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Provas Comentadas FGV - Parte V-1

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LÍNGUA 
PORTUGUESA
Provas Comentadas FGV – Parte V
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Provas Comentadas FGV – Parte V
LÍNGUA PORTUGUESA
Claudia Kozlowski
Sumário
Provas Comentadas FGV – Parte V .......................................................................................................................3
Questões de Concurso ..................................................................................................................................................4
Gabarito .............................................................................................................................................................................. 10
Gabarito Comentado .....................................................................................................................................................11
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Provas Comentadas FGV – Parte V
LÍNGUA PORTUGUESA
Claudia Kozlowski
PROVAS COMENTADAS FGV – PARTE V
No encontro de hoje, vamos resolver uma questão bem complicada da banca e conceitos 
relativos a “Argumentação” serão estudados. Bons estudos!
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Provas Comentadas FGV – Parte V
LÍNGUA PORTUGUESA
Claudia Kozlowski
QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Observe o texto argumentativo a seguir.
“Certas espécies animais e vegetais desaparecem cada vez mais rapidamente, o que tornou 
grave a situação.
Primeiramente, várias espécies foram extintas por causa da caça. Assim, no século XVII, uma 
espécie de mamíferos era extinta a cada cinco anos.
Posteriormente, no século XX, a população mundial aumentou de tal modo que, para encontrar 
novas terras, os homens invadiram os espaços selvagens. Foram derrubadas imensas florestas 
e, assim, numerosos animais desapareceram em função da destruição de seus hábitats. Tam-
bém a poluição e a instalação de linhas elétricas mataram muitas espécies de peixes e aves.
Por fim, uma nova caça intensiva, destinada ao comércio, suprimiu certas espécies, como a dos 
rinocerontes, cujos chifres eram empregados na fabricação de afrodisíacos.
O homem sabe hoje que a vida sobre a terra é uma vasta cadeia em que cada ser vivo é um elo. 
Quando uma espécie desaparece, outros animais e outras plantas passam a ficar ameaçadas. 
Progressivamente, a vida humana se empobrece.”
Esse texto foi didaticamente estruturado; a única afirmativa abaixo inadequada em relação à 
sua estruturação é:
a) a conclusão do texto é constituída a partir de um rápido resumo das ideias anteriormente expressas;
b) o último parágrafo do texto se liga estruturalmente ao primeiro, ampliando-o tematicamente;
c) a tese do texto foi devidamente comprovada pelos argumentos expressos em seus vários parágrafos;
d) os argumentos empregados na defesa da tese do texto foram dispostos em organização 
cronologicamente progressiva;
e) cada um dos parágrafos que serve de argumento é introduzido por um marcador discursivo, 
que, em seu conjunto, organizam o texto.
002. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Abaixo está o início de um conto de Lygia Fagundes Telles, 
denominado A Ceia.
“O restaurante era modesto e pouco frequentado, com mesinhas ao ar livre, espalhadas debaixo 
das árvores. Em cada mesinha, um abajur de garrafa projetava sobre a toalha de xadrez vermelho 
e branco um pálido círculo de luz.”
Todos sabemos que os termos de um texto podem indicar valores bem variados. Nesse segmento 
foram sublinhados alguns que funcionam como adjetivos; a afirmação correta sobre um deles é:
a) o adjetivo “modesto” indica uma qualificação do restaurante por parte do narrador e não é 
acompanhado de nenhum termo que o justifique;
b) o adjetivo “pouco frequentado” mostra uma qualificação do substantivo restaurante, indicando 
uma clientela de elite;
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LÍNGUA PORTUGUESA
Claudia Kozlowski
c) a locução adjetiva “de garrafa” indica o material de que é feito o abajur, destacando simulta-
neamente a qualidade sofisticada do restaurante descrito;
d) os adjetivos “vermelho e branco”, que indicam características, podem trazer informações 
implícitas sobre a nacionalidade da comida no local;
e) o adjetivo “pálido”, que indica uma relação, mostra uma intensidade da luz, com o valor im-
plícito de decadência e pouca qualidade do restaurante.
003. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Observe a charge a seguir.
A interpretação de texto refere-se à decodificação dos significados dos componentes textuais, 
enquanto a compreensão diz respeito aos processos geradores de significação.
A pergunta abaixo que diz respeito à interpretação, e não à compreensão, é:
a) O que mostra na charge a intenção de viajar da família?
b) Como se pode notar que a família está em um lugar alto?
c) De que forma a pandemia está presente na charge?
d) O que demonstra o laço na mão do chefe da família?
e) Qual a expectativa da família representada na charge?
004. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Abaixo aparecem opiniões variadas, todas elas expressas de 
um modo impessoal. A citação a seguir que contém elementos de personalização é:
a) Os educadores são constantemente interrogados sobre o papel da televisão na educação 
das crianças; parece hoje estabelecido que esse papel é benéfico;
b) Está universalmente estabelecido que a eficiência das regras de segurança depende da boa 
vontade dos que as utilizam;
c) Parece a todos que a eficácia das vacinas está definitivamente comprovada, bastando ver-se 
a grande diminuição de internações hospitalares;
d) Quanto a Grande sertão: veredas, se só se observam os grandes pensamentos que essa obra 
contém, é certamente um livro impressionante;
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LÍNGUA PORTUGUESA
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e) Só se pode esperar que a equipe local de salvamento possa atuar de forma eficiente a fim 
de que muitas vidas sejam salvas.
005. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Seria importante que alguns dos textos que produzimos fos-
sem lidos com atenção pelos destinatários; para isso, a introdução desses textos pode apelar 
para estratégias diversas a fim de conseguir essa atenção.
Abaixo estão reproduzidas cinco introduções textuais; aquela que mostra sua estratégia de 
atração corretamente identificada é:
a) Começo por uma pequena narrativa: “Um homem sem coluna vertebral é como uma tenda 
de lona sem o mastro. O eixo de nosso corpo, denominado também coluna vertebral, cumpre 
exatamente as mesmas funções que o mastro de uma tenda. De forma idêntica, mantém-se 
ereto o corpo por obra de numerosas tensões. Se o mastro falha, a tenda vem abaixo”;
b) Começo por uma afirmação surpreendente, de caráter opinativo: “Quando Paulinho mexe em 
sua coleção de selos, seus lábios incham de uma forma alarmante; Margarida sofre de asma 
quando visita o tio farmacêutico; Tomás, entusiasta do alpinismo, sofre de erupção cutânea 
cada vez que inicia uma escalada. Os casos citados são exemplos dessa misteriosa enfermi-
dade chamada alergia”;
c) Começo por um ou vários exemplos: “O novo dicionário vai ser lançado esta semana e traz infor-
mações preciosas, como a evolução semântica de cada uma das palavras nele inseridas, desde o seu 
nascimento até o estágio atual de significação, além de datação das ocorrências dessas palavras”;
d) Começo por uma alusão histórica: “As passeatas de motivação política, particularmente as 
que pretendem protestar contra algo, trazem sempre em seu bojo pessoas interessadas em 
tumultuá-las além do razoável”;
e) Começo por um questionamento: “Não sei bem o que fazer quando meu neto me pergunta o sig-
nificado de uma palavra ‘perigosa’; não sei se digo claramente o seu significado ou se invento algo 
mais palatável. Como sua curiosidade está aumentando,prevejo momentos de grandes dificuldades”.
006. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Deparamo-nos diariamente com uma série de textos que 
tentam convencer-nos a adquirir determinado produto: são os chamados textos publicitários.
Vejamos a seguir um exemplo desses textos.
É festa na fazenda!
Para tratar a Tristeza Parasitária e fazer a alegria tomar conta do rebanho.
A Tristeza Parasitária pode afetar o rebanho a qualquer momento e em qualquer fase da vida. 
Contudo, existe uma dupla capaz de reanimar e proteger o potencial produtivo dos animais.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Claudia Kozlowski
Rápida ação contra a Anaplasmose
Dose única
Curto período de carência (Leite: 5 dias/Carne: 8 dias para animais tratados via intramuscular e 
4 dias para animais tratados via subcutânea)
Xô, tristeza!
Sobre os elementos estruturais desse texto e suas estratégias de produção, é correto afirmar que:
a) o texto segue a estrutura clássica dos textos publicitários: um título, um subtítulo, o conteúdo 
da informação e uma recomendação à aquisição do produto;
b) o final do texto dirige-se particularmente às emoções dos leitores, de modo que eles conti-
nuem a pensar na mensagem veiculada;
c) o texto veicula a mensagem, tendo em vista o seu público-alvo, selecionando informações, 
não explicitando termos supostamente conhecidos e utilizando uma linguagem adequada;
d) o produto anunciado deve ter destacadas as suas características principais e as vantagens 
explícitas sobre os concorrentes;
e) o texto é construído segundo um roteiro: chamar a atenção para o tema, despertar o interesse 
dos leitores, transformar o interesse em desejo de aquisição e apelar para a ação.
007. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Muitas vezes, quando raciocinamos, cometemos erros, as 
chamadas falácias argumentativas, que podem ser produzidas a partir de premissas ou propo-
sições falsas, conclusões inadequadas ou falhas lógicas.
Em todos os textos abaixo ocorrem falácias; o texto em que essa falácia está identificada de 
forma INCORRETA é:
a) “Não há dúvida de que os mais jovens não respeitam, atualmente, os mais velhos como de-
veriam; hoje mesmo observei um grupo de rapazes e moças que empurravam pessoas de mais 
idade para que pudessem entrar antes na sala de projeção” / trata-se de uma generalização 
exagerada, pois se fundamenta em um só caso de experiência pessoal;
b) “Esta semana o presidente da empresa recebeu ataques que o acusavam de mau administrador e 
corrupto; na verdade, porém, esses ataques partiam daqueles que foram derrotados na assembleia 
de acionistas e não se haviam conformado com a derrota” / trata-se da tentativa de evitar a discussão 
central da acusação, desviando o foco para as pessoas responsáveis pelos ataques;
c) “Os restaurantes nas pequenas cidades turísticas estão passando grandes dificuldades, pois o 
número de clientes diminuiu bastante, o preço dos alimentos subiu exageradamente, os salários 
dos funcionários recebem aumentos constantes... em poucas palavras: ou as prefeituras desses 
locais criam mecanismos de ajuda ou os estabelecimentos fecham as portas” / trata-se de um 
raciocínio que só enxerga soluções extremadas, sem considerar possibilidades intermediárias;
d) “Segundo as notícias, mais de três quartos da população daquele país passa fome; mas, 
como esse mal ainda não atinge a população como um todo, não devemos classificar o país 
como pobre” / trata-se de uma conclusão inadequada, pois não se segue às premissas ou pro-
posições de que parte;
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e) “O funcionário Ricardo é o melhor candidato a chefe de seção porque de todos os que se 
apresentaram para a votação é claramente o mais adequado” / trata-se de algo que ocorre quan-
do, no curso de uma argumentação, se dá algo por certo, sem necessidade de demonstração.
008. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Um relatório produzido em determinada seção do serviço 
público trazia, inadequadamente, uma série de frases em discurso direto.
O chefe da seção solicitou, então, ao funcionário autor do relatório que modificasse tais frases 
para o discurso indireto, o que foi imediatamente feito; a frase em que essa modificação soli-
citada foi realizada de forma adequada é:
a) O funcionário respondeu ao chefe: “Não cometi essa falha ocorrida ontem” / O funcionário 
respondeu ao chefe que não cometera aquela falha ocorrida no dia anterior;
b) O chefe retrucou: “Iremos terminar a tarefa e voltar para casa” / O chefe retrucou que irão 
terminar a tarefa e voltar para suas casas;
c) O cidadão explicou ao segurança: “Não estou preocupado, é que estou pensando” / O cidadão 
explicou ao segurança que não estava preocupado, era que estava pensando;
d) A funcionária pensava: “Como podes deixar que te usem?” / A funcionária pensava como 
podia deixar que a usem;
e) O funcionário explicou: “O relatório só ficará pronto depois de amanhã” / O funcionário expli-
cou que o relatório só ficaria pronto depois de amanhã.
009. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) “Acabo de ler o trecho a seguir num livro de História: ‘Os cristãos 
tinham uma moral, mas os pagãos, não’. Ah! Senhor autor desta obra: onde o senhor aprendeu 
essa tolice? O que dizer da moral de Sócrates, de Cícero, de Marco Antônio e de tantos outros? 
Leitor: reflita e tire suas conclusões.”
A afirmativa inadequada sobre esse depoimento a respeito da leitura de uma obra histórica é:
a) o argumentador do texto mostra sua presença desde a primeira linha por meio da desinência 
verbal da forma “acabo”;
b) o adversário argumentativo que o argumentador deseja refutar está identificado pela expres-
são “Senhor autor desta obra”;
c) a palavra “tolice” serve de qualificação da tese adversária;
d) o leitor, que é visto como árbitro do debate, é invocado na última frase do texto;
e) o argumentador julga a tese apresentada, mas não expõe argumentos que a contradigam.
010. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Há dois textos de temática semelhante a seguir.
Texto 1 – “Um mestre (Jesus) em que parece haver tanta autoridade, ainda que sua doutrina 
seja obscura, merece que seja crido por palavra... pode-se reconhecer sua autoridade, tendo 
em vista o respeito que lhe rendem Moisés e Elias; isto é, a lei e os profetas, como já expliquei... 
Não procuremos as razões das verdades que ele nos ensina: toda a razão, é que ele as falou.”
