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Cuidador de Idoso - Turma 2023B
3.9 Cuidados com a administração de medicamentos
Medicamento é toda substância ou associação de substâncias apresentada como possuindo
propriedades curativas ou preventivas de doenças ou seus sintomas em seres humanos. As medicações
são usadas não só no tratamento de doenças ou incapacidades, mas também na prevenção de certas
doenças, no alívio da dor e do sofrimento, permitindo que as pessoas possam viver com mais dignidade e
menos sofrimento. Muitas medicações têm contribuído para aumentar o tempo de vida, melhorar a
saúde e a qualidade de vida das pessoas. No entanto, quando não são usadas adequadamente, podem
apresentar consequências graves.
Considerações sobre o uso de medicações em pessoas idosas
O uso de medicações pelos idosos torna-se preocupante na medida em que estes desenvolvem múltiplos
problemas de saúde, levando-os ao consumo de uma grande variedade e quantidade de
medicamentos. Com o envelhecimento, o número de doenças crônicas tende a aumentar, e para cada
doença crônica são utilizadas em média 1 ou 2 medicações.
Os pacientes idosos usam em média 3 a 4 tipos diferentes de medicamentos ao dia, em horários diversos.
Sabe-se, também, que quanto maior o número de medicamentos utilizados, maior a chance de erro na
sua administração, seja na dose, no horário ou no tipo de remédio. Isso pode acontecer tanto por parte
do idoso, na autoadministração da medicação, quanto por parte do cuidador, que pode estar
sobrecarregado com outras tarefas.
Muitos idosos costumam consultar com médicos de diferentes especialidades, recebendo múltiplas
prescrições. Muitas vezes, nem todos os médicos envolvidos sabem de todos os medicamentos que os
idosos estão tomando, o que pode levar a redundâncias e interações medicamentosas (quando um
medicamento intensifica ou diminui os efeitos do outro, podendo prejudicar o paciente).
O uso incorreto de medicações entre os idosos é uma importante causa de internações e, até mesmo, de
morte. Estudos mostram que menos de 30% dos idosos usam suas medicações corretamente.
A atenção com o idoso com demência deve ser redobrada pelo cuidador, pois se trata de uma pessoa
que não preserva suas capacidades funcionais, entre elas a habilidade e a memória necessárias para a
autoadministração de medicamentos.
Grande parte dos cuidadores ajuda os amigos ou familiares na administração de medicamentos. Muitos
cuidadores de pessoas com a doença de Alzheimer ou outros tipos de demência relatam problemas para
administrar a dose certa no horário correto a esses pacientes.
As mudanças que ocorrem com o envelhecimento e as incapacidades fazem com que as pessoas sofram
mais facilmente problemas relacionados às medicações. Contudo, esses problemas podem ser prevenidos,
na maioria das vezes, quando o cuidador desempenha o papel fundamental nesta prevenção, ajudando
a identificar quando um determinado problema pode estar relacionado a alguma medicação em
especial.
Um problema comum entre as pessoas idosas e pessoas com incapacidades é o uso de múltiplos
medicamentos ao mesmo tempo. Sabe-se que quanto mais medicações uma pessoa usa, maior o risco de
ocorrerem problemas relacionados ao uso de medicações (interações medicamentosas). 
Problemas comuns associados ao uso de medicamentos
Necessidade de novo medicamento
Ocorre quando o paciente necessita de alguma medicação que não foi prescrita. Frequentemente, a dor
e a depressão não são diagnosticadas ou tratadas de forma correta na pessoa idosa, sendo consideradas
aspectos normais do envelhecimento. Isso pode prejudicar o desempenho nas atividades diárias e sociais
da pessoa idosa.
Uso de medicações desnecessárias
Ocorre quando não há uma razão médica para o uso da medicação (polifarmácia). Com isso podem
ocorrer efeitos tóxicos, além do custo desnecessário ao paciente.
Uso de medicações erradas
Observa-se quando a pessoa faz uso de medicação não adequada para seu problema e os resultados
positivos esperados não ocorrem ou são superados pelos efeitos colaterais . Por isso, é importante que
tanto o paciente, quanto o cuidador entendam o que e quanto devem esperar do uso de uma
determinada medicação.
Dose muito baixa
Pode ocorrer quando é prescrita uma dose muito baixa ou quando o paciente resolve tomar uma
quantidade menor do remédio prescrito. Quando isso ocorre, a medicação pode não trazer o benefício
esperado.
Dose muito alta
Quando é prescrita ou o paciente simplesmente ingere uma quantidade de medicação maior do que o
necessário. Esse problema é comum entre os idosos, uma vez que com o envelhecimento o organismo
pode alterar a forma de metabolizar os medicamentos. Uma dose normal para um adulto jovem pode
significar uma dosagem alta demais para um idoso.
Efeitos colaterais do medicamento
São reações desagradáveis ou prejudiciais causadas pela medicação. Podem ocorrer quando a pessoa é
alérgica a determinado remédio; quando acontece uma interação com outro remédio, fazendo com
que o efeito seja diferente do esperado, quando não é administrada a dose certa ou quando a dosagem
é aumentada ou diminuída muito rapidamente.
A pessoa não usa a medicação da forma prescrita
Ocorre quando a pessoa acha que a medicação causará algum efeito desagradável, acha
inconveniente tomá-la ou confunde a maneira de tomar a medicação. Este último caso é muito comum
entre hipertensos idosos, muitos dos quais pensam que não devem tomar a medicação quando a pressão
estiver normal ou que devem tomá-la apenas se tiverem algum sintoma que acham que pode estar
associado à pressão alta, como a dor de cabeça, que é geralmente a causa (e não a consequência) do
pico da pressão sanguínea. Muitas vezes, o idoso deixa de tomar algum remédio devido ao custo, mas
tem vergonha de dizer aos profissionais de saúde.
