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RELATORIO ANATOMIA DOS SISTEMAS

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2 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO AULAS PRÁTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: Fisioterapia DISCIPLINA: Anatomia dos Sistemas 
NOME DO ALUNO: Kátia Cilene santos Vasconcellos 
RA: 2223703 
POLO: Brasília/DF – asa Sul 
DATA: 20 de maio e 27 de maio de 2 
 
 
 
 
3 
 
Sumário 
 
1. Introdução 
2. Sistema Cardiovascular – coração 
3. Sistema Cardiovascular – vasos de sangue e órgãos linfáticos 
4. Sistema Respiratório – vias aéreas, pulmões e musculatura respiratória 
5. Sistema Digestório – canal alimentar 
6. Sistema Digestório – órgãos anexos 
7. Sistema Urinário – vias urinarias e rins 
8. Sistema Genital Masculino – órgãos anexos e internos 
9. Sistema Genital Feminino – órgãos internos e externos 
10. Conclusão 
12. Referências 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
Para a aula prática utilizamos o laboratório da Faculdade, polo Brasília-DF. 
Ministrada pelo prof. Celiandro Mazzaro, nos dias 20 e 27 de maio de 2023. 
No primeiro dia aprendemos sobre as estruturas anatômicas e morfológicas do 
coração e do corpo. À medida que a aula transcorria fomos conhecendo as estruturas 
do coração e dos vasos sanguíneos, usando modelos anatômicos sintéticos e peças 
biológicas. Na segunda aula, vimos os vasos sanguíneos mais importantes do sistema 
linfático, como do coração, sistema arterial venoso, os vasos sanguíneos da cabeça, 
a irrigação dos membros superiores e inferiores e os músculos do coração. 
Aprendemos sobre as estruturas anatômicas mais importantes do sistema 
respiratório: nariz, faringe, laringe, traqueia e brônquios principais. Estudamos a 
anatomia dos pulmões e dos músculos respiratórios. À medida que a aula transcorria 
fomos identificar o que aprendemos nas peças sintéticas e peças biológicas. 
No segundo dia de aula, vimos as estruturas anatômicas que compõe o sistema 
digestivo. Trato digestivo e fígado, torso, estomago e duodeno e músculos da cabeça 
e pescoço. Identificamos os órgãos anexos e o ao sistema digestivo. Vimos os rins e 
as vias urinarias. Reconhecemos as vias por onde passa o espermatozoide e glândula 
anexas. E por último a genitália feminina interna e externa e mamas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 Aula 1 – Roteiro 1 
 Sistema Cardiovascular – Coração 
O coração é um órgão muscular presente nos humanos que bombeia 
o sangue através dos vasos sanguíneos do sistema circulatório. (Taber, Clarence 
Wilbur, Venes, Donald (2009). O sangue fornece ao corpo e nutrientes e ajuda a 
eliminar oxigênio, resíduos metabólicos. (Guyton & Hall 2011.) Nos humanos, o 
coração situa-se na cavidade toráxica entre os pulmões, num espaço 
denominado mediastino. (Moore, Keith L; Dalley, Arthur F.; Agur, Anne M.R. Clinically 
Oriented Anatomy. 2017). 
Ele representa a parte central do sistema circulatório. Ele mede cerca de 12 cm 
de comprimento e 9 cm de largura. Pesa, em média, de 250 a 300 g nos adultos. A 
função do coração é bombear sangue para todo o corpo. Do seu lado esquerdo, o 
coração bombeia sangue oxigenado (arterial) para todos os órgãos e outras partes do 
corpo. O lado direito bombeia sangue venoso para os pulmões. 
https://www.todamateria.com.br/coracao/. 
O mediastino médio é preenchido pelo coração, lâminas do pericárdio e pela 
parte dos vasos da base mais próxima do coração (abaixo da reflexão pericárdica), 
enquanto o restante destes vasos pertence ao mediatismo superior. (Gardner, E.; 
Gray, D. J.; O’rahiIly, R. – Anatomia. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1971). 
 O mediastino superior limita-se anteriormente pelo manúbrio do esterno 
e posteriormente pelos corpos das vértebras T1 a T4. O limite superior por 
definição é um plano oblíquo, estendendo-se da incisura jugular do manúbrio até 
o limite superior da vértebra T1, em contrapartida, seu limite inferior é um plano 
transverso que se estende do ângulo esternal até o disco intervertebral T4-T5. 
Dessa forma, o mediastino superior e o inferior são separados pelo plano 
transverso. 
O mediastino inferior estende-se da borda inferior até o diafragma e 
subdivide-se de anterior para posterior em três espaços, sendo eles: 
. Mediastino anterior: É a menor das divisões do mediastino, sendo 
posterior ao corpo do esterno e anterior ao pericárdio, ele contém a porção inferior 
https://www.todamateria.com.br/coracao/
6 
 
do timo; gordura; tecido conectivo; linfonodos; ramos mediastinais dos vasos 
torácicos internos e ligamentos esterno pericárdicos. 
. Mediastino médio: limita-se pelo pericárdio, envolvendo o coração e sendo 
a origem aos grandes vasos. Contém o saco pericárdico; o coração; origem dos 
grandes vasos, sendo eles: o tronco pulmonar, aorta ascendente, veias pulmonares, 
veia cava superior e veia cava inferior; bifurcação traqueal e brônquios principais. 
. Mediastino posterior: posterior ao pericárdio e anterior às vértebras. 
Contém o esôfago e o plexo esofágico; aorta torácica e seus ramos; sistemas venosos 
ázigos e hemiázigos; ducto torácico; tronco simpático e nervos esplâncnicos torácicos. 
(Gardner, E.; Gray, D. J.; O’rahilly, R. – Anatomia. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 
1971). 
 
 
www.kenhub.com 
Figura 1. Representa Mediatismo vista lateral. 
 
Aurícula direita é a cavidade do coração que recebe o sangue venoso (pobre 
em oxigênio). proveniente da veia cava inferior e veia cava superior. Deságua 
no ventrículo direito, de quem é separado pela valva tricúspide. O ventrículo direito 
contrai-se ulteriormente, bombeando o sangue para fora do coração pela artéria 
pulmonar para os pulmões. A valva tricúspide é constituída por ânulo fibroso, cordas 
tendíneas músculos papilares e 3 cúspides. 
Aurícula esquerda é a cavidade do coração que recebe o sangue arterial (com 
O2) do pulmão conduzido pelas veias pulmonares. A aurícula esquerda recebe o 
7 
 
sangue arterial rico em oxigênio e envia-o, através da valva mitral (ou bicúspide), para 
o ventrículo esquerdo. O ventrículo esquerdo contrai-se ulteriormente, bombeando o 
sangue para fora do coração pela aorta para todas as partes do corpo. (Frederic H. 
Martini; Michael J. Timmons; Robert B. Tallitsch (2009). Anatomia Humana 6ª ed. 
coleção Martin). 
Os grandes vasos ou vasos de base estão localizados no mediastino e 
consiste em: 
. Aorta é a maior artéria do corpo humano. Ela carrega sangue oxigenado 
(bombeado pelo lado esquerdo do coração) para o resto do corpo. Surge do orifício 
aórtico na base do ventrículo esquerdo, com influxo pela valva semilunar aórtica. 
. Veia cava superior recebe sangue desoxigenado da parte superior do 
corpo (superior ao diafragma, excluindo pulmões e coração), entregando-o ao átrio 
direito. É formado pela fusão das veias braquiocefálicas, percorrendo-se 
inferiormente pela região torácica até a drenagem para a porção superior do átrio 
direito, ao nível da 3ª costela. 
. A veia cava inferior recebe sangue desoxigenado da parte inferior do corpo 
(todas as estruturas inferiores ao diafragma), devolvendo-o de volta ao coração. É 
inicialmente formado na pelve pelas veias ilíacas comuns que se unem. Viaja através 
do abdome, coletando sangue das veias hepática, lombar, gonadal, renal e frênica. A 
veia cava inferior passa então pelo diafragma, entrando no pericárdio no nível de T8. 
Ele drena para a porção inferior do átrio direito. 
. Veias pulmonares recebem sangue oxigenado dos pulmões, entregando-o 
ao lado esquerdo do coração para ser bombeado de volta ao corpo. Existem quatro 
veias pulmonares, sendo uma superior e uma inferior para cada um dos pulmões. As 
veias pulmonares superiores retornam sangue dos lobos superiores do pulmão, com 
as veias inferiores retornando sangue dos lobos inferiores. A veia pulmonar inferior 
esquerda é encontrada no hilo do pulmão, enquanto a veia pulmonar inferior direita 
corre posteriormente para a veia cavasuperior e o átrio direito. (NETTER: Frank H. 
Netter Atlas De Anatomia Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011). 
 
8 
 
 
MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2014. 
Figura 2. Representa a Anatomia do Coração 
 
O coração apresenta três faces: 
• Face Anterior (Esternocostal) – Formada principalmente pelo 
ventrículo direito. 
• Face Diafragmática (Inferior) – Formada principalmente pelo 
ventrículo esquerdo e parcialmente pelo ventrículo direito; ela está relacionada 
principalmente com o tendão central do diafragma. 
• Face Pulmonar (Esquerda) – Formada principalmente pelo 
ventrículo esquerdo; ela ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo. O 
coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os Átrios (as 
câmeras superiores) recebem sangue; os Ventrículos (câmaras inferiores) 
bombeiam o sangue para fora do coração 
Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de 
saco, chamada aurícula (semelhante a orelha do cão). 
O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória chamada septo 
interatrial; o ventrículo direito é separado do esquerdo pelo septo interventricular. 
http://auladeanatomia.com/sistemas/376/coração. 
O septo atrioventricular corresponde ao sulco coronário, que é ocupado por 
artérias e veias coronárias, este sulco circunda o coração e é interrompido 
anteriormente pelas artérias aorta e pelo tronco pulmonar. 
9 
 