Texto 2 – “Certas pessoas têm fé porque seus pais os ensinaram a crer. Num sentido, é satis-
fatório: nenhum axioma filosófico abalará essa fé; num outro sentido, é insatisfatório, porque 
sua fé não vem de conhecimento pessoal.
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Outros chegam à fé pela convicção após estudos. Isso é satisfatório num ponto: eles conhecem 
Deus por íntima convicção; por outro lado, é insatisfatório porque se outros lhes demonstram 
a falsidade de seu raciocínio, eles podem tornar-se descrentes.”
Comparando os dois textos, é correto afirmar que:
a) o texto 2 contraria o posicionamento do texto 1 em relação ao argumento de autoridade, pois 
só reconhece essa autoridade por meio de relações pessoais, e não pela fé;
b) os dois textos contrariam a validade absoluta dos argumentos de autoridade, pois podem 
ser desacreditados por demonstrações de sua pouca força;
c) o texto 1 condiciona a validade do argumento de autoridade desde que essa autoridade se 
tenha manifestado por meio de documentos;
d) os dois textos afirmam a validade absoluta dos argumentos de autoridade, desde que 
bem embasados;
e) o texto 2 mostra o perigo doargumento de autoridade e o risco do livre exame.
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GABARITO
1. a
2. d
3. e
4. d
5. c
6. c
7. e
8. a
9. e
10. e
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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Observe o texto argumentativo a seguir.
“Certas espécies animais e vegetais desaparecem cada vez mais rapidamente, o que tornou 
grave a situação.
Primeiramente, várias espécies foram extintas por causa da caça. Assim, no século XVII, uma 
espécie de mamíferos era extinta a cada cinco anos.
Posteriormente, no século XX, a população mundial aumentou de tal modo que, para encontrar 
novas terras, os homens invadiram os espaços selvagens. Foram derrubadas imensas florestas 
e, assim, numerosos animais desapareceram em função da destruição de seus hábitats. Tam-
bém a poluição e a instalação de linhas elétricas mataram muitas espécies de peixes e aves.
Por fim, uma nova caça intensiva, destinada ao comércio, suprimiu certas espécies, como a dos 
rinocerontes, cujos chifres eram empregados na fabricação de afrodisíacos.
O homem sabe hoje que a vida sobre a terra é uma vasta cadeia em que cada ser vivo é um elo. 
Quando uma espécie desaparece, outros animais e outras plantas passam a ficar ameaçadas. 
Progressivamente, a vida humana se empobrece.”
Esse texto foi didaticamente estruturado; a única afirmativa abaixo inadequada em relação à 
sua estruturação é:
a) a conclusão do texto é constituída a partir de um rápido resumo das ideias anteriormente expressas;
b) o último parágrafo do texto se liga estruturalmente ao primeiro, ampliando-o tematicamente;
c) a tese do texto foi devidamente comprovada pelos argumentos expressos em seus vários parágrafos;
d) os argumentos empregados na defesa da tese do texto foram dispostos em organização 
cronologicamente progressiva;
e) cada um dos parágrafos que serve de argumento é introduzido por um marcador discursivo, 
que, em seu conjunto, organizam o texto.
a) Errada. A conclusão é:
O homem sabe hoje que a vida sobre a terra é uma vasta cadeia em que cada ser vivo é um elo. 
Quando uma espécie desaparece, outros animais e outras plantas passam a ficar ameaçadas. 
Progressivamente, a vida humana se empobrece.
No desenvolvimento do texto, apresentam-se fatores que levaram, ao longo da História, ao 
desparecimento de espécies, principalmente as de animais: a caça, no século XVII; a expansão 
territorial, no século XX; a caça intensiva destinada ao comércio, em seguida. Assim, a conclusão 
não apresenta “um resumo das ideias anteriormente expressas”, mas, a partir de um encerra-
mento lógico, as consequências de toda a devastação humana sobre as espécies vegetais e 
animais. Como a afirmação está incorreta, esse é o gabarito.
b) Certa. O primeiro parágrafo é:
Certas espécies animais e vegetais desaparecem cada vez mais rapidamente, o que tornou 
grave a situação.
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No último parágrafo, ocorre a retomada desse assunto, em “Quando uma espécie desaparece, 
outros animais e outras plantas passam a ficar ameaçadas.”. A afirmação está correta.
c) Certa. Sim, a tese foi confirmada a partir dos argumentos apresentados, com base em ocor-
rências históricas.
d) Certa. Houve sequência cronológica na apresentação dos argumentos.
e) Certa. O texto não é um monte de palavras ou frases, mas um conjunto coeso e coerente, in-
terligados por sequências lógicas, estabelecendo relações entre as palavras do texto, de acordo 
com as regras gramaticais, com o propósito de fornecer uma informação.
Os marcadores discursivos são os termos que se propõem a estabelecer essas relações lógicas 
com o objetivo de tornar o texto coerente e coeso.
É amplo o rol dos elementos que atuam nesse sentido, mas, apenas a título de estudo, podemos 
exemplificar marcadores servem para:
• ordenar: “em primeiro lugar”, “primeiramente”, “em seguida”;
• exemplificar: “por exemplo”, “para ilustrar”, “tais como”;
• explicar: “uma vez que”, “já que”, “em outras palavras”;
• concluir: “logo”, “dessa maneira”, “destarte”, “por tudo isso”.
No texto, são marcadores discursivos que iniciam os parágrafos: “primeiramente”, “posterior-
mente”, “por fim”.
Letra a.
002. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Abaixo está o início de um conto de Lygia Fagundes Telles, 
denominado A Ceia.
“O restaurante era modesto e pouco frequentado, com mesinhas ao ar livre, espalhadas debaixo 
das árvores. Em cada mesinha, um abajur de garrafa projetava sobre a toalha de xadrez vermelho 
e branco um pálido círculo de luz.”
Todos sabemos que os termos de um texto podem indicar valores bem variados. Nesse segmento 
foram sublinhados alguns que funcionam como adjetivos; a afirmação correta sobre um deles é:
a) o adjetivo “modesto” indica uma qualificação do restaurante por parte do narrador e não é 
acompanhado de nenhum termo que o justifique;
b) o adjetivo “pouco frequentado” mostra uma qualificação do substantivo restaurante, indicando 
uma clientela de elite;
c) a locução adjetiva “de garrafa” indica o material de que é feito o abajur, destacando simulta-
neamente a qualidade sofisticada do restaurante descrito;
d) os adjetivos “vermelho e branco”, que indicam características, podem trazer informações 
implícitas sobre a nacionalidade da comida no local;
e) o adjetivo “pálido”, que indica uma relação, mostra uma intensidade da luz, com o valor im-
plícito de decadência e pouca qualidade do restaurante.
