência - cardeais B) Vossa Santidade - papa C) Vossa Magnificência - reis D) Vossa Alteza - príncipes e duques E) n.d.a. 87 - Assinale onde a função sintática do que não corresponde ao termo entre parênteses: A) A pessoa com que foi visto é má. (adjunto adverbial) B) Alguns temem o ladrão que ele é. (predicativo do sujeito) C) O homem que sorriu era seu amigo. (objeto direto) D) São essas as flores de que gostas? (objeto indireto) E) O animal por que fomos perseguidos era feroz. (agente da passiva) 88 - Ache a alternativa falsa na análise do período abaixo: O homem que trabalha quis que calassem enquanto discursava. A) O homem = oração principal B) que trabalha = oração subordinada adjetiva C) quis = oração subordinada subjetiva reduzida D) que calassem = oração subordinada substantiva objetiva direta E) enquanto discursava = oração subordinada adverbial temporal 89 - Encontre a oração subordinada adjetiva restritiva: A) O negro que discursava, sorri. B) O triste é que não era uma planta qualquer. C) Só imponho uma condição: que não chegues tarde. D) Meu irmão saiu ontem. E) Sabe-se que o resultado foi positivo. 90 - Ache a única frase onde o termo em destaque está corretamente grafado: A) Deu apenas cinco reais ao cabelereiro. B) Era imprecindível a presença do pai. C) Mais uma vez queimou o fuzível. D) É necessário discriminar melhor as despesas. E) A criança sorria prazeirosamente para todos. 91 - Marque onde todas as palavras se completam corretamente com a letra ao lado: A) mon__e; ar__ila; bre__eiro; cônju__e (g) B) e__traviar; e__pansão; __ucro; fu__ico (x) C) d__gladiar; côd__a ; efetu__; quas__ (e) D) tereb__ntina; __figênia; pát__o; cum__eira (i) E) e__pontâneo; mi__to; va__ar; gro__a (s) TESTES - PORTUGUÊS 11 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 92 - Indique a frase que apresenta erro na forma verbal: A) Ele averigua todas as portas antes de dormir. B) Acabou a ocupação com que ele se entretivera durante o dia. C) Se eu rever o texto, encontrarei maiserros. D) Se sobrevier um acidente, o culpado será você. E) Não premio pessoas incompetentes. 93 - Identifique a única frase cujo verbo acompanha a norma culta: A) Suas idéias não se adéquam à filosofia da escola. B) O decreto, embora antigo, ainda está vigendo. C) Funda os metais lentamente. D) Esperamos que o governo abula todas as mordomias. E) Não há despesa de que ele não se ressarça. 94 - Qual a alternativa que contém o superlativo absoluto sintético dos adjetivos abaixo: nobre ; são ; frio ; dócil A) nobríssimo ; saníssimo ; frigidíssimo ; docíssimo B) nobílimo ; sanérrimo ; friíssimo ; docílimo C) nobrérrimo ; saníssimo ; frigidíssimo ; docilíssimo D) nobilíssimo ; saníssimo ; frigidíssimo ; docílimo E) nobrérrimo ; sãosíssimo ; friíssimo ; docilíssimo 95 - Em todos os itens abaixo há um adjetivo no grau comparativo, exceto em: A) Os filhos já estavam maiores que o pai. B) As modelos de ontem eram mais bonitas que as de hoje. C) Ele parecia o mais tímido de todos. D) Dizem que o marinheiro é forte como um touro. E) Este filme pareceu-me mais longo que o anterior. 96 - Que alternativa apresenta conjunção subordinativa integrante: A) Caso precise sair, deixe o recado na porta. B) Tudo aconteceu como havíamos previsto. C) Não sei se devo dizer-lhe toda a verdade. D) Como ele insistisse, resolvi aceitar o convite. E) O julgamento, como se vê, era muito parcial. 97 - Os superlativos absolutos sintéticos de doce, miúdo, amável e fiel são respectivamente: A) docíssimo ; minúsculo ; amabilíssimo ; fidelíssimo B) docérrimo ; minutísssimo ; amavelíssimo ; fielíssimo C) dulcíssimo ; minúsculo ; amábil ; fiélimo D) dulcíssimo ; minutíssimo ; amabilíssimo ; fidelíssimo E) docíssimo ; miudérrimo ; amabílimo ; fidelíssimo 98 - Complete corretamente: Quando os pais ______ aos filhos que se ______ das bebidas alcoólicas e que ______ seus passeios, muitos deles não se ______ e saíram. A) proporam ; abstessem ; revessem ; conteram B) propuseram ; abstivessem ; revissem ; contiveram C) proporam ; abstenham ; revejam ; contêm D) propuseram ; abstessem ; revessem ; contêm E) proporam ; abstivessem ; revissem ; conteram 99 - Assinale a alternativa que contêm os sinais de pontuação adequados: A) João, todo sábado; segue a mesma rotina: praia; futebol; jantar em família. B) João, todo sábado, segue a mesma rotina, praia, futebol, jantar em família. C) João, todo sábado; segue a mesma rotina, praia, futebol, jantar em família. D) João, todo sábado, segue a mesma rotina: praia, futebol, jantar em família. E) João, todo sábado, segue a mesma rotina; praia, futebol, jantar em família. 100 - Em qual das alternativas todas as palavras são substantivos? A) Carlos ; ramalhete ; alma ; depois B) nuvem ; beleza ; prazer ; bando C) pelo ; gíria ; perigo ; Deus D) célebre ; maturidade ; Paulo ; líquido E) crime; consigo ; março ; Cairo 101 - A classe dos termos sublinhados foi indicada corretamente em todas as alternativas, exceto na: A) Um professor italiano visitou a escola. (adjetivo) B) Chegou meu irmão, mas não o teu. (artigo) C) Ele ainda não me devolveu o livro. (pronome oblíquo) D) Ele escreve muito bem. (substantivo) E) A sua pesquisa é clara e objetiva. (conjunção) TESTES - PORTUGUÊS 12 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 102 - Onde está o vocábulo erradamente grafado? A) anti-séptico ; concelho ; bicarbonato B) digladiar ; desmazelo ; excremento C) mexerica ; fascínora ; herbívoro D) retenção ; pegajento ; verossimilhança E) xifópagos ; sucinto ; sósia 103 - Ache a palavra que recebeu o acento gráfico indevidamente: A) apazigúem ; pôr ; pólo ; platéia B) bílis ; mausoléus ; complô ; reféns C) dêem ; côo ; único ; baínha D) argúi ; ímã ; mártir ; faísca E) fórum ; juíza ; averigúes 104 - Que par de palavras abaixo perde o acento gráfico na formação do plural? A) caráter ; pêra B) hífen ; repórter C) vintém ; egípcio D) mútuo ; tríceps E) gás ; álbum 105 - Indique a alternativa em que o exemplo dado não corresponde à figura de sintaxe ao lado: A) O sacrifício, faremos: a vitória, alcançaremos. (anástrofe) B) Suspira, e chora, e geme, e sofre, e sua... (polissíndeto) C) O prêmio foi conseguido e o prisioneiro, solto. (silepse de pessoa) D) Os três reis orientais, ... é tradição da igreja que um era preto.(anacoluto) E) Vi claramente visto o lume vivo. (pleonasmo) 106 - Classifique a figura presente no texto abaixo: Foi por ti que num sonho de ventura / A flor da mocidade consumi. (Álvares de Azevedo) A) hipérbato B) anástrofe C) sínquise D) aliteração E) zeugma 107 - Ache a frase que se completa corretamente com eu: A) Não há desentendimento entre __ e ti. B) Deixem __ explicar-lhes o que aconteceu. C) Isto é para __ fazer. D) Ela encontrou __ na praça. E) Irás até __. 108 - Indique o uso inadequado do pronome demonstrativo: A) A menina era tal qual os avós. B) Vencer depende destes fatores: rapidez e segurança. C) Valentino foi o maior ator daquela época. D) Foi preso em 1955 e já saiu nesse ano E) Escrevo esta carta para vires. 109 - Identifique o item que se completa adequadamente com à: A) Não __ nada que possa me prejudicar. B) As lágrimas caíam uma __ uma de seu rosto cansado. C) __ momentos em que nos faltam palavras. D) Ele fez uma descrição __ Guimarães Rosa. E) Estamos _ dois dias do início dos exames. 110 - Mostre onde há erro de concordância nominal: A) É permitida a permanência de alunos. B) A lista de ofertas vai anexa ao pacote. C) Os gêneros alimentícios estão caros no Brasil. D) Estou quite com todos vocês. E) A porta está meia aberta. 111 - Encontre a única alternativa sem erro de concordância verbal: A) Precisam-se de cartas de apresentação. B) Exigia-se fotos coloridas e pagamento de taxa. C) Na festinha, bebeu-se dúzias de refrigerantes. D) Fazem oito anos que nos vimos pela última vez. E) Os assuntos que importava discutir não foram mencionados. 112 - Dê o significado da frase abaixo: Embora fosse um professor incipiente, falava um inglês estreme. A) Embora fosse um professor principiante, falava um inglês genuíno. B) Embora fosse um professor ignorante, falava um inglês puro. C) Embora fosse um professor relapso, falava um inglês fluente. D) Embora fosse um professor provisório, falava um inglês excelente. E) Embora fosse um professor substituto, falava um inglês de nativo. 113 - Assinale a alternativa onde ocorre erro de pontuação. A) Os pássaros, sempre, voltam para os ninhos. B) Na semana passada, os meninos deixaram seus brinquedos no parque. C) Se não estivesse chovendo, teria ido ao cinema. D) Manoel, o padeiro, quebrou a perna e não veio hoje. E) São Paulo, 20 de novembro de 1999. TESTES - PORTUGUÊS 13 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 114 - Indique a única alternativa que apresenta erro na acentuação gráfica em uma das palavras. A) mártir - freguês - pólen B) calvície - têxteis - ânsia C) incrível - tênue - cárie D) sêmen - armazém - ítem E) vírus - órfão - vácuo 115 - Assinalea alternativa onde o verbo pôr está conjugado na 1ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do modo indicativo. A) pomos. B) púnhamos C) pusemos D) ponhamos E) pusermos 116 - Na frase Este é o perfume de que mais gosto, a palavra que é classificada morfologicamente como: A) substantivo B) advérbio C) pronome relativo D) preposição E) conjunção subordinada 117 - O plural do substantivo composto está incorreto na alternativa: A) o leva-e-traz - os leva-e-traz B) a manga-rosa - as mangas-rosa C) o beija-flor - os beija-flores D) o guarda florestal - os guarda-florestais E) o primeiro-ministro - os primeiros- ministros 118 - Ocorre erro de concordância nominal na alternativa: A) No livro de registros faltava a folha duzentos. B) É necessária segurança para se viver bem. C) A janela estava meio aberta. D) Eu e você estamos quites. E) Os policiais estavam alerta. 119 - Assinale a frase que apresenta erro de ortografia. A) A feijoada foi preparada na tigela de barro. B) O cliente deu uma boa gorjeta ao garçom. C) Laura não gosta de licor de jenipapo. D) Fizeram uma delicioso prato com beringela. E) Aceitamos sua sugestão. 120 - Em qual das alternativas abaixo ambas as palavras apresentam 8 letras e 6 fonemas ? A) gasolina - cochicho B) passarela - passeata C) assessor - guitarra D) salsicha - caridade E) bochecha - oclusiva 121 - A frase inteiramente correta quanto à ortografia é: A) A ata da sessão extraordinária apresenta deslises, poucos, é certo, mas que exigem pronta retificação. B) Sempre obsequioso, o assessor incumbiu- se de externar ao Governador nossa dissenção quanto à política energética. C) Os expedientes utilizados pela oposição deixaram exasperados os ânimos, em vista de seu caráter tão-somente protelatório. D) Tais despesas talvez sejam excessivamente onerosas a um orçamento já expoliado pela má fé dos antecessores. E) É sempre penoso discriminar a minoria, mas a falta de concenso implica, é claro, óbices à plena satisfação. 122 - Ocorrem DOIS erros de ortografia em A) desfaçatez, prazeiroso, incólume, desairoso. B) concisão, suscinto, retaliação, obcecado. C) complementariedade, suspeição, obsessão, vigente. D) privilégio, maugrado, repto, contumaz. E) remanecente, benfazejo, izenção, frouxidão. 123 - É o RADICAL que irmana as palavras da mesma família e lhes dá uma base comum de significação (Celso Cunha, Gramática do Português Contemporâneo). Com base na citação acima, é correto afirmar que se irmanam pelo mesmo radical as palavras: A) júri, perjúrio e ajuizar. B) consideração, constelação e conspiração. C) solitário, dissolução e insólito. D) vidente, revisor e convincente. E) condução, condizente e irredutível. 124 - Está inteiramente correta quanto à flexão verbal a frase: A) Os parlamentares divergiram nos detalhes, mas conviram nos pontos essenciais. B) Se eles requisessem revisão do processo, tê-la-iam conseguido. C) Coalizaram-se as oposições, mas o Presidente interveio e obteve uma trégua. D) Pediu-nos que lhe expedíssemos os documentos antes que o superintendente os revesse. E) Desde que se manteram todos calados, o orador houve por bem iniciar sua fala. 125 - A frase inteiramente correta quanto à concordância verbal é: A) Vê-se por toda parte, a todo momento, indícios dos seus descalabros administrativos. B) Não nos ocorreram quantos prejuízos acabaríamos por lhes trazer com nossa decisão. TESTES - PORTUGUÊS 14 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL C) Como não se contrapõe o seu ponto de vista e o meu juízo, não haverá razões para polêmica. D) As medidas que nos parece conveniente tomar soarão antipáticas aos ouvidos do povo. E) Caso algum dos presentes pretendam pronunciar-se, é preciso que o façam agora. 126 - No caso de ...... a faltar recursos para as medidas que se ...... implementar, ...... as responsabilidades, determinou o chefe do Tribunal. As formas verbais que preenchem corretamente as lacunas da frase acima são: A) virem - devem - apurem-se B) virem - devem - apure-se C) vir - deve - apurem-se D) vir - devem - apure-se E) vir - deve - apure-se 127 - ...... ela aparente ser uma pessoa dócil, não a provoque, ...... a ovelhinha não se transforme numa tigresa. A frase acima ganha sentido completo e lógico preenchendo-se suas lacunas, respectivamente, com as expressões: A) Desde que - a fim de que B) Muito embora - desde que C) Dado que - muito embora D) Ainda que - para que E) Mesmo que - em vista do que 128 - A frase construída de forma inteiramente correta é: A) Não apreciei o filme que tantos dizem ter gostado. B) A exposição a que resolvi prestigiar era um desastre. C) A peça cuja execução ele mais se esmerou foi a de Mozart. D) Ainda que comigo venham a discordar, editarei o livro. E) Não é um romance por cujo estilo me sinta atraído. 129 - Parece-nos plausível que venha a ocorrer exacerbação dos ânimos, pois a decisão foi tomada arbitrariamente.Têm significação oposta à dos termos sublinhados na frase acima, respectivamente: A) inverossímil, pacificação, pressurosamente. B) inadmissível, apaziguamento, criteriosamente. C) inaceitável, apaziguamento, gratuitamente. D) inadmissível, arrefecimento, injustificadamente. E) reprovável, tensionamento, sensatamente. 130 - A impropriedade no emprego do léxico torna absurdo o sentido da seguinte frase: A) Sempre subserviente, o Raul nunca se furta a cumprir quaisquer determinações, mesmo as que não provenham de seu chefe imediato. B) O esmaecimento das cores, no outono, imprime excessiva melancolia em seu espírito, tornando-o infenso às depressões. C) Aproveitam-se de sua versatilidade para atribuir-lhe funções que normalmente requereriam as qualidades de um especialista. D) Os políticos carismáticos podem descuidar um pouco da retórica, tal o prestígio já capitalizado pela força da sua personalidade. E) Não vejo em seu relatório senão alguns lapsos de pouca monta, que você mesmo poderá retificar com presteza. 131 - Assinale a alternativa em que os sentidos foram trocados: A) a coma: juba; o coma: estado mórbido. B) a gênese: geração; o gênese: 1o livro do Pentateuco. C) a crisma: óleo usado em alguns sacramentos; o crisma: sacramento. D) a guia: documento; o guia: aquele que conduz. E) n.d.a. 132 - Quando me procurar o desencanto, eu direi, sereno e confiante, que a vida não foi de todo inútil. O sujeito de procurar é: A) indeterminado B) eu (elíptico) C) o desencanto D) inexistente E) n.d.a. 133 - Assinale a alternativa correta quanto à concordância: A) Bateu duas horas no relógio da torre. B) É proibida entrada de pessoas estranhas. C) Conserta-se aparelhos de som. D) Lêem-se muitas placas erradas. E) n.d.a. 134 - Assinale a alternativa correta quanto à Concordância Verbal: A) Sou eu quem primeiro sai. B) Dois metros de tecido são pouco. C) É cinco horas da tarde. D) Da cidade à praia é dois quilômetros. E) n.d.a. 135 - Assinale a alternativa que contém a quantidade de todos os fonemas das palavras: satisfeitos - leituras - aquelas A) vinte e cinco B) vinte e dois C) vinte e três D) dez E) n.d.a. TESTES - PORTUGUÊS 15 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 136 - Identifique a alternativa correta:A) Linguagem conotativa permite apenas um entendimento por parte do leitor ou do ouvinte. B) Linguagem conotativa é aquela que tem sentido figurado, sugerindo a idéia de forma indireta. C) A linguagem conotativa é muito usada na vida diária das pessoas para a comunicação necessária. D) Linguagem conotativa é aquela que só pode ser entendida de um modo. E) n.d.a. 137 - A frase que mantém o padrão culto é: A) O rapaz cujo eu encontrei na sala do diretor, disse-me para voltar mais tarde. B) O desembargador cujo despacho está em debate deferiu o pedido dos réus. C) Ele era ainda muito jovem quando o caso aconteceu, onde lhe dou razão para não querer depor. D) Essa é a questão, onde tem duas facetas: a que envolve compras e a que envolve treinamento. E) n.d.a. 138 - Assinale a única alternativa que não apresenta erro na conjugação do verbo: A) Quando meu advogado soube que o guarda me detera no trânsito, tomou todas as providências. B) As provas que contessem menos erros seriam premiadas. C) Quando você vir a São Paulo, traga-me as fotos. D) Se você vir meu amigo, entregue-lhe esta carta. E) n.d.a. 139 - Assinale a alternativa em que a pontuação esteja correta: A) Quero que, assine o contrato. B) O reitor daquela famosa universidade italiana, chegará aqui amanhã. C) São José dos Campos 15 de março de 1999. D) Ele não virá hoje, não contem, portanto, com ele. E) n.d.a. 140 - Indique, entre as alternativas abaixo, a que poderia substituir a palavra destacada, sem alteração do sentido da frase: Não há crime onde não houve aquiescência. A) arrependimento B) conhecimento C) consentimento D) intenção E) n.d.a. 141 - Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente. A) torácico - privilégio - lagartixa B) toráxico - privilégio - lagartixa C) torácico - previlégio - largatixa D) toráxico - previlégio - largatixa E) n.d.a. 142 - Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente. A) cabeçário - empecilho - irrequieto B) cabeçalho - empecilho - irrequieto C) cabeçalho - impecilho - irriquieto D) cabeçário - impecilho - irriquieto E) n.d.a. 143 - O sentido do prefixo está corretamente explicado no parênteses em: A) prever (antigüidade) B) adnominal ( longe de) C) pospor ( posterioridade) D) circunscrever ( movimento interno) E) n.d.a. 144 - Os prefixos indicativos de duplicidade, afastamento e movimento em torno estão, nessa ordem em: A) ambidestro - deslocar - circunvagar B) bisavô - abuso - percorrer C) biênio - propor - retornar D) dissimulado - distanciar - sobrevoar E) n.d.a. 145 - O sufixo exprime a idéia de agente em: A) gloriosa B) vendedor C) abdicação D) horrível E) n.d.a. 146 - A divisão silábica está correta em: A) gno-mo, a-bs-cis-sa, egip-cio B) g-no-mo, abs-cis-sa, egip-ci-o C) gno-mo, a-bs-cis-as, e-gip-cio D) gno-mo, abs-cis-sas, e-gip-cio E) n.d.a. 147 - A divisão silábica está correta em: A) pe-rs-pec-ti-va, a-rac-ni-deo, Pa-ra-gu-ai B) per-spec-ti-va, a-rac-ní-de-o, Pa-ra-guai C) pe-rs-pec-ti-va, arac-ni-deo, Pa-ra-gu-ai D) pers-pec-ti-va, a-rac-ni-deo, Pa-ra-guai E) n.d.a. 148 - O emissor enuncia o fato de maneira duvidosa com o modo: A) subjuntivo B) indicativo C) imperativo D) infinitivo E) n.d.a. TESTES - PORTUGUÊS 16 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 149 - O plural do adjetivo composto está correto em: A) Houve intervenções médicos-cirúrgicas. B) As moças usavam blusas azul-marinho. C) As meninas usavam saias azuis-pavão. D) Os caminhos recens-abertos são íngremes. E) n.d.a. 150 - Os superlativos absolutos sintéticos de célebre, amargo e cruel são, respectivamente: A) celebríssimo - amarguíssimo - crudelíssimo B) celebérrimo - amarguíssimo - cruelíssimo C) celebérrimo - amaríssimo - crudelíssimo D) celebrissimo - amarissimo - cruelíssimo E) n.d.a. 151 - Todas as palavras estão corretamente grafadas na frase: A) Orçados os custos gerais da campanha, impuzeram-se ríjidas restrições às despesas atinentes à publicidade. B) A obtenção de recursos extras constitui a meta prioritária, no momento; não há outro jeito de implementar este plano. C) Seu modo de agir lembra-me os tregeitos dos ilusionistas: os movimentos dispersivos discimulam o gesto essencial. D) O Ivo, sempre incalto, serviu à causa do adversário; faltou-lhe a acessoria de um correlegionário mais experiente. E) As pessoas impúdicas vêem como natural a exposição das crianças às torpesas dos famigerados programas populares. 152 - A flexão de todos os verbos está correta na frase: A) Caso não ajam a tempo, pediremos que seja estendido o prazo de apresentação de seus documentos. B) Assim que reavermos nossas malas, remarcaremos as passagens. C) Os portões que se vêm nos casarões antigos detêm nosso olhar, tantos são os detalhes que neles surpreendemos. D) Quando eles reverem o caso, haverão de chegar a novas conclusões. E) Os policiais que os deteram, na manhã de ontem, há muito vêm agindo de modo arbitrário. 153 - A frase inteiramente correta quanto à concordância verbal é: A) Por que se permite as cenas de violência, de que estão recheadas a televisão brasileira? B) As pessoas que se vem mostrando satisfeitas com o país são as beneficiárias das medidas que se veio implantando. C) Se qualquer um de nós lhes emprestássemos apoio, mereceriam o repúdio de toda a população. D) Por mais que os espantem a surpresa dos novos fatos, ainda não lhes falta a capacidade das iniciativas. E) Será que ainda é possível prever as manobras do governo, neste cenário econômico que se caracteriza por tantas incógnitas? 154 - Bastam de provocações! - foi o grito que puderam ouvir os que se achavam próximos do presidente da Assembléia, quando já fazia dez minutos que nenhum dos parlamentares da oposição conseguia ir além da primeira frase, no momento de se encaminhar as votações. Em respeito às normas de concordância verbal, é preciso corrigir as seguintes formas do texto acima: A) bastam e fazia. B) bastam e encaminhar. C) conseguia e encaminhar. D) fazia e conseguia. E) fazia e encaminhar. 155 - Há ERRO de construção no segmento sublinhado da frase: A) A defesa dos réus está estribada em forte argumentação. B) Nosso gesto é ilustrativo do desânimo que tomou conta de nós. C) Ela usou expressões que não são cabíveis numa ata oficial. D) Consternado com o fato, pediu demissão. E) Agi de modo a demonstrar uma estrita observância com as leis. 156 - Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase: A) É um velho experiente, a cuja memória todos recorrem. B) São grosseiros os erros aos quais ele vem incorrendo. C) Eis as terras a cujas o rio vem poluindo. D) Desconfio dos dados de que foram coligidos nesta pesquisa. E) O cargo em cujo ele seria empossado continuará vago. 157 - A impropriedade no emprego do léxico torna absurdo o sentido da frase: A) Ele costuma agir com cautela, não obstante haver demonstrado alguma afoiteza na última medida que tomou. B) Ao contrário de seu irmão, um notório delinquente, ele jamais deixou de agir com a mais absoluta retidão. TESTES - PORTUGUÊS 17 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUALDE ESTUDOS CURSO OFICIAL C) Alcoólatra redimido, José faz questão de se pôr à prova, não fugindo às reuniões em que a bebida é farta. D) Dado que não pude ratificar o meu voto no segundo escrutínio, meu representante legal encarregou-se de confirmá-lo. E) Tanto subestimaram a força do adversário que acabaram por lhe infligir retumbante derrota. 158 - ...... seja promovida, ela dará uma festa, ...... ninguém ponha em dúvida seu sincero e imediato reconhecimento. A frase acima ganha sentido lógico e completo preenchendo-se as lacunas, respectivamente, com as expressões: A) Mesmo que - para que B) Embora - a fim de que C) Tão logo - mesmo que D) Ainda que não - tão logo E) Não obstante - a menos que 159 - Indique o período inteiramente correto quanto à pontuação. A) Passados os primeiros dias de recuperação o médico, buscando animar o doente disse-lhe que talvez, em mais uma semana, viesse a lhe dar alta. B) Fosse pelo cansaço, fosse pelo desânimo, o fato é que: não pude ler toda a bibliografia da prova, que deveria fazer, dali a três dias. C) Diante do juiz o advogado reiterou, que seu cliente ainda não reunia as mínimas condições para depor, em tão complicado processo. D) É possível que, contrariando todas as expectativas, o candidato venha a renunciar, em benefício, segundo dizem, da maior união no partido. E) Tirei o passaporte, compareci à agência de turismo, e para minha surpresa me disseram que, as passagens para a Espanha, já haviam sido vendidas. 160 - Indique o período cuja redação está inteiramente clara e correta. A) Resultou frustrada a nossa expectativa de adquirir bons livros, já que, na tão decantada liqüidação daquela grande livraria, só havia títulos inexpressivos. B) Os incentivos fiscais constituem uma questão complicada, pois segundo alguns, a iniciativa privada recebe benefícios onde a contrapartida em criação de empregos é insuficiente. C) Naquele editorial da revista não ficou claro a posição do mesmo, seja porque o editorialista de fato não o desejasse, ou então porque a redação dele não o permitiu. D) Com o fim do rodízio no trânsito, espera- se que ele aumente, voltando a terem problemas de congestionamento justamente quando todos saem ou voltam para casa. E) É uma ilusão imaginarmos que se pode estar atualizados com os equipamentos de informática, cuja novidade é tão grande que não se imagina podermos acompanhá-los. 161 - Ache o verbo que está erradamente conjugado no presente do subjuntivo: A) requera ; requeras ; requera ; requeiramos ; requeirais ; requeram B) saúde ; saúdes ; saúde ; saudemos ; saudeis ; saúdem C) dê ; dês ; dê ; demos ; deis ; dêem D) pula ; pulas ; pula ; pulamos ; pulais ; pulam E) frija ; frijas ; frija ; frijamos ; frijais ; frijam 162 - Assinale a alternativa falsa: A) o presente do subjuntivo, o imperativo afirmativo e o imperativo negativo são tempos derivados do presente do indicativo; B) os verbos progredir e regredir são conjugados pelo modelo agredir; C) o verbo prover segue ver em todos os tempos; D) a 3.