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Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos - Engenharia Civil - UFAM

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ETAPAS DE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE RSU 
Segundo o portal VGR, ao se abordar o tratamento e a disposição dos RSU é 
comum haver uma confusão entre os termos destinação e disposição final, o primeiro 
refere-se à reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e ao aproveitamento 
energético, enquanto o segundo se refere a distribuição ordenada dos rejeitos em aterros. 
O resíduo só deve ser encaminhado para a disposição final quando ele não for 
capaz de passar por tratamento algum que neutralize sua periculosidade. A função do 
tratamento é utilizar de tecnologias que reduzam a quantidade ou o potencial poluidor do 
resíduo, buscando possibilitar a sua reutilização e reciclagem. Existem quatro sistemas 
básicos de tratamento de resíduos sólidos urbanos, a triagem, o tratamento de resíduos 
biológicos, a incineração e o aterro sanitário. Na triagem os resíduos são separados de 
acordo com sua natureza, podendo ser: matéria orgânica, materiais recicláveis, rejeitos ou 
resíduos sólidos específicos. (JUCÁ, 2011 apud LIMA, 2012). 
Da triagem os resíduos podem ser encaminhados para a reciclagem, 
compostagem, ou para o aterro (disposição final). Quando encaminhados para a 
reciclagem, os resíduos sólidos que não seriam aproveitados, passam por mudanças 
físicas, físico-químicas ou biológicas e podem se tornar matéria-prima ou outro produto. 
A compostagem, trata-se da decomposição aeróbia da matéria orgânica pelos organismos 
biológicos, ela auxilia na diminuição do volume de resíduos, além de produzir um 
composto que pode ser utilizado como fertilizante. Outro tratamento biológico pode ser 
a biodigestão anaeróbia, na qual utilizam-se equipamentos para a aceleração do processo 
e produz-se o biogás. Além dos destinos já comentados, também existem os tratamentos 
térmicos, nele os resíduos recebem calor e isso altera as suas características, esse 
tratamento pode ser classificado como sendo de alta ou de baixa temperatura, podendo 
ser a incineração, a pirólise ou a esterilização. 
Tratando-se da destinação final, a recomendação é que a forma adequada de dispor 
o resíduo domiciliar é o aterro. Existem dois tipos: os sanitários e os controlados. Este 
confina tecnicamente o resíduo, porém não promove a coleta e o tratamento do lixiviado, 
além de não promover a coleta do biogás. Aquele, dispõe os resíduos sobre um terreno 
natural, confinando-o em camadas cobertas com material inerte, trata-se de uma 
disposição mais adequada, porém requer um investimento inicial elevado. 
Buscando destacar de maneira simplificada os pós e os contras dos tratamentos e 
disposição apresentados, dispõe-se um resumo no Quadro 1. 
Ellem Cristiane Morais de Sousa Contente
uma dica futura para o trabalho de tcc nao use apud OK....busquem a a referencia principal
Ellem Cristiane Morais de Sousa Contente
era importante ter trazido uma referencia de livros, artigos...
Quadro 1 – Vantagens e desvantagens dos sistemas de tratamento e disposição. 
Sistemas 
básicos 
Evolução Vantagens Desvantagens 
 
Triagem 
Coleta seletiva 
Tratamento 
Mecânico-
Biológico 
(TBM) 
Menos lixões, maior 
vida útil dos aterros 
sanitários, maior 
eficiência, menos 
poluição do solo e da 
água 
- 
 
 
 
 
Tratamento 
de resíduos 
biológicos 
Biodigestores 
anaeróbios e 
compostagem 
Reduz o número de 
agentes patogênicos, 
produz fertilizantes 
O processo deve ser feito longe 
dos centros urbanos para devido 
ao forte odor 
 
 
 
Incineração 
Tratamento 
térmico 
Reduz o volume do 
lixo, pode ser útil no 
aproveitamento 
energético, produz 
materiais estéreis. 
Custo de operação altíssimo, 
não aproveita a coleta seletiva 
ou o tratamento prévio, alguns 
estudos apontam que provoca a 
emissão de gases poluentes 
 
 
 
 
 
 
Aterro 
sanitário 
Reator 
anaeróbio e 
Tratamento da 
matéria 
orgânica 
Diminui o risco de 
contaminação para 
águas subterrâneas, 
controla a proliferação 
de insetos e ratos e 
evita o contato direto 
com o lixo. 
Como geralmente ficam em 
áreas afastadas podem aumentar 
o custo da operação devido ao 
transporte. Inutilizam grandes 
áreas físicas e se não projetados 
adequadamente podem causar a 
contaminação do solo 
 
 
 
 
 
