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IM02 - Alergias e Avaliação da Função Imune

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Aula 02
Imunologia p/ EMSERH (Biomédico)
Professor: Denise Rodrigues
05503769333 - ISNARA COELHO DE RESENDE DIAS
Imunologia para EMSERH (Biomédico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof.ª Denise Rodrigues ʹ Aula 02 
 
 
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AULA 02: Reações de Hipersensibilidade e 
Avaliação da Função Imune 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Saudação Inicial 01 
2. Hipersensibilidade 02 
3. Avaliação da função imune 13 
4. Lista de Questões 32 
5. Gabarito 40 
6. Referências Bibliográficas 41 
 
Saudação Inicial 
Olá, pessoal! Como vão? Espero que estejam conseguindo focar em 
seus objetivos de estudo. 
Em nossa última aula aprofundamos nossos conhecimentos sobre 
mecanismos de resposta do sistema imune e, nesta aula, temos os 
tópicos “alergias” e “avaliação de função imune” do edital. Vamos estudar 
sobre as famosas “alergias” e também a respeito de avaliação laboratorial 
da função imune (incluindo avaliação laboratorial das manifestações 
alérgicas) O direcionamento de nosso estudo virá das questões que têm 
aparecido em concursos anteriores para biomédico. Vamos lá!  
 
 
 
 
 
 
 
05503769333 - ISNARA COELHO DE RESENDE DIAS
Imunologia para EMSERH (Biomédico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof.ª Denise Rodrigues ʹ Aula 02 
 
 
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Após estudar os principais mecanismos de resposta imune, vamos 
iniciar conhecendo as reações de hipersensibilidade: 
 
Hipersensibilidade 
Distúrbios Causados Por Respostas Imunes 
As respostas imunes são capazes de causar lesão tecidual e doença. 
Algumas dessas reações imunes prejudiciais ou patológicas são chamadas 
de reações de hipersensibilidade. 
As reações de hipersensibilidade podem ocorrer em duas situações. 
1) Podem surgir de respostas descontroladas ou anormais a 
antígenos estranhos, resultando em lesão tecidual; ou 
2) Podem resultar da falha de mecanismos de auto tolerância, 
gerando respostas imunes contra antígenos próprios (autólogos), 
o que denominamos autoimunidade (ocorre nas doenças 
autoimunes). 
 
Tipos de reações de hipersensibilidade 
As reações de hipersensibilidade são classificadas com base no 
principal mecanismo imunológico responsável pela lesão tecidual e pela 
doença. Podem ser dos tipos: 
Hipersensibilidade imediata ou hipersensibilidade tipo I: um tipo de 
reação patológica causada pela liberação de mediadores de mastócitos. É 
desencadeada pela produção excessiva de imunoglobulinas IgE e ligação 
da porção Fc das IgE a receptores presentes em mastócitos localizados 
nos diversos tecidos. 
Hipersensibilidade tipo II: também chamada hipersensibilidade 
citotóxica, ocorre quando anticorpos direcionados contra antígenos 
celulares ou teciduais danificam essas células ou tecidos, prejudicando 
sua função. Envolvimento de IgG ou IgM e complemento. Fagócitos e 
células NK também participam na chamada citotoxicidade celular 
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Teoria e exercícios comentados 
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dependente de anticorpo (ADCC, sigla para o termo em inglês antibody-
dependent cell-mediated cytotoxicity). 
Hipersensibilidade tipo III: ocorre quando os anticorpos contra 
antígenos solúveis formam imunocomplexos com os antígenos, e esses 
complexos podem se depositar nos vasos sanguíneos em vários tecidos e 
causar inflamação e lesão tecidual. 
Hipersensibilidade tipo IV: também conhecida como mediada por 
células ou hipersensibilidade tardia. Resulta das reações dos linfócitos T (e 
também tem envolvimento de macrófagos), geralmente contra antígenos 
próprios nos tecidos. 
 
Vamos agora conhecer em mais detalhes cada um desses tipos de 
hipersensibilidade. 
 
 
 
 
 
Hipersensibilidade Imediata ou Tipo I 
Por motivos desconhecidos, alguns indivíduos quando expostos a 
certos antígenos (ex: alguns alimentos, proteínas do pólen, venenos de 
insetos, pelos de animais ou medicamentos) apresentam uma reação 
mediada por anticorpos IgE e mastócitos, que causa um rápido 
vazamento vascular e secreções mucosas, geralmente acompanhados por 
inflamação. 
As reações de hipersensibilidade imediata são denominadas 
alergias, ou atopias. Tais reações podem afetar diversos tecidos e 
apresentam gravidade variável. Exemplos comuns são a febre do feno, 
alergias alimentares, asma brônquica e anafilaxia (forma sistêmica e mais 
grave de hipersensibilidade imediata). As alergias são os distúrbios mais 
frequentes do sistema imunológico e estima-se que afetem cerca de 20% 
da população. 
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Atenção!!! 
 
 
 
 
Nos indivíduos propensos (atópicos), a exposição a alguns antígenos 
resulta na ativação de células Th2 e produção de anticorpos IgE, com a 
ligação da IgE a receptores de Fc presentes nos mastócitos. 
 
 
Relembrando... 
 
Resposta Th2 é aquele perfil de resposta de linfócitos T CD4+ que 
promove a resposta humoral. Temos a produção de IL-4 (estimula 
produção de anticorpos IgE - que se fixa a mastócitos e em 
eosinófilos através da porção Fc), IL-5 (induz produção e ativação de 
eosinófilos), além de IL-10 (inibição de Th1) e IL-13 (levando à 
ativação de linfócito B e consequente liberação de anticorpos). As 
citocinas IL-4 e IL-10 secretadas pelas células Th2 inibem a 
ativação clássica dos macrófagos (a que estimula suas funções 
microbicidas) e estimulam a via alternativa de ativação dos 
macrófagos. A ativação alternativa dos macrófagos pode participar do 
reparo tecidual após uma lesão, mas também pode contribuir para a 
fibrose e os danos teciduais em pacientes com infecções parasitárias 
crônicas ou doenças alérgicas. 
 
Os mastócitos então são revestidos com anticorpo IgE específico 
para o(s) antígeno(s) ao(s) qual(is) o indivíduo é alérgico. Esse processo 
de revestimento dos mastócitos com IgE é denominado sensibilização, 
porque o revestimento com IgE específico de um antígeno torna os 
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mastócitos sensíveis à ativação pela exposição subsequente àquele 
antígeno. Então, em uma nova exposição ao antígeno, ocorre ligação da 
IgE ao antígeno e liberação de mediadores dos mastócitos. 
 
São três tipos de respostas no mastócito: 
1) Liberação rápida de conteúdos granulosos (degranulação): os 
mediadores mais importantes produzidos pelos mastócitos são as aminas 
vasoativas e proteases armazenadas nos grânulos e deles liberadas. A 
principal amina liberada, a histamina, causa a dilatação de pequenos 
vasos sanguíneos, aumenta a permeabilidade vascular e estimula a 
contração temporária do músculo liso, resultando em muitos sintomas. 
Essa reação vascular e do músculo liso pode ocorrer minutos após a 
reintrodução do antígeno em um indivíduo pré-sensibilizado – por isso 
“hipersensibilidade imediata”. E as proteases podem lesar tecidos 
locais. 
2) Síntese e secreção de mediadores lipídicos: produtos do 
metabolismo do ácido araquidônico recém-gerados e secretados. Os 
metabólitos do ácido araquidônico incluem as prostaglandinas, que 
causam dilatação vascular, e os leucotrienos, que estimulam a contração 
prolongada do músculo liso. 
3) Síntese e secreção de citocinas: elas induzem inflamaçãolocal pois 
recrutam neutrófilos e eosinófilos ao local da reação durante muitas 
horas. Esse componente inflamatório da hipersensibilidade imediata é 
denominado reação de fase tardia e é responsável principalmente pela 
lesão tecidual que resulta de ataques repetidos de hipersensibilidade 
imediata. Duas das citocinas secretadas pelas células Th2, IL-4 e IL-13, 
estimulam linfócitos B (com especificidade para os antígenos em questão) 
a mudarem para plasmócitos produtores de IgE. Assim, os indivíduos 
atópicos produzem grandes quantidades de anticorpos IgE em resposta a 
antígenos que normalmente não produzem respostas de IgE em outras 
pessoas. 
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Assim, os mediadores dos mastócitos são responsáveis por 
reações agudas vasculares e do músculo liso e pela inflamação, os 
principais atributos da hipersensibilidade imediata. 
Esse tipo de hipersensibilidade também pode ter o envolvimento de 
basófilos, que são células circulantes com muitas das características dos 
mastócitos, mas o papel dos basófilos na hipersensibilidade imediata não 
está tão bem estabelecido como o papel dos mastócitos. 
A propensão ao desenvolvimento de Th2, produção de IgE e 
hipersensibilidade imediata tem uma forte base genética. O 
principal risco conhecido para o desenvolvimento de alergias é um 
histórico familiar de doença atópica. O tratamento das alergias visa inibir 
a produção e antagonizar as ações dos mediadores e combater seus 
efeitos nos órgãos terminais. 
 
