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Prof. Esp. Massaru Coracini Okada Direito Tributário Unidade 3 Livro didático digital Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial ANDRÉA CÉSAR PEDROSA Projeto Gráfico MANUELA CÉSAR ARRUDA Autor PROF. ESP. MASSARU CORACINI OKADA Desenvolvedor CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS Olá querido aluno, seja muito bem-vindo (a) a nossa instituição! É com satisfação que daremos continuidade ao conteúdo deste semestre letivo. Meu nome é Massaru Coracini Okada, sou formado em Direito pela Universidade de Gurupi – UNIRG -; e, especialista em Direito Comercial e Tributário pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Marabá – FACIMAB. Atuei junto a Diretoria de Contencioso Administrativo Tributário da Secretaria Municipal de Gurupi, Estado do Tocantins; Procuradoria Geral do Município de Gurupi, Estado do Tocantins; Diretoria Jurídica da Agência Tocantinense de Saneamento – ATS -; e, atualmente na Procuradoria Jurídica da Fundação UNIRG, e, na advocacia privada. Com experiência prática tanto pela Administração Pública, como, na Advocacia Privada, venho com imensa alegria contribuir com vocês, com o conhecimento adquirido ao longo da minha vivência prática profissional. Por esta razão, fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Muito contente em participar desta etapa de muito estudo e trabalho. Conte comigo! Autor PROF. ESP. MASSARU CORACINI OKADA INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimen- to de uma nova competência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser prioriza- das para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofun- damento do seu conhecimento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma ativi- dade de autoapren- dizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; Iconográficos Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo pro- jeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: SUMÁRIO Introdução......................................................................................10 Competências................................................................................11 Punibilidade no direito tributário...........................................12 Infração tributária: classificação e princípios....................14 Classificação.........................................................................................................15 Princípios.................................................................................................................18 Ilícito penal fiscal: conceito e espécies...............................22 Sonegação Fiscal..............................................................................................25 Apropriação Indébita......................................................................................29 Evasão Fiscal........................................................................................................31 Supressão de Escrituração e Livros....................................................34 Crimes Tributários Eletrônicos.................................................................37 Das sanções...................................................................................40 Sanção Administrativa Tributária............................................................41 Sanção Penal Fiscal........................................................................................44 Bibliografia.....................................................................................49 Direito Tributário 9 UNIDADE 03 Direito Tributário10 O presente E-book, referente à Unidade 3, foi elaborado com fito de trazer aos alunos o contato inicial com o conteúdo relacionado à Punibilidade em Matéria Tributária, sendo: Ilícitos Tributários; Infrações Tributárias; Sanções Administrativas e Penais; e, Crimes Fiscais. Neste momento, será tratado mais especificamente sobre as responsabilizações por descumprimentos e violações das normas tributárias. Será o momento em que o aluno (a) perceberá onde o contribuinte poderá incorrer em irregularidades em face a normativa tributária, bem como as suas respectivas consequências no âmbito administrativo e judicial. É o estudo baseado neste conteúdo, aliado as aulas expositivas, que farão o aluno compreender a sistemática do Direito Tributário, e, possibilitar que sejam desenvolvidas progressões no entendimento, bem como, a capacitação para o exercício da vivência prática no ramo. Bons Estudos! INTRODUÇÃO Direito Tributário 11 Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso objetivo é auxiliar você no atingir até o término desta etapa de estudos, a compreensão quanto a Punibilidade Em Matéria Tributária, nos seguintes quesitos: 1. Punibilidade no Direito Tributário; 2. Infrações Tributárias: Natureza e Princípios; 3. Ilícito Tributário: Conceito e espécies; 4. Sanções Administrativas Tributárias, e, Penal Fiscal; Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! COMPETÊNCIAS Direito Tributário12 Punibilidade no Direito Tributário Temos em nosso ordenamento jurídico, as questões materiais, bem como as processuais. No que tange ao Direito Material Tributário, tratamos com afinco e cuidado os conteúdos das unidades anteriores, como forma de conteúdo introdutório da disciplina ora administrada. Neste sentido, tratamos das matérias preliminares para a compreensão do conteúdo sendo, o Sistema Tributário Nacional, Princípios Constitucionais Tributários, as Normas do Direito Tributário, competência, poderes e limitações ao Estado no direito de tributar. São matérias que nos dão embasamento teórico capaz de ingressar a fundo no Direito Material Tributário Propriamente dito, na Unidade I tivemos o conhecimento e contato com a matéria estrutural da disciplina. EXPLICANDO MELHOR: Mais adiante, na Unidade II, passamos a observar e analisar o Direito Material Tributário propriamente dito, ou seja, a matéria Tributária especificamente. As diversificações; as outorgas constitucionais aos Entes Federativos, as Normas Gerais e Específica da matéria tributária, bem como, os Tributos especificamente. Neste sentido, a importância da Unidade III, é demonstrada quando é ofertado ao aluno(a) as consequências aos descumprimentos dos preceitos trabalhados da Unidade I e Unidade II. Não haveria sentido no Estado como entidade de organiza e estrutura toda vivencia em sociedade, deixar sem qualquer matéria punitiva os incursos apresentados. Direito Tributário 13 Trabalharemos neste sentido, em dois aspectos propriamente ditos, sendo: Punibilidade Tributária em sua essência, e, o Direito Tributário com aspectos tributários; com as suas consequentes sanções. Serão abordadas nas competências a seguir os conceitos básicos