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CÓLICA EQUINA INTRODUÇÃO - Não é uma doença, mas sim uma síndrome; - Homem como principal causador > processo de domesticação dos cavalos. PARTICULARIDADES ANATÔMICAS - Predisposição da espécie. ESTÔMAGO: - Muito pequeno em relação ao tamanho do cavalo; - Formato em S > alimentos sólidos e densos tendem a parar no fundo da curvatura; - Região glandular (caudal) e aglandular (cranial): → Região glandular com parasitos > Gasterophilus obstruindo piloro > alimento pode fermentar; → Processo inflamatório pode levar à formação de tecido fibroso > diminuição da passagem de conteúdo > retenção de conteúdo no estômago. VÁLVULAS: - Íleo-cecal (intestino delgado para o ceco), ceco-cólica; - Tromboembolismo parasitário > coágulo reduz o fluxo do vaso > engurgitamento do vaso > aneurisma > compressão do nervo que passa ao lado > parasilia por compressão > não funcionamento das válvulas de forma adequada pois, dependem de estímulo neurológico; - Comprometimento neurológico leva à paralisia por compressão de nervo e consequentemente desconforto abdominal por compactação; - Cavalos devem ser vermifugados de maneira correta na época correta > se não, tem 70% de chances de terem desconfortos abdominais. DIÂMETROS VARIADOS: - Intestino delgado (muito fino) desembocando no ceco (muito lardo) faz intussuscepção por conta da diferença de diâmetro; - Cólon maior ventral com diâmetro maior e saculado, cólon maior dorsal liso com diâmetro menor; - Curvaturas/flexuras > bolo alimentar não passa > obstrução > compactação - Enterólitos > produzidos no cólon maior, obstruindo flexura pélvica. TAMANHO DAS ALÇAS: - ID com média de 21-25 metros > predispõem à vólvulos/torções. ANÉIS: - Anel inguinal se fecha em torno de 2,5 anos, por isso não se deve castrar antes disso; - Se houver hérnia inguino-escrotal, animal deve ser tirado da reprodução > herdabilidade alta > hérnia passa por um orifício natural para uma outra cavidade provavelmente neoformada (saco, anel e conteúdo herniário). - Problema do seco é ter o ápice em forma de funil > se projeta para dentro do ceco (intussuscepção ceco-cecal); - Ingestão de areia levando à cólica (sablose). SEGMENTO COMPRIMENTO (METROS) CAPACIDADE (LITROS) Estômago - 15 a 22 Intestino Delgado 22 60 a 65 Ceco 0,7 a 1,0 30 a 35 Cólon Maior 3,0 a 4,0 80 a 90 Cólon Menor 2,5 a 3,0 10 a 12 Reto 0,5 1 a 2 Relação comprimento/capacidade dos diferentes segmentos do TGI do cavalo. SEGMENTO TEMPO DE TRÂNSITO Esôfago 10 a 15 segundos Estômago 1 a 5 horas Intestino Delgado 1,5 horas Ceco 15 a 20 horas Cólon maior e menor 18 a 24 horas Reto 1 a 2 horas TEMPO TOTAL MÉDIO 56 HORAS Velocidade média dos alimentos conforme o segmento. ANAMNESE - Quando iniciou? - Como iniciou? → Súbita > grave; → Gradativa > menos grave. - Já apresentou cólica antes? - Já foi operado de cólica? → Pode haver aderência do segmento da alça intestinal levando à atonia. - Alguma atividade antes de começar? → Cólica verdadeira > origem do aparelho digestivo; → Cólica falsa > outra origem, muscular (miosite generalizada) ou útero (torção uterina). - Está prenhe ou pariu recentemente? → Retenção de placenta > contração da cavidade abdominal > animal vocaliza tentando eliminar. - Houve mudança de manejo? - Mudou ração? - Mudou o tratador? - Verde picado ou triturado? → Tamanho da partícula influencia > triturado faz com que animal não mastigue de forma adequada > saliva faz tamponamento do bolo alimentar. - Banhos carrapaticidas? → Pode provocar cólica por paralisia do intestino grosso. - Fornecimento de água? - Qual a intensidade e frequência da dor? → Continua > grave, comprometimento maior; → Intermitente; → Leve; → Moderada; → Severa > grave. - Foi administrado algum medicamento? Qual via? - Foi sondado? → Cuidado para não ir ao pulmão; → Sonda deve ser adequada, de silicone > não fica quebradiça e não cai pedaço dentro do cavalo; → Bordo distal da sonda deve ser arredondado, para não ser cortante; → Extremidade proximal deve ser a possibilidade de conectar uma mangueira ou funil > passar medicamentos; → Deve ser preferencialmente transparente para visualizar o conteúdo voltando; → Sonda no assoalho da narina, e não no teto > para não sangrar; → Deve-se abaixar a cabeça do animal > desencadeia reflexo de deglutição; → Sabe que sonda está no esôfago pois há dificuldade para empurrar pois esôfago é