O septo interventricular anterior é ocupado pelos vasos interventriculares 
anteriores. 
O septo interventricular posterior parte do sulco coronário e desce em 
direção à incisura do ápice do coração. 
https://auladeanatomia.com/sistemas/376/coração. 
O miocárdio e o epicárdio são supridos pelo sistema coronário, cujos vasos 
emergem da aorta ascendente ramificando-se para suprir o tecido. A drenagem 
venosa é feita pelas veias cardíacas. A aorta emerge do ventrículo esquerdo e 
divide-se em aorta ascendente, arco da aorta e aorta descendente. Do arco da 
aorta emergem o tronco braquiocefálico que se divide em artéria carótida comum 
direita e artéria subclávia direita e a artéria carótida comum esquerda e artéria 
subclávia esquerda. No ventrículo direito destaca-se o cone arterial que conduz ao 
tronco pulmonar. A veia cava superior desemboca no átrio direito sendo formada 
pela união das veias braquiocefálicas direita e esquerda. Na vista anterior do 
coração encontram-se as aurículas direita e esquerda, que são evaginações dos 
átrios, e os ventrículos direito e esquerdo. Observa-se também o tronco pulmonar 
que conduz sangue venoso aos pulmões, o arco aórtico que emerge do ventrículo 
esquerdo e conduz sangue arterial para todos os tecidos e a veia cava superior 
que recebe sangue venoso da região cefálica e dos membros inferiores. Da aorta 
ascendente emergem a artéria coronária esquerda e direita. A artéria coronária 
esquerda divide-se em um ramo interventricular anterior, que percorre o sulco 
interventricular anterior que supre os ventrículos e o septo interventricular, e um 
ramo circunflexo que percorre o sulco coronário esquerdo e que distribui sangue 
para o átrio e ventrículo esquerdo. O tronco pulmonar divide-se em artérias 
pulmonares direita e esquerda que conduzem sangue venoso aos pulmões direito 
e esquerdo, respectivamente. A artéria pulmonar direita situa-se posteriormente à 
parte ascendente da aorta, e divide-se seguindo o trajeto dos brônquios, enquanto 
a artéria pulmonar esquerda situa-se anteriormente à parte descendente da aorta. 
As artérias que suprem a região cefálica se originam do arco da aorta de onde 
emergem: o tronco braquiocefálico que se divide em artéria carótida direita e 
artéria subclávia direita, a artéria carótida esquerda e a artéria subclávia esquerda. 
As artérias carótidas esquerda e direita levam sangue arterial para a região 
cefálica. Na região da laringe, dividem-se em artéria carótida externa e interna, que 
10 
 
suprem estruturas externas e internas do crânio, respectivamente. A artéria 
carótida externa termina próximo à articulação temporomandibular onde se divide 
em dois ramos: a artéria temporal superficial e a artéria maxilar. Pode-se detectar 
o pulso carotídeo na artéria carótida externa palpando-a na região anterior do 
músculo esternocleidomastoide na borda superior da laringe. As artérias 
subclávias direita e esquerda levam sangue arterial para o membro superior. 
(GABRIELA AUGUSTA MATEUS PEREIRA; ADRIANE POZZOBON; VERA 
CRISTINA BRANDÃO DINIZ DE OLIVEIRA Anatomia na prática – testes.; Editora 
Univates, 1ª Ed.; Lageado, 2012). 
No átrio direito verificamos a presença de três óstios (aberturas): a) óstios 
das veias cavas superior e inferior, onde desembocam as respectivas veias; e b) 
óstio atrioventricular direito, abertura que comunica o átrio direito com o ventrículo 
direito. (GABRIELA AUGUSTA MATEUS PEREIRA; ADRIANE POZZOBON; 
VERA CRISTINA BRANDÃO DINIZ DE OLIVEIRA Anatomia na prática – testes.; 
Editora Univates, 1ª Ed.; Lageado, 2012). 
No átrio esquerdo encontramos os óstios das veias pulmonares. Nesses 
óstios desembocam duas veias pulmonares direitas e duas veias pulmonares 
esquerdas provenientes dos respectivos pulmões. Uma outra abertura presente é 
o óstio atrioventricular esquerdo, que comunica o átrio esquerdo com o ventrículo 
esquerdo. Além disso, nesse átrio, os músculos pectíneos são pouco 
desenvolvidos e restritos a à aurícula esquerda. DUARTE, (Hamilton Emidio. 
Anatomia Humana / Hamilton E. Duarte. - 1. ed.; 2ª reimp.; Florianópolis, 2014). O 
átrio esquerdo recebe as veias pulmonares que trazem sangue arterial dos 
pulmões. 
 
NETTER, H. F. Atlas de Anatomia Humana. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2011. v. 1. 
Figura 3. Representa Anatomia interna do átrio direito 
11 
 
 
O ventrículo direito está separado do ventrículo esquerdo pela presença do 
septo interventricular. Além disso, na parede do ventrículo direto, elevações 
musculares conhecidas como trabéculas cárneas estão dispostas de três tipos. As 
trabéculas cárneas são a ponte, as cristas e os pilares. As cristas são apenas 
saliências na parede cardíaca, e as pontes são saliências onde apenas o corpo 
está afastado da parede do coração. A trabécula septo marginal é uma saliência 
do tipo ponte que vai do septo interventricular até a base do músculo papilar 
anterior. O terceiro tipo de trabécula são os pilares, representados pelos músculos 
papilares anterior, posterior e septal. (DUARTE, Hamilton Emidio. Anatomia 
Humana / Hamilton E. Duarte. - 1. ed.; 2ª reimp.; Florianópolis, 2014). 
o ventrículo esquerdo separado do ventrículo direito pela presença do septo 
interventricular. As trabéculas cárneas possuem a mesma disposição encontrada 
no ventrículo direito. Está presente no óstio atrioventricular esquerdo do lado 
ventricular a valva atrioventricular esquerda, bicúspide ou mitral, constituída de 
duas válvulas ou cúspides. As cordas tendíneas prendem as duas válvulas ou 
cúspides nos músculos papilares anterior e posterior, que proeminam da parede 
ventricular. A valva aórtica é semelhante à valva pulmonar, fecha o óstio da aorta 
por ocasião da diástole (dilatação) do ventrículo esquerdo. (DUARTE, Hamilton 
Emidio. Anatomia Humana / Hamilton E. Duarte. - 1. ed.; 2ª reimp.; Florianópolis, 
2014). 
 
NETTER, H. F. Atlas de Anatomia Humana. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2011. v. 1. 
Figura 4. Representa morfologia interna do ventrículo esquerdo 
 
No septo interatrial localiza-se uma pequena depressão ovoide conhecida 
como fossa oval. Verificamos, ainda, a crista terminal, uma elevação muscular de 
12 
 
onde os músculos pectíneos parte em direção à aurícula direita. (DUARTE, 
Hamilton Emidio. Anatomia Humana / Hamilton E. Duarte. - 1. ed.; 2ª reimp.; 
Florianópolis, 2014). 
Forame oval, também chamado forame de Botallo, é um orifício no septo entreos dois átrios cardíacos direito e esquerdo. Esse forame ocorre apenas na vida fetal 
e funciona como uma passagem do sangue vindo da veia umbilical, mais oxigenado, 
pelo átrio direito para o átrio esquerdo. O sangue no átrio esquerdo não retorna para 
o átrio direito, já que o septum primum funciona como uma válvula e oclui o forame no 
momento que o átrio esquerdo se contrai. 
Normalmente tal abertura fecha-se horas antes do parto ou nos primeiros dias 
de vida do recém-nascido, quando os pulmões se tornam funcionais, a pressão 
pulmonar diminui e a pressão atrial esquerda excede à direita. Isso comprime 
o septum primum contra o septum secundum, fechando o orifício. Após a fusão dos 
septos, fica como um remanescente do forame oval a fossa ovalis (MOORE, Keith 
L.; PERSAUD, T. V. N. (2008). Embriologia Básica – 5ª ed. [S.l.]: Elsevier). 
O ventrículo direito é limitado anterior e superiormente pelo esterno, e essa área 
convexa circular contribui de forma importante para a formação da superfície 
esternocostal do coração. O septo ventricular é o limite posterior do ventrículo direito, e 
de certa forma se abaúla para o seu interior, criando uma secção transversal de formato 
semilunar. A parede do ventrículo lateral direito é três a seis vezes mais fina que a do 
esquerdo, porque ela possui a base espessa que perde massa em direção ao ápice. 
Apesar dessa diferença de massa muscular, as câmaras internas dos ventrículos 
possuem o mesmo tamanho, e podem acumular cerca de 85 mililitros no adulto. 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/ventriculos-do-coracao. 
O ventrículo esquerdo recebe sangue do átrio esquerdo do coração através do 
relaxamento da valva mitral. Quando se contrai ele empurra o volume sanguíneo 
através da valva aórtica, em direção à aorta. Comparado ao ventrículo direito, o 
ventrículo esquerdo é um pouco menor em comprimento, e é circular no plano 
transverso, de uma maneira côncava. A razão para a maior espessura da parede 
ventricular esquerda é que ela deve ter uma força de contração suficiente para empurrar 
o sangue por todo o corpo, mantendo a pressão sanguínea e sem que o fluxo seja 
interrompido ou coletado em qualquer lugar. Para isso, suporta forças de contração até 
13 
 
cinco vezes maiores. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/ventriculos-do-
coracao 
 
NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Figura 5. Representa Grandes Vasos Cardíacos 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 2 – Roteiro 1 
Sistema Cardiovascular – Vasos de sangue e órgãos linfáticos 
 
