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Tricomoníase O causador dessa doença é o protozoário Trichomonas vaginalis. É transmitida sexualmente e possui distribuição mundial. É a doença não-viral com maior prevalência de casos. Conhecida por atingir principalmente mulheres e que estão nas idades de 16 a 35 anos e também homens que estejam sexualmente ativos. Acontecem 4,3 milhões de casos por ano no Brasil. Entre os fatores de risco podem ser destacados o status socioeconômico e fato de que o protozoário sobrevive em água tratada e em piscinas. Em média de 25 a 50% das mulheres positivas são assintomáticas Esta doença não é uma zoonose e sim uma protozoose. Existem evidencias que apontam para a amplificação da transmissão do HIV. A transmissão ocorre por meio de relações sexuais principalmente, ou durante o parto, ou roupas íntimas e roupas de cama compartilhadas. No ciclo de vida da doença os trofozoítos se reproduzem por divisão binária longitudinal e não formam cistos. Os sintomas na mulher costumam ser vaginite aguda que causa corrimento vaginal fluido, bolhoso e abundante de cor amarelo-esverdeada e de odor fétido, prurido ou irritação vulvovaginal dor durante as relações sexuais dor ao urinar (disúria) e dor pélvica. No homem costuma ser assintomática na maioria dos casos. Podendo causar uretrite aguda: corrimento abundante, escasso corrimento, disúria, prurido e até mesmo epididimite, infertilidade e prostatite. O diagnóstico se dá por meio de exames que colhem a secreção uretral no homem ou vaginal na mulher. O tratamento é feito com derivados nitroimidazólicos: Metronidazol contra-indicado para grávidas (1º trimestre) linhagens de parasitas resistentes na Europa Tinidazol Ornidazol e Nimorazol. Giardíase É causada por pelo protozoário Giardia lamblia ou G. duodenalis ou G. intestinalis. Essa doença possui distribuição mundial ou seja, é cosmopolita. Acontecem cerca de 500 mil novos casos ao ano. Atingindo principalmente crianças de 8 meses à 10-12 anos. É comum ocorrer surtos epidêmicos veiculados por água. Entre os mecanismos de transmissão um dos meios mais comum é através de cistos que sobrevivem na água. Portanto, água e alimentos contaminados são fontes de transmissão. O período de incubação leva de uma a quatro semanas. A sintomatologia é variável podendo até mesmo ser assintomática. Entre os sintomas comuns estão dores abdominais, diarreia e má absorção intestinal. Com o período de incubação de 12 até 20 dias. O diagnóstico pode ser feito através de exames parasitológicos, através da pesquisa de cistos nas fezes formadas, nas diarréias e no fluido duodenal, nesses dois últimos é realizada pesquisa de trofozoítos. Também podendo ser realizado exame imunológico pelo soro, fezes ou também molecular através de amostras de água. Entre as formas de profilaxia estão o saneamento básico, a higiene de creches, a limpeza correta dos alimentos, o tratamento dos doentes, dos animais e dos portadores assintomáticos. O tratamento é realizado com o uso de medicamentos nitroimidazóis: secnidazil, tinidazol, metronidazol. Amebíase É uma doença causada pelo protozoário Entamoeba histolytica. As amebas possuem inúmeros habitates e possuem também vida livre, São organismos comensais. Entre os mecanismos de transmissão estão a ingestão de cistos pela forma direta ou indireta por via fecal-oral ou através de água e alimentos contaminados. Os cistos podem passar até 30 dias no meio externo e resistem ao ph ácido, os trofozóides são destruídos no estômago. O ciclo de vida começa com a ingestão de cistos maduros com água e alimentos e depois ocorre o desencistamento, a multiplicação dos matacistos no intestino grosso e depois o encistamento e eliminação de cistos nas fezes que acamam contaminando outros e iniciando o ciclo nomanete. O diagnóstico pode ser através de exames parazitológicos de fezes, ou imunológico ou molecular que distingue as espécies. Dentre os meios de profilaxia estão o saneamento básico que é essencial, a educação sanitária para a população, o tratamento da água, o controle de alimentos e a higiene desses e todo o tratamento das fontes de infecção.
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