e classificações dois institutos da Infração Tributária e Sanção Administrativa Tributária (Punibilidade Direito Tributário); e, os Ilícitos Tributários e Sanção Penal Fiscal (Punibilidade Penal com núcleo Tributário). Entenderemos quais as infrações e ilícitos tributários, e, as consequentes sanções aplicáveis aos descumprimentos legais pertinentes ao Direito Material Tributário.Importante que tenhamos bastante atenção e compreensão, pois, passaremos a adentrar no campo prático do Direito Tributário, entenderemos as consequências em face ao descumprimentos da Legislação Tributária vigente, os ônus imputados aos Contribuintes devedores das obrigações principais e/ou acessórias. Direito Tributário14 Infração Tributária: Classificação e Princípios DEFINIÇÃO: Por infração tributária, podemos compreender como a infração administrativa tributária diante da Punibilidade no Direito Tributário. É todo ato comissivo ou omissivo que atente a um descumprimento de uma determinação normativa. No caso, referenciado a normativa material tributário. Possui como definição ser patrimonial ou não patrimonial, sendo a primeira quanto ao descumprimento de uma obrigação tributária principal; e, a não patrimonial em detrimento a obrigação de fazer ou não fazer determinado ato referente à fiscalização e arrecadação (Administração Tributária). A infração tributária, na sua forma ampla de se analisar é classificada em três categorias, sendo referente à: a) Sua Natureza; b) Sua Exequibilidade; e, c) Ao animus do agente. Ainda, sob a ótica de estudo generalista quanto a infração tributária, necessário a análise quanto aos princípios que as regem especificamente a matéria da infração tributária, sendo caracterizadas nos seguintes princípios: a) Princípio da Legalidade; b) Princípio do Contraditório e ampla defesa; c) princípio da retroatividade benigna; e, d) princípio da interpretação benevolente. Temos como infrações tributárias aquelas descritas na lei fiscal. São descumprimento da legislação fiscal no que tange a obrigação de fazer ou de não fazer em face à obrigação principal e/ou acessória. Tem o intuito de preventivo e repressivo, no sentido de buscar o cumprimento da norma fiscal. No nosso ordenamento jurídico exista uma Direito Tributário 15 imensa disposição de infrações e sanções fiscais diante de leis Federais, Estaduais e Municipais. Exemplo: a) Determinado contribuinte não recolhe ISS estipulado pelo Município X. Consta na normativa fiscal, que, a multa decorrente do não recolhimento tempestivo do imposto importará em multa de 50% referente ao valor do imposto não recolhido. b) A União em dado momento institui lei que cria benefício para regime especial de tributação. Para tanto, estipula requisitos para contemplação do benefício, em rol taxativo. Ainda, a referida lei estipula que, em caso de não atendimento dos requisitos legais do programa de regime especial de tributação, posterior ao enquadramento, em virtual hipótese de desatendimento dos requisitos o beneficiário poderá ser desenquadrado do regime especial. c) Contribuinte realiza a compra de produto de tecnologia, porém, compra a preço menor de mercado por conta que seu fornecedor distribui os equipamentos sem tributação. É estipulado que, em determinado Estado, que o portador deverá apresentar sua origem mediante nota fiscal com a finalidade de demonstrar a regularidade tributária, sob pena de ter apreendido o referido objeto, e posteriormente consolidado a perda do mesmo. Classificação A classificação é a ação e/ou efeito de classificar, ordenar ou dispor por classes. Neste sentido, o referido termo visa à ordenação de ideias sobre determinado tema tratado. No caso tem tela, a classificação de infração tributária, em matéria didática, possui o condão de dissecar o instituto e demonstrar ao estudioso melhor definição para compreensão da matéria. Direito Tributário16 Não diferente a isso, quanto à infração tributária temos três classificações basilares para que possamos compreender a sua existência, validade e eficácia, sendo: a) Quanto a sua natureza; b) Quanto a sua exequibilidade; c) Quanto ao animus do agente. Inicialmente, a análise da classificação da infração tributária quanto à natureza parte da premissa do não cumprimento legal da obrigação tributária principal, esta, elencada no art. 113, §1 do CTN, como também, quanto à obrigação tributária acessória, disciplinada no art. 113, §2º do CTN. Neste sentido, a natureza quanto a infração tributária como forma de punibilidade em se tratado de direito tributário surge com o descumprimento de preceito legal que rege questões atinentes ao Direito Tributário. SAIBA MAIS: Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Direito Tributário 17 EXPLICANDO MELHOR: Quanto à exequibilidade, devemos nos atentar a forma que é possibilitada a prática das infrações tributárias pelo agente. Conforme será apresentada em momento oportuno, as infrações tributárias poderão ser cometidas mediante ato comissivo, ou, omissivo. Nestes termos, entende-se por ato comissivo para infração tributária, a conduta de agente que REQUER O ATO de agir, promover, efetuar ato oposto a previsão legal, ou seja, a lei tributária prevê proibição de determinada conduta, e o agente pratica efetivamente o ato contrário. Quanto ao ato omissivo para infração tributária é a conduta do agente omissivo É DEIXAR de agir, promover, efetuar. Ou seja, é a inércia diante de uma determinação legal, não há a efetivação de determinada normativa que trate sobre a matéria tributária e suas obrigações. Por fim, a infração tributária é classificada também pelo animus do agente que a pratica. Pela presente classificação, necessário a compreensão quanto à vontade do sujeito, ou seja, quanto ao elemento subjetivo do dolo ou culpa. Não se fala aqui sobre a materialidade da infração tributária propriamente dita, e sim, quanto ao elemento subjetivo desta materialidade. A culpa como elemento classificatório da infração tributária é quando o agente pratica a infração tributária por ato comissivo ou omissivo, porém, é demonstrado e identificado que o fez sem a intenção objetiva de lesar o erário público, sendo envolvida pelos quesitos da negligência, imprudência e imperícia. Quanto ao dolo, o agente possui a efetiva intenção de provocar o resultado pretendido. Direito Tributário18 Princípios Os princípios norteadores do Direito Tributário figuram novamente para regular as relações jurídicas tributárias em face da relação promovida entre Sujeito Ativo e Sujeito Passivo. Estão os princípios como freio e contrapeso para evitar desiquilíbrio na balança das relações tributárias entre os envolvidos. Neste sentido, estudaremos quatro princípios principais que são responsáveis por regular a relação jurídica tributário, no caso especificamente