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DESCRIÇÃO Aspectos e características da produção gráfica e suas ramificações. PROPÓSITO Apresentar as etapas do planejamento e da produção gráfica, os métodos de criação e processos, de forma a contextualizar as etapas necessárias, o que facilitará a inserção do profissional no mercado de trabalho. OBJETIVOS MÓDULO 1 Definir as etapas do planejamento gráfico e suas características MÓDULO 2 Identificar as etapas e os processos mais comuns em produção gráfica MÓDULO 3 Reconhecer o processo criativo empregado na construção de identidades visuais INTRODUÇÃO Conheceremos e analisaremos as principais características e necessidades da produção gráfica, a partir de sua definição e apresentação. Serão apresentados os conceitos mais importantes para garantir um bom fluxo de trabalho a partir do planejamento gráfico, assim como sua relação prática com os processos de criação, arte-finalização de arquivos, impressão e saída para a gráfica. Definiremos, também, o que compõe um sistema de identidade visual e seu manual de apresentação e uso, assim como os processos de criação de um logotipo. Por fim, compreenderemos as primeiras etapas e os conceitos básicos para um bom posicionamento e estratégia de marca: o branding. MÓDULO 1 Definir as etapas do planejamento gráfico e suas características DEFINIÇÃO E ANÁLISE DAS NECESSIDADES Apresentar uma informação de forma que ela seja compreensível para um leitor ou interlocutor leigo, ou que possua os mais diversos graus de conhecimento não depende somente de seu conteúdo. Textos, imagens e, no mundo moderno, vídeos e podcasts são imprescindíveis como forma de facilitar o acesso da informação, mas sua apresentação é muito mais que somente despejá-los em papel ou tela de computador. A informação precisa ser clara, concisa, e estar em um ambiente que facilite seu entendimento — que seja visualmente limpo, agradável ao olhar, intuitivo para leitura e navegação entre links, e que desperte o interesse pelo assunto pela forma como ele aparece, antes mesmo que sejam lidas as primeiras linhas. O planejamento gráfico é a área que estuda, define e implementa as melhores formas de apresentar um determinado conteúdo de forma visual. É uma ciência, formada por profissionais de diversas áreas, que pensa em cores, tipografia (fontes de texto) e no design das páginas que lemos, sejam elas físicas ou virtuais, para que possamos agregar mais a informação do que o conteúdo nos oferece. Podemos definir planejamento gráfico como: [...] A MANEIRA PELA QUAL UM CONTEÚDO EDITORIAL SE EXPRESSA POR MEIO DE DETERMINADA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA, QUE REVELA O TIPO DE INTERPRETAÇÃO VISUAL OPERADA SOBRE ESTE MESMO CONTEÚDO, TRAZENDO AINDA INFORMAÇÕES SOBRES OS ELEMENTOS QUE O COMPÕEM E O PROPÓSITO ORIGINAL DE SUA MANIFESTAÇÃO. (PIVETTI, 2006, p. 55) Para sermos práticos, vamos pensar em alguns exemplos: Nos jornais, à moda antiga. Dentro da redação, os jornalistas e escritores encaminhavam páginas e páginas de texto bruto, repleto de informação e notícias, aos editores, responsáveis por filtrar o que seria apresentado do público. O trabalho desses profissionais não teria metade do impacto e do reconhecimento se não chegasse aos leitores de forma fácil. Ou seja, era preciso organizar, nas páginas da publicação, as colunas de texto, intercaladas com imagens; pensar em seu espaçamento entrelinha, em uma fonte legível, separar os textos por assunto e diferenciá-los por cores. Hoje em dia, em meios digitais, essas etapas foram substituídas pelo layout de cores, links e arquitetura de informação dos sites e aplicativos que usamos, mas mantêm o mesmo objetivo: apresentar a informação de forma visual. Esse trabalho é feito pelos profissionais que atuam com design, direção de arte, ilustração, redação, e todos que estiverem envolvidos no processo criativo dos layouts. O planejamento gráfico é também chamado de “projeto gráfico”, nome pelo qual podemos encontrar mais algumas referências. Independentemente disso, é uma etapa que está ligada diretamente a processos de pré e pós-produção. PRÉ-PRODUÇÃO A pré-produção do planejamento gráfico é a responsável por guiar os designers e diretores de arte nas primeiras etapas do projeto, antecipando problemas que devem ser resolvidos por meio da formatação, antes mesmo que eles existam. PÓS-PRODUÇÃO A pós-produção é o que vem depois do planejamento pronto. MAS COMO ENTREGAR, DEFINITIVAMENTE, AS PÁGINAS E OS LAYOUTS PRODUZIDOS AO PÚBLICO-ALVO? Clique no botão para ver as informações. Objeto com interação. VERIFICAR javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) É aqui que se faz necessário o conhecimento do funcionamento e das etapas de produção de uma gráfica de impressão, local responsável por imprimir banners, panfletos, folhetos, cartões de visita, outdoors e tantos outros materiais que compõem e ilustram o planejamento gráfico. Note que, obviamente, as gráficas só são acionadas quando há necessidade de um projeto impresso. COMENTÁRIO No decorrer do nosso estudo, vamos conhecer mais a fundo as etapas que compõem um planejamento gráfico, desde sua concepção visual e artística até a impressão dos materiais. Veremos como administrar demandas e conheceremos as funções dos profissionais responsáveis envolvidos no processo. PROJETO/ PLANEJAMENTO Em uma definição mais detalhada, projeto gráfico, ou planejamento gráfico, é a definição e o uso de características visuais de peças gráficas, comumente utilizadas em ações de marketing, campanhas publicitárias e divulgação de produtos e/ou serviços, envolvendo também o detalhamento e a finalização de arquivos dessas mesmas peças para produção e impressão, especificando características como gramatura do papel, tipo de impressão, acabamento e distribuição. O planejamento gráfico passa por etapas comuns a todas as peças e campanhas em que seu uso é necessário. São elas: Clique no botão para ver as informações. Objeto com interação. BRIEFING O briefing de um planejamento gráfico pode ser definido como um guia que documenta os requisitos do projeto e referências a serem seguidas. Ele é feito diretamente com o cliente e com os responsáveis pelo projeto. Na prática, planejamento e produção gráfica ocorrem quando há a necessidade, por parte de uma empresa ou pessoa, de divulgar produtos, serviços e ações. Essa empresa ou pessoa será o cliente de uma agência, gráfica ou profissional autônomo, os responsáveis pelo planejamento em si. Geralmente, o briefing é feito após a negociação de valores e o fechamento de contrato. Essa etapa é primordial para direcionar todas as outras que se seguem e qualquer