Os vasos sanguíneos são compostos por artérias, veias e capilares. As artérias 
são tubos cilindroides e elásticos que conduzem o sangue oxigenado do coração para 
as demais estruturas corpóreas. As artérias têm uma elasticidade que se adapta à 
demanda de fluxo sanguíneo e permite o controle dos níveis pressóricos. As artérias 
muitas vezes precisam ramificar-se para atender a necessidade de algumas 
estruturas. As veias são estruturas cilíndricas responsáveis por recolher o sangue que 
sofreu trocas gasosas com os tecidos do corpo de volta ao coração. As veias podem 
ser divididas pelo grande, médio e pequeno calibre e vênulas. Elas são menos 
calibrosas e em maior quantidade do que as artérias. As veias são ainda classificadas 
quanto à sua localização em: superficiais e profundas. As veias superficiais estão na 
região subcutânea, onde absorvem a circulação cutânea e auxiliam a circulação 
14 
 
profunda por intermédio das veias comunicantes. As veias profundas são 
responsáveis por transportar ao coração uma quantidade maior de sangue e 
geralmente recebem o nome da artéria associada. Diferente das artérias e veias, que 
apresentam diferentes calibres os capilares sanguíneos são vasos microscópicos. 
São os responsáveis por promover as trocas gasosas entre sangue e tecidos. São 
localizados na interposição entre veias e artérias. (ELÁDIO PESSOA ANDRADE 
FILHO; FRANCISCO CARLOS FERREIRA PEREIRA; Anatomia Geral – 1ª Ed.; 
Sobral/2015). 
As artérias que suprem a região cefálica se originam do arco da aorta de 
onde emergem: o tronco braquiocefálico que se divide em artéria carótida direita e 
artéria subclávia direita, a artéria carótida esquerda e a artéria subclávia esquerda. 
As artérias carótidas esquerda e direita levam sangue arterial para a região 
cefálica. Na região da laringe, dividem-se em artéria carótida externa e interna, que 
suprem estruturas externas e internas do crânio, respectivamente. A artéria 
carótida externa termina próximo à articulação temporomandibular onde se divide 
em dois ramos: a artéria temporal superficial e a artéria maxilar. As artérias 
subclávias direita e esquerda levam sangue arterial para o membro superior. A 
principal veia do pescoço que drena sangue da região cefálica é a veia jugular 
interna, que se estende do forame jugular até o ângulo venoso, onde se une à veia 
subclávia, que drena o membro superior. A união destas veias forma a veia 
braquiocefálicas. Os ramos direito e esquerdo da veia braquiocefálicas formam a 
veia cava superior. (GABRIELA AUGUSTA MATEUS PEREIRA; ADRIANE 
POZZOBON; VERA CRISTINA BRANDÃO DINIZ DE OLIVEIRA Anatomia na 
prática – testes.; Editora Univates, 1ª Ed.; Lageado, 2012). 
 
NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Elsevier, 5ª. Edição, 2011. 
Figura 6. Representa circulação do sangue 
15 
 
 
As artérias vertebrais direita e esquerda e as artérias carótida comum direita e 
esquerda são responsáveis pela vascularização arterial do pescoço e da cabeça. 
Antes de entrar na axila, a artéria subclávia dá um ramo para o encéfalo, chamada 
artéria vertebral, que passa nos forames transversos da C6 à C1 e entra no crânio 
através do forame magno. As artérias vertebrais unem-se para formar a artéria basilar 
(supre o cerebelo, ponte e ouvido interno), que dará origem as artérias cerebrais 
posteriores, que irrigam a face inferior e posterior do cérebro. Na borda superior da 
laringe, as artérias carótidas comuns se dividem em artéria Carótida externa e artéria 
carótida interna. A artéria carótida externa irriga as estruturas externas do crânio. A 
artéria carótida interna penetra no crânio através do canal carotídeo e supre as 
estruturas internas dele. Os ramos terminais da artéria carótida interna são a artéria 
cerebral anterior (supre a maior parte da face medial do cérebro) e artéria cerebral 
média (supre a maior parte da face lateral do cérebro). Artéria carótida externa: irriga 
pescoço e face. Seus ramos colaterais são: artéria tireoide superior, artéria lingual, 
artéria facial, artéria occipital, artéria auricular posterior e artéria faríngea ascendente. 
Seus ramos terminais são artéria temporal e artéria maxilar. 
. Tireóidea superior: glândula tireoide, músculos infra-hióideo, músculo 
esternocleidomastoide; 
. Lingual: músculos intrínsecos da língua, assoalho da boca; 
. Facial: tonsila, palatos, glândulas submandibulares. 
https://www.auladeanatomia.com/sistemas/381/sistema-arterial 
 
 
 
SOBOTTA, Atlas de Anatomia Humana, volume 1. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2008. 
Figura 7. Representa as artérias 
16 
 
 
A primeira parte da aorta que é o segmento inicial – também chamada de aorta 
ascendente – é subdivida em outras duas partes, sendo a porção proximal e a porção 
distal. A segunda parte é o arco aórtico que, é o segmento médio e está compreendido 
entre o início do tronco braquiocefálico e a artéria subclávia esquerda, sendo que é 
nesse ponto onde se concentra o presente estudo; tanto o arco aórtico e quanto a 
parte torácica da aorta integram o mediastino superior, delimitado abaixo pelo plano 
esternal. Por fim, a terceira parte da aorta torácica é o segmento distal ou aorta 
descendente. (SERRANO, J. C. V., TIMERMAN, A., STEFANINI, E. Tratado de 
Cardiologia SOCESP. 2°ed, Barueri, SP: Manole, 2009.). 
Essa artéria pode ser localizadaà frente da artéria pulmonar direita e para a 
bifurcação da traqueia. O arco aórtico ultrapassa a base do pulmão direito e termina 
ao nível da quarta vértebra torácica. A espessura da aorta ascendente e do arco 
aórtico varia entre de 1 mm e 3 mm (AGUILAR, I. F. I. Estudo numérico da influência 
da inclinação da prótese valvar aórtica no fluxo sanguíneo em aorta ascendente – 
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2010). A formação da estrutura 
tecidual da aorta é marcada por camadas que são nomeadas de túnicas, em três 
partes e podem ser divididas em camadas, sendo: “adventícia, média e intima. São 
formadas de células musculares, elastina, colágeno, células endoteliais e 
glicosaminoglicanos, e c 
As artérias dos órgãos abdominais surgem da na parte abdominal da aorta. Em 
uma pessoa em repouso, cerca da metade de todo o fluxo arterial está presente 
nesses vasos. Três ramos da linha média (tronco celíaco, artéria mesentérica superior 
e artéria mesentérica inferior) levam sangue ao trato digestório, outros ramos suprem 
as glândulas suprarrenais, rins, gônadas e parede anteriores do abdome. Vamos 
considerar essas artérias dá no sentido crânio -caudal, na ordem em que elas surgem 
da aorta. As artérias renais também se originam da parte lateral da aorta, entre as 
vértebras L I e L II. Os rins removem resíduos nitrogenados do sangue trazido pelas 
artérias renais, desta forma a circulação renal é uma importante subdivisão funcional 
da circulação sistêmica. O par de artérias para as gônadas: artéria testicular nos 
homens e artéria ovárica nas mulheres. Elas são ramificações da aorta em L II, o nível 
onde as gônadas se desenvolvem pela primeira vez no embrião. As artérias ováricas 
se estendem inferiormente para a pelve onde irrigam os ovários e parte das tubas 
17 
 
uterinas. As artérias testiculares mais longas se estendem pela parede anterior do 
abdome, passando pelo canal inguinal até o escroto, onde suprem os testículos. 
(Elaine N. Marieb; Patrícia Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; Anatomia Humana 7ª Ed. 
americana 2014). 
 
A brief atlas of the human body, 2. ed., Figure 70 
Figura 8. Representa Ramos principais da parte abdominal da aorta. 
 
O tronco celíaco curto, largo e ímpar supre as vísceras da parte superior da 
cavidade abdominal. Especificamente, ele emite ramos para o estômago, fígado, 
vesícula biliar, pâncreas, baço e uma parte do intestino delgado (duodeno). Ele 
emerge da aorta no sentido medioventral, no nível de T XII, e se divide quase 
imediatamente em três ramos: as artérias gástricas esquerda, esplênica e hepática 
comum. 
A artéria mesentérica superior inclina- -se gradualmente para a direita à medida 
que desce pelo mesentério. Do seu lado esquerdo surgem as artérias jejunais e ileais, 
respectivamente para o jejuno e o íleo. Do seu lado direito surgem ramos que suprem 
a metade proximal do intestino grosso: o colo ascendente, o ceco e o apêndice 
vermiforme via artéria ileocólica, parte do colo ascendente via artéria cólica direita; e 
parte do colo transverso via artéria cólica média. 
A artéria mesentérica inferior, ímpar, é o último ramo principal da parede 
abdominal da aorta, de onde emerge na face anterior e na linha mediana no nível de 
L III. Ela atende a metade distal do intestino o grosso, da última parte do colo 
transverso até a parte média do reto. Seus ramos são a artéria cólica esquerda (que 
se une à artéria cólica média no colo transverso), as artérias sigmóideas e a artéria 
retal superior. (Elaine N. Marieb; Patrícia Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; Anatomia 
Humana 7ª Ed. americana 2014). 
 
18 
 
 
A brief atlas of the human body, 2. ed., Figura 68. 
Figura 8. Representa Ramos na linha média da parte abdominal da aorta que suprem os 
órgãos do trato digestório. 
 
Artérias ilíacas comuns no nível de L IV, a aorta se divide nas artérias ilíacas 
comuns direita e esquerda, que suprem a parte inferior da parede anterior do abdome, 
bem como os órgãos da pelve e os membros inferiores. No nível da articulação 
sacroilíaca na cavidade pélvica, cada artéria ilíaca comum bifurca em dois ramos: a 
artéria ilíaca interna, que supre principalmente os órgãos da pelve, e a artéria ilíaca 
externa, que supre o membro inferior. Os ramos das artérias ilíacas internas fornecem 
sangue para as paredes e vísceras da pelve, nádegas, região medial das coxas e 
períneo. As artérias ilíacas externas direita e esquerda transportam sangue para os 
membros inferiores. Originando -se nas artérias ilíacas comuns da pelve, cada artéria 
ilíaca externa desce ao longo da linha arqueada do ílio, emite alguns ramos pequenos 
para a parede anterior do abdome e entra na coxa passando abaixo do ponto médio 
do ligamento inguinal. A partir desse local, a artéria ilíaca externa passa a se chamar 
artéria femoral. (Elaine N. Marieb; Patrícia Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; Anatomia 
Humana 7ª Ed. Americana.;2014). 
 