um órgão colabado, traqueia é oca e fácil de passar > assopra para a sonda deslizar pelo esôfago; → Não se deve colocar lubrificante com anestésico para que não iniba os reflexos dos animais, além de interferir no conteúdo do estômago. - Defecação e micção presentes? → Redução do formato (síbalas) e volume da defecação > pode ser obstrução de cólon menor; → Não está defecando > prova de braço positivo > palpação sem fezes, apenas muco > obstrução de cólon menor; → Formato do abdômen/”vazio”. EXAME CLÍNICO - Diagnóstico > deve ter no mínimo suspeita diagnóstica; - Indicação clínica; - Prognóstico > favorável, reservado ou desfavorável. - Animais de produção de maneira geral > lucro através de medidas preventivas e não tratamento clínico. INSPEÇÃO - Estação > posição quadrupedal, apoiado sob os quatro membros; - Locomoção > alterações visíveis ao passo, ao trote e ao galope - Manifestações de dor > encurta ou alonga passo/membro; - Aparência externa > tendões dos membros, atrofia muscular neurogênica geralmente visualizada no masseter. TEMPERATURA - Termometria retal; - Termometria das extremidades. AUSCULTAÇÃO ABDOMINAL - Sons normais: → Cruzes nos quatro quadrantes; → Válvula íleo-cecal > som de descarga, 2 a 3x em 5 minutos. - Exacerbação dos sons > aumento de peristaltismo pode indicar alteração; - Silêncio abdominal. FREQUÊNCIA CARDÍACA - Normal: até 40bpm; - 40-65bpm; - > 65bpm > animal está na eminência do choque. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA - Resposta a dor; - Choque > vasoconstrição periférica, sem volemia, aumenta FR e FC na tentativa de manter as estruturas - Compensatória: → Acidose metabólica > aumenta FR para eliminar CO2 para não descompensar acidose; → Acidose metabólica descompensada = sistema tampão não foi suficiente > urina ácida (pH normal é básico, em torno de 8,0-8,5) > desequilíbrio hidroeletrolítico. - Compressiva > estômago cheio, compressão do diafragma, amplitude respiratória encurtada. COLORAÇÃO DAS MUCOSAS - Oral e conjuntival; - Rósea, vermelha, escura (congestão) e cianótica. TPC – TEMPO DE PREENCHIMENTO CAPILAR - Perfusão Periférica > TPC aumentado = não oxigena bem as extremidades > isquemia; - Hidratação; - 2 segundos: → Perfusão normal; → Ausência de desidratação. - 2-4 segundos: → Perfusão diminuída; → Desidratação moderada. - > 4 segundos: → Severo comprometimento circulatório; → Desidratação grave. - Reposição hidroeletrolítica > 70% do peso do animal, 10% de hidratação: → Exemplo: Cavalo de 400kg > 70% de 400 = 280 10% de 280 = 28 litros. SONDAGEM NASOGÁSTRICA - Ir pelo assoalho da narina; - Fechar o ângulo da cabeça com o pescoço para estimular reflexo de deglutição. LÍQUIDO PERITONEAL - Coleta na parte mais baixa do abdômen; - Normal: cor amarelo palha e não coagula à temperatura ambiente; - Líquido coagula: → Presença de fibrinogênio no líquido > sangue na cavidade abdominal, não é oxigenado; → Atingiu um vaso sanguíneo e contaminou ele. - Conteúdo intestinal: → Se sinais estão todos alterados, houve rompimento; → Se sinais estão normais, apenas perfurou uma alça. PALPAÇÃO RETAL - Fundamental; - Deve-se ter muito cuidado > movimento expulsivo é muito intenso; - Deve-se limpar o reto, lubrificar a luva; - Saber anatomia topográfica ajuda a identificar deslocamento de alça; - Ligamento nefro-esplênico:→ Palpação normal > está relaxado, não sente; → Cólica > está palpável e tensionado > aprisionamento do ligamento nefro-esplênico. PROCEDIMENTOS LABORATORIAIS - Análises do líquido peritoneal > contagem de leucócitos pode demonstrar processo inflamatório ativo; - Hemograma > → Eritrócitos; → VG > anemia ou hemoconcentração; → Leucócitos; → Fibrinogênio > primeira proteína que aumenta diante o processo inflamatório e infeccioso (peritonite). - Lactato sanguíneo: → Lactato do líquido peritoneal maior do que o lactato circulante significa que há um processo estrangulativo > comprometimento circulatório grave. - Hemogasometria: → Equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico; → Utiliza sangue arterial (acessos na face), não deve ter contato com o ar. - Função renal: → Monitorar carga de medicamento que tem excreção via renal. ANÁLISE DO LÍQUIDO PERITONEAL - Coloração: amarelo palha; - Turbidez: transparente; - Contagem de hemácia: 4000 a 6000/m³ = normal; - Leucócito: até 5000 mm³; - Proteína plasmática: < 2,5/dL; - Lactato: → Análise pareada: 