erro nela gera um efeito em cascata, que pode acarretar até mesmo a necessidade de recomeçar o projeto, do zero. Não é só o tempo de entrega que é afetado: pensando em termos comerciais, isso traz desperdício da verba do projeto e uma necessidade de reinvestimento, causando prejuízo. Por isso, é extremamente importante que o briefing esteja correto, validado pelo encomendador do planejamento gráfico e alinhado com os profissionais envolvidos. Um dos processos mais comuns na construção de um briefing é quando um responsável pela produção encontra alguém designado pela contratante e responde uma série de perguntas. Elas podem ser objetivas, como público-alvo e área de atuação, ou subjetivas, como quais são os objetivos do projeto e até preferências de cores e imagens que o cliente possui. Não há um modelo padrão de briefing e cada profissional realiza o seu de acordo com o que julga necessário para auxiliar seu trabalho. Porém, informações como as citadas são imprescindíveis. Elas são repassadas a diretores de arte e designers, que cuidarão da criação visual da peça, seguindo desde o início as orientações do cliente e as estratégias definidas. Em uma campanha de marketing com grande alcance, nessa etapa, os profissionais responsáveis costumam indicar para o cliente javascript:void(0) contratante o melhordirecionamento a partir das informações dadas. Ou seja, o direcionamento criativo tem início logo na primeira etapa. O briefing deve indicar até em que tipos de mídia as peças a serem produzidas serão veiculadas, como outdoors, por exemplo. Nesses casos, já podem ser definidos os itens específicos de cada peça, que influenciarão na etapa de arte-final, que detalharemos mais à frente. Para exemplificar a prática dessa etapa, daremos como exemplo uma faculdade que deseja divulgar a nova data de seu vestibular. A faculdade, por meio de seu diretor de marketing, contratou uma agência de publicidade para o planejamento e a produção gráfica da campanha. O briefing, então, foi feito alinhando-se informações como cursos ofertados, mensalidade da faculdade, vantagens para o aluno, se a faculdade já possui identidade visual a ser seguida e observação dos concorrentes. ANÁLISE A análise é também uma etapa de pré-produção, em que todas as eventuais dúvidas sobre o projeto devem ser sanadas e demais informações adjacentes alinhadas. De posse do briefing, os profissionais passam por uma etapa de análise e entendimento do projeto, alinhando possíveis dúvidas e reunindo fornecedores, distribuidores, e verificando outras necessidades. Seguindo em nosso exemplo anterior (faculdade), a agência verificou a necessidade de utilizar fotos de alunos reais e atuais da faculdade e para isso é necessário contratar um fotógrafo e agendar as datas para o ensaio. Enquanto isso, os designers da agência escolheram uma tipografia para o projeto, que deve ser comprada e instalada nos computadores. Com tudo pronto, a criação pode enfim começar. CRIAÇÃO É na etapa de criação que o planejamento gráfico sai do campo das ideias e começa a ganhar vida. É aqui que serão produzidos os layouts, os materiais serão diagramados e tudo será preparado para atingir os objetivos. Em nosso exemplo, o objetivo é angariar mais alunos. A agência, então, trabalha com isso em mente: realiza as fotos dos alunos, redige textos publicitários pensados para atingir o público- alvo e os designers produzem as peças, aliando e sintetizando todo o espírito da campanha. PRODUÇÃO Por fim, as artes criadas são aprovadas e passam para a produção. Elas são finalizadas por outro profissional, o arte-finalista, que confere se as cores utilizadas serão impressas em conformidade com as escolhidas para o projeto, se as fontes e imagens escolhidas estão incorporadas aos arquivos para que não haja discrepância, se o formato está correto, entre outros itens. As artes-finalizadas são, então, enviadas para uma gráfica responsável por impressão e acabamento dos materiais impressos, que depois são entregues ao cliente ou em seus locais de veiculação, no caso de outdoors e mídias do tipo. Em um projeto digital, geralmente, não há essa etapa, já que não há a necessidade de impressão. Portanto, as artes são finalizadas pelo próprio designer em um formato específico para a distribuição em sites, redes sociais e e-mail marketing, por exemplo, em um processo rápido. Outro profissional pode, ainda, cuidar somente dessa distribuição digital (aqui já adentramos a área de social media e marketing digital propriamente ditos, que não são nosso foco). BRIEFING É uma palavra do inglês que, quando traduzida, significa “instruções”, “direcionamento”, “resumo”, segundo o dicionário inglês-português Linguee (2020, s. p.). DICA Vale notar, desde já, que grande do processo criativo e de produção que veremos aqui se repete na criação de logotipos e em outros setores da criação, em virtude de compartilharem a mesma origem e, em muitos casos, os mesmos objetivos. ETAPAS DO PLANEJAMENTO GRÁFICO COMPLEMENTAREMOS, NO VÍDEO, AS DIFERENTES ETAPAS DO PLANEJAMENTO GRÁFICO, SUA DEFINIÇÃO E PROCESSO CRIATIVO, E COMO SE INTERLIGAM: PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO E ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO GRÁFICA Dentro de um ambiente comercial, o planejamento orçamentário e a administração da produção gráfica é o que garante que as especificações do projeto serão supridas na impressão dos materiais, dentro da verba disponibilizada por quem arca com os custos da produção. Quando tratamos de produção gráfica, é bastante comum lidarmos com quantidades variadas — alguns materiais, como outdoors e banners, têm saída de poucas unidades; outros, como panfletos e cartões de visita, podem ser impressos nas casas dos milhares. Levando-se em conta que cada material a ser impresso tem suas especificidades, gramatura de papel e tipo de acabamento, cada gráfica cobrará o valor corresponde à sua qualidade — e aqui, máquinas impressoras mais modernas fazem toda diferença, tanto na qualidade e resolução do produto final quanto na rapidez da entrega. UMA REGRA IMPORTANTE PARA A ORÇAMENTAÇÃO É QUE, QUANTO MAIOR A QUANTIDADE IMPRESSA, MENOR O PREÇO INDIVIDUAL DOS ITENS. Essa lógica é utilizada na negociação de grandes quantidades e é indispensável para um bom gerenciamento dos recursos. ADMINISTRANDO A PRODUÇÃO GRÁFICA Vamos iniciar com uma pergunta: COMO LIDAR COM UMA DEMANDA DE IMPRESSÃO CRESCENTE, ORIUNDA DE DIVERSOS CLIENTES, COM PRAZOS E PRIORIDADES VARIADOS, E COM TANTOS ARQUIVOS DE ARTE-FINAL DIFERENTES AO MESMO TEMPO? Clique no botão para ver as informações. Objeto com interação. VERIFICAR Esse é o principal desafio na administração