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Daniella	Machado		
TURMA	XXVI	
 
 
 
TUTORIA IV: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
“ESSE É O GRANDE DESAFIO” - MÓDULO 3 
 
1. CARACTERIZAR O QUE É UMA NEOPLASIA E SEUS COMPONENTES BÁSICOS 
 
NOMENCLATURA 
O termo neoplasia significa “novo crescimento” e a coleção de células e estroma que compõem um novo 
crescimento é designada como neoplasma. O termo tumor refere-se ao edema causado pela inflamação, porém 
agora é sinônimo de neoplasma. A oncologia é o estudo dos tumores/neoplasias. A neoplasia é um distúrbio 
genético do crescimento celular que é desencadeado por mutações adquiridas ou com menos frequência, 
herdadas, que afetam uma única célula ou sua progênie clonal. Essas mutações/lesões alteram a função de 
determinados genes e proporcionam às células neoplásicas uma vantagem de sobrevivência e crescimento, 
resultando em proliferação excessiva, que é independente dos sinais de 
crescimento e controles fisiológicos, com perda ou redução da diferenciação. 
Todos os tumores são formados por dois componentes: células 
neoplásicas (parênquima tumoral) e estroma reativo (composto de tecido 
conjuntivo, vasos sanguíneos e células do sistema imune inato e adaptativo). A 
classificação dos tumores e seu comportamento biológico baseiam-se sobretudo 
no componente parenquimatoso, entretanto, seu crescimento e sua propagação 
dependem de seu estroma. Em alguns tumores, o tecido conjuntivo é escasso, a 
neoplasia é de consistência macia e carnosa. Em outros, as células do parênquima estimulam a formação de 
estroma colagenoso abundante, designado como desmoplasia. Alguns tumores desmoplásicos, são duros como 
pedra ou cirrosos. 
 
TUMORES BENIGNOS 
Permanecem restritos ao seu local de origem e em geral são passíveis de remoção 
cirúrgica (paciente sobrevive). Algumas exceções de tumores benignos ocorrem em locais 
vulneráveis, como o encéfalo; podendo causar alta morbidade, podendo ser fatais. 
Normalmente, tem baixa taxa de crescimento, bem diferenciadas (indistinguíveis das 
células normais), com crescimento expansivo, possuem cápsula, e limites bem delimitados, 
a recidiva e metástase são ausentes. O componente clínico é indispensável para a 
classificação. 
 
TUMORES MALIGNOS 
Podem invadir e destruir estruturas adjacentes e disseminar-se para áreas distantes 
(metastizar). Os tumores malignos são chamados de cânceres, sendo que a sua maioria é 
descoberto no início possibilitando excisão cirúrgica, enquanto outros são curados com a 
administração sistêmica de medicamentos ou anticorpos terapêuticos. 
 
TUMORES MISTOS 
Na maioria, as células parenquimatosas assemelham-se a alguns tipos de 
tumores, como a presença de mais de uma linhagem de diferenciação é evidente, 
criando subpopulações distintas de células. Ex: tumor misto de glândula salivar, 
contém componentes epiteliais espalhados dentro de um estroma mixoide que 
pode conter ilhas de cartilagem ou de osso. Origina-se de um único clone 
neoplásico capaz de produzir células epiteliais e 
mesenquimais, chamado de adenoma pleomórfica. A grande 
maioria das neoplasias, é composta de uma única camada 
germinativa (mesoderma, endoderma ou ectoderma). 
A exceção é o teratoma, que contêm células maduras 
ou imaturas reconhecíveis ou tecidos que pertencem a mais 
de uma cada de células germinativas (algumas vezes todas as 3). O teratoma origina-se de 
células germinativas totipotentes, que costuma estar no ovário ou testículo e ou em restos 
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embrionários anormais da linha média. Essas células podem se diferenciar em qualquer um 
dos tipos celulares encontrados no corpo, podendo dar origem a neoplasias que contêm de 
forma desorganizada, osso, epitélio, músculo, gordura, nervo e outros tecidos. O padrão 
comum – teratoma cístico de ovário (cisto dermoide) – que diferencia 
sobretudo ao longo de linhagens ectodérmicas para produzir um 
tumor cístico revestido de epitélio escamoso repleto de pelos, 
glândulas sebáceas e estruturas dentárias. Em teratomas benignos 
há diferenciação de tecidos que formam estruturas organoides, 
porém dispostos desordenamento. A diferenciação é limitada (maturos). 
Hamartomas: massas desorganizadas, compostas por células endógenas do tecido acometido. 
Apresentam em sua maioria, aberrações cromossômicas clonais, que são adquiridas por meio de mutações 
somáticas, com base nesse aspecto são consideradas como neoplasias benignas. 
Coristoma: resto heterotópico (localização incorreta) de células, como um nódulo de tecido pancreático 
bem desenvolvidos e organizado pode ser encontrado na submucosa do estômago ou do intestino delgado. 
 