3-9 mg/dL; → Acima de 15mg/dL: o processo é grave. HEMOGRAMA HEMATÓCRITO: - 32-52%. FIBRINOGÊNIO: - > 400mg/dL = reação peritoneal. EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO E ÁCIDO-BASE IMPORTÂNCIA: - Clínica; - Determinação laboratorial; - Enfermidades gastrentéricas; - pH, bicarbonato, sódio, cloro e potássio; - Mecanismos compensatórios > respiratório (eliminação de ácido carbônico), renal (excreção de íons H+, acidificação da urina); - Obstrução de intestino delgado > alcalose metabólica. DESEQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO: - Deslocamento da água > solução hipertônica em casos de desidratação grave; - Eletrólitos; - Osmolaridade; - Fluídos/meios hipertônicos > dilatação gástrica severa, refluxo enterogástrico; - Choque hipovolêmico. Sódio: - Cátion extracelular; - Mantém osmolaridade; - Valores de 132 a 155 mEq/L; - Desidratação > baixo sódio. Potássio: - Cátion intracelular; - Condução de impulsos neuromusculares > muito potássio causa fibrilação cardíaca; - Valor plasmático de 2,4 a 6,7 mEq/L; - Obstruções – diminui absorção. Cloro: - Ânion extracelular; - Valores plasmáticos de 95 a 111 mEq/L; - Secretados no estômago – absorção ID; - Cloro x bicarbonato > obstrução no piloro, cloro não chega, perde relação com bicarbonato, alteração metabólica; - Refluxos/lavados gástricos > se não for ácido pode ter conteúdo enterogástrico > obstrução ou atonia. DESEQUILÍBRIO DO PH: - Valores normais 7,35 a 7,45 (sangue arterial); - Perdas íon hidrogênio ou bicarbonato; - Bicarbonato secretado no ID – absorvido no IG; - Valores séricos variam de 22 a 26 mEq/L. HEMOGASOMETRIA E EQUILÍBRIO ACIDO-BASE: - Importância clínica; - Estabelecer equilíbrio ácido básico; - Colheita e envio de sangue; - PaCO2, pH, HCO3, PaO2; - Níveis trocas gasosas; - Descompensação (sistema tampão renal e respiratório) > pH abaixo do valor de referência. DISTÚRBIO PH PACO2 HCO3 Acidose metabólica descompensada Baixo Normal/baixo Baixo Acidose metabólica compensada Normal Baixo Baixo Alcalose metabólica descompensada Alto Normal/Alto Alto Alcalose metabólica compensada Normal Alto Alto FUNÇÃO RENAL - Etiologia do desconforto; - Ureia 25 a 47 mg%; - Creatinina 1,2 a 1,9 mg%; - Desidratação diminui a função/perfusão renal; - Uroperitônio (romper a bexiga no nascimento) – obstrução urinária (difícil ter cálculo). OUTRAS CONDIÇÕES PREDISPONENTES DO DESCONFORTO ABDOMINAL - Alimentação – qualidade, quantidade e mudanças; - Dentes – mudas 2,5, pontas e má oclusão; - Ingestão hídrica – qualidade e quantidade; - Sablose – ingestão de areia por água e pastagens; - Vasos mesentéricos – lesões verminóticas (tromboembolismo); - Gastropatias (medicamentos, AINE mais de 5 dias, as vezes 48hrs); - Secundárias – rins, fígado, musculatura e útero; - Hemoparasitose (Babesia dá cólica por lesar hemácia, liberando hemoglobina, depositada na mucosa, entra na serosa e muscular, ocupando o espaço da inervação, podendo até estimular, mas se aumentar leva a uma compressão da inervação); - Iatrogênicas > tétano, geralmente sem causa aparente; - Componente doloroso > proctites (recusa defecação, fecaloma), lacerações. AFECÇÕES DO ESTÔMAGO SOBRECARGA E COMPACTAÇÃO GÁSTRICA DEFINIÇÃO: - Indigestão; - Dietas inadequadas: → Deve ter 13% de proteína; → No máximo, 1,5% do peso vivo do animal. - Ingestão hídrica > deve ser de, no mínimo, 10% do peso vivo do animal por dia. Concentrado: - Farelo de soja tostado (sem gossipol): → Em torno de 20-25% do concentrado; → 45% de proteína; → Presença de aminoácidos importantes (lisina e biotina) para composição do casco. - Milho: → Acima de 75% do concentrado > fonte de energia; → Possui 9% de proteína. - Carbonato de cálcio: → Grãos possuem muito fósforo, por isso é importante ter cálcio no concentrado para equilibrar a relação cálcio:fósforo; → 2-3% do sal mineral. ETIOPATOGENIA: - Ingestão de alimentos (concentrados) > concentrado não digerido no estômago > massa ressecada e compactada: → Não se deve utilizar óleo pois cria película em torno da massa e dificulta a emulsificação. - Estenose de piloro: → Gasterofilose ou fibrose > retenção de conteúdo no estômago. SINTOMAS: - Inapetência; - Dor inicialmente moderada e intermitente > estômago está distendendo e desfazendo a curvatura; - Sialorreia/bruxismo > por conta do desconforto gástrico, lesão na mucosa gástrica; - Depleção circulatória e paramétrica > dor intensa leva à excitabilidade > liberação de catecolaminas, aumento de frequência cardíaca e respiratória > deita, rola > demanda trabalho muscular > aumenta sudorese e desidratação; - Sondagem improdutiva > não sai nada, massa compactada; - Tudo é muito mais grave dependendo da intensidade. DIAGNÓSTICO: - AAS > Anamnese, Apresentação e Sinais clínicos. - Anamnese > pode ser distorcida conforme a pessoa; - Exame clínico: → Focos de ausculta provavelmente normais ou diminuídos; → Palpação retal geralmente não adianta muito. - Gastroscopia > visualização do estômago até ID > visualização da massa compactada. TRATAMENTO: - Sondagem nasogástrica; - Fluidoterapia; - Sinfonagem/água morna > lavagem do estômago > água morna ativa circulação e facilita emulsificação, penetrando com maior facilidade; - Solução bicarbonatada > protege o estômago, utilizar depois da lavagem. - Analgésicos > cuidado com AINEs, utiliza apenas se tiver necessidade: → Quando houver dor visceral, o melhor é o Flunixin Meglumine (Banamine®). CONSEQUÊNCIA: - Laminite > excesso de carboidratos no concentrado + permanência excessiva dentro do estômago = processo de decomposição, liberando toxinas vasoativas > agem na rede vascular dos membros > vasodilatação periférica; - Atinge primeiro membros anteriores (centro de gravidade), animal fica acampado de frente (joga o peso para trás). RECOMENDAÇÕES: - Evitar recorrência do problema > prevenir é melhor do que tratar. DILATAÇÃO GÁSTRICA DEFINIÇÃO: - Severa distensão; - Gases /líquidos. CLASSIFICAÇÃO: Primária: - Ingestão de alimentos > fermentação; - Ingestão excessiva de água de uma vez só > cavalos carroceiros - Exercícios extenuantes: → Não jogar água direto no animal que terminou de fazer exercício recentemente pois pode levar ao espasmo do cárdia e fechar o mesmo > pode levar à cólica. Secundária: - Mais comum; - Estenose de piloro (reflexa, fibrótica, gasterófilos) > alimento fica mais tempo no estômago, fermentação e produção excessiva de gases; - Íleo adinâmico > motilidade do intestino delgado interrompida > meio intraluminal se torna hipertônico (sequestra líquido), extrapolando capacidade do ID > líquido reflui para o estômago > distensão severa do estômago > ruptura. SINTOMAS:- Dor brusca; - Sudorese profusa > animal desidratado; - Aumento de FC e FR > dor, liberação de catecolaminas, resposta compressiva do diafragma e resposta compensatória; - Desidratação, hemoconcentração; - Conjuntivas congestas/cianóticas > animal na eminência do choque > pode haver CID; - Aumento de TPC > desidratação, vasoconstrição periférica; - Acidose (hemogasometria) > bicarbonato secretado no ID e absorvido no IG > íleo parado, bicarbonato baixo, acidose; - Refluxo nasogástrico espontâneo: → Estômago perde sua conformação, estômago se nivela com o esôfago > deslocamento pode culminar com a ruptura do estômago; → Conteúdo verde > conteúdo gástrico na cavidade abdominal. - Cão sentado > abdômen “apertado”, abre as pernas na intenção de aumentar o espaço, quer tirar o estômago de perto do diafragma. DIAGNÓSTICO: - Anamnese; - Exame clínico; - Sondagem produtiva > refluxo de grande quantidade de líquido: → Líquido pútrido, avermelhado/chocolate > conteúdo do ID, não tem mais o que fazer; → Líquido amarelo > conteúdo estomacal. - pH do refluxo gástrico > se for ácido, é conteúdo do estômago > se for básico, é conteúdo do ID. TRATAMENTO: - Descompressão gástrica > alívio da dor; - Fluidoterapia: → Soro fisiológico com agulha 40/12; → Solução hipertônica 7% > necessário reestabelecer pressão e volume circulatório para abrir as extremidades (deixar de ser cianótico) e para o sangue fluir com mais rapidez > evita CID. - Equilíbrio ácido-básico: → Bicarbonato de sódio a 10% > 0,5mL/kg > faz com que o lactato chegue no fígado logo em seguida; → Ringer com lactato (ácido) > é metabolizado no fígado em bicarbonato. - Manter animal sondado; - Corrigir a causa; - Laminite como consequência: → Endotoxinas liberadas na corrente sanguínea; → Tratamento preventivo > gelo, anti-inflamatório, atadura/gesso. RUPTURA GÁSTRICA - Frequência; - Inabilidade em vomitar; - Movimentos bruscos durante sondagem. SINTOMAS: - Alívio da dor; - Ansiedade, sudorese intensa e hemoconcentração; - Conjuntivas cianóticas > choque; - Choque toxêmico e hipovolêmico; - Morte. DIAGNÓSTICO: - Anamnese; - Evolução; - Exame clínico; - Paracentese; - Palpação