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Filósofos e a Felicidade: o tema que vai cair na sua prova do ENEM Prof. Felini O QUE É FELICIDADE? O QUE TE FAZ FELIZ? Eudaimonia Eudaimonia - Aristóteles Atingir a felicidade depende de uma conduta moral moderada, sem excesso, baseada no “meio termo”. Tal conduta deve ser forjada pelo hábito, de modo análogo ao atleta que se forma por repetidos exercícios. Habituar-se a uma boa conduta é ter bons costumes, e isso vale muito mais do que praticar uma série de boas ações isoladas. Tal hábito é adquirido, sobretudo, pelo exercício do intelecto que, no campo moral, aspira ao que é razoável. A felicidade, em suma, obtém-se por meio da vida contemplativa, uma vida intelectual sossegada, longe das perturbações do cotidiano. Exercícios (Enem 2020) Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhe parece um bem; se todas as comunidades visam algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens. ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB,1988. No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que associa dois elementos essenciais à discussão sobre a vida em comunidade, a saber: a) Ética e política, pois conduzem à eudaimonia. b) Retórica e linguagem, pois cuidam dos discursos na ágora. c) Metafísica e ontologia, pois tratam da filosofia primeira. d) Democracia e sociedade, pois se referem a relações sociais. e) Geração e corrupção, pois abarcam o campo da physis. Exercícios (Enem 2020) Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhe parece um bem; se todas as comunidades visam algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens. ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB,1988. No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que associa dois elementos essenciais à discussão sobre a vida em comunidade, a saber: a) Ética e política, pois conduzem à eudaimonia. b) Retórica e linguagem, pois cuidam dos discursos na ágora. c) Metafísica e ontologia, pois tratam da filosofia primeira. d) Democracia e sociedade, pois se referem a relações sociais. e) Geração e corrupção, pois abarcam o campo da physis. Exercícios (Enem 2013) A felicidade é portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade. ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como a) busca por bens materiais e títulos de nobreza. b) plenitude espiritual a ascese pessoal. c) finalidade das ações e condutas humanas. d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. e) expressão do sucesso individual e reconhecimento público. Exercícios (Enem 2013) A felicidade é portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade. ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como a) busca por bens materiais e títulos de nobreza. b) plenitude espiritual a ascese pessoal. c) finalidade das ações e condutas humanas. d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. e) expressão do sucesso individual e reconhecimento público. Cinismo O fundamento da sua crítica consistir em um princípio básico: para sermos felizes, devemos apenas seguir nossa natureza, conhecendo as exigências que ela nos faz e a natureza que nos habita, como animais que somos, não existe convenções ou confortos. Apenas o básico, como alimentar-se, por exemplo. Agir conforme a natureza, desprendendo-se de todas as outras falsas necessidades, é a forma de viver feliz e realizado. Os bens aprisionam e as necessidades fúteis enfraquecem. Epicuristas “Mesmo que jovens, não devemos hesitar em filosofar. E nem sequer na velhice devemos cansar-nos do exercício filosófico. Pois para ninguém é demasiado cedo nem demasiado tarde para a purificação da alma. Aquele que diz que a hora de filosofar não chegou, ou já passou, para a felicidade. [...] Devemo-nos, pois, preocupar com aquilo que cria a felicidade, já que com ela possuímos tudo e sem ela tudo fazemos para a obter.” (Epicuro) Aponia e Prazer • Como conseguir a felicidade num mundo instável? • Como evitar grandes desejos que causam mais dor do que prazer? • O epicurismo defendia a vida sem requintes, sem grandes refinamentos materiais, pois, se o homem estivesse acostumado à vida opulenta, repleta de luxuosidade, e a perdesse por alguma razão, sofreria demasiadamente. Assim, a vida sem tais requintes seria um remédio para a instabilidade do mundo em que vivia. Epicuristas e aceitação da morte Tal medo gera mais instabilidade no homem e não deveria existir. Afinal, se a morte pode ser entendida como a dissolução do corpo e da alma. Não há qualquer possibilidade de sensação, seja ela boa seja ela ruim. Então, qual a razão de sofrer com medo da morte? A morte não pode ser nada para nós: o que é dissolvido não tem sensação, e o que não tem sensação é nada para nós. Epicuristas: Amizade Exercícios (Enem 2014) Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros, naturais e não necessários; outros, nem naturais nem necessários, mas nascidos de vã opinião. Os desejos que não nos trazem dor se não satisfeitos não são necessários, mas o seu impulso pode ser facilmente desfeito, quando é difícil obter sua satisfação ou parecem geradores de dano. EPICURO DE SAMOS. “Doutrinas principais”. In: SANSON, V. F. Textos de filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974. No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem como fim a) alcançar o prazer