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a) Errada. Para ilustrar o conceito de “modesto”, a autora apresenta elementos como “um abajur 
de garrafa”. Logo, não procede a afirmação de que tal conceito não teria sido acompanhado de 
nenhum termo que o justificasse.
b) Errada. Não está correta a afirmação de que o restaurante seria de elite, uma vez que, como 
afirmado e exemplificado, se tratava de um restaurante bem modesto.
c) Errada. Ser um abajur feito a partir de uma garrafa já indica que o restaurante está longe de 
ser voltado para “uma clientela de elite”. Afirmação falsa.
d) Certa. Note que o examinador usa a expressão “podem trazer” – o verbo auxiliar “poder” indica 
não ser uma AFIRMAÇÃO, mas uma POSSIBILIDADE. Sim, de fato, as cores vermelho e branco 
na toalha PODEM INDICAR a nacionalidade da comida, no caso, italiana. Está certa a afirmação.
e) Errada. Para analisar essa opção, você precisa saber o que são ADJETIVOS RELACIONAIS.
O adjetivo de relação ou relacional deriva de um nome (substantivo), estabelecendo relações 
de posse, origem, propriedade, nacionalidade, finalidade, dentre outras. Não se flexiona em 
SUPERLATIVO e tem caráter objetivo (não indica subjetividade).
EXEMPLO
Brasileiro – provém do substantivo BRASIL, não há nenhuma subjetividade (não depende da 
opinião de alguém, mas de uma informação objetiva: ser oriundo ou proveniente do Brasil) e 
não varia em grau (não são admitidas em linguagem denotativa formas como “mais brasileiro, 
menos brasileiro, brasileiríssimo”).
EXEMPLO
Mais um exemplo: terrestre, que deriva de TERRA (substantivo). Assim, o adjetivo na expressão 
“um veículo terrestre” é chamado de adjetivo relacional, pois tem valor objetivo, deriva de um 
substantivo e não varia em grau.
Por fim, uma característica do adjetivo de relação que ajuda muito nessa classificação: a posição 
em relação ao substantivo. Um adjetivo relacional sempre se apresenta DEPOIS do substantivo 
(veículo terrestre, e não “terrestre veículo” / música brasileira, e não “brasileira música” / cons-
trução naval,e não “naval construção”).
Já os adjetivos qualificativos são subjetivos e podem se apresentar antes do substantivo: bela 
camisa = camisa bela (o que é belo para um pode não ser para outro).
E o adjetivo “pálido”? Já descartamos a opção E quando afirma que “pálido” estaria indicando 
uma relação, quando de fato indica uma característica, qualidade.
Esse adjetivo não tem valor objetivo. Além disso, pode variar em grau (mais pálido, menos pá-
lido). Logo, não é considerado um adjetivo relacional.
Letra d.
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003. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Observe a charge a seguir.
A interpretação de texto refere-se à decodificação dos significados dos componentes textuais, 
enquanto a compreensão diz respeito aos processos geradores de significação.
A pergunta abaixo que diz respeito à interpretação, e não à compreensão, é:
a) O que mostra na charge a intenção de viajar da família?
b) Como se pode notar que a família está em um lugar alto?
c) De que forma a pandemia está presente na charge?
d) O que demonstra o laço na mão do chefe da família?
e) Qual a expectativa da família representada na charge?
Para começar, um lembrete de acentuação: a palavra ASTEROIDE não recebe acento agudo com 
o advento do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Os ditongos abertos “éu”, “éi” e “ói” só 
são acentuados quando estão em palavras monossílabas (réu, dói) e oxítonas (herói, chapéu), 
e ASTERÓIDE é uma palavra paroxítona (sílaba tônica “rói”).
A charge indica que a intenção da família é ser levada pelo asteroide para fugir do planeta Terra.
Para responder à questão, é preciso saber a diferença entre COMPREENDER e INTERPRETAR.
“Compreender” significa “decifrar os códigos apresentados na mensagem”. Equivale a “entender”.
Já “interpretar” demanda o conhecimento além da mensagem, relaciona-se às conclusões a que 
chegamos por meio das conexões de ideias, por isso vai além do texto. A interpretação pode 
ser apresentada na forma de construções como “infere-se, depreende-se, conclui-se que...”.
Assim, vamos analisar a quais elementos as perguntas remetem para identificar o que é “literal” 
da charge e o que é “além” da charge.
a) Errada. O que mostra na charge a intenção de viajar da família? Se o que se busca é a indi-
cação de algo a respeito da intenção da viagem, isso é mostrado na imagem: a corda, a mala 
na mão da mulher e outros elementos que podem ser observados – não precisam ir além da 
charge. Isso é compreensão.
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b) Errada. Como se pode notar que a família está em um lugar alto? Mais uma informação que 
pode ser obtida ao olhar a imagem: a partir da perspectiva do local. Isso é compreensão.
c) Errada. De que forma a pandemia está presente na charge? Outra informação que pode ser 
facilmente obtida no desenho – todos usam máscaras. Isso é compreensão.
d) Errada. O que demonstra o laço na mão do chefe da família? Estão todos amarrados na mes-
ma corda e todos olham para cima. Essa observação, associada ao título (a passagem de um 
asteroide), leva à resposta. Como tudo isso provém do que está apresentado na charge, trata-se 
de compreensão.
e) Certa. Qual a expectativa da família representada na charge? A expectativa da família, ou seja, 
o que a família espera a partir do momento em que seja levada pelo asteroide, é elemento que 
extrapola a charge. Poderíamos chegar a essa resposta a partir de informações que se situam 
fora do texto – a situação da economia no país, o desespero provocado pela pandemia, o medo 
da doença... ou seja, fatores alheios ao texto. Isso é interpretação.
Letra e.
004. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Abaixo aparecem opiniões variadas, todas elas expressas de 
um modo impessoal. A citação a seguir que contém elementos de personalização é:
a) Os educadores são constantemente interrogados sobre o papel da televisão na educação 
das crianças; parece hoje estabelecido que esse papel é benéfico;
b) Está universalmente estabelecido que a eficiência das regras de segurança depende da boa 
vontade dos que as utilizam;
c) Parece a todos que a eficácia das vacinas está definitivamente comprovada, bastando ver-se 
a grande diminuição de internações hospitalares;
d) Quanto a Grande sertão: veredas, se só se observam os grandes pensamentos que essa obra 
contém, é certamente um livro impressionante;
e) Só se pode esperar que a equipe local de salvamento possa atuar de forma eficiente a fim 
de que muitas vidas sejam salvas.
Note que, mais uma vez, a banca explora o mesmo conhecimento do candidato – adjetivos 
relacionais e qualificativos.
O elemento que caracteriza subjetividade está presente nos adjetivos “grande”, em “grandes 
pensamentos” e “impressionante”, em “livro impressionante”. São adjetivos qualificativos, por-
tanto subjetivos.
Compare o valor do adjetivo GRANDE em duas construções:
Homem grande (dimensão) x grande homem (qualidade)
No primeiro, o valor é objetivo – um homem com 2,10 de altura é, sem dúvida, um homem grande.