 
19 
 
A brief atlas of the human body, 2. ed., 
Figura 9. Representa Suprimento arterial da pelve 
 
A artéria femoral desce verticalmente pela região medial da coxa até o fêmur e 
ao longo da superfície anterior dos músculos adutores. Superiormente, a artéria desce 
pelo trígono femoral, uma região na parte proximal da coxa delimitada pelo músculo 
sartório lateralmente e pelo músculo adutor longo medialmente. Inferiormente, a 
artéria femoral passa por uma fenda no músculo adutor magno (o hiato do adutor) e 
emerge na face posterior e distal do fêmur como artéria poplítea. Várias artérias 
surgem da artéria femoral na região da coxa. O maior ramo, que emerge 
superiormente e se chama femoral profunda (ou artéria profunda da coxa), é a 
principal fornecedora de sangue para os músculos da coxa: adutores, posteriores da 
coxa e quadríceps. Os ramos proximais da artéria femoral profunda são as artérias 
circunflexas femorais medial e lateral, que circundam o colo e a diáfise superior do 
fêmur. A artéria circunflexa medial é o principal vaso para a cabeça do fêmur. Se uma 
fratura do quadril romper essa artéria, o tecido ósseo da cabeça do fêmur degenera. 
Um longo ramo descendente da artéria circunflexa femoral lateral segue ao longo da 
face anterior do músculo vasto lateral, suprido por ela. A artéria poplítea, a 
continuação inferior da artéria femoral, situa -se na fossa poplítea (a região posterior 
ao joelho), uma região profunda que oferece proteção contra lesões. (Elaine N. 
Marieb; Patrícia Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; Anatomia Humana 7ª Ed. Americana.; 
2014). 
O membro superior é irrigado por ramos da artéria subclávia. Após emitir seus 
ramos para o pescoço e o tórax (a artéria vertebral, os troncos tireocervical e 
costocervical e a artéria torácica interna), cada artéria subclávia segue lateralmente 
sobre a primeira costela, sob a clavícula. Desse ponto, a artéria subclávia entra na 
axila como artéria axilar. Esta por sua vez desce pela axila, emitindo os seguintes 
ramos: a artéria toracoacromial, que surge logo abaixo da clavícula e se ramifica para 
suprir grande parte dos músculos peitoral e deltoide; a artéria torácica lateral, que 
desce ao longo da margem lateral do m. peitoral menor, irrigando os músculos 
peitorais e serrátil anterior, e emite ramos importantes para a mama; a artéria 
subescapular, que se destina às regiões escapulares dorsal e ventral e o músculo 
latíssimo do dorso; e as artérias circunflexas anterior e posterior do úmero, que 
envolvem o colo cirúrgico do úmero e auxiliam na irrigação do músculo deltoide e da 
20 
 
articulação do ombro. A artéria axilar continua no braço como artéria braquial. O limite 
para essa transição é a margem inferior do músculo redondo maior. (Elaine N. Marieb; 
Patrícia Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; Anatomia Humana 7ª Ed. Americana.; 2014). 
A artéria braquial desce ao longo da face medial do úmero, abaixo do músculo 
bíceps braquial no sulco bicipital medial, e supreos músculos da região anterior do 
braço. o. A artéria braquial é utilizada para a tomada da pressão arterial com um 
esfigmomanômetro, um dispositivo cujo manguito é colocado em torno do braço, 
acima do cotovelo. Um ramo importante, a artéria profunda do braço (também 
chamada braquial profunda), envolve a face posterior do úmero com o nervo radial e 
supre o músculo tríceps. À medida que a artéria braquial se aproxima do cotovelo, ela 
emite vários ramos pequenos inferiormente, as artérias colaterais ulnares, que formam 
anastomoses com os ramos ascendentes das artérias no antebraço para suprir a 
articulação do cotovelo. A artéria braquial atravessa a face anterior da articulação do 
cotovelo, abaixo da aponeurose do músculo bíceps braquial na linha média do braço, 
outro local em que seu pulso é sentido facilmente e onde se pode auscultar durante a 
tomada da pressão arterial. Imediatamente após a articulação do cotovelo, a artéria 
braquial se divide nas artérias radial e ulnar, que descem pela face anterior do 
antebraço. (Elaine N. Marieb; Patrícia Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; Anatomia Humana 
7ª Ed. Americana.; 2014). 
A artéria radial desce ao longo da margem medial do músculo braquiorradial, 
suprindo os músculos anterolaterais do antebraço, a parte lateral do punho, além do 
polegar e do dedo indicador. o. Um ramo da artéria radial continua na tabaqueira 
anatômica, um local onde a pulsação radial também pode ser detectada. 
A artéria ulnar, que desce ao longo da face anterior e medial da parte anterior 
do antebraço, situa -se entre os músculos flexores superficiais e profundos e emite 
ramos para os músculos que cobrem a ulna. Na parte proximal, ela emite um ramo 
importante chamada artéria interóssea comum, que se divide imediatamente nas 
artérias interósseas anterior e posterior. A artéria ulnar continua na mão, atravessando 
o punho lateralmente ao do tendão do flexor ulnar do carpo. (Elaine N. Marieb; Patrícia 
Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; Anatomia Humana 7ª Ed. Americana.; 2014). 
A artéria poplítea, a continuação inferior da artéria femoral, situa -se na fossa 
poplítea (a região posterior ao joelho), uma região profunda que oferece proteção 
contra lesões. A artéria poplítea emite várias artérias do joelho (geniculares) que 
21 
 
circundam a articulação do joelho como arcos horizontais. Logo abaixo da cabeça da 
fíbula, a artéria poplítea se divide nas artérias tibiais anterior e posterior. 
A artéria tibial anterior segue através do compartimento muscular anterior da 
perna, descendo ao longo da membrana interóssea lateral à tíbia e emitindo ramos 
para os músculos extensores ao longo do seu trajeto. No tornozelo, ela se transforma 
na artéria dorsal do pé que, na base dos ossos metatarsais, dá origem à artéria 
arqueada e emite ramos menores distais ao longo dos metatarsos. A parte terminal 
da dorsal do pé penetra na planta do pé, onde forma a extremidade medial do arco 
plantar. A artéria tibial posterior, desce pela parte póstero medial da perna diretamente 
abaixo do músculo sóleo. Na parte proximal, ela emite um grande ramo, a artéria 
fibular, que desce ao longo da face medial da fíbula. Juntas, as artérias tibiais 
posteriores e fibular suprem os músculos flexores na perna, e as artérias fibulares, os 
músculos fibulares. (Elaine N. Marieb; Patrícia Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; Anatomia 
Humana 7ª Ed. Americana.; 2014). 
As veias cavas superior e inferior, são as duas maiores veias do corpo, 
desembocam diretamente no átrio direito do coração, recebe o sangue sistêmico de 
todas as regiões do corpo superiores ao diafragma, excluindo as paredes do coração. 
Essa veia surge da união das veias braquiocefálicas esquerda e direita, posterior ao 
manúbrio do esterno, e desce para desembocar no átrio direito. Das duas veias 
braquiocefálicas, a esquerda é mais longa e quase horizontal, enquanto a direita é 
vertical. A veia cava inferior, que sobe ao longo da parede posterior da cavidade 
abdominal e é o vaso sanguíneo mais largo do corpo, devolve ao coração o sangue 
proveniente de todas as regiões do corpo inferiores ao diafragma. Ela começa 
inferiormente, na união das duas veias ilíacas comuns no nível do corpo da vértebra 
L V, e sobe ao lado direito dos corpos vertebrais e da parte abdominal da aorta. 
Imediatamente após passar pelo tendão central do diafragma no nível T VIII, a veia 
cava inferior desemboca no átrio direito. (Elaine N. Marieb; Patrícia Brady Wilhelm; 
Jon Mallatt.; Anatomia Humana 7ª Ed. Americana – 2014). 
O sistema linfático é um sistema de drenagem auxiliar do sistema circulatório. 
É responsável por transportar o líquido tecidual do corpo, que passa a ser chamado 
de linfa quando penetra nos vasos linfáticos. Além de vasos, o sistema linfático possui 
órgãos linfoides (timo, baço e linfonodos), estruturas que funcionam como filtros do 
líquido transportado pelos vasos. O ducto torácico se origina na cisterna de quilo, uma 
22 
 
dilatação que ocorre na região abdominal. Ele recebe a linfa de todo o resto do corpo, 
e desemboca na junção entre veia subclávia esquerda com a veia jugular interna 
esquerda. Os linfonodos são estruturas cuja função é defender o organismo, evitando 
que substâncias e microrganismos estranhos penetrem na corrente sanguínea. 
Possuem formas e tamanhos variados, podem estar isolados, mas apresentam-se 
geralmente em grupos, principalmente na região inguinal, na axila e no pescoço. O 
baço é o maior órgão do sistema linfoide. Apresenta duas faces: a diafragmática (em 
contato com a região inferior do diafragma) e visceral. Na face visceral, encontra-se o 
hilo do baço, uma fenda onde penetram nervos e vasos, incluindo a veia esplênica, 
que tem a função de drenar o sangue do baço. (ELÁDIO PESSOA DE ANDRADE 
FILHO; FRANCISCO CARLOS FERREIRA PEREIRA; Anatomia Geral; 1ª Edição - 
Sobral/2015). 
 
 
SOBOTTA, Atlas de Anatomia Humana, volume 1 / editado por R. Putz e R. Pabst, Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 
Figura 10. Representa Sistema linfático. 
 
O timo é um órgão linfoide que apresenta dois lobos, sua função é produzir 
linfócitos. Está situado parcialmente no pescoço e no tórax, se estendendo desde a 
parte inferior da tireoide até a quarta cartilagem costal. O timo cresce até o período da 
puberdade, depois passa a involuir até ser substituído por tecido adiposo. (ELÁDIO 
PESSOA DE ANDRADE FILHO; FRANCISCO CARLOS FERREIRA PEREIRA; 
Anatomia Geral; 1ª Edição - Sobral/2015.) 
23 
 
 
Gray´s Anatomia clínica para estudantes /Richard L. Drake, Wayne Vogl, Adam W. M. Mitchell. 
- Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 
Figura 11. Representa Timo de uma criança de 2 anos e um adulto de 24 anos. 
 