ª pessoa do singular do verbo aguar, no presente do subjuntivo é : ágüe ou agúe; E) os verbos prever e rever seguem o modelo ver. 163 - Marque o verbo que na 2ª pessoa do singular, do presente do indicativo, muda para e o i que apresenta na penúltima sílaba? A) imprimir B) exprimir C) tingir D) frigir E) erigir 164 - Indique onde há erro: A) os puros-sangues simílimos B) os navios-escola utílimos C) os guardas-mores agílimos D) as águas-vivas aspérrimas E) as oitavas-de-final antiqüíssimas 165 - Marque a alternativa verdadeira: A) o plural de mau-caráter é maus-caráteres; B) chamam-se epicenos os substantivos que têm um só gênero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos; C) todos os substantivos terminados em -ão formam o feminino mudando o final em –ã ou - ona; D) os substantivos terminados em -a sempre são femininos; E) são comuns de dois gêneros todos os substantivos ou adjetivos substantivados terminados em -ista. TESTES - PORTUGUÊS 18 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 166 - Identifique onde há erro de regência verbal: A) Largue essas bobagens, menino! B) O funcionário abdicou todos os seus direitos. C) Atentem no que acaba de dizer o Presidente! D) O filho queria poupar o pai de mais um desgosto. E) A inabilidade do motorista redundou em grave acidente. 167 - Abaixo, há uma frase onde a regência nominal não foi obedecida. Ache-a: A) Éramos assíduos às festas da escola. B) Os diretores estavam ausentes à reunião. C) O jogador deu um empurrão ao árbitro. D) Nossa casa ficava rente do rio. E) A entrega é feita no domicílio. 168 - Marque a afirmativa incorreta sobre o uso da vírgula: A) usa-se a vírgula para separar o adjunto adverbial anteposto; B) a vírgula muitas vezes pode substituir a conjunção e; C) a vírgula é obrigatória quando o objeto pleonástico for representado por pronome oblíquo tônico; D) a presença da vírgula não implica pausa na fala; E) nunca se deve usar a vírgula entre o sujeito e o verbo. 169 - Marque onde há apenas um vocábulo erradamente escrito: A) abóboda ; idôneo ; mantegueira ; eu quiz B) viço ; sócio-econômico ; pexote ; hidravião C) hilariedade ; caçoar ; alforje ; apasiguar D) alizar ; aterrizar ; óbulo ; teribintina E) chale ; umedescer ; páteo ; obceno 170 - Identifique onde não ocorre a crase: A) Não agrade às girafas com comida, diz o cartaz. B) Isso não atende às exigências da firma. C) Sempre obedeço à sinalização. D) Só visamos à alegria. E) Comuniquei à diretoria a minha decisão. 171 - Dadas as palavras: 1) des-a-ten-to 2) sub-es-ti-mar 3) trans- tor-no constatamos que a separação silábica está correta: A) apenas em 3 B) apenas em 2 C) apenas em 1 D) em todas as palavras E) n.d.a. 172 - Assinale a alternativa em que a palavra não tem suas sílabas corretamente separadas: A) in-te-lec-ção B) cre-sci-men-to C) oc-ci-pi-tal D) ca-a-tin-ga E) n.d.a. 173 - Assinale a alternativa em que o elemento mórfico em destaque está corretamente analisado: A) menina (-a): desinência nominal de gênero; B) gasômetro (-ô-): vogal temática de 2a conjugação; C) amassem (-sse-): desinência de 2a pessoa do plural; D) cantaríeis (-is-): desinência do imperfeito do subjuntivo; E) n.d.a. 174 - Na Frase: Precisa-se de trabalhadores, a Voz do Verbo é: A) Reflexiva B) Passiva C) Ativa D) Recíproca E) n.d.a. 175 - Assinale a alternativa correta quanto à Concordância Verbal: A) Sou eu que primeiro saio. B) É cinco horas da tarde. C) Da cidade à praia é dois quilômetros. D) Dois metros de tecido são pouco. E) n.d.a. 176 - Assinale a frase em que há erro de concordância: A) Os sertões possuem um sopro épico. B) Promove-se festas beneficentes na minha comunidade. C) Há dois anos, os Estados Unidos invadiram a Líbia. D) Fui eu quem resolveu a adoção de tal medida. E) n.d.a. 177 - Os pronomes: meu, nosso, seu, são classificados como: A) pessoal B) possessivo C) interrogativo D) indefinido E) n.d.a. 178 - Assinale o vocábulo incorreto quanto à acentuação das oxítonas: A) pitú B) baú C) Piauí D) caju E) n.d.a. TESTES - PORTUGUÊS 19 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL179 - Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acentuado: A) ítens B) ítem C) hífen D) rítmo E) n.d.a. 180 - Assinale o uso correto da crase: A) Tomou remédio gota à gota; B) Gosto muito de andar à pé; C) Vou à praia aos domingos; D) O livro foi dado à João; E) n.d.a. Leia, atentamente, os textos I e II para responder às questões de 181 a 08. TEXTO I Cidadezinha qualquer Casas entre bananeiras Mulheres entre laranjeiras Pomar amor cantar. Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar. Devagar... as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. 2. ed. São Paulo: Abril, 1982, p. 37.) TEXTO II Cidadezinha Qualquer versus Nadópolis 1. Cidadezinha Qualquer, os leitores fiquem sabendo logo, é uma cidade comum localizada em uma região distante de um longínquo país. O que os leitores não sabiam ainda, pois eu ainda não lhes contei, e agora conto, é que existe uma cidade chamada Nadópolis, sede de um município fronteiriço com Cidadezinha Qualquer. (...) Nadópolis era uma cidade meio antipática mesmo. Não, não era birra dos cidadãos cidadequalquerianos: Nadópolis tinha um ar arrogante e antipático! A começar pelo nome pomposo. Esse “polis” grego e sofisticado no final do nome, essa pose forçada que destoa do ambiente natural da região, renega a história... Isso para não falar da mania que tinham os nadopolenses de apregoar as vantagens de viver em um município como o seu. Era comum ouvi-los dizer: 2. - “Nadópolis é a cidade mais porreta da região; lá todo mundo veve bem e nóis não tem os pobrema qui as outra cidade de perto tudo tem...” 3. Para que os leitores não julguem o autor muito parcial é bom que se diga: realmente Nadópolis era mais próspera do que Cidadezinha Qualquer. Graças ao incremento de sua agricultura e à grande soma de recursos e trabalho que isto envolve, Nadópolis, àquela época, vivia o seu período de esplendor. Grandes e suntuosas construções erguiam-se por toda parte, o comércio local atraía compradores de toda a proximidade, a vida noturna era agitadíssima. Grupos de visitantes eram levados para pontos estratégicos para serem orientados por um agente turístico sobre as maravilhas da cidade. Como não podia deixar de ser, a arrecadação da Prefeitura local também era das melhores. 181 -. Compare o Texto I com o Texto II e avalie as afirmativas. I. No Texto I, o último verso funciona como elemento surpresa, pois introduz um comentário que muda totalmente a proposta do poema. II. No Texto II, o narrador confere um tom irônico e bem-humorado à narrativa e faz uso da gíria para caracterizar a fala dos habitantes do lugar. III. Nos dois textos, as cidades às quais os autores se referem são reais, embora apresentem também características fantasmagóricas. IV. No Texto II, em alguns momentos, o narrador dialoga com o leitor, na tentativa de torná-lo cúmplice do que pretende relatar. Está de acordo com os textos o que se afirma SOMENTE em a) I. b) II e III. c) I e IV. d) I, II e IV. 182 - Considere as afirmações seguintes e assinale a CORRETA. a) Os termos “cidadequalquerianos” e “nadopolenses” (Texto II) constituem neologismos, entendendo-os como aquelas unidade lexicais que são sentidas como novas na comunidade linguística. b) O título do Texto II tem uma conotação negativa expressa pela noção de insuficiência contida na palavra “versus” c) Uma das diferenças entre os textos I e II é que o Texto II apresenta uma redação que não exige tanta inferência e não carrega tanto conteúdo pressuposto no Texto I. d) No Texto II há alternância de traços narrativos e dissertativos ao longo dos parágrafos, com ausência de traços descritivos mesclados a comentários interpretativos. 183 - Transpondo corretamente para a voz ativa a oração “para serem orientados por um agente turístico” (Texto II, § 3), obtém-se: TESTES - PORTUGUÊS 20 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL a) para que fossem orientados por um agente turístico. b) para um agente turístico os orientarem. c) para que um agente turístico lhes orientassem. d) para um agente turístico instruí-los. 184 - Sobre o Texto I, é possível afirmar que o poema. a) mostra, com sentimento piedoso e comiseração, o desajuste existencial do homem diante da vida. b) aborda, com uma linguagem sintética, a monotonia e o tédio que predominam em pequenas cidades do interior. c) enfoca uma preocupação de ordem política e social que sintetiza o “sentimento do mundo” do sujeito lírico. d) enfatiza uma visão nostálgica do passado, por meio de uma linguagem simples e pouco elaborada. 185 - No texto I, constitui um ingrediente discursivo utilizado pelo poeta. a) o uso também da linguagem coloquial, que se desvia do padrão culto da língua. b) a exposição argumentativa de ideias, que se efetiva pela ausência de linguagem figurada. c) a linguagem verbal articulada com situações imagéticas, para dar mais veracidade aos fatos. d) os recursos de natureza narrativa que visam a estabelecer um constante diálogo com o leitor. GABARITO 001-A 002-D 003-C 004-E 005-D 006-C 007-A 008-D 009-C 010-D 011-A 012-D 013-B 014-C 015-D 016-B 017-D 018-C 019-B 020-B 021-A 022-B 023-C 024-B 025-E 026-B 027-C 028-E 029-B 030-E 031-A 032-D 033-E 034-C 035-A 036-B 037-D 038-E 039-D 040-B 041-B 042-A 043-C 044-C 045-C 046-B 047-E 048-D 049-C 050-A 051-C 052-D 053-C 054-E 055-D 056-C 057-B 058-B 059-A 060-E 061-D 062-C 063-D 064-A 065-C 066-B 067-D 068-C 069-D 070-A 071-B 072-C 073-E 074-C 075-A 076-B 077-E 078-A 079-B 080-A 081-B 082-D 083-C 084-D 085-A 086-C 087-C 088-C 089-A 090-D 091-B 092-C 093-B 094-D 095-C 096-C 097-D 098-B 099-D 100-B 101-D 102-C 103-C 104-A 105-C 106-B 107-C 108-A 109-D 110-E 111-E 112-A 113-A 114-D 115-B 116-C 117-D 118-B 119-D 120-C 121-C 122-E 123-A 124-C 125-D 126-A 127-D 128-E 129-B 130-D 131-C 132-C 133-D 134-A 135-A 136-B 137-B 138-D 139-D 140-C 141-A 142-B 143-C 144-A 145-B 146-D 147-D 148-A 149-B 150-C 151-B 152-A 153-E 154-B 155-E 156-A 157-E 158-C 159-D 160-A 161-A 162-C 163-D 164-B 165-E 166-D 167-A 168-C 169-B 170-A 171-A 172-B 173-A 174-B 175-A 176-B 177-B 178-A 179-C 180-C 181-C 182-A 183-D 184-B 185-A TESTES - PORTUGUÊS 21 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL TEXTO 1 (questões de 01 a 04) A importância da participação da família no desenvolvimento da criança é indiscutível, mas, neste século, os pais deixaram de lado a educação dos filhos, já que esperam que tudo venha da escola. Sem a transmissão de valores, a criança tem dificuldade em processar mentalmente estímulos, de relacionar fatos e estabelecer a importância entre eles. Deixa, portanto, de aprender com os erros do passado. O processo de mediação pode estar presente em qualquer situação do dia a dia. Numa viagem de férias, uma mãe estará mediando o aprendizado de seu filho, ao juntar ao lazer algumas histórias sobre o local, ao chamar a atenção para a arquitetura ou o comportamento das pessoas.MORAES, Rita. Deixe-me pensar. Isto é, 30 jun.1998. (Adaptado) 01. Segundo o texto 1, A) o processo ensino-aprendizagem é bastante discutido nos contextos sociais. B) inegavelmente, é de grande significância o papel da família no tocante ao desenvolvimento da criança. C) indubitavelmente, na atualidade, família e escola caminham sempre juntas em prol da formação das crianças. D) é incontestável que hoje a escola pouco participa do desenvolvimento da criança. E) a relevante atuação da família no desenvolvimento da criança tem gerado discussões calorosas e bastante frutíferas. 02. Existe, em uma das alternativas, uma mensagem que NÃO foi apontada pelo texto 1. Assinale-a. A) A não transmissão de valores às crianças gera grande prejuízos em relação ao seu desenvolvimento. B) Neste século, tem sido pouco expressiva a contribuição dos pais no tocante à educação dos filhos. C) A mediação no processo educacional entre pais e filhos existe exclusivamente em momentos emergenciais. D) Na atualidade, os pais delegam à escola a responsabilidade de educar os seus filhos. E) Sem estar consciente dos valores, a criança não tem condições de relacionar fatos e indicar a relevância existente entre eles. 03. Observe os termos abaixo sublinhados. Em seguida, assinale a alternativa que apresenta a justificativa CORRETA para o acento existente no termo sublinhado. A) "A importância da participação da família no desenvolvimento da criança..." - paroxítona terminada em hiato. B) "...a criança tem dificuldade em processar mentalmente estímulos..." - a tonicidade recai na penúltima sílaba. C) "Numa viagem de férias, uma mãe estará mediando o aprendizado..." - proparoxítona terminada em ditongo. D) "A importância da participação da família no desenvolvimento da criança é indiscutível..." - paroxítona terminada em “l”. E) "...mas neste século, os pais deixaram de lado a educação dos filhos..." - a tonicidade recai na penúltima sílaba. 04. Observe o fragmento de texto abaixo: "Numa viagem de férias, uma mãe estará mediando o aprendizado de seu filho, ao juntar ao lazer algumas histórias sobre o local." Sobre ele, tem-se que: A) o verbo sublinhado exige um complemento apenas, e este vem regido de preposição. B) "sobre o local" se liga ao termo "histórias", sendo exemplo, portanto, de regência nominal. C) "algumas histórias" é o único complemento do verbo sublinhado e não vem regido de preposição. D) "ao lazer" se liga ao verbo sublinhado, exprimindo circunstância modal. E) o verbo sublinhado não pede complemento. TEXTO 2 (questões 05 e 06) LEMBRANÇA DO MUNDO ANTIGO Clara passeava no jardim com as crianças. O céu era verde sobre o gramado, a água era dourada sob as pontes, outros elementos eram azuis, róseos, alaranjados, o guarda-civil sorria, passavam bicicletas, a menina pisou a relva para pegar um pássaro, o mundo inteiro, a Alemanha, a China, tudo era tranquilo em redor de Clara. As crianças olhavam para o céu: não era proibido. A boca, o nariz, os olhos estavam abertos. Não havia perigo. Os perigos que Clara temia eram a gripe, o calor, os insetos. Clara tinha medo de perder o bonde das 11 horas, esperava cartas que custavam a chegar. Nem sempre podia usar vestido novo. Mas passeava no jardim, pela manhã!!! Havia jardins, havia manhãs naquele tempo!!! ANDRADE, Carlos Drummond de. In: Sentimento do mundo. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro. José Aguilar, 1973. p. 115. TESTES - PORTUGUÊS 22 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 05. Do texto 2, extrai-se que A) Clara era uma adolescente inquieta que abominava a natureza. B) o cenário retratado por Drummond se cercava de uma misantropia ímpar. C) às vezes, Clara se via privada de adquirir roupas novas. D) a personagem do poema receava ser impedida de viajar de trem. E) a entrega de correspondência se processava com muita pontualidade. 06. Sobre Sinais de Pontuação, analise os itens abaixo: I. "...outros elementos eram azuis, róseos, alaranjados..." II. "A boca, o nariz, os olhos estavam abertos." III. "Havia jardins, havia manhãs naquele tempo!!!" IV. "...o guarda-civil sorria, passavam bicicletas..." V. "Os perigos que Clara temia eram a gripe, o calor, os insetos." VI. "nem sempre podia usar vestido novo. Mas passeava no jardim, pela manhã!!! " Em apenas uma das alternativas abaixo, a justificativa está em consonância com as normas vigentes em relação ao emprego da vírgula. Assinale-a. A) No item I, as vírgulas separam orações coordenadas. B) Apenas nos itens I e II, as vírgulas separam elementos de mesma função sintática. C) No item III, as exclamações poderiam ser substituídas por um ponto e vírgula. D) Nos itens IV e V, as vírgulas obedecem à mesma regra de pontuação das vírgulas existentes nos itens II e III. E) No item VI, a vírgula isola adjuntos adverbiais. TEXTO 3 (questão 07 e 08) Cena do crime Doutor Fé Para vencer um gigante, devemos ir até ele, ir à ―cena do crimeǁ, como dizem os policiais. Fugir é a pior das escolhas. Ao fugir, junto também foge a sua chance de tornar-se um grande guerreiro. 07. De acordo com o texto 3, A) para os policiais, a fuga é uma estratégia de ação de grande valia. B) caso o policial fuja, ampliam-se as chances de ele ser evidenciado. C) evadir-se do local do crime concorre para premiar policiais guerreiros. D) para se tornar guerreiro, o policial precisa vencer as adversidades. E) ser arrogante nos momentos cruciais põe em evidência a vida do policial. 08. Analise os comentários abaixo sobre o texto 3: I. No trecho "à cena do crime", a crase é facultativa. II. O termo "como" inicia uma oração subordinada comparativa. III. No trecho "foge a sua chance de tornar- se...", a crase é facultativa, considerando-se estar diante de pronome possessivo. Está INCORRETO o que se afirma em A) I, apenas. B) II, apenas. C) I e II, apenas. D) I e III, apenas. E) I, II e III. TEXTO 4 (questão 09) UM CORPO ESTENDIDO NO CHÃO Autor desconhecido - Mãe, há um corpo estendido no chão. - O que você está dizendo, Pedrinho? - É isso, mãe, um homem foi morto lá na esquina. - Nossa! O que vamos fazer agora? Juntos, mãe e filho, apavorados, corriam de um lado para o outro, atônitos. Chega um carro e, vagarosamente, decide parar próximo ao local do incidente. Desce um homem, uma mulher, ambos aparentando 50 anos. Uma criança permanece no automóvel. Ainda bebê, de quase 06 meses, dorme tranquila. Havia rumores de que, bêbado, o homem caído, um adulto de seus quase 60 anos, tentara atravessar a avenida, e um carro desenvolvendo alta velocidade o deixara estendido no chão. Não um crime, mas uma irresponsabilidade humana, mais uma vítima de alcoolismo. 09. Observe os fragmentos do texto 4, relacionados abaixo: I. "Juntos, mãe e filho, apavorados, corriam de um lado para o outro, atônitos. Chega um carro e, vagarosamente, decide parar próximo ao local do crime." II. "Desce um homem, uma mulher, ambos aparentando 50 anos." III. "Havia rumores de que, bêbado, o homem caído..." Sobre eles, está CORRETO o que se afirma na alternativa: A) No item I, caso o sujeito fosse composto de dois termos femininos, os adjetivos "juntos", "apavorados" e "atônitos" se manteriam inalterados em sua grafia. B) No item II, estaria correto também se o verbo sublinhado estivesse no plural, concordando com ambos os sujeitos. TESTES - PORTUGUÊS 23 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIALMANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL C) No item III, se o verbo sublinhado fosse substituído por "existir", mantendo-se o mesmo tempo verbal, estaria correto o trecho: Existia rumores de que, bêbado, o homem caído... D) "de que, bêbado, o homem caído, um adulto de seus quase 60 anos, tentara atravessar a avenida..." - se o termo "homem" fosse substituído por "mulher", estaria correto o trecho: de que, bêbada, a mulher caída, um adulto de seus quase 60 anos, tentou atravessar a avenida... E) "Uma criança permanece no automóvel. Ainda bebê, de quase 06 meses, dorme tranquila." - se o termo sublinhado fosse permutado por "duas", mantendo-se o tempo verbal dos verbos, estaria correto o seguinte trecho: Duas crianças permaneceram no automóvel. Ainda bebês de quase 6 meses, dormiam tranquilas. 10. Sobre REDAÇÃO OFICIAL, assinale a alternativa CORRETA. A) Memorando é um tipo de comunicação existente entre unidades administrativas de órgãos diferentes. B) Vossa Excelência deve ser usado apenas para Presidente e Vice-Presidente da República e Ministros de Estado. C) O termo "Atenciosamente" é usado em fecho destinado a autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. D) Caso se dirija a autoridades governamentais, a redação admite termos rebuscados e linguagem um tanto complexa. E) O que caracteriza a redação dos documentos oficiais é a pessoalidade, a imprecisão e a falta de clareza. Leia o texto abaixo e responda ao que se pede. Existe no Oceano Pacífico uma ilha feita de duas montanhas. É como se alguém tivesse colado dois grandes montes de terra no meio do mar. A maior chama-se Tristeza e a menor, Alegria. Dizem que há muitos anos atrás a Alegria era maior e mais alta que a Tristeza. Dizem também que, por causa de um terremoto, parte da Alegria caiu no mar e afundou, deixando a montanha do jeito que está hoje. Ninguém sabe se isso é mesmo verdade. Verdade é que ao pé desses dois cumes, exatamente onde eles se encontram, mora uma menina chamada Aleteia e sua avó. Aleteia e a avó são como as montanhas: duas pessoas que estão sempre juntas. Hoje Aleteia é menor, mais baixa que sua avó; acontece que daqui a algum tempo, ninguém sabe quando, Aleteia vai acordar e estará mais alta que a avó. Aleteia vai crescer e eu acho que, quando esse dia chegar, elas ainda estarão juntas. Igual às montanhas da ilha. Um dia Aleteia perguntou: “Vovó, quem fez o mundo?”, e sua avó respondeu: “Deus”. - Todo ele? - Sim, todo. - Sozinho? - Sim, sozinho. Aleteia saiu da sala com aquela conversa na cabeça. Não estava convencida. Pensou muito a respeito do assunto. Para raciocinar melhor, saiu para caminhar e caminhou muito pela ilha. Pensava sozinha, pensava em voz alta e começou a dividir seus pensamentos com as coisas que lhe apareciam pelo caminho: folhas, árvores, pedras, formigas, grilos, etc. Deus tinha criado o mundo sozinho? (KOMATSU, Henrique. A menina que viu Deus. p.3-6, formato eletrônico, fragmento.) 11. Segundo o autor, na ilha, a diferença entre as montanhas de hoje e as de antigamente era que: (A) as duas eram da mesma altura. (B) a Tristeza era mais alta que a Alegria. (C) a Alegria era mais alta que a Tristeza. (D) eram coloridas e agora não. 12. De acordo com o texto, o fato de a montanha Alegria estar na condição em que está atualmente se deve a: (A) terremoto. (B) um vendaval. (C) uma tempestade. (D) uma erupção vulcânica. 13. As personagens do texto que residem na ilha são: (A) Aleteia e a mãe. (B) Aleteia e a avó. (C) A mãe de Aleteia e a avó. (D) Aleteia com os irmãos. 14. A maior curiosidade da menina, conforme o texto era saber: (A) sobre o mundo das formigas. (B) como se formou a ilha. (C) por que Alegria diminuiu. (D) quem fez o mundo. 05 A frase do texto que indica a descrença na 15. A resposta da avó é: (A) “- Todo ele?” (B) “ – Sozinho?” (C) “Não estava convencida” (D) “Vovó quem fez o mundo?” TESTES - PORTUGUÊS 24 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 16. Dentre as alternativas abaixo, a que apresenta um elemento da natureza com o qual a menina NÃO compartilhou suas dúvidas é: (A) grilos. (B) pedras. (C) nuvens. (D) árvores. 17. Os nomes das montanhas Tristeza e Alegria formam um par de: (A) antônimos. (B) sinônimos. (C) homônimos. (D) parônimos. 18. Das frases abaixo, a que NÃO apresenta uma comparação é: (A) Aleteia e a avó são como montanhas. (B) Hoje Aleteia é menor, mais baixa que sua avó. (C) Aleteia vai acordar e estará mais alta que a avó. (D) Pensou muito a respeito do assunto. 19. Em “... ao pé desses dois ciúmes...” a palavra destacada significa: (A) local íngreme de um terreno. (B) parte mais alta de um monte. (C) parte mais elevada do telhado. (D) onde se planta cominho. 20. Para o preenchimento CORRETO das lacunas na frase “A menina não tinha o ________ costume de duvidar da avó, _______, naquele assunto,________ havia terminado a conversa, ela foi perguntar à natureza.”, empregam-se, respectivamente, as formas: (A) mau, mais, mal. (B) mau, mas, mal. (C) mal, mas, mau. (D) mal, mais, mal. 21. Na frase “Aleteia e a avó são como as montanhas:”, o pronome que substitui corretamente a expressão grifada é: (A) ela. (B) eles. (C) nós. (D) elas. 22. No trecho “Existe no Oceano Pacífico uma ilha feita de duas montanhas.”, a palavra grifada segue a mesma regra de acentuação que: (A) árvores. (B) vovó. (C) também. (D) estará. 23. A alternativa em que todas as palavras retiradas do texto apresentam a mesma classe gramatical é: (A) oceano, terra, alta. (B) sobre, para, ela. (C) montanha, ilha, avó. (D) dizem, estão, juntas. 24. Se você __________________ Deus, o que lhe_________________? Completando-se as lacunas com os verbos nos tempos adequados, as formas corretas são: (A) encontrasse / pedirá. (B) encontrar / pediu. (C) encontrasse / pediria. (D) encontrava / pede. 25. Dentre as palavras abaixo, a que NÃO apresenta dígrafo é: (A) terremoto. (B) montanha. (C) pessoas. (D) tristeza. Leia o texto abaixo e responda às questões propostas. Primavera 1 A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega. 2 Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores. 3 Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jaipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende. 4 Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol. 5 Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços TESTES - PORTUGUÊS 25 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL carregados de flores, e vem dançar nestemundo cálido, de incessante luz. 6 Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação. 7 Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento em que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora, se entendeu e amou. 8 Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a euforia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor. 9 Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera. (MEIRELES, Cecília. "Cecília Meireles - Obra em Prosaǁ, Vol. 1. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1998, p. 366.) 26. A respeito do texto pode-se afirmar que: (A) apenas nos bosques e jardins é que se observam as transformações da natureza que anunciam a chegada da primavera. (B) a chegada da primavera é um fenômeno natural de beleza ímpar, que se manifesta pelo movimento do sol e pelas alterações na fauna e na flora. (C) se os homens insistirem em agredir a natureza corre-se o risco de não mais haver o ciclo das estações e, com isso, desaparecer a primavera. (D) a durabilidade da estação da primavera está condicionada aos poetas, porque só estes, entre os humanos, apreciam sua beleza e exuberância. 27. De acordo com o texto, são sinais de chegada da primavera os abaixo relacionados, EXCETO: (A) ―Há bosques de rododentros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jaipur.ǁ (3º §) (B) ―a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.ǁ (6º §) (C) ―e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora, se entendeu e amou.ǁ (7º §) (D) ―lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancosǁ (8º §) 28. ―A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome...ǁ (1º §) Para que seja mantido o sentido original da segunda oração do fragmento acima, pode-se redigi-la da seguinte forma: (A) se bem que ninguém mais saiba seu nome. (B) visto ninguém mais saber seu nome. (C) caso ninguém mais saiba seu nome. (D) a ponto de ninguém mais saber seu nome.4 29. ―...e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.ǁ (1º §) No fragmento acima, as vírgulas foram empregadas para: (A) marcar termo adverbial intercalado. (B) isolar oração adjetiva explicativa. (C) enfatizar o termo sujeito em relação ao predicado. (D) separar termo em função de aposto. 30. ―Há bosques de rododendros...ǁ (3º §) Das alterações feitas na redação da oração acima, está em DESACORDO com as normas de concordância a seguinte: (A) Existem bosques de rododendros. (B) Deve haver bosques de rododendros. (C) Hão de existir bosques de rododendros. (D) Haviam bosques de rododendros. 31. I – ―...e vem dançar neste mundo CÁLIDO, de incessante luz.ǁ (5º §) II – ―...e a eufórbia se vai tornando PULQUÉRRIMA, em cada coroa vermelha que desdobra.ǁ (8º §) III - ―Saudemos a primavera, dona da vida — e EFÊMERA.ǁ (9º §) A opção em que estão expressos, respectivamente, os sinônimos dos adjetivos em destaque acima é: (A) caloroso / belíssima / passageira. (B) apaixonado / riquíssima / interminável. (C) experiente / amabilíssima / momentânea. (D) astucioso / agradabilíssima / perecedoura. TESTES - PORTUGUÊS 26 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 32. A informação sobre o referente do pronome em destaque está INCORRETA em: (A) ―começam a preparar SUA vida para a primavera que chegaǁ (1º §) / habitantes da mata. (B) ―começam a ensaiar as árias tradicionais de SUA naçãoǁ (3º §) / passarinhos. (C) ―para as festas da SUA perpetuaçãoǁ (6º §) / festas. (D) ―E flores agrestes acordam com SUAS roupas de chita multicorǁ (8º §) / flores agrestes. 33. ―...por fidelidade à obscura semente...ǁ (9º §) Das alterações feitas no fragmento acima, há erro no emprego do acento indicativo da crase em: (A) por fidelidade àquela obscura semente. (B) por fidelidade à essa obscura semente. (C) por fidelidade à mesma obscura semente. (D) por fidelidade à nova e obscura semente. 34. ―Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento em que quiserem...ǁ (§ 7) Das alterações feitas na passagem acima, está INADEQUADA a correlação entre os tempos verbais em: (A) Algum dia, talvez, os homens teriam a primavera que desejarem, no momento em que quiserem. (B) Algum dia, talvez, os homens tenham a primavera que desejam, no momento em que queiram. (C) Algum dia, talvez, os homens tivessem a primavera que desejavam, no momento em que queriam. (D) Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejam, no momento em que queiram. 35. ―Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul.ǁ (§ 8) Das alterações feitas na oração adjetiva do período acima, está INADEQUADA ao padrão culto da língua a seguinte: (A) prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, aos quais são atribuídas funções primaveris. (B) prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, sob os quais reflete o nascer do sol. (C) prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, para os quais a natureza acena. (D) prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, cujos beijinhos tanto agradam ao ar azul. 36. Texto 1 Como toda publicidade, esta (texto 1) também deseja vender o produto anunciado; para isso apela para um conjunto de estratégias. Entre as indicadas abaixo, aquela que NÃO pode ser considerada objetivamente como um incentivo à venda do refrigerador acima é: (A) indicar a quantidade de portas (1) e sua capacidade de 239 litros; (B) mostrar na quantidade de estrelas a opinião dos consumidores; (C) revelar a redução do preço do produto, de R$1.049 para R$899; (D) possibilitar ao consumidor várias formas de pagamento; (E) encaminhar o cliente para a possibilidade de compartilhamento de informações. 37. O cartaz publicitário do refrigerador (texto 1) contém duas frases com a forma verbal no imperativo: “compartilhe este produto” e “veja outras formas de pagamento”. O valor desse modo verbal nas frases destacadas é o de: (A) impor uma vontade ao interlocutor; (B) incentivar o leitor a fazer algo; (C) ordenar ao cliente a execução de uma ação; (D) pedir ao consumidor a realização de uma tarefa; (E) aconselhar o comprador a executar um ato. Texto 2 - “A primeira missão tripulada ao espaço profundo desde o programa Apollo, da década 1970, com o objetivo de enviar astronautas a Marte até 2030 está sendo preparada pela Nasa (agência espacial norte- americana). O primeiro passo para a concretização desse desafio será dado nesta sexta-feira (5), com o lançamento da cápsula Orion, da base da agência em Cabo Canaveral, na Flórida, nos Estados Unidos. O lançamento estavaprevisto originalmente para esta quinta- TESTES - PORTUGUÊS 27 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL feira (4), mas devido a problemas técnicos foi reagendado para as 7h05 (10h05 no horário de Brasília).” (Ciência, Internet Explorer). 38. Esse fragmento de um texto informativo mostra um conjunto de elementos que estruturam esse gênero textual; o elemento que aparece inadequadamente identificado é: (A) o quê / a primeira missão tripulada a Marte; (B) quando / na década de 1970; (C) onde / Cabo Canaveral, na Flórida; (D) para quê / enviar astronautas a Marte; (E) quem / Nasa, agência espacial norte- americana. 39. Os segmentos abaixo, retirados do texto 2, que documentam formas de voz passiva são: (A) foi reagendado para as 7h05 / está sendo preparada pela Nasa; (B) está sendo preparada pela Nasa / o objetivo de enviar astronautas a Marte; (C) o objetivo de enviar astronautas a Marte / será dado nesta sexta-feira; (D) será dado nesta sexta-feira / o lançamento estava previsto; (E) o lançamento estava previsto / foi reagendado para as 7h05. 40. O segmento do texto 2 que mostra uma participação do enunciador no texto informativo é: (A) “A primeira missão tripulada ao espaço profundo desde o programa Apollo, da década 1970, com o objetivo de enviar astronautas a Marte até 2030”; (B) “ O primeiro passo para a concretização desse desafio será dado nesta sexta-feira (5)”; (C) “... com o lançamento da cápsula Orion, da base da agência em Cabo Canaveral, na Flórida, nos Estados Unidos”; (D) “O lançamento estava previsto originalmente para esta quinta-feira”; (E) “...devido a problemas técnicos foi reagendado para as 7h05 (10h05 no horário de Brasília)”. 41. A preocupação com a precisão informativa só NÃO está presente, no texto 2, na seguinte circunstância: (A) explicitação da sigla “Nasa”; (B) indicação da sexta-feira referida; (C) identificação da quinta-feira já passada; (D) correspondência de horários EUA e Brasil; (E) revelação da fonte de informações do texto. 42. “O primeiro passo para a concretização desse desafio será dado nesta sexta-feira (5), com o lançamento da cápsula Orion, da base da agência em Cabo Canaveral, na Flórida, nos Estados Unidos.” Transformando o segmento “para a concretização desse desafio” em uma oração desenvolvida, a forma adequada será: (A) para concretizar-se esse desafio; (B) para concretar-se esse desafio; (C) para que se concretize esse desafio; (D) para que esse desafio fosse concretizado; (E) para que esse desafio seja concretado. 43. “com o lançamento da cápsula Orion, da base da agência em Cabo Canaveral, na Flórida, nos Estados Unidos.” Os termos sublinhados se encarregam da localização do lançamento da cápsula referida; o critério para essa localização também foi seguido no seguinte caso: Os protestos contra as cotas raciais ocorreram: (A) em Brasília, Distrito Federal, na região Centro-Oeste; (B) em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, região Sul; (C) em Pedrinhas, São Luís, Maranhão; (D) em São Paulo, São Paulo, Brasil; (E) em Goiânia, região Centro-Oeste, Brasil. Texto 3 – “A Lua Cheia entra em sua fase Crescente no signo de Gêmeos e vai movimentar tudo o que diz respeito à sua vida profissional e projetos de carreira. Os próximos dias serão ótimos para dar andamento a projetos que começaram há alguns dias ou semanas. Os resultados chegarão rapidamente”. 44. O texto 3 é relativo ao horóscopo do signo de Gêmeos, consultado no dia 6 de dezembro de 2014; o exemplo que é inadequado à marca desse tipo de gênero textual é: (A) a presença de formas verbais no futuro, como “vai movimentar”; (B) a predominância de previsões positivas, como “serão ótimos”; (C) a utilização de jargão da área de astrologia, como “entra em sua fase Crescente”; (D) o emprego de vocábulos de sentido pouco específico, como “os resultados chegarão”; (E) o emprego de pronomes diretamente relacionados ao interlocutor, como “em sua fase Crescente”. 45. O texto 3 mostra exemplos de emprego correto do “a” com acento grave indicativo da crase – “diz respeito à sua vida profissional”. TESTES - PORTUGUÊS 28 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL A frase abaixo em que o emprego do acento grave da crase é corretamente empregado é: (A) o texto do horóscopo veio escrito à lápis; (B) começaram à chorar assim que leram as previsões; (C) o horóscopo dizia à cada leitora o que devia fazer; (D) o leitor estava à procura de seu destino; (E) o astrólogo previa o futuro passo à passo. 46. O texto 3 mostra também um emprego adequado de forma do verbo haver em “projetos que começaram há alguns dias ou semanas”. A frase abaixo em que essa mesma forma foi empregada adequadamente é: (A) o horóscopo já estava publicado há cerca de dez dias; (B) o leitor estava há duas horas dali; (C) o astrólogo só será visto daqui há dois anos; (D) o horóscopo não se refere há anos passados; (E) o texto está há 20 centímetros do final da página. Texto 4 - “Será que Jesus Cristo verdadeiramente existiu? Ou têm razão aqueles que o tomam apenas como uma figura lendária, como um símbolo criado para dar sustentação à fé cristã? Esse questionamento ressurge a cada obra literária ou cinematográfica sobre Jesus lançada no mercado, ou a cada descoberta arqueológica divulgada pela comunidade científica e envolvendo o assunto.” (Paul L. Maier, Jesus, verdade ou mito?) 47. O fragmento de texto acima se inclui entre os textos do gênero argumentativo porque: (A) é introduzido por perguntas retóricas; (B) se compromete a relatar fatos; (C) estabelece uma discussão a ser explorada; (D) se refere a um fato histórico; (E) explora um tema ligado à religiosidade. 48. “um símbolo criado para dar sustentação à fé cristã?”; a forma adequada de uma oração desenvolvida correspondente à oração reduzida do fragmento dado é: (A) para que se dê sustentação à fé cristã; (B) para que seja dada sustentação à fé cristã; (C) para a sustentação da fé cristã; (D) para que se desse sustentação à fé cristã; (E) para que sustentassem a fé cristã. Texto 5 – “Dona Custódia não tinha ar de empregada: era uma velha mirrada, muito bem arranjadinha, mangas compridas, cabelos em bandó num vago ar de camafeu – usava mesmo um fechando-lhe o vestido ao pescoço. Mas via- se que era humilde e além do mais impunha dentro de casa certo ar de discrição e respeito...”. (Fernando Sabino) 49. O texto 5 deve ser caracterizado como: (A) argumentativo com tese de caráter pessoal; (B) narrativo com segmentos descritivos; (C) descritivo com segmentos narrativos; (D) narrativo com caráter histórico; (E) descritivo com caracterização física e psicológica. 50. “fechando-lhe o vestido ao pescoço”; nesse segmento do texto 5, o pronome LHE tem o mesmo valor que na frase seguinte: (A) deu-lhe o prêmio merecido; (B) ela lhe entregou a encomenda; (C) beijou-lhe o rosto, envergonhado; (D) o noivo lhe endereçou a carta; (E) recomendou-lhe um novo medicamento. 51. “...mas via-se que era humilde”; o mesmo valor do vocábulo SE aparece na frase seguinte: (A) ela se considerava pessoa de respeito; (B) eles não se viam há longo tempo; (C) precisava-se de mais tempo para a avaliação; (D) entregou-se a foto solicitada; (E) vive-se bem na região Sul. 52. Todas as frases abaixo são do gênero descritivo; aquele quese apoia no sentido táctil, é: (A) a mãe tinha na mão fria a luva de lã áspera; (B) o quarto tinha o aspecto de um brechó; (C) da cozinha emanava uma essência de baunilha; (D) do fundo do corredor vinha a algazarra costumeira; (E) na boca, o azedo da fruta. Texto 6 TESTES - PORTUGUÊS 29 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 53. Na tira do texto 6, a técnica gráfica utilizada é a de mostrar a cena: (A) de longe para perto; (B) de perto para longe; (C) do todo para as partes; (D) das partes para o todo; (E) de baixo para cima. 54. A frase “Deixamos eles bêbados”, dita por Hagar no segundo quadrinho do texto 6, mostra uma linguagem coloquial; a forma adequada à norma culta seria: (A) deixamo-nos bêbados; (B) deixamos-nos bêbados; (C) os deixamos bêbados; (D) deixamo-los bêbados; (E) deixamos-los bêbados. 55. A tira de Hagar (texto 6) é localizada cronologicamente na época dos vikings; graficamente, o item que NÃO apresenta correlação temporal com essa época é: (A) as vestimentas dos personagens; (B) o emprego de espadas; (C) o tipo de construção; (D) as armas de artilharia; (E) a estratégia de ataque. Leia o texto abaixo e responda às questões de 56 a 61. O futebol de hoje, sob o puro aspecto quantitativo, deixa o de ontem longe. É acompanhado por multidões incalculáveis. Tem a televisão a seu serviço, essa máquina de criar fenômenos avassaladores. Movimenta interesses e quantias estratosféricas. Até no Japão e na Coreia – quem imaginaria? - é popular. Uma Copa do Mundo, nos dias que correm, é evento planetário como nenhum outro. Já sob o ponto de vista da qualidade da relação com o torcedor, o futebol atual perde. Havia um vínculo afetivo entre o craque e o clube, o craque e o torcedor e o torcedor e o clube, que foi comprometido. Atentemos, para ter ideia precisa do que se está tentando dizer, em duas diferenças fundamentais entre o futebol de ontem e o de hoje. A primeira diz respeito ao uniforme. Antes, os times apresentavam-se sempre com o mesmo. Vá lá: não era sempre, era quase sempre. Havia ocasiões - uma em cada dez, não mais que isso - em que era preciso trocar de uniforme, pois o do adversário era parecido. Trocava-se então pelo uniforme reserva, que por sua vez era sempre o mesmo, o único e mesmo uniforme reserva. Hoje, o que acontece? O mesmo time pode aparecer com a camisa branca num jogo, listrada no seguinte, cinza no terceiro jogo e com bolinhas e rendas no quarto, isso quando o time alvinegro não se traveste de vermelho, o rubro- negro de verde e o tricolor de um único e inteiriço amarelo. Vale tudo, em favor do contraste que a televisão julgar mais conveniente para a transmissão. A segunda diferença é que os times, antes, permaneciam com as mesmas escalações por anos a fio. Podia haver uma modificação pontual aqui e ali, mas no geral, na base, no núcleo duro, a escalação permanecia a mesma. Pode o jovem leitor imaginar uma coisa dessas? Era um tempo de estabilidade e permanência. Os craques ficavam longamente, muitas vezes a vida inteira, nos mesmos clubes. Em consequência, acabavam se identificando com eles. Não se precisa ir muito longe: isso acontecia ainda nos anos 80. Zico era do Flamengo. Zico era o Flamengo. Roberto Dinamite era do Vasco. Um pouco mais para trás, Ademir da Guia, chamado o Divino, a quem João Cabral de Melo Neto dedicou um poema que lhe descrevia o estilo melhor do que qualquer comentarista esportivo (“Ademir impõe com seu jogo / o ritmo de chumbo (e o peso) / da lesma, da câmara lenta, / do homem dentro do pesadelo”) era do Palmeiras. Era o Palmeiras. E Pelé naturalmente era dos Santos, assim como Garrincha era do Botafogo, apesar das peregrinações por outros clubes impostas pelas humilhações de fim de carreira. Hoje, o que se vê? Tomem-se os craques da seleção, os Edilsons e Luizões da vida. Em que time joga? Mais adequado seria perguntar: em que time está jogando neste momento, 3 da tarde? E em qual estarão às 4? Se há tanta inconstância, não há como firmar vínculo com os clubes. Portanto, não há como firmar vínculo com o torcedor. Como resultado, eis-nos introduzidos a um futebol sem heróis. Ademir da Guia tem uma estátua na sede do Palmeiras. Já Romário, quem o homenageará? Nestes últimos anos, ele jogou no Vasco e em seu contrário, o Flamengo. Tanto para os torcedores de um clube como do outro, ele é em parte herói e em parte traidor. (TOLEDO, Roberto Pompeu de. Rev. Veja, 10 / 04 / 002, p. 110.) 56. A partir da leitura do texto, pode-se inferir com base nos argumentos do autor que: (A) o futebol de outrora, do ponto de vista qualitativo, era superior ao atual; (B) tanto quantitativa como qualitativamente, o futebol de ontem supera o de hoje; (C) o futebol desenvolveu-se qualitativamente em virtude da televisão; (D) as causas do desenvolvimento quantitativo do futebol não são bem determinadas; TESTES - PORTUGUÊS 30 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL (E) os efeitos da queda na qualidade do futebol se fazem ver nos estádios vazios. 57. Duas palavras podem sintetizar o sentimento do autor em relação ao futebol de ontem e o de hoje. São elas respectivamente: (A) desprezo e expectativa; (B) nostalgia e crítica; (C) amor e ódio; (D) critica e apologia; (E) expectativa e nostalgia. 58. “Havia um vínculo afetivo entre o craque e o clube, o craque e o torcedor e o torcedor e o clube, que foi comprometido. Atentemos, para ter ideia precisa do que se está tentando dizer, em duas diferenças fundamentais entre o futebol de ontem e o de hoje.” Em relação ao fragmento, a resposta correta encontra-se na alternativa: (A) o sujeito da primeira oração do primeiro período é indeterminado; (B) o “que” que introduz a segunda oração do primeiro período é um pronome relativo e inicia uma oração subordinada substantiva; (C) o “que” é um pronome relativo e exerce a função sintática de sujeito e retoma a expressão “vínculo afetivo”; (D) o segundo período é composto por duas orações; (E) há no texto uma oração absoluta. 59. A mudança na ordem dos termos altera o sentido fundamental do enunciado em: (A) “É acompanhado por multidões incalculáveis.” (linha 2) / É acompanhado por incalculáveis multidões; (B) “Até no Japão e na Coréia - quem imaginaria? – é popular.” (linha 5) / No Japão e na Coreia quem imaginaria? é até popular; (C) “A primeira diz respeito ao uniforme.” (linha 15) / Diz respeito a primeira ao uniforme; (D) “Vá lá: não era sempre, era quase sempre.” (linhas 16) / Vá lá: era quase sempre, não era sempre; (E) “Antes, os times apresentavam-se sempre com o mesmo.” (linha 15) / Os times apresentavam-se, antes, sempre com o mesmo. 60. “A primeira diz respeito ao uniforme. Antes, os times apresentavam-se sempre com o mesmo. Vá lá: não era sempre, era quase sempre. Havia ocasiões - uma em cada dez, não mais que isso - em que era preciso trocar de uniforme, pois o do adversário era parecido.” Em relação ao fragmento, o correto é afirmar que: (A) todas as vírgulas são empregadas obedecendo às mesmas regras: (B) os travessões marcam um juízo de valor; (C) “ao uniforme” é objeto indireto; (D) todos os verbos apresentam sujeito simples; (E) a palavra “adversário” é acentuada por ser uma proparoxítona. 61. No segmento “Podia haver modificações pontuais aqui e ali, mas no geral, na base, no núcleo duro, a escalação permanecia a mesma.”, a forma de reescritura,sem alterar o sentido, está correta na alternativa: (A) Podiam haver umas modificações pontuais aqui e ali, mas no geral, na base, no duro, a escalação permanecia a mesma; (B) Podiam haver modificações pontuais aqui e ali, mas no geral, na base, no duro, a escalação permanecia a mesma; (C) Podia existir modificações pontuais aqui e ali, mas no geral, na base, no duro, a escalação permanecia a mesma; (D) Podiam existir modificações pontuais aqui e ali, mas no geral, na base, no duro, a escalação permanecia a mesma; (E) Podia haver modificações pontuais aqui e ali, mas no geral, na base, no duro, a escalação permaneciam a mesma. Leia o texto abaixo e responda às questões a seguir. Os primeiros anos do século XX marcaram o surgimento, no Rio de Janeiro, de uma grande novidade: o foot-ball, esporte de origem inglesa que logo cairia no gosto das rodas elegantes da cidade. Aparecendo inicialmente nos últimos anos do século XIX por iniciativa de estrangeiros, como os sócios do Payssandu Cricket Club, o jogo é rapidamente assumido por grupos de jovens estudantes que voltavam do Velho Continente trazendo as novidades do tão moderno esporte. Era o caso dos fundadores do Fluminense Foot-ball Club. Criado em 1902 por alguns entusiastas do jogo da bola, era o primeiro clube do gênero na capital da República. Já nos anos seguintes, porém, surgiam outros clubes, como o Botafogo, que ajudariam a definir junto com eles uma feição de elegância e distinção para o futebol. Embora em muitos colégios e em diferentes regiões da cidade os jogos com bola já fossem apreciados pelo menos desde a década de 1890, os sócios destes clubes - autodenominados sportmen - firmavam no Brasil um modelo de jogo com regras e termos definidos, adotando os padrões do foot-ball association inglês. Definiam com isto de forma mais rígida uma ordenação para o esporte, ligando-o definitivamente ao modo pelo qual era praticado na Europa. TESTES - PORTUGUÊS 31 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL Empolgando a rica mocidade carioca, o futebol mostrava ter ainda, nos seus primeiros anos na cidade, um caráter restrito. Longe de ser um esporte nacional, o jogo era praticado majoritariamente por jovens endinheirados que iam fazendo dele um misto de diversão e de distinção, na formação de clubes privados nos quais pudessem reunir-se e praticar o esporte. Os sócios destes clubes elegantes não conseguiriam, porém, manter por muito tempo o monopólio desta prática esportiva. O futebol, que desde os primeiros anos do século vinha se difundindo rapidamente pela cidade, alcançava no fim da década de 1910 uma popularidade ímpar. Segundo uma revista esportiva, ele já era em 1919 o esporte “com maior número de adeptos” no Rio de Janeiro. Esta grande popularidade, que tirava do futebol o caráter de um jogo elegante para poucos, impressionava cronistas como Paulo Barreto, mais conhecido pelo pseudônimo de João do Rio. Se ainda em 1910 Gilberto Amado, sem dar importância ao jogo daqueles rapazes elegantes, afirmava que o futebol não seria “assunto de intelectuais”, já em 1916 Paulo Barreto declarava, sem receio, a importância do jogo para a cidade - o que faz em uma crônica assinada com o pseudônimo de José Antonio José, um de seus personagens narradores.(...) Ligando o jogo às festas esportivas da Antiguidade, como faria ainda em outras crônicas – nas quais afirma explicitamente para ele, pela boca de Godofredo de Alencar, uma origem ligada aos jogos olímpicos de Delfos (onde se realizavam os jogos em honra a Apolo), definindo o futebol como o “renascimento de um jogo grego” - Paulo Barreto mostrava a grandiosa impressão que a popularização do futebol lhe causava. Para ele, já neste momento “a alteração geral é o sport, é o match”, o que daria às disputas futebolísticas na cidade uma dimensão nunca vista. Definitivamente, parecia que algo havia mudado nos campos da cidade, e o jogo dos rapazes elegantes transformara-se, então, em um grande fenômeno de massas. (PEREIRA, Leonardo A. de M. O jogo dos sentidos: os literatos e popularização do futebol no Rio de Janeiro). 