Já “um grande homem” é uma expressão elogiosa, que indica, sobretudo, suas qualidades morais.
Assim, no texto, o adjetivo “grande” não indica dimensão física (caso em que seria objetivo), mas 
qualidade (subjetivo), e esse é um valor que varia de pessoa para pessoa, bem como o adjetivo 
“impressionante” – o que impressiona uma pessoa pode não impressionar outra.
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a) Errada. O conceito de “benéfico” deriva dos educadores, e não do autor do texto, por isso não 
tem valor subjetivo (o autor retrata a opinião de outrem, e não a sua).
b) Errada. “Estar universalmente estabelecido” é um conceito objetivo, expressa uma opinião 
geral, e não pessoal.
c) Errada. Mais uma vez, o autor expressa a opinião de outros, e não a sua, quando afirma que 
“parece a todos que a eficácia das vacinas está definitivamente comprovada”.
e) Errada. Não há nenhum elemento que dê margem a subjetividade.
Letra d.
005. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Seria importante que alguns dos textos que produzimos fos-
sem lidos com atenção pelos destinatários; para isso, a introdução desses textos pode apelar 
para estratégias diversas a fim de conseguir essa atenção.
Abaixo estão reproduzidas cinco introduções textuais; aquela que mostra sua estratégia de 
atração corretamente identificada é:
a) Começo por uma pequena narrativa: “Um homem sem coluna vertebral é como uma tenda 
de lona sem o mastro. O eixo de nosso corpo, denominado também coluna vertebral, cumpre 
exatamente as mesmas funções que o mastro de uma tenda. De forma idêntica, mantém-se 
ereto o corpo por obra de numerosas tensões. Se o mastro falha, a tenda vem abaixo”;
b) Começo por uma afirmação surpreendente, de caráter opinativo: “Quando Paulinho mexe em sua 
coleção de selos, seus lábios incham de uma forma alarmante; Margarida sofre de asma quando 
visita o tio farmacêutico; Tomás, entusiasta do alpinismo, sofre de erupção cutânea cada vez que 
inicia uma escalada. Os casos citados são exemplos dessa misteriosa enfermidade chamada alergia”;
c) Começo por um ou vários exemplos: “O novo dicionário vai ser lançado esta semana e traz infor-
mações preciosas, como a evolução semântica de cada uma das palavras nele inseridas, desde o seu 
nascimento até o estágio atual de significação, além de datação das ocorrências dessas palavras”;
d) Começo por uma alusão histórica: “As passeatas de motivação política, particularmente as 
que pretendem protestar contra algo, trazem sempre em seu bojo pessoas interessadas em 
tumultuá-las além do razoável”;
e) Começo por um questionamento: “Não sei bem o que fazer quando meu neto me pergunta o sig-
nificadode uma palavra ‘perigosa’; não sei se digo claramente o seu significado ou se invento algo 
mais palatável. Como sua curiosidade está aumentando, prevejo momentos de grandes dificuldades”.
Em uma introdução, o escritor pode utilizar algumas estratégias a partir das quais irá apresentar 
a tese, como:
• narração de fato real ou fictício (que representará a problematização da tese);
• citação relacionada ao tema proposto;
• exemplos que retratam a situação apresentada;
• comparação;
• indicação de números estatísticos ou informações de fonte confiável (contextualização);
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• questionamento (com o objetivo de desenvolver a tese);
• apresentação de um conceito e sua relação com o tema.
a) Errada. Começo por uma pequena narrativa: “Um homem sem coluna vertebral é como uma 
tenda de lona sem o mastro....”;
A estratégia é o uso de ANALOGIA (comparação) entre um homem e uma tenda, e não uma 
narrativa (descrição de ações).
b) Errada. Começo por uma afirmação surpreendente, de caráter opinativo:
Quando Paulinho mexe em sua coleção de selos, seus lábios incham de uma forma alarmante; 
Margarida sofre de asma quando visita o tio farmacêutico; Tomás, entusiasta do alpinismo, 
sofre de erupção cutânea cada vez que inicia uma escalada. Os casos citados são exemplos 
dessa misteriosa enfermidade chamada alergia;
A estratégia é a apresentação de EXEMPLOS de alergias, e não uma afirmação de caráter 
opinativo (opinião).
c) Certa. Começo por um ou vários exemplos: O novo dicionário vai ser lançado esta semana 
e traz informações preciosas, como a evolução semântica de cada uma das palavras nele 
inseridas, desde o seu nascimento até o estágio atual de significação, além de datação das 
ocorrências dessas palavras;
Sim, na introdução, são apresentados diversos exemplos de informações preciosas que estarão 
em um novo dicionário a ser lançado.
Essa é a resposta certa.
d) Errada. Começo por uma alusão histórica: “As passeatas de motivação política, particularmente 
as que pretendem protestar contra algo, trazem sempre em seu bojo pessoas interessadas em 
tumultuá-las além do razoável”;
A estratégia consiste na narração de um conceito, e não alusão histórica.
e) Errada. Começo por um questionamento: Não sei bem o que fazer quando meu neto me per-
gunta o significado de uma palavra ‘perigosa’; não sei se digo claramente o seu significado ou 
se invento algo mais palatável. Como sua curiosidade está aumentando, prevejo momentos de 
grandes dificuldades.
A estratégia é apresentar uma narrativa de fato real (informa que não sabe o que fazer quando 
o neto pergunta o sentido da palavra “perigosa”), e não um questionamento a partir do qual 
irá desenvolver a tese.
Letra c.
006. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Deparamo-nos diariamente com uma série de textos que 
tentam convencer-nos a adquirir determinado produto: são os chamados textos publicitários.
Vejamos a seguir um exemplo desses textos.
É festa na fazenda!
Para tratar a Tristeza Parasitária e fazer a alegria tomar conta do rebanho.
A Tristeza Parasitária pode afetar o rebanho a qualquer momento e em qualquer fase da vida. 
Contudo, existe uma dupla capaz de reanimar e proteger o potencial produtivo dos animais.
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Com você, Ganaseg™ 7% & Kinetomax®
Ganaseg™ 7%
Combate da Babesiose (Piroplasmose)
Curto período de carência para o leite (apenas 96 horas)
Ótimo índice de segurança
Kinetomax®
Rápida ação contra a Anaplasmose
Dose única
Curto período de carência (Leite: 5 dias/Carne: 8 dias para animais tratados via intramuscular e 
4 dias para animais tratados via subcutânea)
Xô, tristeza!
Sobre os elementos estruturais desse texto e suas estratégias de produção, é correto afirmar que:
a) o texto segue a estrutura clássica dos textos publicitários: um título, um subtítulo, o conteúdo 
da informação e uma recomendação à aquisição do produto;
b) o final do texto dirige-se particularmente às emoções dos leitores, de modo que eles conti-
nuem a pensar na mensagem veiculada;
c) o texto veicula a mensagem, tendo em vista o seu público-alvo, selecionando informações, 
não explicitando termos supostamente conhecidos e utilizando uma linguagem adequada;
d) o produto anunciado deve ter destacadas as suas características principais e as vantagens 
explícitas sobre os concorrentes;
e) o texto é construído segundo um roteiro: chamar a atenção para o tema, despertar o interesse 
dos leitores, transformar o interesse em desejo de aquisição e apelar para a ação.