Alergia ou reação de hipersensibilidade: é uma resposta imunológica 
exagerada, característica, que se desenvolve após a exposição a um 
determinado antígeno e que ocorre em indivíduos suscetíveis 
(geneticamente) e previamente sensibilizados. 
 
 
 
 
1. (2014/IADES/EBSERH/Médico–Alergia e Imunologia) Qual é a principal 
célula responsável pelas reações de hipersensibilidade imediata? 
A) Eosinófilo. 
B) Mastócito. 
C) Linfócito. 
D) Basófilo. 
E) Célula dendrítica. 
Comentário: ao pensar em hipersensibilidade imediata devemos lembrar 
que é também chamada tipo I, é mediada por anticorpos IgE e 
principalmente por mastócitos, que sofrem degranulação liberando 
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aminas vasoativas, sendo a principal delas a histamina, além da 
secreção de mediadores inflamatórios, como as prostaglandinas e 
leucotrienos, e de citocinas. Esse tipo de hipersensibilidade pode envolver 
os basófilos, mas o papel desse tipo celular não está tão bem estabelecido 
como o papel dos mastócitos. 
Gabarito: B. 
 
Hipersensibilidade Tipo II 
Ocorre quando anticorpos direcionados contra antígenos celulares 
ou teciduais danificam essas células ou tecidos, prejudicando sua função. 
Os antígenos são normalmente endógenos, embora agentes químicos 
exógenos (haptenos) que podem se ligar a membranas celulares também 
sejam capazes de levar a hipersensibilidade tipo II. Anemia hemolítica 
induzida por drogas, granulocitopenia e trombocitopenia são exemplos. O 
tempo de reação é de minutos a horas. 
Os anticorpos IgM e IgG promovem a fagocitose das células a que 
se ligam, induzindo inflamação pelo recrutamento de leucócitos mediado 
por receptor de Fc e complemento, e podem interferir nas funções das 
células ao se ligarem a moléculas e receptores essenciais. 
Células NK também participam causando ADCC, sigla do termo em 
inglês para citotoxidade celular (ou mediada por células) dependente de 
anticorpo. É um mecanismo efetor de resposta imune onde o receptor Fc 
das células NK liga-se aos anticorpos IgG ligados as células e o resultado 
é a lise das células revestidas de anticorpo. O Fc┛RIII é um receptor de 
baixa afinidade que se liga as moléculas de IgG agregadas a superfície 
célular causando a ADCC. Ele age ativando as células NK para 
sintetizarem e secretarem citocinas, tais quais IFN-┛ e descarregarem o 
conteúdo dos seus grânulos que são mediadores da função citotóxica 
desse tipo de célula, isso pode ser facilmente demonstrado in vitro. 
 
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Hipersensibilidade Tipo III 
Ocorre quando os anticorpos contra antígenos solúveis formam 
imunocomplexos com os antígenos e esses imunocomplexos se depositam 
nos vasos sanguíneos em vários tecidos e causam inflamação e lesão 
tecidual. São as chamadas doenças de complexo imune. Os complexos 
imunológicos depositam-se principalmente nos vasos pelos quais o plasma 
é filtrado em alta pressão (p. ex., glomérulos renais e sinóvia articular). 
Portanto, as doenças de complexo imune tendem a ser sistêmicas e 
geralmente se manifestam como vasculite difusa, artrite e nefrite. A 
inflamação na parede do vaso (vasculite) provoca ainda, de maneira 
secundária, a lesão tecidual em função do fluxo sanguíneo comprometido. 
São muitos os distúrbios de hipersensibilidade crônicos em seres 
humanos causados ou associados a anticorpos anti-teciduais e complexos 
imunes. Anticorpos causadores de doenças são com mais 
frequência anticorpos contra antígenos próprios e menos 
comumente específicos de antígenos estranhos (p. ex., 
microbianos). A produção de auto anticorpos resulta de falhas nos 
mecanismos de auto tolerância, ainda não muito bem elucidadas. 
O tratamento dessas doenças visa principalmente limitar a 
inflamação e as suas consequências negativas, por meio da administração 
de fármacos como os corticosteroides. Nos casos graves, utiliza-se 
plasmaférese para reduzir os níveis de anticorpos ou complexos imunes 
circulantes. 
Plasmaférese: aférese é o procedimento de separação de componentes 
a partir do sangue total. É feita a retirada do sangue total e a separação 
do(s) componente(s) de interesse por meio de centrifugação ou filtração 
e devolução dos remanescentes ao doador ou paciente. De acordo com o 
componente removido, a aférese pode ser classificada em plasmaférese 
(remoção de plasma), leucaférese (remoção de granulócitos e ou 
linfócitos), eritrocitaférese (remoção de eritrócitos) e plaquetaférese 
(remoção de plaquetas). 
 
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Hipersensibilidade Tipo IV 
É também conhecida como mediada por células ou 
hipersensibilidade tardia. Resultam de reações mediadas por linfócitos 
T, macrófagos e neutrófilos, geralmente contra antígenos próprios nos 
tecidos (doenças autoimunes), mas também em doenças infecciosas 
(tuberculose, hanseníase, toxoplasmose e etc..). Ocorre inflamação 
causada por citocinas produzidas por células T CD4+ Th1 e Th17, levando 
a ativação e recrutamento de macrófagos e neutrófilos e também ocorre 
lesão pelo extermínio de células do hospedeiro por linfócitos T citotóxicos 
CD8+. 
Diferentes doenças podem ser associadas à ativação de células Th1 
e Th17. As células Th1 são a fonte de interferon-┛ (IFN-┛), a principal 
citocina ativadora de macrófagos. E as células Th17 são responsáveis pelo 
recrutamento de leucócitos, incluindo neutrófilos. A lesão tecidual 
verdadeira nessas doenças é causada, principalmente, por macrófagos e 
neutrófilos. As células T CD8+ específicaspara antígenos em células do 
hospedeiro também podem causar lesão por destruir diretamente essas 
células. 
A reação típica mediada pelas citocinas da célula T é a 
hipersensibilidade de tipo tardio (HTT), assim chamada porque 
ocorre de 24 a 48 horas após um indivíduo anteriormente exposto a um 
antígeno proteico ter sido desafiado com o antígeno (a reação é tardia). O 
exemplo clássico dessa hipersensibilidade é a Reação de Mantoux ou 
tuberculínica, que atinge um pico em 48 horas após a injeção do 
antígeno PPD. A lesão é caracterizada por calosidade e eritema. 
Reações de HTT são frequentemente utilizadas para determinar se 
indivíduos foram expostos previamente ao antígeno e responderam a ele. 
Por exemplo, a já citada reação de HTT para o antígeno micobacteriano 
PPD (derivado proteico purificado de tuberculina, do inglês, 
tuberculin purified protein derivative), é indicativa de uma resposta 
de célula T para micobactéria. Esta é a base para o teste epidérmico de 
PPD usado para detectar infecções micobacterianas prévias ou ativas. 
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Relembrando... 
 
 
Resposta Th1 é aquele perfil de resposta de linfócitos T CD4+ que 
promove resposta imune do tipo celular. Ocorre com grande 
produção de IL-2 (induz proliferação e potencializa Linfócitos T CD8+), 
IFN- ┛ (ativa fagócitos para destruição de micro-organismos e estimula 
produção de opsonizantes) e IL-12, originando uma resposta mediada 
por células e inibindo a Th2. Em geral, é produzida em resposta a micro-
organismos intracelulares ou que estão infectando células, principalmente 
protozoários, bactérias intracelulares, vírus e fungos. Os linfócitos T 
CD4+ do subgrupo Th1 aumentam a capacidade dos fagócitos em 
destruir micro-organismos. Resumo: citocinas produzidas pelas células 
Th1 ativam macrófagos e participam na geração de células T citotóxicas, 
resultando em uma resposta imune mediada por células 
Resposta Th17 ocorre com produção de IL-17 pelas células T CD4+, 
uma citocina pro inflamatória, importante por seu efeito de recrutamento 
de macrófagos e neutrófilos para o sítio da infecção, ou seja, inflamação. 
As células Th17 também induzem outras células a secretar citocinas que 
são importantes para o recrutamento de neutrófilos e, em menor escala, 
de monócitos. A inflamação é uma das principais reações da imunidade 
inata, porém, quando são as células T (imunidade adquirida) que 
estimulam inflamação, a reação é mais forte e mais prolongada do que 
quando ela é evocada por respostas imunes inatas. Além da inflamação, 
as células Th17 estimulam a produção de substâncias antimicrobianas, 
designadas como defensinas, que funcionam como antibióticos 
endógenos localmente produzidos. 
 