de uma gráfica e sua produção. O gargalo de produção precisa conter prazos inconstantes que não cessam, pois, quando a empresa é saudável, as demandas não param de chegar: enquanto algumas são entregues, outras tomam seu lugar na fila de impressão. Gráficas são, geralmente, agentes terceirizados dentro do planejamento e da produção desse tipo de material. Assim como qualquer outro, para que a relação seja saudável e as expectativas dos dois lados sejam atendidas, é preciso haver alto grau de controle e gestão interna, em agências ou clientes do planejamento, para não sobrecarregar as empresas parceiras. javascript:void(0) Voltemos ao exemplo da campanha da faculdade: é sabido de antemão, via planejamento gráfico, que será necessário imprimir outdoors para exibição em diversos pontos, banners que ficarão expostos em locais estratégicos, incluindo a própria faculdade, e 10.000 flyers que serão distribuídos nas ruas e em escolas de ensino médio. A faculdade precisa, então, se organizar em torno de dois pontos principais, que são interligados: GERENCIAL O gerencial precisa especificar e organizar as artes-finais de cada material e enviá-las para produção em tempo hábil para impressão e entrega, coordenada com as demais ações de marketing. Se uma semana é necessária somente para impressão do material, as ações dependentes deles (com a distribuição nas ruas) precisa ser agendada com esse prazo de folga. FINANCEIRO O financeiro cuida para que a produção e o envio dos materiais estejam dentro das especificações definidas no orçamento, para que as condições de pagamento sejam as melhores para a faculdade e para que o pagamento seja feito em dia, assim, o material é entregue em dia também. DICA Vale lembrar que, em alguns casos, essas funções são realizadas pela própria agência ou por profissionais contratados. ARTE-FINAL A arte-final é, comumente, a última fase do processo criativo. Ela nada mais é do que a revisão e finalização, com um olhar totalmente técnico, das artes e layouts preparados pela criação, adequando-os para o processo de impressão. O processo de arte-finalização também é chamado de fechamento de arquivos, o que igualmente descreve bem o trabalho que ocorre nessa fase. O arte-finalista precisa estar atento para garantir que a arte criada pelo departamento artístico seja impressa com conformidade e fidelidade. Do mesmo modo, para que o arquivo enviado para impressão esteja adequado a itens como: FORMATO TIPO DE IMPRESSÃO PERFIL DE COR RESOLUÇÃO MARGEM DE SEGURANÇA SANGRIA Isto é, o que mais seja necessário para que a impressão corrobore todo o trabalho feito até então.O arte-finalista é o profissional que faz a arte-final. Geralmente, ele precisa: Dominar softwares como Adobe Photoshop, Adobe Illustrator e CorelDraw. Conhecer os processos de impressão e como preparar os arquivos adequadamente sem perder qualidade. DICA Esse é um campo em que a margem de erro precisa ser nula, pois um erro no arquivo enviado para a impressão, seja ele do arte-finalista ou do diretor de arte, pode causar um prejuízo enorme, em razão da necessidade de reimprimirem-se todos os arquivos. VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 2 Identificar as etapas e os processos mais comuns em produção gráfica ASPECTOS DA HISTÓRIA: EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS A produção gráfica é um processo composto por etapas que englobam a escolha de materiais de impressão, contratação de serviços e observação dos prazos de entrega para que o resultado do planejamento gráfico seja atingido. É a etapa que garante que tudo o que foi definido com relação a layout e estratégias será impresso e chegará ao cliente final no prazo certo e dentro do orçamento. Trata-se de um processo em que as artes pensadas pelos profissionais criativos passam pelo arte-finalista e são impressas por uma gráfica. Esses profissionais acabam por trabalhar em conjunto, seja direta ou indiretamente, pois a qualidade da produção gráfica é resultante de um trabalho em cascata que passa por todos eles. Tal processo é virtualmente o mesmo, independentemente do material a ser produzido, seja ele um simples cartão de visitas ou uma campanha com veiculação em diversas mídias. A produção gráfica precisa ser rápida, eficaz e errar pouco ou quase nada. Essas são as exigências do mercado para manter tanto a qualidade do trabalho final quanto a satisfação do cliente e dos profissionais envolvidos. O desenvolvimento de um projeto gráfico exige atenção especial à qualidade e ao tipo de impressão. Cada gráfica possui seu próprio maquinário, porém, equipamentos mais modernos atendem a mais necessidades e exigências dos clientes. Há diferentes técnicas de impressão que podem ser aplicadas, que veremos a seguir traçando uma breve linha do tempo de sua evolução: Serigrafia: muito utilizada em tecidos e camisetas, mas não limitada a eles, a serigrafia é uma técnica que consiste na transferência de imagens para os materiais escolhidos, por meio de uma tela preparada em nylon, posicionada em uma estrutura de madeira, onde se “vaza” a tinta através de um pequeno rodo ou puxador. Exposta à luz, a imagem desejada é revelada. É mais conhecida como silk-screen. A serigrafia utiliza fotolitos no processo de impressão, podendo haver problemas na simulação de meios-tons. Offset: tornou-se muito popular em gráficas a partir do século XX, por ser facilitador da impressão de grandes quantidades em todos os tipos de papéis e até mesmo em alguns plásticos. O papel passa pela máquina sem necessidade de interação humana, que fica por conta de ajustar controles de água e tinta. A impressão offset pode ser considerada indireta, pois a imagem é colocada em uma chapa que tem pouca fricção com o material. Possui seis elementos: chapa de alumínio, blanqueta, suporte, cilindro de pressão, água e tinta. Impressão digital: vem ganhando cada vez mais espaço no mercado gráfico. Esse tipo de impressão é feito de formas diferentes a depender do tipo de impressão: para pequenas tiragens, é feito em copiadoras coloridas; para grandes formatos, em plotters e impressoras de provas digitais. Embora seja mais custosa, é uma opção para quem preza por qualidade e um aspecto mais moderno do produto final. COMO PUDEMOS PERCEBER, A ESCOLHA DO PROCESSO DE IMPRESSÃO INFLUENCIA DIRETAMENTE O RESULTADO FINAL. FASES DOS PROCESSOS DE IMPRESSÃO: PRÉ-IMPRESSÃO, IMPRESSÃO E PÓS- IMPRESSÃO Antes do arquivo da arte-final chegar às gráficas, existem mais algumas etapas que devem ser cumpridas para garantir a melhor qualidade possível da impressão e sua fidelidade ao que foi pensado e estruturado desde o briefing do planejamento. Vamos conhecer