62. Substituiu-se, em cada trecho abaixo, a palavra sublinhada por outra de igual valor semântico. O item em que a substituição resulta em alteração do sentido original do texto é: (A) “...o jogo é rapidamente assumido por grupos de jovens estudantes que voltavam do Velho Continente trazendo as novidades do tão moderno esporte.” (linhas 7-9) / ...o jogo é rapidamente absorvido (B) “Já nos anos por grupos de jovens estudantes que voltavam do Velho Continente trazendo as novidades do tão moderno esporte. seguintes, porém, surgiam outros clubes, como o Botafogo...” (linhas 12-14) / Já nos anos subsequentes (C) “...adotando os , porém, surgiam outros clubes, como o Botafogo... padrões do foot-ball association inglês.” (linhas 20-21) / ...adotando os modelos (D) “...o que faz em uma crônica assinada com o do foot-ball association inglês, pseudônimo de José Antonio José, um de seus personagens-narradores.” (linhas 46-48) / ...o que faz em uma crônica assinada com o apelido (E) “...Paulo Barreto de José Antonio José, um de seus personagens-narradores, mostrava a grandiosa impressão que a popularização do futebol lhe causava.” (linhas 55-56) / ...Paulo Barreto expunha a grandiosa impressão que a popularização do futebol lhe causava. 63. A frase INCORRETA quanto à concordância verbal, de acordo com as normas da língua culta, é: (A) Gilberto Amado foi um dos cronistas que afirmou não ser o futebol um assunto de intelectuais. (B) Qual dentre os cronistas da época afirmaram que o futebol não era assunto de intelectuais? (C) Poderia haver mais de um cronista que afirmasse não ser o futebol um assunto de intelectuais. (D) Dez por cento da crônica especializada da época achavam que futebol não seria assunto de intelectuais. (E) Um e outro cronista afirmavam ser o futebol um esporte destinado às grandes massas do povo. 64. Marque a alternativa em que todas as palavras são acentuadas em obediência às mesmas regras de acentuação: (A) futebolísticas – século – pseudônimo; (B) fenômeno – século – sócios; (C) século – caráter – prática; (D) ímpar – crônicas – importância; (E ) José – já – elegância. 65. Em uma das alternativas o acento grave indicativo de crase foi empregado indevidamente. Indique-a: (A) O povo foi ligando o jogo às festas esportivas; (B) A população daria às disputas futebolísticas uma dimensão nunca vista; (C) Sua torcida era semelhante à do time adversário; TESTES - PORTUGUÊS 32 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL (D) Assistimos à partidas excelentes durante o campeonato. (E) À medida que o futebol ganhava popularidade, as torcidas cresciam na cidade. Atenção: As questões de números 66 a 73 referem-se ao texto seguinte. Prazer sem humilhação O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir: “A crase não existe para humilhar ninguém”. Entenda-se: há normas gramaticais cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso escrito, valendo como ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de alguém. Acho que o sentido dessa frase pode ampliar- se: “A arte não existe para humilhar ninguém”, entendendo-se com isso que os artistas existem para estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligência do mundo, e não para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos no terrenoda música: penso que todos devem escolher ouvir o que gostam não aquilo que alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a pena discutir: estamos mesmo em condições de escolher livremente as músicas de que gostamos? Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um carro passa com o som altíssimo de graves repetidos praticamente sem variação, num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se perguntar: houve aí uma escolha? Quem alardeia os infernais decibéis de seu som motorizado pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhecem muitos outros ritmos, as canções de outros países, os compositores de outras épocas, as tendências da música brasileira, os incontáveis estilos musicais já inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que está vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e enganoso do “vende porque é bom, é bom porque vende”? Não digo que A é melhor que B, ou que X é superior a todas as letras do alfabeto; digo que é importante buscar conhecer todas as letras para escolher. Nada contra quem escolhe um “batidão” se já ouviu música clássica, desde que tenha tido realmente a oportunidade de ouvir e escolher compositores clássicos que lhe digam algo. Não acho que é preciso escolher, por exemplo, entre os grandes Pixinguinha e Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre um forró e a música eletrônica das baladas, entre a música dançante e a que convida a uma audição mais serena; acho apenas que temos o direito de ouvir tudo isso antes de escolher. A boa música, a boa arte, esteja onde estiver, também não existe para humilhar ninguém. (João Cláudio Figueira, inédito) 66. A diversidade de épocas e de linguagens em que as artes se manifestam: (A) representa uma riqueza cultural para quem foi contemplado com uma inata e especial sensibilidade. (B) obriga o público a confiar no mercado, cujos critérios costumam respeitar tal diversidade. (C) não interessa ao gosto popular, que costuma cultivar as exigências artísticas mais revolucionárias. (D) constitui uma vantagem para quem se habilita a escolher de acordo com o próprio gosto. (E) cria uma impossibilidade de opções reais, razão pela qual cada um de nós aprimora seu gosto pessoal. 67. O autor da crônica se reporta ao emprego da crase, ao sentido da arte em geral e ao da música clássica em particular. A tese que articula esses três casos e justifica o título da crônica é a seguinte: (A) É comum que nos sintamos humilhados quando não conseguimos extrair prazer de todos os níveis de cultura que se oferecem ao nosso desfrute. (B) Costumamos ter vergonha daquilo que nos causa prazer, pois nossas escolhas culturais são feitas sem qualquer critério ou disciplina. (C) A possibilidade de escolha entre os vários níveis de expressão da linguagem e das artes não deve constranger, mas estimular nosso prazer. (D) Tanto o emprego da crase como a audição de música clássica são reveladores do mau gosto de quem desconsidera o prazer verdadeiro dos outros. (E) Somente quem se mostra submisso e humilde diante da linguagem culta e da música clássica está em condições de sentir um verdadeiro prazer. 68. Considere as seguintes afirmações: I. Tem significação equivalente, no 2o parágrafo, estes dois segmentos: estimular e desenvolver nossa sensibilidade e separem e hierarquizem as pessoas. II. O autor se refere ao som altíssimo do que toca num carro que passa para ilustrar o caso de quem, diante de tantas opções reais, fez uma escolha de gosto discutível. TESTES - PORTUGUÊS 33 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL III. O que importa para a definição do nosso gosto é que se abram para nós todas as opções possíveis, para que a partir delas escolhamos a que de fato mais nos apraz. Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em: (A) II e III. (B) III. (C) II. (D) I e III. (E) I. 69. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em: (A) clássicos que lhe digam algo (4o parágrafo) = eruditos que lhe transmitam alguma coisa. (B) instrumentos de tortura ou depreciação (1o parágrafo) = meios de aviltamento ou rejeição. (C) ritmo mecânico e hipnótico (3o parágrafo) = toque automático e insone. (D) alardeia os infernais decibéis (3o parágrafo) = propaga os pérfidos excessos. (E) alimentando o círculo vicioso (3o parágrafo) = nutrindo a esfera pecaminosa. 70. Em qualquer época, ...... que se ...... ao grande público o melhor que os artistas ...... . Haverá plena correlação entre tempos e modos verbais na frase acima se preenchendo as lacunas, respectivamente, com: (A) era preciso - oferecia - produzem (B) será preciso - oferecesse - produziriam (C) é preciso - oferecesse - produzissem (D) seria preciso - ofereça - têm produzido (E) é preciso - ofereça - produzam 71. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) Pondo-se de lado a lado mestres da música clássica e popular, constata-se de que ambas têm o mesmo valor que lhes atribui nosso melhor gosto. (B) A afirmação sobre a crase do poeta Ferreira Gullar exprime a convicção que seu uso deve ser facultado sem que se venha a humilhar-se. (C) A dificuldade de acesso à diversidade cultural dá ao mercado a possibilidade de determinar e mecanizar o gosto do grande público. (D) O autor do texto não crê que se devam dar às artes alguma hierarquia que implicará em que as pessoas se separem de modo inconsequente. (E) O círculo vicioso do mercado constitui um fenômeno do qual é difícil de expurgar, mesmo por que seu critério é tão somente o lucro. 72. As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas na frase: (A) Ao autor do texto não incomodam as pessoas ouvirem qualquer coisa, mas sim o que a elas não é facultado conhecerem. (B) Não deve representar uma humilhação para nós as eventuais falhas de redação, que pode e precisa ser sanada. (C) Difunde-se, já há muito tempo, preconceitos contra a grande arte, sob a alegação de que ela é produzida para uma pequena elite. (D) Caso não hajam opções reais, o público acabará tendo acesso não a obras de arte, mas a mercadorias em oferta. (E) Traumatizados pelos decibéis do som que os atormenta, ocorre a alguns motoristas reagir com violência a esses abusos. 73. Transpondo-se para a voz passiva a frase Eles alardeavam o insuportável som instalado nos carros, obtém-se a forma verbal: (A) fora alardeado. (B) era alardeado. (C) tinha sido alardeado. (D) têm alardeado. (E) eram alardeados. Atenção: As questões de números 9 a 15 referem-se ao texto seguinte. Pátrio poder Pais que vivem em bairros violentos de São Paulo chegam a comprometer 20% de sua renda para manter seus filhos em escolas privadas. O investimento faz sentido? A questão, por envolver múltiplas variáveis, é complexa, mas, se fizermos questão de extrair uma resposta simples, ela é "provavelmente sim". Uma série de estudos sugere que a influência de pais sobre o comportamento dos filhos, ainda que não chegue a ser nula, é menor do que a imaginada e se dá por vias diferentes das esperadas. Quem primeiro levantou essa hipótese foi a psicóloga Judith Harris no final dos anos 90. Para Harris, os jovens vêm programados para ser socializados não pelos pais, como pregam nossas instituições e nossa cultura, mas pelos pares, isto é, pelas outras crianças com as quais convivem. Um dos muitos argumentos que ela usa para apoiar sua teoria é o fato de que filhos de imigrantes não terminam falando com a pronúncia dos genitores, mas sim com a dos jovens que os cercam. As grandes aglomeraçõesurbanas, porém, introduziram um problema. Em nosso ambiente ancestral, formado por bandos de no máximo 200 pessoas, o "cantinho" das crianças era TESTES - PORTUGUÊS 34 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL heterogêneo, reunindo meninos e meninas de várias idades. Hoje, com escolas que reúnem centenas de alunos, o(a) garoto(a) tende a socializar-se mais com coleguinhas do mesmo sexo, idade e interesses. O resultado é formação de nichos com a exacerbação de características mais marcantes. Meninas se tornam hiperfemininas, e meninos, hiperativos. O mau aluno encontra outros maus alunos, que constituirão uma subcultura onde rejeitar a escola é percebido como algo positivo. O mesmo vale para a violência e drogas. Na outra ponta, podem surgir meios que valorizem a leitura e a aplicação nos estudos. Nesse modelo, a melhor chance que os pais têm de influir é determinando a vizinhança em que seu filho vai viver e a escola que frequentará. (Adaptado de: SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de São Paulo, 7/12/2014) 74. À pergunta O investimento faz sentido? o próprio autor responde: “provavelmente sim”. Essa resposta se justifica, porque (A) as grandes concentrações humanas estimulam características típicas do que já foi nosso ambiente ancestral. (B) a escola particular, mesmo sendo cara, acaba por desenvolver nos alunos uma subcultura crítica em relação ao ensino. (C) a escola, ao contrário do que se imagina, tem efeitos tão poderosos quanto os que decorrem da convivência familiar. (D) as influências dos pares de um educando numa escola pública são menos nocivas do que os exemplos de seus pais. (E) a qualidade do convívio de um estudante com seus colegas de escola é um fator determinante para sua formação. 75. É preciso CORRIGIR a redação da seguinte frase: (A) Não há a convicção de que a família é sua maior responsável, quando na escola a formação produzida pelos colegas lhe é muito mais relevante. (B) Muita gente acha pernicioso esse processo de agrupamento dos alunos, quando cada um pode querer reforçar o que tem de pior em si mesmo. (C) Frequentar uma boa escola, ainda que isso onere bastante o orçamento familiar, representa a oportunidade de uma melhor formação pessoal. (D) É possível que a formação dos jovens esteja agora ocorrendo sob a influência não de grupos de real convívio, mas dos contatos nas redes sociais. (E) Está comprovado que os filhos de imigrantes sofrem maior influência da linguagem de seus colegas do que da língua de seus pais. 76. Com a frase O resultado é formação de nichos com a exacerbação de características mais marcantes (3º parágrafo) o autor está afirmando que a socialização nas escolas se dá de modo a (A) criar grupos fortemente tipificados. (B) dissolver os agrupamentos perniciosos. (C) promover a competitividade entre os grupos. (D) estabelecer uma hierarquia no interior dos grupos. (E) incentivar o desempenho dos alunos mais habilitados. 77. Considere as seguintes afirmações: I. A hipótese levantada pela psicóloga Judith Harris é a de que os estudantes migrantes são menos sensíveis às influências dos pais que às de seus professores. II. O fato de um mau aluno se deixar atrair pela amizade de outro mau aluno prova que as deficiências da vida familiar antecedem e determinam o mau aproveitamento escolar. III. Do ponto de vista do desempenho escolar, podem ser positivos ou negativos os traços de afinidade que levam os estudantes a se agruparem. Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em: (A) I e III. (B) I. (C) III. (D) II e III. (E) I e II. 78. A expressão a que preenche adequadamente a lacuna da seguinte frase: (A) Poucos são os jovens... Venham aproveitar-se dos benefícios de uma boa formação escolar num estabelecimento privado. (B) Garantir uma educação de boa qualidade é quase tão importante quanto garantir a pureza do ar ...... aspiramos. (C) Há quem ainda ache que os valores ...... os jovens são submetidos no convívio familiar tenham mais peso que os cultivados por seus colegas. (D) A influência ...... exercem os jovens entre si, no interior dos grupos, acaba sendo fundamental para a formação de todos. (E) Muito leitor do texto ficará curioso para saber como era a formação ...... se propagava nas comunidades ancestrais. TESTES - PORTUGUÊS 35 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 79. Formam-se grupos de alunos nas escolas. O que determina esses grupos não é uma orientação formal; o que constitui esses grupos, o que traça os contornos desses grupos, são as afinidades individuais. Evitam-se as viciosas repetições do texto acima se substituindo os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A) determina-os − constitui-os − os traça contornos (B) lhes determina − lhes constitui − traça- lhes os contornos (C) os determina − constitui-lhes − os traça seus contornos (D) os determina − os constitui − lhes traça os contornos (E) determina-lhes − os constitui − traça a seus contornos 80. Está inteiramente adequada a pontuação da seguinte frase: (A) Muita gente imagina ainda hoje, que o convívio familiar dado sempre, como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda um papel decisivo quando na verdade, essa função, para o bem ou para o mal é exercida, no interior dos grupos de colegas e amigos. (B) Muita gente imagina, ainda hoje, que o convívio familiar, dado sempre como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda um papel decisivo, quando, na verdade, essa função, para o bem ou para o mal, é exercida no interior dos grupos de colegas e amigos. (C) Muita gente imagina ainda hoje, que o convívio familiar dado sempre como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda um papel decisivo, quando na verdade essa função, para o bem ou para o mal, é exercida no interior dos grupos de colegas e amigos. (D) Muita gente imagina, ainda hoje que o convívio familiar, dado sempre como fator principal na formação de um jovem tenha ainda, um papel decisivo, quando na verdade essa função, para o bem ou para o mal é exercida no interior dos grupos de colegas e amigos. (E) Muita gente imagina ainda hoje que, o convívio familiar, dado sempre como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda, um papel decisivo quando na verdade, essa função para o bem ou para o mal, é exercida no interior dos grupos de colegas e amigos. Texto 1 – “A história está repleta de erros memoráveis”. Muitos foram cometidos por pessoas bem-intencionadas que simplesmente tomaram decisões equivocadas e acabaram sendo responsáveis por grandes tragédias. “Outros, gerados por indivíduos motivados por ganância e poder, resultaram de escolhas egoístas e provocaram catástrofes igualmente terríveis.” (As piores decisões da história, Stephen Weir) 81. A primeira frase do texto 1, no desenvolvimento desse texto, desempenha o seguinte papel: (A) aborda o tema de “erros memoráveis”, que são enumerados nos períodos seguintes; (B) introduz um assunto, que é subdividido no restante do texto; (C) mostra a causa de algo cujas consequências são indicadas a seguir; (D) denuncia a história como uma sequência de erros cometidos por razões explicitadas a seguir; (E) faz uma afirmação que é comprovada pelas exemplificações seguintes. 82. As palavras “tragédias” e “catástrofes” foram empregadas no texto 1 para: (A) repetir a mesma ideia contida em “erros memoráveis”; (B) construir a coesão textual entreos períodos; (C) dimensionar a gravidade dos erros cometidos; (D) intensificar a razão humana que conduz a erros; (E) mostrar a visão parcial de um dos lados dos fatos históricos. 83. Os dois últimos períodos do texto 1 mostram um paralelismo semântico ou sintático, que só NÃO se realiza no seguinte par de termos: (A) muitos / outros; (B) foram cometidos / gerados; (C) pessoas bem-intencionadas / indivíduos motivados por ganância e poder; (D) tomaram decisões equivocadas / provocaram catástrofes; (E) grandes tragédias / catástrofes igualmente terríveis. 84. O texto 1 mostra seguidamente a participação do enunciador no assunto veiculado; o segmento em que essa participação está exemplificada de forma inadequada é: (A) seleção de adjetivos subjetivos: “grandes tragédias”; (B) dúvida tendenciosa: “motivados por ganância e poder”; (C) opinião particular: “pessoas bem- intencionadas”; (D) parcialidade no julgamento: “catástrofes terríveis”; (E) análise pessoal: “escolhas egoístas”. TESTES - PORTUGUÊS 36 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 85. No texto 1, a palavra “bem-intencionada” aparece grafada com hífen; o Novo Acordo Ortográfico diz que “Nas palavras em que o primeiro elemento é bem-, a regra geral é o emprego do hífen, não importando se o segundo elemento começa por vogal ou consoante”. Sobre esse caso, a afirmação correta é: (A) a palavra foi mal grafada, pois deve ser escrita sem hífen; (B) a palavra foi bem grafada já que se trata da junção de um advérbio de modo + adjetivo; (C) a palavra foi bem grafada, pois se trata de um adjetivo composto com um elemento de valor prefixal; (D) a palavra foi mal grafada, visto que não se trata de um vocábulo, mas de dois; (E) a palavra foi bem grafada, pois houve mudanças nesse emprego, com as novas regras. Texto 2 - “A saga do rapto de Helena e a subsequente Guerra de Troia continuam sendo um dos melhores exemplos dos perigos da luxúria. No toda a história sugere quão imprudente é para um hóspede na casa de um homem levar consigo, ao partir, a esposa do anfitrião. Acrescentamos a esse erro crasso a dupla idiotice da raiva e da inveja, agravadas quando o marido abandonado, Menelau, insistiu nos direitos de um velho tratado e arrastou todo o seu reino e os dos vizinhos em missão de vingança. Muitos deles demoraram quase vinte anos na guerra e no retorno, para não falar na maioria que morreu, deixando os lares e as famílias no desamparo e na ruína – mal sobrevivendo, sugerem os registros, a assédios diversos e a desastres naturais.” (Menelau e a esposa perdida, Stephen Weir) 86. O erro histórico aludido nesse texto 2 inclui um conjunto de defeitos humanos; aquele que está caracterizado de forma imperfeita, por NÃO fazer parte do texto, é: (A) a imprudência do hóspede, que sequestrou a mulher de Menelau; (B) o espírito de vingança de Menelau, que arrastou os reinos gregos para a Guerra de Troia; (C) a irresponsabilidade de alguns heróis, que deixaram suas famílias ao desamparo; (D) a raiva e a inveja do marido traído, que provocou o conflito entre gregos e troianos; (E) a beleza de Helena, que seduziu o hóspede do marido. 87. “A saga do rapto de Helena e a subsequente Guerra de Troia continuam sendo um dos melhores exemplos dos perigos da luxúria.” Sobre os componentes desse segmento do texto 2, a afirmação correta é: (A) os termos “de Helena” e “de Troia” desempenham a mesma função sintática; (B) a saga do rapto de Helena e a Guerra de Troia são acontecimentos sucessivos, sendo o segundo causa do primeiro; (C) o verbo “continuar” é um verbo de ligação, expressando mudança de estado; (D) a Guerra de Troia, segundo o texto, é o exemplo mais importante dos problemas trazidos pela luxúria; (E) na expressão “perigos da luxúria”, o termo “da luxúria” representa a causa dos “perigos” aludidos. 88. No texto 2, os elementos sublinhados se referem a termos anteriores; a correspondência identificada corretamente é: (A) consigo / um hóspede; (B) esse erro / a imprudência de Helena; (C) seu / do hóspede; (D) os / os erros; (E) que / muitos deles. Texto 3 - Sobre esse acontecimento referido no texto 2, o historiador grego Heródoto disse o seguinte: “Até então, não houvera de uma parte e de outra mais do que raptos; depois do acontecido, porém, os Gregos, julgando-se ofendidos em sua honra, fizeram guerra à Ásia, antes que os asiáticos a declarassem à Europa. Ora, conquanto lícito não seja raptar mulheres, dizem os Persas, é loucura vingar-se de um rapto. Manda o bom senso não fazer caso disso, pois sem o próprio consentimento delas decerto não teriam as mulheres sido raptadas.” (Heródoto, História). 89. No texto 3, Heródoto relativizou o ocorrido, por meio da seguinte estratégia: (A) retirando importância de uma declaração de guerra; (B) mostrando os raptos como acontecimentos aceitáveis; (C) indicando a colaboração de Helena no próprio rapto; (D) revelando a licitude do ato de raptar mulheres; (E) demonstrando que a vingança não é fruto do bom-senso. 90. No texto 3 há uma série de marcas que indicam antiguidade; entre elas, a que formalmente mostra uma variação antiga é: (A) a referência a fatos antigos da história grega; (B) a utilização constante da forma simples do mais-que-perfeito; TESTES - PORTUGUÊS 37 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL (C) uso de termos raros como “conquanto”; (D) a repetida inversão de ordem sintática; (E) o emprego da voz passiva. 91. A forma verbal “houvera”, no texto 3, corresponde à forma simples do mais-que- perfeito do indicativo do verbo haver; as formas compostas equivalentes a essa forma simples são: (A) era havido / tinha havido; (B) tinha havido / havia havido; (C) havia havido / seja havido; (D) seja havido / tinha sido havido; (E) tinha sido havido / era havido. 92. “conquanto lícito não seja raptar mulheres”; a forma dessa frase que modifica o seu sentido original é: (A) ainda que lícito não seja raptar mulheres; (B) apesar de lícito não ser raptar mulheres; (C) mesmo que lícito não seja raptar mulheres; (D) malgrado lícito não seja raptar mulheres; (E) se lícito não é raptar mulheres. 93. “julgando-se ofendidos em sua honra”; essa frase do texto 3 poderia estar corretamente expressa numa oração desenvolvida por: (A) após se julgarem ofendidos em sua honra; (B) quando se julgaram ofendidos em sua honra; (C) caso se tenham julgado ofendidos em sua honra; (D) dado que se julgaram ofendidos em sua honra; (E) por se julgarem ofendidos em sua honra. Texto 4 – “O caminho para baixo era estreito e íngreme, e tanto os homens quanto os animais não sabiam onde estavam pisando, por causa da neve; todos os que saíam da trilha ou tropeçavam em algo perdiam o equilíbrio e despencavam no precipício. A esses perigos eles resistiam, pois àquela altura já se haviam acostumado a tais infortúnios, mas, por fim, chegaram a um lugar onde o caminho era estreito demais para os elefantes e até para os animais de carga. Uma avalanche anterior já havia arrastado cerca de trezentos metros da encosta, ao passo que outra, mais recente, agravara ainda mais a situação. A essa altura, os soldados mais uma vez perderam a calma e quase caíram em desespero.” (Políbio, Histórias). 94. Esse texto 4 fala de um outro erro histórico, cometido por Aníbal, general de Cartago, que pretendeu chegar a Roma atravessando os Alpes durante o inverno.Entre as razões abaixo, aquela que NÃO deve ser vista como causa dos problemas enfrentados pelo exército de Aníbal é: (A) a estreiteza do caminho nas montanhas; (B) a não identificação do traçado dos caminhos; (C) a grande altura por que passavam as tropas; (D) a existência comum de avalanches; (E) o nervosismo e o desespero dos soldados. 95. “pois àquela altura já se haviam acostumado a tais infortúnios”; O termo “àquela altura” se refere: (A) ao momento por que passavam; (B) à altitude das montanhas; (C) à dimensão dos caminhos; (D) ao modo por que atravessavam os caminhos; (E) à consequência dos fatos anteriores. 