Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Programação: Ciclo da Assistência Farmacêutica Patricia Dias – @cadernodefarmacia / Mestranda em Saúde Pública – FIOCRUZ / Residência em Farmácia Hospitalar - UFF A programação é uma etapa imprescindível do Ciclo da Assistência Farmacêutica, onde se identifica as quantidades de medicamentos necessários ao atendimento da demanda da população, para evitar compras e perdas desnecessárias, assim como descontinuidade no suprimento, além de definir prioridades dos medicamentos a serem adquiridos, frente à disponibilidade de recursos. Antes de prover é necessário prever todos os fatores que possam gerar uma falha de planejamento e comprometer a credibilidade dos serviços no que se refere às atividades de programação e aquisição de medicamentos. Lembre-se: A disponibilidade oportuna de medicamentos é um dos indicadores da qualidade dos serviços de saúde. Nessa etapa do ciclo, é necessário dispor de dados consistentes sobre: o consumo de medicamentos e demanda atendida e não atendida de cada produto, incluindo as sazonalidades, estoques existentes, e considerando a descontinuidade no fornecimento; perfil epidemiológico local; dados populacionais; conhecimento prévio da estrutura organizacional da rede de saúde local; recursos financeiros disponíveis; mecanismo de controle e acompanhamento. MÉTODOS PARA PROGRAMAR Existem diversos métodos para programar medicamentos, sendo que, os mais comuns e utilizados são: Perfil epidemiológico: baseia-se, fundamentalmente, no perfil nosológico e nos dados de morbimortalidade; Consumo histórico: análise do comportamento de consumo do medicamento numa série histórica no tempo, possibilitando estimar as necessidades; Oferta de serviços: utilizado quando se trabalha em função da disponibilidade de serviços ofertados à população-alvo. Recomenda-se utilizar a combinação de diversos métodos, para que se consiga uma programação com melhores resultados. AVALIAÇÃO A programação é um processo dinâmico e esse processo deve ser avaliado periodicamente, para que se possa fazer os ajustes necessários em tempo hábil, evitando a tão temida ruptura de estoque. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Assistência Farmacêutica: instruções técnicas para a sua organização. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd03_15.pdf >. Acesso em: 30 jul. 2023. PEREIRA, Rebeca. OPAS/OMS - Representação Brasil. Planejamento, Programação e Aquisição: prever para prover Uso Racional de Medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da Assistência Farmacêutica. Brasília, junho de 2016, Vol.1, nº10. Disponível em: <https://www.rets.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/arqu ivos/biblioteca/fasciculo_10.pdf>. Acesso em: 30 jul 2023. CRF-PR. Conselho Regional de Farmácia do Paraná. Programação de medicamentos, 2013. Disponível em: <https://www.crf- pr.org.br/uploads/pagina/28611/ZQ2HMX- Gb75w6oHOo2KZnJ2WXKik9c7w.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2023. Sugestão de alguns indicadores: % itens de medicamentos programados x medicamentos adquiridos % demanda atendida e não atendida % medicamentos programados e não utilizados
Compartilhar