A questão versa sobre um texto publicitário de um produto veterinário. Vamos analisar as opções.
a) Errada. Por ser um texto publicitário, é possível que tenha um título, mas o subtítulo é opcio-
nal. Além disso, não se observa um “convite à ação”, aqui identificado como “recomendação à 
aquisição do produto”, que consiste em estimular a aquisição daquilo que é anunciado: Compre 
já, Não perca essa oportunidade e outras frases de efeito.
b) Errada. O erro desta alternativa é afirmar que há um apelo à emoção – em “Xô, tristeza”, a 
palavra “tristeza” se deve ao nome que se dá à doença, e não propriamente ao sentimento em si.
c) Certa. Na opção C, confirmamos que o um texto publicitário, pela linguagem utilizada, se des-
tina a um público específico, capaz de decodificar palavras como “Babesiose (Piroplasmose)” 
e “Anaplasmose”, não sendo essas explicitadas.
d) Errada. Eliminamos esta opção, uma vez que não há comparação entre produtos concorrentes 
(vantagens e desvantagens).
e) Errada. A opção indica que houve “apelo para a ação”, que, como já vimos, não ocorreu nesse 
texto publicitário.
Letra c.
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007. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Muitas vezes, quando raciocinamos, cometemos erros, as 
chamadas falácias argumentativas, que podem ser produzidas a partir de premissas ou propo-
sições falsas, conclusões inadequadas ou falhas lógicas.
Em todos os textos abaixo ocorrem falácias; o texto em que essa falácia está identificada de 
forma INCORRETA é:
a) “Não há dúvida de que os mais jovens não respeitam, atualmente, os mais velhos como de-
veriam; hoje mesmo observei um grupo de rapazes e moças que empurravam pessoas de mais 
idade para que pudessem entrar antes na sala de projeção” / trata-se de uma generalização 
exagerada, pois se fundamenta em um só caso de experiência pessoal;
b) “Esta semana o presidente da empresa recebeu ataques que o acusavam de mau administrador e 
corrupto; na verdade, porém, esses ataques partiam daqueles que foram derrotados na assembleia 
de acionistas e não se haviam conformado com a derrota” / trata-se da tentativa de evitar a discussão 
central da acusação, desviando o foco para as pessoas responsáveis pelos ataques;
c) “Os restaurantes nas pequenas cidades turísticas estão passando grandes dificuldades, pois o 
número de clientes diminuiu bastante, o preço dos alimentos subiu exageradamente, os salários 
dos funcionários recebem aumentos constantes... em poucas palavras: ou as prefeituras desses 
locais criam mecanismos de ajuda ou os estabelecimentos fecham as portas” / trata-se de um 
raciocínio que só enxerga soluções extremadas, sem considerar possibilidades intermediárias;
d) “Segundo as notícias, mais de três quartos da população daquele país passa fome; mas, 
como esse mal ainda não atinge a população como um todo, não devemos classificar o país 
como pobre” / trata-se de uma conclusão inadequada, pois não se segue às premissas ou pro-
posições de que parte;
e) “O funcionário Ricardo é o melhor candidato a chefe de seção porque de todos os que se 
apresentaram para a votaçãoé claramente o mais adequado” / trata-se de algo que ocorre quan-
do, no curso de uma argumentação, se dá algo por certo, sem necessidade de demonstração.
Vamos observar cada opção, lembrando sempre que buscamos a INCORRETA.
a) Certa. “Não há dúvida de que os mais jovens não respeitam, atualmente, os mais velhos como 
deveriam; hoje mesmo observei um grupo de rapazes e moças que empurravam pessoas de 
mais idade para que pudessem entrar antes na sala de projeção” / trata-se de uma generalização 
exagerada, pois se fundamenta em um só caso de experiência pessoal;
Sim, houve uma generalização que não corresponde necessariamente à realidade. Nem todos 
os jovens são desrespeitosos. Está correta a identificação da falácia.
b) Certa. “Esta semana o presidente da empresa recebeu ataques que o acusavam de mau administrador 
e corrupto; na verdade, porém, esses ataques partiam daqueles que foram derrotados na assembleia 
de acionistas e não se haviam conformado com a derrota” / trata-se da tentativa de evitar a discussão 
central da acusação, desviando o foco para as pessoas responsáveis pelos ataques;
Exatamente. O nome dessa falácia é AD HOMINEM, que ocorre quando, em vez de contrapor 
argumentos à tese, se provoca ataque à pessoa.
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c) Certa. “Os restaurantes nas pequenas cidades turísticas estão passando grandes dificul-
dades, pois o número de clientes diminuiu bastante, o preço dos alimentos subiu exagerada-
mente, os salários dos funcionários recebem aumentos constantes... em poucas palavras: 
ou as prefeituras desses locais criam mecanismos de ajuda ou os estabelecimentos fecham 
as portas” / trata-se de um raciocínio que só enxerga soluções extremadas, sem considerar 
possibilidades intermediárias;
Certo. Considerada uma das grandes falácias, chamada de FALSO DILEMA, consiste em não 
se aventar outras alternativas entre duas soluções extremadas.
d) Certa. “Segundo as notícias, mais de três quartos da população daquele país passa fome; 
mas, como esse mal ainda não atinge a população como um todo, não devemos classificar o 
país como pobre” / trata-se de uma conclusão inadequada, pois não se segue às premissas 
ou proposições de que parte;
Exato. Também chamada de NEGAÇÃO DO ANTECEDENTE, essa falácia, ao não considerar 
todas as premissas, chega a uma conclusão indevida.
e) Errada. “O funcionário Ricardo é o melhor candidato a chefe de seção porque de todos os que 
se apresentaram para a votação é claramente o mais adequado” / trata-se de algo que ocorre 
quando, no curso de uma argumentação, se dá algo por certo, sem necessidade de demonstração.
Errado. Na verdade, essa falácia é chamada de PETIÇÃO DE PRINCÍPIO ou ARGUMENTO CIR-
CULAR e consiste em usar a conclusão como premissa.
O funcionário é o melhor porque, de todos os que se apresentaram, é o melhor.
Em suma, consiste em afirmar que “ele é o melhor porque ele é o melhor”. A indicação do tipo 
de falácia não corresponde ao exemplo.
VAMOS ESTUDAR AS FALÁCIAS:
Falácias são argumentos capciosos, que, com a aparência de serem verdadeiros, levam a um 
raciocínio errado.