Remédio natural não significa ser seguro e efetivo
Em alguns casos, as ervas ou chás podem ser benéficos. No entanto, em outros casos, podem trazer
importantes reações adversas. Portanto, todos os remédios utilizados, naturais ou não, devem ser
informados ao médico.
Prevenindo problemas relacionados às medicações
É importante que o cuidador entenda o que são os problemas relacionados às medicações, reconheça
sinais e sintomas, bem como identifique as medidas que podem ser tomadas para evitar esses problemas.
É importante lembrar que os efeitos das medicações podem ter um impacto direto nas atividades diárias
do idoso ou da pessoa dependente. Podem ser considerados efeitos ou sintomas de problemas relacionas
às medicações:
Sonolência excessiva;
Confusão mental;
Depressão;
Delírio;
Insônia;
Tremores;
Incontinência urinária;
Fraqueza muscular;
Perda de apetite;
Quedas e fraturas;
Mudanças na fala e na memória.
Quando esses sintomas forem identificados, o cuidador deve ficar alerta, pois pode estar ocorrendo
algum problema relacionado à medicação.
Medidas para o uso correto das medicações
Na tentativa de evitar problemas maiores e de promover o uso correto das medicações, o que é
fundamental para o bom andamento dos cuidados, algumas medidas são sugeridas:
Coloque os medicamentos em uma caixa com tampa (plástica ou papelão), ou vidro com tampa,
tomando o cuidado de usar caixas diferentes para medicamentos dados pela boca, para material de
curativo e material/medicamentos para inalação. Assim, torna-se mais higiênico e evita-se confundir o
meio de administração do medicamento.
Converse com o médico ou enfermeira responsável sobre a possibilidade de dividir as medicações em
horários padronizados quando necessário, como por exemplo café da manhã, almoço e jantar, e faça
uma lista do que pode e do que não pode ser dado no mesmo horário. Para facilitar, você pode dividir a
caixa em compartimentos, e colocar os respectivos medicamentos nos respectivos horários. Evite, sempre
que possível, administrar medicações durante a madrugada.
Para facilitar a administração dos medicamentos, você pode usar o Plano de Medicação Diária, o qual
com a orientação do médico, enfermeira ou farmacêutico, distribui a medicação emhorários
padronizados. Este Plano de Medicação deverá ficar em lugar de fácil visualização, como por exemplo, a
porta da geladeira. Ou ainda, é possível comprar ou confeccionar caixas, com dias da semana e turnos
separados para colocar os remédios, facilitando sua administração tanto pelo cuidador como pelo idoso
que ainda for capaz.
Mantenha os medicamentos nas caixas/frascos originais para evitar misturas e realize o controle da data
de validade quando não houver uma embalagem adequada e com informações claras, na qual os
remédios possam ser colocados.
Mantenha os medicamentos em local seco, arejado, longe do sol, de crianças e animais domésticos;
Deixe somente a última receita junto à caixa de medicamentos. Isto evita confusão quando há troca de
medicamentos ou receitas, facilita a consulta em caso de dúvidas ou quando solicitado pelo profissional
de saúde. Para evitar confusão, você pode devolver os medicamentos que não estão sendo utilizados
para o centro de saúde.
Não acrescente, substitua ou retire medicamentos sem antes consultar um profissional de saúde; lembre-
se que medicamentos prescritos para outras pessoas podem não ter o mesmo efeito, ou não serem
indicados para o paciente em questão.
Caso o paciente utilize vários medicamentos por dia, utilize um calendário ou um caderno onde você
possa colocar a data, o horário que precisam ser administrados. Coloque um visto nas medicações já
dadas, isso evita a administração de doses ou medicações repetidas.
Se o idoso apresentar dificuldades para engolir comprimidos, ou alimentar-se por sonda, converse com o
médico ou enfermeira sobre a possibilidade de dissolvê-lo em água ou suco, e caso não seja possível,
peça para o profissional trocar o medicamento.
O cuidador não deve aceitar empréstimos de medicamento quando o do seu paciente acabar. Muitas
vezes, o medicamento tem o mesmo nome, mas a sua concentração é diferente. Seja prevenido e
sempre confira a quantidade de medicamento antes de feriados ou finais de semana, para não correr o
risco de faltar.
Mantenha uma lista atualizada sobre todas as medicações em uso. Isso pode facilitar as informações na
hora da reconsulta, além de fazê-lo entender melhor e manter um controle sobre os medicamentos que
estão sendo usados.
Evite dar medicações no escuro, para não correr o risco de trocas perigosas, além disso não use como
referência a cor ou tamanho do comprimido, pois esta pode mudar de acordo com o laboratório
fabricante. O cuidador deve sempre avisar o médico ou enfermeira quando o paciente parar de tomar
algum medicamento prescrito e lembre-se: sempre esclareça suas dúvidas com a enfermeira ou o médico.
Este material foi baseado em:
Rosset, I. Cuidados com a administração de medicamentos. In: Born, Tomiko. Cuidar Melhor e Evitar a
Violência - Manual do Cuidador da Pessoa Idosa. Brasília : Secretaria Especial dos Direitos Humanos,
Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 2008.
Última atualização: terça, 14 fev 2023, 15:56
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