 
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A classificação dos tipos de hipersensibilidade é útil para fins 
didáticos, porém, tem de ficar claro que o dano causado em doenças 
imunológicas humanas pode resultar de uma combinação de reações 
mediadas por anticorpos e de reações mediadas por células T, muitas 
vezes não sendo possível classificar perfeitamente em um único tipo de 
hipersensibilidade. 
 
Vejam uma questão de concurso sobre isso: 
 
 
 
2. (2015/IBFC/EBSERH/Médico-Alergia e Imunologia Pediátrica) Embora 
na resposta alérgica os mecanismos iniciais estejam relacionados às 
reações de hipersensibilidade do tipo I, as demais reações de 
hipersensibilidade também podem ocorrer. Escolha a alternativa que 
relaciona erroneamente o tipo de reação ao seu mecanismo efetor. 
a) Reação do tipo II: mediada por anticorpos IgE específicos. 
b) Reação tipo I: mediada pela ativação de mastócitos e liberação de 
mediadores inflamatórios. 
c) Reação do tipo I: mediada por anticorpos IgE específicos. 
d) Reação tipo III: complexos imunes depositados nos tecidos. 
e) Reação do tipo IV: células T sensibilizadas, pelo antígeno, liberam 
interleucinas após segundo contato. 
Comentário: a única descrição de mecanismo efetor de reação de 
hipersensibilidade que não condiz é a da letra A, uma vez que é a 
reação imediata ou tipo I que é mediada por anticorpos IgE específicos 
e não a de tipo II. 
Gabarito: A. 
 
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3. (2014/AOCP/UFC/Biomédico) Considerando aspectos do sistema imune 
e da resposta imunológica, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que 
se afirma a seguir e assinale a alternativa correta. 
( ) A IgM é a classe de imunoglobulinas que aparece em maior 
concentração no soro. 
( ) As IgG, IgM e IgE são carboidratos. 
( ) O sistema imune compreende a imunidade celular e a imunidade 
humoral, sendo as células B responsáveis pela imunidade celular e as 
células T, pela produção de anticorpos. 
( ) As reações de hipersensibilidade do tipo I são mediadas pelas IgE, 
ativando inicialmente mastócitos. 
( ) Reações de hipersensibilidade tardia podem ser evidenciadas em 
muitas doenças autoimunes e infecciosas, como lepra e tuberculose. 
a) V – V – F – F – V. 
b) F – F – F – F – V. 
c) V – F – V – V – V. 
d) V – F – F – V – V. 
e) F – F – V – V – F. 
Comentário: a resposta correta seria F,F,F,V,V , a qual não estava em 
nenhuma das alternativas, por isso a questão foi anulada. A IgG é a 
imunoglobulina mais abundando no soro, as Igs são proteínas e as células 
B são responsáveis pela imunidade humoral (produção de anticorpos) e as 
células T pela imunidade celular. 
Gabarito: ANULADA. 
 
Avaliação da Função Imune 
Veremos as principais provas utilizadas na avaliação imunológica de 
pacientes. 
Avaliação de Imunodeficiências: as deficiências predominantemente 
humorais representam cerca de 60% das imunodeficiências primárias, em 
seguida temos as deficiências celulares e de fagócitos responsáveis por 
cerca de 20 e 18%, respectivamente. As mais raras são as do Sistema 
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Complemento. A avaliação da competência imunológica geralmente 
requer laboratório especializado e o custo financeiro é elevado. Na 
investigação de imunodeficiências, o tipo de deficiência imune encontrada 
geralmente relaciona-se à história clínica do paciente. Vejamos: 
 
Infecções de repetição por bactérias extracelulares: deficiência de 
anticorpos predominantemente ou deficiência de proteínas do 
sistema Complemento. 
Infecções por bactérias intracelulares e germes oportunistas: 
deficiência da imunidade celular. 
História de abscessos de repetição: comum nas deficiências de 
fagócitos, tendo, principalmente, o Staphilococcus aureus como agente 
etiológico. 
O diagnóstico de algumas doenças pode ser afastado, com pequeno 
custo, se forem utilizadas provas de triagem bem selecionadas: 
Hemograma completo:é um dos exames mais informativos e de maior 
relação custo-benefício. Estando a contagem de neutrófilos normal, pode-
se afastar a hipótese de neutropenias congênitas ou adquiridas e defeitos 
de adesão leucocitária. Número de linfócitos normal para idade exclui a 
imunodeficiência grave combinada e defeitos graves de células T. Na 
síndrome de Wiskott-Aldriclh, temos presença de plaquetopenia com 
presença de microplaquetas. 
Dosagens das imunoglobulinas séricas IgA, IgG e IgM: na suspeita 
de deficiência de anticorpos, as dosagens dessas imunoglobulinas 
fornecem informações úteis. 
Teste cutâneo de hipersensibilidade tardia: método mais barato e, ao 
mesmo tempo, eficiente para se avaliar a resposta imune celular, 
podendo ser realizado com uma variedade de antígenos. Uma boa bateria 
de antígenos deve incluir PPD, SK-SD (varidase), tétano e candidina, por 
serem antígenos contra os quais a maioria da população está 
sensibilizada. Desta forma, torna-se altamente improvável que um 
indivíduo normal seja negativo a todos estes antígenos por falta de 
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contato prévio. No caso de crianças, entretanto, essa chance é muito 
elevada e, nesse caso, o teste com a Candidina é o que tem maior 
probabilidade de dar resultado positivo. No Brasil, devido a 
obrigatoriedade de vacinação precoce com BCG, o teste com o PPD é a 
melhor escolha. Se o teste for positivo (caracterizado por eritema e 
nódulo após 24-48 horas), estarão praticamente afastadas as suspeitas 
de deficiências graves de células T. O tamanho do nódulo não tem 
importância. 
 
Resumindo... 
Os exames iniciais a serem solicitados em uma avaliação de função 
imune são: 
 
Exames Iniciais na Suspeita de Imunodeficiência 
1.Hemograma 
2.Níveis séricos de Imunoglobulinas : IgA, IgM e IgG 
3.Teste cutâneo de Hipersensibilidade Tardia (PPD) 
 
Vamos exercitar: 
 
 
4. (2013/IBFC/EBSERH-HUB/Biomédico) Na avaliação das 
imunodeficiências, a dosagem das imunoglobulinas séricas é muito 
utilizada, sendo indicada como avaliação inicial a dosagem das 
imunoglobulinas: 
a) IgE, IgD e Subclasses de IgG 
b) Linfócitos T, IgD e Subclasses de IgG. 
c) Quantificação de linfócitos B, IgA e IgM 
d) IgA, IgM e IgG 
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Comentário: lembrem-se, na avaliação das imunodeficiências, ao realizar 
a investigação sobre imunoglobulinas, é feita a dosagem da IgG (principal 
Ig sérica, principal defesa sorológica, imunidade vacinal), IgM (resposta 
primária) e IgA (defesa de mucosas). 
Gabarito: D. 
 
Avaliação de Hipersensibilidade: o diagnóstico de alergia é realizado 
por meio de avaliação cuidadosa da história clínica, exame físico e exames 
complementares como teste cutâneo de leitura imediata (Prick Test 
ou puntura), teste cutâneo de leitura tardia (intradérmico e testes 
de contato), determinação da IgE sérica (testes in vitro), dentre 
outros. 
 
