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Amálgama Dental ✨ Material Restaurador ✨ CONSIDERAÇÕES INICIAIS ●Por que estudar amálgama dental hoje, uma vez que a demanda por estética faz com que seu uso seja cada vez mais reduzido? Porque o conhecimento sobre a estrutura e as propriedades é essencial para: ↪Assegurar a correta indicação e manipulação na prática clínica; ↪Saber diagnosticar e atuar nas falhas que venham a ocorrer nas restaurações executadas com esses materiais; ↪Ainda possuem amplo uso; ↪A maioria dos metais usados em odontologia são constituídos de ligas.; ↪As ligas são produzidas para otimizar as propriedades dos metais em misturas de dois ou mais elementos metálicos, amálgama dental (prata, estanho, cobre...); ↪As misturas são normalmente obtidas pela fusão dos seus elementos constituintes; ↪O uso de metais em seu estado puro é um tanto limitada; ↪Metais puros podem não possuir dureza adequada, ou como o Fe corroerem rapidamente; ↪Geralmente, os metais são mais densos e resistentes do que outros elementos químicos. QUAL A IMPORTÂNCIA NA ODONTOLOGIA? ● Material mais usado mundialmente, usado por 96% dos dentistas norte-americanos, confiabilidade (6675 estudos), Gold-standart em dentes posteriores, tem baixo custo, durabilidade e fácil manipulação. TERMINOLOGIA ●Origem do termo: amálgama é o produto resultante da reação entre o mercúrio e outros metais; AMÁLGAMA ----⤍ É uma liga de mercúrio; AMÁLGAMA DENTAL ----⤍ É uma liga de mercúrio, prata, estanho, cobre e outros elementos, para fins restauradores.. HISTÓRICO E EVOLUÇÃO ↪ 1528: primeiro registro de restaurações com ligas de amálgama em dentes humanos; ↪ 1819: surgiu como alternativa odontológica na França. Alguns anos mais tarde (1833) foi introduzido nos EUA. Nessa época a limalha era obtida a partir de moedas de prata raspadas; ↪ 1895: Black estabeleceu critérios para a composição do amálgama: as ligas deveriam ter Ag, Cu, Sn, podendo ainda conter Zn; ➸ A ADA adotou essas proporções como norma em sua especificação número 1. Black preconizava uma proporção de 5:8 de limalha misturada ao mercúrio; ↪ 1960: Eames introduziu a proporção 1:1 mesma quantidade de limalha e mercúrio; ↪ 1962: evolução na fabricação de ligas: surgimento das ligas esféricas; ↪ 1963: surgimento das ligas eutéticas de AgCu com alto conteúdo de cobre, Innes e Youdelis introduzem as ligas eutéticas.. CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAS ➸ALTO CONTEÚDO DE COBRE Elemento Percentual Prata 60 a 70 Estanho 23 a 27 Cobre 7 a 18 Zinco 0 a 1,5 ELEMENTOS QUÍMICOS E SUAS FUNÇÕES ● PRATA – Ag: aumenta a resistência mecânica, diminui a oxidação, aumenta a expansão de presa e diminui o escoamento; ● ESTANHO – Sn: Reduz a resistência e dureza, diminui a expansão, aumenta o tempo de presa e aumenta o escoamento; ● COBRE – Cu: Substitui parcialmente a prata. Aumenta: a expansão, a dureza e a resistência, e diminui o escoamento; ● ZINCO – Zn: agente desoxidante durante a fusão dos elementos, maleabilidade, pode causar expansão tardia; FABRICAÇÃO DO PÓ DA LIGA ●PÓ USINADO: Liga é colocada em uma fresa ou torno; Ag ----⤍ 65%⬆ Cu ----⤍ 6% ⬇ Sn ----⤍ 29% ⬇ Zn ----⤍ 2% ⬇ TIPOS DE AMÁLGAMA ➸CONVENCIONAL: Baixo teor de cobre ➸ALTO CONTEÚDO DE COBRE ✰FASE DISPERSA ✰FASE ÚNICA ↪As aparas