quanto à punibilidade da matéria no campo da infração tributária. São eles: a) Princípio da Legalidade; b) Princípio do Contraditório e ampla defesa; c) princípio da retroatividade benigna; d) princípio da interpretação benevolente. Meu caro, como estudado nas unidades anteriores, o Princípio da Legalidade, ou princípio da reserva legal está intimamente associada ao Direito Tributário, é, a partir da previsão legal que é a prática de determinados atos, é a partir do surgimento de lei que passa a existir a possibilidade de exigência de determinado direito. Neste diapasão, quanto a punibilidade também é aplicada a regência do referido princípio. Somente será possível a cobrança e exigência de determinada penalidade caso exista previsão legal para tal. Corrobora com o referido princípio, o art. 97, V do CTN. Dito alhures, é impossível que o Estado venha a punir o contribuinte caso inexista tipificação legal própria para o fato concreto, não poderá o Estado mediante analogia ou costume aplicar penalizaçãoao contribuinte. Direito Tributário 19 SAIBA MAIS: Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; O princípio do contraditório e ampla defesa, fortemente enraizado na Carta Magna e legislações infraconstitucionais visa a garantia ao contribuinte de expor as suas razões de fato e de direito, no curso de procedimento prévio a consolidação da punição. É pelo presente princípio que é garantido ao contribuinte apresentar sua defesa formal para que discuta questões de mérito, antes de ter contra si consolidação de infração tributária, evitando o peso do Estado em punir de forma arbitrária. O princípio da retroatividade benigna trata-se de princípio que resguarda o contribuinte para que a penalidade imposta não venha a se tornar mais agravante pela instituição de lei posterior à prática da infração tributária. Ademais, ao contrário, em eventual situação de instituição de norma benéfica ao contribuinte, este será beneficiado pela lei menos gravosa. Ressalva-se que, o referido princípio não possui extensão para produzir efeitos quanto a coisa julgada, e, ao direito adquirido. O princípio da interpretação benevolente, com expressa previsão no art, 112 do CTN, prevê a aplicação da interpretativo in bonan partem quando, diante de uma análise procedimental resta configurado dúvida quanto a prática ou não de infração tributária. Entende-se, portanto, pelo presente princípio que, havendo dúvida durante o curso da formação do convencimento de determinada infração, deverá ser aplicado o referido princípio como forma atenuante ao contribuinte em tese infrator. Direito Tributário20 SAIBA MAIS: Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto: I - à capitulação legal do fato; II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos; III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. TESTANDO: Gostaria que você respondesse com calma e atenção esses exemplos, vamos lá? 1 - O princípio da legalidade rege o preceito básico de que somente por previsão expressa em lei poderá ser o Sujeito Passivo incorrer em infrações, e, por consequência nas respectivas sanções. a. Verdadeiro; b. Falso. GABARITO: A COMENTÁRIO: Art. 97, V do CTN. Direito Tributário 21 2 - Trata-se do princípio da retroatividade benigna o conceito de aplicação da lei mais benéfica ao agente, em caso de dúvida quanto a materialidade da infração. a. Verdadeiro; b. Falso. GABARITO: B COMENTÁRIO: Trata-se do princípio da interpretação benevolente. Art. 112 do CTN. 3 - No que tange a característica da exequibilidade, podemos apresentar duas subespécies sendo o dolo e a culpa no ato de praticar ou deixar de praticar obrigação tributária, seja ela principal ou acessória. a. Verdadeiro; b. Falso. GABARITO: B. COMENTÁRIO: No que tange a exequibilidade, tem-se como subespécie o ato comissivo e o ato omissivo no momento da prática de infração tributária. Direito Tributário22 Ilícito Penal Fiscal: Conceito e Espécies Pelas unidades anteriores, tivemos a noção quanto à matéria preliminar do Direito Tributário, sendo a legislação tributária; as figurar que compõe a relação tributária; os princípios constitucionais tributários; o poder, atribuição e limitação do Estado quanto à tributação; o tributo em suas espécies; e, a relação jurídica tributária. Matérias basilares que possibilitaram o entendimento primário quanto ao Direito Tributário, habilitando vocês alunos a avançarem na disciplina para a temática específica. Não obstante a isso, necessário que tenhamos a compreensão quanto à punibilidade no Direito Tributário em decorrência discordância com a legislação tributária pertinente. As consequências do contribuinte em face de descumprimento ao regramento Tributário. Para tanto, iniciaremos os estudos analisando o instituto do Ilícito Penal Fiscal. Antes de tratarmos sobre, necessário buscarmos a compreensão do que significa o Ilícito na sua forma ampla. Do estudo da etimologia da palavra ilícito, temos o a origem do Larim illicitus: “proibido, ilegal” (IN-, negativo, mais LICITUS, o que é permitido, ou seja, compreendemos superficialmente que, a palavra ilícito nos remete a um determinado ato que seja contrário a uma determinação, proibido segundo um regramento, ilegal, contrário a lei. Ainda neste sentido, assevera Lourival Vilanova (2000, p. 301. 303-304): SAIBA MAIS: Os conceitos de licitude, ilicitude, validade, invalidade, juridicidade, antijuridicidade, legitimidade, ilegitimidade são construídos a partir de valoração interna ao sistema jurídico. O que se coloca fora do sistema é valorativamente neutro, indiferente. Direito Tributário 23 SAIBA MAIS: O ordenamento jurídico, como forma de tornar possível a coexistência do homem em comunidade, garante, efetivamente, o cumprimento das suas ordens, ainda que, para tanto, seja necessária a adoção de medidas punitivas que afetem a propriedade ou a própria liberdade das pessoas. Daí por que, ao criar uma prestação jurídica, concomitantemente o legislador enlaça uma providência sancionatória ao não cumprimento do referido dever. Neste sentido, cientes da conceituação ampla do termo ilícito, estamos amparados a analisar o instituto do ilícito tributário, que, grosso modo, é todo ato praticado pelo contribuinte atentatório a legislação tributária, este que, venha a causar um impacto ao sistema tributário, e, a ordem econômica e financeira. Desta forma, é a conceituação de Paulo de Barros Carvalho (2011, p. 498-499): Aqui surge o nascimento do dever tributário, onde, mediante instituição legislativa quanto à matéria tributária específica, fica condicionado o contribuinte a hipótese do cumprimento legislativo em casos de incidência de fato gerador de obrigação tributária principal, e/ou acessória. Caso o contribuinte não observe as disposições a qual reste vinculado a