Testes Cutâneos de Alergia 
Os testes cutâneos podem ser úteis como meios de confirmação 
diagnóstica nos vários tipos de alergias. Os testes ideais devem ser 
rápidos, de fácil execução, de baixo custo, com boa sensibilidade e 
especificidade, eficientes e com boa reprodutibilidade. No entanto, a 
limitação principal dos testes alérgicos é que, por vários motivos que 
veremos a seguir, estes testes podem dar resultados falso-positivos ou 
falso-negativos e ser interpretados de forma inadequada. Um teste 
alérgico positivo não significa, necessariamente, a presença de doença 
alérgica, visto que pacientes não alérgicos podem ter testes positivos, do 
mesmo modo que um teste negativo não exclui uma etiologia alérgica. 
Deste modo, os testes cutâneos devem sempre ser relacionados com a 
história clínica. Vamos conhecer os principais testes: 
 
Teste de punctura (prick-test) 
O teste de punctura ou puntura (“prick-test”) é o mais utilizado na 
prática clínica diária e sofreu pequenas modificações desde a sua 
introdução. Na realidade, o que ocorreu foi a melhoria da qualidade dos 
extratos alergênicos. O teste de punctura é seguro e de fácil execução, 
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tem boa reprodutibilidade e é considerado o melhor para uso na prática 
clínica diária de alergia. 
Resumo da técnica do teste de punctura: 
Material: extratos alergênicos padronizados, controle positivo (histamina), 
controle negativo (veículo do extrato ou soro fisiológico), lancetas 
Método: usar uma gota para cada alérgeno, aplicando-se na superfície 
volar (face interna) do antebraço. Perfurar a pele com a lanceta. Tempo 
de leitura 15 a 30 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Interpretação: pápula de 3mm de diâmetro, com pelo menos a metade do 
diâmetro da histamina e sem resposta do controle negativo. 
Cuidados: a ocorrência de anafilaxia é rara, mas não deve ser 
negligenciada. O paciente deve ser acompanhado por 30 minutos após o 
teste. 
Algumas condições que inviabilizam esse teste são: 
 Uso de anti-histamínicos (devem ser suspensos 5 dias antes do 
teste) 
 Uso de antidepressivos 
 Uso de beta-bloqueadores 
 Presença de lesões de pele extensas (ex: dermatite atópica) 
 Dermografismo (um tipo de alergia de pele) 
 Distúrbios de coagulação 
 História pregressa de anafilaxia com o alérgeno testado. 
 
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Teste intradérmico – TID 
O teste intradérmico pode ser utilizado para avaliação da 
hipersensibilidade mediada por anticorpos IgE (hipersensibilidade 
imediata, anafilática ou Tipo I), hipersensibilidade mediada por anticorpos 
IgG (reação por imunocomplexos ou reação tipo III) ou por células 
(reação tardia ou Tipo IV) a um determinado antígeno, que é injetado na 
derme superior com seringa e agulha apropriada. Durante a avaliação da 
hipersensibilidade imediata, os antígenos testados pela via intradérmica 
devem estar em concentrações 25 a 50 vezes menores daquelas usadas 
nos testes de punctura. O teste intradérmico está indicado quando o teste 
de punctura for negativo. O teste intradérmico tem melhor 
reprodutibilidade que o teste de punctura e tem alta sensibilidade com 
extratos de baixa potência, sendo utilizado para avaliação da potência e 
padronização de extratos alergênicos. Além disso, dão mais reações 
adversas que os testes de punctura, ao redor de 2%. O TID permite que 
se faça uma titulação “in vivo” de um determinado antígeno, por exemplo, 
para se achar o end point antes do início de uma imunoterapia específica 
e pode ser usado na avaliação da imunidade tardia. A via intradérmica 
não é recomendada para testes com alimentos pelo maior risco de 
reações anafiláticas. Os alimentos devem ser testados pela via epidérmica 
através dos testes de punctura. 
 
Resumo da técnica do teste intradérmico: 
Material: extratos alergênicos padronizados, controle positivo (histamina), 
controle negativo (veículo extrato ou soro fisiológico), seringa tipo alergia 
(tuberculina) de 1mL, agulha hipodérmica 10 x 5. 
Método: injeta-se 0,05 a 0,1ml do alérgeno via intradérmica. Face volardo antebraço. 
Tempo de leitura: 15 a 30 minutos, 4 a 8 horas e 24 a 48 horas. 
Interpretação: eritema e edema após 15 a 30 minutos é sugestivo de 
reação Tipo I. Eritema e edema com induração após 4 a 8 horas, que 
progride para necrose é sugestiva de reação Tipo III. Eritema, edema e 
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nódulo de pelo menos 5mm após 24 a 48 horas indica reação Tipo IV 
(Reação de Mantoux). 
Cuidados: O risco de anafilaxia é maior do que no teste de punctura. O 
risco é maior nos pacientes asmáticos. O paciente deve ser acompanhado 
por 30 minutos após os testes. 
 
Teste com autossoro (TAS) 
O teste com autossoro foi introduzido por Greaves em 1999. O TAS 
é usado na prática clínica na investigação das urticárias crônicas ou 
doenças autoimunes. Este teste clínico pode ser usado com um razoável 
valor preditivo, quando positivo indica a presença de auto anticorpos 
funcionais circulantes contra o receptor de IgE (Fc┴RI) e/ou IgE. 
Resumo da técnica do teste com auto-soro (TAS): 
Material: soro do paciente, controle positivo (histamina), controle 
negativo (veículo extrato ou soro fisiológico), seringa tipo alergia 
(tuberculina) de 1ml, agulha hipodérmica 10 x 5. 
Método: injeta-se 0,05 a 0,1ml do soro via intradérmica na face volar do 
antebraço. 
Tempo de leitura: 30 minutos e 1 hora. 
Interpretação: TAS-positivo é definido quando induz um eritema e edema 
com diâmetro maior ou igual a 1,5mm ao do controle negativo quando 
este ocorrer. 
Cuidados: os mesmos dos testes intradérmicos. 
 
Testes “in vitro” para Alergias 
IgE total 
A IgE é uma imunoglobulina cuja concentração no sangue depende 
da idade e da presença ou não de atopia. Indivíduos com asma brônquica, 
rinite, dermatite atópica e outras doenças alérgicas apresentam valores 
maiores do que pessoas não atópicas. A ocorrência de níveis elevados 
pode indicar alergia, mas sem investigação de IgE específica (teste que 
veremos logo mais) não se tem referência ao alérgeno. E além dos 
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quadros alérgicos, existem outras causas de aumento de IgE total, como 
por exemplo as parasitoses, doenças malignas (mieloma, linfoma de 
Hodgkin), imunodeficiências primárias (síndrome hiper-IgE, de Wiskott-
Aldrich, de Nezelof), doenças infecciosas (aspergilose broncopulmonar 
alérgica) e doenças inflamatórias (síndrome de Churg-Strauss, doença de 
Kawasaki). A mensuração dessa imunoglobulina está indicada no 
tratamento da asma brônquica grave com utilização de anticorpo 
monoclonal. 
 
Imunoensaio IgE específico 
São testes complementares, uma opção aos testes cutâneos. 
Quando comparada a esses, a medida da IgE específica possui a 
vantagem de ser isenta de risco e de não sofrer interferência de 
medicamentos em uso pelo paciente (ex: anti-histamínicos). 
A medida dessa imunoglobulina é utilizada nos casos de suspeita de 
anafilaxia e de risco de reação sistêmica, de história de reação grave 
minutos após o contato com o alérgeno suspeito, de lesões cutâneas 
extensas que impossibilitam a realização dos testes cutâneos, e de 
suspeitas de sensibilização em pessoas com prick test negativo. Também 
tem aplicação em extremos de idade e na gestação, podendo ainda ser 
usada para substâncias sem extratos padronizados disponíveis para o 
teste cutâneo. 
Essa categoria de testes é corriqueiramente referida pela 
denominação genérica “dosagem de IgE específica para alérgenos” ou 
“imunoensaios para anticorpos IgE”. 
 
Atenção!!! 
 
Não concordo que em provas de concurso sejam 
mencionados nomes de ”marcas” específicas de exames e sim 
deveriam ser cobrados nas questões apenas os princípios técnicos 
das metodologias e os nomes genéricos das classes de testes. 
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Entretanto, nomes de marcas de fabricante dos exames tem 
aparecido em questões de provas, então é preciso conhecer para 
não perder a questão ou ter dor de cabeça para interpor recurso. 
Vamos conhecer alguns exemplares “famosos” desse grupo de testes: 
 
Radio Allergo Sorbent Test – RAST®: esse é apenas o teste de 
primeira geração para detecção in vitro de IgE plasmática específica para 
alérgenos. O RAST (Radio Allergo Sorbent Test) é um radioimunoensaio 
para detectar anticorpos IgE específicos, onde se utiliza marcadores com 
isótopos radioativos (com emissão de raios gama) para a detecção de 
reações sorológicas positivas entre anticorpos IgE e alérgenos 
covalentemente ligados a esferas de celulose ou discos de papel. O soro 
do paciente a ser testado é adicionado e incubado com essas partículas. 
Durante esse período, os anticorpos IgE e de outras classes se combinam 
ao alérgeno. Após a lavagem, é adicionado um anticorpo monoclonal anti-
IgE radioativo. As partículas são lavadas novamente e, então, é 
determinada a quantidade de radioatividade fixada a elas. O 
radioimunoensaio é capaz de detectar níveis de anticorpos em 
concentrações de picogramas. 
 