96. “tanto os homens quanto os animais”; “todos os que saíam da trilha ou tropeçavam em algo”. Nesses dois segmentos do texto 4, os conectores tanto/quanto e ou indicam, respectivamente: (A) comparação e alternância; (B) semelhança e alternância; (C) adição e adição; (D) comparação e adição; (E) adição e alternância. 97. “A(1) esses perigos eles resistiam, pois àquela(2) altura já se haviam acostumado a(3) tais infortúnios, mas, por fim, chegaram a(4) um lugar onde o caminho era estreito demais para os elefantes e até para os animais de carga.” Nesse segmento do texto 4 há quatro ocorrências numeradas da preposição A; dessas quatro ocorrências, as exigidas pela regência verbal são: (A) 1-2-3; (B) 2-3-4; (C) 1-2-4; (D) 1-3-4; (E) 1-2-3-4. 98. “Uma avalanche anterior já havia arrastado cerca de trezentos metros da encosta, ao passo que outra, mais recente, agravara ainda mais a situação. A essa altura, os soldados mais uma vez perderam a calma e quase caíram em desespero.” A troca de posição de termos desse segmento que altera o sentido original é: TESTES - PORTUGUÊS 38 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL (A) uma avalanche anterior / uma anterior avalanche; (B) já havia arrastado cerca de trezentos metros da encosta / havia arrastado da encosta cerca de trezentos metros; (C) agravara ainda mais a situação / agravara mais ainda a situação; (D) os soldados mais uma vez / os soldados uma vez mais; (E) quase caíram em desespero / caíram quase em desespero. 99. Duas formas verbais sucessivas do texto 4 que mostram sucessão cronológica de ações são: (A) sabiam / estavam pisando; (B) saíam / tropeçavam; (C) perdiam / despencavam; (D) resistiam / haviam acostumado; (E) chegaram / era. 100. “chegaram a um lugar onde o caminho era estreito”; nesse segmento do texto 4 ocorre o emprego correto do vocábulo sublinhado. A frase abaixo em que o emprego do mesmo vocábulo também mostra correção é: (A) Os soldados sentiram desespero pelo momento onde todos estavam. (B) Em função do mau tempo por onde passavam, decidiram mudar o caminho. (C) No final da tarde, onde as nuvens se escondiam, tudo era mais perigoso. (D) Na viagem, onde tudo era desconhecido, as surpresas preocupavam. (E) No meio da noite, onde o medo aumenta, o comandante tranquilizava a todos. Leia o texto para responder às questões de números 101 a 107. A morte do narrador Recentemente recebi um e-mail de uma leitora perguntando a razão de eu ter, segundo ela, uma visão tão dura para com os idosos. O motivo da sua pergunta era eu ter dito, em uma de minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais vovôs e vovós, porque estavam todos na academia querendo parecer com seus netos. Claro, minha leitora me entendeu mal. Mas o fato de ela ter me entendido mal, o que acontece com frequência quando se discute o tema da velhice, é comum, principalmente porque o próprio termo “velhice” já pede sinônimos politicamente corretos, como “terceira idade”, “melhor idade”, “maturidade”, entre outros. Uma característica do politicamente correto é que, quando ele se manifesta num uso linguístico específico, é porque esse uso se refere a um conceito já considerado como algo ruim. A marca essencial do politicamente correto é a hipocrisia articulada como gesto falso, ideias bem comportadas. Voltando à velhice. Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem se afundar na doença, na solidão e no abandono, e não procurar ser felizes. Mas, quando eu dizia que eles estão fugindo da condição de avós, usava isso como metáfora da mentira (politicamente correta) quanto ao medo que temos de afundar na doença, antes de tudo psicológica, devido ao abandono e à solidão, típicos do mundo contemporâneo. Minha crítica era à nossa cultura, e não às vítimas dela. Ela cultua a juventude como padrão de vida e está intimamente associada ao medo do envelhecimento, da dor e da morte. Sua opção é pela “negação”, traço de um dos sintomas neuróticos descritos por Freud. Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia que na modernidade o narrador da vida desapareceu. Isso quer dizer que as pessoas encarregadas, antigamente, de narrar a vida e propor sentido para ela perderam esse lugar. Hoje os mais velhos querem “aprender” com os mais jovens (aprender a amar, se relacionar, comprar, vestir, viajar, estar nas redes sociais). Esse fenômeno, além de cruel com o envelhecimento, é também desorganizador da própria juventude. Ouço cotidianamente, na sala de aula, os alunos demonstrarem seu desprezo por pais e mães que querem aprender a viver com eles. Alguns elementos do mundo moderno não ajudam a combater essa desvalorização dos mais velhos. As ferramentas de informação, normalmente mais acessíveis aos jovens, aumentam a percepção negativa dos mais velhos diante do acúmulo de conhecimento posto a serviço dos consumidores, que questionam as “verdades constituídas do passado”. A própria estrutura sobre a qual se funda a experiência moderna – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a invisibilidade dos mais velhos. Em termos humanos, o passado (que “nada” serve ao mundo do progresso) tem um nome: idoso. Enfim, resta aos vovôs e vovós ir para a academia ou para as redes sociais. (Luiz Felipe Pondé, Somma, agosto 2014, p. 31. Adaptado) 101. Segundo o autor, sua leitora o interpretou mal ao supor que as críticas feitas em uma de suas colunas estavam direcionadas aos idosos, quando, na verdade, ele contestava: (A) a noção de que o idoso pode estar sujeito ao surgimento de doenças. (B) o fato de a ciência moderna ainda se inspirar nos valores do passado. TESTES - PORTUGUÊS 39 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL (C) o uso do termo “negação” para designar um dos sintomas neuróticos. (D) a sociedade que supervaloriza a juventude e nega o envelhecimento. (E) os valores do passado, os quais não se ajustam à ideia de progresso. 102. Ao explicar por que os idosos “estão fugindo da condição de avós”, o autor defende a tese de que o homem moderno tem: (A) desejo de libertar-se por meio da morte. (B) medo de ser abandonado e ficar só. (C) pretensão de elevar-se pelo sofrimento. (D) nostalgia dos tempos da infância. (E) receio de perder os bens materiais. 103. De acordo com o texto, o que contribui para a desvalorização dos mais velhos na sociedade atual é: (A) o culto à beleza e a falta de tratamento para doenças típicas da velhice. (B) o desprestígio da ciência e a dificuldade dos jovens em aprender com os adultos. (C) a estagnação do progresso e a popularização de termos politicamente corretos. (D) as ferramentas de informação e o questionamento do saber tradicional. (E) o consumismo exagerado e o número reduzido de idosos na sociedade. 104. A partir da leitura do quinto parágrafo,conclui-se corretamente que: (A) o envelhecimento das gerações está cada vez mais precoce o que se percebe ao se observarem os alunos em sala de aula. (B) a nova geração tem se vangloriado do fato de os mais velhos demonstrarem interesse em aprender com ela. (C) o fato de os mais velhos buscarem se parecer com os mais jovens acarreta um maior afastamento entre as gerações. (D) os jovens estão se transformando em indivíduos fúteis e alienados em virtude da falta de diálogo com os mais velhos. (E) a interação entre diferentes faixas etárias tem se mostrado profícua para a valorização do saber dos idosos. 105. Conforme o autor, hoje em dia “resta aos vovôs e vovós ir para a academia ou para as redes sociais”, porque: (A) resolveram contribuir mais ativamente para a sociedade. (B) tendem a ignorar as regras da sociedade de consumo. (C) estão isentos dos sintomas neuróticos da sociedade atual. (D) optaram por negligenciar a convivência em família. (E) perderam seu papel de narrar e de interpretar a vida. 106. Considere o trecho do último parágrafo: Em termos humanos, o passado (que “nada” serve ao mundo do progresso) tem um nome: idoso. Apresentando entre aspas a palavra “nada”, o autor: (A) destaca a opinião de que o idoso já não tem utilidade, para negá-la. (B) mostra sua adesão a uma tese progressista, que não acolhe o idoso. (C) refuta a ideia de que o idoso ainda pode conviver com o progresso. (D) reafirma a opinião de que o idoso não traz novas contribuições. (E) põe em dúvida a ideia de que idosos possam se adaptar à modernidade. 107. O termo empregado com sentido figurado está em destaque na seguinte passagem do texto: (A) Mas o fato de ela ter me entendido mal, o que acontece com frequência quando se discute o tema da velhice… (segundo parágrafo). (B) O motivo da sua pergunta era eu ter dito, em uma de minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais vovôs e vovós… (primeiro parágrafo). (C) Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia que na modernidade o narrador da vida desapareceu. (penúltimo parágrafo). (D) A própria estrutura sobre a qual se funda a experiência moderna – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a invisibilidade dos mais velhos. (último parágrafo). (E) Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem se afundar na doença, na solidão e no abandono…(quarto parágrafo). 108. Luiz Felipe Pondé afirma não mais vovôs e vovós como antigamente, já que cada vez mais em copiar seus netos. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. (A) haver... encontra-se … empenhados (B) haver… se encontram … empenhados (C) haverem… se encontra … empenhado (D) haverem… encontram-se … empenhados (E) haver… encontra-se … empenhado 109. Assinale a alternativa em que o emprego das formas verbais está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa. (A) Se esta geração se dispor a ensinar os mais velhos, é possível que eles atualizem suas informações rapidamente. TESTES - PORTUGUÊS 40 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL (B) As entidades que propuserem medidas para valorizar os idosos deverão beneficiar o convívio entre as gerações. (C) Precisamos de governantes comprometidos com as reformas que se fazerem necessárias para integrar o idoso à sociedade. (D) Quanto mais se manterem atentos aos ensinamentos dos idosos, mais os jovens perceberão o valor da experiência vivida. (E) A geração atual certamente teria muito a ganhar se reavisse o conhecimento acumulado pelos mais velhos. 110. Leia os quadrinhos. Assinale a alternativa em que fala do palestrante está corretamente reescrita, com o sentido preservado, em linhas gerais, e em conformidade com as normas de regência e de ocorrência da crase. (A) Vovôs idealistas, as pessoas com menos de trinta anos não se deve dar confiança. (B) Vovôs idealistas, desconfiem a qualquer um com menos de trinta anos. (C) Vovôs idealistas, recusem-se à confiar em quem tiver menos de trinta anos. (D) Vovôs idealistas, à indivíduos com menos de trinta anos não se deve confiar. (E) Vovôs idealistas, não deem confiança àqueles com menos de trinta anos. O texto adiante é uma adaptação da matéria, originalmente publicada por Mariana Sanches, em O GLOBO, em outubro de 2014. Leia-o, atentamente, e responda às questões propostas a seguir. A voz é mansa. O tom é baixo. A fala é pausada. Rucharlo Yawanawá, de 35 anos, conversa como se a tranquilidade a habitasse. Nunca encara o interlocutor nos olhos, não gesticula, não grita ou gargalha. Seus modos contrastam com a revolução que liderou em sua própria vida e na tribo Yawanawá. Emuma aldeia no meio da densa Floresta Amazônica e distante sete horas de barco do município acriano mais próximo, Rucharlo se tornou a primeira mulher pajé – líder espiritual – de seu povo e, talvez, do país. É um raríssimo caso de liderança espiritual indígena feminina no Brasil. O xamã ou pajé é, ao lado do cacique, a maior autoridade de um grupo indígena. No caso dos Yawanawá, são eles os guardiões dos conhecimentos da tribo, desde a medicina até as artes. Acredita-se que tenham dons sobrenaturais – de adivinhação, de cura e até mesmo de matar inimigos telepaticamente. Fazem também a interlocução entre os vivos e os ancestrais. Segundo a sabedoria indígena, são os espíritos que ensinam ao pajé os segredos mágicos.[...] Tais comunicações acontecem em rituais em que os líderes espirituais tomam ayahuasca (chamada por eles de uni) e inalam rapé (uma mistura de tabaco em pó e da casca moída de uma árvore amazônica chamada por eles de tsunu). O efeito alucinógeno e estimulante das substâncias permitiria aos xamãs entrar no mundo dos mortos e nos sonhos das pessoas doentes. As doenças, segundo os Yawanawá, sempre têm explicação espiritual. E é o xamã quem descobre a causa do problema nessas incursões oníricas [...]. “Índia Yawanawá vence preconceito e faz revolução feminina na floresta” O processo para se tornar líder espiritual é, assim como o uso da ayahuasca, milenar. Até 2005, era também exclusivamente masculino [...]. No período da reclusão, Rucharlo começou a desenhar as revelações que recebia. Sem conhecer as letras, ela se fazia entender e registrava seu aprendizado por rabiscos. De tão bonitos, seus quadros já foram expostos em museus no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Com o tempo também descobriu que tinha o dom de “sentir o cheiro das doenças”, como descreve – habilidade fundamental para qualquer curandeiro. Mas, no processo, também chegou muito perto da morte. [...]. – Eu tinha que provar que era capaz. Sabia que era minha missão colocar as mulheres em um novo patamar, eu tinha que resistir – afirma Rucharlo [...]. Na crença indígena, pajés são seres evoluídos, a meio caminho entre os vivos e os TESTES - PORTUGUÊS 41 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL mortos. Por isso falam vagarosamente e não encaram um olhar. Se o mundo de Rucharlo mudou depois de sua experiência, ela também mudou a tribo e o mundo das demais mulheres da aldeia. 111. Conforme registra o texto, Rucharlo Yawanawá reconhece e valoriza a cultura milenar de seu povo. Mesmo assim, com suas determinação e coragem, ela: A) liderou uma revolta de todas as mulheres contra a opressão. B) impôs sua vontade individual aos Yawanawá mais velhos. C) ampliou o papel social dasmulheres na cultura de seu povo. D) mostrou que as mulheres são mais sensíveis que os homens. E) provou que tinha a proteção e a preferência dos ancestrais da tribo. 112. De acordo com o texto, para os Yawanawá, falar mansa e pausadamente, não encarar o interlocutor, não gesticular nem gritar ou gargalhar são demonstrações de: A) evolução espiritual. B) efeito alucinógeno. C) santidade do pajé. D) educação religiosa. E) civilidade yawanawá. 113. Releia o segundo parágrafo do texto com especial atenção neste trecho inicial: “O xamã ou pajé é, ao lado do cacique, a maior autoridade de um grupo indígena. No caso dos Yawanawá, são eles os guardiões dos conhecimentos da tribo, desde a medicina até as artes”. Uma falha de concordância verbal leva o leitor a concluir – mesmo que erradamente – que “os guardiões dos conhecimentos da tribo” são: A) o xamã e o pajé. B) o grupo de indígenas. C) o xamã e os indígenas. D) o xamã e o cacique. E) o cacique e os indígenas. 114. “A voz é mansa. O tom é baixo. A fala é pausada.” Essas são as orações que iniciam o texto dado. As três apresentam, na mesma ordem, as mesmas classes de palavras. Marque a alternativa que relaciona corretamente essas classes. A) preposição – substantivo – verbo – adjetivo. B) artigo – substantivo – verbo – adjetivo. C) preposição – adjetivo – verbo – advérbio. D) pronome – advérbio – verbo – adjetivo. E) artigo – substantivo – verbo – advérbio. 115. Na oração “AS DOENÇAS, segundo os Yawanawá, sempre têm explicação espiritual.”, a expressão destacada com letras maiúsculas é o: A) aposto. B) objeto direto. C) predicado. D) sujeito. E) objeto indireto. 116. “Seus modos contrastam com a revolução que liderou em sua própria vida e na tribo Yawanawá.” Assinale a alternativa que relaciona corretamente os termos que se referem a “Rucharlo Yawanawá”, no trecho citado, tornando o texto coeso. A) modos – contrastam – vida – tribo. B) seus – liderou – sua – própria. C) revolução – vida – tribo –Yawanawá. D) contrastam – com – revolução – que. E) a – que –em– na. 117. “A voz é mansa”. O tom é baixo. A fala é pausada. Rucharlo Yawanawá, de 35 anos, conversa como se a tranquilidade a habitasse. Nunca “encara o interlocutor nos olhos, não gesticula, não grita ou gargalha.” O tipo textual que caracteriza esse trecho é a: A) narração. B) argumentação. C) predição. D) instrução. E) descrição. 118. “Fazem também a INTERLOCUÇÃO entre os vivos e os ANCESTRAIS.” Marque a alternativa com as palavras que substituem, respectivamente, os dois termos destacados com letras maiúsculas e modificam o sentido desse fragmento do texto. A) diálogo – antepassados. B) comunicação – ascendentes. C) locução – descendentes. D) contato – antecessores. E) conversação – antecedentes. 119. “ACREDITA-SE que tenham dons sobrenaturais – de adivinhação, de cura e até mesmo de matar inimigos telepaticamente.” A forma verbal em destaque nesse trecho indica: A) certeza. B) dúvida. C) confiança. D) crença. E) crendice. TESTES - PORTUGUÊS 42 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 120. No trecho “Em uma aldeia no meio da densa Floresta AMAZÔNICA...”, a palavra destacada com letras maiúsculas está acentuada conforme a mesma regra utilizada para acentuar a palavra: A) evoluídos. B) líder. C) mágicos. D) Yawanawá. E) pajés. 121. “– Eu tinha que provar que era capaz. Sabia que era minha missão colocar as mulheres em um novo patamar, eu tinha que resistir – afirma Rucharlo [...].” Considerando os elementos da comunicação verbal, é correto afirmar que, nesse trecho, o remetente (ou emissor ) e o código por este utilizado, respectivamente, são: A) as mulheres e um novo patamar. B) provar e colocar. C) Eu tinha e patamar. D) minha missão e a matéria do jornal. E) Rucharlo e a língua portuguesa. 122. “As doenças, segundo os Yawanawá, sempre TÊM explicação espiritual.” A acentuação da forma verbal em destaque nesse trecho é: A) correta, já que o verbo está na terceira pessoa do plural, porque concorda com “os Yawanawá”. B) correta, já que o verbo está na terceira pessoa do plural, porque concorda com “As doenças”. C) incorreta, já que o verbo está na terceira pessoa do plural, porque concorda com “os Yawanawá”. D) correta, já que é facultativo acentuar a forma verbal em terceira pessoa, seja do plural, seja do singular. E) incorreta, já que o verbo TER é uma das várias exceções às regras da concordância verbal. 123. “Em uma aldeia no meio da densa Floresta Amazônica e distante sete horas de barco do município acriano mais próximo, Rucharlo se tornou a primeira mulher pajé – líder espiritual – de seu povo ...” Nesse trecho, a jornalista utilizou dois tipos de sinais de pontuação: a vírgula e o travessão. Assinale a alternativa na qual seu uso está respectiva e corretamente justificado. A) Separa o adjunto adverbial de lugar antecipado; destaca uma expressão. B) Separa o predicado; indica a mudança de interlocutor. C) Separa o adjunto adverbial de modo antecipado; indica uma pausa. D) Separa uma oração intercalada; introduz o fim do período. E) Separa a oração principal; isola o complemento verbal. 124. “O efeito alucinógeno e estimulante das substâncias permitiria aos xamãs entrar no mundo dos mortos e nos sonhos das pessoas doentes.” Quanto a esse trecho, é certo afirmar que se trata de um período: A) simples. B) composto por coordenação. C) composto por subordinação. D) composto por coordenação e subordinação. E) simples, composto por coordenação. 125. “De tão BONITOS, seus QUADROS já foram expostos em museus no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.” A relação de concordância entre os termos destacados com letras maiúsculas nesse trecho é: A) verbal e em gênero, número e grau. B) nominal e em gênero e grau. C) nominal e apenas em número. D) nominal e em gênero e número. E) verbal e apenas em número. 126. “É um RARÍSSIMO caso de liderança espiritual indígena feminina no Brasil.” (§ 1) Quanto às suas classificação e flexões, a palavra destacada nesse trecho é um: A) adjetivo, masculino, singular, superlativo absoluto sintético. B) substantivo, masculino, singular, diminutivo. C) adjetivo, masculino, singular, comparativo de inferioridade. D) substantivo, masculino, singular, aumentativo. E) adjetivo, masculino, singular, comparativo de superioridade. TESTES - PORTUGUÊS 43 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 127. “No período da reclusão, Rucharlo começou a Desenhar AS revelações que recebia.” Nesse trecho, como se pode constatar, não ocorrem as condições gramaticais que exigem o uso do sinal indicativo da crase. No caso do termo destacado com letras maiúsculas, NÃO há crase, por que: A) o verbo desenhar exige preposição. B) o verbo desenhar é transitivo direto. C) trata-se apenas de preposição. D) o verbo regente “começar” é intransitivo. E) trata-se de artigo definido no plural. 128. “O processo para se tornar líder espiritual é, assim como o uso da ayahuasca, milenar. Até 2005, ERATAMBÉM EXCLUSIVAMENTE MASCULINO [...].” Assinale a alternativa em que a nova redação dada ao trecho destacado com letras maiúsculas NÃO modifica o seu sentido. A) Há milênios, o uso da ayahuasca era eventualmente exclusivo dos homens. B) Desde 2005, apenas os homens podem se tornar líderes espirituais. C) Depois de milênios, o uso da ayahuasca é também exclusivamentemasculino. D) Até 2005, as mulheres podiam ser líderes espirituais, mas sem usar a ayahuasca. E) Desde 2005, também as mulheres podem se tornar líderes espirituais. 129. Essa imagem é de tela da pintora yawanawá Kátia Hushahu, que é também uma das primeiros xamãs femininas desse povo. Sua produção artística é inspirada em sua experiência espiritual e retrata a memória cultural dos Yawanawá. O texto adiante é um fragmento do poema “O Sonho de Xamã ”, de Eliakin Rufino e Nilson Chaves, dois poetas amazônicos. “Um xamã yanomami sonhou que a fumaça da civilização abriria um buraco no céu e o céu cairia no chão” É correto afirmar que as duas obras mencionadas são exemplos de relação: A) entre um xamã yawanawá, um xamã yanomami e a civilização. B) da pintora Kátia Hushahu com os poetas Eliakin Rufino e Nilson Chaves. C) dos poetas Eliakin Rufino e Nilson Chaves com o xamã dos Yawanawá. D) das artes plásticas e da literatura com culturas e saberes amazônicos. E) entre os resultados de experiências espirituais de diferentes povos indígenas. 130. Essa imagem é reprodução de publicação de “O Estado de S. Paulo” (de março/abril de 2013), que divulga a presença da arte indígena acriana em evento internacional. Este é o texto de capa: “Do Acre para o mundo Exposição leva a Milão luminárias criadas em parceria com os índios iauanauás – UM DOS DESTAQUES DA SEMANA DE DESIGN 2013, evento que você acompanha aqui a partir desta edição.” Assinale a alternativa que apresenta o elemento do texto ao qual se refere a sequência destacada com letras maiúsculas. A) O Acre. B) Os índios iauanauás. C) As luminárias. D) Acidade de Milão. E) O evento. Atenção: Para responder às questões de números 131 a 136, considere o texto abaixo. Ao longo do século XVII, a Holanda foi um dos dois motores de um fenômeno que transformaria para sempre a natureza das relações internacionais: a primeira onda da chamada globalização. O outro motor daquela era de florescimento extraordinário das trocas comerciais e culturais era um império do outro lado do planeta − a China. Só na década de 1650, 40.000 homens partiram dos portos holandeses rumo ao Oriente, em busca dos produtos cobiçados que se TESTES - PORTUGUÊS 44 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL fabricavam por lá. Mas a derrota em uma guerra contra a França encerrou os dias da Holanda como força dominante no comércio mundial. Se o século XVI havia sido marcado pelas grandes descobertas, o seguinte testemunhou a consequência maior delas: o estabelecimento de um poderoso cinturão de comércio que ia da Europa à Ásia. "O sonho de chegar à China é o fio imaginário que percorre a história da luta da Europa para fugir do isolamento", diz o escritor canadense Timothy Brook, no livro O chapéu de Vermeer. Isso determinou mudanças de comportamento e de valores: "Mais gente aprendia novas línguas e se ajustava a costumes desconhecidos". O estímulo a esse movimento era o desejo irreprimível dos ocidentais de consumir as riquezas produzidas no Oriente. A princípio refratários ao comércio com o exterior, os governantes chineses acabaram rendendo-se à evidência de que o comércio significava a injeção de riqueza na economia local (em especial sob a forma de toneladas de prata). Sob vários aspectos, a China e a Holanda do século XVII eram a tradução de um mesmo espírito de liberdade comercial. Mas deveu-se só à Holanda a invenção da pioneira engrenagem econômica transnacional. A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo, criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas. Beneficiando-se dos baixos impostos e da flexibilidade administrativa, ela tornou-se a grande potência empresarial do século XVII. (Adaptado de: Marcelo Marthe. Veja, p. 136- 137, 29 ago. 2012) 131. De acordo com o texto, (A) durante os séculos XVI e XVII, os produtos orientais, especialmente aqueles que eram negociados na China, constituíram a base do comércio europeu, em que se destacou a Holanda. (B) a eficiência administrativa de uma empresa comercial criada na Holanda, durante o século XVII, favoreceu o surgimento desse país como um dos polos iniciais do fenômeno da globalização. (C) a atração por produtos exóticos, de origem oriental, determinou a criação de empresas transnacionais que, durante os séculos XVI e XVII, dominaram o comércio entre Europa e Ásia. (D) a China, beneficiada pelo comércio desde o século XVI, rivalizou com a Holanda no predomínio comercial, em razão da grande procura por seus produtos, bastante cobiçados na Europa. (E) apesar do intenso fluxo de comércio com o Oriente no século XVII, as mudanças de valores por influência de costumes diferentes aceleraram o declínio da superioridade comercial holandesa. 