 
 
 
 
Aula 3 – roteiro 1 
Sistema respiratório – vias aéreas, pulmões e musculatura respiratória 
 
A cavidade nasal situa- -se imediatamente posterior ao nariz externo. Durante 
a respiração, o ar entra nessa cavidade, passando pelas narinas, na base do nariz 
externo. A cavidade nasal é dividida nas metades direita e esquerda pelo septo nasal 
na linha mediana; essa parede é formada pela lâmina perpendicular do osso etmoide, 
pelo vômer e pela cartilagem do septo nasal, todos cobertos por uma membrana 
mucosa. A cavidade nasal é contínua à parte nasal da faringe (nasofaringe) por meio 
de aberturas nasais posteriores, os cóanos (“funis”), ou narinas internas. As conchas 
nasais projetam-se medianamente a partir de cada parede lateral da cavidade nasal 
existem três estruturas espiraladas cobertas por mucosa: as conchas nasais superior 
e média do osso etmoide e a concha nasal inferior, que é um dos ossos da face. 
(Elaine N. Marieb; Patrícia Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; Anatomia Humana 7ª Ed. 
Americana.; 2014). 
As conchas nasais superior, média e inferior são três saliências ósseas 
revestidas de mucosas junto à parede lateral da cavidade nasal. Abaixo das conchas 
correspondentes, há espaços chamadosde meatos. Há, portanto, três, o superior, o 
24 
 
médio e o inferior. (DUARTE, Hamilton Emidio; Anatomia Humana - 1. ed. 2. reimp, 
Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2014). Os meatos nasais 
superior, médio e inferior, que aquecem e umidificam o ar. À medida que o ar inalado 
corre ao longo das conchas curvas, a turbulência resultante aumenta bastante a 
quantidade de contato entre a mucosa nasal e esse ar inspirado. 
Os seios paranasais é uma cavidade nasal circundada por um anel de 
cavidades cheias de ar chamadas seios paranasais, situados nos ossos frontal, 
esfenoide, etmoide e maxilas. O seio maxilar, conhecido como Antros de Highmore, é 
o maior seio paranasal e está localizado no interior do osso maxilar. O seio maxilar 
relaciona-se na parte superior com o assoalho da órbita, na parte inferior com o 
processo alveolar, na parte anterior com a fossa canina e posteriormente com a 
tuberosidade do maxilar. Os seios frontais estão localizados logo atrás dos arcos 
superciliares. Esse tipo de seio começa a se desenvolver após os dois anos de 
nascimento do indivíduo na extremidade anterossuperior do infundíbulo, ocorrendo 
um rápido crescimento da lâmina externa da região supraorbitária. Aproximadamente 
aos vinte anos, o crescimento do seio frontal cessa, e sua parte superior e lateral 
apresenta-se de forma extensa entre a lâmina interna e externa da região 
supraorbitária. (ELÁDIO PESSOA DE ANDRADE FILHO; FRANCISCO CARLOS 
FERREIRA PEREIRA; Anatomia Geral; 1ª Edição - Sobral/2015.) 
 
 
Gray´sAnatomia clínica para estudantes /Richard L. Drake, Wayne Vogl, Adam W. M. Mitchell 
- Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 
Figura 12. Representa os Seios paranasais 
 
A faringe é uma passagem em forma de funil que une as cavidades nasal e oral 
respectivamente com a laringe e o esôfago, inferiormente. Ela desce da base do 
crânio até o nível de C VI e serve como via de passagem comum para o alimento e o 
ar. A parte nasal da faringe é contínua à cavidade nasal, por meio dos cóanos 
25 
 
(aberturas nasais posteriores). A tonsila faríngea, um órgão linfático que destrói os 
patógenos que entram com o ar na nasofaringe. A tonsila tubária é que proporciona 
à orelha média alguma proteção contra infecções que possam se espalhar a partir da 
faringe. E as e tonsilas palatinas (também conhecidas como amígdalas), situado nas 
paredes laterais das fauces (Elaine N. Marieb; Patrícia Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; 
Anatomia Humana 7ª Ed. americana 2014). 
A laringe é um órgão curto, fibromuscular que representa o início do trato 
respiratório inferior. Localizado na região mediana do pescoço entre a quarta e sexta 
vértebras cervicais, apresenta a parte laríngea da faringe (laringofaringea) como limite 
superior e à traqueia como inferior. Esse órgão tem como funções a produção de som 
e, assim como a parte oral da faringe (orofaríngea), o transporte do ar inspirado para 
traqueia. A tireoide, considerada a maior cartilagem, está localizada na parede anterior 
e lateral da laringe. Esta é constituída de cartilagem hialina e de duas lâminas que se 
unem e formam um V. A cricoide é um anel único, também constituído de cartilagem 
hialina que liga a laringe à traqueia. A epiglótica localiza-se posteriormente à tireoide 
juntamente com as pequenas cartilagens, de pouco destaque, como a cartilagem 
cuneiforme e as cartilagens corniculadas. O músculo cricotireoideo inclina a cartilagem 
cricoidea e as cartilagens aritenoides para trás, distendendo o ligamento vocal. O 
músculo cricoaritenoideo posterior abre a rima da glote, que é a fenda entre as duas 
cartilagens aritenoideas e as pregas vocais. Ele é o principal tensor das pregas vocais. 
(ELÁDIO PESSOA DE ANDRADE FILHO; FRANCISCO CARLOS FERREIRA 
PEREIRA; Anatomia Geral; 1ª Edição - Sobral/2015.) 
 
A Stereoscopic Atlas of Human Anatomy,” by David L. Bassett, M.D 
Figura 13. Representa músculos da laringe 
 
A prega vestibular (ventricular) é formada pelo ligamento vestibular e não tem 
função vocal. Projeções laterais entre as pregas vocais e vestibulares formam o 
ventrículo da laringe. (GABRIELA AUGUSTA MATEUS PEREIRA, ADRIANE 
26 
 
POZZOBON, VERA CRISTINA BRANDÃO DINIZ DE OLIVEIRA; Anatomia na Prática 
Testes; 1ª Edição - Lajeado, 2012). A pregas vocais (cordas vocais verdadeiras), que 
são sustentadas pelo ligamento vocal pelo músculo vocal e pela rima da glote. Como 
a mucosa que as cobre é avascular, as pregas vocais têm um aspecto branco 
perolado. O ar expirado dos pulmões faz com que elas vibrem em um movimento de 
onda, produzindo os sons básicos da fala. A abertura mediana entre as pregas vocais 
através da qual o ar passa se chama rima da glote (rima = fissura), e as pregas vocais 
junto a essa rima compõem a glote. (GABRIELA AUGUSTA MATEUS PEREIRA, 
ADRIANE POZZOBON, VERA CRISTINA BRANDÃO DINIZ DE OLIVEIRA; Anatomia 
na Prática Testes; 1ª Edição - Lajeado, 2012). 
A traqueia é um tubo cartilaginoso que se estende da laringe até a sua divisão 
em dois brônquios principais. Ela é formada por 20 anéis traqueais de cartilagem 
hialina em forma de letra C fechados posteriormente pelo músculo traqueal. Os anéis 
traqueais estão unidos por ligamentos fibrosos chamados ligamentos anulares. Na 
bifurcação da traqueia, encontra-se a Carina, relevo em forma de quilha formado pelo 
último anel traqueal. No pescoço e no tórax a traqueia encontra- -se anteriormente ao 
esôfago. (DUARTE, Hamilton Emidio; Anatomia Humana - 1. ed. 2. Reimp.; 
Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2014). 
 
NETTER, H. F. Atlas de Anatomia Humana. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2011, v. 1 
Figura 13. Representa traqueia 
 
Os brônquios são estruturas tubulares com anéis de cartilagem hialina em suas 
paredes. Eles fazem a conexão da traqueia com os pulmões. Na extremidade inferior, 
a traqueia divide-se em dois brônquios: O brônquio principal direito e o brônquio 
principal esquerdo. Cada brônquio é destinado ao respectivo pulmão. Observe agora 
que cada brônquio principal se divide em unidades menores, os brônquios lobares, 
destinados aos lobos pulmonares. A seguir, os brônquios lobares se subdividem em 
27 
 
unidades menores, os brônquios segmentares, destinados aos segmentos 
pulmonares. (DUARTE, Hamilton Emidio; Anatomia Humana - 1. ed. 2. Reimp.; 
Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2014). 
 
 
NETTER, H. F. Atlas de Anatomia Humana. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2011, v. 1 
Figura 14. Representa os Brônquios direito e esquerdo. 
 
Os pulmões, direito e esquerdo, órgãos principais da respiração, que captam o 
oxigênio inalado proveniente do ar atmosférico e desprendem o dióxido de carbono, 
estão contidos na cavidade toráxica. (José Geraldo Dangelo, Carlos Americo Fanttini.; 
Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar – 3ª ed. – São Paulo. Editora Atheneu, 
2007). O pulmão direito é maior e mais largo que o pulmão esquerdo. Eles são órgãos 
responsáveis pela hematose (troca gasosa). O pulmão possui na sua morfologia 
externa um ápice superior, uma base inferior e três faces. A face costal do pulmão 
está em contato com as costelas, a face mediastinal está voltada para o mediastino e 
a face diafragmática está apoiada sobre o músculo diafragma. Os pulmões esquerdos 
e direito têm forma e tamanho ligeiramente diferentes. O pulmão esquerdo é um pouco 
menor do que o direito e possui uma incisura cardíaca, um desvio em sua margem 
anterior que acomoda o coração. Várias fissuras profundas dividem os dois pulmões 
em padrões de lobos diferentes. O pulmão esquerdo é dividido em lobo superior e 
lobo inferior, pela fissura oblíqua. O pulmão direito possui três lobos — superior, médio 
e inferior — separados pelas fissuras oblíqua e horizontal. Cada lobo pulmonar é 
atendido por um brônquio lobar (secundário) e seus ramos. Os lóbulos pulmonares 
são subdivididos em seguimentos bronco pulmonares, considerandocomo sendo uma 
das maiores porções de um lobo ventiladas por um brônquio que se origina de um 
brônquio lobar. Na sua fase mediastinal cada um dos pulmões apresenta uma fenda 
em forma de raquete, o hilo do pulmão, pelo qual entram e saem os brônquios, vasos 
e nervos pulmonares. (José Geraldo Dangelo, Carlos Americo Fanttini.; Anatomia 
Humana Sistêmica e Segmentar – 3ª ed. – São Paulo. Editora Atheneu, 2007). 
28 
 
A respiração, ou ventilação pulmonar, tem duas fases: inspiração, em que o ar 
flui para os pulmões, e expiração, na qual os gases saem dos pulmões. Os 
músculos inspiratórios se contraem para atrair ar para os pulmões. O músculo mais 
importante da inspiração é o diafragma; entretanto, os intercostais externos auxiliam 
na respiração silenciosa normal. A contração do diafragma aumenta o espaço na 
cavidade torácica e os pulmões se enchem de ar do ambiente externo. A expiração é 
um processo passivo porque os pulmões naturalmente querem recuar e colapsar. 
Durante a expiração, os pulmões esvaziam sem muito esforço de nossos músculos. 
Entretanto, os músculos expiratórios – intercostais internos, reto abdominal, oblíquos 
externos e internos, transverso abdominal – podem se contrair para expulsar o ar dos 
pulmões durante períodos respiratórios ativos. (DRAKE, Richard L.; VOGL, A. Wayne; 
MITCHEL, Adam W. M.: Gray’s anatomia clínica para estudantes. 3 ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2015. 
 