moderado e a felicidade. b) valorizar os deveres e as obrigações sociais. c) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação. d) refletir sobre os valores e as normas dadas pela divindade. e) defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o saber Exercícios (Enem 2014) Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros, naturais e não necessários; outros, nem naturais nem necessários, mas nascidos de vã opinião. Os desejos que não nos trazem dor se não satisfeitos não são necessários, mas o seu impulso pode ser facilmente desfeito, quando é difícil obter sua satisfação ou parecem geradores de dano. EPICURO DE SAMOS. “Doutrinas principais”. In: SANSON, V. F. Textos de filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974. No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem como fim a) alcançar o prazer moderado e a felicidade. b) valorizar os deveres e as obrigações sociais. c) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação. d) refletir sobre os valores e as normas dadas pela divindade. e) defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o saber São Tomás de Aquino Não temos condições de nos sentir plenamente realizados em nossas vidas terrenas, por conta de nossa finitude. Que limita nossas alegrias em momentos passageiros. Só superamos a insatisfação permanente por meio da BEATITUDE. Arthur Schopenhauer (1788-1860) A vida é sofrimento pois o querer é insaciávelNÃO QUERER Verdadeira Liberdade Só a arte salva! Suspender e a pacificar a dor por meio da ARTE Contemplação artística: • A arte faz a vontade contemplar, suspende por alguns momentos o sofrimento, como recreio para a existência, pois o contemplador se confunde com o objeto contemplado, aliviando-se das tensões existenciais. O ser acaba por se fixar na forma estética contemplada como ideia e, assim, por instantes ganha a eternidade. A felicidade e as mídias sociais Os meios de comunicação de massa tornaram-se os mediadores das relações sociais, ocupando um papel de destaque ao estabelecer imagens sedutoras, ao inculcar desejos de consumo, ao constituir padrões de beleza, tornando-se a base da propaganda necessária à reprodução do capital. Escola de Frankfurt: Adorno (1903-1969) e Horkheimer (1885-1973) Indústria Cultural “A indústria cultural vende cultura. Para vende-la, deve seduzir e agradar o consumir. Para seduzi-lo e agradá-lo, não pode chocá-lo, provoca-lo, fazê-lo pensar, fazê-lo ter informações novas que perturbem, mas deve devolver-lhe, com nova aparência, o que ele sabe, já viu, já fez. A “média” é o senso comum cristalizado que a indústria cultural devolve com cara de coisa nova [...]. Dessa maneira, um conjunto de programas e publicações que poderiam ter verdadeiro significado cultural tornam- se o contrário da cultura e de sua democratização, pois se diferem a um público transformado em massa inculta, infantil, desinformada e passiva.” (Marilena Chauí) Consumidores que pensam não compram Como ela tem de vender o maior volume possível de mercadorias, não pode conter novidades extraordinárias, não pode apresentar formas novas que suscitem o esforço interpretativo do consumidor. Ao contrário, tudo o que produz deve ser consumido sem esforço algum, imediatamente. Por essa razão, a indústria cultural oferece obras que buscam entreter e divertir. O que nós realmente precisamos? O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA DOMINAR A FÍSICA Filosofias Helenísticas Mídias Sociais Nossa finitude limita nossas alegrias em momentos passageiros Só superamos a insatisfação permanente por meio da Beatitude Para sermos felizes, devemos apenas seguir nossa natureza Defendia a vida sem requintes, sem grandes refinamentos materiais Os bens aprisionam e as necessidades fúteis enfraquecem Os meios de comunicação de massa tornaram-se os mediadores das relações sociais Tudo o que produz deve ser consumido sem esforço algum, imediatamente. Por isso, a indústria cultural oferece obras que buscam entreter e divertir Indústria Cultural Cinismo Epicurismo São Tomás de Aquino Arthur Schopenhauer A vida é sofrimento pois o querer é insaciável Suspender e a pacificar a dor por meio da contemplação artística A verdadeira liberdade está no não querer O QUE É FELICIDADE? Eudaimonia Para Aristóteles, atingir a felicidade depende de uma conduta moral moderada, sem excesso, baseada no “meio termo” Forjada pelo hábitoObtém-se por meio da vida contemplativa Escola de Frankfurt: Adorno e Horkheimer A indústria cultural vende cultura Filósofos e a Felicidade https://www.biologiatotal.com.br/ 2 1. (Enem 2016) Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir, do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa. ADORNO, T HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985. A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a) a) legado social. b) patrimônio político. c) produto da moralidade. d) conquista da humanidade. e) ilusão da contemporaneidade. 2. (Enem PPL 2019) Tomás de Aquino, filósofo cristão que viveu no século XIII, afirma: a lei é uma regra ou um preceito relativo às nossas ações. Ora, a norma suprema dos atos humanos é a razão. Desse modo, em última análise, a lei está submetida à razão; é apenas uma formulação das exigências racionais. Porém, é mister que ela emane da comunidade, ou de uma pessoa que legitimamente a representa. GILSON, E.; BOEHNER, P. História da filosofia cristã. Petrópolis: Vozes, 1991 (adaptado). No contexto do século XIII, a visão política do filósofo mencionado retoma o a) pensamento idealista de Platão. b) conformismo estoico de Sêneca. c) ensinamento místico de Pitágoras. d) paradigma de vida feliz de Agostinho. e) conceito de bem comum de Aristóteles. 