essas etapas: Clique no botão para ver as informações. Objeto com interação. PRÉ-IMPRESSÃO Inicialmente, é realizada a pré-impressão, que pode ocorrer em um birô de pré-impressão ou na própria gráfica contratada para imprimir. São produzidos, então, os fotolitos, que são peças de material parecido com plástico, como se fossem filmes transparentes, feitos de acetato ou equivalentes — dependendo do processo de impressão. Nessa etapa, também ocorrem a digitalização e a edição de imagens em alta resolução, que varia de acordo com a complexidade do projeto. IMPRESSÃO Na gráfica onde se faz a impressão é quando começa a produção da matriz (forma), no setor, muitas vezes, denominado fotomecânica. Além de imprimir, as máquinas impressoras que javascript:void(0) contam com mais tecnologia fazem, automaticamente, as dobras previstas no projeto e os eventuais cortes. Depois disso, o material segue para o acabamento. ACABAMENTO Essa fase pode acontecer na própria gráfica responsável pela impressão ou em um fornecedor de sua confiança. Isso depende do porte da gráfica em questão e da complexidade do acabamento, que inclui cortes, refile, aplicação de vernizes etc. BIRÔ Local onde é feito o processo de separação de cores e saídas de filmes (fotolitos), papéis fotográficos ou chapas de impressão, por meio de fotocompositoras, imagesetters ou equipamentos de cópia direta de chapas. Fonte: Plural Indústria Gráfica. QUEM É O RESPONSÁVEL POR TODAS ESSAS ETAPAS? Clique no botão para ver as informações. Objeto com interação. VERIFICAR O produtor gráfico é o profissional competente para cuidar da pré-impressão, impressão e pós- produção. Sua principal função é identificar e definir quais as melhores condições para cada um dos projetos que chegam à gráfica. Ele ainda é o responsável por buscar novos fornecedores, tecnologias e possibilidades de impressão. Afinal, para sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo, as gráficas precisam entregar aos clientes maior valor agregado, variedade de produtos e combinações, impressos cada vez mais customizados e menores prazos de produção. CICLO DE PRODUÇÃO GRÁFICA O QUE É O CICLO DE PRODUÇÃO GRÁFICA? QUAL A SUA IMPORTÂNCIA? COMO ELE ACONTECE? javascript:void(0) RESPONDEREMOS A ESSAS PERGUNTAS NO VÍDEO A SEGUIR: FINALIZAÇÃO DE ARQUIVOS Um ponto importante do processo de produção gráfica, que deve ser observado tanto pelos responsáveis pela criação em si quanto pelos arte-finalistas, é se os softwares utilizados possuem saída gráfica — se os arquivos gerados por eles são adequados para o processo de impressão em alta qualidade. Na prática, e resumidamente, profissionais criativos trabalham com o software Adobe Photoshop na criação de seus layouts. O Photoshop é uma ferramenta incrível e completa, e cumpre muito bem sua função de tratamento de imagens e montagem das artes. Porém, na hora de salvar para a gráfica, ou seja, de fechar o arquivo, o Photoshop pode deixar a desejar. Isso acontece exatamente porque o Photoshop não possui saída gráfica: ele não é capaz de criar arquivos vetorizados ou de deixar o canal preto do modo de cor CMYK puro, entre outros — configurações ideais para uma boa qualidade de impressão. Isso faz com o que fechamento de arquivos precise ser feito em outros programas, mais adequados para os padrões utilizados pelas impressoras das gráficas. Isso não significa que ele é incapaz de salvar um arquivo para javascript:void(0) impressão, porém, a perda de qualidade e fidelidade é o principal motivo para que não seja usado nessa fase. EM QUAIS PROGRAMAS, ENTÃO, OS ARQUIVOS DEVEM SER FINALIZADOS? As opções mais comuns são: CMYK É um sistema de cores cuja sigla é formada pelas cores cyan (ciano), magenta, yellow (amarelo) e black (preto). O CMYK, também chamado de cor-pigmento, é muito utilizado na indústria gráfica. ADOBE INDESIGN O InDesign é o substituto do antigo PageMaker, também da fabricante Adobe, e é muitoutilizado para diagramação e fechamento de catálogos, revistas, jornais, manuais, apostilas e apresentações, principalmente se possuírem mais de oito páginas — que constituem o que as gráficas chamam de “caderno”, que serve de unidade básica para o cálculo de páginas totais desses materiais, e consequentemente, impactam o orçamento. Editoras de livros e revistas são orientados a trabalhar com um número de páginas que fechem exatamente nos cadernos, ou seja, sempre múltiplos de oito. ADOBE ILLUSTRATOR E CORELDRAW Illustrator e CorelDraw são programas vetoriais, que por natureza têm saída gráfica. Vetores são tipos de arquivos que mantêm sua proporção e qualidade independentemente de seu tamanho, podendo ser redimensionados para largas dimensões sem que isso acarrete perda de resolução. São recomendados, por exemplo, para logotipo, pois é o elemento que precisa estar presente em diversos tipos de materiais dos mais diversos tamanhos, e possuem mais opções de manipulação de seu desenho, os chamados pontos vetoriais. Esses softwares são mais utilizados na finalização de materiais como cartões de visita, flyers, folder, cartes, banners e manuais de identidade visual e permite uma navegação fácil entre os modos de cor. Também possuem renderização de alta qualidade dos textos inseridos e trazem funções como a criação de marcas de corte e sangria, indispensáveis para que o conteúdo do material não seja impresso deslocado ou simplesmente com um pedaço faltando. As recomendações mais comuns para um arquivo finalizado para impressão são: Que esteja salvo em PDF (geralmente na configuração X1-A, opção fornecida automaticamente pelos softwares). No modo de cor CMYK — que compreende quatro chapas de impressão. Com pelo menos 300dpi, resolução ideal para uma boa visualização. DICA Materiais que são vistos a longa distância, como outdoors e empenas, podem ser impressos com resolução menor, a depender da gráfica. Por isso, é sempre importante checar com a gráfica responsável pela impressão se o arquivo enviado corresponde ao que é exigido. TIPOS DE SAÍDA Vamos explicar agora pontos de atenção para os processos de saída do projeto: PROVAS DE IMPRESSÃO Provas de impressão são utilizadas, geralmente, quando tratamos de uma grande quantidade a ser impressa dos materiais, junto de uma grande quantidade de texto ou imagens. Consiste, basicamente, na impressão de pequenas unidades para conferência e aprovação final do cliente. A prova de impressão pode ser feita internamente, por meio de impressão dos arquivos nas impressoras de jatos de tinta dentro da própria empresa, pelo arte-finalista ou designer responsável, ou ainda de forma profissional, pelas gráficas. Nesse caso, são impressas poucas cópias, às vezes somente