132. ... daquela era de florescimento extraordinário das trocas comerciais e culturais ... (1o parágrafo) Dados constantes do texto, que confirmam a observação acima, dizem respeito. (A) ao aprendizado de novos modelos de comércio entre nações geograficamente distantes e à influência chinesa no continente europeu. (B) às grandes descobertas que marcaram os séculos XVI e XVII e à possibilidade de comércio com a França. (C) ao grande número de comerciantes que saíam da Holanda para o Oriente e ao contato com novos idiomas e diferentes modos de vida. (D) ao espírito de liberdade na busca de produtos ainda desconhecidos por eventuais consumidores europeus e ao acúmulo de riqueza. (E) à superioridade administrativa da Companhia das Índias Orientais e ao comércio ultramarino de produtos de origens diversas. 133. Isso determinou mudanças de comportamento e de valores... (3o parágrafo) O pronome grifado evita a repetição, no texto, da expressão: (A) o estabelecimento de um poderoso cinturão de comércio. (B) a primeira onda da chamada globalização. (C) a derrota em uma guerra contra a França. (D) o desejo irreprimível dos ocidentais. (E) a injeção de riqueza na economia local. 134. "O sonho de chegar à China é o fio imaginário que percorre a história da luta da Europa para fugir do isolamento". (2o parágrafo) O estímulo a esse movimento era o desejo irreprimível dos ocidentais de consumir as riquezas produzidas no Oriente. (3o parágrafo) Considerando-se o contexto, as expressões grifadas nas afirmativas acima seriam corretamente substituídas, respectivamente, por: (A) o caminho fictício - A causa desse impulso (B) o desejo consumista - A busca de riqueza (C) o intenso comércio - A cobiça de bens (D) a finalidade lucrativa - O motor desse fenômeno TESTES - PORTUGUÊS 45 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL (E) a onda inicial - A curiosidade pelo desconhecido 135. A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo, criada em 1602 − foi à mãe das multinacionais contemporâneas. O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que (A) especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio. (B) contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada. (C) enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa. (D) enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela empresa. (E) busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio. 136. A princípio refratários ao comércio com o exterior, os governantes chineses acabaram rendendo-seà evidência de que o comércio significava a injeção de riqueza na economia local. A afirmativa acima está corretamente transcrita, com lógica e clareza, em: (A) De início, os governantes chineses acabaram aceitando o comércio exterior, pois trazia riqueza na economia local, o que era contrário às evidências. (B) A riqueza que entrava na economia local através do comércio com o exterior, os governantes chineses aceitaram esses resultados, apesar de ser contrários a eles. (C) O comércio com outras nações no exterior, os governantes chineses acabaram percebendo a entrada de riquezas na economia local, mesmo se opondo a ele de início. (D) Intrigados com a origem exterior do comércio, os governantes chineses evidenciaram que o tal comércio trazia riqueza para a economia desse local. (E) Os governantes chineses que, de início, se opunham à abertura comercial com outras nações, mudaram seu posicionamento ao perceberem os resultados econômicos desse comércio. Atenção: Para responder às questões de números 137 e138, considere o Texto I, abaixo. Texto I Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Desenvolvimento sustentável foi um termo utilizado pela primeira vez em 1987, como resultado da Assembleia Geral das Nações Unidas, e definido como aquele que "atende as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas". Trata-se, portanto, de uma nova visão de mundo com implicação direta nas relações político-sociais, econômicas, culturais e ecológicas, ao integrar em um mesmo processo o equilíbrio entre as dimensões econômicas, sociais e ambientais. Diz respeito à necessidade de revisar e redefinir meios de produção e padrões de consumo vigentes, de tal modo que o crescimento econômico não seja alcançado a qualquer preço, mas considerando-se os impactos e a geração de valores sociais e ambientais decorrentes da atuação humana. 137. O sentido do Texto I está corretamente exposto em: (A) Tentar diminuir os atuais padrões de consumo será o melhor caminho para se chegar a um real desenvolvimento econômico, de acordo com a proposta das Nações Unidas. (B) Só será possível atender as necessidades futuras com um real crescimento econômico de todos os meios de produção, independentemente dos atuais padrões de consumo. (C) O conceito de sustentabilidade é relativamente datado, pois o crescimento econômico ampliou a necessidade da interferência humana na exploração do meio ambiente. (D) Desenvolvimento sustentável é aquele em que há equilíbrio entre meios de produção e padrões de consumo vigentes, ao lado de uma preocupação ecológica, de preservação ambiental. (E) O sistema econômico sustentável, como propôs em 1987 a Assembleia das Nações Unidas, não condiz com uma visão moderna dos padrões de consumo vigentes. 138. ... que o crescimento econômico não seja alcançado a qualquer preço, mas considerando-se os impactos e a geração de valores sociais e ambientais decorrentes da atuação humana. O sentido da afirmativa acima está corretamente reproduzido, em linhas gerais e com outras palavras, em: (A) o preço do crescimento econômico está além dos impactos oferecidos ao meio ambiente pela atuação do homem, com os seus valores sociais e ambientais. TESTES - PORTUGUÊS 46 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL (B) o crescimento econômico está acima de qualquer valor, seja ele social ou ambiental, mesmo se for considerado os efeitos da atuação do homem no ambiente. (C) nada deve impedir a busca do crescimento econômico, que precisa ter o seu valor estabelecido, onde for necessários a presença humana e os impactos dela. (D) não se deve buscar o crescimento econômico a todo custo, sem levar em consideração os valores sociais e os efeitos decorrentes da interferência humana no meio ambiente. (E) com os impactos ambientais da ação humana, sendo que o crescimento econômico tem seu preço, qualquer que seja os valores sociais e ambientais gerados por ele. Atenção: Para responder às questões de números 139 e 140, considere o Texto II, abaixo. Texto II Em 2012, a ferrovia Madeira-Mamoré, que cruzava 364 quilômetros da Floresta Amazônica completaram 100 anos. Mais de 5 mil operários, entre os 60 mil contratados, morreram vítimas de doenças tropicais durante a construção da estrada de ferro, entre 1907 e 1912. A ferrovia foi concebida para transportar a borracha vinda da Bolívia até o rio Madeira e, de lá, para o Oceano Atlântico, mas se tornou obsoleta antes mesmo de ser finalizada, devido à decadência do ciclo seringueiro na Amazônia. Desativada parcialmente em 1966, e por completo em 1972, a ferrovia foi tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), e terá 7 quilômetros de vias recuperadas pela empresa que constrói a hidrelétrica de Santo Antônio, como uma das compensações pelo impacto ambiental provocado pela obra. A recuperação depende do deslocamento das famílias residentes nos trilhos do trecho que será destinado aos passeios turísticos. Foram recuperados a antiga estação ferroviária de Porto Velho, alguns vagões e o paisagismo original. (Adaptado de: Horizonte Geográfico, n. 144, ano 25. p. 13). 139. O Texto II informa claramente que (A) a extensão da Floresta Amazônica foi o principal obstáculo para o funcionamento da ferrovia. (B) toda a área ambiental em torno da ferrovia Madeira-Mamoré deverá ser recuperada. (C) moradores da região amazônica impedem a reativação da ferrovia Madeira-Mamoré. (D) a ferrovia Madeira-Mamoré tem sido importante meio de transporte de borracha na Amazônia. (E) um pequeno trecho da antiga ferrovia Madeira- Mamoré será destinada ao turismo. 140. ... mas se tornou obsoleta antes mesmo de ser finalizada ... O fato que justifica a afirmativa acima está expresso em: (A) atrasos na construção da ferrovia. (B) insalubridade da floresta, que originava doenças. (C) declínio do comércio da borracha, na época. (D) desativação parcial da ferrovia, em 1966. (E) alteração da extensão inicial da ferrovia. Atenção: Para responder à questão abaixo, considere os Textos I e II apresentados anteriormente. 141. A informação constante do Texto II que mais se aproxima do conceito de sustentabilidade (Texto I) diz respeito (A) ao deslocamento de famílias que residem nos trilhos da ferrovia. (B) à destinação da ferrovia ao transporte da borracha. (C) ao tombamento da ferrovia pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. (D) à construção de uma usina hidrelétrica na região. (E) à recuperação do paisagismo original da região. Atenção: Para responder às questões de números 142 a 145, considere o texto abaixo. O Sul esteve por muito tempo isolado do resto do Brasil, mas nem por isso deixou de receber influências musicais que chegavam de outras regiões do país e do mundo. Mário de Andrade já tinha decifrado brilhantemente em seu Ensaio sobre a música brasileira as fontes que compõem os ritmos nacionais: ameríndia, africana, europeia (principalmente portuguesa e espanhola) e hispano-americana (Cuba e Montevidéu). A gênese da música do Rio Grande do Sul também pode ser vista como reflexo dessa multiplicidade de referências. Há influências diretas do continente europeu, e isso se mistura à valiosa contribuição do canto e do batuque africano, mesmo tendo sido perseguido, vigiado, quase segregado. O vanerão* é próprio do Sul, e a famosa modinha, bem própria de Santa Catarina, onde TESTES - PORTUGUÊS47 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL se encontra um dos mais antigos registros do estilo no Brasil. De origem lusitana, a modinha tocada na viola, chorosa, suave e, enfim, romântica, tornou o gênero uma espécie de "mãe da MPB"**. *Vanerão = Ritmo de origem alemã, desenvolvido no sul. **MPB = Música Popular Brasileira (Adaptado de: Frank Jorge, de Porto Alegre. Revista da Cultura, 18. ed. p. 30, jan. 2009) 142. Conclui-se corretamente do texto que: (A) a música que caracteriza a região Sul se diferencia da que se encontra no restante do Brasil, em razão do longo isolamento em que permaneceu essa região. (B) diversas manifestações musicais que aparecem em alguns estados distinguem-se, por sua origem, do conceito de música popular brasileira. (C) estudos especializados e registros encontrados em alguns estados evidenciam as influências, até as mais remotas, recebidas na formação da música brasileira. (D) o pesquisador Mário de Andrade enfatizou, em sua obra, os diferentes ritmos musicais encontrados na música da região Sul do Brasil. (E) o Estado de Santa Catarina é o único do país em que se encontra um estilo de música popular marcada por um ritmo mais suave e romântico. 143. A gênese da música do Rio Grande do Sul também pode ser vista como reflexo dessa multiplicidade de referências. O sentido da frase acima está corretamente transcrito, com outras palavras, em: (A) Os reflexos da música do Rio Grande do Sul podem ser observados nas mais diversas referências brasileiras. (B) A música do Rio Grande do Sul recebeu igualmente, desde o início, as múltiplas influências que se observam na música brasileira. (C) No Rio Grande do Sul também podem ser reconhecidas a origem das referências musicais de todo o Brasil. (D) No início da música do Rio Grande do Sul ainda podem observar o reflexo das influências da música brasileira. (E) As múltiplas influências que se receberam na música do Rio Grande do Sul também podem ser vista como reflexo do Brasil. 144. De origem lusitana, a modinha tocada na viola, chorosa, suave e, enfim, romântica, tornou o gênero uma espécie de "mãe da MPB". O sentido da afirmativa acima está corretamente transcrito, em linhas gerais, em: (A) A modinha, que era de origem lusitana, enquanto fosse tocada na viola, com ritmo suave e romântico, tal como na geração da música popular brasileira. (B) As espécies musicais derivadas da modinha devem ser suaves e românticas, assim como eram tocadas na sua origem, em Portugal, na viola. (C) A influência suave e romântica da música lusitana gerou a música popular brasileira, dando origem, depois dela, à modinha tocada na viola. (D) Originada em Portugal, a modinha tocada na viola, de som suave e romântico, se transformou em inspiração para a música popular brasileira. (E) Como em Portugal, de onde vem a modinha, de ritmo suave e romântico, assim como chorona, a viola que gera a música popular brasileira. 145. ... mesmo tendo sido perseguido, vigiado, quase segregado. (final do 2o parágrafo) O segmento acima deve ser entendido, considerando-se o contexto, como. (A) uma observação que valoriza a persistente contribuição africana para a música brasileira. (B) restrição ao sentido do que vem sendo exposto sobre a música popular brasileira. (C) a causa que justifica a permanência da música de origem africana no Brasil. (D) as consequências da presença dos escravos e sua influência na música popular brasileira. (E) uma condição favorável à permanência da música popular de origem africana. Atenção: Para responder às questões de números 146 a 151, considere o texto abaixo. O preço foi uma das mais revolucionárias criações de todos os tempos. Invenção sem dono. Melhor seria chamá-la de uma evolução darwinista, resultado de milhares de anos de adaptação do ser humano à vida em sociedade: sobreviveu a maneira mais eficiente que o homem encontrou para alocar recursos escassos, no enunciado da definição clássica da ciência econômica. Diariamente tomamos decisões (comprar uma gravata, vender um apartamento, demitir um funcionário, poupar para uma viagem, ter um filho, derrubar ou plantar uma árvore), ponderando custos e benefícios. TESTES - PORTUGUÊS 48 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL É a soma dessas ações, feitas no âmbito pessoal, que regula o custo e a disponibilidade de gravatas, apartamentos, funcionários, viagens, filhos ou mesmo árvores. Como diz o jornalista americano Eduardo Porter em O preço de todas as coisas, "toda escolha que fazemos é moldada pelo preço das opções que se apresentam diante de nós, pesada em relação a seus benefícios”. As consequências dessa atitude, mostra Porter, nem sempre são óbvias. Até as formas femininas estão submetidas a uma virtual bolsa de valores, e o que se apresenta como grátis também tem seu preço – sem falar que a dinâmica da fixação de preços pode falhar miseravelmente, como comprovam as bolhas financeiras. (Giuliano Guandalini. Veja, 3 de agosto de 2011, com adaptações) 146. De acordo com o texto, o preço de todas as coisas é estabelecido. (A) pelo valor das escolhas pessoais, apesar das regras da economia clássica existentes na sociedade de consumo. (B) por sua situação no mercado consumidor, que determina custos menores em função do aumento da oferta. (C) por economistas que se especializam em avaliar os objetos de consumo mais procurados pelas pessoas. (D) pelo acordo possível entre pessoas que desejam comprar e aquelas que precisam desfazer-se de seus bens. (E) pela relação que as pessoas fazem habitualmente entre custo e benefício quando tomam suas decisões. 147. A ideia contida no 2o parágrafo é: (A) O cálculo do preço de qualquer produto pode basear-se não somente em aspectos objetivos como também em elementos subjetivos. (B) Todas as escolhas feitas determinam um preço real, calculado pelos envolvidos nos negócios, a partir da importância de cada uma dessas escolhas. (C) As decisões de comprar ou vender algo são rotineiras em uma sociedade de consumo, fato que dá origem a um cálculo do valor dos produtos. (D) Os benefícios resultantes da fixação de preços adequados para as diferentes decisões tomadas individualmente atingem todo o grupo social. (E) As pessoas geralmente tendem a optar por escolhas cujo preço esteja de acordo com as possibilidades de realização daquilo que pretendem obter. 148. Invenção sem dono. (1o parágrafo) A afirmativa acima se justifica pelo fato de que (A) as condições que regulavam as trocas comerciais na antiguidade não permitiam estabelecer valores adequados para os objetos em circulação. (B) a história da humanidade não tem registros a respeito do primeiro grupo social que estabeleceu preços para todas as coisas. (C) o preço das coisas sofreu evolução resultante da necessidade de acomodação do homem às condições da vida em sociedade. (D) os formuladores das doutrinas econômicas que atualmente vigoram no mercado não se preocuparam em identificar os idealizadores da fixação de preços. (E) os poucos recursos à disposição do homem primitivo impediam que houvesse qualquer espécie de transação comercial, o que impossibilitava a fixação de preços. 149. Evidencia-se uma opinião pessoal do autor e não simplesmente um fato no segmento: (A) ... uma evolução darwinista, resultado de milhares de anos de adaptação do ser humano à vida em sociedade ...(B) O preço foi uma das mais revolucionárias criações de todos os tempos. (C) ... que o homem encontrou para alocar recursos escassos,no enunciado da definição clássica da ciência econômica. (D) É a soma dessas ações [...] que regula o custo e a disponibilidade de gravatas ... (E) As consequências dessa atitude, mostra Porter, nem sempre são óbvias. 150. ... sem falar que a dinâmica da fixação de preços pode falhar miseravelmente, como comprovam as bolhas financeiras. O segmento grifado acima constitui, no contexto, (A) comentário crítico do autor do texto à obra do jornalista americano citado. (B) exemplo para realçar o equilíbrio nos preços de todas as coisas nas relações de compra e venda. (C) argumento que confirma a possibilidade de erros de avaliação no estabelecimento de preços. (D) referência a uma situação que contribui para o desenvolvimento da economia. (E) demonstração da eficácia das teorias econômicas no controle de preços. 151. (comprar uma gravata, vender um apartamento, demitir um funcionário, poupar para uma viagem, ter um filho, derrubar ou plantar uma árvore) TESTES - PORTUGUÊS 49 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL O segmento entre parênteses constitui (A) transcrição de um diálogo, que altera o foco principal do que vem sendo exposto. (B) constatação de situações habituais, com o mesmo valor de mercado, vivenciadas pelas pessoas. (C) reprodução exata das palavras do jornalista americano citado no texto, referentes à rotina diária das pessoas. (D) interrupção intencional do desenvolvimento das ideias, para acrescentar informações alheias ao assunto abordado. (E) sequência explicativa, que enumera as eventuais decisões que podem ser tomadas diariamente pelas pessoas. Atenção: Para responder às questões de números 152 a 155, considere os Textos I e II abaixo. Texto I. Entre outras, constam no Dicionário Houaiss as seguintes definições a respeito do verbo vender: − transferir (bens ou mercadorias) para outrem em troca de dinheiro; − praticar o comércio de; comerciar com; negociar; − convencer (alguém) a aceitar (alguma coisa); persuadir (alguém) das boas qualidades de (uma ideia, um projeto etc.); − trabalhar como vendedor; − ser facilmente vendável; ter boa aceitação de consumo. [...] Texto II. Também são determinantes no discurso persuasivo a afirmação e a repetição. A propaganda não pode dar margem a dúvidas; a meta é aconselhar o destinatário e conquistar a sua adesão. Daí as frases afirmativas e o uso do imperativo na peroração ("abra sua conta", "ligue já"). A repetição objetiva minar a opinião contrária do receptor por meio da reiteração. É possível encontrá-la não apenas na construção frasal, sobretudo nos slogans que são insistentemente repetidos (quer na forma verbal quer na escrita) junto à marca do produto, mas também nas diversas inserções da peça publicitária nos veículos conforme seu plano de mídia. Não por acaso, o termo propaganda [...] originou-se do verbo propagare, "técnica do jardineiro de cravar no solo os rebentos novos das plantas a fim de reproduzir novas plantas que depois passarão a ter vida própria" – uma ação, portanto, nitidamente repetitiva. (Carrascoza, João A. A evolução do texto publicitário. São Paulo: Futura, 1999, p. 44 e 45) 152. Tomando-se como referência o que consta nos dois textos, a afirmativa correta é: (A) O Texto I pode ser corretamente entendido como uma espécie de resumo do assunto que é desenvolvido no Texto II. (B) O desenvolvimento do Texto II está desvinculado do que consta do dicionário em relação aos sentidos do verbo vender. (C) O conteúdo do Texto I apresenta sentido de oposição ao que se lê no Texto II. (D) O sentido principal do Texto I está no verbo vender, enquanto o do Texto II está no verbo propagar, verbos que não podem ser empregados como sinônimos. (E) A ideia central do Texto II aparece explicitada em um dos possíveis significados do verbo vender, transcritos no Texto I. 153. Com base no Texto II, conclui-se que o sentido de propaganda está corretamente expresso em: (A) repetição de uma única ideia até que o público a quem se dirige a mensagem se canse de ouvir sempre as mesmas frases. (B) serviços oferecidos por um vendedor, ao criar novas ideias em um mercado já estabilizado e conhecido. (C) imitação por vendedores de um fenômeno da natureza, o de espalhar ideias como se faz a reprodução de plantas. (D) difusão de mensagens convincentes e repetitivas, faladas ou escritas, nos meios de comunicação, visando ao consumo de um produto. (E) insistência voltada para os benefícios trazidos pelo consumo, seja de produtos naturais, seja de objetos criados pelo homem. 154. ...a meta é aconselhar o destinatário e conquistar a sua adesão. (Texto II) Dentre os verbos que constam como sinônimos de vender no Texto I, o sentido mais próximo do segmento destacado acima é: (A) transferir (bens ou mercadorias) para outrem em troca de dinheiro. (B) persuadir (alguém) das boas qualidades de (uma ideia, um projeto etc). (C) praticar o comércio de. (D) ser facilmente vendável. (E) trabalhar como vendedor. 155. “técnica do jardineiro de cravar no solo os rebentos novos das plantas a fim de reproduzir novas plantas que depois passarão a ter vida própria.” (Texto II). O segmento transcrito acima (A) esclarece o sentido exato do antigo verbo propagare. (B) contém a ideia principal de todo o parágrafo em que ele se encontra. TESTES - PORTUGUÊS 50 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL (C) confirma a informação de que não pode haver dúvida na propaganda. (D) traz a informação de que jardineiros também são propagandistas de ideias. (E) diferencia o trabalho manual daquele que envolve a divulgação de ideias. Atenção: Para responder às questões de números 156 a 160, considere o texto abaixo. Depois de passar quase 200 mil anos vivendo em pequenos grupos nômades, os seres humanos (ou alguns deles, pelo menos) resolveram que era hora de assentar, criando vilas e cidades. A questão é: por quê? Durante muito tempo, a resposta-padrão foi simples: por causa da invenção da agricultura. Ao descobrir maneiras de produzir alimentos em grande escala, certos povos que viveram a partir de uns 10 mil anos atrás desencadearam uma explosão populacional que foi resolvida com outra invenção, a da vida urbana. Acontece que a sequência verdadeira pode ser exatamente a oposta, indicam dados arqueológicos que se acumularam nos últimos anos. Ao menos no Crescente Fértil – a região que engloba países como Iraque, Israel, Turquia e Síria, considerada o berço da civilização ocidental –, as pessoas parecem ter primeiro se juntado em assentamentos densos e só depois – em parte como consequência da aglomeração – ter desenvolvido o cultivo de plantas e a criação de animais. E o processo parece ter começado muito antes do momento em que a agricultura propriamente dita entra em cena. Restos de plantas aparecem em sítios arqueológicos com indícios de população cada vez maior. O número de espécies vegetais usadas se reduz, mas essas plantas continuam com suas características selvagens, o que indica que estavam apenas sendo coletadas mais intensivamente. Da mesma maneira a caça consumida por esses grupos sedentários fica menos diversificada, concentrando-se em poucas espécies que se reproduzem rápido, como lebres, raposas e aves. E só quando o uso dos recursos selvagens chega ao limite, sinais claros de vegetais cultivados aparecem. (Reinaldo José Lopes. Folha de S. Paulo, Ciência, C15, 15 de abril de 2012,com adaptações) 156. A afirmativa que resume corretamente o desenvolvimento do texto é: (A) Alguns povos primitivos descobriram técnicas de reprodução rápida de diversas espécies animais. (B) O cultivo de alimentos permitiu o assentamento de seres humanos em vilas bastante povoadas. (C) A agricultura acelerou a evolução da espécie humana em núcleos densamente habitados. (D) Pesquisas arqueológicas indicam que a vida urbana pode ter surgido bem antes da agricultura. (E) Dados arqueológicos revelam cultivo intenso de vegetais em núcleos de habitação bastante primitivos. 