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AMÁLGAMA ● Material restaurador metálico que pode ser usado como final ● É metálico e esteticamente não favorável ● Composto por mistura de uma liga prata-estanho-cobre e mercúrio ● Demonizado erroneamente ● Anvisa proibiu uso de mercúrio em algumas situações (exemplo do termômetro) ● Antes se pesava mercúrio puro e manipulava, mas atualmente se usa em CÁPSULA (esse ainda é permitido) ● Risco: exposição de mercúrio ao ambiente ● Não escolhido como 1° opção, mas sim é opção ● • “O amálgama dentário tem demonstrado ser um material restaurador eficaz que traz benefícios em termos de resistência, integridade marginal e durabilidade adequada para superfícies oclusais amplas” ● O amálgama dentário é seguro e eficaz: tem sido usado por mais de 150 anos e os estudos existentes não demonstraram nenhum prejuízo para a saúde humana Preparo cavitário - passado e presente ● Passado - Eram feitos para receber o restaurador existente (amálgama tem mais de 100 anos) - Precisava de determinada geometria → desgaste grande - HOJE→ Menos desgaste opções como a resina (BOM SENSO DEVE SER NORTEADOR) - 1891 - BLACK - Classificação de lesões com mais frequência ● "Extensão para prevenção" - Inadequado para prática atual - HOJE -”Prevenção da extensão” ● Regras flexíveis ● Princípios adaptados aos materiais e situações clínicas diferentes ● Avalia condição de trabalho Histórico ● 659 D.C - Pasta de prata (china) em restaurações ● 1895-96 - Black: fórmula balanceada (avançou) ● 1962 - Demarce e Taylor: Partículas esféricas (melhora da propriedade de condensação) ● 1963 - INNES e YOUDELIS: ligas de dispersão (Ligas compostas por partículas esféricas) ● Em 1975 - liga para amálgama, também em fase dispersa. Esta liga é diferente em sua composição por conter 0,5% de índio. ● 1974 - uma liga de partícula única, de forma esferoidal enriquecida com cobre. ● 1994 - novo tipo de partícula, obtido pela sinterização da liga em formato esferoidal, originando partículas elipsóides, alterou as características do material, melhorando suas propriedades físicas,e clínicas. Esta nova liga é industrializada pela Alpha Metais com o nome comercial de Sinteralloy. OBS: Nenhum material sobreviveu ao teste da história como o amálgama e poucos são tão indulgentes da habilidade do operador e influências relacionadas ao paciente como o amálgama. Sensibilidade técnica menor que resina Menos insumos que resinas O mais importante para desenvolvimento do material ● Performance adequada nas mãos da maioria dos profissionais ● Ótima performance nas mãos de profissionais extremamente qualificados Precisa conhecer material, propriedades e suas limitações técnicas Vantagens ● Não é irritante → Não é toxico por si só ● Longevidade → duração muito grande em cavidade ● Biocompatibilidade ● Facilidade de manipulação→ técnica menos sensível (equipamento para mistura de limalha com mércurio. Antes era manual) ● Baixo custo ● "Auto selante" → Risco de infiltração marginal pequeno, pois com tempo vai selando a interface (região critica de toda restauração) entre dente e restauração ● Resistência mecânica (indicado em dentes posteriores onde tem maior atividade mecânica) Obs: o mercúrio não é tão tóxico quanto o que é falado Resina tem limitação→ sofre contração de polimerização Desvantagens ● Pouco tempo de trabalho (ele cristaliza rápido) ● Resistência mecânica (primeiras horas)→ evitar morder alimentos duros ● Ma estética (não indicado em anteriores e em pré-molares)⁹ Liga metálica (4 tipos de metais misturados ao mercúrio) em ambiente úmido que passa por oxidação e corrosão que produz óxidos que vai causar manchamento da restauração) ● Falta de adesão à estrutura dentária→ não tem união química. O que faz ter adesão é o preparo cavitário (formato geométrico específico desgastando dente) ● É invasivo (desgaste do dente para uso) ● Toxicidade do mercúrio (dentista e auxiliar) ● Preparo deve ter profundidade para não fraturar RESINA NÃO SE UNE A AMÁLGAMA Classificação das ligas ● Quanto ao tamanho das partículas Limalhas ● Grossas-regular (45 um) ● Finas (35 um) ● Extra finas - microfinas (26 um) Vai observar a capacidade de condensação ● Encontrada em 3 tipos diferentes - limalha (aperta mais na condensação) - Esferoidal (usa mais mercúrio) - Mista-dispersa (limalha e esferoidal misturadas. Otimizou propriedades da amálgama. Ela é mais benéfica e comum, devido a junção das propriedades.) ● Partículas esferoidais - Resistência a tração→ 30 a 40% - Menos resistência à compressão - Mais fraturas marginais e de istmo (istmo é distância entre parede vestibular e lingual/palatina) - Maior ocorrência de corrosão - Condensação negativa Tipos de liga ● Convencionais ● Ricas em cobre (mais cobre) Obs: muda a composição em relação aos seus constituintes e a quantidade de cobre Convencionais ● Composição - Maior constituinte é a prata [até 70%] - Estanho - Menos zinco e cobre ● N Ricos em cobre ● Composição - Menos prata (40%) - Mais cobre (30%) - Estanho e zinco - Mais recomendada - Aumento da possibilidade da presença de cobre (impacto na característica clínica) - Aumento de cobre = maior resistência Prata ● Brilho ● Resistência mecânica ● Aumenta expansão da presa ● Reatividade com o mercúrio (só isso não produz transformação que amálgama precisa) ● Mais prata = maior preço ● Retarda perda do brilho e oxidação da amalgama Estanho ● Contração inicial (irrelevante) ● Expansão compensa contração ● Velocidade de amalgamação (precisa que material reaja para tempo de trabalho adequado) ● Aumenta tempo de endurecimento ● Diminui expansão Cobre ● Expansão de presa ● Resistência maior ● Dureza adequada ● Diminui escoamento ● Na liga convencional, a adição de cobre, além do limite permitido, diminui a resistência e aumenta o escoamento. ● Em alta porcentagem, aumenta a tendência de escurecimento e descoloração. ● OBS: BOA PARTE DAS LIMALHAS TRABALHAM COM LIGAS ENRIQUECIDAS POR COBRE Zinco ● Expansão tardia ● Corrosão em umidade (Se ocorre, pode acontecer expansão tardia que pode ser crítica causando dor) → BOM ISOLAMENTO RELATIVO (Conter gastos) ● Dá plasticidade ao amálgama ****importante**** Resistência de fases - convencional ● Gama - seria ideal, mas é difícil. (É O PÓ) - Não misturou ainda limalha e mercúrio - Prata ● Gama 1 - (Misturado com mercúrio. Dobro de Resistência do Gama) - Prata e mercúrio - Mercúrio reage com PRATA - Cobre aumenta Gama 1 pois se liga ao estanho - 3x ressistente em relação à gama 2 ● Gama 2 - - Mercúrio reagiu com Estanho - Menos resistência - Indesejável Resistência de fases - rica em cobre - Mais resistência que convencional porque COBRE está relacionado a menor formação de fase GAMA 2 - Metalografia → Fase única ● Fase n (ETA) substitui fase GAMA 2 (que não deixa de existir) ● ETA É FASE ÚNICA ● Tmepo mais rápido de endurecimento ● Limalha mais resistente ● MELHOR TRABALHO QUE CONVENCIONAL COMPOSIÇÃO DA LIGA - Prata→ garante qualidade da liga - Estanho → em concentração maior 26,8% aumenta quantidade fase estanho-mercúrio ou fase gama2 - Cobre - Diminui solubilidade da liga, endurecendo a resistência da liga prata-estanho - Zinco –. 1% - desoxidante. Sua falta produz liga frágeis e menos plásticas durante condensação e escultura Mercúrio ● Inorgânico, orgânico e elementar ● O usado na amálgama é Inorgânico (ou metálico) ● Mal absorvido pelo intestino e quando absorvido, a maior parte permanece nesse estado até excreção pela urina MAIOR PREOCUPAÇÃO: O descarte Propriedades clínicas ● Resistência mecânica PROPRIEDADES FÍSICAS ● Leis da mecânica ● Leis da termodinâmica ● Leis da eletricidade Propriedades mecânicas ● Resistência à tração ● Resistência à compressão ● Resistência ao cisalhamento → desgaste relacionada ao ajuste (não deixar excesso) ● Não tem boa resistência à tração ● Boa Resistência à compressão (áte 550MPa) ● Precisa ter alta resistência para quebrar ● Escoamento Creep ou fluência - Deformação plástica tempo-dependente do material quando mantidosob uma carga estática ou sob tensão constante - (vai sendo empurrada → escoamento sob pressão (creep). Se evita com bom ajuste oclusal) - Desadaptação de amálgama na margem por determinada carga (ajustar restauração sob oclusal para não sofrer isso) - Escoamento → chance de falhas - Ligas convencionais acontece mais que ligas ricas em cobre - Alterações: % de mercúrio, procedimento de trituração, pressão de condensação (falha do fabricante) ● Corrosão - Ocorre em ambientes úmidos na presença de óxidos, cloreto, sulfeto de Sn, Ag e Cu - Expansão mercúrio escópica se colocado mercúrio em excesso - Escurecimento (sulfeto de prata) - Melhor adaptação marginal (se deposita na interface) - Cuidado com margens → Fratura ou degradação marginal - Porosidade interna e aspereza superficial (não desejável → precisa de repolimento para evitar) - Alterações dimensionais - Efeitos galvânicos (“choque”) - Menor resistência ● ALTERAÇÃO DIMENSIONAL - Expansão