têm forma de agulha e podem ser moídas em tamanho das partículas de 15 a 35 µm; ↪Tratamento térmico (homogeneização das partículas) tratamento das partículas com ácidos ( > reatividade). CRISTALIZAÇÃO ● Fases presentes nas ligas de amálgama Gama (γ): (Ag₃Sn) Gama 1 (γ 1): (Ag₂Hg₃) Gama 2(γ2 ): (Sn₇₋₈Hg) Epsilon (ε): (Cu₃Sn) Eta (η): (Cu₆Sn₅) LIGAS CONVENCIIONAIS OU DE BAIXO TEOR DE COBRE Ag₃Sn (γ) + Hg ⇓ Sn₇₋₈Hg(γ2) + Ag₂Hg₃(γ 1) + liga não consumida EVOLUÇÃO DO AMÁLGAMA A ocorrência de fase gama 2, resulta na redução das propriedades mecânicas e aumento do grau de corrosão do material, introdução das ligas com alto teor de cobre (Innes, Yodellis, 1962). RELAÇÃO MERCÚRIO/LIGA FASE γ2⇝ CORROSÃO ⤏ Degradação marginal Reincidência de cárie ⤎ Fratura de borda ⤶ LIGAS DE ALTO TEOR DE COBRE ①Liga de fase dispersa ● Recebe este termo por possuir um pó de liga com duas composições diferentes; ● Melhores propriedades mecânicas que as ligas convencionais ↪30 a 55% de fase EUTÉTICA (Ag-Cu) ↪9 a 20% de Cu ↪Partículas usinadas (limalha): Ag₃Sn ↪Partículas esféricas: Ag - Cu Mínimo 12% de Cu para não formar γ2 Ag₃Sn + Ag₃Cu₂ + Hg ⇒ Ag₂Hg + Sn₇Hg +Ag₃Sn γ liga eutética γ₁ γ₂ γ + Ag₃Cu₂ + poros liga eutética Sn₇Hg + Ag₃Cu₂ ⇒ Ag₂Hg₃ + Cu₆Sn₅ 2 liga eutética 1 ɳ ② Liga de composição única • Cada partícula da liga apresenta a mesma composição química; • Principais componentes da liga: cobre, estranho e prata; • Fases que são encontradas nessa liga: β₁(AgSn), γ (Ag₃Sn) e ε (Cu₃Sn). Ag-Sn-Cu + Hg ⇓ Cu₆Sn₅ (ɳ) + Ag₂H₃( γ₁) + liga não consumida TRITURAÇÃO ●TRITURAÇÃO MANUAL: ↪É realizada através do gral e pistilo de vidro ou metálico. ↪O excesso de mercúrio é removido com um pano de linho ou de camurça.. ●TRITURAÇÃO MECÂNICA: ↪Amalgamadores por dispersão; ↪Amalgamadores para cápsulas. Relação mercúrio/liga ↪Cápsulas pré-proporcionadas: evita o extravasamento de mercúrio e de seu vapor, confiável relação mercúrio: liga. ESTABILIDADE DIMENSIONAL ●Especificação nº 01 ADA⤏ Não altere mais que 20 µm/cm,(37ºC) 5 min a 24 horas após início da trituração; CLASSICAMENTE ⤏Contração inicial: 20 minutos após trituração começa a expandir; ●EXPANSÃO TARDIA: Início de 3 a 5 dias até meses 400m (4%). Somente em ligas com Zn Contaminação com umidade durante a manipulação; H2O + Zn = H RESISTÊNCIA ●Reconhecidamente baixa, principalmente nas margens; SATISFATÓRIA⤏ 310 MPa ↪Sub e supertrituração; ↪Quantidade de mercúrio; ↪Condensação X formato das partículas; ↪Pressão de condensação X porosidade. VELOCIDADE DE CRISTALIZAÇÃO • Nº 1 ADA (resistência à compressão maior ou igual a 80 Mpa depois de 1 hora); • Preferencialmente não mastigar forte nas primeiras 8 horas (70% da resistência). TERMINOLOGIA Amalgamação: processo de mistura do mercúrio líquido com um ou mais metais para formar o amálgama; Trituração:é o processo de trituração do pó em um líquido; O objetivo da trituração é promover um maior contato entre a liga e o mercúrio. O tempo ideal é o mínimo para a formação de uma massa prateada e brilhante, de máxima plasticidade numa dada proporção liga/mercúrio. Cristalização: é a reação de presa do amálgama; ↪60% Ag; ↪27% Sn; ↪Varia de 13 a 30% Cu; H não se combina com amálgama, acumula no interior e provoca pressão suficiente para causar expansão. ESCOAMENTO • Deformação