157. (ou alguns deles, pelo menos) (1o parágrafo) Considerando-se o contexto, a observação transcrita acima. (A) sugere que a explosão populacional da antiguidade foi a consequência imediata da invenção da vida urbana. (B) confirma a hipótese de que a resposta para o assentamento urbano está na invenção da agricultura. (C) assinala que a descoberta de maneiras de produzir alimentos em larga escala extinguiu os pequenos grupos nômades. (D) restringe a afirmativa de que os seres humanos resolveram que era hora de assentar, criando vilas e cidades. (E) indica que as primeiras cidades surgiram há muito tempo no Crescente Fértil [...], berço da civilização ocidental. 158. Da mesma maneira a caça consumida por esses grupos sedentários fica menos diversificada, concentrando-se em poucas espécies que se reproduzem rápido ... (último parágrafo) A partir do segmento grifado na frase acima, é correto afirmar que: (A) alguns povos primitivos se alimentavam unicamente da caça aos pequenos animais criados nos assentamentos. (B) somente animais domesticados podiam servir de alimento para as pessoas que viviam em assentamentos. (C) um grande número de pessoas em núcleos bastante povoados levava à necessária oferta de alimentos. (D) a reprodução de animais era sinal da prosperidade dos grupos que passaram a viver em comunidades primitivas. (E) o número de espécies animais criadas pelo homem primitivo nos primeiros assentamentos era grande e diversificado. TESTES - PORTUGUÊS 51 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 159. Há no texto informação clara de que (A) as cidades da região mais civilizada da antiguidade serviram de modelo para as sociedades que se espalharam por todo o mundo conhecido nessa época. (B) o homem que vivia em núcleos urbanos somente passou a cultivar vegetais depois que se reduziu a oferta de recursos naturais, que eram até então coletados. (C) a produção de alimentos foi responsável pela explosão populacional em uma região que, por sua localização, facilitou o surgimento das primeiras cidades bem organizadas. (D) a maior dificuldade existente nos assentamentos urbanos mais antigos se concentrava na área de cultivo de alimentos, em função do grande número de habitantes. (E) é extremamente difícil encontrar dados arqueológicos que tragam respostas para explicar o modo de vida do homem primitivo nos aglomerados urbanos. 160. Ao descobrir maneiras de produzir alimentos em grande escala, certos povos que viveram a partir de uns 10 mil anos atrás desencadearam uma explosão populacional que foi resolvida com outra invenção, a da vida urbana. Outra redação para a frase acima, em que se mantêm a correção, a clareza e, em linhas gerais, o sentido, está em: (A) Há mais ou menos 10 mil anos, a descoberta da produção de alimentos para um grande número de pessoas permitiu o crescimento da população e, em consequência, os aglomerados urbanos. (B) O vertiginoso aumento da população, onde se criou os assentamentos urbanos, com a produção de alimentos para o grande número de pessoas que ali viviam, há 10 mil anos. (C) Com a descoberta dos alimentos e o que podia ser cultivado para manter um grande número de seres humanos nos assentamentos, criaram-se as condições da vida urbana, em época primitiva. (D) Foi um povo primitivo, de 10 mil anos atrás, que descobriram como cultivar alimentos, destinados para as pessoas que explodiram a população da vida urbana, também criada. (E) Aos 10 mil anos, com a descoberta de como ter alimentos cultivados para a explosão do número das pessoas vivendo em núcleos de vida urbana, permitindo sua alimentação. Leia, atentamente, os textos I e II para responder às questões de 161 a 168. TEXTO I Cidadezinha qualquer Casas entre bananeiras Mulheres entre laranjeiras Pomar amor cantar. Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar. Devagar... as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. 2. ed. São Paulo: Abril, 1982, p. 37.) TEXTO II Cidadezinha Qualquer versus Nadópolis 1. Cidadezinha Qualquer, os leitores fiquem sabendo logo, é uma cidade comum localizada em uma região distante de um longínquo país. O que os leitores não sabiam ainda, pois eu ainda não lhes contei, e agora conto, é que existe uma cidade chamada Nadópolis, sede de um município fronteiriço com Cidadezinha Qualquer. (...) Nadópolis era uma cidade meio antipática mesmo. Não, não era birra dos cidadãos cidadequalquerianos: Nadópolis tinha um ar arrogante e antipático! A começar pelo nome pomposo. Esse “polis” grego e sofisticado no final do nome, essa pose forçada que destoa do ambiente natural da região, renega a história... Isso para não falar da mania que tinham os nadopolenses de apregoar as vantagens de viver em um município como o seu. Era comum ouvi-los dizer: 2. - “Nadópolis é a cidade mais porreta da região; lá todo mundo veve bem e nóis não tem os pobrema qui as outra cidade de perto tudo tem...” 3. Para que os leitores não julguem o autor muito parcial é bom que se diga: realmente Nadópolis era mais próspera do que Cidadezinha Qualquer. Graças ao incremento de sua agricultura e à grande soma de recursos e trabalho que isto envolve, Nadópolis, àquela época, vivia o seu período de esplendor. Grandes e suntuosas construções erguiam-se por toda parte, o comércio local atraía compradores de toda a proximidade, a vida noturna era agitadíssima. Grupos de visitantes eram levados para pontos estratégicos para serem orientados por um agente turístico sobre as maravilhas da cidade. Como não podia deixar de ser, a arrecadação da Prefeitura local também era das melhores. 161. Compare o Texto I com o Texto II e avalie as afirmativas. TESTES - PORTUGUÊS 52 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL I. No Texto I, o último verso funciona como elemento surpresa, pois introduz um comentário que muda totalmente a proposta do poema. II. No Texto II, o narrador confere um tom irônico e bem-humorado à narrativa e faz uso da gíria para caracterizar a fala dos habitantes do lugar. III. Nos dois textos, as cidades às quais os autores se referem são reais, embora apresentem também características fantasmagóricas. IV. No Texto II, em alguns momentos, o narrador dialoga com o leitor, na tentativa de torná-lo cúmplice do que pretende relatar. Está de acordo com os textos o que se afirma SOMENTE em a) I. b) II e III. c) I e IV. d) I, II e IV. 162. Considere as afirmações seguintes e assinale a CORRETA. a) Os termos “cidadequalquerianos” e “nadopolenses” (Texto II) constituem neologismos, entendendo-os como aquelas unidade lexicais que são sentidas como novas na comunidade linguística. b) O título do Texto II tem uma conotação negativa expressa pela noção de insuficiência contida na palavra“versus” c) Uma das diferenças entre os textos I e II é que o Texto II apresenta uma redação que não exige tanta inferência e não carrega tanto conteúdo pressuposto no Texto I. d) No Texto II há alternância de traços narrativos e dissertativos ao longo dos parágrafos, com ausência de traços descritivos mesclados a comentários interpretativos. 163. Transpondo corretamente para a voz ativa a oração “para serem orientados por um agente turístico” (Texto II, § 3), obtém-se: a) para que fossem orientados por um agente turístico. b) para um agente turístico os orientarem. c) para que um agente turístico lhes orientassem. d) para um agente turístico instruí-los. 164. Sobre o Texto I, é possível afirmar que o poema. a) mostra, com sentimento piedoso e comiseração, o desajuste existencial do homem diante da vida. b) aborda, com uma linguagem sintética, a monotonia e o tédio que predominam em pequenas cidades do interior. c) enfoca uma preocupação de ordem política e social que sintetiza o “sentimento do mundo” do sujeito lírico. d) enfatiza uma visão nostálgica do passado, por meio de uma linguagem simples e pouco elaborada. 165. No texto I, constitui um ingrediente discursivo utilizado pelo poeta. a) o uso também da linguagem coloquial, que se desvia do padrão culto da língua. b) a exposição argumentativa de ideias, que se efetiva pela ausência de linguagem figurada. c) a linguagem verbal articulada com situações imagéticas, para dar mais veracidade aos fatos. d) os recursos de natureza narrativa que visam a estabelecer um constante diálogo com o leitor. 166. ...... seja promovida, ela dará uma festa, ...... ninguém ponha em dúvida seu sincero e imediato reconhecimento. A frase acima ganha sentido lógico e completo preenchendo-se as lacunas, respectivamente, com as expressões: A) Mesmo que - para que B) Embora - a fim de que C) Tão logo - mesmo que D) Ainda que não - tão logo E) Não obstante - a menos que TEXTO I Domingo, 26 de abril de 2009 Um Puxão de Orelha Duas cidades do interior paulista adotaram uma espécie de “toque de recolher” para crianças e adolescentes sob a justificativa de tentar reduzir a criminalidade. Em Ilha Solteira e Itapura, no noroeste do Estado, menores de 13 anos podem ficar na rua até as 20h30. Adolescentes de 13 e 14 anos, até as 22h. Para quem tem 16 e 17 anos, o limite é 23h. Menores de 15 anos estão proibidos de frequentar lan houses. (...) A medida foi baseada em atitude parecida determinada por um juiz de Fernandópolis (553 km de SP). TESTES - PORTUGUÊS 53 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL Nesta semana veio à mídia uma polêmica envolvendo o tal toque de recolher imposto pelas prefeituras de Fernandópolis e Ilha Solteira. O que era de se esperar, muitos adolescentes abominaram a decisão do juiz, enquanto seus pais adoraram a ideia. - Ah, mas a minha filha não me escuta, é cabeça dura! - Tem que fazer isso mesmo. Essa molecada não tem juízo! Do outro lado, uma adolescente questiona, conforme mostrado no Fantástico: - Se é pra reduzir a criminalidade, e os jovens que não estão fazendo nada de errado, tem que pagar pelos outros? Ricardo Cabezon, presidente da comissão de direitos da criança e do adolescente da OAB de São Paulo, diz, no mesmo programa: - Isso fere a constituição. (...) Liberdade de ir e vir, liberdade de educar, liberdade de poder escolher entre o que é certo e o que é errado. (...) Viver na democracia é também oferecer às pessoas a oportunidade de elas entenderem o peso dos seus atos. Se o jovem quis ficar acordado à noite e ele passar o outro dia com sono, ele tem que entender que isso não é bom para ele. Opiniões contra ou a favor fazem parte de medidas polêmicas da justiça, como essa. A questão é, chegamos a um ponto em que a justiça precisa determinar as horas que os adolescentes voltam para casa, tarefa que normalmente caberia aos pais. Antigamente, mesmo um garoto de 17 anos tremia todo só de perceber que seu pai o olhava com um ar mais severo. Hoje, vemos casos cada vez mais grotescos de filhos que até matam seus pais por motivos banais. (Danilo Moreira) TEXTO II Cidadezinha qualquer Casas entre bananeiras Mulheres entre laranjeiras Pomar amor cantar. Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar. Devagar... as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus. O Texto I apresenta a realidade política vivida hoje, no século XXI, em que a ideologia de dias pacificados pela “mesmice” se quebra a partir da imagem apresentada. O Texto II apresenta, de forma lírica, a realidade de uma vida pacata, o que faz com que a ideologia de vida evidenciada se desenvolva pelos elementos morfológicos presentes. Os dois textos edificam um modelo de sociedade que rompe com os padrões de vida em social, apresentando distinções ideológicas. A partir das relações entre os textos, leia as afirmativas abaixo: I. Em ambos os textos, os autores apresentam as cidades sob olhares distintos, de forma diversa, o que proporciona a cada estilos também distintos de formas de escrever; II. Em ambos os textos, o conceito da ideia de “liberdade” é dado de forma distinta: no Texto I, a liberdade é vista como parte fundamental dos direitos do homem, encontrada, inclusive como parte integrante da Constituição Federal de 1988; já no Texto II, a liberdade é vista de forma poética e conotativa, o que vem configurar a diferença entre as sociedades de épocas diferentes. III. O Texto I apresenta o valor reverencial do jovem em relação aos pais, como elemento negativo na conduta da decisão judicial; IV. O Texto II apresenta a distinção temporal existente em relação ao Texto I, demonstrando a sequência das ações através da ideia expressa pelo verbo “devagar”, garantindo ao Texto II uma sequência de fatos diversos. Marque a alternativa CORRETA: a) As afirmativas I e IV estão corretas; b) As afirmativas I e II estão corretas; c) As afirmativas II e III estão corretas; d) As afirmativas III e IV estão corretas. 168. Leia as informações abaixo: I. O nome da cidade é Nadópolis. II. A população da cidade a respeita muito. O elemento de ligação MAIS adequado para reunir, na mesma sequência, os pensamentos, é: a) onde. b) que. c) cuja. d) quanto. Leia atentamente as charges para responder as questões 09, 10 e 11. CHARGE I TESTES - PORTUGUÊS 54 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL CHARGE II CHARGE III 169. Assinale a afirmativa FALSA. a) A frase “Espelho, espelho meu, existe no Brasil alguém mais sujo do que eu?” (Charge I) se justifica pelo processo intertextual da paródia. b) Considerando as diferenças entre língua oral e escrita, a fala do personagem no segundo balão da Charge III representa uma inadequação da linguagem usada no contexto. c) A palavra “sanção” (balão 1 da Charge II) admite como variante linguística “sansão”, que pode substituir a primeira sem alterar o sentido da frase d) No 2º balão da Charge I, o termo “limpinhos” está entre aspas por trazer ao contexto uma conotação irônica. 170. Está CORRETO o que se afirma em a) Na Charge II, “unanimidade” é um adjetivo que possui relação sinonímica com o vocábulo “idiossincrasia”. b) Expressões como “uma laranja” e “empresa de fachada” (Charge III) caracterizam ações adversas às propostas do projeto Ficha Limpas. c) No segundo e terceiro balões da Charge II há verbosde primeira conjugação empregados no modo indicativo. d) Na frase “... existe no Brasil alguém mais sujo do que eu?” (Charge I), “mais” é uma conjunção coordenativa que expressa oposição. 171. Assinale a alternativa que NÃO apresenta um exemplo de coloquialismo. a) “E, aí, nobre colega?!” b) “Toda unanimidade é burra.” c) “To procurando trabalho.” d) “Mande flores para Dilma.” Leia, atentamente, o texto abaixo para responder às questões de 172 a 175. Congresso fixa lei 1. Com o advento da Lei Complementar nº 135, de 4 de junho de 2010, que alterou a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, o país celebrou a aprovação da figura que foi denominada de “ficha limpa”, porque lutou muito para isso. 2. Não se discute - e já vem tarde, a necessidade de lei que permita o aperfeiçoamento do processo democrático, afastando das urnas os condenados por crimes e outras irregularidades graves contra direitos fundamentais e princípios republicanos. O povo respira aliviado. É o desejo, e não já da cidade, senão de toda a população. 3. Mas algumas reflexões se impõem para esclarecer e equacionar com serenidade e equilíbrio alguns postulados que devem nortear o aprimoramento da sociedade, permitindo-nos legar às gerações futuras um cenário melhor, pois a nação que briga por seus direitos progride. 172. A frase que encabeça o título está a) inteligível, porque a ordem de colocação das palavras permite identificar-lhes a função sintática. b) incorreta, porque não traz determinante junto do substantivo. c) ambígua, porque nela ocorrem simultaneamente dois verbos. d) correta, porque as três palavras que a compõem pertencem à mesma classe gramatical. 173. Leia o trecho transcrito: “O povo respira aliviado.” A predicação do verbo negritado na frase acima se repete em a) Mesmo com os meus conselhos, ele continua ansioso. b) O presidente nomeou Catarina primeira secretária. c) Só ficarão acesas as lâmpadas da sala e do corredor. d) O filho dependia da mãe para as atividades diárias. TESTES - PORTUGUÊS 55 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 174. Em “É o desejo, e não já da cidade, senão de toda a população”, a palavra assinalada pode ser substituída, sem que haja alteração de sentido, por: a) Exceto b) Mas sim c) Portanto d) Até porque 175. Assinale a única alternativa CORRETA. a) Na frase “permitindo-nos legar às gerações futuras um cenário melhor”, o sinal de crase foi usado inadequadamente antes de palavras femininas no plural. b) Em “Não se discute”, ocorre a próclise, mas admite-se também o uso do pronome posposto ao verbo, como em “Não discute-se”. c) A oração relativa “que briga por seus direitos” (§ 3) restringe o significado do vocábulo “nação”. d) A palavra “porque” na frase “porque lutou muito para isso” (§ 1) pode ser utilizada com a mesma grafia na introdução de uma frase interrogativa. Leia o texto a seguir para responder às questões de 176 a 180. O PAPEL TEM FUTURO A sociedade sem papel está se aproximando, queiramos ou não. Não podemos enterrar a cabeça na areia. Podemos escolher ignorar o mundo eletrônico, mas isso não fará diferença, escreveu o cientista da informação Frederico Wilfrid Lancaster em... 1978. Ao lado de outros entusiastas do futuro digital, ele previa um mundo maravilhoso com grande variedade de obras à disposição dos estudantes, menos impressões e redução de custos. Bibliotecas inteiras caberiam numa mesa. Quem não se adaptasse a tempo e abandonasse o papel viveria uma transição caótica. Trinta e cinco anos depois, muito do futuro imaginado por ele se concretizou. Mas o papel ainda persiste. As bibliotecas continuam abarrotadas. Os livros impressos convivem com a popularização dos e-readers e tablets. “Usar um não significa descartar o outro”, afirma o escritor Nicholas Basbanes, autor do livro recém-lançado On paper (No papel), sem edição no Brasil. Num momento em que se discute o futuro do papel e até sua eventual extinção, o livro de Basbanes tenta explicar sua importância e a maneira como ele influenciou o curso da história. Bibliófilo, ele investigou a origem do papel e seus diferentes usos. Conversou com pesquisadores, donos de indústrias, bibliotecários e até com pessoas que ainda fazem papel à mão, como há 2 mil anos. A longa jornada pela história do papel convenceu Basbanes de que a supremacia do papel tem raízes profundas – e será impossível substituí-lo. Basbanes diz que os livros não se tornarão obsoleto tão cedo, porque são os mais simples e confiáveis meios de preservação. Dispositivos eletrônicos e softwares estão em constante mudança. Aquilo que foi registrado num formato específico pode não ser lido amanhã. “Já segurei nas mãos um livro com mais de 500 anos. Você pode dizer, com segurança, que o mesmo acontecerá com uma obra criada digitalmente?”, diz Basbanes. É inegável que a tecnologia altera hábitos, mas as características únicas do livro tradicional dão a ele muitos anos a mais de vida. A tecnologia não conseguiu substituir algumas das vantagens do papel. Ele pode estar sempre à disposição nas estantes e ser exibido em reuniões sociais. Nos livros, há o contato com textura mais macia. É possível manipular as páginas, sobrepô-las ou dobrar as pontas para se concentrar em outras partes. As palavras não competem com alertas de aplicativos, mensagens que sempre pulam nas telas ou com o link para o filme sobre a obra no YouTube, como acontece nos tablets e smartphones. A Associação Britânica de Historiadores de Papel registra mais de 20 mil usos do papel atualmente. Há empresas que investem em papéis especiais, selos, cartões-postais, jogos de cartas e outros nichos de mercado. Há usos tradicionais que perduram. Em qualquer parte do mundo, ninguém consegue se identificar oficialmente sem usá-lo. É uma tradição que começou nos tempos medievais. Ainda hoje, os governos exercem seu poder de controle por meio de uma série de regras, cumpridas apenas com a apresentação de documentos, protocolos e termos impressos. A burocracia criou duas classes de pessoas: as que têm papéis e as que não têm. Na França, os imigrantes ilegais são justamente conhecidos como san papiers (sem papéis). Nas empresas, o inconfundível barulho das impressoras não deixa dúvidas de que o amplo uso de computadores e e-mails não livrou os profissionais das folhas. No início dos anos 2000, os pesquisadores Abigail J. Sellen e Richard H. R. Harper publicaram o livro The myth of paperless office (O mito do escritório sem papel). Diziam que a internet aumentou a impressão em 40%. Para quem previa que a tecnologia acabaria com o papel, é um dado embaraçoso. 176. Assinale a alternativa em que o sentido da palavra sublinhada foi indicado INCORRETAMENTE. TESTES - PORTUGUÊS 56 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL A) “Bibliófilo, ele investigou a origem do papel e seus diferentes usos.” parágrafo Colecionador ou amante de livros, especialmente dos raros e preciosos. B) “Basbanes diz que os livros não se tornarão obsoletos tão cedo [...]” parágrafo Ultrapassados, arcaicos. C) “Há empresas que investem em papéis especiais, selos, cartões-postais, jogos de cartas e outros nichos de mercado.” 5 parágrafo Aberturas, vãos, cavidades em que se guarda algo. D) “[...] uma série de regras, cumpridas apenas com a apresentação de documentos, protocolos e termos impressos.” parágrafo Recibos com o número e a data em que um processo ourequerimento foi catalogado e registrado. 177. Segundo o texto, os cientistas da informação previram que as tecnologias digitais substituiriam a impressão em papel, por que: A) poupariam tempo, espaço e dinheiro. B) evitariam o caos no mundo da informação. C) seriam mais simples e confiáveis. D) preservariam o meio ambiente. 178. De acordo com o texto, os livros impressos apresentam as seguintes vantagens sobre os livros digitais, EXCETO: A) proporcionar uma experiência sensorial mais agradável. B) preservar os textos de forma mais estável e segura. C) poder ser manuseados facilmente em qualquer lugar. D) serem mais variados, numerosos e acessíveis a todos. 179. Leia o fragmento a seguir. “Podemos escolher ignorar o mundo eletrônico, mas isso não fará diferença, escreveu o cientista da informação Frederico Wilfrid Lancaster em... 1978.” As reticências no fragmento acima sugerem que o autor da matéria jornalística A) tem dúvidas sobre o ano exato em que Lancaster fez a previsão citada. B) quer ressaltar que já se passou muito tempo sem que a previsão se confirmasse. C) acha que o futuro previsto para as tecnologias digitais ainda está muito distante. D) acredita que as previsões de Lancaster ainda podem vir a se concretizar. 180. Segundo o texto, o papel é insubstituível pelas razões a seguir, EXCETO por: A) cumprir funções sociais numerosas e variadas. B) preservar os textos de forma estável e segura. C) ter tido grande importância nos tempos medievais. D) ter função central em atos burocráticos e legais. 181. Segundo a gramática normativa, assinale a alternativa em que os pronomes pessoais foram empregados CORRETAMENTE. A) Falta pouco tempo para eu sair de férias. B) Como eu faço para se inscrever no programa? C) Leve ele com você para ajudar a resolver o problema. D) No ano passado, ele viajou com nós para o interior. 182. De acordo com as regras da gramática normativa, assinale a alternativa em que a concordância verbal está CORRETA. A) Um dos homens saíram da cabana e atiraram. B) Qual de nós ficaremos encarregados da encomenda? C) Um grupo de cientistas pereceu no acidente. D) Fazem poucos meses que ele deixou a cidade. 183. Na passagem a seguir, foram omitidos os sinais de pontuação e letras maiúsculas. Bela famosa politizada e agora também nobre na semana passada a atriz americana Angelina Jolie recebeu da rainha Elizabeth II do reino unido o título de “dama” por seu trabalho humanitário. Assinale a alternativa em que a frase está reescrita e pontuada CORRETAMENTE. A) Bela, famosa, politizada: E agora também nobre: na semana passada a atriz Americana Angelina Jolie recebeu da rainha Elizabeth II do reino unido, o título de “Dama” por seu trabalho humanitário. B) Bela, famosa, politizada e agora também nobre. Na semana passada, a atriz americana Angelina Jolie recebeu da rainha Elizabeth II, do Reino Unido, o título de “dama” por seu trabalho humanitário. C) Bela; famosa; politizada; e agora também nobre: Na semana passada a atriz americana Angelina Jolie recebeu da rainha Elizabeth II, do Reino Unido o título de “dama” por seu trabalho humanitário. D) Bela, famosa, politizada e agora também nobre na semana passada, a atriz americana, Angelina Jolie recebeu, da Rainha Elizabeth II, do Reino Unido, o título de “dama”, por seu trabalho humanitário. TESTES - PORTUGUÊS 57 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 184. Assinale a alternativa em que a palavra destacada apresenta hiato. A) Escreveu aos pais pedindo ajuda. B) O fluido escapou do tanque. C) A entrada é gratuita. D) Lutava contra moinhos de vento. 