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CONVENÇÃO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E O PROTOCOLO DE KYOTO

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Semana 10
Convenção de mudanças climáticas e o protocolo de kyoto
Pré-aula e aula
Convenção-Quadro
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC) é um tratado internacional resultante da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), informalmente conhecida como a Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992.
Objetivo: alcançar a estabilização das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera num nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático. 
Equilíbrio climático: “o clima da Terra se mantém adequado à vida quando existe um equilíbrio entre a energia solar incidente e a energia que é emitida pelo planeta para o espaço”.
Os efeitos negativos da mudança do clima significam as mudanças no meio ambiente físico ou biota resultantes da mudança do clima que tenham efeitos deletérios significativos sobre os ecossistemas naturais e administrados, sistemas socioeconômicos, saúde e bem-estar humanos.
A mudança do clima significa uma mudança que possa ser direta ou indiretamente atribuída à atividade humana que altere a composição da atmosfera mundial.
Protocolo de Kyoto
Tratado internacional em que os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCC) se comprometeram a reduzir as suas respectivas emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Ele foi negociado e adotado pelas Partes em Quioto, no Japão, em dezembro de 1997 e entrou em vigor em fevereiro de 2005, quando atingiu a meta de 50% de ratificações dentre os 84 signatários originais. O Protocolo tem por base as premissas comprovadas pela ciência de que o aquecimento global é fato real e que ele é causado pela ação humana. Suas metas deveriam vigorar até 2012, mas foram estendidas até 2020, quando foram substituídas pelo Acordo de Paris. 
Esse Acordo foi discutido entre 195 países durante a Conferência das Partes (COP) - 21, em Paris. O compromisso internacional foi aprovado em 12 de dezembro de 2015 e entrou em vigor oficialmente em novembro de 2016, considerado um tempo recorde para um acordo como esse. Seu grande objetivo é um só: reduzir o aquecimento global. Como a gente já viu, o Acordo substituiu, a partir de 2020, o anterior Protocolo de Kyoto. Para a sua entrada em vigor, 55 países que representam 55% das emissões de gases de efeito estufa precisaram ratificá-lo, o que aconteceu em 4 de novembro de 2016. Até junho de 2017, 195 países assinaram o acordo, ratificado por 147 destes, inclusive pelo Brasil, em 12 de setembro de 2016, e promulgado pelo Decreto n° 9.073, de 5 de junho de 2017. Importante lembrar que desde 2009 o Brasil possui uma Lei de Política Nacional sobre Mudança do Clima, a de n° 12.187, de 29/12/2009. 
À época da ratificação, a Agência Câmara de Notícias informou que a meta brasileira seria reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 37% até 2025 (em relação aos níveis de 2005), podendo chegar a 43% até 2030, e de baixar em 80% o desmatamento legal e em 100% o ilegal até 2030. Outra meta para 2030 é restaurar 12 milhões de hectares de florestas, uma área equivalente ao território da Inglaterra. 
Os desafios brasileiros são imensos para conseguir cumprir as metas acordadas. Serão precisos grandes investimentos em tecnologia, educação, infra-estrutura e nos setores proutivos como indústria, agricultura e produção de energia, para dar conta das propostas ousadas expressas na ratificação.
O Acordo de Paris 
Tem como principal objetivo reduzir as emissões de gases de efeito estufa para limitar o aumento médio de temperatura global a 2ºC, quando comparado a níveis pré-industriais. Mas há várias metas e orientações que também são elencadas no acordo, tais como: 
 Esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5ºC; 
 Recomendações quanto à adaptação dos países signatários às mudanças climáticas, em especial para os países menos desenvolvidos, de modo a reduzir a vulnerabilidade a eventos climáticos extremos; 
 Estimular o suporte financeiro e tecnológico por parte dos países desenvolvidos para ampliar as ações que levam ao cumprimento das metas para 2020 dos países menos desenvolvidos; 
 Promover o desenvolvimento tecnológico e transferência de tecnologia e capacitação para adaptação às mudanças climáticas; 
 Proporcionar a cooperação entre a sociedade civil, o setor privado, instituições financeiras, cidades, comunidades e povos indígenas para ampliar e fortalecer ações de mitigação do aquecimento global.
O Acordo de Paris funciona em um ciclo de 5 anos de ações climáticas que se espera cada vez mais ambiciosas realizadas pelos países, que precisam apresentar planos de ação climática conhecidos como contribuições determinadas nacionalmente (NDCs), ou seja, comunicam as ações que tomarão para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, a fim de alcançar as metas do Acordo. Os países também comunicam as ações que irão tomar para construir resiliência e se adaptar aos impactos do aumento das temperaturas. 
O Acordo de Paris preconiza ainda que os países desenvolvidos devem prestar assistência financeira aos países mais vulneráveis, ao mesmo tempo que também busca contribuições voluntárias de outros países. O financiamento do clima é necessário porque investimentos em grande escala são imprescindíveis para reduzir significativamente as emissões de gases. Há também a necessidade de realizar totalmente o desenvolvimento e a transferência de tecnologia para melhorar a resiliência às mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases. E, finalmente, existe uma grande preocupação para que haja capacitação relacionada ao clima para os países em desenvolvimento, que deve ser realizada pelos países desenvolvidos.
Linha do tempo
1992: Rio 92 – criação da Convenção da ONU sobre Mudanças do Clima, da qual 193 países são signatários;
1997: Protocolo de Kyoto: metas obrigatórias para os países desenvolvidos reduzirem 5% das emissões;
2002: Adesão voluntária do Brasil ao Protocolo de Kyoto;
2004: Implantação do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM);
2005: entrada em vigor do Protocolo de Kyoto;
2009: Anúncio da meta voluntária brasileira de reduzir entre 36,1% e 38,9% suas emissões projetadas até 2020;
2012: Menor taxa d desmatamento na Amazônia (4.571km2), redução de 83% em relação aos índices de 2004, ano de implantação do PPCDAM;
2015: Em dezembro acontece o 21º Convenção dos Partes em Paris (COP21);
2020: Ano em que deverá começar a valer o Acordo de Paris;
2025: Brasil pretende reduzir em 37º as emissões, com base nos dados de 2005;
2030: Brasil pretende reduzir em 43% as emissões, com base nos dados de 2005.
Mecanismos de flexibilização do Protocolo de Kyoto
Comércio de Emissões;
Implementação conjuntiva;
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).

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