Atenção!!! 
 
Com o tempo, os marcadores radioativos foram substituídos 
por marcação com fluorocromos ou enzimas, portanto, os testes 
para dosagem de IgE específica para alérgenos mais utilizados 
atualmente são ensaios enzimáticos (ELISA), fluorimétricos ou 
outras metodologias mais modernas sem envolvimento de 
radiação. 
 
ImmunoCAP®: é considerado o padrão de referência entre os exames 
para detecção de IgE específica no sangue. É um método dosador de 
IgE específica contra alérgeno no sangue, que utiliza um método 
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quantitativo enzimático não radioativo, permitindo determinar o 
grau de sensibilização ao alérgeno testado. Com o ImmunoCAP é 
possível testar a sensibilização a centenas de alérgenos, como 
aeroalérgenos (ácaros, pólens, fungos, epitélios de animais) e alimentos. 
 
Os exames de dosagem de IgE específica para alérgenos são 
utilizados tanto para confirmar que um paciente pode ser alérgico como 
para melhorar o tratamento das doenças alérgicas, como asma e rinite 
alérgica, quando os testes cutâneos não estão disponíveis ou não são 
adequados, como em caso de pacientes com eczema/dermatite atópica, 
urticária. Deve-se optar pelos exames de dosagem de IgE específica para 
alérgenos sempre que as lesões cutâneas no paciente prejudicarem a 
leitura dos testes cutâneos ou caso a pessoa esteja fazendo uso de anti-
histamínico que interfere com o teste cutâneo e sem a possibilidade de 
interromper a medicação temporariamente. 
Dosagem de IgE específica para alérgenos com resultado falso-
positivo é raro e decorre da reatividade cruzada entre carboidratos 
existentes em algumas estruturas celulares e alguns alimentos que podem 
ocasionar resultados positivos ou entre glicoproteínas existentes também 
no pólen de grama, látex e frutas, mas as dosagens apresentam sempre 
baixa concentração. As reações cruzadas entre diferentes alérgenos são 
frequentes e a reatividade pode ser contra múltiplos alérgenos. Como por 
exemplo, podemos citar a reatividade cruzada que ocorre entretropomiosina da barata e antígenos de ácaros, epitélio de cão, gato, 
caranguejo e camarão. Inúmeras outras reatividades cruzadas são 
descritas. 
Os imunoensaios para anticorpos IgE são mais vantajosos que os 
testes cutâneos por não apresentarem nenhum risco para o paciente, 
oferecendo melhor padronização em termos de qualidade dos antígenos 
usados, e alta sensibilidade, além de utilizar uma única amostra de 
sangue. Pode ser feita a pesquisa de anticorpos específicos contra 
diferentes painéis de alérgenos ou isoladamente para diferentes 
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alérgenos, porém, são menos específicos que os testes cutâneos, exigem 
maior tempo para a realização do diagnóstico, tem maior custo para 
realização, além de não estarem disponíveis para todo alérgeno em 
potencial. Na prática, os imunoensaios estão disponíveis para alimentos, 
veneno de inseto, alérgenos ambientais (polens, fungos, animais, ácaros 
e barata), látex e alguns medicamentos. 
 
Atenção! Esse assunto (testes cutâneos x imunoensaios) é 
cobrado com certa frequência. 
 
 
 
 
 
5. (2014/IADES/EBSERH/Biomédico) Acerca dos testes utilizados para 
detecção de alergias, assinale a alternativa correta. 
a) Os testes cutâneos são mais vantajosos que os imunoensaios para 
anticorpos IgE por não apresentarem nenhum risco para o paciente. 
b) Os imunoensaios para anticorpos IgE permitem a investigação de 
pacientes que apresentam dermografismo e são mais confiáveis quanto à 
introdução da imunoterapia. 
c) Os testes cutâneos são menos específicos que os imunoensaios para 
anticorpos IgE. 
d) Os imunoensaios para anticorpos IgE são menos dispendiosos que os 
testes cutâneos. 
e) Uma das principais vantagens dos imunoensaios para anticorpos IgE é 
a não ocorrência de resultados falso positivos. 
Comentário: os testes cutâneos, embora seguros, apresentam sim risco 
ao paciente (ex.: reação anafilática), enquanto os imunoensaios são 
testes in vitro, portanto, a letra A é incorreta. Os testes cutâneos são 
mais específicos que os imunoensaios, conforme acabamos de ver, logo, a 
letra C está incorreta também. A letra D está errada porque os 
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imunoensaios são testes in vitro com tecnologia que torna a técnica mais 
dispendiosa do que os testes cutâneos. E finalmente, letra E também está 
incorreta porque, de acordo com o que estudamos, os imunoensaios para 
IgE podem sim apresentar resultados falso positivos, especialmente 
devido a reações cruzadas. Lembrem-se, os imunoensaios tem maior 
sensibilidade e menor especificidade que os testes cutâneos. Restou a 
letra B como alternativa correta! Dermografismo é um tipo de urticária e 
vimos que em casos de lesão na pele os testes cutâneos podem não ser 
adequados devido à dificuldade de leitura, devendo-se utilizar os 
imunoensaios. 
Gabarito: B. 
 
6. (2014/IDECAN/EBSERH-HUPAA-UFAL/Biomédico) A imunoglobulina E é 
sintetizada no pulmão e no fígado do feto a partir de onze semanas de 
gestação e, ao contrário da IgG, esta proteína não atravessa a placenta. 
Portanto, a concentração de IgE sérica dos neonatos resulta, 
exclusivamente, de sua própria síntese, observando-se um aumento 
gradativo desses níveis com o desenvolvimento, atingindo valores 
referenciais para adultos ao redor dos 15 anos, que, em indivíduos não 
atópicos, se situam abaixo de 150 unidades internacionais por mililitro. 
Uma unidade internacional de IgE corresponde a 2,4 ng. Essa classe de 
anticorpo está diretamente relacionada com as reações alérgicas de 
hipersensibilidade do tipo I. Sobre os testes complementares para o 
diagnóstico das alergias, assinale a alternativa INCORRETA. 
A) Testes cutâneos são efetuados no dorso ou na região do antebraço 
distante da fossa cubital e do punho. 
B) Para detecção in vitro da IgE, utiliza-se ensaios de fase sólida com 
alérgenos adsorvidos ou covalentemente ligados. 
C) Atualmente, a técnica mais utilizada para detecção de IgE é o RAST 
(radioallergosorbent test), que usa marcadores isotópicos emissores de 
radiação gama. 
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D) Nos testes cutâneos, são considerados puncturas positivas aquelas em 
que o diâmetro das pápulas são superiores a 3 mm àquela verificada com 
o uso apenas do diluente dos extratos alérgenos. 
E) É possível a detecção de IgE por ensaios que capturam complexos 
imunes formados de alérgenos covalentemente ligados a matrizes líquidas 
de polissacarídeos biotinilados e anticorpos IgE em solução. 
Comentário: atualmente são mais utilizados os métodos quantitativos 
enzimáticos (não radioativos) e não RAST, pois além de não utilizarem 
isótopos radioativos, são mais sensíveis e específicos. Letra C portanto é a 
incorreta. 
Gabarito: C. 
 
7. (2014/AOCP/EBSERH-UFGD/Biomédico) Na urticária crônica são 
encontrados auto anticorpos funcionais contra IgE aderidos a basófilos e 
mastócitos cutâneos. A presença destes anticorpos pode ser avaliada in 
vivo através de um teste cutâneo. Assinale a alternativa que aponta qual 
é este teste. 
a) Teste de aglutinação direta (TAD). 
b) Teste com soro de Mantoux. 
c) Teste do Soro Cruzado (TSC). 
d) Teste Intradérmico com plasma (TIP) 
e) Teste do Soro Autólogo (TSA). 
Comentário: vimos que o Teste com autossoro (TAS) ou Teste do Soro 
Autólogo, como está na questão, é usado na prática clínica na 
investigação das urticárias crônicas ou doenças autoimunes. O teste 
verifica a presença de auto anticorpos funcionais circulantes contra o 
receptor de IgE e/ou IgE. 
Gabarito: E. 
 
8. (2015/AOCP/EBSERH-HC-UFG/ Biomédico) Quais são as células mais 
abundantes durante os processos alérgicos? 
A) Eritrócitos. 
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B) Mastócitos. 
C) Miócitos. 
D) Lipócitos. 
E) Osteoblastos 
Comentário: observem como esse tema é frequentemente cobrado! 
Vocês iriam acertar, com certeza! 
Gabarito: B. 
 