uma, que é enviada, ou enviadas, para o responsável. Ele deve revisar e aprovar o material página por página. Caso seja constatado algum erro, o arquivo deverá ser corrigido, arte-finalizado novamente e reenviado. A prova geralmente é impressa em material inferior à versão final e sem acabamentos, como hot stamp, pois seu objetivo é puramente a revisão de informações e formato. Em casos em que o acabamento é parte definidora do material, e um erro na aplicação faz com que ele seja completamente prejudicado, as gráficas podem, sim, fazer uma prova completa do material. Como muitas cobram por esse serviço, passou a ser oferecida também uma prova digital, que é um arquivo, geralmente PDF ou JPG, já com marcas de corte e sangria inseridos pela gráfica. Como os arquivos já são finalizados dessa forma, a prova não difere muito do que é enviado para impressão, mas tem o propósito de servir de última conferência e adequação para os padrões da gráfica em questão, além de ser mais uma oportunidade para revisar todo o material e corrigir eventuais erros. As provas de impressão também podem ter objetivos específicos, a depender do projeto, e isso faz com que suas características mudem do que foi apresentado anteriormente. Os principais tipos, nesse caso, são: Clique no botão para ver as informações. Objeto com interação. PROVA DE COR Usada para verificação das cores da impressão final, simulando e configurando as cores geradas pelo equipamento em que a impressão final será feita. PROVA DE IMPOSIÇÃO Verifica o posicionamento das páginas do documento na folha de impressão, muito útil quando várias páginas são impressas em uma única folha. Não costuma contar com fidelidade de cores muito grande. PROVA DE LAYOUT Feita para revisão e correção de diagramação, erros tipográficos e de redação, e legibilidade. BONECO Também chamado de mockup ou plotter, é a prova de impressão mais próxima do produto final. Nele, são representados tanto o posicionamento correto das páginas quanto acabamentos como cortes, laminações, encadernações e colagens. Todo o conjunto é avaliado como se o produto já estivesse impresso e finalizado. PAPEL Talvez um assunto desconhecido para os leigos, a verdade é que existe uma grande diversidade de papéis, que podem variar desde a gramatura até o acabamento, passando por peso, formato, cor e textura. O tipo de papel a ser utilizado na impressão é escolhido levando- se em conta seu preço, público-alvo (se o material precisa dar a impressão de algo luxuoso, um papel mais grosso e envernizado é o ideal, por exemplo) e ainda quantidade a ser impressa. Os principais tipos de papel utilizados são: Offset: ideal para impressões em larga escala, possui baixo custo e acabamento poroso. É muito comum sua utilização em papéis timbrados e bloco de notas, por ser ótimo ao receber a escrita. O modelo mais comum e comercial é o famoso papel sulfite de escritórios, vendido em papelarias. Reciclato: é um papel offset reciclado, que no processo ganha cor parda e mais resistência. Traz um conceito certeiro de sustentabilidade para o material impresso. Couché: tipo de papel que tem mais variações de gramatura, indo de 115g/m² até 300 g/m². Possui um revestimento que deixa o papel mais liso e uniforme para receber a tinta, o que resulta em melhor absorção e representação das cores. Pode ser brilhoso (que reflete mais a luz) ou fosco (que traz um ar de sofisticação) e é indicado para catálogos, flyers e cartões de visita. TINTAS Precisamos saber que a tinta é feita de três ingredientes principais: O pigmento, que é o material de coloração na tinta. Veículo, que é o líquido que contém as partículas de pigmento. Modificadores, que controlam a secagem da tinta, bem como outros fatores, como cheiro, resistência a desgaste e desbotamento. FACAS As facas de corte são o que garantem que o formato especificado na arte-final seja impresso em conformidade. Elas delimitam o tamanho total do papel a ser utilizado na impressora e dos produtos finais. Nos arquivos finais, a faca de corte geralmente é acompanhada de sangria, ou margem de segurança, que nada mais é do que uma “sobra” da arte para as laterais da faca, para que, em casa de desalinhamento da faca, a impressão não seja prejudicada. Papel com marcas de corte. Corte de papel com máquina de prensa profissional. Mesmo com a faca e sangria especificadas, desalinhamentos milimétricos são comuns, uma vez que o papel pode se comportar de formas diferentes a depender da máquina e do processo utilizados. Por isso, é importante concentrar as informações dentro da margem de segurança do arquivo. Tomemos como exemplo um cartão de visita, cujo tamanho final, impresso e cortado, deverá ser de 9cm x 5cm. Se a sangria for de 0,5cm, o tamanho total do arquivo arte-finalizado deverá ser de 10cm x 6cm, enquanto a área útil, respeitando-se a margem de segurança interna, será de 8cm x 4cm. Além das facas de corte comuns para materiais tradicionais com quatro lados existem, também, as facas especiais. Sua principal função é dar formas diferenciadas aos impressos, impossíveis de conseguir utilizando-se apenas os cortes retos das guilhotinas. São bastante utilizadas na confecçãode cartões de visita, timbrados, pastas, adesivos, entre outros materiais gráficos. Elas são feitas de lâminas de metal, sendo fixadas, normalmente, sobre uma base de madeira. DICA O processo de corte costuma ser feito de forma simultânea ao de vinco, que é a dobra dos materiais em locais especificados, utilizado, por exemplo, em folders e magazines. PROCESSOS DE IMPRESSÃO PROCESSOS DE IMPRESSÃO GRÁFICA Vamos agora verificar alguns dos processos de impressão gráfica mais comuns e utilizados. Clique no botão para ver as informações. Objeto com interação. COMPUTER TO FILM A manipulação de arquivos e imposição das páginas fornecem informações digitais que permitem que o filme ou fotolito se adapte a qualquer chapa. Esse processo pode ser feito de forma digital ou manual, ou como um híbrido dos dois. COMPUTER TO PRESS Não tem a necessidade de usar uma chapa para impressão, pois a emissão das páginas diagramadas ocorre diretamente para a rotativa de gráfica. É um dos processos mais modernos que existem, bastante utilizado na impressão de displays e banners. COMPUTER TO PLATE Converte as informações digitais dos arquivos com textos e imagens em chapas de impressão. Dispensa fotolitos e interações manuais, o que agiliza o processo. PORÉM, TEMOS TAMBÉM A IMPRESSÃO DIGITAL. Vamos saber mais sobre ela. PROCESSOS DE IMPRESSÃO DIGITAL A impressão digital é tendência no mercado gráfico. Seu principal diferencial é a ausência de uma forma de impressão que utilize chapa, clichê ou