LESÃO E CONDIÇÃO PRÉ-CANCEROSAS 
A lesão pré-cancerosa é uma alteração morfológica que tem maior risco de evoluir 
para câncer do que tecido normal. Nem toda lesão pré-cancerosa caminha para um tumor 
maligno, a displasia é a lesão pré-cancerosa mais comum. Algumas doenças (genéticas) 
tem maior risco de evoluir para câncer, sendo defeitos hereditários em oncogenes, em 
genes supressores de tumor ou em genes de reparo do DNA que resultam em proliferação 
celular anormais, perda de diferenciação e câncer em idade precoce. 
 
2. DESCREVER E DIFERENCIAR METAPLASIA, DISPLASIA E ANAPLASIA 
 
DIFERENCIAÇÃO E ANAPLASIA 
A diferenciação refere-se ao grau com que as células parenquimatosas neoplásicas se assemelham às 
células normais correspondentes do parênquima, tendo do ponto de vista morfológica quanto do funcional. A 
ausência da diferenciação é a anaplasia. 
Normalmente, os tumores benignos são bem diferenciados. As células 
neoplásicas de um lipoma, uma proliferação benigna de adipócitos, pode se 
assemelhar aos adipócitos, as mitoses (nesse caso) são raras e de configuração 
normal. 
As neoplasias malignas exibem em sua maioria, alterações morfológicas que 
revelam seu potencial de comportamento agressivo. Nos tumores diferenciados, essas 
características são sutis. 
Como os adenocarcinomas de tireoide bem diferenciados, formando folículos de 
aspecto normal e outros carcinomas contêm células idênticas as normais (epiteliais 
escamosas). A natureza maligna desses tumores é revelada pela invasão dos tecidos 
adjacentes por sua capacidade de metastizar. Na outra extremidade do espectro 
encontram-se os tumores pouco diferenciados e altamente anaplásicos, que exibem 
pouca ou nenhuma evidência de diferenciação, uma característica morfológica altamente 
preditiva de comportamento malignos. Entre os dois extremos tem se os tumores 
genericamente referidos como moderadamente diferenciados. 
 
PLEOMORFISMO 
Variação no tamanho e no formato das células. As células dentro do mesmo tumor 
não são uniformes (sendo muitos grandes ou pequenas) com aspectos indiferenciados. 
Algumas células gigantes tumorais apresentam um único núcleo polimórfico enorme, 
enquanto outras podem apresentar 2 ou mais núcleos hipercromáticos grandes. Essas 
células gigantes não devem ser confundidas com as células de Langerhans ou células 
gigantes de corpo estranho inflamatórias que se originam de macrófagos e contêm muitos 
núcleos pequenos de aspecto normal. 
 
MORFOLOGIA NUCLEAR ANORMAL 
As células cancerosas apresentam núcleos desporporcionamentelm grandes, com uma razão núcleo: 
citoplasma 1:1 (normalmente é 1:4 a 1:6). A forma do núcleo é variável, irregular e a cromatina muitas vezes está 
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grosseiramente condesanda e distribuída ao longo da membrana nuclear ou apresenta coloração mais escura do 
que o normal (hipercromática). 
 
MITOSES 
Diferentemente dos tumores benignos e de algumas neoplasias malignas bem diferenciadas os cânceres 
indiferencidos com frequência apresentam muitas células em mitose, refletindo suaelevada taxa de proliferação. 
A presença de mitoses não indica um processo maligno. As células que sofrem mitose costumam ser observadas, 
em tecidos normais que apresentam rápida renovação com revestimento epitelial do intestino (tecidos lábeis) e 
as proliferações não neoplásicas, como as hiperplasias. As caracterísitcas mais importantes são as figuras 
mitóticas atípicas e bizarras. 
 
PERDA DA POLARIDADE 
Alteração na orientação das células anaplásicas entre elas ou com as estruturas de sustentação do tecido, 
como as membranas basais. Lâminas ou grandes massas de células tumorais crescem de maneira 
desorganizada. 
 