retal > aspecto de “areia”, deveria deslizar; - Laparotomia > não adianta. TRATAMENTO: - Prognóstico desfavorável; - Necrópsia > ruptura ante ou pós-morte. ÚLCERAS GASTRODUODENAIS - Antes do quadro de úlceras, há o quadro de gastrite; - Geralmente associado ao estresse. OCORRÊNCIA: - Potros – surtos > coincide com cio do potro (cio mais fértil ocorre 7 dia após o parto) > necessário separar o potro da égua > potro não mama, agride a mucosa e leva à úlcera; - Adultos – esporádica. ETIOPATOGENIA: - Barreira de glicoproteínas; - Integridade das células epiteliais > lesão na mucosa gástrica (gastrite); - Retardo no esvaziamento gástrico > aumenta tempo de esvaziamento do estômago (consequência); - Estresse; - Fatores nutricionais, infecciosos (Helicobacter pylori); - Uso prolongado de AINEs > queda da barreira de glicoproteínas > gastrite. SINTOMATOLOGIA: - Potros > anorexia, cólicas moderadas, sialorreia e ânsia de vômito; - Adultos > bruxismo, sialorreia, língua serpenteforme e sonolência. DIAGNÓSTICO: - AAS > Anamnese, Apresentação e Sinais clínicos; - Gastroscopia > visualiza a lesão na mucosa; - Radiografia contrastada > mensura tempo de esvaziamento gástrico e visualiza ruptura no estõmago; - Sangue oculto > fezes ou líquido peritoneal; - Líquido peritoneal. TRATAMENTO: - Omeprazol: 4mg/kg por 30 dias > depois, 1 a 3 mg/kg 30 dias; - Cimetidina: 5mg/kg > não é mais utilizada, relacionada com ginecomastia; - Ranitidina: 2mg/kg > não é mais utilizada; - Medidas de controle > mais importante. AFECÇÕES DO INTESTINO DELGADO DUODENOJUJENITE PROXIMAL/ENTERITE ANTERIOR DEFINIÇÃO: - Síndrome do íleo agudo. - Intestino delgado é estreito e longo > motilidade deve ser progressiva e permanente; - Não pode aumentar muito a motilidade pois tem prejuízo na capacidade de absorção. ETIOPATOGENIA: - Salmonela; - Clostrideos > presentes na flora intestinal > se há alteração, ocorre proliferação; - Íleo adinâmico; - Refluxo enterogástrico; - Refluxo nasal; - Volume circulante; - Endotexemia. - Geralmente é difícil determinar a causa; - Congestão de mucosa, quadro de febre persistente > indicativo de quadro infeccioso; - Estresse > cavalos são extremamente sensíveis > fator importante na proliferação de clostrídeos; - Nutrientes não são absorvidos no íleo adinâmico > ambiente se torna hipertônico (atrai água) > sequestro de líquido circulante para dentro do ID > distensão por líquido do ID > conteúdo reflui para o estõmago > distensão do estômago de forma secundária à enterite anterior; - Sequestro de líquido altera o volume circulante > altera o TPC; - Parada do ID, retenção de conteúdo e baixa oxigenação de mucosa > deterioração de conteúdo > isquemia > autólise > perda decidual da mucosa do ID > endotoxemia grave > pode morrer de choque hipovolêmico ou endotoxêmico. SINTOMAS: - Dor intensa > indicativo de distensão do estômago; - Desconforto grave; - Conjuntivas congestas/cianóticas > eminência do choque, endotoxemia, dor, deitar e rolar; - TPC aumentado > halo de cianose acima dos incisivos = vasoconstrição periférica > sequestro de líquido no ID, tira líquido circulante, aumentando TPC; - Desidratação moderada/severa > quanto maior o TPC, maior a desidratação > reposição volêmica deve ser em cima de uma desidratação de no mínimo 10%; - FC, FR e T°C: → FR compensatória (desequilíbrio ácido-básico pela falta de secreção de bicarbonato, ou seja, acidose) > mecanismo compensatório na respiração para eliminar mais CO2; → FR compressiva > estômago comprime diafragma > diminui amplitude respiratória, respiração é mais abdominal do que torácica. - Borborigmos > deslocamento de gás, líquido reflui para o ID, mas não são borborigmos em si > deslocamento excessivo de gás pode levar a uma leve projeção do flanco do lado esquerdo; - Defecação > pode estar normal/presente > não ouve válvula íleo-cecal pois não passa nada do íleo para o ceco; - ID distendido > percebido na palpação transretal; - Sondagem nasogástrica produtiva > reflui grande quantidade de líquido; → Amarelado > quadro inicial, menos grave; → Castanho escuro, avermelhado > estado grave > extravasa pelo aumento de permeabilidade e contamina a cavidade abdominal. - Paracentese > aspecto do líquido peritoneal está relacionado com o líquido da sondagem nasogástrica > peritonite instalada; - Refluxo; - Hemograma; - Hemogasometria. DIAGNÓSTICO: - Anamnese > aparecimento da dor de