uma obrigação tributária, que venha a ser originado um crédito tributário a partir de uma administração estatal será passível de incorrer nas hipóteses de punibilidade em matéria tributária. Direito Tributário24 IMPORTANTE: Dito alhures, compreendemos como Ilícito Tributário o descumprimento de previsão normativa em matéria de Direito Tributário, mediante ato comissivo ou omissivo. Em consequência ao ato ilícito, configura-se a punibilidade do Contribuinte, restando passível de sanções administrativas ou penais em âmbito tributário. Compreendendo sobre o gênero de Ilícito Tributário, necessário o caminhar para o estudo das espécies, sendo elas: Sonegação Fiscal; Apropriação Indébita; Evasão Fiscal; Supressão de Escrituração e Livros; e, Crimes Tributários Eletrônicos. NOTA: Importante diferenciar aqui, a natureza jurídica dos ilícitos, pois, temos as matérias vinculadas ao Direito Tributário Penal e Direito Penal Tributário. Por mais que pareça irrisória a diferença entre os institutos pela sua semelhança, é importante tecer breve relato. O Direito Penal Tributário é atrelado ao Direito Material Penal, que possua relação com crimes cujo objeto é determinado tributo. Já no Direito Tributário Penal, o objeto nuclear é relacionado ao Direito Material Tributário, entretanto, o ilícito aqui é relacionado aos ilícitos que resultam em sanção administrativa por descumprimento de norma Tributária. Direito Tributário 25 NOTA: Por dolo genérico, temos o conceito básico, sendo a vontade do agente, ciente e consciente dos atos que almeja praticar sem determinação de uma finalidade. Contudo, o dolo específico, o agente possui a finalidade específica de, através de seu ato, promover resultado determinado, contendo neste sentido, o elemento subjetivo do tipo específico.Sonegação Fiscal DEFINIÇÃO: A Sonegação Fiscal, como espécie de ilícito tributário compreende diretamente na relação jurídico tributário propriamente dito, entre o Sujeito Passivo com o Sujeito Ativo, no momento da constituição do crédito tributário. Aqui, o fator nuclear é o não recolhimento, ou, desvio do recolhimento total ou parcial do referido tributo devido, por ato comissivo ou omissivo, buscando o resultado almejado, qual seja, ludibriar o fisco. Ato comissivo: É a conduta de agente que REQUER O ATO de agir, promover, efetuar. Ato omissivo: É a contrassenso, o inverso do instituto anterior, aqui a conduta do agente omissivo É DEIXAR de agir, promover, efetuar. Neste sentido, corrobora Athur N. S. Amado (2014, p. 5): De fato, a sonegação fiscal é considerada propriamente um forma delituosa que visa fraudar o recolhimento da obrigação tributária e consequentemente ilaquear a fiscalização, porquanto o contribuinte, terceiro ou sucessor, por qualquer meio, procede com dolo específico caracterizando o ilícito tributário. Direito Tributário26 SAIBA MAIS: Há como parâmetros legais, a Lei Nº. 4.729/65 c/c, e, a Lei Nº. 8.137/90, a conceituação e exposição no que se refere ao crime de sonegação fiscal, vejamos: Lei Nº. 4.729/65 – Art. 1º Constitui crime de sonegação fiscal: I - prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informação que deva ser produzida a agentes das pessoas jurídicas de direito público interno, com a intenção de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributos, taxas e quaisquer adicionais devidos por lei; II - inserir elementos inexatos ou omitir, rendimentos ou operações de qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com a intenção de exonerar-se do pagamento de tributos devidos à Fazenda Pública; II - inserir elementos inexatos ou omitir, rendimentos ou operações de qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com a intenção de exonerar-se do pagamento de tributos devidos à Fazenda Pública; III - alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operações mercantis com o propósito de fraudar a Fazenda Pública; IV - fornecer ou emitir documentos graciosos ou alterar despesas, majorando-as, com o objetivo de obter dedução de tributos devidos à Fazenda Pública, sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis. V - Exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário da paga, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida do imposto sobre a renda como incentivo fiscal. Direito Tributário 27 Lei Nº. 8.137/90 – Art. 1º Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias; II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável; IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato; V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação. Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo; II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos; III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal; IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento; V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública. Direito Tributário28 O fator nuclear do presente ilícito tributário versa no Contribuinte, Sujeito Passivo, promover um resultado lesivo ao Ente Federativo, o Sujeito Ativo da relação jurídica tributária. Fala-se em possibilidade de promoção da sonegação fiscal por ato comissivo e omissivo por possibilitar o contribuinte em incorrer nas duas situações. No primeiro caso, o contribuinte, por ato próprio ou terceiro, visa com dolo específico promover o ato lesivo ao Ente Federativo, e, ocasionar um impacto negativo a ordem tributária. No segundo caso, o contribuinte ou terceiro, percebendo desconto incompatível entre renda e despesa, se omite a recolher o que de fato é a realidade diante de inconsistência do fisco. NOTA: Há, contudo, que ser diferenciado a Sonegação Fiscal com a Inadimplência Fiscal. O primeiro é um ilícito tributário, pois, conforme exaustivamente tratado, o agente possui por dolo específico, a finalidade de promover resultado em lesar o fisco. Neste caso, ao agente será imputado crime. O segundo caso, não constituiu em ilícito tributário, e sim, meramente em condições adversas, aqui não gera crime, e sim, mera penalidade administrativa e multa. Portanto, quanto à sonegação fiscal, encontramos uma gama quanto à configuração objetiva do tipo, contudo, a subjetividade no que tange a múltiplas possibilidades de formação das circunstancias da tipicidade da conduta, a qual alicerça a ideia do dolo específico, é temática fortemente combatida no Direito Pátrio. O agente no presente caso possui a intenção de lesar o fisco; devendo Direito Tributário 29 o fisco promover ações que possam guerrear condutas lesivas de agentes mal intencionados. O dano causado aqui vai além de determinação de vítima, pois, atinge a toda uma coletividade envolvida no meio social que depende da destinação daquele tributo. Exemplo: Determinada Empresa, pessoa jurídica de direito privado, a fim de reduzir os