OUTRAS ALTERAÇÕES 
As células tumorais em crescimento precisam ter suprimento sanguíneo – estroma vascular – com 
frequência, insuficiente, muitos cânceres de crescimento rápido desenvolvem áreas de necrose isquêmica. 
As células bem diferenciadas têm maior probabilidade de conservar as capacidades funcionais de suas 
equivalentes normais. Os tumores benignos quase sempre são bem diferenciados, frequentemente, retendo as 
funções normais, assim como muitos cânceres bem diferenciados. 
Os tumores bem diferenciados de glândulas endócrinas costumam secretar hormônios característicos de 
sua origem no sangue, podendo ser detectados e quantificados para diagnóstico e monitorar sua resposta ao 
tratamento. Semelhantemente, os carcinomas de células escamosas bem diferenciados sintetizam queratina, 
enquanto os carcinomas hepatocelulares bem diferenciados produzem bile. Os tumores indiferenciados e 
altamente anaplásicos costumam perder as atividades funcionais especializadas de seu tecido de origem, 
ganhando funções novas e inesperadas. Alguns tumores malignos expressam proteínas fetais que não são 
produzidas pelas células correspondentes normais do adulto, enquanto outros expressam proteínas que são 
encontradas apenas em outros tipos celulares. Os carcinomas broncogênicos podem produzir corticotropina, 
hormônio parecido com o PTH, insulina, glucagon outros hormônios, originando a síndrome paraneoplásica. 
 
METAPLASIA 
Uma reprogramação celular (envolve células-tronco) com substituição de um tipo de célula por outro, 
quase sempre é encontrada em associação ao dano, reparo e regeneração de 
tecidos. O tipo celular responsável pela substituição está mais bem adaptado para 
alguma alteração do ambiente local. Como o esôfago de Barret, o refluxo gastro 
esofágico, provoca dano ao epitélio escamoso do esôfago, levando à substituição 
por epitélio glandular (gástrico ou intestinal), mais bem adaptado a um ambiente 
ácido. Infelizmente, o epitélio metaplásico tem tendência a sofrer transformação 
maligna. Ele é válido para a metaplasia escamosa do epitélio brônquico em 
tabagistas crônicos (desenvolvimento de câncer). Processo adaptativo, mas pode ser uma lesão pré-cancerosa 
(sofrendo alterações gênicas e favorecendo infecções). 
Epitélio mucossecretor em epitélio estratificado pavimentosos (epitélio endocervical em escamoso); 
epitélio glandular seroso em epitélio mucíparo, cujas células passam a secretar mucinas ácidas e tomam o 
aspecto de células caliciformes (metaplasia intestinal na mucosa gástrica). 
 
TRANSDIFERENCIAÇÃO 
Mudança de um tipo de célula diferenciada em outro tipo celular, de linhagem diferente. Células-tronco 
podem originar progenitores de algumas linhagens e criam a possibilidade de célula de uma linhagem originar 
outra célula. O fenômeno foi observado em processos de reparo e regeneração, em que as células epiteliais se 
diferenciam em fibroblastos. 
 
DISPLASIA = CRESCIMENTO DESORDENADO 
Encontrado nas células epiteliais e reconhecida com base em várias alterações morfológicas. As células 
displásicas podem ter pleomorfismo com grandes núcleos hipercromáticos, alta razão núcleo:citoplasma. Exibem 
uma desorganização da arquitetura e perda da diferenciação ordenada e polaridade tecidual, com alta taxa de 
proliferação. Como no epitélio escamosos displásico, a maturação progressiva normal das células altas na 
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camada basal em células escamosas altas na superfície pode falhar em parte ou por completo, levando à 
substituição do epitélio por células de aspecto basal, com núcleos hipercromáticos. As figuras mitóticas são mais 
abundantes do que no epitélio escamosos normal e podem ser observadas em toda a espessura do epitélio 
displásico em vez de estarem só na camada basal. 
Elas podem estar associadas a metaplasia ou nela se originam. Ela é reversível, podendo estacionar ou 
regredir. Sua importância deve-se a possibilidade de evoluir para neoplasia e necessita de acompanhamento dos 
pacientes para detectar o mais precocemente possível o câncer. Neoplasias intraepiteliais de baixo ou alto grau, 
conforme intensidade e extensão das alterações celulares. Quanto mais indiferenciada e extensa, maior o risco 
de evolução para um câncer. 
 
3. CLASSIFICAR AS DIFERENÇAS ENTRE UM TUMOR INVASIVO E “IN SITU” 
 
CARCINOMA “IN SITU” 
Quando a displasia é grave e acomete toda a espessura do epitélio, porém a lesão não penetra na 
membrana basal. Observado com frequência na pele, mama, bexiga e no colo do útero. Com todas as 
características citológicas de um processo maligno, e com alta probabilidade (sem 
tratamento) para progressão para cânceres invasivos 
As alterações displásicas costumam ser encontradas adjacentes a focos de 
carcinoma invasivo e em algumas situações muitas vezes antecede o aparecimento 
do câncer. Ademais, algumas mutações associadas ao câncer totalmente 
desenvolvido podem ocorrer em displasia “leves”. Ela nem sempre progride para o 
câncer. Com a remoção das causas desencadeantes, até mesmo as displasias 
moderadamente graves podem ser completamente reversíveis. O carcinoma in situ 
pode persistir por vários anos antes de se tornar invasivo. 
Os cânceres surgem em consequência do acúmulo de mutações (mutações envolvidas na indução de um 
fenótipo totalmente maligno) e o período para a evolução de um câncer totalmente desenvolvido a partir de lesões 
in situ. Enquanto a displasia costuma ocorrer no epitélio metaplásico, nem todo epitélio metaplásico é displásico. 
 