forma brusca, dor intensa; - Sinais clínicos > desconforto abdominal. - Exame clínico > sondagem nasogástrica não produtiva. - Exames de laboratório: → Refluxo > mensuração do pH (gástrico ou enterogástrico), cor, odor, turbidez; → Líquido peritoneal > se coagula há fibrinogênio, deve-se colocar em frasco com anticoagulante; → Hemograma > VG (animal desidratado terá hemoconcentração), leucócitos (leucocitose, leucopenia – compara com o líquido peritoneal); → Hemogasometria > equilíbrio ácido-básico (pH), lactato sanguíneo e lactato do líquido peritoneal (se for maior que o do sangue, significa que há um processo isquêmico na cavidade abdominal > ciclo anaeróbico da glicose tem lactado como resíduo metabólico), saturação de O2. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: - Intussuscepção > leva a um processo estrangulativo > dor intensa, refluxo amarelo e líquido peritoneal vermelho; - Obstrução > não tem dor brusca e intensa, não é agudo. TRATAMENTO CLÍNICO/TERAPÊUTICO: Sintomático: - Sondagem > descomprime estômago, retira conteúdo; - Fluidoterapia > 10% de 70% do peso, solução hipertônica 7%, 1ml/4kg de peso vivo > reestabelece volemia; - Analgésico > Flunixin Meglumine (anti-endotoxêmico). Correçãoda acidose: - Bicarbonato de sódio 10%, 0,5ml/kg; - Ringer com lactato > faz depois do bicarbonato; CID: - Heparina (Liquemine®): → Ativa sistema macrófago x monócitos; → Tratamento preventivo de laminite. Motilidade intestinal: - Gluconato de cálcio > deve monitorar FC, pode fibrilar; - Metaclopramida (Plasil®) 0,1 a 0,25mg/kg; - Neostigmine > não é indicado, aumenta motilidade do IG e não do ID. Antibióticoterapia: - Sulfonamidas 0,1g/kg; - Ampicilina – 10g/kg > mais utilizada; - Deve fazer quando estabilizou o animal. TRATAMENTO CIRÚRGICO: - Obstrução; - Ordenhar ID > empurrar o conteúdo até o ceco > ajuda a recuoerar a motilidade; - Enteroanastomose > se necessário retirar uma parte do intestino; - Duodenoilostomia > término-terminal; - Duodenocecostomia > término-lateral (lateral do ID e liga no ceco). - Primeiro plano de sutura: muco-muscular evaginante; - Segundo plano de sutura: sero-muscular; - Reveste linha de sutura com membrana biológica > evita aderências > membrana amniótica de égua; → Xeno-enxerto > homólogo (mesma espécie) e autólogo (no próprio animal). SEM ESTRANGULAMENTO VASCULAR: - Compactação do íleo > fibras de baixa digestibilidade > quadro parecido com íleo adinâmico, mas com evolução clínica; - Compactação que pode evoluir, independente do segmento > tratamento clínico: → Não deve aumentar motilidade pois pode levar à ruptura do segmento; → Deve emulsificar primeiro para depois pensar em aumentar motilidade; → Emulsificação com fluido, água morna com sal (solução saturada com sulfato de magnésio) via sonda nasogástrica > carreia água e emulsifica; → Deve-se assegurar a hidratação do animal, já que vai sequestrar líquido para dentro do intestino > deve-se fazer solução fisiológica. - Hipertrofia da camada muscular do íleo > raro, alteração de ordem genética > diminui o lúmen e reduz a absorção. COM ESTRANGULAMENTO VASCULAR: - Intussuscepção > ID se projeta na luz do ceco (íleo-cecal ou ceco-cecal): → Tratamento cirúrgico > enteroanastomose. - Vólvulos (torção, depende da rotação) e encarceramentos (em cavalos, mais comum no anel inguinal – ID no lado esquerdo): → Um dos principais sinais clínicos é edema de peito; → Tratamento para casos de encarceramento com estrangulamento é cirúrgico > enteroanastomose; → Deve-se sempre fechar o canal/anel inguinal para evitar que alças intestinais desçam. AFECÇÕES DO CECO - Ceco é no cavalo é comparado ao rúmen dos bovinos > faz digestão por bactérias; - Amireia e ureia > fonte de nitrogênio (proteína não verdadeira) > não adianta fornecer para cavalos pois a digestão bacteriana ocorre depois do intestino delgado, ou seja, é pronta para ser absorvida depois da absorção bacteriana (depois do intestino delgado). TIMPANISMO - Hiperfermentação na digestão bacteriana dentro do ceco; - Qualquer produto com alta capacidade fermentativa que permaneça por mais tempo dentro do ceco, pode resultar na distensão do ceco. ETIOPATOGENIA: - Antibioticoterapia > uso prolongado de antibiotico pode destruir um tipo de flora bacteriana e prevalecer outras; - Alimentação; - Válvulas; - Tromboembolismo > problemas de ordem neurológico por exemplo; → Cavalo não vermifugado