tardia - Pequena contração, seguida de expansão - Menor em ligas convencionais - Ter cuidado no preparo - Convergência para oclusal (cavidade levemente inclinada) circundante - QUANTO MENOR CONCENTRAÇÃO DE MERCÚRIO NA MISTURA E MAIOR A PRESSÃO DE CONDENSAÇÃO, MENOR ALTERAÇÃO DIMENSIONAL DO AMÁLGAMA DENTAL ● Propriedades térmicas - Calor específico- representa a quantidade de calor necessária para aumentar em 1 C um grama de substância - Transmissão grande de temperatura (necessidade de fazer base e forramento a depender do caso) - Risco de danos irreversíveis à polpa Indicações ● Classe I (área de cicatrículas e fissuras em qualquer dente) ● Classe II (M.O) ● Classe V (NÃO INDICADO MAIS PARA AMALGÁMA) ● Núcleo de preenchimento (faz coroa total. No meio da estrutura usa amálgama) ● Obturações retrógradas (do ápice para coroa) Para amálgama apenas para posteriores *HOJE É MAIS INDICADO APENAS PARA MOLAR* Contraindicações ● Estética ● Cúspides enfraquecidas ● Cavidades com translucidez ● Alergias Proporção ● LIGA X MERCÚRIO Hoje usa cápsula Passado usava balança, grau e pistilo ● TRITURAÇÃO Remoção da camada de óxidos que recobre a partículas da liga, possibilitando íntimo contato com mercúrio e início das reações químicas de cristalização da amálgama Manual → pesava, manipulação manual Atualidade → Automatico (desadaptação, tinha excesso de mercúrio) → Capsular (mais usado hoje, sai pronto e tem menor riscos) Prática clínica ● Cápsula triturada em alta velocidade (8 a 13 s) ● A mistura da cápsula permite iniciobda cristalização do amálgama ● ATUALIDADE - TRITURAÇÃO MECÂNICA Não se recomenda mais triturador automático porque não tem onde colocar Cápsula Cada Cápsula tem quantidade adequada de limalha Temporizador e velocidade precisa seguir recomendação do fabricante 1. Cápsula deve ser apertada 2. Leva ao amalgamador e aciona (8 a 13 s) - total para terminar restauração é 13minutos Massa brilhosa demais e granulosa → hipertriturou Massa opaca- → Não misturou corretamente. Pó não atacado pelo mércurio Massa plástica llisa e não granulosa → correta 3. Amassou Cápsula, Coloca no pote dappen TECNICA RESTAURADORA Instrumentos utilizados - Porta amálgama (Não deixar excesso na extremidade, se não apenas com broca) - Condensadores - Esculpidores - Brunidores - Potte dappen de vidro - Calcador Restauração e ajuste oclusal –. paciente vai para casa e retorna depois para acabamento e Polimento para deixar lisa e brilhante 1. TRITUROU NO AMALGAMADOR 2. PORTA AMÁLGAMA COLOCA NO POTE 3. CONDENSADOR PEQUENO CONDENSA NA CAVIDADE CONTRA PAREDES 4. CONDENSADOR MAIOR VAI CONDENSANDO ATÉ TER RELATIVO EXCESSO DO MATERIAL 5. FINALIZA CONDENSAÇÃO E COMEÇA BRUNIDURA DE LEVE (PRÉ-ESCULTURA) ATÉ OUVIR ARRANHADO DE METAL 6. RASPAGEM COM ESCULPIDOR DE HOLLEMBACK 7. ALGODÃO SECO PARA REMOVER EXCESSO 8. ESCULPIDOR VAI MOLDANDO SULCOS 9. PODE USAR BRUNIDOR APÓS ESCULTURA PARA DAR BRILHO 10.FAZ DESCARTE DE RESÍDUO ADEQUADO 11. FAZ AJUSTE OCLUSAL 12.24 A 48H APÓS FAZ POLIMENTO E ACABAMENTO PONTAS DE BORRACHAS ABRASIVAS na sequência marrom,verde e azul (decrescente de granulação para alisar e dar brilho) → CUIDADO DISCOS DE FELTRO → PASTA DE ROBISSON PASTA DE POLIMENTO OU PASTA ABRASIVA 13. Acabamento: Refinar escultura, proporcionar lisura inicial e corrigir oclusão EM CLASSE II (INTERPROXIMAL A BROCA NÃO CHEGA) USA LIXA COM VASELINA, SE QUISER RECOMENDAÇÕES ● 1 - Manipulação com mão enluvada, uso de máscara e de óculos; ● 2- Consultório dotado de alta exaustão; ● 3- Não utilizar condensadores automáticos; ● 4- Uso de alta sucção durante a remoção de uma restauração e utilizar brocas novas e água gelada para este procedimento; ● 5- Uso da menor relação possível de mercúrio na liga. Uma das soluções para minimizar a quantidade de mercúrio nos resíduos de amálgama seria utilizar ligas esféricas com alto teor de cobre, que requerem menor quantidade de mercúrio para a confecção de um amálgama dentário de qualidade; ● 6- Uso de isolamento absoluto para evitar queda de amálgama na cavidade bucal ● A remoção do excesso de mercúrio antes da condensação deve ser evitada; ● 12- Amalgamadores com redoma de proteção devem ser usados; ● 13- Jatos de água e sugadores de alto volume devem ser usados quando se remove restaurações de amálgama ou durante o polimento/acabamento de restaurações novas; ● 14- A pele acidentalmente contaminada pelo mercúrio deve ser lavada cuidadosamente com água e sabão
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