INVASÃO LOCAL 
O crescimento dos cânceres é acompanhado de invasão progressiva, destruição do tecido circundante e 
disseminação sistêmica (metástase). Quase todos os tumores benignos crescem como massas expansivas e 
coesas, que permanecem em seu local de origem e que não possuem capacidade de invadir ou formar 
metástases a distância. Sofrendo expansão lenta, normalmente desenvolvem uma faixa fibrosa comprimido na 
periferia (cápsula), que separa do tecido normal circundante. 
A cápsula consiste em matriz extracelular (MEC) depositada pelas células do estroma, como fibroblastos, 
que são ativados por dano hipóxicos, em consequência da pressão do tumor em expansão. Essa encapsulação 
cria um plano tecidual de clivagem, que torna o tumor distinto, prontamente palpável, 
móvel (não fixo) e de fácil excisão por enucleação cirúrgica. Existem exceções a essa 
regra, como os hemangiomas (neoplasias benignas compostas por vasos sanguíneos 
emaranhados) com frequência não são encapsulados e permeiam a região em que 
surgem (derme da pele e o fígado), quando essas lesões são extensas, podem não se 
ressecáveis. 
Os tumores malignos – em geral – são pouco demarcados em relação ao tecido 
normal circundante (sem plano de clivagem). Os tumores malignos de crescimento lento 
podem desenvolver uma cápsula fibrosa que aparentemente envolve o tumor e empurra 
estruturas normais adjacentes. O exame histológico dessas massas 
“pseudoencapsuladas” quase sempre revela fileiras de células tumorais que penetram na 
margem e infiltram as estruturas adjacentes, constituindo um padrão de crescimento 
semelhante a um caranguejo (imagem do câncer). 
 
4. CARACTERIZAR METÁSTASE E O PROGNÓSTICODA DOENÇA 
O desenvolvimento de metástases e a capacidade de invasão representam características confiáveis para 
distinguir tumores malignos de benignos. A maioria dos tumores malignos não reconhece os limites anatômicos 
normais. Com o passar do tempo, eles penetram na parede com cólon ou do útero, ou se espalham pela superfície 
da pele. Essa capacidade de invasão dificulta ou impossibilita a ressecção cirúrgica completa e mesmo que o 
tumor seja bem circunscrito é necessário remover uma ampla margem de tecido adjacente aparentemente normal 
para assegurar uma excisão local completa (margens de segurança). 
 
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Disseminação de um tumor para áreas que são fisicamente descontínuas do tumor primário, marcando 
de maneira inequívoca um tumor como maligno. A capacidade de invasão dos cânceres permite que eles 
penetrem nos vasos sanguíneos, vaso linfáticos e cavidades corporais, possibilitando a sua disseminação. Todos 
os tumores malignos podem metastatizar, porém raramente ocorre isso. Exemplos de neoplasias que se 
metastatizam são as das células gliais do SNC – gliomas – e os carcinomas basocelulares da pele, que 
apresentam invasão precoce em sua evolução, porém raramente metastatizam. É evidente que as propriedades 
de invasão e metástase são distintas. Os cânceres do sangue (leucemias e linfomas) representam um caso 
especial, esses tumores originam-se de células que normalmente tem a capacidade de entrar na corrente 
sanguínea e alcançar locais distantes. As leucemias e linfomas (tumores líquidos) estão disseminados por 
ocasião do diagnóstico e são sempre considerados malignos, diferentemente de todos os outros tumores 
(tumores sólidos) que derivam de células que normalmente não circulam na corrente sanguínea. 
30% dos tumores sólidos (excluindo os melanomas) manifestam-se como doença metastática. A 
probabilidade de metástase de um tumor sólido correlaciona-se com outras características de malignidade, como 
falta de diferenciação, invasão local agressiva, crescimento rápido e tamanho grande (existem exceções). As 
pequenas lesões bem diferenciadas e de crescimento lento algumas vezes metastatizam significativamente, por 
outro lado, algumas lesões grandes e de crescimento rápido permanecem localizadas durante anos. A metástase 
é um processo complexo e imprevisível, que envolve fatores relacionados tanto com a neoplasia quanto com o 
hospedeiro. A disseminação metastática reduz a possibilidade de cura, na ausência de prevenção do câncer, 
sendo necessário bloquear a metástase. 
 
BIBLIOGRAFIA 
Robbins e Cotran, capítulo 7 
Bogliolo, capítulo 10

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