Anthony Weston, em A construção do argumento, indica duas grandes falácias, indicadas como:
1 – Tirar conclusões a partir de elementos muito escassos.
Como combater? A) apresentar mais de um exemplo; B) escolher exemplos representativos; 
C) apresentar informações suplementares;
2 – Ignorar alternativas. Muitas vezes, não existem apenas duas opções.
Como combater? Observando todas as alternativas possíveis.
Em seguida, nos apresenta algumas das falácias clássicas:
• ad hominem: consiste em atacar a pessoa, em vez de atacar os argumentos que ela apresenta.
• ad ignorantiam: argumentar que uma afirmação é verdadeira simplesmente porque não 
foi demonstrado que é falsa.
• ad misericordiam: apelo sentimental, inapropriado quando a avaliação é objetiva.
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• ad populum: apelo para a emoção geral, o famoso: “todo mundo faz”, sem que haja em-
basamento para isso.
• falácia dedutiva: falha no raciocínio dedutivo. Não é porque o consequente é verdadeiro 
que as premissas são verdadeiras. Nesse caso, ignorou as demais alternativas (uma 
das grandes falácias).
Quando a estrada está congelada, o correio atrasa. O correio está atrasado. Logo, a estrada 
está congelada. (!)
– petição de princípio (ou argumento circular): usar a conclusão como premissa. “A Bíblia diz a 
verdade, porque Deus a escreveu. Na Bíblia diz que Deus existe, logo Deus existe.”
Outro tipo do argumento circular é formular uma questão que, qualquer que seja a resposta, a 
pessoa se compromete com uma delas: “Você ainda é tão egoísta quanto era antes?”. Qualquer 
que seja a resposta – sim ou não -, a pessoa admite que era egoísta.
– negação do antecedente: Negar o antecedente remete a uma conclusão errada.
Quando a estrada está congelada, o correio atrasa. As estradas não estão congeladas, logo o 
correio não está atrasado.
Esse argumento também ignora explicações alternativas.
– ambiguidade: a variedade de significados da palavra gera a ambiguidade, levando a uma falácia:
“Homens e mulheres não são iguais física nem emocionalmente, logo não podem ser tratados 
de forma igual.”
O conceito de IGUALDADE provoca a falácia, já que o aspecto observado no emprego da primeira 
ocorrência não é o mesmo da segunda.
– falsa causa: O erro na identificação da causa leva a uma falácia (erro na consequência).
“Depois que passei por baixo daquela escada, perdi meu dinheiro. Passar por baixo da escada dá azar.”
– desviar a atenção do assunto: levanta-se a opinião sobre uma questão sobre a qual as pessoas 
convergem, de modo que o assunto é desviado sem que as pessoas percebam.
Letra e.
008. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Um relatório produzido em determinada seção do serviço 
público trazia, inadequadamente, uma série de frases em discurso direto.
O chefe da seção solicitou, então, ao funcionário autor do relatório que modificasse tais frases 
para o discurso indireto, o que foi imediatamente feito; a frase em que essa modificação soli-
citada foi realizada de forma adequada é:
a) O funcionário respondeu ao chefe: “Não cometi essa falha ocorrida ontem” / O funcionário 
respondeu ao chefe que não cometera aquela falha ocorrida no dia anterior;
b) O chefe retrucou: “Iremos terminar a tarefa e voltar para casa” / O chefe retrucou que irão 
terminar a tarefa e voltar para suas casas;
c) O cidadão explicou ao segurança: “Não estou preocupado, é que estou pensando” / O cidadão 
explicou ao segurança que não estava preocupado, era que estava pensando;
d) A funcionária pensava: “Como podes deixar que te usem?” / A funcionária pensava como 
podia deixar que a usem;
e) O funcionário explicou: “O relatório só ficará pronto depois de amanhã” / O funcionário expli-
cou que o relatório só ficaria pronto depois de amanhã.
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Primeiramente, veremos os tipos de discurso:
• direto – reprodução fiel do que foi dito pelo emissor.
• indireto – reprodução do que foi dito com as palavras do narrador.
• indireto livre – nesse tipo de discurso, ocorre uma mescla entre os dois tipos de dis-
curso (direto e indireto), sem que haja uma “marca” dessa mudança (não há nenhuma 
indicação por sinal de pontuação, por exemplo). A fala do personagem aparece no meio 
da narração.
Na transposição do discurso direto para o indireto, há necessidade de mudança em relação aos 
tempos verbais, advérbios, pronomes, além de outros elementos.
Em relação ao tempo verbal:
TE
M
PO
S 
V
ER
BA
IS
DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO
Presente do indicativo- Estou certo.
Pretérito imperfeito do indicativo
Ele disse que estava certo.
Pretérito perfeito do indicativo:
- Fui uma criança feliz.
Pretérito mais-que-perfeito do indicativo 
(simples ou composto):
Ele disse que fora/tinha sido uma criança feliz.
Futuro do presente do indicativo:
- Serei feliz.
Futuro do pretérito do indicativo:
Ele disse que seria feliz.
Presente do subjuntivo:
- Espero que tenhas sorte.
Pretérito imperfeito do subjuntivo:
Ele disse que esperava que tivesses sorte.
Imperativo
- Venha!
Pretérito imperfeito do subjuntivo:
Ele ordenou que viesse.
Em relação aos pronomes pessoais:
PE
SS
O
A
S 
D
O
 D
IS
CU
RS
O
DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO
1ª pessoa 3ª pessoa
eu, me, mim, comigo
nós, nos, conosco
ele(s)/ela(s), se, si, o(s)/a(s), lhe(s), consigo
meu(s), minha(s)
nosso(s), nossa(s)
seu(s), sua(s), dele(s), dela(s)
- Eu mencionei minha tese. Ela disse que mencionara/tinha mencionado a sua tese/a tese dela.
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Em relação aos advérbios e outros pronomes:
A
D
V
ÉR
BI
O
S 
/ 
PR
O
N
O
M
ES
DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO
Ontem No dia anterior
Hoje / Agora Naquele dia / Naquele momento
Amanhã No dia seguinte
Aqui, aí, cá Ali, lá, naquele lugar
Este, esta, isto
Esse, essa, isso Aquele, aquela, aquilo
a) Certa. O funcionário respondeu ao chefe: “Não cometi essa falha ocorrida ontem” / O funcio-
nário respondeu ao chefe que não cometera aquela falha ocorrida no dia anterior;
Verbo: “não cometi” → que não cometera (pretérito perfeito do indicativo → pretérito mais-que-
-perfeito do indicativo). Certo.
Pronome: “essa falha” → aquela falha. Certo.
Advérbio: “ocorrida ontem” → ocorrida no dia anterior. Certo.