cilindro. Nesse processo, o formato de impressão do arquivo é virtual. A impressão digital tem preço mais baixo e traz muito mais agilidade na entrega dos produtos. Com um processo de produção mais enxuto, de mecânica mais simples do que o método offset, com menor necessidade de ajustes e acertos no maquinário a cada demanda, a impressão digital é vantajosa principalmente para tiragens menores. A princípio, de modo genérico e simplificado, pode-se chamar de digital a impressão feita a partir de um computador conectado à impressora, em um processo basicamente eletrônico de transferência de imagem do arquivo digital diretamente para o substrato, sem a necessidade de matrizes físicas de impressão. Essa última característica, o não uso de matrizes físicas, entretanto, não deve ser tomado como regra quando falamos no método digital, pois em alguns processos e equipamentos ainda são utilizadas matrizes de impressão, chamadas PIP (Photo Imaging Plate), parecidas com as chapas usadas em offset, porém, gravadas com cargas elétricas. Isso permite que a cada impressão, a imagem anterior seja apagada e uma nova imagem seja gravada eletronicamente. VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 3 Reconhecer o processo criativo empregado na construção de identidades visuais PLANEJAMENTO DE SISTEMA DE IDENTIDADE VISUAL GRÁFICA/MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL Segundo Ribeiro (1987), identidade visual é um conjunto sistematizado de elementos gráficos que identificam visualmente uma empresa, uma instituição, um produto ou um evento, personalizando-os, tais como um logotipo, um símbolo gráfico, uma tipografia, um conjunto de cores. Esse coletivo de elementos visuais bem definidos colabora para apresentar ao público-alvo da identidade uma mensagem clara e coesa, de fácil identificação e reconhecimento a longo prazo. Presente e indispensável em um planejamento gráfico, a identidade visual concentra logotipo, seus significados e variações, sendo criada geralmente a partir, mas nunca limitando- se por ele. Ao falar especificamente de identidade visual como identificação de uma marca, podemos dizer que o objeto central e ponto de partida será o logotipo: é ele que definirá toda a base para a comunicação visual a ser feita, pois nele se concentram todos os elementos comuns à identidade. Se utilizado isolado, pode não fazer sentido nem ter o impacto esperado, mas em conjunto com a identidade visual completa, o resultado é exponencial. COM A MODERNIDADE DA TECNOLOGIA, TORNOU-SE MUITO FÁCIL CRIAR UM LOGOTIPO, ITEM MAIS DO QUE OBRIGATÓRIO PARA QUALQUER EMPRESA. Já existem vários sites e aplicativos que permitem que pessoas sem conhecimento na área, seja em teoria ou utilização dos softwares especializados, criem seus próprios logotipos. O único senão é que esses logos serão genéricos e utilizados por várias empresas ao redor do mundo, perdendo uma de suas características principais, que tem como elemento-chave da identidade visual a originalidade. Exemplos de logos personalizáveis. Essa originalidade é o que faz com que uma identidade visual cumpra seu papel e permaneça no subconsciente das pessoas, facilitando que um serviço ou produto seja reconhecido visualmente a longo prazo. É importante, então, que a criação de um sistema de identidade visual seja feita por um profissional especializado da área, que chamamos de designer. Ele vai estudar os concorrentes da empresa, o posicionamento da marca como um todo, os clichês visuais do nicho da marca, entre outros itens, para só então começar o desenvolvimento, que dará origem a algo totalmente novo e exclusivo, para que a marca e a identidade criadas destaquem-se no mercado. Imagine todos os pequenos itens da sua empresa padronizados, mesmo aqueles a que muitas vezes não damos tanta atenção. São cartões de visita, envelopes, flyers, pastas, posts para redes sociais, um carro plotado, a fachada do escritório, só para citar alguns. O impacto é muito maior, e a sua marca se adere muito mais facilmente à memória de clientes em potencial e daqueles que já compram com você. Veremos a seguir duas aplicações diferentes de identidade visual: Uma marca mais reconhecida é uma empresa mais presente, que vende mais. Vai além da parte estética, é trazer toda uma linguagem de comunicação para que o público se identifique com ela e veja seu negócio não apenas como um vendedor, mas como um parceiro de confiança. COMENTÁRIO Vamos pensar em uma garrafa de plástico com um rótulo vermelho vivo e um líquido preto dentro. Você já sabe que é a Coca-Cola. Junto ao seu produto principal, temos, por exemplo, seu site, suas propagandas na televisão, seus cartazes em bares. Todas as peças contêm esse vermelho e a mesma fonte nos textos. É algo que fica no subconsciente do público, mas que é de fácil acesso e reconhecimento. Você não precisa de logo nenhum para reconhecer essa cor e essa forma de onda. Esse é o poder da identidade visual. Um sistema de identidade visual é construído como parte importante da estratégia de branding de uma marca, sendo realmente indispensável. Muitas empresas adotam a identidade visual como forma de se destacar em meio à concorrência, e também como forma de se proteger em um mercado cada vez mais competitivo. Ao adotar um sistema forte, a empresa procura as seguintes vantagens: Clique no botão para ver as informações. Objeto com interação. RECONHECIMENTO DE MARCA O cérebro humano é ótimo em reconhecer padrões. Isso faz com que saibamos associar com facilidade cores e imagens a sensações — como o vermelho da Coca-Cola. Uma identidade visual forte vai padronizar o modo como o público enxerga a marca e com que tipo de sensações ela é associada. Em longo prazo, essa estratégia pode fazer com que determinada empresa se torne sinônimo do produto. Em curto e médio prazos, faz com que a marca seja sempre vista pelos consumidores, e consequentemente, mais lembrada e consumida. DIFERENCIAÇÃO Pense em um supermercado. São dezenas de produtos competindo por um espaço, tendo de chamar a atenção do consumidor que passa os olhos pelas prateleiras em um segundo, ou menos. Como se destacar? A identidade visual abrange também a criação de rótulos, embalagens e aplicações de logotipo e paleta de cores de uma marca de forma a torná-la facilmente reconhecível. Em alguns casos, nem mesmo o logotipo precisa aparecer para que essa identificação seja feita. A identidade cumpre, então, seu papel de vender o produto. É importantesalientar que a combinação dos elementos da identidade (cores e tipografia, por exemplo) causam sensações diferentes no público-alvo, dependendo de sua apresentação. É nesse ponto que a diferenciação