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Síndrome cólica equina

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CLÍNICA CIRÚRGICA GRANDES 
AULA 13/12/2023
Síndrome cólica equina 
Conjunto de sinais/observações desencadeados devido distúrbio do trato digestório 
Desidratação, dor, hipomotilidade/atonia intestinal 
Dor/desconforto abdominal inespecífico, causado por várias doenças – praticamente sempre relacionado com o 
trato digestório, mas pode não estar também como pedra no rim 
Muitas doenças se ocorrem no cavalo o levam a ter síndrome cólica, e todas levam a desidratação devido ao se-
questro de líquido 
Qual afecção? Qual segmento acometido? Cirurgia ou método conservativo? 
 
Fatores do dia a dia que influenciam incidência da cólica (animal que já teve, 3x mais chance de ter novamente) 
• Alimentação – concentrado de maneira excessiva, não administrado várias vezes ao dia, animal que come 
feno, animal que não tem correções das afecções dentárias periodicamente 
• Ingestão hídrica – acesso, qualidade, muito gelada 
• Espécie 
• Estresse – atleta [cortisol diminui motilidade], animal embaiado [diminuição da movimentação] 
• Verminose – sem programa de administração de vermífugo, qual utilizado, OPG, quais estão recebendo vermí-
fugos 
• Administração de medicamentos – exemplo Imizol na Babesia 
 
80-85% dos casos de cólica são considerados simples 
Tem resolução sem cirurgia (conservativo) 
2-4% resolução cirúrgica 
Estudo EUA – 28 mil animais perderam em média 2 a 3 dias de serviço pela cólica, prejuízo 
 
Qual segmento envolvido? Estômago, intestino grosso/delgado, ceco, cólon... 
Há processo obstrutivo? 
Completo (4-6h pra fazer cirurgicamente se não rompe) ou parcial 
Processo obstrutivo estrangulante (comprometimento vascular – 2-4h antes de ruptura, endotoxemia) ou não es-
trangulante 
Qual melhor tratamento? Médico ou cirúrgico 
 
Características anatômicas fisiológicas 
Esôfago possui porção cervical, torácica e abdominal. A porção passível de acesso é a cervical. 
Ele corre dorso lateralmente em relação a traqueia – é muito comum fazer a sondagem nasogástrica e dessa 
forma conseguimos saber se está no esôfago ou não, evolui do lado esquerdo 
 
Equino não vomita por fatores fisiológicos, histológicos e anatômicos – por isso é perigoso não passar a sonda 
O estômago dele é relativamente menor comparado aos outros segmentos, é frequente distensão do estomago do 
equino, que muitas vezes resulta em ruptura gástrica se não há esvaziamento/lavagem gástrica 
 
Estômago não é pequeno e possui volume de 8-12L (não é capacidade grande de armazenamento – pasta o dia 
inteiro), mas o regime alimentar que ele é submetido é um problema. Ele é muito mais seletivo, gosta de pastagem 
rasteira 
Fundo, cárdia, corpo e região pilórica 
Esôfago chega pelo cardia (mesmo nível do coração) e a posição desse cardia dificulta o movimento do vômito, 
fundo do estômago, corpo e pilórica onde sai intestino delgado 
No cardia tem camada circular de músculo liso, muito mais forte e densa que outras espécies 
SN – não possui centro do vômito 
Curvaturas menor e maior 
Parte glandular – produção de suco gástrico entre outras coisas, região com proteção contra esse suco 
Parte não glandular – possui um ou outro fator de proteção, mais sensível/susceptível a desenvolver gastrite 
A maioria das lesões estarão na região de transição 
 
 
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Intestino delgado 
• Duodeno – possui porção dorso lateral em relação a base do ceco. Aproximadamente 1m e mesentério curto 
• Jejuno – aproximadamente 25m, mesentério maior de 50cm, associação entre mesentério mais longo e maior 
extensão do seguimento, considerável amplitude de movimentos do segmento, mais suscetível a enfermidades 
• Íleo – aproximadamente 25-30cm, parede espessa, mesentério maior que o do jejuno, presença da prega íleo-
cecal na borda antimesentérica. Lúmen menor que vai diminuindo mais ainda com a idade – hipertrofia da pa-
rede do íleo 
 