SOBOTTA, Atlas de Anatomia Humana, volume 2 / editado por R. Putz e R. Pabst, Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 
Figura 15. Representa a divisão dos pulmões 
 
 
 
 
NETTER, H. F. Atlas de Anatomia Humana. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2011. V.1 
Figura 16. Representa posição de inspiração e expiração. 
29 
 
 
 
AULA 4 – ROTEIRO 1 
 
Sistema Digestório – canal alimentar 
 
 
O Sistema Digestório caracteriza-se como um conjunto de órgãos responsáveis 
pela apreensão, mastigação, deglutição, digestão, absorção e eliminação dos 
resíduos em forma de fezes. Podemos dividir o Sistema Digestório no tubo digestório 
e nas glândulas anexas. O tubo digestório é composto de uma sequência de órgãos 
tubulares por onde passa o alimento. Órgãos como a boca, faringe, esôfago, 
estômago, intestinos, canal anal e ânus fazem parte do tubo digestório, e órgãos como 
as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas são glândulas anexas do Sistema 
Digestório, cujas secreções auxiliam na digestão alimentar. A boca é a abertura que 
fica na face entre o lábio superior que é formado pelo sulco nasolabial, que se estende 
desde a comissura dos lábios até a asa do nariz, e o lábio inferior é separado do mento 
pelo sulco labiomentual e o sulco labiomarginal é uma ruga característica que vai do 
ângulo da boca à base da mandíbula. A rima da boca e a fenda existente entre o lábio 
superior inferior, que pode permanecer fechada ou aberta, quando os dois lábios estão 
em contato. DUARTE, (Hamilton Emidio. Anatomia Humana / Hamilton E. Duarte. - 1. 
ed - 2ª reimp.; Florianópolis, 2014). 
 Vestíbulo da boca: é uma região semelhante a uma fenda, localizada entre 
os dentes/gengiva e os lábios/bochechas. Comunica-se com o meio externo através 
da rima da boca, que é controlada pelos músculos periorais (orbicular da boca, 
bucinador, risório e os depressores e elevadores dos lábios). 
Cavidade própria da boca: consiste no espaço entre as arcadas dentárias 
superior e inferior. O teto é formado pelo palato duro e posteriormente é limitada pela 
parte oral da faringe. Quando a boca está fechada e em repouso, esta cavidade é 
totalmente preenchida pela língua. 
 O palato se divide em: 
Palato duro: possui um formato côncavo, espaço onde a língua fica em 
repouso. É formado por um esqueleto ósseo, resultado dos processos palatinos 
da maxila e as lâminas horizontais do palatino. 
30 
 
Palato mole: É o terço posterior e móvel do palato. Fica suspenso 
posteriormente ao palato duro. Recebe esse nome por não possuir nenhum 
esqueleto ósseo, mas ter um reforço dado pela aponeurose palatina, que o fixa 
no palato duro. Em sua porção posteroinferior possui uma margem livre curva 
da qual pende um processo cônico, a úvula. Durante a deglutição, o palato 
mole é tensionado para permitir que a língua seja pressionada sobre ele, o que 
leva o bolo alimentar para a parte posterior da boca. Em seguida, o palato mole 
se eleva para trás e para cima (posterior e superiormente) contra a parede da 
faringe, impedindo assim a entrada de alimentos na cavidade nasal. MOORE, 
K. L.; DALEY II, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 7ª. edição. Guanabara 
Koogan. Rio de Janeiro, 2014. 
O músculo palatofaríngeo se une proximamente na borda posterior do palato 
duro, e na aponeurose palatina. Distalmente ele se insere no aspecto posterior da 
lâmina da cartilagem tireóidea da laringe. Ele ajuda a fechar a nasofaringe, bem 
como a elevar a laringe e a faringe. O músculo palatoglosso se origina da 
aponeurose palatina e termina no aspecto lateral da língua, onde suas fibras se 
entrelaçam com a musculatura intrínseca da língua. Ele age estreitando o istmo 
orofaríngeo durante a digestão, e elevando a língua. (Neil S. Norton, Ph.D. and 
Frank H. Netter, MD: Netter’s Head and Neck Anatomy for Dentistry, 2nd Edition, 
2017 - Elsevier). 
 
Netter, Frank H. (Frank Henry), 1906-1991 Netter, Frank H. (Frank Henry), Atlas de 
Anatomia Humana / Frank H. Netter. - 6. ed. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
Figura 17. Representa anatomia da boca. 
 
• Os músculos da mastigação, também chamados de músculos 
mastigatórios, são um grupo muscular composto pelos músculos temporal, 
31 
 
masseter, pterigoideo medial e pterigoideo lateral. O músculo temporal situa-se 
na fossa temporal, o músculo masseter localiza-se na região da bochecha, 
enquanto os músculos pterigoideos medial e lateral se encontram na fossa 
infratemporal. (Neil S. Norton, Ph.D. and Frank H. Netter, MD, Netter’s Head and 
Neck Anatomy for Dentistry, 2nd Edition, 2017- Elsevier). 
O músculo digástrico é um pequeno músculo pareado, localizado no 
compartimento anterior do pescoço. Além do digástrico, este grupo também 
contém os músculos milo-hióideo, gênio-hioideo, estes músculos são 
encontrados superiormente ao osso hioide. 
O músculo digástrico é constituído em duas partes; ventres anterior e 
posterior: 
• O ventre posterior se origina na superfície medial da incisura 
mastoidea do osso temporal. Ele então cursa Antero inferiormente em direção 
ao osso hioide, perfurando o músculo estilo-hioideo antes de se inserir no tendão 
intermediário do músculo digástrico. 
• O ventre anterior do músculo digástrico se origina a partir da fossa 
digástrica da borda inferior da mandíbula, próximo à linha média junto à sínfise 
mandibular (sínfise mentoniana). Esta parte do músculo se estende poster 
inferiormente a partir da mandíbula, se unindo ao tendão intermediário. 
(Standring, S. (2016). Gray's Anatomy (41ª Edição). Edinburgh: Elsevier. 
O bucinador é um músculo facial fino e quadrilateral que constitui o 
principal componente da bochecha. Pertence ao grupo buco labial de músculos 
faciais, juntamente com os músculos levantador do lábio superior e da asa nasal, 
levantador do lábio superior, zigomático maior, zigomático menor, elevador do 
ângulo da boca, risório, depressor do lábio inferior , mentual, orbicular da boca, 
incisivo superior e incisivo inferior. (Moore, K. L., Dalley, A. F., & Agur, A. M. R. 
(2014). Clinically Oriented Anatomy (7ª Edição). Philadelphia). 
Faringe é a porção da anatomia que faz parte do fundo da boca e 
do nariz e vai até a laringe e ao esôfago. É um canal comum ao aparelho 
digestivo e ao aparelho respiratório. A faringe é dividida em nasofaringe, 
localizada posteriormente à cavidade nasal; orofaringe, posterior à cavidade 
oral. A parte inferior da faringe, onde está comunica com o esôfago, chama-se 
laringofaringe.Na faringe ocorre o fenômeno da deglutição. Ao entrar na 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculo-pteriogoideo-medial
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculo-pterigoideo-lateral
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/a-fossa-temporal
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/fossa-infratemporal
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/fossa-infratemporal
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculo-genio-hioideo
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/osso-hioide
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/osso-temporal
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/a-mandibula
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculos-faciais
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculos-faciais
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculo-zigomatico-maior
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculo-zigomatico-menor
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculo-risorio
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculo-depressor-do-labio-inferior
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/musculo-orbicular-da-boca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anatomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Boca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nariz
https://pt.wikipedia.org/wiki/Laringe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Es%C3%B4fago
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aparelho_digestivo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aparelho_digestivo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aparelho_respirat%C3%B3rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nasofaringe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Orofaringe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cavidade_oral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cavidade_oral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Es%C3%B4fago
https://pt.wikipedia.org/wiki/Degluti%C3%A7%C3%A3o
32 
 
faringe, o próprio peso do alimento e a musculatura do pescoço, que é chamada 
de hioidea, movimentam a epiglote para baixo, tampando a entrada 
da traqueia. Em seguida o alimento desce para o esófago. (Rouvière, H. e 
Delmas, A. Anatomie Humaine Masson, Paris, 14ª Edição 1997). 
O nervo trigêmeo constitui, com o homólogo contralateral, o quinto (V) 
par de nervos cranianos. É assim chamado por possuir três ramos: o 
mandibular, o oftálmico e o nervo maxilar. É um nervo com função mista 
(motora e sensitiva), porém há o predomínio de função sensitiva. Controla, 
principalmente, a musculatura da mastigação e a sensibilidade facial. 
(Machado, Ângelo; Neuroanatomia Funcional; 2ª edição; São Paulo; Editora 
Atheneu; 2000). 
O nervo facial é um nervo misto, possui uma raiz motora, suas fibras 
são pré-ganglionares parassimpáticas. Realiza a inervação da glândula 
parótida, 1/3 posterior da língua, tuba auditiva, faringe, constritor da faringe, 
úvula e tonsilas. 
O nervo glossofaríngeo é um nervo misto, suas fibras são motoras e 
parassimpáticas eferentes. Sua emergência craniana é o forame jugular e a encefálica 
é o sulco lateral posterior, possui os núcleos ambíguo, salivatório inferior e solitário. 
O nervo hipoglosso é um nervo essencialmente motor, suas fibras nervosas 
se comunicam com a alça cervical. Sua função é a inervação dos músculos 
intrínsecos e extrínsecos da língua, ou seja, permite que eles se movimentem. 
(ELÁDIO PESSOA ANDRADE FILHO; FRANCISCO CARLOS FERREIRA PEREIRA; 
Anatomia Geral – 1ª Ed. Sobral/2015). 
O esôfago é um tubo muscular contínuo com a parte laríngea da faringe na 
junção faringoesofágica; consiste em músculo estriado em seu terço superior, 
músculo liso em seu terço inferior e uma mistura de músculo estriado e liso na região 
intermediária. 
O esôfago é formado por três porções: 
 Porção cervical que está em contato íntimo com a traqueia; 
 Porção torácica que passa por trás do brônquio esquerdo (mediastino 
superior), entre a traqueia e a coluna vertebral e 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Traqueia
33 
 
 Porção abdominal, que repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado. 
(MOORE KL, DALLEY AF Anatomia Orientada para Clínica. 5 ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2007). 
As constrições são estreitamentos normais no tubo do esófago. 
 Constrição faringoesofágica: 
o Causada pela cartilagem cricoide 
o Porção mais estreita do esófago 
 Constrição aortobrônquica: causada pela proximidade do arco aórtico e 
do brônquio principal esquerdo (aproximadamente T4) 
 Constrição diafragmática: causada pela passagem do esófago através 
do hiato esofágico do diafragma. (Mazziotti, M. (2021). Congenital anomalies of 
esophagus. Medscape. Retrieved Sep 3, 2021). 
As principais regiões do estômago são descritas a seguir. A cárdia (“perto do 
coração”) é uma zona em forma de anel que circunda o óstio cárdico na junção com 
o esôfago. O fundo, a cúpula do estômago, e inferior ao diafragma. A grande parte 
média do estômago, o corpo, termina na parte pilórica em forma de funil, composta 
pelo antro pilórico mais largo e pelo canal pilórico mais estreito. A parte pilórica termina 
no piloro que contém o músculo esfíncter do piloro que controla a entrada do quimo 
no intestino. A superfície esquerda convexa do estômago é a sua curvatura maior e a 
margem direita côncava é a curvatura menor. Os omentos maior e menor, mesentérios 
que conectam o estômago, recebem seus nomes por sua conexão com essas 
curvaturas. (Elaine N. Marieb; Patrícia Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; Anatomia Humana 
7ª Ed. Americana – 2014). 
 
