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Direito PenalDireito Penal Nidal Ahmad Arnaldo Quaresma Letícia Neves Mauro Stürmer 1. Revisão Turbo - Parte I............................................................................................... 2. Revisão Turbo - Parte II............................................................................................ 3. Revisão Turbo - Parte III............................................................................................ 12 45 52 Revisão Turbo 2ª FASE OAB | PENAL | 37º EXAME SUMÁRIO Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas da Revisão Turbo do curso preparatório para a 2ª Fase OAB. Além disso, recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente. Bons estudos, Equipe Ceisc. Atualizado em abril de 2023. Assuntos cobrados no Exame de Ordem Peças Exame Peça 36º 35º XXXIV XXXIII XXXII XXXI XXX XXIX XXVIII XXVII XXVI XXV (POA) XXV XXIV XXIII Resposta à Acusação Apelação Recurso em Sentido Estrito Apelação Memoriais Recurso em Sentido Estrito Recurso de Apelação Agravo em Execução Recurso em Sentido Estrito Contrarrazões de Apelação/Razões do Apelado Memoriais Recurso de Apelação Resposta à Acusação Agravo em Execução Memoriais 03 Assuntos cobrados no Exame de Ordem XXII XXI XX XIX XVIII XVII XVI XV XIV XIII XII XI X IX VIII Recurso de Apelação Resposta à Acusação Memoriais Contrarrazões de Apelação Recurso de Apelação Memoriais Agravo em Execução Queixa-Crime Memoriais Recurso de Apelação Recurso de Apelação Recurso em Sentido Estrito Revisão Criminal Memoriais Resposta à Acusação Exame Peça 04 Assuntos cobrados no Exame de Ordem VII VI V IV 2010.3 2010.2 Apelação como Assistente de Acusação Pedido de Relaxamento de Prisão Recurso de Apelação Recurso de Apelação Recurso em Sentido Estrito Resposta à Acusação Exame Peça 05 Assuntos cobrados no Exame de Ordem Peças 0 2,5 5 7,5 10 Apelação Memoriais Recurso em Sentido Estrito Resposta à Acusação Agravo em Execução Contrarrazões de Apelação Queixa-crime Revisão Criminal Relaxamento de Prisão Apelação como Assistente de Acusação 06 Assuntos cobrados no Exame de Ordem Temas cobrados nas peças Quantidade de exames Temas 80 32 32 23 20 15 13 8 7 6 5 4 4 Teoria da Pena Crimes em espécie Tipicidade Princípios Nulidades Lei de Execução Penal – Lei 7.210/84 Extinção da Punibilidade Provas Tribunal do Júri Culpabilidade Lei de Drogas – Lei 11.343/06 Lei de Crimes Hediondos – Lei 8.072/90 Ilicitude 07 Assuntos cobrados no Exame de Ordem Quantidade de exames Temas 2 1 1 Lei Maria da Penha – Lei 11.340/06 Lei do Juizado Especial Criminal – Lei 9.099/95 Ação Penal 08 Assuntos cobrados no Exame de Ordem Temas de questões discursivas Quantidade de exames Temas 40 40 36 29 28 21 20 20 19 18 14 9 8 Crimes em espécie Tipicidade Recursos Teoria da pena Princípios Nulidades Extinção da punibilidade Lei de execução penal Prisão processual Competência Provas Ilicitude Lei de Drogas 09 Assuntos cobrados no Exame de Ordem Quantidade de exames Temas 6 6 5 5 5 4 4 4 2 2 2 2 2 Ações autônomas de impugnação Culpabilidade Lei de Organização Criminosa Lei Maria da Penha Juizado Especial Criminal Escusas Absolutórias Código de Trânsito Brasileiro Ação Penal Crimes contra o Sistema Financeiro Estatuto do Desarmamento Peças de 1º grau Queixa-Crime Citação 10 Assuntos cobrados no Exame de Ordem Quantidade de exames Temas 2 1 1 1 ANPP Procedimento do Júri Lei das Contravenções Penais Classificação dos crimes 11 Peça: Relaxamento de Prisão Base legal: art. 310, I, CPP e art. 5º, LXV, CF/88 Teses: Buscar no enunciado ilegalidades na prisão. Prisão em Flagrante Ilegal Prisão em Flagrante Legal Peça: Liberdade Provisória Base legal: art. 310, III, CPP; art. 321, CPP; art. 350, CPP; art. 5º, LXVI, CF/88 Teses: Buscar no enunciado a ausência dos requisitos da preventiva (art. 321, CPP); excludente de ilicitude (art. 310, §1º, CPP). Lembre-se do seguimento processual e verifique onde o processo parou! Revisão Turbo: 2ª Fase Penal Pediu pra parar, parou! Prisão processual Revisão Turbo - Parte I 12 Flagrante delito Relaxamento da prisãoPrisão ilegal Liberdade provisóriaPrisão legal Ausência dos requisitos da preventiva - Art. 321, CPP e Excludentes da ilicitude - Art. 310, §1º, CPP Medidas cautelares - Art. 319, CPP Formal ou material habeas corpus Se indeferido, habeas corpus Se indeferido, ROC Se denegado, ROC Se denegado, Quando for o caso de conversão da prisão em flagrante em preventiva não Fase extrajudicial Linha do tempo processual 13 habeas corpus Se indeferido,Prisão ilegal Prisão legal habeas corpus Se indeferido, ROC Se denegado, ROC Se denegado,relaxamento de prisão