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Sensação e os receptores sensoriais


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Como a percepção emerge da sensação?
Sensação e percepção
A informação sensorial é traduzida em sinais com significado:
sensação é a detecção de estímulos físicos no ambiente. A
percepção é a nossa experiência consciente desses estímulos. O
processamento de baixo para cima é baseado nas
características do estímulo. O processamento de cima para
baixo é baseado no contexto e nas expectativas.
A detecção requer certa quantidade de estímulo: transdução é
o processo de conversão da energia ambiental em um padrão
de atividade neural. A transdução ocorre nos receptores
sensoriais, células especializadas presentes junto a cada órgão
do sentido, que respondem à energia para ativar neurônios. O
limiar absoluto é a quantidade mínima de energia física
necessária para ativar um receptor sensorial. O limiar de
diferença é a quantidade de alteração requerida para a
detecção pelo receptor sensorial. A teoria da detecção de sinal
se refere à natureza subjetiva da detecção de um estímulo.
Ocorre adaptação sensorial quando receptores sensoriais
param de responder a um estímulo inalterado.
O cérebro constrói representações estáveis: na percepção, o
cérebro integra milhões de estímulos neurais diversos para
produzir representações estáveis. Essa atividade produz a
consciência, uma experiência coerente do mundo físico.
Gil Marcos - Psicologia
Como conseguimos enxergar?
Receptores sensoriais no olho transmitem informação visual
ao cérebro: a luz é focada pelas lentes sobre a retina, que está
na parte posterior do olho. A retina abriga os bastonetes e
cones fotorreceptores. Os bastonetes e cones estão conectados
por sinapses com as células ganglionares do nervo óptico. Esse
nervo sai do olho no ponto cego e passa para dentro do cérebro
no quiasma óptico. Lá, fibras oriundas de cada olho se cruzam
entrando nos lados opostos do cérebro, de modo que o
hemisfério esquerdo processa informação proveniente do
campo visual direito e vice-versa. A informação é processada
no tálamo e no córtex visual primário (no lobo occipital). A
partir do córtex visual, a via ventral processa a informação
sobre “o que” é o objeto, enquanto a via dorsal processa a
informação sobre “onde” é a localização.
A cor da luz é determinada por seu comprimento de onda: O
olho humano detecta comprimentos de onda de radiação
eletromagnética da ordem de 400 a 700 nanômetros. A retina
contém três tipos de cones. Cada tipo é responsivo a um
comprimento de onda diferente (curto, médio, longo), e essa
responsividade nos permite perceber as cores. O daltonismo,
ou cegueira para as cores, é causado pelo funcionamento
precário de um ou mais tipos de cones. As cores são
diferenciadas pela matiz, pela saturação e pelo brilho.
A percepção dos objetos requer organização da informação
visual: O cérebro organiza automaticamente a informação
perceptiva. Os princípios da Gestalt – como proximidade,
similaridade, continuidade e fechamento – são responsáveis
pelas formas em que essa informação é organizada em todos.
Os seres humanos são especialmente bons em reconhecer
faces. A prosopagnosia é uma condição rara em que as pessoas
não conseguem reconhecer faces. Essa condição provavelmente
resulta de dano ao giro fusiforme, uma estrutura do córtex
cerebral.
A percepção da profundidade é importante para localizar
objetos: a percepção de profundidade é decisiva para localizar
objetos no espaço. Para perceber a profundidade usando
apenas uma imagem retinal bidimensional, o cérebro se baseia
em indícios binoculares e monoculares. Os indícios
binoculares resultam da posição física dos olhos e incluem
disparidade e convergência retinal. Os indícios monoculares
são partes do estímulo e incluem oclusão, tamanho relativo,
perspectiva linear e posição em relação ao horizonte.
A percepção do tamanho depende da distância: objetos
próximos produzem imagens retinais amplas. Objetos distantes
produzem imagens retinais pequenas. As ilusões perceptivas
surgem quando o tamanho da imagem retinal discorda dos
indícios referentes à distância. A caixa de Ames e a ilusão de
Ponzo são dois exemplos desses efeitos.
A percepção do movimento envolve indícios internos e
externos: os pós-efeitos do movimento ocorrem depois que os
olhos se fixam em um objeto em movimento. Esses pós-efeitos
produzem a percepção de movimento na direção oposta,
mesmo após o olhar fixo ser evitado. Esse fenômeno sugere a
existência de neurônios sensíveis ao movimento no córtex
visual. A direção do movimento estroboscópico ocorre quando
quadros parados são apresentados em uma sucessão rápida,
como em um filme.
As constâncias de objeto são úteis quando há mudanças de
perspectiva: as constâncias de objeto se referem ao modo como
o cérebro percebe precisamente as imagens, mesmo com
indícios de estímulo mínimos ou variáveis. As quatro
constâncias são tamanho, formato, cor e luminosidade.
Referências:
Ciência psicológica [recurso eletrônico] / Michael Gazzaniga,
Todd Heatherton, Diane Halpern ; tradução: Maiza Ritomy Ide,
Sandra Maria Mallmann da Rosa, Soraya Imon de Oliveira ;
revisão técnica: Antônio Jaeger. – 5. ed. – Porto Alegre : Artmed,
2018.