Todas as transposições estão corretas. Essa é a resposta.
b) Errada. O chefe retrucou: “Iremos terminar a tarefa e voltar para casa” / O chefe retrucou que 
irão terminar a tarefa e voltar para suas casas;
Verbo: “iremos terminar” → que iriam terminar (e não “irão”). Errado
c) Errada. O cidadão explicou ao segurança: “Não estou preocupado, é que estou pensando” / 
O cidadão explicou ao segurança que não estava preocupado, era que estava pensando;
Verbo: “não estou preocupado” → que não estava preocupado. Certo
Locução verbal de realce: “é que” não se altera.
Por não fazer parte sintaticamente da frase (tanto que pode ser retirada), essa locução não 
precisa passar pela transposição: O cidadão explicou ao segurança que não estava preocupado, 
(é que) estava pensando.
d) Errada. A funcionária pensava: “Como podes deixar que te usem?” / A funcionária pensava 
como podia deixar que a usem;
Verbo: “como podes deixar” → como podia deixar
Verbo: “que te usem” → que a usassem (e não “a usem”) – o pronome está certo, mas o verbo 
está errado. Errado.
e) Errada. O funcionário explicou: “O relatório só ficará pronto depois de amanhã” / O funcionário 
explicou que o relatório só ficaria pronto depois de amanhã.
Verbo: “só ficará pronto” → só ficaria pronto. Certo.
Advérbio: “depois de amanhã” → dois dias depois (e não “depois de amanhã”). Errado.
Letra a.
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009. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) “Acabo de ler o trecho a seguir num livro de História: ‘Os cristãos 
tinham uma moral, mas os pagãos, não’. Ah! Senhor autor desta obra: onde o senhor aprendeu 
essa tolice? O que dizer da moral de Sócrates, de Cícero, de Marco Antônio e de tantos outros? 
Leitor: reflita e tire suas conclusões.”
A afirmativa inadequada sobre esse depoimento a respeito da leitura de uma obra histórica é:
a) o argumentador do texto mostra sua presença desde a primeira linha por meio da desinência 
verbal da forma “acabo”;
b) o adversário argumentativo que o argumentador deseja refutar está identificado pela expres-
são “Senhor autor desta obra”;
c) a palavra “tolice” serve de qualificação da tese adversária;
d) o leitor, que é visto como árbitro do debate, é invocado na última frase do texto;
e) o argumentador julga a tese apresentada, mas não expõe argumentos que a contradigam.
Lembre-se de que buscamos a afirmação ERRADA.
a) Certa. Sim, já ocorre a marca do autor na primeira palavra: Acabo de ler.
b) Certa. No vocativo “Senhor autor desta obra”, o autor se dirige a quem apresenta seus 
argumentos contrários.
c) Certa. Sim, o autor qualifica como “tolice” a tese apresentada.
d) Certa. Perfeita afirmação. No discurso, há três pessoas: a primeira, aquela que “fala” (o au-
tor); a segunda, a quem se dirige a “fala” (o leitor); a terceira, de quem / do que se fala (a tese 
apresentada por alguém). No fim, o autor dirige-se ao leitor (segunda pessoa), dando-lhe reco-
mendações (reflita e tire suas conclusões), como se o leitor ocupasse a posição de “árbitro”.
e) Errada. Os argumentos são, sim, apresentados, a partir de exemplos de pessoas sabidamente 
pagãs: “O que dizer da moral de Sócrates, de Cícero, de Marco Antônio e de tantos outros”. Como 
vimos, a exemplificação é uma modalidade de introdução e argumentação.
Letra e.
010. (FGV/TCU/AUDITOR/2022) Há dois textos de temática semelhante a seguir.
Texto 1 – “Um mestre (Jesus) em que parece haver tanta autoridade, ainda que sua doutrina 
seja obscura, merece que seja crido por palavra... pode-se reconhecer sua autoridade, tendo 
em vista o respeito que lhe rendem Moisés e Elias; isto é, a lei e os profetas, como já expliquei... 
Não procuremos as razões das verdades que ele nos ensina: toda a razão, é que ele as falou.”
Texto 2 – “Certas pessoas têm fé porque seus pais os ensinaram a crer. Num sentido, é satis-
fatório: nenhum axioma filosófico abalará essa fé; num outro sentido, é insatisfatório, porque 
sua fé não vem de conhecimento pessoal.
Outros chegam à fé pela convicção após estudos. Isso é satisfatório num ponto: eles conhecem 
Deus por íntima convicção; por outro lado, é insatisfatório porque se outros lhes demonstram 
a falsidade de seu raciocínio, eles podem tornar-se descrentes.”
Comparando os dois textos, é correto afirmar que:
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Provas Comentadas FGV – Parte V
LÍNGUA PORTUGUESA
Claudia Kozlowski
a) o texto 2 contraria o posicionamento do texto 1 em relação ao argumento de autoridade, pois 
só reconhece essa autoridade por meio de relações pessoais, e não pela fé;
b) os dois textos contrariam a validade absoluta dos argumentos de autoridade, pois podem 
ser desacreditados por demonstrações de sua pouca força;
c) o texto 1 condiciona a validade do argumento de autoridade desde que essa autoridade se 
tenha manifestado por meio de documentos;
d) os dois textos afirmam a validade absoluta dos argumentos de autoridade, desde que 
bem embasados;
e) o texto 2 mostra o perigo do argumento de autoridade e o risco do livre exame.
O texto 1 trata da fé nos ensinamentos de Jesus, que se sustenta principalmente a partir da 
autoridade de quem o respeita (citando Moisés e Elias).
O texto 2 trata das variadas formas de se desenvolver a fé, apresentando pontos positivos e 
negativos de cada uma. A primeira seria a fé desenvolvida a partir de valores transmitidos no 
seio familiar. A segunda, obtida a partir de estudos desenvolvidos pela própria pessoa.
Os dois textos, portanto, tratam de fé.
a) Errada. O texto 2 não contraria o texto 1. São textos que abordam aspectos relativos à fé de 
formas diferentes.
b) Errada. No texto 1, não se contraria o argumento de autoridade – pelo contrário: reforça-o.
c) Errada. Não se fala em documentos no texto 1.
d) Errada. No texto 1, o autor indica que nem é preciso haver razões para ter fé – basta consi-
derar que assim Jesus indicou para crer.
e) Certa. Exatamente. Ao apresentar os pontos positivos e negativos de cada forma de desenvol-
vimentoda fé, o autor indica o risco que é ter fé apenas baseado em conceitos que não são os 
seus (são os que foram transmitidos pelos pais) – perigo do argumento de autoridade – e, por 
outro lado, o risco de, ao chegar à fé por meio de estudos, que haja estudos que o convençam 
do contrário – risco do livre exame. Essa é a resposta.
Letra e.
Claudia Kozlowski
Aprovada nos concursos de Analista Judiciário do TRF-2ª, em 1997; Técnico da Receita Federal (atual 
Analista Tributário), em 1998; e Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, em 2001, cargo que ocupa até 
hoje. Professora de Língua Portuguesa para concursos públicos desde 2002.
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