Intestino grosso – absorção de água 
• Ceco - estrutura em formato de vírgula, é a câmara fermentativa do equino, aproximadamente 1m compri-
mento e 40L de capacidade. Localizado a direita da linha média do abdômen. 
Possui base, corpo e ápice 
Possui saculações e 4 tênias longitudinais (lateral, medial, dorsal e ventral) 
• Cólon maior/ascendente – ventral direito 
Todo o cólon tem 100L de capacidade, inicia na junção ceco-cólica e termina na junção cólon dorsal direito → Fle-
xura esternal 
• Cólon ventral esquerdo → Flexura pélvica* (diminuição do lúmen) 
• Cólon dorsal esquerdo 
• Cólon dorsal direito → transição CDD e cólon transverso* (diminuição do lúmen) 
AINES excessivo pro cavalo – muito comum colite dorsal direita! Predisposição 
• Cólon transverso – 8cm 
• Cólon descendente/menor – ele possui apenas 1 tênia anti mesentérica, 3-4m 
• Reto – 30-40cm 
 
ID → CECO → CÓLON VENTRAL D → FLEXURA ESTERNAL → CÓLON VENTRAL E → FLEXURA PÉLVICA → CÓLON DORSAL E → FLEXURA 
DIAFRAGMÁTICA → CÓLON DORSAL D → CÓLON TRANSVERSO → CÓLON MENOR → RETO 
 
Cólica equinos 
Classificação dos mecanismos das enfermidades 
• Idiopática – minoria 
• Timpanismo – timpanismo cecal e gástrico 
• Obstrução simples -ingesta muito fibrosa, cavalo com problema dentário, não ingestão 
hídrica, corpo estranho 
• Obstrução estrangulante – torção, intussuscepção, encarceramento 
• Infarto não estrangulante – parasitas (necrose focal/local) 
• Peritonite 
• Enterite ou colite 
 
Compactação gástrica 
Ingesta compactada que não se dilui/desfaz e gera fermentação. Pode evoluir para um timpa-
nismo gástrico 
Muito frequente. Passagem de sonda nasogástrica 
Fatores que contribuem 
• Pouca ingestão de água 
• Ingesta seca 
• Problemas dentários – fraturas de dentes, pontas, ganchos 
• Ingestão excessiva de concentrado 
• Vícios – engolir ar (dilatação) 
Quantidade excessiva de dieta rica em carboidratos altamente fermentáveis, não há suco gástrico 
suficiente para interagir com a ingesta. Ocorre a formação de uma massa dura e compacta, não há umi-
dificação da ingesta. 
Não há esvaziamento gástrico porque há alteração da motilidade. Os carboidratos fermentam e 
produzem gás, há dilatação e distensão do órgão. 
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Quantidade ideal ração cavalo/dia = 1% PV (5kg dividido pelo menos em 3x/dia) 
 
Sinais clínicos - Inespecíficos 
• Aumento FC (60 bpm) – taquicardia por dor pela distensão 
• Dor intensa (equinos possuem limiar a dor baixíssimo para trato digestório) geralmente 
proporcional ao grau da distensão 
Todo cavalo com cólica está desidratado!! – meio hipertônico, motilidade diminuída, esvaziamento 
diminuído, líquido no intestino realiza perfusão dos tecidos, retenção 
Tratamento 
Descompressão (timpanismo) e lavagem gástrica (compactação) por meio da sondagem naso-
gástrica 
Passa sonda, chega ao estômago, pode vir líquido ou gás espontâneo, como também pode vir 
nada e tudo isso trás informação. 
Flunixin meglumina, dipirona - dor 
 
Obstruções simples e estrangulantes - intestino 
Obstrução simples – obstrução do lúmen intestinal por uma massa geralmente composta por in-
gesta compactada, corpo estranho como pedações de plástico ou rede de feno, ou formação de enteró-
lito (como se fosse uma bola de tênis se formando por anos no intestino, por algum motivo atinge as por-
ções com diminuição de lúmen). 
Pode ser por Parascaris equorum – comum em potro 6 a 8 meses mesmo que recebem vermífugo 
Pode ser por massa tumoral – intra ou extraluminal (linfossarcoma, adenocarcinoma, leiomiossar-
coma) 
Apesar de bloquear a passagem da ingesta e da secreção intestinal, inicialmente não há obstru-
ção vascular 
 
Locais de ocorrência frequente 
• ID – íleo por ter parede muito espessa e diâmetro do lúmen pequeno, a medida que enve-
lhece ocorre hipertrofia de parede e o lúmen diminui 
Raro compactação de duodeno e jejuno 
• Cólon maior – flexura pélvica e transição CDD para transverso 
• Cólon menor 
Colocar agulha*, aspirador cirúrgico, líquido morno, dissolve ingesta 
 