9. (2015/AOCP/EBSERH-HC-UFG/Biomédico) Com base nas informações 
do caso clínico a seguir e na relação entre presença de IgE e processos 
alérgicos, responda às questões. Paciente de 21 anos, tabagista, foi 
levado ao serviço de emergência com sinais de quadro alérgico. Após 
levantamento do histórico clínico detalhado e exame físico, foi solicitado 
exame para demonstrar a presença de IgE, realizado por ensaio 
imunoenzimático (ELISA). Níveis séricos de IgE total elevados são 
observados na maioria dos casos de 
A) psoríase, sinusite bacteriana e malária. 
B) elefantíase, brucelose e/ou rinite crônica. 
C) endocardite, polidpsia e tétano. 
D) anafilaxia, piloroptose e miastenia. 
E) dermatite/eczema atópico e/ou asma alérgica. 
Comentário: nas alternativas foram misturadas doenças alérgicas e 
infecciosas. Na alternativa “E” nos deparamos apenas com doenças 
alérgicas e, conforme vimos, nesses casos é comum encontrar níveis mais 
elevados de IgE. 
Gabarito: E. 
 
10. (2015/AOCP/EBSERH-HU-UFJF/Biomédico) A Hipersensibilidade do 
tipo II é mediada: 
A) por IgG e IgE, ativando monócitos. 
B)por linfócitos T (Th1 e Th2 ou Tc) – Celular ou tardia. 
C) por IgG, fagócitos e complemento (citotóxico). 
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D) pelas IgE ativando mastócitos (anafilática). 
E) por IgG, complexos imunes e fagócitos (complexos imunes). 
Comentário: na hipersensibilidade tipo II, anticorpos direcionados contra 
antígenos celulares ou teciduais danificam essas células ou tecidos, 
prejudicando sua função. O mecanismo envolve IgG ou IgM e 
complemento, além de leucócitos e células NK, levando a citotoxidade 
celular dependente de anticorpo (ADCC). 
Gabarito: C. 
 
11. (2015/AOCP/EBSERH-HU-UFJF/Biomédico) Em relação à 
Hipersensibilidade Imediata e seus mecanismos, assinale a alternativa 
correta. 
A) Mediada por células T efetoras específicas a antígenos exógenos 
inócuos, induzindo lesões no local onde o antígeno penetra. 
B) Decorrente do efeito citopático de anticorpos, dirigidos contra 
antígenos presentes na superfície ou matiz celular. 
C) Liberação de leucotrienos, quimiocinas, citocinas e enzimas pelos 
mastócitos, havendo aumento na produção de muco e remodelagem 
tecidual. 
D) Causada pelo depósito de complexos antígeno-anticorpo em 
determinado tecido após a exposição ao alérgeno. 
E) Decorrente da atividade da histamina e prostaglandinas, havendo 
secreção de muco, aumento da permeabilidade vascular, edema, 
contração da musculatura lisa (broncoconstrição) e exantema. 
Comentário: a alternativa que contem a descrição de eventos presentes 
na hipersensibilidade imediata é a letra E. Não vejo muito o que 
comentar, mas se surgir alguma dúvida, estou à disposição! 
Gabarito: E. 
 
12. (2015/AOCP/EBSERH-HU-UFJF/Biomédico) Como é mediada a 
hipersensibilidade do tipo IV? 
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A) É mediada por anticorpos das classes IgM ou IgG e complemento, 
sendo que fagócitos e células K também participam (ADCC). A lesão 
contém anticorpos, complemento e neutrófilos. 
B) É mediada por células ou reações de hipersensibilidade tardia – DTH. 
Está envolvida na patogênese de muitas doenças autoimunes e 
infecciosas e granulomas, devido a infecções e antígenos estranhos. 
C) É mediada por complexos imunes solúveis, são na maioria de classe 
IgG, embora IgM possa estar também envolvida. O antígeno pode ser 
exógeno (bacteriano crônico, viral ou infecções parasitárias) ou endógeno 
(autoimunidade não órgão-específica). 
D) É mediada por IgE. O componente primário celular nessa 
hipersensibilidade é o mastócito ou basófilo e a reação é amplificada e/ou 
modificada por plaquetas, neutrófilos e eosinófilos. 
E) É mediada por células e complexos autoimunes insolúveis, sendo na 
maioria IgA e IgE. 
Comentário: a hipersensibilidade tipo IV resulta de reações mediadas por 
linfócitos T, macrófagos e neutrófilos, geralmente contra antígenos 
próprios nos tecidos e em doenças infecciosas também (tuberculose, 
hanseníase etc..). Ocorre inflamação causada por citocinas produzidas por 
células T, levado a ativação e recrutamento de macrófagos e neutrófilos e 
também ocorre lesão pelo extermínio de células do hospedeiro por 
linfócitos T citotóxicos. 
Gabarito: B. 
 
13. (2015/AOCP/EBSERH-HU-UFJF/Biomédico) São exemplos de 
medicamentos que podem causar Anemia Hemolítica Medicamentosa na 
Hipersensibilidade tipo II medicamentosa: 
A) Fenilbutazona, Penicilina e Aspirina. 
B) Penicilina e Cloranfenicol. 
C) Sulfonamidas e Aspirinas. 
D) Sulfonamidas e Fenilbutazona. 
E) Aspirinas, Penicilina e Fenacetina. 
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Comentário: questão decoreba. Vamos torcer para que não caia uma 
questão dessas hein? Mas o grupo das penicilinas, aspirina e a fenacetina 
vale a pena memorizar como sendo importantes causadoras de anemia 
hemolítica por conta de reação de hipersensibilidade tipo II. 
Gabarito: E. 
 
14. (2016/AOCP/EBSERH-HUJBB-UFPA/Biomédico) O que é ImunnoCap? 
a) Método dosador de IgE específica contra alérgeno no sangue, que 
utiliza um método quantitativo enzimático radioativo, permitindo 
determinar o grau de sensibilização ao alérgeno testado. 
b) Método dosador de IgE específica contra alérgeno no sangue, que 
utiliza um método quantitativo enzimático não radioativo, mas não 
permite determinar o grau de sensibilização do alérgeno testado. 
c) Método dosador de IgE específica contra alérgeno no sangue, que 
utiliza um método qualitativo enzimático radioativo, mas não permite 
determinar o grau de sensibilização ao alérgeno testado. 
d) Método dosador de IgE específica contra alérgeno no sangue, que 
utiliza um método qualitativo enzimático não radioativo, permitindo 
determinar o grau de sensibilização ao alérgeno testado. 
e) Método dosador de IgE específica contra alérgeno no sangue, que 
utiliza um método quantitativo enzimático não radioativo, permitindo 
determinar o grau de sensibilização ao alérgeno testado. 
Comentário: a alternativa correta é a letra E. Observem que apareceu 
nome de marca do teste de dosagem de IgE. É importante saber que ele é 
enzimático, quantitativo (permite quantificar a reação e determinar o grau 
de sensibilização ao alérgeno testado) e não envolve uso de reagentes 
com radiação. 
Gabarito: E. 
 
15. (2017/IBFC/EBSERH-HUGG-UNIRIO/Biomédico) Assinale a alternativa 
correta. O mediador químico mais abundante nos mastócitos denomina-
se: 
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a) Vasodilatina; 
b) Anafilaxina; 
c) Prostaglandina; 
d) Haptoglobina; 
e) Histamina 
Comentário: os mediadores mais importantes produzidos pelos 
mastócitos são as aminas vasoativas e proteases armazenadas nos 
grânulos e deles liberadas. Dentre todos esses mediadores, a histamina é 
o principal. Ela causa a dilatação de pequenos vasos sanguíneos, aumenta 
a permeabilidade vascular e estimula a contração de músculo liso. 
Gabarito: E. 
 
16. (2016/IBFC/EBSERH-HUPEST-UFSC-Biomédico) As reações de 
hipersensibilidade envolvidas na gênese das manifestações clínicas das 
doenças alérgicas são: tipo I ; tipo II; tipo III ou tipo IV. 
Hipersensibilidade tipo I é também conhecida como imediata ou 
hipersensibilidade anafilática. A reação pode envolver pele (urticária e 
eczema), olhos (conjuntivite), nasofaringe (rinorréia, rinite), tecidos 
broncopulmonares (asma) e trato gastrointestinal (gastroenterite). 
Assinale a alternativa que indica a classe de anticorpo mediador da 
Hipersensibilidade imediata. 
a) IgM 
b) IgE 
c) IgA 
d) IgD 
e) IgG 
Comentário: vimos que a hipersensibilidade imediata ou 
hipersensibilidade tipo I ocorre quando existe uma produção excessiva de 
imunoglobulinas IgE e ligação da porção Fc dessas IgE a receptores 
presentes em mastócitos localizados nos diversos tecidos. Assim, sempre 
que essas IgE que recobrem os mastócitos encontram os alérgenos, 
ocorre a reação de hipersensibilidade e o quadro sintomático deriva da 
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reação patológica causada pela liberação dos mediadores (aminas 
vasoativas e proteases) armazenados nos grânulos de mastócitos. Nosso 
gabarito, portanto, é a letra B: IgE 
Gabarito: B. 
 