encargos tributários de forma ilícitos, emite notas fiscais com valores reduzidos dos serviços, ou seja, a Empresa declara um valor menor de serviço com a finalidade de recolher menos imposto. Aqui configura-se exemplo de um ilícito tributário, qual seja, a sonegação fiscal. Apropriação Indébita DEFINIÇÃO: O instituto da Apropriação Indébita está estritamente condicionado aos tributos que permitem ao Sujeito Passivo – Contribuinte – reter valores pertinentes a alíquotas atinentes à fonte primária da obrigação. Percebemos neste momento, que a apropriação indébita recai naqueles tributos cuja obrigação de lançar o pagamento é do contribuinte, e, não gerada via retenção na fonte ou fiscalização primária pela Receita Fazendária. Preconiza o dispositivo do art. 2º, II da Lei Nº. 8.137/90: Deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos. Percebemos aqui, que o Sujeito Passivo, possui a obrigação primária de recolher valor em face de tributo ou contribuição social, porém, não realiza o recolhimento aos Direito Tributário30 cofres públicos, e, ainda detém desconto indevido de sua obrigação, deixando de “gastar” um valor devido e previsto em lei. Falamos aqui em lesão dúplice da obrigação. Exemplo: Com fito de exemplificar para melhor compreensão acadêmica eis que imaginemos o imposto ICMS. Determinado contribuinte, declara o ICMS em percentual cheio, contudo, não paga o valor referente ao imposto(Alíquota varia entre cada ente federativo) com evidente intuído de ludibriar o fisco e obter vantagem no que tange a crescimento de faturamento empresarial. Aqui se encontra caracterizado o instituto da Apropriação Indébita. Dito alhures, percebemos que, a ilicitude tributária pertinente a apropriação indébita encontra-se relacionado com o dolo específico, não recaindo a tipificação caso seja afastada o dolo especifico. Ou seja, é elemento essencial para formalização da apropriação indébita a presença do dolo específico. Conceitualmente compreendemos que, a apropriação indébita nada mais é que, o contribuinte, com dolo especifico, ou seja, com a evidente intenção de lesar o erário público, deixa de recolher tributo previsto em lei. NOTA: Há discussão doutrinária quanto a essencialidade da presença do dolo específico para caracterizar a Apropriação de Indébito. A justificativa que se dá para este debate é, o não afastamento do instituto por indisponibilidade de recursos financeiros do contribuinte, eis que, havendo a obrigação tributária, declarada pelo contribuinte, o mesmo deixa de recolher aos cofres públicos, lesando da mesma forma o erário público. Direito Tributário 31 O fator nuclear no presente instituto repercute na lesão praticada contra o Ente Federativo, Sujeito Ativo, onde, o contribuinte, Sujeito Passivo deixa de recolher o repasse obrigatório, no prazo tempestivo, previsto em Lei. Evasão Fiscal O termo Evasão meu caro, nos remete a ideia de fuga, de escapar, abandono. Vem do latim evasione. Atrelado a matéria tributária, a ilicitude tributária, temos uma definição superficial como a fuga de cumprimento de determinada obrigação tributária, a análise gramatical do termo. DEFINIÇÃO: Neste sentido, temos como definição doutrinária de Evasão Fiscal sendo como uma conduta ilícita, ou seja, prevista em lei a referida conduta, onde o contribuinte pessoa física ou jurídica, sujeito passivo através de artifícios, visa ocultar de forma comissiva ou omissiva a incidência de determinado tributo, após o surgimento do fato gerador da obrigação tributária. O referido ilícito tributário, conforme conceituado, possui a sua natureza na forma comissiva ou omissiva no que tange a produção do resultado final, qual seja, redução ou retardamento da efetivação da obrigação tributária. O fato nuclear no presente instituto é a obrigação tributária principal ou acessória sendo maculada pelo Contribuinte. Em outras palavras, ALEXANDRE (2010, p. 288) fala que se trata de uma conduta ilícita, que ocorre após o lançamento do fato gerador, onde o contribuinte pratica atos que visam evitar o conhecimento do nascimento da obrigação tributária pela autoridade fiscal, ou seja, o fato Direito Tributário32 gerador ocorre, mas o sujeito passivo da obrigação oculta o ocorrido para o fisco, onde tem o objetivo de fugir da obrigação tributária. IMPORTANTE: Com isso demonstra que, a Evasão Fiscal pode ocorrer na sua forma comissiva ou omissiva. Na primeira, há evidente caracterização do ilícito tributário, pois, assegurada sua natureza de uso de artifícios para lesar o erário público. Neste momento, há consolidação de reduzir, retardar ou burlar a Administração Tributária, bem como, o próprio não pagamento da obrigação tributária, principal e/ou acessória. Quanto ao segundo, pode ser afastada a ilicitude, pois, ao passo que possa ser caracterizado como ilícito quanto a sonegar tributo, poderá também, ensejar na própria ignorância do contribuinte por desconhecer de fato o montante a ser recolhido. Vejamos: Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias; II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável; IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato; Direito Tributário 33 Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo; Exemplo: Determinado Contribuinte, pessoa jurídica, com atividade na legislação de Município X possua enquadramento na alíquota de percentual de 4% (Quatro por cento) para o recolhimento do ISSQN. Contudo, no ato da apuração do referido tributo, o contribuinte lança a alíquota inferior de 3% (Três por cento), na tentativa de enganar fiscais, e, com consequência lesar o erário público. NOTA: Importante sabermos a diferença entre Elisão Fiscal e Evasão Fiscal, institutos distintos entre si. A primeira é um instrumento dentro do planejamento tributário, que visa de forma lícita que empresas passam a pagar menos tributos dentro de uma previsão legal, em suma, um estudo tributário que permite reduzir os custos tributários de forma técnica e permitida em lei. A segunda, objeto de estudo do presente tópico é um ilícito tributário propriamente dito, totalmente adverso à primeira. Neste sentido, conclui-se que a conduta da Evasão Fiscal, como ilícito tributário é ato atentatório a ordem econômica e tributária. É um comportamento criminoso praticado pelo contribuinte, que, mediante a intenção do agente em buscar o resultado de ludibriar a obrigação tributária, ocasionando grave impacto e danos ao erário público. Pelo fator nuclear do agente, é o retardo, desvio, omissão ao recolhimento ou por meio de dissimulação no que tange ao lançamento e homologação de determinado Direito Tributário34 tributo que gere desvio da obrigação tributário do sujeito passivo para com o sujeito ativo. Supressão de Escrituração e Livros DEFINIÇÃO: Segundo Athur N. S. Amado (2014, p. 10), temos como conceito de Supressão de Escrituração e Livros a eliminação, cancelamento, ou extinção de informes relativos à fiscalização, com propósito exclusivo de impedir o levantamento e consequente imposição do tributo, podendo envolver a obrigação principal ou aquela acessória. É sedimentado nos artigos 1º e 2º da Lei Nº. 8.137/90, vejamos: Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável; IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato; V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação. Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública. Corrobora a doutrina de Paulo José da Costa Júnior e Zelmo Denari (1996): Direito Tributário 35 A expressão traduz uma descrição abrangente e sinaliza modelo próprio que contorna ou elimina totalmente o tributo, diferenciando-se da redução, a qual tende a apenas alterar o valor do recolhimento. REFLITA: Podemos perceber que, o referido ilícito tributário, possui conduta típica a qual o contribuinte, passa a obstaculizar o Ente Federativo, mediante Administração Tributária de realizar levantamentos quanto à obrigação tributária nos casos em que for preciso. Aqui, o contribuinte na faculdade de suas intenções, passa com intenção de lesar o erário público, recolhendoimposto a menor, ou, evitando de recolher, promove a eliminação de documentos essenciais para efetiva fiscalização, e, posterior arrecadação. No momento em que o contribuinte pratica a Supressão de Escrituração e de Livros dificulta o Ente Público de verificar e constar real obrigação tributária do contribuinte. Aqui, o sujeito passivo se livra de documentos capazes de informar real valor de faturamento, fluxo e mercadorias, serviços para ludibriar a receita tributária no que tange a lançamento de créditos tributários. Exemplo: Empresa X, com sede e atuação no Estado Y, por determinação consciente de seu quadro societário e da contabilidade interna decidem eliminar notas fiscais, recibos e quaisquer documentos que possam por sua relevância apresentar integralmente as operações realizadas no semestre. Com este ato, a fiscalização fica vinculada apenas com a documentação existente, e, consequentemente será constatado valores menores para consolidação da obrigação tributária no presente caso. Direito Tributário36 Neste momento, o contribuinte lesou o erário público, pois, por sua operação e atividade, foi incidido fato gerador de determinado tributo, porém, o recolhimento de tributo sobre o fato gerador não foi realizado mediante ausência de documentação capaz de ser fiscalizado e lançado como obrigação tributária. NOTA: As empresas de pequeno porte e as microempresas gozam de prerrogativas dentro do sistema tributário de forma diferenciado, no caso mais simplificado, sem tamanha burocracia quanto a documentos contábeis e fiscais. Trata-se de incentivo as empresas de menor potencial econômico e financeiro, respeitados as devidas ressalvas legais. Conforme apresentado, o referido ilícito tributário será concretizado e conhecido mediante auditoria da Administração Tributária competente, a qual deverá elucidar os pontos obscuros e essenciais da fiscalização. Neste ato, serão apresentadas inconsistências documentais, a qual remeterá na conduta tipificada. Terá o contribuinte, sujeito ativo do ilícito tributário comportamento consciente de praticar o ato a fim de atentar com a ordem tributária. É afastado aqui qualquer dúvida quanto ao direcionamento dos atos do agente em lesar a Administração Tributária do Ente competente, e, consequentemente não recolher o tributo corretamente em face a realidade fática. Fator nuclear, portanto, é a eliminação de meios viáveis da Administração Tributária fiscalizar e apurar obrigação e créditos tributários. Direito Tributário 37 Crimes Tributários Eletrônicos Atualmente vivemos a era da modernização tecnológica a qual visa facilitar e potencializar a comunicação de forma geral seja entre sociedade, os meios de comunicação, as relações interpessoais, e, claro as relações jurídicas. Neste prisma, é de serem observados os fatores eletrônicos que envolvem o Sistema Tributário Nacional. Neste aspecto, na atualidade percebemos as diversas operações empresariais que envolvem a informatização, a qual, os Entes Federativos buscaram se adequar a fim de que pudesse fiscalizar e apurar as obrigações tributárias surgidas ai desta relação por meio eletrônico. Exemplo: Temos como exemplo de informatização de atividades e atuação da Administração Tributária, a Empresa que comercializa bebidas, e, de todo seu estoque, entrada e saída de mercadoria é gerenciado por um aplicativo próprio. Há entrada por fornecedor, e saída por cliente mediante pagamento em espécie e carões de débito e crédito. O Ente Federativo pode, ou realizar a fiscalização convencional, ou, mediante cupom fiscal eletrônico ou nota fiscal eletrônica realizar o acompanhamento e fiscalização de fatos geradores pertinentes à obrigação específica. DEFINIÇÃO: Não obstante a isso, o ilícito tributário eletrônico surge no momento em que o Contribuinte burla o referido controle eletrônico entre sua atividade empresarial, junto à fiscalização, com objetivo de alterar a realidade de sua obrigação tributária. Neste momento, o contribuinte utiliza-se de aplicações incompatíveis a sua condição, com fito de lançar informações referente a obrigação principal e/ ou acessória divergentes com a realidade com a finalidade de lesar o erário público. Direito Tributário38 Entretanto, mesmo com a evidência de ilícito tributário eletrônico parecer ser mais corriqueiro, o mecanismo do Ente Federativo em rastrear a realidade fática da relação jurídica tributária torna-se mais eficaz. Aqui, o quesito nuclear é baseado na Lei Nº. 8.137/90 nos artigos 1º e 2º, com a especialidade de ser por meios e eletrônicos. O momento em que o contribuinte, sujeito passivo, utiliza de meios eletrônicos, para praticar a tipificação contida no referido artigo, a fim de atentar com documentação tributária eletrônica surge a incidência da ilicitude tributária eletrônica. IMPORTANTE: Nesta modalidade de ilicitude tributária, necessário à presença do elemento do dolo específico a fim de, o agente, mediante os atos praticados já almejasse alcançar o resultado que atente contra a ordem tributária, no que tange a supressão, redução ou eliminação da obrigação tributária. Praticando assim, atos intencionalmente para confundir, ludibriar, apresentar situação fática inverídica, junto a Administração Tributária quanto à atividade empresarial exercida. Exemplo: Determinada Empresa do ramo alimentício, mediante apresentação falsa de documentação via sistema eletrônico do SIMPLES NACIONAL, solicita a adesão ao benefício, tendo sido deferido mediante a documentação apresentada. Dado momento, conforme auditoria