periodicamente faz tromboembolismo > atinge a mesentérica, que fica na base do ceco > interfere na motilidade da válvula ceco-cólica > retém conteúdo no ceco > fermentação > timpanismo de ceco. - Cólon maior. SINTOMATOLOGIA: - Desconforto abdominal; - Conjuntivas; - TPC, FC e FR; - Desidratação > aumenta com a dor, transpira, perda de líquido; - Líquido peritoneal > demora um pouco para alterar. - Aumento de volume > projeção do flanco do lado direito; - Percussão; - Pings cecais > “bolhas” formadas pela fermentação, deslocamento das gotículas tocando na matéria compactada e passando pelo gás do ceco. DIAGNÓSTICO: - Clínico > apresentação; - Sondagem improdutiva > não reflui nada do estômago pois o ceco está muito distante. TRATAMENTO: - Descomprimir > tiflocentese (puncionar o ceco) com equipamento adequado; - Anti-fermentativos > Blo Trol e Ruminol via trocater, diretamente no ceco; - Fluidoterapia; - Analgésicos; - Combater a causa; - Pode ser um problema na válvula (neurológico) e ter recidivas > neuroregenerador > Rubralan 5000 (vitaminas do complexo B). COMPACTAÇÃO DEFINIÇÃO: - Retenção de ingesta de baixa digestibilidade; - Quadros de compactação sazonais > período seco do ano; - Quanto mais longa a seca, mais ocorre compactações. ETIOPATOGENIA: - Qualidade do volumoso > fibra de baixa digestibilidade; - Fenos, canas e Napier > alimentos bons, mas se passados/maduros não são bons, capim deve estar verde; - Ingestão hídrica deve ser a vontade, limpa e de qualidade; - Parasitismo > verminoses podem levar ao tromboembolismo e causar uma alteração neurológica das válvulas > ao lado dos vasos passam os nervos, no tromboembolismo há o ingurgitamento dos vasos, fazendo compressão dos nervos ao lado, interferindo na motilidade das válvulas. - Estresse. SINTOMATOLOGIA: - Dor intermitente > compactação aos poucos, e não de uma hora para a outra > cólica que vai evoluindo; - Exposição do pênis; - Conjuntivas, FC, FR e TPC; - Acidose metabólica > produção de bicarbonato pelo ID não chega no ceco > desequilíbrio ácido-base; - Hipomotilidade > se não desfeita a compactação, irá levar à ausência total de motilidade; - Palpação retal > ceco compactado, semelhante ao sinal de Godet; - Líquido peritoneal > se houver alteração, significa que compactação já está instalada por um tempo. DIAGNÓSTICO: - AAS; - Exame clínico > percussão e visualizar a distensão do ceco. TRATAMENTO: - Analgésicos > Banamine (Flunexin Meglumine); - Fluidoterapia; - Laxantes/enema – tiflocentese (punciona o ceco e coloca o laxante lá) > água + sulfato de magnésio > emulsifica e estimula motilidade (com Neostigmina); - Ingestão de líquidos; - Motilidade > estimula com Neostigmina; - Sulfato de Magnésio. OUTRAS AFECÇÕES SABLOSE: - Areia no ceco por ingestão (água ou alimento). DESLOCAMENTOS: - Cólon maior compactado pode deslocar ceco. TORÇÃO: - Cavalo rolando pode torcer o ceco. INTUSSUSCEPÇÃO: - Ceco-cecal; - Processo estrangulativo. AFECÇÕES DO CÓLON MAIOR TIMPANISMO NO COLON MAIOR - É o acúmulo excessivo de gases no colón maior, levando a distensão abdominal; - Pode ser primário ou secundário. Primário: - Hiperfermentação de alimentos de baixa qualidade, por excesso de carboidratos e de rações concentradas; - Exemplo: ingestão acidental de milho com elevado teor de umidade ou superalimentação com rações balanceadas com rolão de milho, napier, cana picada. Secundário: - Além do fator alimentar predisponente, pode ocorrer por alterações neurovegetativas que reduzem movimentos peristálticos; - Estresse, tromboembolismo, CE, enterólito (urato de carbonato), aprisionamento (ligamento nefro-esplênico), torções (leva a isquemia, necrose, choque neurogênico e endotoxêmico) geralmente secundárias. SINAIS CLÍNICOS: - Desconforto abdominal (animal olha os flancos constantemente, pateia e pode rolar no solo) > o cavalo brinca com o focinho dentro d’agua; - Abdômen se apresenta abaulado e tenso; - FC, FR e TPC aumentados; - Conjuntiva de coloração rósea até congesta; - Íleo adinâmico (hipotonia difusa); - Líquido peritoneal de coloração âmbar com aumento na contagem de hemácias, leucócitos; - Palpação retal dolorosa; - Acidose metabólica descompensada; - Sondagem produtiva. Tratamento: - Sustentação volêmica; - Reposição eletrolítica; - Equilíbrio ácido-base; - Controle da dor; - Substâncias anti-fermentativas; - Gluconato de cálcio (IV) > aumenta motilidade