17. (2016/IBFC/EBSERH-HU-FURG/Biomédico) Assinale a alternativa 
correta. Na suspeita de imunodeficiência humoral os exames iniciais a 
serem realizados são: 
A) Dosagem de imunoglobulinas 
B) Dosagem de linfócitos T CD4 
C) Testes de Histocompatibilidade 
D) Dosagem de células T CD8 
E) Pesquisas de células natural killer (NK) 
Comentário: na investigação de imunodeficiência, uma triagem bem feita 
pode baratear o custo da investigação. A dosagem de imunoglobulinas 
séricas IgA, IgG e IgM seria o exame de primeira escolha na suspeita de 
deficiência de anticorpos. 
Gabarito: A. 
 
18. (2016/IBFC/EBSERH-HUAP-UFF/Biomédico) A picada de insetos pode 
causar dor e desencadear uma reação alérgica. Os mecanismos das 
reações variam muito e podem estar associados a: 
a) Hipersensibilidade imediata mediada por IgE 
b) Degranulação de mastócitos mediada por IgA 
c) Hipersensibilidade mediada por IgG e plasmócitos 
d) Reações pseudo-alergicas mediadas por IgD 
e) Imunocomplexos e consumo de CD4 
Comentário: vimos que por trás de reações alégicas estão os 
mecanismos de hipersensibilidade imediata ou hipersensibilidade tipo I, 
em que há produção excessiva de imunoglobulinas IgE e estas 
sensibilizam os mastócitos localizados nos diversos tecidos (ligam-se a 
eles por meio de sua porção Fc que se conecta a receptores presentes na 
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superfície do mastócito). Assim, sempre que essas IgE que recobrem os 
mastócitos encontram os alérgenos, ocorre a liberação dos mediadores 
(aminas vasoativas e proteases) armazenados nos grânulos de mastócitos 
e o quadro sintomático típico das alergias, conforme o local da reação. 
Gabarito: A. 
 
Caros alunos, chegamos ao fim de nossa aula 02! Espero que 
tenham gostado!  O conteúdo do curso é selecionado em função do que 
tem maiores chances de ser cobrado, de acordo com o órgão que fará 
seleção de novos servidores para o quadro. Dentre os assuntos que 
estudamos nessa aula, destaco: mecanismos de hipersensibilidade 
imediata (IgE, mastócitos, histamina e etc..), noções gerais sobre os 
demais tipos de hipersensibilidade e as características dos testes cutâneos 
e/ou in vitro empregados no diagnóstico de alergias. 
Excelentes estudos! 
Até a próxima aula, 
Prof.ª Denise Rodrigues 
Lista de Questões 
 
1. (2014/IADES/EBSERH/Médico–Alergia e Imunologia) Qual é a principal 
célula responsável pelas reações de hipersensibilidade imediata? 
A) Eosinófilo. 
B) Mastócito. 
C) Linfócito. 
D) Basófilo. 
E) Célula dendrítica. 
 
2. (2015/IBFC/EBSERH/Médico-Alergia e Imunologia Pediátrica) Embora 
na resposta alérgica os mecanismos iniciais estejam relacionados às 
reações de hipersensibilidade do tipo I, as demais reações de 
hipersensibilidade também podem ocorrer. Escolha a alternativa que 
relaciona erroneamente o tipo de reação ao seu mecanismo efetor. 
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a) Reação do tipo II: mediada por anticorpos IgE específicos. 
b) Reação tipo I: mediada pela ativação de mastócitos e liberação de 
mediadores inflamatórios. 
c) Reação do tipo I: mediada por anticorpos IgE específicos. 
d) Reação tipo III: complexos imunes depositados nos tecidos. 
e) Reação do tipo IV: células T sensibilizadas, pelo antígeno, liberam 
interleucinas após segundo contato. 
 
3. (2014/AOCP/UFC/Biomédico) Considerando aspectos do sistema imune 
e da resposta imunológica, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que 
se afirma a seguir e assinale a alternativa correta. 
( ) A IgM é a classe de imunoglobulinas que aparece em maior 
concentração no soro. 
( ) As IgG, IgM e IgE são carboidratos. 
( ) O sistema imune compreende a imunidade celular e a imunidade 
humoral, sendo as células B responsáveis pela imunidade celular e as 
células T, pela produção de anticorpos. 
( ) As reações de hipersensibilidade do tipo I são mediadas pelas IgE, 
ativando inicialmente mastócitos. 
( ) Reações de hipersensibilidade tardia podem ser evidenciadas em 
muitas doenças autoimunes e infecciosas, como lepra e tuberculose. 
a) V – V – F – F – V. 
b) F – F – F – F – V. 
c) V – F – V – V – V. 
d) V – F – F – V – V. 
e) F – F – V – V – F. 
 
4. (2013/IBFC/EBSERH-HUB/Biomédico) Na avaliação das 
imunodeficiências, a dosagem das imunoglobulinas séricas é muito 
utilizada, sendo indicada como avaliação inicial a dosagem das 
imunoglobulinas: 
a) IgE, IgD e Subclasses de IgG 
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b) Linfócitos T, IgD e Subclasses de IgG. 
c) Quantificação de linfócitos B, IgA e IgM 
d) IgA, IgM e IgG 
 
5. (2014/IADES/EBSERH/Biomédico) Acerca dos testes utilizados para 
detecção de alergias, assinale a alternativa correta. 
a) Os testes cutâneos são mais vantajosos que os imunoensaios para 
anticorpos IgE por não apresentarem nenhum risco para o paciente. 
b) Os imunoensaios para anticorpos IgE permitem a investigação de 
pacientes que apresentam dermografismo e são mais confiáveis quanto à 
introdução da imunoterapia. 
c) Os testes cutâneos são menos específicos que os imunoensaios para 
anticorpos IgE. 
d) Os imunoensaios para anticorpos IgE são menos dispendiosos que os 
testes cutâneos. 
e) Uma das principais vantagens dos imunoensaios para anticorpos IgE é 
a não ocorrência de resultados falso positivos. 
 
6. (2014/IDECAN/EBSERH-HUPAA-UFAL/Biomédico) A imunoglobulina E é 
sintetizada no pulmão e no fígado do feto a partir de onze semanas de 
gestação e, ao contrário da IgG, esta proteína não atravessa a placenta. 
Portanto, a concentração de IgE sérica dos neonatos resulta, 
exclusivamente, de sua própria síntese, observando-se um aumento 
gradativo desses níveis com o desenvolvimento, atingindo valores 
referenciais para adultos ao redor dos 15 anos, que, em indivíduos não 
atópicos, se situam abaixo de 150 unidades internacionais por mililitro. 
Uma unidade internacional de IgE corresponde a 2,4 ng. Essa classe de 
anticorpo está diretamente relacionada com as reações alérgicas de 
hipersensibilidade do tipo I. Sobre os testes complementares para o 
diagnóstico das alergias, assinale a alternativa INCORRETA. 
A) Testes cutâneos são efetuados no dorso ou na região do antebraço 
distante da fossa cubital e do punho. 
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B) Para detecção in vitro da IgE, utiliza-se ensaios de fase sólida com 
alérgenos adsorvidos ou covalentemente ligados. 
C) Atualmente, a técnica mais utilizada para detecção de IgE é o RAST 
(radioallergosorbent test), que usa marcadores isotópicos emissores de 
radiação gama. 
D) Nos testes cutâneos, são considerados puncturas positivas aquelas em 
que o diâmetro das pápulas são superiores a 3 mm àquela verificada com 
o uso apenas do diluente dos extratos alérgenos.E) É possível a detecção de IgE por ensaios que capturam complexos 
imunes formados de alérgenos covalentemente ligados a matrizes líquidas 
de polissacarídeos biotinilados e anticorpos IgE em solução. 
 
7. (2014/AOCP/EBSERH-UFGD/Biomédico) Na urticária crônica são 
encontrados auto anticorpos funcionais contra IgE aderidos a basófilos e 
mastócitos cutâneos. A presença destes anticorpos pode ser avaliada in 
vivo através de um teste cutâneo. Assinale a alternativa que aponta qual 
é este teste. 
a) Teste de aglutinação direta (TAD). 
b) Teste com soro de Mantoux. 
c) Teste do Soro Cruzado (TSC). 
d) Teste Intradérmico com plasma (TIP) 
e) Teste do Soro Autólogo (TSA). 
 