Total – enterólito 
Há acúmulo de líquido oral à obstrução 
Um cavalo de 500kg tem um trânsitode líquido intestinal diário em torno de 750L de água → au-
mento da pressão intraluminal (oral/cranial a obstrução) → desidratação devido ao sequestro de água e 
não por falta dela 
É secretado 136L no duodeno e apenas 8 L saem nas fezes e o resto é absorvido nos outros segmen-
tos → compressão dos vasos intramurais (dor) 
No ceco há aproximadamente 92L de reabsorção – IG maior local de absorção dos líquidos. 
Mecanismo fisiopatológico – a ingesta com o tempo se acumula e começa a pressionar a parede 
intestinal, com o tempo a própria obstrução começa a pressionar a parede intestinal, ocasiona lesão, à 
medida que o tempo passa os receptores de dor, processos inflamatórios (mediadores) começam a se 
desencadear e cavalo começa a demonstrar dor pela sensibilização dos receptores. Com o tempo a pa-
rede intestinal que tem vasos sanguíneos, se eles não chegam aonde deveria chegar começa a fazer es-
tase vascular e líquido extravasa na parede intestinal que origina edema (parede intestinal gelatinosa). 
 
Parcial – cólica intermitente. Há passagem da ingesta com pequena distensão 
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Obstrução → as extremidades da compactação começam a pressionar a parede do intestino → processo 
inflamatório → liberação de mediadores inflamatórios → causa dor. 
A medida que o tempo passa os vasos intramurais começam a ser comprimidos → isquemia → necrose 
 
Obstrução estrangulante – obstrução do lúmen intestinal associado a oclusão da vascularização 
do segmento de início. Há obstrução vascular 
Se for no delgado temos maior desidratação e possui sinais clínicos demonstrados mais rapida-
mente. O delgado enche primeiro no ponto de vista da ingesta pois tem menor capacidade, tendo os si-
nais mais rapidamente, dor mais aguda e severa. O cólon tem maior capacidade. 
 
Arteríola central é rica em oxigênio (vai subindo e perdendo, o topo é pobre). As células do topo so-
frem hipóxia e morrem, as da base vão migrando, envelhecem e morrem.Volta pelas vênulas. 
Quando torce, na base, o sangue chega pobre em oxigênio e as células sofrem muito com a isque-
mia e começa a necrose, espaço de Gruenhagen, espaço para translocação bac, edema de parede 
Quando há uma torção intestinal as células no topo da vilosidade receberá menos oxigênio, sofrem 
muito com a torção e mesmo que se desfaça existe chance do segmento não retornar sua funcionali-
dade após torção. 
• Torção 
Enterectomia com anastomose – chance de o cavalo ter aderência intestinal, no pós-operatório 
pode haver íleo adinâmico, estenose, laminite 
Obstrução estrangulante por uma massa tumoral benigna lipoma – não fará nada ao cavalo a 
massa, porém vira uma estrutura pendular e a massa pode dar loop e torcer 
• Encarceramento – hérnia inguinoescrotal 
• Intussuscepção 
Sinais clínicos: dor mais severa, maior comprometimento cardiovascular, início agudo, aumento do 
TPC e FC 
 
Timpanismo cecal 
Em torno de 4% dos equinos com cólica apresentam enfermidades envolvendo o ceco 
Secundário a deslocamentos, torções ou obstruções de cólon maior. Menos comum o ceco ser a 
origem do problema 
• Intussuscepção cecocecal (infestação por Anoplocephala perfoliata e mamali – Hipermotilidade) 
• Produção excessiva de gás – ambiente ácido, fermentação e produção de AGV, diminui motilidade e 
causa dor 
• Percussão auscultatória (igual a de deslocamento de abomaso, gás e um pouco de líquido) 
 
Palpação transretal – sente a tênia ventral distendida no quadrante superior direito, na transição 
para o quadrante inferior. Irá palpar uma estrutura repleta de gás 
 
Tratamento 
• Desfazer obstrução (se for) 
• Tiflocentese – esvaziar ceco 
Na fossa paralombar direita, encontrar ceco para percussão auscultatória, fazer tricotomia, antissepsia 
e inserir cateter estéril (14 ou 26G), acoplar sonda e fazer palpação transretal para auxiliar no esvazia-
mento, ir apertando com luva cirúrgica 
• Celiotomia exploratória - em casos refratários com alterações topográficas ou com torções 
 
 
 
 
 
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Sablose 
É o acúmulo de areia no trato digestório dos equinos, doença do cólon maior 
Deve ser considerado em todos os casos de diarreia crônica de equinos 
• Dieta de baixa fibra (dificulta eliminar areia) 
• Acesso a áreas com areia e solo com grande composição mineral (interior SP) 
 