produzida por uma força com o passar do tempo; • É o grau de deterioração marginal; • Mais acentuado em ligas convencionais; • Abaixo de 3%; • Alguns tipos de amálgama têm 0,4% ou menos(rico em Cu); • 0,8 a 8% (pobre em Cu); • Variáveis de manipulação (semelhante à resistência). DESEMPENHO CLÍNICO •Vida limite 1- o material 2- o profissional 3- o paciente ↪Estudos sobre as principais causas das falhas restauradoras: • cárie recidivante; • fraturas de corpo e marginal da restauração; • fraturas do dentes; • deslocamento da restauração; • falta de contato interproximal; • contorno anatômico defeituoso; • expansão ou escoamento da restauração. FALHAS RESTAURADORAS X LONGEVIDADE ●Constatação através de observação clínica que 96% das falhas são de responsabilidade do profissional,ou por negligenciar princípios básicos no preparo cavitário, ou por utilização incorreta da técnica durante a manipulação ou condensação do material restaurador. PARTICULARIDADES CLÍNICAS ↪Tempo para começar a escultura de + ou - 10 min; ↪Função da condensação (Hg e ponto de contato); ↪Tempo de trabalho de 3 a 4 min; ↪Condensação manual (no centro); ↪Condensadores com diâmetro > 2 mm = força insuficiente; ↪Força recomendada: + ou - 6,8 Kg; ↪Escultura não muito acentuada. BRUNIMENTO PRÉ-ESCULTURA ✓Melhora adaptação marginal; ✓Remove excesso de Hg; ✓Esboço da escultura. BRUNIMENTO PÓS-ESCULTURA ✓Aumento da lisura superficial; ✓Melhora o selamento e adaptação; ✓Diminui a porosidade do amálgama; ✓Diminui a evaporação do Hg. ACABAMENTO E POLIMENTO •As restaurações só deverão ser consideradas concluídas após terem sido adequadamente acabadas e polidas; ↪Acabamento final e polimento após 24h ou mais permitindo um elevado grau de cristalização; ↪Não ultrapassar 60º C; Objetivos: • reduzir a aspereza das restaurações; • obter uma superfície consideravelmente lisa; • regularizar as bordas da restauração; • refinar a escultura; • corrigir a oclusão (se necessário); • aumentar a resistência à corrosão; • melhorar o desempenho clínico, diminuindo o índice de fraturas de bordas; • dificultar o acúmulo de placa sobre a superfície e bordas da restauração. Técnica: 1-Acabamento • iniciado pela regularização das cristas marginais • brocas multilaminadas (escultura oclusal, formato da broca); • superfícies proximais; ↪Conjunto de fresas multilaminadas para acabamento de restaurações de amálgama; 2- Polimento inicial: borrachas abrasivas (marrom), até que o amálgama se encontre sem riscos clinicamente perceptíveis 3- Polimento final: • criar uma superfície semelhante a um espelho, com um alto grau de reflexão; • óxido de zinco com borrachas abrasivas nas cores verde e azul. TOXIDADE QUANTIDADE DE LIBERAÇÃO ↪problemas renais; ↪mal de Alzheimer; ↪ “enfermidade amalgâmica” ↪doenças mentais ↪problemas imunológicos; ↪Resistência a antibiótico; ↪problemas reprodutivos; VANTAGENS ↪Um dos materiais mais estudados na odontologia; ↪Longevidade e excelente performance clínica; ↪Autoselamento; ↪Menor sensibilidade técnica; ↪Excelente relação custo / benefício; ↪Alta resistência ao desgaste. DESVANTAGENS ↪Material não estético; ↪Exige preparo cavitário apropriado; ↪Falta de adesão à estrutura dentária; ↪Questões relacionadas ao mercúrio.
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