A brief atlas of the human body, 2. ed., 
Figura 17. Representa o estômago 
 
34 
 
O intestino delgado possui três divisões: o duodeno (“12 dedos de 
comprimento”), o jejuno (“vazio”) e o íleo (“intestino retorcido”), que contribuem 
aproximadamente com 5%, 40% e 60% do seu comprimento, respectivamente. 
Enquanto a maior parte do duodeno, que tem a forma da letra C, é retroperitoneal, o 
jejuno e o íleo formam espirais suspensas na parte posterior do abdome pelo 
mesentério e emolduradas pelo intestino grosso. O jejuno corresponde à parte 
superior dessa massa intestinal espiralada, enquanto o íleo corresponde à parte 
inferior direita. Embora o duodeno seja a divisão mais curta do intestino delgado, ele 
tem a maioria das características de interesse. Ele recebe enzimas digestórias do 
pâncreas via ducto pancreático e bile do fígado e da vesícula biliar via ducto colédoco. 
Esses ductos entram na parede do duodeno, onde formam um bulbo chamado ampola 
também chamada ampola hepatopancreática (“ampola do fígado e do pâncreas”), que 
se abre no duodeno em uma pequena saliência da mucosa chamada papila maior do 
duodeno. A entrada de bile e o suco pancreático no duodeno é controlada por 
esfíncteres de músculo liso que circundam a ampola hepatopancreática e pelas 
terminações dos ductos pancreático e colédoco. (Elaine N. Marieb; Patrícia Brady 
Wilhelm; Jon Mallatt.; Anatomia Humana 7ª Ed. Americana – 2014). 
 
A brief atlas of the human body, 2. ed. 
Figura 18. Representa o duodeno e órgãos relacionados. 
 
O intestino grosso emoldura o intestino delgado em três lados e meio, formando 
um retângulo aberto. Esse órgão, que é mais largo do que o intestino delgado, ele 
mede cerca de 6,5 cm de diâmetro e 1,5 m de comprimento. O ceco é a primeira 
porção do intestino grosso. É uma bolsa intestinal cega, com aproximadamente 7,5 
cm de comprimento e largura, localizada no quadrante inferior direito, na fossa ilíaca, 
inferiormente à junção com o íleo terminal. O colo ascendente sobe ao longo do lado 
direito da parede posterior do abdome em uma posição retroperitoneal e chega ao 
35 
 
nível do rim direito, onde faz uma volta de 90 graus, o colo transverso se estende 
intraperitonealmente para a esquerda através da cavidade peritoneal. O cólon 
descendente segue inferiormente no retroperitônio, no lado esquerdo da cavidade 
abdominal, até a fossa ilíaca esquerda, onde é contínuo com o cólon sigmoide. 
O cólon sigmoide possui uma forma de "S" e localiza-se entre o cólon descendente e o 
reto, terminando aproximadamente ao nível de S2-S3. Como é intraperitoneal, tambémpossui um mesocólon. A flexura direita do colo (também chamada flexura hepática 
porque o fígado se situa posterior à mesma). A flexura esquerda do colo (esplênica) e 
desce ao longo do lado esquerdo da parede posterior do abdome, novamente em uma 
posição retroperitoneal, como colo descendente. (Elaine N. Marieb; Patrícia Brady 
Wilhelm; Jon Mallatt.; Anatomia Humana 7ª Ed. Americana – 2014). 
 
Netter, Frank H. (Frank Henry), Atlas de Anatomia Humana / Frank H. Netter. - 6. ed. - 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
Figura 19. Representa Intestino grosso. 
 
A última subdivisão do intestino grosso é o canal anal. Com cerca de 3 m de 
comprimento, ele começa onde o reto atravessa o músculo levantador do ânus, o 
músculo que forma o assoalho da pelve. Internamente, a metade superior do canal 
anal contém pregas longitudinais de mucosa, as colunas anais. Essas colunas contêm 
as porções terminais da artéria e veia retais superiores (os vasos hemorroidais). As 
colunas anais vizinhas se juntam umas às outras inferiormente em pregas transversas 
com a forma de lua crescente, chamadas válvulas anais. O esfíncter anal interno é o 
mais profundo, e resulta de um espessamento de fibras musculares lisas circulares, 
sendo consequentemente involuntário. O esfíncter anal externo é constituído por 
fibras musculares estriadas que se dispõem circularmente em torno do esfíncter anal 
interno, sendo este voluntário. Ambos os esfíncteres devem relaxar antes que a 
defecação possa ocorrer. (Elaine N. Marieb; Patrícia Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; 
Anatomia Humana 7ª Ed. Americana – 2014). 
36 
 
 
AULA 5 – ROTEIRO 1 
 
Sistema Digestório órgãos anexos 
 
A língua é um órgão muscular rosado que se localiza dentro da cavidade oral. 
Ela é mantida úmida pelos produtos das glândulas salivares maiores e menores, o que 
facilita a deglutição, a fala e a percepção gustativa. 
A língua pode ser dividida em três partes: 
• A ponta ou ápice da língua é a sua porção mais anterior e mais 
móvel. 
• O corpo da língua possui uma superfície dorsal (superior) 
rugosa que fica em contato com o palato e é repleta de papilas linguais, e 
uma superfície ventral (inferior) lisa que é fixa ao assoalho da cavidade oral pelo 
frênulo lingual. 
• A raiz da língua é a sua parte posterior, que se fixa à mandíbula e 
ao osso hioide. 
Existem quatro tipos de papilas: 
As papilas filiformes são as mais abundantes. Elas são cônicas, branco-
acinzentadas e revestidas por uma espessa camada de epitélio escamoso 
queratinizado. 
As papilas fungiformes são pouco queratinizadas e menos abundantes do que 
as papilas filiformes. Entretanto, elas estão espalhadas ao longo de toda a superfície 
dorsal da língua. 
As papilas folhadas se apresentam em pares, em filas longitudinais e paralelas. 
A mucosa é não queratinizada e as papilas possuem muitos botões gustativos. 
As papilas circunvaladas estão dispostas linearmente, em um grupo de quatro 
a seis grandes papilas, anteriormente a cada limbo do sulco terminal (ou seja, são oito 
a doze papilas no total). 
As partes oral e faríngea da língua eventualmente se fundem, formando uma 
junção em forma de V, conhecida como sulco terminal. O forame cego é um 
remanescente da porção proximal do ducto tireoglosso, uma estrutura embrionária que 
serve como ponto de origem para a formação da glândula tireoide. Sua mucosa possui 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/glandulas-salivares
37 
 
agregados linfáticos conhecidos como tonsilas linguais, e é contínua com a mucosa das 
tonsilas palatinas, localizadas lateralmente, com as paredes laterais da orofaringe, e 
posteriormente com a epiglote e as pregas gloso epiglóticas. (Moore, Keith L et al. The 
Developing Human. 9th ed., Elsevier-Saunders, 2013). A língua é um órgão 
predominantemente muscular, e possui um pouco de tecido adiposo e fibroso 
distribuídos no seu interior. Alguns músculos se fixam às estruturas ósseas adjacentes 
e são conhecidos como músculos extrínsecos. O outro grupo de músculos fica 
confinado à língua e contribui na alteração do seu formato, e é conhecido como grupo 
de músculos intrínsecos. (Elaine N. Marieb; Patrícia Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; 
Anatomia Humana 7ª Ed. Americana – 2014). 
 
Netter, Frank H. (Frank Henry), Atlas de Anatomia Humana / Frank H. Netter. - 6. ed. 
- Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
Figura 20. Representa dorso da língua 
 
Os nomes dos dentes em cada arcada são intuitivos - os dezesseis dentes 
superiores, que se fixam à maxila, são chamados de 'dentes da arcada superior' ou 
'dentes maxilares', enquanto os da metade inferior são chamados de 'dentes da arcada 
inferior', ou 'dentes mandibulares'. Cada arcada é um espelho da arcada oposta, 
contendo tipos de dentes correspondentes, porém não idênticos. Os dentes são 
classificados, de acordo com a sua forma e função, como incisivos, caninos, pré-
molares e molares. Os incisivos em forma de cinzel são adaptados para cortar 
pedaços de alimento e os caninos cônicos perfuram e dilaceram. Os pré- -molares 
(bicúspides) e os molares têm coroas largas com cúspides arredondadas (saliências 
de superfície) para triturar o alimento. Os molares possuem quatro ou cinco cúspides 
e são os melhores trituradores. Durante a mastigação, os molares superiores e 
inferiores se encontram repetidamente, com as cúspides dos superiores se 
encaixando nas depressões dos inferiores, e vice-versa. Essa ação gera forças de 
esmagamento potentes. O ser humano é considerado difiodonte por apresentar 
38 
 
durante a sua existência duas dentições, denominadas de decídua e permanente. 
(Elaine N. Marieb; Patrícia Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; Anatomia Humana 7ª Ed. 
Americana – 2014). 
 