realizada pelo Ente Federativo foi constatada que a referida empresa jamais se enquadrou aos requisitos do SIMPLES NACIONAL. Neste sentido, o contribuinte incorreu no ilícito tributário eletrônico, pois, mediante intenção de lograr o resultado Direito Tributário 39 (Recolher menos tributos mediante benefício do SIMPLES), agiu de forma intencional (Dolo Específico) e lesou o Ente Federativo, pois, a sua realidade de atividade empresarial, deveriam ser recolhidos tributos proporcionais ao seu faturamento (Fato Gerador), do que o recolhimento a menor que foi realizado diante da situação falsa apresentada inicialmente. TESTANDO: Vamos exercitar mais um pouco? __________________ é o desvio doloso, mediante ato de agente que busque efetivamente lesar e ludibriar o fisco, do recolhimento de tributo devido ao Ente Federativo. O conceito exposto trata-se de qual ilícito penal fiscal? a. Sonegação Fiscal; b. Apropriação Indébita; c. Evasão Fiscal; d. Elisão Fiscal. GABARITO: A COMENTÁRIO: Trata-se da Sonegação Fiscal, quando o agente por dolo específico, utilizando-se de artifícios definidos com a devida intenção de lesar o erário público no que tange ao recolhimento a menor ou não recolhimento de tributo. Direito Tributário40 Das Sanções DEFINIÇÃO: Por sanção compreendemos como punição por violação de determinada normativa que, estipula uma obrigação de fazer ou não fazer. No caso em tela, ou seja, sanção nada mais é que o resultado para o cometimento das infrações tributárias. As normas jurídicas tributárias promovem o regulamento sobre normas gerais do Direito Tributário, bem como, normas específicas sobre os Tributos competentes a cada Ente Federativo. Também, preveem a luz do princípio da legalidade, as punições pelo descumprimento de uma obrigação de fazer ou de não fazer relacionado ao Direito Tributário. Estas penalidades, compreendemos como sanções tributárias. Para o estudo da temática serão abordadas a Sanção Administrativa Tributária, e, a Sanção Penal Fiscal. NOTA: Necessário tecer sobre a diferenciação quanto às sanções administrativas tributárias, com as sanções penais fiscais. O primeiro resulta de prática de infrações fiscais que assumem a consequência pelo ato pelas sanções administrativas, geralmente são puníveis por pecúnia, apreensão de bens e/ou documentos, suspensão ou cancelamento debenefícios fiscais. O segundo é originado pela prática de ilícitos penais tributários, mormente no campo do Direito Penal Tributário, é uma sanção de cunho subjetivo que visa penalização restritiva de liberdade a princípio. Direito Tributário 41 IMPORTANTE: Não obstante a diferenciação dos institutos de punibilidade é possível a previsão cumulativa das sanções, por exemplo, mediante aplicação de multa, e, pena restritiva de liberdade. Sanção Administrativa Tributária Conforme anteriormente apresentado, por sanção podemos entender a consequência do resultado gerado pela prática de infrações tributárias, sendo o ilícito tributário, e, ilícito penal tributário. As infrações tributárias, no gênero e espécie de ilícito tributário são passíveis de punibilidade por sanção objetiva, e, possui valoração pecuniária. Existem uma gama de sanções pertinentes aos ilícitos administrativos tributários, elencados pelo legislador, variações estas que variam de acordo com a classificação da infração. Contudo, as sanções rotineiras são: a) pecuniária; b) apreensão de mercadorias, c) apreensão de documentação de veículos que sejam transportados; d) perdas de mercadorias; e) sujeição a regime especial de controle e fiscalização; f) cassação de regimes especiais de recolhimento de tributo. Iniciamos com a pena pecuniária, a mais comum dentro de nosso ordenamento jurídico, sendo puramente patrimonial, pois, afeta no sentido na responsabilidade objetiva de dar dinheiro ao credor da obrigação tributária, no caso principal e acessório. É conhecida como multa por descumprimento da obrigação tributária principal. Aqui temos a aplicação da multa de ofício, são elas arbitradas por autoridade competente, que, após a atuação da Administração Tributária competente, analisados através de processo administrativo fiscal, é consolidado a infração administrativa tributária, e, a ela é aplicada penalidade pecuniária. Direito Tributário42 Fator nuclear do presente instituto é meramente punitivo, forçoso ao contribuinte para que evite continuar a praticar as infrações tributárias. É a penalidade puramente associada ao descumprimento de lei fiscal. Pecuniários e cumulativo a obrigação de fazer ou de não fazer que incorreu na punição aplicada. Exemplo: Determinado contribuinte não recolhe ISS. O Ente Federativo competente, no seu poder de Administração Tributária, realizada a fiscalização, e, percebe a materialidade do descumprimento. Neste sentido, superado o lançamento do crédito tributário, procedimento de consolidação do débito, procederá a Administração Fazendária com a aplicação da multa, e a cobrança do referido imposto devidamente atualizado. Temos as penas quanto à apreensão ou perda de bens ou mercadorias, também possuem natureza puramente patrimonial, porém, deixa de se falar em pena pecuniária, e sim, da perda de bens e documentos, seja provisório ou permanente, não dispensados da multa. Aqui, caso ocorra a retenção de determinado bem, documento ou veículo, estará sujeito ao cumprimento da obrigação tributária no sentido de, existir controvérsias quanto a discussão de determinada obrigação. Ainda, temos a figura do perdimento da mercadoria, que nada mais é do que a aplicação de punição em caso de mercadoria irregular apresentada em fiscalização. É o caso de mercadorias importadas de forma irregular, sem o devido recolhimento dos tributos pertinentes a transação realizada. Exemplo: Determinado sujeito é fiscalizado mediante blitz da receita federal, sob suspeita de estar consigo determinado bem cujo determinado tributo não é possível demonstrar, estando ausente de nota fiscal que ateste o devido recolhimento do tributo. Neste ato, o contribuinte terá retido determinado bem, e, caso não demonstre sua Direito Tributário 43 regularização será procedido com a perda do referido objeto. Temos a imposição das sanções referentes à sujeição de regime especial de controle e fiscalização tributária que, mediante a aplicação da presente sanção a contribuintes com histórico de reincidência. Aqui o regime de fiscalização e controle será modulado a fim de facilitar a prática da Administração Tributário do Ente. Por fim, a suspensão ou cancelamento de benefício fiscal de regime tributário ocorre a perda do benefício de recolhimento de tributo em regime especial diante da condição que se enquadre na forma da lei para o benefício. Pode ocorrer pelo não atendimento dos requisitos a posterior norma, ou, apresentação