8. (2015/AOCP/EBSERH-HC-UFG/ Biomédico) Quais são as células mais 
abundantes durante os processos alérgicos? 
A) Eritrócitos. 
B) Mastócitos. 
C) Miócitos. 
D) Lipócitos. 
E) Osteoblastos 
 
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9. (2015/AOCP/EBSERH-HC-UFG/Biomédico) Com base nas informações 
do caso clínico a seguir e na relação entre presença de IgE e processos 
alérgicos, responda às questões. Paciente de 21 anos, tabagista, foi 
levado ao serviço de emergência com sinais de quadro alérgico. Após 
levantamento do histórico clínico detalhado e exame físico, foi solicitado 
exame para demonstrar a presença de IgE, realizado por ensaio 
imunoenzimático (ELISA). Níveis séricos de IgE total elevados são 
observados na maioria dos casos de 
A) psoríase, sinusite bacteriana e malária. 
B) elefantíase, brucelose e/ou rinite crônica. 
C) endocardite, polidpsia e tétano. 
D) anafilaxia, piloroptose e miastenia. 
E) dermatite/eczema atópico e/ou asma alérgica. 
 
10. (2015/AOCP/EBSERH-HU-UFJF/Biomédico) A Hipersensibilidade do 
tipo II é mediada: 
A) por IgG e IgE, ativando monócitos. 
B) por linfócitos T (Th1 e Th2 ou Tc) – Celular ou tardia. 
C) por IgG, fagócitos e complemento (citotóxico). 
D) pelas IgE ativando mastócitos (anafilática). 
E) por IgG, complexos imunes e fagócitos (complexos imunes). 
 
11. (2015/AOCP/EBSERH-HU-UFJF/Biomédico) Em relação à 
Hipersensibilidade Imediata e seus mecanismos, assinale a alternativa 
correta. 
A) Mediada por células T efetoras específicas a antígenos exógenos 
inócuos, induzindo lesões no local onde o antígeno penetra. 
B) Decorrente do efeito citopático de anticorpos, dirigidos contra 
antígenos presentes na superfície ou matiz celular. 
C) Liberação de leucotrienos, quimiocinas, citocinas e enzimas pelos 
mastócitos, havendo aumento na produção de muco e remodelagem 
tecidual. 
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D) Causada pelo depósito de complexos antígeno-anticorpo em 
determinado tecido após a exposição ao alérgeno. 
E) Decorrente da atividade da histamina e prostaglandinas, havendo 
secreção de muco, aumento da permeabilidade vascular, edema, 
contração da musculatura lisa (broncoconstrição) e exantema. 
 
12. (2015/AOCP/EBSERH-HU-UFJF/Biomédico) Como é mediada a 
hipersensibilidade do tipo IV? 
A) É mediada por anticorpos das classes IgM ou IgG e complemento, 
sendo que fagócitos e células K também participam (ADCC). A lesão 
contém anticorpos, complemento e neutrófilos. 
B) É mediada por células ou reações de hipersensibilidade tardia – DTH. 
Está envolvida na patogênese de muitas doenças autoimunes e 
infecciosas e granulomas, devido a infecções e antígenos estranhos. 
C) É mediada por complexos imunes solúveis, são na maioria de classe 
IgG, embora IgM possa estar também envolvida. O antígeno pode ser 
exógeno (bacteriano crônico, viral ou infecções parasitárias) ou endógeno 
(autoimunidade não órgão-específica). 
D) É mediada por IgE. O componente primário celular nessa 
hipersensibilidade é o mastócito ou basófilo e a reação é amplificada e/ou 
modificada por plaquetas, neutrófilos e eosinófilos. 
E) É mediada por células e complexos autoimunes insolúveis, sendo na 
maioria IgA e IgE. 
 
13. (2015/AOCP/EBSERH-HU-UFJF/Biomédico) São exemplos de 
medicamentos que podem causar Anemia Hemolítica Medicamentosa na 
Hipersensibilidade tipo II medicamentosa: 
A) Fenilbutazona, Penicilina e Aspirina. 
B) Penicilina e Cloranfenicol. 
C) Sulfonamidas e Aspirinas. 
D) Sulfonamidas e Fenilbutazona. 
E) Aspirinas, Penicilina e Fenacetina. 
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14. (2016/AOCP/EBSERH-HUJBB-UFPA/Biomédico) O que é ImunnoCap? 
a) Método dosador de IgE específica contra alérgeno no sangue, que 
utiliza um método quantitativo enzimático radioativo, permitindo 
determinar o grau de sensibilização ao alérgeno testado. 
b) Método dosador de IgE específica contra alérgeno no sangue, que 
utiliza um método quantitativo enzimático não radioativo, mas não 
permite determinar o grau de sensibilização do alérgeno testado. 
c) Método dosador de IgE específica contra alérgeno no sangue, que 
utiliza um método qualitativo enzimático radioativo, mas não permite 
determinar o grau de sensibilização ao alérgeno testado. 
d) Método dosador de IgE específica contra alérgeno no sangue, que 
utiliza um método qualitativo enzimático não radioativo, permitindo 
determinar o grau de sensibilização ao alérgeno testado. 
e) Método dosador de IgE específica contra alérgeno no sangue, que 
utiliza um método quantitativo enzimático não radioativo, permitindo 
determinar o grau de sensibilização ao alérgeno testado. 
 
15. (2017/IBFC/EBSERH-HUGG-UNIRIO/Biomédico) Assinale a alternativa 
correta. O mediador químico mais abundante nos mastócitos denomina-
se: 
a) Vasodilatina; 
b) Anafilaxina; 
c) Prostaglandina; 
d) Haptoglobina; 
e) Histamina 
 
16. (2016/IBFC/EBSERH-HUPEST-UFSC-Biomédico) As reações de 
hipersensibilidade envolvidas na gênese das manifestações clínicas das 
doenças alérgicas são: tipo I ; tipo II; tipo III ou tipo IV. 
Hipersensibilidade tipo I é também conhecida como imediata ou 
hipersensibilidade anafilática. A reação pode envolver pele (urticária e 
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eczema), olhos (conjuntivite), nasofaringe (rinorréia, rinite), tecidos 
broncopulmonares (asma) e trato gastrointestinal (gastroenterite). 
Assinale a alternativa que indica a classe de anticorpo mediador da 
Hipersensibilidade imediata. 
a) IgM 
b) IgE 
c) IgA 
d) IgD 
e) IgG 
 
17. (2016/IBFC/EBSERH-HU-FURG/Biomédico) Assinale a alternativa 
correta. Na suspeita de imunodeficiência humoral os exames iniciais a 
serem realizados são: 
A) Dosagem de imunoglobulinas 
B) Dosagem de linfócitos T CD4 
C) Testes de Histocompatibilidade 
D) Dosagem de células T CD8 
E) Pesquisas de células natural killer (NK) 
 
18. (2016/IBFC/EBSERH-HUAP-UFF/Biomédico) A picada de insetos pode 
causar dor e desencadear uma reação alérgica. Os mecanismos das 
reações variam muito e podem estar associados a: 
a) Hipersensibilidade imediata mediada por IgE 
b) Degranulação de mastócitos mediada por IgA 
c) Hipersensibilidade mediada por IgG e plasmócitos 
d) Reações pseudo-alergicas mediadas por IgD 
e) Imunocomplexos e consumo de CD4 
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1-B 
2-A 
3-ANULADA 
4-D 
5-B 
6-C 
7-E 
8-B 
9-E 
10-C 
11-E 
12-B 
13-E 
14-E 
15-E 
16-B 
17-A 
18-A 
 
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Referências Bibliográficas 
 
- IMUNOLOGIA CELULAR E MOLECULAR Abbas, A.; Lichtmann, A.; Pillai, 
S. Editora Elsevier 8a edição/2015. 
 
- IMUNOLOGIA BÁSICA Abbas, A.; Lichtmann, A.; Pillai, S. Editora 
Elsevier 4a edição/2013. 
 
- Teste do soro autólogo na urticária crônica Pires, A. H. S.; Valle, S.O.R., 
França, A.T.; Papi, J.A.S. Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 32, Nº 3, 
2009. 
 
- http://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port-
chapter17.htm 
Acesso em 15 de julho de 2016. 
 
- Egner, W. “The Use of Laboratory Tests in the Diagnosis of SLE.” Journal 
of Clinical Pathology 53.6 (2000): 424–432. PMC. Web. 30 Apr. 2017. 
 
- http://info.thermoscientific.com/BR_ImmunoCAP.Clinician.FAQ/ 
 
 
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