acontece, mirando o público-alvo específico daquela marca e fazendo com que se interesse por um determinado produto em detrimento dos demais. ALCANCE DE PÚBLICO-ALVO Comunicação é a chave para que uma identidade visual seja eficaz. Chamamos de apresentação da marca a forma como os textos são escritos para complementar o que foi pensado por designers e outros profissionais que desenvolveram aquela identidade. Assim, os dois trabalham em conjunto para levar as ideias que a empresa deseja passar aos seus clientes e fornecedores. Com alcance maior do público-alvo, logicamente as vendas tendem a aumentar e a empresa ganha credibilidade. Mas, atenção: para esse processo seguir com naturalidade, o produto também precisa ser de qualidade. ATUALIZAÇÃO DE IMAGEM É muito comum vermos empresas de 20, 30 anos de idade atualizando logotipos e identidades visuais. A imagem tem um papel muito importante na reputação da empresa e na percepção da qualidade de seus produtos e serviços. Por isso, uma identidade visual é necessária. Muitas vezes, são preservados elementos já presentes na comunicação e marketing da empresa, como slogans e cores utilizadas. Em outros casos, uma mudança completa é feita, podendo ter como objetivos mudar de ramo, alcançar uma nova faixa de público, ou ainda “apagar” da memória do público incidentes infelizes cometidos pela empresa. RAPIDEZ EM PROCESSOS Com o padrão da identidade criado, é muito mais fácil e intuitivo replicá-lo em outros materiais como flyers, banners, cartões de visitas, postagens em redes sociais e o que mais for necessário. A comunicação torna-se uniforme, independentemente de quem a produzirá, e chega ao público como uma mensagem segura e linear. DICA Perceba que os pontos estão interligados, tornando fácil a compreensão de que uma identidade visual pode ajudar a fortificar até mesmo as vendas da empresa. MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL O manual de identidade é a síntese, em forma de documento, de tudo que foi desenvolvido para o sistema de identidade visual em questão. É, ao mesmo tempo, um guia sobre como utilizar os padrões definidos e também do que não deve ocorrer quando da criação de um material que utilize a identidade. É comumente escrito no final do processo, após a entrega da identidade, como forma de documentá-lo. O manual de identidade visual deve prever a aplicação do sistema de identidade visual por terceiros, sem consultoria posterior ao designer (programador visual) que o concebeu. ESTUDO E CRIAÇÃO DE LOGOTIPO/BRANDING BRANDING O QUE É O BRANDING, E QUAL A SUA IMPORTÂNCIA DENTRO DE UMA ESTRATÉGIA DE MARKETING E COMO IDENTIDADE VISUAL? Branding, sinônimo de brand management (gerenciamento de marca), pode ser definido como alinhamento entre marcas, negócios e comunicação. É o conjunto de estratégias utilizadas para gerar valores tangíveis e intangíveis sobre determinada marca, englobando também estratégias de marketing, comunicação e ações diversas. De acordo com Kotler (2012, p.269), branding significa “dotar produtos e serviços com o poder de uma marca”. Uma marca não se limita somente a logotipo e identidade visual. Ao contrário, a marca está inserida em um universo muito maior e pode ser definida como a percepção que determinado público possui sobre um produto ou serviço. Marca é, realmente, como as pessoas veem e entendem o modo como uma empresa se posiciona. EXEMPLO Por isso, é muito comum vermos marcas vendendo experiências em vez de diretamente seus produtos. Montadoras de carros, perfumarias e até produtoras de cervejas vendem, na realidade, o status, a imagem positiva, a admiração e o senso de poder que são obtidos por meio de seus produtos. Em maior ou menor escala, isso pode ser observado em vários mercados diferentes. O valor de uma marca define sua posição no mercado e esse valor é estabelecido com base no conjunto de experiências, significados e sentimentos que ela é capaz de despertar no público. Esses são os valores intangíveis, que, por natureza, são subjetivos, influenciando direta e imensamente os valores tangíveis: quantidade de vendas e aumento de demanda e faturamento, por exemplo. Construir e aumentar o valor de uma marca é o papel do branding, que é atingido a partir de um processo organizado, estruturado, abrangente e alinhado com os objetivos da empresa dona da marca. O branding cria fãs da empresa, não somente clientes. Na verdade, cria seguidores que defenderão a marca e terão um relacionamento de confiança e segurança com ela, pois acreditam que esses produtos são superiores aos da concorrência, independentemente de especificações técnicas. Fãs atraem clientes. EXEMPLO A Apple, fabricante de aparelhos como o iPhone e o iMac, é um exemplo de marca que possui até mesmo mais fãs do que clientes. Principalmente no meio tecnológico, é impossível não reconhecer a importância e o impacto de cada lançamento da companhia, que é desejado por todos os tipos de público, sendo sinônimo de riqueza e luxo. A marca virou uma verdadeira grife e, com isso, pode cobrar mais pelo que vende. ESSE É O PODER DO BRANDING: AGREGAR VALOR MONETÁRIO A UM CONCEITO BASEADO EM UM PRODUTO OU SERVIÇO, A PARTIR DE BOAS ESTRATÉGIAS DE MARKETING E POSICIONAMENTO. Isso faz com que o processo de branding seja muito mais holístico do que os demais vistos até aqui, pois por meio dele dele podemos obter definições utilizando as seguintes questões: Desde o início do processo, o foco não é falar de valores e ações, mas sim da real mudança que a marca pode proporcionar na vida das pessoas: seu propósito. A personalidade de marca influencia todos os demais processos, desde a criação de seu logotipo e identidade visual, por exemplo, até o tom de voz e linguagem utilizadas nas redes sociais. Todos os movimentos que uma marca faz, desde a criação de um logotipo, escolha da fonte, discurso, tom de voz, valores da empresa, jingles, pessoas que irão representá-la, tudo isso ajuda a construir a personalidade de uma marca na mente do consumidor por meio de percepções e sensações. Essas práticas auxiliam a criação de valor além do produto. É mais do que o produto, é quem a marca é. É a criação de significado por meio de símbolos. RESUMINDO O branding é, portanto, um processo contínuo e infindável: como o mundo muda rapidamente, as marcas precisam atualizar suas estratégias e relação com o público periodicamente, para garantir sua relevância e se manterem atualizadas no mercado. Como um processo, ele precisa ter sua finalidade em apresentar ao público uma versão confiante da marca, sem optar pela estratégia de apenas empurrar produtos aos consumidores. O branding foca menos em propagandas invasivas e