Pedido de revogação da temporária Pedido de Se o enunciado referir peça privativa de advogado habeas corpus Se indeferido,Prisão ilegal Prisão legal habeas corpus Se indeferido, ROC Se denegado, ROC Se denegado,relaxamento de prisão Pedido de revogação da preventiva Pedido de Juiz decreta a prisão preventiva Juiz decreta a prisão temporária Fase extrajudicial Linha do tempo processual 14 Princípio do Juiz Natural Art. 5º, CF: Inciso XXXVII: não haverá juízo ou tribunal de exceção; Inciso LIII: ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente Características da jurisdição Substitutividade: a Jurisdição é a atividade desenvolvida pelo órgão judicial em substituição as partes. Inércia: não há, como regra, prestação jurisdicional de ofício. o Poder Judiciário deve ser provocado. Exceção: concessão de HC de ofício. Coisa julgada: impossibilidade de decisão judicial ser revista por órgão estranho ao poder judiciário. Lei processual que altera as regras de competência Art. 2º: A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. Competência - espécies "Ratione materiae": em razão da matéria. "Ratione personae": em razão da pessoa. "Ratione loci": em razão do local. Jurisdição e competência Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 15 Guia de fixação de competência Competência originária – o acusado tem foro por prerrogativa de função? Competência de jurisdição – qual é a justiça competente? Competência territorial – qual a comarca competente? Competência de juízo – qual a vara competente? Competência interna – qual o juiz competente? Competência recursal – para onde vai o recurso? Restrição ao foro por prerrogativa de função As normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por prerrogativa de função devem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes que tenham sido praticados durante o exercício do cargo e em razão dele. Assim, por exemplo, se o crime foi praticado antes de o indivíduo ser diplomado como Deputado Federal, não se justifica a competência do STF, devendo ele ser julgado pela 1ª instância mesmo ocupando o cargo de parlamentar federal. Além disso, mesmo que o crime tenha sido cometido após a investidura no mandato, se o delito não apresentar relação direta com as funções exercidas, também não haverá foro privilegiado. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos (1) durante o exercício do cargo e (2) relacionados às funções desempenhadas. STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018 (Info 900) Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 16Art. 72 do CPP - Competência pelo domicílio ou residência do réu Art. 76 do CPP - Competência será determinado pela conexão Art. 77 do CPP - Competência será determinado pela continência Art. 78 do CPP - Regras da competência por conexão/continência Art. 79 do CPP Art. 83 do CPP - Competência por prevenção Art. 89 do CPP Art. 90 do CPP Art. 69 do CPP - Competência pelo lugar da infração Art. 70 do CPP - Competência Jurisdicional Artigos importantes: Art. 73 do CPP - Foro de Eleição em Processo Penal Dicas 17 Em regra, o CPP acolhe a teoria do resultado, considerando como lugar do crime o local onde o delito se consumou (crime consumado) ou onde foi praticado o último ato de execução (no caso de crime tentado), nos termos do art. 70 do CPP. Excepcionalmente, no caso de crimes contra a vida (dolosos ou culposos), se os atos de execução ocorreram em um lugar e a consumação se deu em outro, a competência para julgar o fato será do local onde foi praticada a conduta (local da execução). Adota-se a teoria da atividade. STF. 1ª Turma. RHC 116200/RJ, rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 13/8/2013 Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, a, do Código de Processo Penal. Art. 88, CPP: No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, será competente o juízo da Capital da República. ATENÇÃO! Súmula 122 do STJ Revisão Turbo: 2ª Fase Penal Crimes contra a vida 18 Segundo o art. 106 da CF: Tribunais Regionais Federais Juízes Federais JMU – julga civil JME – NUNCA julgará civil (apenas militares estaduais) Compete à Justiça Eleitoral julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos. Cabe à Justiça Eleitoral analisar, caso a caso, a existência de conexão de delitos comuns aos delitos eleitorais e, em não havendo, remeter os casos à Justiça competente. STF. Plenário. Inq 4435 AgR-quarto/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019 (Info 933). Órgão da Justiça Federal Cuidado: O STJ é um Tribunal Nacional – não faz parte da Justiça Federal. Competência da Justiça Militar Competência criminal da Justiça