intestinal; - Enemas com água morna; - Movimentar o animal para que ele não se deite (podem ser benéfico para eliminargases); - Quando não há resposta ao tratamento instituído para controle da produção de gás, deve-se recomendar a laparoenterotomia ou colostomia. - Succinato de Ca = Humectal; - Succinato de Mg. COMPACTAÇÃO DEFINIÇÃO: - Acúmulo de ingesta = normalmente a partir da flexura pélvica > compacta cólon maior ventral; - Flexura pélvica = na metade do cólon maior, ponto de referência, para reposicionar é só colocar na pelve. ETIOPATOGENIA: - Volumoso: feno, cana picada, napier, rolão de milho etc.; - Chuva, primavera, verão > fibra de boa digestibilidade; - Inverno seco prolongado > sem fibra de boa digestibilidade > demandam muito tempo para digestão, começam a acumular > massa compactada; - Água > falta gera um aumento da compactação; - Trombose e aneurismas > ligados a verminoses > vasos e nervos passam do lado do outro > se há ingurgitamento do vaso, há compressão do nervo que passa no lado, interferindo na motilidade, nas válvulas e no aparelho digestivo de maneira geral; - Estresse. SINTOMATOLOGIA: - Dor leve/moderada/intermitente > distende aos poucos; - Exposição do pênis > bexiga presa, embora vazia > reflexo de micção constante, expondo o pênis para urinar > sinal de cólica; - Conjuntivas, TPC, FC e FR alterados > excitabilidade, desidratação; - Acidose; - Abdômen abaulado > cólon maior ventral, fica pesado e abdômen se projeta para baixo; - Hipomotilidade/atonia; - Exame retal: → Fase inicial terá fezes; → Evolução > ausência de fezes. - Líquido peritoneal > altera quando já houve compactação, distensão e houve o aumento de permeabilidade. DIAGNÓSTICO: - Anamnese, Apresentação e Sinais clínicos; - Exame clínico: → Inspeção; → Auscultação; → Exame transretal. - Sondagem improdutiva; - Líquido peritoneal. TRATAMENTO: - Analgésicos > Flunixin Meglumine; - Fluidoterapia > soro fisiológico; - Laxantes/sulfato de magnésio > via enema não adianta, faz no ceco (acesso) se há motilidade do cólon maior: → Não utiliza óleo > reveste a massa compactada. - Não pode aumentar motilidade se há massa compactada > após amolecer utiliza: → Gluconato de cálcio; → Neostigmina; → Humectol > uso humano, solução saturada (igual sulfato de magnésio). - Laparotomia/colostomia > se o tratamento clínico não for efetivo. AFECÇÕES DO CÓLON MENOR OBSTRUÇÃO DO CÓLON MENOR OCORRÊNCIA: - Moderada; - Corpos estranhos; - Enterólitos > produzidos no cólon maior, se desloca para o cólon menor e provoca obstrução total ou parcial. ETIOPATOGENIA: - Corpo estranho > Nylon, cordas e plásticos; - Enterólitos: → Formação > se é esférico não tem problema; → Constituição. SINTOMATOLOGIA: - Desconforto: → Obstrução parcial > defeca em menor quantidade e menos vezes, forma fecaloma, causando desconforto abdominal. → Obstrução total; - Conjuntivas > mucosas congestas > toxemia; - TPC > excitabilidade e desconforto abdominal faz com que animal fique inquieto > perda de eletrólitos por sudorese; - Ruídos intestinais: → Porção final do cólon menor pode estar normal se animal estiver comendo; → Se está com desconforto e com outras alterações, estará tudo parado. - Exame retal: → Obstrução total > braço volta do jeito que foi, braço limpo com muco na luva (prova de braço positivo) > altamente sugestivo de obstrução total do cólon menor. - Líquido peritoneal: → Se animal está bem, não estará alterado; → Toxemia > alterado. - Sondagem nasogástrica improdutiva > não tem como conteúdo voltar para o estômago pois cólon menor está muito distante; - Evolução da obstrução parcial não tratada pode evoluir para obstrução total; - Evolução da obstrução total não tratada pode evoluir para óbito. DIAGNÓSTICO: - Anamnese; - Exame clínico; - Exame retal. TRATAMENTO: - Analgésicos > Flunixin Meglumine (alívio da dor e antitóxico) 1mL/45kg IV; - Restabelecer volemia; - Laxantes, enema com sonda nasogástrica (bordo não cortante, ponta da sonda normal pode romper o reto); - Cirurgia > em caso de enterólito. PROCTITE DEFINIÇÃO: - Inflamação da ampola retal; - Mais comum em fêmeas na estação reprodutiva por conta do momento da inseminação. ETIOPATOGENIA: - Cólicas; - Controle folicular. SINTOMAS: - Retenção de fezes; - Desconforto; - Sensibilidade aumentada. DIAGNÓSTICO: - Clínico: → Laceração; → Ruptura. TRATAMENTO: - Xilocaína; - Antiinflamatórios; - Enemas; - Laxantes.