mais em conexões com a mente e coração dos clientes, e seus resultados em longo prazo são imensuráveis. O processo de gestão de branding pode trazer vários tipos de benefícios. Como falamos, o principal deles é o reconhecimento imediato da marca e conexões emocionais, mas existem outros muito importantes também. São eles: Aumento da confiança entre a marca e seu público Presença na mente do consumidor Maior valor atrelado à marca Fidelidade com o público A criação de um branding é um processo completo. Isso porque são criados o conceito e o nome, bem como a forma e a linguagem dominante no mercado. Diretamente associado a isso, é necessário possuir uma expressão visual dessas informações. É aí que entra o designer, que vai dar cor, tamanho e forma para os conceitos definidos pelo branding, incluindo o logotipo. DESIGN BRANDING Por serem utilizados em conjunto, na maioria dos casos, as pessoas acabam confundindo os significados e como cada um é aplicado dentro da estratégia e do conceito da marca. Para entendermos melhor, é preciso ter em mente que um profissionalde design não deve desenvolver sozinho uma marca, da mesma maneira que o profissional de branding necessita do suporte de um criativo para tornar o conceito uma realidade. Como vimos, os conceitos de design e branding são distintos, mas estão muito ligados em seu campo de atuação. Ou seja, um não vive sem o outro quando falamos em marca e identidade visual de uma empresa. ETAPAS DA CRIAÇÃO DE UM LOGOTIPO A seguir, listamos as cinco etapas do processo de criação do logo: 1 BRIEFING O briefing deve ser feito junto ao cliente e seus responsáveis e, embora nenhum item seja obrigatório, contém elementos indispensáveis para o bom direcionamento do projeto. Um briefing bem realizado, com informações completas e relevantes ao projeto, garante que os profissionais da criação não tenham de lidar com retrabalho e faz com o que o projeto alcance seus objetivos — que comumente são atribuídos pela empresa — de forma eficaz. ANÁLISE DE CONCORRENTES Analisar os concorrentes e defini-los como pertinentes ou não ao serviço/produto que receberá a identidade visual e logotipo, é uma das formas mais comuns de posicionar a empresa perto de seu público-alvo. Deve-se sempre ter em mente que o logotipo e identidade visual devem atingir o cliente do cliente. 2 3 PESQUISA DE REFERÊNCIAS Para criar um logotipo original e que se destaque, são necessárias boas referências. Elas podem vir em formas de imagens, textos ou vídeos, de projetos e trabalhos de outros profissionais, adquiridas em pesquisas na internet, livros, ou qualquer outra fonte, ou ainda apresentadas pelo próprio cliente. As referências dão um direcionamento mais palpável e de fácil visualização ao projeto. DESENVOLVIMENTO E CRIAÇÃO Com as referências validadas, dá-se início ao processo de criação propriamente dito. É nessa fase que os profissionais responsáveis, designer e diretores de arte dão vida a todo os conceitos estudados e pensados para a marca, na forma de seu símbolo, aplicações, cores representantes, e tudo o mais que for inerente ao projeto. É um processo que compartilha características artísticas, técnicas e mercadológicas. 4 5 APRESENTAÇÃO E ENTREGA javascript:void(0) Por fim, o logotipo e a identidade desenvolvidos são apresentados e entregues ao cliente para implementação e uso, nos formatos corretos para utilização em materiais impressos e digitais. CARACTERÍSTICAS ARTÍSTICAS, TÉCNICAS E MERCADOLÓGICAS Artísticas: na visão de estilo de um profissional, validados pela sua experiência; Técnicas: no manuseio dos softwares corretos; Mercadológicas: o produto deve atender aos requisitos apresentados no briefing e fazer sentido dentro de um processo de marketing, mesmo que este ainda seja lúdico — em outras palavras, fácil de vender. COMO INICIAR O PROCESSO DE BRANDING Primeiro, é necessário ter em mente que branding é um processo contínuo e intangível em curto prazo, mas que a longo prazo traz resultados incríveis para a marca. Por lidar com sentimentos e emoções do público, a criação de uma nova percepção de um produto ou serviço pode demorar, principalmente em casos de gestão de crise, se a marca esteve envolvida em algum escândalo. O marketing digital trouxe novas estratégias e possibilidades para o branding, e hoje é essencial no relacionamento com o público. É importante, então, pensar nos canais em que o público se encontra, no conteúdo que desejamos entregar e, principalmente, na forma com que esse conteúdo chegará até o público. Uma ação coordenada em diversas redes sociais, inserções em TV e rádio (para empresas maiores) e mídias físicas (como outdoors) são o pontapé inicial, que deve vir aliado e baseado na estratégia montada com foco em geração de valor. Vale ressaltar que é desejável monitorar constantemente as opiniões do público em redes sociais na internet. Assim, o branding se conecta também a outras disciplinas, como produção e planejamento gráfico. RESUMINDO Assim, ambos devem ser pensados em conjunto, em longo prazo, e um bom pontapé inicial é seguir as etapas do processo criativo, a começar pelo briefing, como vimos, aliando os objetivos da marca e sua identidade visual aos da empresa e ao que o público-alvo espera. VERIFICANDO O APRENDIZADO CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Definimos, portanto, as principais características e etapas do planejamento, seu processo criativo, os profissionais envolvidos e a relação direta com a produção gráfica, desde a arte- finalização até o gerenciamento de orçamentos e materiais, itens que podem ser utilizados para salientar o sucesso do projeto. Aliado a isso, entendemos as principais etapas envolvidas na criação de uma identidade visual e sua relação com a construção de uma estratégia de marca, o branding, e a importância do uso conjunto dos dois em um mercado cada vez mais competitivo. PODCAST AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS BRIEFING. In : LINGUEE – Dicionário Inglês-Português e buscador de traduções. Consultado em meio eletrônico em: 18 jan. 2021. KOTLER, P. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Pearson, 2000. PIVETTI, M. Planejamento e representação gráfica no jornalismo impresso: a linguagem jornalística e a experiência nacional. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) – Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, 2006. p. 55. RIBEIRO, M. Planejamento visual gráfico. Brasília: Linha, 1987. EXPLORE+ Saiba mais sobre a gestão de marcas no ebook Branding , escrito pela Rock Content. CONTEUDISTA Lucas Scárdua Andrade PERFIL LINKEDIN javascript:void(0);
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