Sinais clínicos - inespecíficos 
• Dor leve a moderada (confunde com gastrite) 
• Diminui quantidade de fezes 
• Hipomotilidade 
• Barulho da areia 
• Crônico: lesões da mucosa do cólon e infecção bacteriana 
Diagnóstico 
Retirar fezes por palpação, colocar de 5 a 6 sílabas em uma luva de palpação e encher até a me-
tade com água e esperar, se tiver areia irá decantar 
Tratamento 
• Conservativo: sulfato de magnésio em pó 0,5 a 1 g/kg diluído em 4L de água morna, administrar 
por sonda nasogástrica SID ou BID (não usar mais de 3 dias SID – enterite) 
• Celiotomia exploratória 
 
Deslocamentos 
O cólon maior com exceção da sua origem, é solto na cavidade pela ausência do mesentério, fi-
cando predisposto a deslocamento e movimentação, assim como o jejuno 
Deslocamento é alteração topográfica, anatômica 
 
Dorsoflexão (Deslocamento dorsal à esquerda) 
Necessário uma obstrução simples, após 24h de evolução pode ocorrer lesões na mucosa 
A obstrução pode gerar acúmulo de ingesta, aumentando fermentação, deixando o cólon maior 
mais leve pelo acúmulo de gás e começa a se insinuar/subir/deslocar entre a parede abdominal e baço 
Porém, se deslocar o suficiente para atingir o espaço entre baço e rim é deslocamento dorsal a es-
querda com encarceramento do cólon no espaço do ligamento nefroesplênico 
Sinais clínicos 
• Dor leve a moderada 
• Hipomotilidade 
• Deslocamento com encarceramento: dor intensa, comprometimento vascular, esplenome-
galia 
Diagnóstico 
• Sinais clínicos 
• US – baço e rim esquerdo, quando houver deslocamento vê intestino 
• Palpação transretal 
Tratamento 
• Correção do equilíbrio hidroeletrolítico 
• Interromper fornecimento de alimentação 
• Celiotomia exploratória 
• Enema de água morna com mucilagem para tentar desafazer deslocamento 
 
 
 
 
 
 
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Retroflexão (Deslocamento dorsal à direita) 
Ocorre devido a um movimento de retropulsão da flexura pélvica e posicionamento anormal do có-
lon esquerdo entre o ceco e a parede abdominal direita 
Outros deslocamentos: vólvulo (torção no eixo do cólon), torções, encarceramento, intussuscepção 
Sinais clínicos 
• Dor intensa e incontrolável 
• Intensa desidratação 
• Diminui quantidade de fezes 
• Hipomotilidade ou atonia intestinal 
• Deslocamentos em direção ao diafragma: alteração respiratória, alteração do abaulamento 
do abdômen, compactação secundária ao deslocamento 
Diagnóstico: difícil, sinais inespecíficos, geralmente quando abre animal no centro 
Tratamento: Celiotomia exploratória com reposição 
 
Abordagem do paciente 
Nível de dor 
• Sem dor, leve, moderada, severa, depressão (rompimento, isquemia) 
• Adulto: cava o chão, olha para o flanco, deita e se levanta, rola, posições de cavalete, posição de 
micção 
• Potro: cauda em bandeira, afasta MP, decúbito dorsal 
 
Anamnese 
• Idade 
• Habitat – sablose, baia, estresse 
• Alimentação 
• Ingestão hídrica 
• Rotina – treinamento, provas, transporte, piquete 
• Controle parasitológico – OPG, vermífugo, princípio ativo (Ivermectina não é para equinos) 
• Problemas dentários – mastigação, trituração 
• Vícios 
• Episódios prévios de cólica (3x chance de ter novamente) 
 
Exames clínicos 
• Temperatura – hipertermia (processo infeccioso – colite, enterite, lesão intestinal) 
• Pulso – fraco (desidratação) 
• Afere na artéria facial transversa, mais seguro 
• FR – indica dor, principalmente para dilatação gástrica 
• Em situações com obstrução vascular (hipóxia/isquemia) pode desenvolver acidose meta-
bólica (hemogasômetro), devido a deficiência do fluxo sanguíneo para as alças intestinais → 
glicose anaeróbica → acúmulo de ácido lático 
• Perfusão tecidual – mucosa vermelho tijolo,cianótico pelo acúmulo de gás carbônico, cianó-
tico com halo toxêmico 
• TPC aumenta com desidratação 
• Auscultação cardíaca comum aumentar 
• Desidratação, Ht + proteína plasmática total (PTP) 
 