185. Assinale a alternativa em que há erro de ortografia. A) O cão estava com a pata de trás ferida. B) Ascendeu todas as luzes da casa. C) Não podia dizer a verdade, mesmo que quisesse. D) Você precisa pesquisar mais sobre o assunto. Atenção: Para responder às questões de números 1 a 3, considere o trecho abaixo transcrito. Como costumo dizer, estou a cada momento descobrindo o óbvio. É que, às vezes, o óbvio, por ser óbvio, esconde o mistério, ou, pelo menos, é o que me parece. Uma das coisas óbvias que descobri é que muito troço na vida resulta, em boa parte, do acaso. Sei que há pessoas que pensam o contrário, pois acreditam que tudo o que acontece já estava determinado. Acho isso difícil, quando mais não seja porque, sem falar no resto, só de gente no planeta há atualmente muitos bilhões. Já imaginou o que seria prever e determinar tudo o que deve ocorrer com essa quantidade de gente a cada minuto? Bem, não vou discutir esse tema porque não é ele que me traz a essa conversa com você. Acho fascinante − ainda que um tanto assustador − o fato de que o que pode nos acontecer seja imprevisível. Faz da vida uma aventura, e o jeito é torcer por um "happy end". Mas o melhor mesmo é não se preocupar com isso e deixar o barco correr solto. Isso não significa não tentar fazer com que tudo dê certo, ou seja, que busquemos o melhor, a felicidade, a alegria. É como no futebol: a função do técnico é treinar o time para que faça mais gols do que leve. Assim na vida como no jogo. (GULLAR, Ferreira Necessidade. Folha de S.Paulo, E10, ilustrada, domingo, 30/11/2014) 186. A firma-se com correção: (A) O futuro do subjuntivo do verbo prever (linha 6) tem, com exceção da vogal da primeira sílaba, forma idêntica à do futuro do subjuntivo do verbo "prover". (B) Observada a organização sintática da frase (linhas 7 e 8), é também adequada esta outra pontuação para o período original "Acho fascinante (ainda que um tanto assustador), o fato de que o que pode nos acontecer, seja imprevisível". (C) Além do fato de ser veiculado pelo jornal, o que define que o texto de Ferreira Gullar seja exemplo de uso informal da linguagem é o assunto abordado. (D) Transposta a frase Já imaginou... a cada minuto?, em seu contexto, para o discurso indireto, tem-se a forma "FG indagou se o leitor já teria imaginado o que seria prever e determinar tudo o que deve ocorrer com aquela quantidade de gente a cada minuto". (E) Na frase Acho fascinante − ainda que um tanto assustador − o fato de que o que pode nos acontecer seja imprevisível, temos exemplo de emprego de pronome demonstrativo referindo-se ao sentido geral de uma frase. 187. As principais ideias do trecho de Ferreira Gullar (FG) estão selecionadas e apresentadas de forma clara e fiel na seguinte formulação: (A) Contrariamente a certas pessoas que não acreditam no acaso, FG crê que muito do que ocorre na vida seja fruto do imprevisível, e isso, a despeito do seu quê de assustador, o fascina, pois, segundo ele, faz da vida uma ventura, com a qual não devemos nos preocupar, ainda que nos esforcemos para que nela tudo dê certo. (B) O fato de haver muitas pessoas que acreditam em forças superiores guiando a vida é contrário ao que pensa FG, pois ele opina a favor do acaso, imerso no mistério, cuja busca empreende costumeiramente; mesmo não querendo discutir o tema, que foge a seu escopo, acha fascinante torcer por um "happy end". (C) FG discorre sobre o tema do fatalismo, ressaltando o fascínio da vida pelo que nela há de assustador, mas advoga que quem vive não deve se preocupar com isso, mas em imitar o jogo: vence aquele que faz mais gols, não o que leva mais gols, contrariamente ao que pensam certas pessoas fatalistas. (D) FG assevera que é inerente ao óbvio esconder mistérios, e, por isso, ele frequentemente busca desvendá-lo; numa dessas incursões, descobriu que a maioria das pessoas acredita que, na vida, tudo está previamente determinado, ideia que ele rejeita por levar emconta a quantidade de gente do planeta. (E) Lançando a ideia de que o óbvio deve ser cultivado, pelo seu caráter misterioso, FG acha difícil, pela indagação feita, que as coisas se deem por forças superiores, principalmente por acreditar que a vida tem muito de um jogo: ganha o que está mais bem treinado para vencer os obstáculos da existência. TESTES - PORTUGUÊS 58 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 188. Observe a acepção que segue constante de dicionário da língua portuguesa: Fraseologia *substantivo feminino 3. Rubrica: gramática, lexicologia, linguística. frase ou expressão cristalizada, cujo sentido geralmente não é literal; frase feita, expressão idiomática. Sob esse parâmetro, é correto considerar como exemplo de fraseologia o que se tem na alternativa: (A) só de gente no planeta há atualmente muitos bilhões. (B) Já imaginou o que seria prever e determinar tudo o que deve ocorrer? (C) Como costumo dizer. (D) muito troço na vida resulta. (E) deixar o barco correr solto. Atenção: Para responder às questões de números 189 a 195, considere o texto que segue. A primeira coisa a observar sobre o mundo na década de 1780 é que ele era ao mesmo tempo menor e muito maior que o nosso. Era menor geograficamente, porque até mesmo os homens mais instruídos e bem informados da época − digamos, um homem como o cientista e viajante Alexander von Humboldt (1769-1859) − conheciam somente pedaços do mundo habitado. (Os mundos "conhecidos" de comunidades menos evoluídas e expansionistas do que a Europa Ocidental eram obviamente ainda menores, reduzindo-se a minúsculos segmentos da terra onde os analfabetos camponeses sicilianos ou o agricultor das montanhas de Burma viviam suas vidas, e para além dos quais tudo era e sempre seria eternamente desconhecido.) A maior parte da superfície dos oceanos, mas não toda, de forma alguma, já tinha sido explorada e mapeada graças à notável competência dos navegadores do século XVIII como James Cook, embora os conhecimentos humanos sobre o fundo do mar tenham permanecido insignificantes até a metade do século XX. Os principais contornos dos continentes e da maioria das ilhas eram conhecidos, embora pelos padrões modernos não muito corretamente. O tamanho e a altura das cadeias das montanhas da Europa eram conhecidos com alguma precisão, as localizadas em partes da América Latina o eram muito grosseiramente, as da Ásia, quase totalmente desconhecidas, e as da África (com exceção dos montes Atlas), totalmente desconhecidas para fins práticos. Com exceção dos da China e da Índia, o curso dos grandes rios do mundo era um mistério para todos a não ser para alguns poucos caçadores, comerciantes ou andarilhos, que tinham ou podem ter tido conhecimento dos que corriam por suas regiões. Fora de algumas áreas − em vários continentes elas não passavam de alguns quilômetros terra a dentro, a partir da costa − o mapa do mundo consistia de espaços brancos cruzados pelas trilhas demarcadas por negociantes ou exploradores. Não fosse pelas informações descuidadas de segunda ou terceira mão colhidas por viajantes ou funcionários em postos remotos, estes espaços brancos teriam sido bem mais vastos do que de fato o eram. (HOBSBAWM, Eric J. O mundo na década de 1780. In: A era das revoluções: Europa 1789- 1848, tradução de Maria Tereza Lopes Teixeira e Marcos Penchel. 22. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007, p. 23-24) 189. Observada a organização do texto, é plausível o que se afirma em: (A) (linhas 10 a 13) O fato de os segmentos com alguma precisão, muito grosseiramente, quase totalmente desconhecidos e totalmente desconhecidos caracterizarem o mesmo núcleo − O tamanho e a altura das cadeias das montanhas − é que propicia o entendimento de que a série vai do grau mais exato ao menos exato. (B) (linha 10) A expressão não muito corretamente suaviza o peso da real avaliação feita pelo autor, que, se estivesse explí cita, teria necessariamente a forma "totalmente errada". (C) (linha 1) O numeral em A primeira coisa a observar é marcador que impõe as seguintes pressuposições: a) há outros fatores a serem observados; b) essa primeira coisa a observar é, como em todos os contextos, a mais relevante. (D) (linha 2) A delimitação operada pelo emprego de geograficamente faz supor a existência de outros critérios, além do geo gráfico, para se avaliar o tamanho do mundo, por exemplo, o critério demográfico. (E) (linha 4) O emprego da palavra "conhecidos", se devidamente observadas as aspas que a acompanham, define a equivalência semântica entre "o mundo habitado na década de 1780" e "os mundos conhecidos". 190. É legítima a seguinte afirmação: (A) Os contornos do mundo, na década de 1780, querem em escala menor, quer em maior, não eram acessíveis ao cidadão comum, como os camponeses, sobretudo os nãos alfabetizados. (B) Dado o recorte feito no texto original, o leitor não tem acesso, no trecho transcrito, a argumentação que embase a ideia de que a TESTES - PORTUGUÊS 59 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL contradição manifesta na primeira frase seja aparente. (C) A argumentação desenvolvida no trecho transcrito evidencia que o relativo desconhecimento dos fenômenos geológicos no século XVIII foi responsável pela compreensão generalizada de que o mundo, nessa época, era bastante menor. (D) A exploração da superfície dos oceanos não atingiu relevância no século XVIII porque o conhecimento dos mares não tinha, à época, aplicabilidade prática. (E) As informações sobre o mundo obtidas na década de 1780 são de pouca utilidade para estudos contemporâneos, a não ser aquelas produzidas por cientistas e viajantes notáveis, como Humboldt e Cook. 191. Compreende-se corretamente do texto: (A) O mapa do mundo, no século XVIII, era esboçado por linhas que definiam os caminhos a serem trilhados por negociantes e exploradores, esboço que se diferenciava do delineamento preciso de poucas áreas litorâneas dos continentes. (B) A variação que se constata na precisão com que eram medidos o tamanho e a altura das montanhas dos distintos continentes deve ser atribuída à distinta prática dos habitantes locais no que se refere a esse tipo de mapeamento, prática que chegava, por exemplo, na África, a ser totalmente desconhecida. (C) Os padrões modernos de mapeamento de um território tornam inadmissível considerar que no século XVIII os principais contornos dos continentes e da maioria das ilhas eram conhecidos. (D) É incontestável o fato de que, no século XVIII, os caçadores, comerciantes e andarilhos conheciam o curso dos grandes rios das regiões por onde costumeiramente circulavam, excetuando-se os da China e da Índia. (E) Muito do que se sabe sobre o mapa do mundo no século XVIII se deve ao registro, em locais longínquos, de notícias informais, por meio das quais se passavam adiante informações ouvidas de outros. 192. Não fosse pelas informações descuidadas de segunda ou terceira mão colhidas por viajantes ou funcionários em postos remotos, estes espaços brancos teriam sido bem mais vastos do que de fato o eram. A frase acima respeita as orientações da gramática normativa no que se refere à concordância verbal e nominal, assim como ocorre com a seguinte frase: (A) Caso fosse registrado com mais rigor as informações dos caçadores, e também se elas fossem mais detalhadas, talvez mais se soubesse hoje sobre o conhecimento da época acerca dos rios da África.(B) Quaisquer que fossem as circunstâncias, mais favoráveis, ou menos favoráveis, cada habitante sempre enfrentava algo do mistério sobre as cadeias de montanhas que lhe eram próximas. (C) Se não fosse, naquela época, as ações de certos viajantes, muito do que se sabe hoje permaneceria incógnito. (D) Fosse qual fossem as informações prestadas por andarilhos, tiveram todas sua utilidade para o conhecimento do mundo do século XVIII. (E) Fossem quais fosse as intenções dos informantes, o fato é que aquilo que notificaram recebeu registro, ainda que as notícias fossem descuidadas. 193. (Os mundos "conhecidos" de comunidades menos evoluídas e expansionistas do que a Europa Ocidental eram obviamente ainda menor, reduzindo-se a minúsculos segmentos da terra onde os analfabetos camponeses sicilianos ou o agricultor das montanhas de Burma viviam suas vidas, e para além dos quais tudo era e sempre seria eternamente desconhecido.) Considerado o acima transcrito, em seu contexto, afirma-se com correção: (A) Tanto é legítimo entender que o autor, transportando-se para a década de 1780, emprega a forma verbal era para descrever o que então era presente, quanto que a forma verbal era designa fato passado concebido como durativo. (B) A forma verbal seria foi empregada para expressar uma realidade possível, mas considerada pelo autor como pouco provável. (C) Se a formulação reduzindo-se a minúsculos segmentos da terra fosse substituída por "no caso de se reduzirem a minúsculos segmentos da terra", a fidelidade à ideia original estaria mantida. (D) A frase introduzida pelo conector onde está gramaticalmente correta, assim como está correta a seguinte frase em que ele aparece: "Sua explanação foi clara, é onde se conclui que não haverá brecha para dúvidas". (E) Em os analfabetos camponeses sicilianos ou o agricultor das montanhas de Burma, constitui equívoco o emprego simultâneo de um artigo definido no plural e um no singular, visto que não se pode atribuir a este último um sentido genérico, como se tem no primeiro. TESTES - PORTUGUÊS 60 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL 194. A maior parte da superfície dos oceanos, mas não toda, de forma alguma, já tinha sido explorada e mapeada graças à notável competência dos navegadores do século XVIII como James Cook, embora os conhecimentos humanos sobre o fundo do mar tenham permanecido insignificantes até a metade do século XX. Na frase acima, (A) as unidades conectadas por meio da conjunção embora apresentem adequada correlação verbal; redação que equivale semanticamente à original, iniciada por Os conhecimentos humanos, estaria também adequada com a presença das formas "permaneceriam" e "já fosse explorada e mapeada". (B) a palavra insignificante apresenta prefixa de igual natureza e sentido do notado em "ingerir". (C) a conjunção, mas, mais do que introduzir uma contraposição, indica uma eliminação da ideia expressa anteriormente. (D) o segmento já tinha sido explorada e mapeada expressa ações realizadas anteriormente ao tempo tomado como parâmetro, a época de que trata o texto, a década de 1780. (E) o emprego do sinal indicativo da crase está condizente com a gramática normativa, assim como ocorre com o sinal presente na formulação "graças à notáveis e competentes navegadores do século XVIII". 195. Está redigida de maneira clara e em concordância com as orientações da gramática normativa a seguinte frase: (A) Muitos dos colaboradores diretos se absterão de comentar o incidente, que, para dizer a verdade, o diretor não deu a mínima importância, mas que foi trazido à pauta por insistência da secretária. (B) Uma reunião que cabe à família solucionar problema interno candente deve transcorrer em clima harmonioso e de acolhimento, que costumam propiciar reflexões ponderadas. (C) Despretensiosa por natureza, não entregava-se à tentação de ostentar poder ou influência, mas era, segundo porta-vozes de distintos setores, uma das pessoas a cuja opinião mais se dava valor. (D) Acentuando com franqueza a mudança que empreendeu, daquela existência solitária e pacata para um modo de vida mais social e dinâmico, obteve o apoio de que necessitava para ir em frente. (E) Todos quiseram saber o porquê de seu repentino pedido de demissão, que acabou por espoliar o projeto, que vinha sendo encaminhado com perspectivas bastante favoráveis. Texto para responder às questões de 196 a 205. Depois de tantos anos vendo televisão diariamente, chego a uma conclusão definitiva: é muito mais divertido e mais prático ver os anúncios. Enquanto as outras pessoas ficam aflitas tentando decorar os horários das novelas, das paradas de sucesso e dos chamados programas humorísticos, eu não tenho problema: ligo a televisão em qualquer canal e vejo os anúncios sem preocupação de horário. Vocês talvez achem que é loucura ver os mesmos anúncios diversas vezes, mas posso garantir que os anúncios variam muito mais que as piadas e as músicas que são servidas todos os dias. Pelo menos os anúncios são bem bolados, alguns até inteligentes. A técnica é chatear tanto até ficarem em nosso subconsciente – se é que alguém consegue ter subconsciente assistindo televisão. Os refrigerantes, por exemplo: quase todos fazem as garrafas dançar na nossa frente e tocam uma musiquinha que chega a dar sede. Aí a gente não resiste: vai à geladeira e bebe um copo de água. Mas bom mesmo é anúncio de sabonete: aparece cada moça bonita que vou te contar. E com uma grande vantagem, as moças não falam, só aparecem, ligam o chuveiro e ficam noivas dentro da espuma. Por mais que a gente saiba que aquilo é anúncio de sabonete, fica sempre aquela dúvida se um dia eles não vão resolver dar o nome daquele chuveiro ou, quem sabe, o telefone da moça. Geniais mesmo são as geladeiras que duram toda a vida. Mas muito mais geniais são os textos garantindo que cabe tudinho dentro delas, mas acho que não têm tanta certeza, pois fazem questão de botar uma moça bem bonita pra mostrar a geladeira – e a gente tem é vontade de comprar a moça, mesmo sem o “certificado de garantia”. [...] Existe anúncio de todo tipo: tecidos que não amarrotam tecidos que dão prêmios, tecidos que dão desconto, tecidos coloridos que são apresentados em preto e branco, tecidos brancos que ficam cada vez mais brancos à medida que vai surgindo um novo sabão em pó. Mas é o que eles pensam: o branco deles, lá em casa, todo mundo tá vendo que é cinza. O mais engraçado são os anúncios de inseticidas que matam todos os insetos, menos as moscas do estúdio. TESTES - PORTUGUÊS 61 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL Anuncia-se também muita banha, muito pneu, muito perfume, muito sapato, muito automóvel, muita calça, muita bebida e muita pílula pra dor de cabeça. Parece até que um anúncio depende do outro – é como se fosse uma novela, com a vantagem de a O Segredo da Propaganda é a Propaganda do Segredo gente sempre saber qual o final de cada anúncio. E não pensem que sou o único a achar os anúncios mais interessantes que os programas: os donos das emissoras também acham – senão não ocupavam a maior parte do tempo com anúncios. Nos intervalos é que colocam alguns programinhas – por absoluta falta de mais anúncios. Reparem só: os programas de humor mostram o lado negativo das pessoas, os personagens são quase todos fossilizados, gagos, surdos, cegos, velhos boro cochos ou sem sexo definido. As novelas exploram seresanormais dentro de um mundo de misérias e lágrimas. Já os anúncios apresentam um mundo de otimismo, onde tudo é bom e saudável, não quebra, dura toda a vida e qualquer um pode adquirir quase de graça, pagando como puder, no endereço mais próximo da sua casa. O único detalhe que nos deixa um pouco frustrados é que a moça que dá os endereços fala tão preocupada em não errar que a gente não consegue decorar nenhum endereço. Em compensação, sabe de cor a moça todinha. ELIACHAR, Leon. . Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1968, p. 47.) 196. A respeito do texto são feitas as afirmativas a seguir. I. O enunciador, demonstrando despreocupação quanto a horários de programas televisivos, diz preferir ver os anúncios a afligirem-se com as novelas, paradas de sucesso ou programas de humor. II. O telespectador fica estimulado pelos anúncios de refrigerantes a ir à geladeira e beber água, pelo fato de esses anúncios fazerem as garrafas dançar e, ao mesmo tempo, tocarem uma musiquinha. III. Muito bons são os anúncios de sabonete, por serem protagonizados por moças bonitas, que não falam, mas aparecem ligando o chuveiro, vestidas de noiva e cobertas de espuma. IV. São anúncios de muitos produtos – banha, pneu, perfume, sapato, automóvel, calça, bebidas, pílula pra dor de cabeça –, parecendo que um depende do outro, como se fosse uma novela, com a prerrogativa de se conhecer o final de cada um. V. Pelo fato de ocuparem o maior tempo de transmissão com os anúncios, permite-se concluir que os donos das emissoras também preferem os anúncios aos programas; na verdade, por falta de mais anúncios, usam a programação nos intervalos entre estes. Das afirmativas acima, estão de acordo com o texto: A) I, II, III, IV e V. B) apenas I, II, IV e V. C) apenas II, III e V. D) apenas I, III e IV. 197. “O segredo da Propaganda é a Propaganda do Segredo” Observando-se o título do texto e seu conteúdo, depreende-se que o objetivo do autor foi: A) enaltecer os anúncios dos muitos produtos veiculados pela televisão, demonstrando que eles são mais divertidos e inteligentes do que os programas levados ao ar. B) denunciar, em linguagem sarcástica, os abusos das emissoras de televisão na veiculação de anúncios, pelo fato de serem usadas moças bonitas nas imagens dos produtos, buscando-se a persuasão pelo viés da sensualidade. C) convencer os leitores de que ver os anúncios é mais divertido e interessante do que assistir à programação televisiva, pelo tom otimista dos anúncios em oposição ao negativismo da programação. D) criticar a programação televisiva por meio do recurso retórico da ironia, ao defender com escárnio a tese de que os anúncios são mais divertidos, criativos e estimulantes do que a programação. 198. “Por mais que a gente saiba que aquilo é anúncio de sabonete, fica sempre aquela dúvida...” A 1ª oração do fragmento transcrito acima introduz no período o sentido de: A) concessão. B) causa. C) consequência. D) comparação. 199. “A técnica é chatear tanto até ficarem em nosso subconsciente...” (§ 1) A 2ª oração do fragmento acima exprimeemrelação à 1ª o sentido de: A) causa. B) condição. C) consequência. D) oposição. 200. “... mas acho que não TÊM tanta certeza...” O verbo em destaque no fragmento acima está expresso no plural por que: TESTES - PORTUGUÊS 62 MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL MANUAL DE ESTUDOS CURSO OFICIAL A) concorda com o termo sujeito “geladeiras”. B) concorda com o termo sujeito “textos”. C) o termo sujeito está indeterminado. D) trata-se de oração sem sujeito. 201. “... e a gente tem é vontade de comprar a moça, MESMO sem o ‘certificado de garantia’”. A parte do fragmento acima a partir do termo em destaque pode ser substituída, sem alteração do sentido, por: A) ainda que sem o certificado de garantia. B) visto não ter o certificado de garantia. C) desde que não tenha o certificado de garantia. D) de modo a não ter o certificado de garantia 202. “... qualquer um pode adquirir quase de graça, pagando como puder...” (§ 8) Das alterações feitas a seguir na redação do fragmento acima, pode-se afirmar que a flexão do verbo “poder” está em desacordo com as normas da língua culta em: A) ele pôde adquirir quase de graça, pagando como pudesse. B) eu posso adquirir quase de graça, pagando como possa. C) eles poderão adquirir quase de graça, pagando como poderem. D) vós podíeis adquirir quase de graça, pagando como pudésseis. 203. “... VAI à geladeira e bebe um copo de água.” (§ 2) Das substituições feitas a seguir no verbo em destaque no fragmento acima, pode-se afirmar que a regência verbal apresenta desvio em relação às normas da língua culta em: A) chega à geladeira e bebe um copo de água. B) atinge à geladeira e bebe um copo de água. C) prolonga-se até à geladeira e bebe um copo de água. D) dirige-se à geladeira e bebe um copo de água. 204 “... mas posso garantir que os anúncios variam muito mais que as piadas e as músicas que são servidas todos os dias.” (§ 1) Considerando-se na flexão verbal as correspondências entre as vozes verbais, pode- se afirmar que a última oração do fragmento acima, se for redigida na voz ativa, terá a seguinte redação: A) que todos os dia hão de servir. B) que eram servidas todos os dias. C) que todos os dias são servidas. D) que servem todos os dias. 205. “... os personagens são quase todos FOSSILIZADOS...” (§ 8) Considerando-se que o termo em destaque acima está empregado em sentido figurado, é possível substituí-lo, sem alteração do sentido do contexto, por: A) desajustados. B) desequilibrados. C) antiquados. D) caricaturados. GABARITO 1 - B 2 - C 3 - D 4 - B 5 - C 6 - E 7 - D 8 - E 9 - B 10 - C 11 - C 12 - A 13 - B 14 - D 15 - C 16 - C 17 - A 18 - D 19 - B 20 - B 21 - D 22 - A 23 - C 24 - C 25 - D 26 - B 27 - C 28 - A 29 - D 30 - D 31 - A 32 - C 33 - B 34 - A 35 - B 36 - B 37 - C 38 - D 39 - B 40 - C 41 - E 42 - E 43 - A 44 - C 45 - C 46 - B 47 - E 48 - D 49 - E 50 - A 51 - C 52 - D 53 - E 54 - C 55 - B 56 - A 57 - B 58 - C 59 - B 60 - B 61 - D 62 - D 63 - B 64 - A 65 - D 66 - D 67 - C 68 - B 69 - A 70 - E 71 - C 72 - E 73 - B 74 - E 75 - A 76 - A 77 - C 78 - C 79 - D 80 - B 81 – B 82 – C 83 – D 84 – B 85 - C 86 - E 87 - E 88 - A 89 - C 90 - C 91 - B 92 - E 93 - D 94 - E 95 - A 96 - C 97 - D 98 - E 99 - C 100 - B 101 - C 102 - E 103 - B 104 - B 105 - A 106 - D 107 - C 108 - E 109 - A 110 - D 111 - C 112 - A 113 - D 114 - B 115 - D 116 - B 117 - E 118 - C 119 - D 120 - C 121 - E 122 - B 123 - A 124 - A 125 - D 126 - A 127 - B 128 - E 129 - D 130 - C 131 - B 132 - C 133 - A 134 - A 135 - B 136 - E 137 - D 138 - D 139 - E 140 - C 141 - E 142 - C 143 - B 144 - D 145 - A 146 - E 147 - A 148 - C 149 - B 150 - C 151 - E 152 - E 153 - D 154 - B 155 - A 156 - D 157 - D 158 - C 159 - B 160 - A 161 - C 162 - A 163 - D 164 - B 165 - A 166 - C 167 - B 168 - C 169 - C 170 - A 171 - B 172 - A 173 - B 174 - B 175 - C 176 - C 177 - A 178 - D 179 - B 180 - C 181 - A 182 - C 183 - B 184 - D 185 - B 186 - D 187 - A 188 - E 189 - D 190 - B 191 - E 192 - B 193 - A 194 - D 195 - D 196 - B 197 - D 198 - A 199 - C 200 - B 201 - A 202 - C 203 - B 204 - D 205 - C FR PORTUGUES TESTES PORTUGUÊS