fraudulenta de documentação para enquadramento no regime. Exemplo: Determinada Empresa, buscando reduzir seu alto índice de recolhimento tributário, apresenta a receita fiscal documentação solicitando enquadramento em regime especial de tributação, onde, passaria a recolher imposto sob alíquotas menores diante de cumprimento a lei em vigência. Ocorre que, posteriormente a fiscalização demonstra que a documentação apresentada para registro junto ao benefício não condiz com a realidade fática das atividades empresariais exercido pelo contribuinte. Neste sentido, a empresa será desenquadrada do regime especial, retornando ao recolhimento de tributos na sua forma originária, não dispensadas as sanções pecuniárias. Direito Tributário44 NOTA: Não se confunde a correção monetária como sendo sanção administrativa tributária, pois, o referido instituto nada mais é do que a atualização monetária correspondente à questão temporal entre a data da efetiva obrigação tributária, até o momento atual. Atualmente é confundido como sanção, pois, é ordinariamente citada como Multa Moratória. Deve ser desassociado face a Multa de Ofício. A última foi tratado em tópico específico. Sendo, portanto, a Multa Moratória nada mais do que a atualização monetária de determinada obrigação tributária que não foi adimplido. Sanção Penal Fiscal Na presente temática, necessário o entendimento primário quanto à regência da norma. Aqui não se fala mais puramente em descumprimento de norma fiscal tributária. Tem-se compreensão do descumprimento de normal penal que versa sobre tributos. A natureza jurídica da sanção penal fiscal não visa atende anseios administrativos, e, a obrigação de fazer ou não fazer referente à norma fiscal. Neste prisma, a norma jurídica do Direito Penal Tributário combate os crimes fiscais propriamente ditos, tendo objeto à coerção ao contribuinte para que evite que cometa novamente os crimes fiscais. O bem jurídico tutelado aqui é evitar dano de lesa pátria por artifícios ilícitos. Os crimes fiscais aqui são punidos com sanções subjetivas, em regra, com pena privativa de liberdade. Neste aspecto, sempre que determinada normativa trazer a baila a pena sendo restritivos de liberdade, direitos, multa legal cumulativa as penas restritivas, teremos a incidência de sanção penal fiscal. Direito Tributário 45 A lei no caso concreto trará a conduta ilegal, bem como, sua consequência do ato. O momento em que determinado agente cometer o ilícito penal, incorrerá nas sanções previamente existentes. O Direito Penal aqui caminha para regular e resguardar o bem jurídico normatizado pelo Direito Tributário. SAIBA MAIS: Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias; II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal; III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável; IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato; V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamenterealizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação. Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Exemplo: Contribuinte que, por ação ou omissão pratica o o crime de sonegação fiscal, mediante omissão de informação contábil, incorrerá na pena prevista de reclusão de 2 (Dois) a 5 (Cinco) anos, e, multa. Direito Tributário46 NOTA: Importante salientar quanto à responsabilidade de empresas quando autores de crimes tributários. Aqui uma análise mais criteriosa deverá ser procedida. A luz superficial poderia ser imputada aos sócios propriamente ditos, ou, para responsável que a dela deu causa. Entretanto, em um panorama mais complexo e sistemático dentro de uma relação empresarial e societária necessária a apuração dos fatos mediante devida instrução processual para que possa ser demonstrado a quem cabe a responsabilidade. TESTANDO: Para finalizar nossos estudos, que tal exercitar um pouco o conteúdo que foi visto? Vamos lá? Sanção Administrativa Tributária é aquela atrelada puramente a normativa tributária fiscal. O objeto da sanção aqui é o cumprimento de obrigação de fazer ou de não fazer referente a obrigações tributárias principais e/ou acessórias. a. Verdadeiro; b. Falso. GABARITO: A COMENTÁRIO: Conforme trabalho neste Capítulo, o conceito apresentado trata-se de sanções administrativas tributárias, onde, por meio de sanção objetiva é passível de punição pecuniária, retenção, perde de bens, e, até perda de benefício de incentivo fiscal. Direito Tributário 47 ______________________ é espécie de sanção administrativa tributária, que, visa de forma pecuniária punir o agente que por ato comissivo ou omissivo incorreu na prática inflacionária a luz da legislação fiscal. a. Multa Moratória; b. Pena Restritiva de Direito; c. Pena Restritiva de Liberdade; d. Multa de Ofício. GABARITO: D. COMENTÁRIO: É o instrumento, pelo qual, a autoridade fiscal competente, mediante processo administrativa fiscal fiscaliza, constitui e lança obrigação tributária não realizada, e, como punição aplica sanção patrimonial pecuniário. Não se confunde com a Multa Moratória, pois, este trata-se meramente de atualização monetária em decurso de prazo. São tipos de sanções administrativas tributárias os seguintes institutos: a. Pena restritiva de direito, multa penal, multa de ofício; b. Multa de Ofício, Perdimento de Mercadoria, Cancelamento de benefício de regime fiscal diferenciado; c. Pena Restritiva de Liberdade, Multa Moratória, Multa Penal; d. Multa de Ofício, Multa Penal, Pena Restritiva de Direito. Direito Tributário48 GABARITO: B. COMENTÁRIO: São as sanções que visam resguardar o cumprimento de obrigação de fazer e de não fazer em matéria tributária fiscal. Possui cunho patrimonial, e, não patrimonial. Direito Tributário 49 BIBLIOGRAFIA BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em <http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm>. BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Institui o Código Tributário Nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 27 out. 1966. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/l5172.htm> VILANOVA, Lourival. Causalidade e Relação no Direito. 4ª ed. Ver, atual. E ampl. São Paulo. Revista dos tribunais. Publicação 2000. CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 14ª ed. Ver. São Paulo: Saraiva. 2011. HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. – 27. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2018. AMADO, Arthur N. S., Ilícito Tributário: Conceito e espécies. Jus Navigandi. Publicado em 09/2014. Acesso em: https://jus.com.br/artigos/32356. Acesso em 10/09/2019. ALEXANDRE, Ricardo; Direito Tributário Esquematizado, 4ª Ed. Editora: Método, Ano: 2010. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm https://jus.com.br/artigos/32356
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