 
Fonte: JUCÁ, 2011 (adaptado). 
TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS 
 Atualmente, em Manaus, de acordo com a Semulsp (2013) existem alguns 
serviços de coleta oferecidos pela Prefeitura de Manaus, por meio das Concessionárias: 
coleta domiciliar, hospitalar, de poda e seletiva, remoção mecânica, remoção manual e 
coleta de terceiros. Os destinos dos resíduos são o aterro controlado, a compostagem e o 
repasse aos catadores. 
 Entretanto, entender apenas da coleta e destinação final não é o suficiente. De 
maneira geral, no Brasil (e Manaus comporta-se de acordo) não há muito incentivo e 
conscientização para a não produção e redução da quantidade de resíduos gerada, que são 
os primeiros passos na ordem de prioridade na gestão de resíduos sólidos, assim como no 
que tange à destinação correta. Dito isto, 
Considerando a necessidade do Poder Executivo Municipal de promover ações 
educativas, didáticas e informativas destinadas a evidenciar a importância da 
limpeza urbana, foi criada através do Decreto nº 2.184, de 14 de março de 
2013, a COMISSÃO ESPECIAL DE DIVULGAÇÃO E ORIENTAÇÃO DA 
POLÍTICA DE LIMPEZA PÚBLICA – CEDOLP. Comissão essa, 
encarregada de pensar e propor alternativas para o gerenciamento e destinação 
final dos resíduos sólidos, bem como realizar atividades de multiplicação de 
conhecimentos e orientações em relação aos métodos de coleta convencional 
e seletiva, em todas as zonas urbanas, inclusive em relação à conservação e 
manutenção de higiene dos espaços públicos, além de orientação quanto ao 
manuseio e destino dos resíduos dos serviços de saúde e da construção civil. 
(SEMULSP, 2013) 
 Entretanto, apesar do esforço citado, as ações ainda não são suficientes. A maioria 
da população não entende como ou onde os resíduos devem ser descartados. Portanto, é 
necessário investir mais em ações práticas para ensinar esses aspectos, criar incentivos 
para aumentar a adesão ao assunto, etc. 
 Outro aspecto pouquíssimo explorado na cidade é a questão da reutilização. Deve-
se incentivar a criação de mais brechós, feiras de antiguidades, feiras de desapegos, 
doações, compra de usados e trocas entre amigos, familiares e conhecidos. 
 No que tange à reciclagem, Manaus conta com vários pontos de entrega voluntária 
(PEV’s), 8 em 2013 (SEMULSP, 2013), e com a coleta seletiva porta-a-porta, os quais 
direcionam os resíduos para catadores que os reaproveitam. Porém, essa quantidade de 
PEV’s é insuficiente para o tamanho da população e da cidade e a coleta seletiva porta-a-
porta não atende todos os locais. Além disso, uma porcentagem enorme de habitantes 
sequer conhece a existência desses serviços, e vários que conhecem não sabem a maneira 
correta de separação e descarte dos resíduos para utilizá-los. 
 A respeito da compostagem, no aterro controlado da cidade ela já é feita, mas a 
quantidade de resíduos destinado a ela poderia ser muito maior se a separação correta 
fosse feita nas casas e estabelecimentos comerciais e existisse uma coleta adequada para 
tal. Junto a essa necessidade, é pertinente à criação de hortas e jardins 
comunitários/públicos, com um local e mão de obra especializada para o descarte correto 
de matéria orgânica e produção de adubo para ser utilizado pela população. 
 Devido às deficiências explicitadas nos tópicos anteriores, a maioria dos resíduos 
coletados em Manaus destinam-se ao aterro controlado existente, o que não é a situação 
ideal, visto que um grande potencial econômico é desperdiçado dessa maneira. 
 
 
REFERÊNCIAS 
VOCÊ sabe a diferença entre destinação e disposição final?. VGR, 2020. Disponível 
em: <https://www.vgresiduos.com.br/blog/diferenca-destinacao-disposicao-final/>.Acesso em: 04 out. de 2021. 
 
LIMA, J. D. Modelos de apoio à decisão para alternativas tecnológicas de 
tratamento de resíduos sólidos urbanos no Brasil. Tese (Doutorado em Engenharia 
Civil - Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil) – Recife: UFPE. 
 
JUCÁ, J.F.T. Curso sobre Novas Alternativas Tecnológicas para Tratamento de 
Resíduos Sólidos. ABES,CE, 2011. 
 
Notas de aula da disciplina. Disponível em: 
<https://classroom.google.com/c/MzcyNTI5MjMyMjgw/m/NDAyNzM2NjU5MTcw/de
tails>. Acesso em: 04 out. de 2021. 
 
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CIDADE DE MANAUS NO 
ANO DE 2013. SEMULSP, 2013. Disponível em: 
<https://semulsp.manaus.am.gov.br/wp-content/uploads/2020/12/Relatorio-Semulsp-
2013.pdf>. Acesso em: 06 out. 2021.

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