Netter, Frank H. (Frank Henry), Atlas de Anatomia Humana / Frank H. Netter. - 6. ed. 
- Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
Figura 21. Representa dentes. 
 
As glândulas salivares produzem saliva, uma mistura complexa de água, íons, 
muco e enzimas, que desempenha muitas funções: umedece a boca, dissolve 
substâncias químicas alimentares para que possam ser degustadas, molha o alimento 
e compacta o alimento como um bolo. As glândulas salivares menores (intrínsecas) 
estão espalhadas na mucosa da língua, palato, lábios e bochechas. A saliva dessas 
glândulas mantém a boca úmida o tempo inteiro. Por outro lado, as glândulas salivares 
maiores (extrínsecas), situadas fora da boca e conectadas a ela através de seus 
ductos, secretam saliva apenas durante, ou antes, da refeição, tornando a boca 
molhada. (Elaine N. Marieb; Patrícia Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; Anatomia Humana 
7ª Ed. Americana – 2014). 
A maior glândula é a parótida. Fiel ao seu nome (par = perto; ótida = a orelha), 
ela se situa anterior à orelha, entre o músculo masseter e a pele. Seu ducto parotídeo 
segue em paralelo com o arco zigomático, perfura o músculo bucinador (da bochecha) 
e se abre no vestíbulo da boca, lateral ao segundo molar superior. A secreção do 
ducto parotídeo é estimulada pelo nervo glossofaríngeo (nervo craniano IX). as 
glândulas submandibulares e salivares menores são glândulas mistas contendo 
células serosas e mucosas; e a glândula sublingual, embora também seja uma 
glândula mista, contêm principalmente células mucosas. Os menores ductos de todas 
as glândulas salivares são formados por um epitélio cúbico simples. (Elaine N. Marieb; 
Patrícia Brady Wilhelm; Jon Mallatt.; Anatomia Humana 7ª Ed. Americana – 2014). 
39 
 
 O fígado é a maior glândula do organismo, e é também a mais volumosa 
víscera abdominal. Sua localização é na região superior do abdômen, logo abaixo do 
diafragma, ficando mais à direita, isto é, normalmente 2/3 de seu volume estão à 
direita da linha mediana e 1/3 à esquerda. Pesa cerca de 1.500g. 
 O fígado é dividido em lobos. A face diafragmática apresenta um lobo direito 
e um lobo esquerdo, sendo o direito pelo menos duas vezes maior que o esquerdo. Adivisão dos lobos é estabelecida pelo ligamento falciforme. A face visceral é 
subdividida em 4 lobos (direito, esquerdo, quadrado e caudado) pela presença de 
depressões em sua área central, que no conjunto se compõem formando um "H", com 
2 ramos anteroposteriores e um transversal que os une. Dois outros lobos, o lobo 
quadrado e o lobo caudado, são visíveis na face visceral logo à direita da fissura, 
esses lobos são considerados parte do lobo hepático esquerdo, com o qual 
compartilham nervos e vasos. Outras estruturas importantes na face visceral do fígado 
são a vesícula biliar e a veia cava inferior, que se situam à direita dos lobos quadrado 
e caudado, respectivamente. A veia cava inferior recebe as veias hepáticas que levam 
o sangue para fora do fígado. A vesícula biliar é essencialmente um cul-de-sac em 
forma de Pêra que se comunica com os ductos hepáticos comuns através do ducto 
cístico. Existem três partes anatômicas da vesícula biliar. O fundo é a parte mais lateral 
da vesícula biliar. Normalmente se projeta para além da borda inferior do fígado e pode 
tocar a parede abdominal anterior. O corpo da vesícula biliar é a porção do saco que 
está embutida ou em contato com a fossa da vesícula biliar do fígado. 
O colo ou infundíbulo. É proximal à porta hepatis e é geralmente associado a um 
pequeno mesentério que também contém a artéria cística. (Kumar, Abbas, and Aster: 
Robbins Basic Pathology, 9th Edition, Elsevier - Saunders, 2015). Uma área importante 
perto do centro da face visceral é a porta do fígado, onde a maioria dos vasos e nervos 
entra e sai do fígado. A bile produzida pelo fígado é levada por intermédio de um 
sistema excretor até o duodeno para atuar na digestão alimentar. Esse sistema 
excretor é formado pelo ducto hepático direto (drena a bile do lobo direito) e ducto 
hepático esquerdo (drena a bile do lobo esquerdo), que se juntam para constituir o 
ducto hepático comum. O ducto cístico, que sai da vesícula biliar, une-se ao ducto 
hepático comum para formar o ducto colédoco. Este, por sua vez, une-se ao ducto 
pancreático principal (que vem do pâncreas) para formar a ampola hepatopancreática, 
que desemboca na papila duodenal maior, situada na segunda porção do duodeno 
40 
 
que leva o sangue para fora do fígado. O ligamento redondo, um ligamento tipo cordão, 
remanescente da veia umbilical no feto, sobe para o fígado a partir do umbigo, dentro 
da margem inferior do ligamento falciforme e ocupa a fissura do ligamento redondo. A 
sua continuação superiormente é a fissura do ligamento venoso, uma reminiscência 
do ducto venoso do feto para uma revisão da circulação fetal. (DUARTE, Hamilton 
Emidio. Anatomia Humana / Hamilton E. Duarte. - 1. ed. 2. reimp. Florianópolis: 
Universidade Federal de Santa Catarina, 2014). 
 
Frank H. (Frank Henry), Atlas de Anatomia Humana / Frank H. Netter. - 6. ed. - Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2014. 
Figura 22. Representa divisão do fígado em lobos e o sistema excretor do fígado 
 
O pâncreas é uma glândula de secreção mista situado junto à parede posterior 
da cavidade do abdome. Ele apresenta uma porção endócrina responsável pela 
secreção de insulina e glucagon e uma outra porção exócrina que secreta suco 
pancreático. A insulina e o glucagon são lançados na corrente sanguínea, e o suco 
pancreático é lançado no duodeno. O pâncreas tem forma piramidal alongada. 
Apresenta uma cabeça abraçada pelo duodeno, um corpo que representa sua maior 
porção, um colo que liga a cabeça ao corpo e uma cauda que é sua extremidade 
afilada. Do pâncreas sai o ducto pancreático principal, que se une ao ducto colédoco 
para desembocar no duodeno. O ducto pancreático acessório, quando está presente, 
desemboca na papila duodenal menor do duodeno. (DUARTE, Hamilton Emidio. 
Anatomia Humana / Hamilton E. Duarte. - 1. ed. 2. reimp. Florianópolis: Universidade 
Federal de Santa Catarina, 2014). 
41 
 
 
SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. 23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2013. v. I-II. 
Figura 22. Representa o pâncreas 
 
 
 
 
 
AULA 6 – Roteiro 1 
Sistema Urinário – vias urinarias e rins 
 
Os rins são órgãos pares em forma de grão de feijão que possuem 
aproximadamente 12cm de comprimento, 6cm de largura e 3cm de espessura. Os rins 
se localizam entre os processos transversos das vértebras T12 e L3. Os ureteres dois 
tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que conduz a urina dos rins 
para a bexiga. A bexiga órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está 
situada na parte inferior do abdome com a função de acumular a urina que chega dos 
ureteres. Os rins se localizam entre os processos transversos das vértebras T12 e L3. 
O rim esquerdo tipicamente se posiciona ligeiramente mais superior do que o direito. 
Isso ocorre porque o fígado e o estômago alteram a simetria do abdome, e o fígado 
força o rim direito um pouco para baixo, enquanto o estômago permite espaço para o 
rim esquerdo se deslocar um pouco para cima. Uma face posterior (relacionada com 
os músculos da parede posterior do abdome), uma face anterior (relacionada com 
vísceras abdominais), uma margem lateral (convexa) e uma margem 
medial (côncava). Na margem medial do rim há uma abertura vertical, denominada 
de hilo renal. O hilo renal se prolonga internamente, formando o seio renal. (MOORE: 
Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2019). 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/abdomen-e-pelve
42 
 
 
SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. 23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2013. v. I-II. 
Figura 23. Representa o sistema urinário 
 
As glândulas suprarrenais ou adrenais localizam-se na cavidade abdominal, 
precisamente acima de cada rim. Elas são glândulas endócrinas, responsáveis pela 
produção de importantes hormônios, tais como a adrenalina e noradrenalina, que 
atuam em vários órgãos e participam do funcionamento do organismo. No hilo renal, 
a veia renal situa-se anteriormente à artéria renal, que é anterior à pelve renal. No rim, 
o seio renal é ocupado pela pelve renal, cálices maiores e menores, vasos e nervos e 
uma quantidade variável de gordura (gordura do seio renal). Cada rim tem faces 
anterior e posterior, margens medial e lateral e polos superior e inferior. (Moore, M. 
and Kearsley, G. (2012). Internamente, cada rim consiste em um córtex 
renal, periférico, e em uma medula renal, profunda. O córtex renal é uma faixa 
superficial contínua de tecido claro, que envolve completamente a medula renal e é o 
local onde ocorre o processo inicial de formação da urina, a filtração do sangue, 
denominada filtração glomerular. Extensões do córtex renal, conhecidas 
como colunas renais, se projetam internamente em direção à medula renal, dividindo-
a em agregados descontínuos de tecido em forma triangular, as pirâmides renais. As 
bases das pirâmides renais estão voltadas em direção ao córtex renal, enquanto o 
ápice de cada pirâmide renal se projeta internamente em direção ao seio renal. O 
ápice é denominado papila renal e está envolvido pelo cálice renal menor. Os cálices 
renais menores recebem a urina pronta por meio das papilas renais e representam a 
parte inicial do tubo que, por fim, formará o ureter. No seio renal, vários cálices renais 
menores se unem para formar um cálice renal maior, e dois ou três cálices renais 
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maiores se unem para formar a pelve renal, que é o término superior em forma de funil 
que dará origem aos ureteres e pode ser visualizada saindo pelo hilo renal. Moore, M. 
and Kearsley, G. (2012). 
Os ramos das artérias renais anteriores se subdividem ao nível dos cálices 
menores em artérias interlobares, que cursam ao redor das bordas das pirâmides 
medulares. Na base das pirâmides essas artérias são chamadas de artérias 
arqueadas. Finalmente, as artérias entram nos néfrons/nefrónios (unidades 
funcionais dos rins), como artérias Inter

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