 HT PTP 
Leve (6%) 43-50 7 - 8 
Moderada (8%) 50-57 8.1 – 9 
Severa (10%) > 57 > 9 
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Sondagem nasogástrica 
Animal deve estar calmo, passar sonda e observar conteúdo gástrico 
Sem conteúdo – tenta obter sugando a sonda por no máximo 5 min, mudando posição, se não vir, 
coloca água morna na sonda e antes que ela desça por completo, baixar a sonda, sinfonagem, para que 
venha algum conteúdo 
Começa com 1L, 1L, 1L, se não vir nada para! E é importante saber o quanto entrou e o quanto saiu 
Lavar até que a água volte limpa 
Gás – timpanismo gástrico, compactação 
Conteúdo espontâneo (sem sifonagem) – acúmulo de líquido no estômago 
Descarta primeiro jato e mensura o ph do segundo. O ph é ácido (5,5-6), se for básico (7 - 7,4) in-
dica refluxo enterogástrico, se for isso não retirar a sonda para poder eliminar esse refluxo 
É possível assoprar a sonda e outra pessoa auscultar, se “aun” indica ruptura gástrica 
 
Palpação transretal 
Depende do tamanho do examinador e do cavalo 
Primeiro sempre aferir temperatura 
QSE – baço, rim esquerdo e espaço livre do ligamento nefroesplênico 
Linha média dorsal – artéria aorta e raiz mesentérica 
QSD – ceco (4 tênias) se tiver distendido tênia ventral 
QIE – flexura pélvica (posicionamento, grau de repleção, consistência) 
QID/centro – cólon menor (uma tênia na borda antimesentérica), sílabas formadas 
 
Abdominocentese 
Coleta de líquido abdominal 
Tricotomia e antissepsia, agulha 40x16 ou x12 
Punção na parte mais baixa do abdômen 
Alça torcida terá mais leucócitos, proteína total, e terá hemácias (não pode conter, porém pode ter 
trauma na punção). Coloração gram para identificar bactéria 
Baixos níveis de Na, K, Cl e Ca no hemograma 
 
Fezes 
É importante saber se defecou no caminhão 
Consistência, muco (escurecido como graxa = trânsito intestinal lento), grau de maceração das 
fibras e presença de parasitas 
 
Tratamento médico 
Analgesia – diminuir dor e permitir exame 
• Caminhada 30 a 4 min 
• Descompressão gástrica 
• AINEs 
• Sedativos-tranquilizantes 
Alfa 2 agonista faz diminuição da motilidade, mas benefício maior – Xilazina, Detomidina 
Fenotiazínicos faz vasodilatação periférica – Acepromazina 0,03 a 0,1 mg/kg 
Analgésicos opioides – Butorfanol (frequentemente associado a alfa 2 agonista para diminuir 
efeitos colaterais) 
 
Eficácia pouca a moderada Eficácia boa/excelente Eficácia excelente 
Dipirona 2,2 a 4,4 mg/kg 
Fenilbutazona 2,2 a 4,4 mg/kg 
 
Flunixin meglumina 0,25 a 1,1 mg/kg 
 
Xilazina 0,2 a 1,1 mg/kg 
Detomidina 10 a 40 ug/kg 
Butorfanol 0,05 a 0,075 mg/kg 
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Alimentação 
Suspenção da alimentação e água, porém fornecer as necessidades diárias e perdas com ringer 
lactato – glicose interrompida, cálcio, potássio (usar ht e gasômetro) 
Fluidoterapia 
Volume de reposição = grau de desidratação x PV / 100 
Laxantes 
Óleo mineral – 5 a 10 ml/kg para lubrificar superfície da ingesta/lúmen 
Laxantes osmóticos – Dioctil sulfosuccionato de sódio 10 a 50 mg/kg, 2 a 4L, leva água para dentro 
do rúmen 
Sulfato de magnésio 0,5 a 1 g/kg diluído 
Nunca usar em compactações próximas do ID 
 
Indicação cirúrgica: 
• Dor: incontrolável ou severa, não responsiva ao tratamento com Flunixin ou Detomidina, requer repi-
que 
• Refluxo: amarelo, alcalino e maior que 4L (refluindo do intestino) 
• Auscultação: ausência de borborigmos intestinais 
• Fluido peritoneal: aumento de pt, presença de hemácias e neutrófilos degenerados 
• Palpação transretal: palpação de ID, distensão de ID ou IG, alterações topográficas, corpo estranho 
palpável 
 
Contraindicação cirúrgica: 
• Dor: ausência de dor ou depressão 
• Temperatura acima de 39 
• Leucograma com infecção ou inflamação – neutrofilia ou neutropenia 
• Auscultação com presença de borborigmos indicando progressão da ingesta

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