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Relações Étnicas Raciais- 1

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UNIGRAN – Centro Universitário da Grande Dourados
Curso: Pedagogia
Disciplina: Relações Étnicas Raciais
Professora: Dra. Terezinha Bazé de Lima 
Aluno(a): Rosangela Castro Endres 	RGM: 053.19860 Polo: Aral Moreira 
Atividade/ Portfólio 01 – AULAS 01, 02 , 03 e 04 ( VALOR 2,5 PONTOS)
1) Construa um texto com o mínimo de duas laudas e máximo três laudas dissertando sobre o tema : “Racismo , Pluralidade Cultural e Legislação” , o texto deve abordar conteúdos e conceitos trabalhados e estudados nas aulas 01 , 02 , 03 e 04, trazendo citações e referências do guia didático. 
 O período de colonização do Brasil foi marcado por diversas práticas cruéis e hediondas, que atualmente são consideradas crimes passíveis de punição pois ferem a dignidade humana, esses atos foram cometidos principalmente contra os indígenas nativos do território brasileiro e os negros que vieram trazido da África para serem escravizados pelos portugueses.
Mesmo com legislações positivas criadas a fim de promover igualdade social entre a população, como a lei Áurea em 1888, não houve tentativa do estado de inserir os ex-escravos no mercado de trabalho com objetivos de garantir-lhes bem estar social. Contribuindo, dessa forma, para que a discriminação reinasse no país até os dias atuais, causando pobreza e falta de oportunidades justas a essa parcela populacional.
A partir desse cenário, existe a ideia de que a pessoa negra está associada à criminalidade, desconsiderando a situação histórica em que foram inseridos, e generalizado o comportamento de toda uma etnia. E ainda que ações afirmativas vêm sendo aplicadas nos últimos anos com o objetivo de garantir uma inclusão social, escolar e profissional aos negros, há um preconceito generalizado com essa parcela populacional. 
De acordo com dados retirados do IBGE, 55% da população brasileira são negros ou pardos, ou seja, mais da metade da população. Entretanto 71% das pessoas mortas por assassinato são negras, 76% das pessoas mortas em ação policial são negros, 64% da população carcerária também são negros. Enquanto somente 30% dos negros são ocupantes de cargos de gerência. A renda média salarial da população brasileira é menor para o negro em R$ 915 em relação ao branco essas entre outras estatísticas revelam que:
Ser negro significa ser mais pobre que o branco, ter menos escolaridade, receber salário menor, ser mais rejeitado pelo mercado de trabalho, ter menor oportunidades de ascensão profissional e social, dificilmente chegar à cúpula do poder público e aos postos de comando da iniciativa privada, estar entre os principais ocupantes dos subempregos, ter menos acesso aos serviços de saúde, ser vítima preferencial da violência urbana, ter mais chances de ir para a prisão, morrer mais cedo. (Agência Senado) 
Assim como os negros, os indígenas também são considerados selvagens e primitivos, sendo essas pessoas, então representadas como inferiores. Além dos negros e indígenas, outros povos vieram para o Brasil trazendo suas culturas e propagando a globalização no país, resultando em uma pluralidade cultural com aspectos positivos e negativos na sociedade brasileira contemporânea. 
A partir disso, podemos entender que o conceito de pluralidade cultural diz respeito ao conhecimento e à valorização de características étnicas e culturais, às desigualdades socioeconômicas e à crítica às relações sociais discriminatórias e excludentes que permeiam nossa sociedade. Apesar da tentativa da imposição da cultura branca no Brasil, isso não ocorreu devido às origens brasileiras já mencionadas anteriormente. Com isso não há de que se falar em superioridade de um grupo em detrimento do outro. E para valorizar essa diversidade cultural cabe ao governo instituir medidas e ações afirmativas para coibir as desigualdades. 
Para que a pluralidade cultural não se torne uma discriminação entre a população se faz necessário políticas afirmativas como por exemplo, uma legislação que contribua para a igualdade étnico-racial e respeito entre os povos. 
A constituição da Repúblicas Federativa do Brasil e 1988 é uma das mais avançadas quanto aos temas do respeito à diferença e do combate à discriminação. Outra legislação referente ao tema é a Lei 11.645, de 10 de março de 2008, que obriga o ensino da história e da cultura indígena e afro-brasileira das escolas de ensino fundamental e médio, particular e públicas do brasil. 
 A criação dessas leis tem o objetivo de reparar o tratamento de exclusão e racismo tanto dos povos indígenas como dos africanos. E tem foco principalmente nas escolas, para que os professores ensinem os alunos a considerar as contribuições de diferentes culturas e etnias para a formação da população brasileira. A inserção do tema nas escolas diz respeito a desconstituição da sociedade brasileira, contribuindo para combater o racismo. Na opinião de Portela: 
De acordo com a lei, o conteúdo programático das diversas disciplinas deve abordar o estudo de história da África e dos povos africanos, a luta das pessoas negras no Brasil, a cultura negra brasileira e o (a) negro (a) na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes áreas social, econômica e política pertinentes à história do Brasil. Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira devem ser ministrados no âmbito de todo o currículo escolar e, principalmente, nas áreas de educação artística, literatura e história brasileira. (PORTELLA,2007,p.04) 
 Entretanto, apesar de diversas leis sobre o tema, ainda falta muita coisa para que de fato visa reparar erros históricos cometidos contra minorias que durante muito tempo na história nacional foram discriminadas e silenciadas. 
 Professores ainda estão despreparados na luta contra as desigualdades raciais, e mesmo bem intencionados, por falta de conhecimento, acabam reproduzindo visões estereotipadas da população negra, em decorrência de sua defasada formação. Como no Brasil, essa discussão no campo da educação é relativamente nova, muitos educadores ainda se ancoram na ideologia da democracia racial que, reconhece todos como iguais e acaba esquecendo das desigualdades e preconceitos existentes na sociedade brasileira. 
 Muitas ações ainda precisam ser tomadas, tais como a formação de professores, materiais e livros didáticos, mas é necessário que cada um faça sua parte na educação para com os seus filhos, para que ocorra resultados positivos. 
 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição Federal do Brasil de 1988.
BRASIL. Lei 11.645, de 10 de março de 2008. História e Cultura Afro-brasileira e Indígena.
BRASIL. Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013. Alteração das Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
COSTA NETO, Antonio Gomes da. A diversidade étnico-racial como novo princípio da LDB. Disponível em: http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/educacao/lei-10-639-03-e-outras/17933-a-diversidade-etnico-racial-como-novo-principio-da-ldb.
MUNANGA, K. (Org.) (2005). Superando o racismo na escola (2a. ed. rev.). Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.
PORTELLA, T. Combate às desigualdades na educação escolar. Democracia
Viva. n.34. p.3-7, 2007. Disponível em <http://www.acaoeducativa.org.br/downloads>
Acessado em fevereiro de 2023.
SENADO FEDERAL DO BRASIL. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2020/06/negro-continuara-sendo-oprimido-enquanto-o-brasil-nao-se-assumir-racista-dizem-especialistas.
OBS – Todas as atividades deverão ser desenvolvidas com base em elaboração própria (trazendo citações do Guia Didático e outras fontes, caso utilizar, e apresentar as referências).a

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