3. (Enem 2018) A quem não basta pouco, nada basta. EPICURO. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1985. Remanescente do período helenístico, a máxima apresentada valoriza a seguinte virtude: a) Esperança, tida como confiança no porvir. b) Justiça, interpretada como retidão de caráter. c) Temperança, marcada pelo domínio da vontade. d) Coragem, definida como fortitude na dificuldade. e) Prudência, caracterizada pelo correto uso da razão. 4. (Enem 2016) Sentimos que toda satisfação de nossos desejos advinda do mundo assemelha-se à esmola que mantém hoje o mendigo vivo, porém prolonga amanhã a sua fome. A resignação, ao contrário, assemelha-se à fortuna herdada: livra o herdeiro para sempre de todas as preocupações. SCHOPENHAUER, A. Aforismo para a sabedoria da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2005. https://www.biologiatotal.com.br/ www.biologiatotal.com.br 3 O trecho destaca uma ideia remanescente de uma tradição filosófica ocidental, segundo a qual a felicidade se mostra indissociavelmente ligada à a) a consagração de relacionamentos afetivos. b) administração da independência interior. c) fugacidade do conhecimento empírico. d) liberdade de expressão religiosa. e) busca de prazeres efêmeros. 5. (Enem PPL 2015) TEXTO I A melhor banda de todos os tempos da última semana O melhor disco brasileiro de música americana O melhor disco dos últimos anos de sucessos do passado O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos Não importa contradição O que importa é televisão Dizem que não há nada que você não se acostume Cala a boca e aumenta o volume então. MELLO, B.; BRITTO, S. A melhor banda de todos os tempos da última semana. São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento). TEXTO II O fetichismo na música e a regressão da audição Aldous Huxley levantou em um de seus ensaios a seguinte pergunta: quem ainda se diverte realmente hoje num lugar de diversão? Com o mesmo direito poder-se-ia perguntar: para quem a música de entretenimento serve ainda como entretenimento? Ao invés de entreter, parece que tal música contribui ainda mais para o emudecimento dos homens, para a morte da linguagem como expressão, para a incapacidade de comunicação. ADORNO, T. Textos escolhidos. São Paulo: Nova Cultural, 1999. A aproximação entre a letra da canção e a crítica de Adorno indica o(a) a) lado efêmero e restritivo da indústria cultural. b) baixa renovação da indústria de entretenimento. c) influência da música americana na cultura brasileira. d) fusão entre elementos da indústria cultural e da cultura popular. e) declínio da forma musical em prol de outros meios de entretenimento. https://www.biologiatotal.com.br/ http://www.biologiatotal.com.br 4 ANOTAÇÕES Gabarito 1- [E] Na contemporaneidade, a indústria cultural, ao padronizar a produção cultural, produz a ilusão de que os indivíduos estão escolhendo o que vão consumir. No entanto, isso é um efeito da ideologia, uma vez que todos os produtos são massificados e extremamente parecidos entre si. 2- [E] A visão política de Tomás de Aquino faz referência ao conceitode bem comum de Aristóteles, que valoriza o aspecto comunitário da vivência humana. 3- [C] O epicurismo, corrente filosófica criada por Epicuro na Grécia antiga, apresenta uma concepção moral hedonista, a partir da qual a finalidade das ações humanas seria a busca pelo prazer. No entanto, a busca pelo prazer humano, segundo a moral epicurista, deve se assentar no uso da razão, de modo que o indivíduo não seja escravizado pelo desejo, o que levaria a um estado de sofrimento permanente. Seria, portanto, uma postura temperante – ou seja, moderada – diante dos prazeres que tornaria possível ao indivíduo não sofrer por prazeres que não pode obter. 4- [B] Ao criticar a satisfação de nossos desejos, Schopenhauer retoma uma concepção filosófica de tradição estoica, segundo a qual a felicidade se dá através do controle das paixões. 5- [A] Os textos tratam da produção cultural enquanto produção mercadológica, dinâmica que implica a transformação da arte em uma mercadoria efêmera e espetacularizada, minimizando, dessa forma, seu potencial comunicativo de modo a atender a lógica de consumo característica do Capitalismo. https://www.biologiatotal.com.br/ https://www.biologiatotal.com.br/ contato@biologiatotal.com.br /biologiajubilut Biologia Total com Prof. Jubilut @biologiatotaloficial @paulojubilut @Prof_jubilut biologiajubilut +biologiatotalbrjubilut Número do slide 1 Número do slide 2 Eudaimonia Eudaimonia - Aristóteles Número do slide 5 Número do slide 6 Cinismo Epicuristas Aponia e Prazer Epicuristas e aceitação da morte Epicuristas: Amizade Número do slide 12 São Tomás de Aquino Número do slide 14 Arthur Schopenhauer (1788-1860) Número do slide 16 Número do slide 17 Só a arte salva! A felicidade e as mídias sociais Escola de Frankfurt: Adorno (1903-1969) e Horkheimer (1885-1973) Indústria Cultural Consumidores que pensam não compram O que nós realmente precisamos?