Eleitoral Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 19 Art. 109: Aos juízes federais compete processar e julgar: IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse (BIS) da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; V - A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o §5º deste artigo. § 5º: Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar. Competência dos Juízes Federais Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 20 Súmula 140 do STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou vítima. Banco do Brasil Petrobras Súmula 42 do STJ – Compete a Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento. Exploração direta pela ECT: JF Franquia: Justiça Estadual Súmulas 208 e 209 do STJ. Verba já incorporada ao patrimônio do Município – JE Verba sujeita a prestação de contas junto ao TCU – JF Ver: art. 109 da CF/88 Crime contra Sociedades de Economia Mista: Justiça Federal Crimes contra os Correios: Fundação Pública Federal – FURG: Bens Tombados: Depende de quem tombou. Desvio de Verba Federal Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 21 Súmula 151 do STJ: A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens. Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter transnacional que envolva animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas por compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. STF. Plenário. RE 835558-SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 09/02/2017 (repercussão geral). Crimes contra a honra praticados pelas redes sociais da internet: competência da JUSTIÇA ESTADUAL (regra geral) STJ. CC 121.431-SE, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 11/4/2012. Justiça Federal - Súmula 147 do STJ - Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função. Julgados importantes sobre a matéria: Crimes de Contrabando e Descaminho Crime cometido contra Funcionário Público Federal em razão de sua função Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 22 Compete à justiça FEDERAL processar e julgar o crime de redução à condição análoga à de escravo (art. 149 do CP). O tipo previsto no art. 149 do CP caracteriza-se como crime contra a organização do trabalho e, portanto, atrai a competência da justiça federal (art. 109, VI, da CF/88). STF. Plenário. RE 459510/MT, rel. orig. Min. Cezar Peluso, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, julgado em 26/11/2015 (Info 809). Súmula 546 do STJ: A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor. Compete à Justiça Estadual (e não à Justiça Federal) processar e julgar ação penal na qual se apurem infrações penais decorrentes da tentativa de abertura de conta corrente mediante a apresentação de documento falso em agência do Banco do Brasil (BB) localizada nas dependências de agência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) que funcione como Banco Postal. STJ. 3ª Seção. CC 129.804-PB, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 28/10/2015 (Info 572). Crime praticado em Banco Postal Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 23 Competência para crimes dolosos contra a vida praticados com violência doméstica: Crimes de moeda falsa: A Lei de Organização Judiciária poderá prever que a 1ª fase do procedimento do júri seja realizada na Vara de Violência Doméstica em caso de crimes dolosos contra a vida praticados no contexto de violência doméstica. Não haverá usurpação da competência constitucional do júri. Apenas o julgamento propriamente dito é que, obrigatoriamente, deverá ser feito no Tribunal do Júri. STF. 2ª Turma. HC 102150/SC, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 27/5/2014 (Info 748) Em regra, é de competência da Justiça Federal, pois é de competência da União emitir moeda (Art. 21, VII da CF). E mesmo se a falsificação for de moeda estrangeira, a competência continua da Justiça Federal, porque compete ao Banco Central fiscalizar a circulação de moeda estrangeira em território nacional. Entretanto, quando a falsificação de moeda é grosseira, não se trata de crime de moeda falsa, pois se a falsificação é capaz de enganar alguém e se obteve a vantagem ilícita trata-se de crime de estelionato, logo, é de competência da justiça estadual, no teor da Súmula 73 do STJ. Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 24 Norma Penal em Branco A Lei 11.343/06 – é uma Norma Penal em Branco (Portaria 344 da Anvisa) Combinação de Leis Súmula 501 do STJ- É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis. Muita atenção: Não gera reincidência - Cabe ressaltar que as condenações anteriores por contravenções penais não são aptas a gerar reincidência, tendo em vista o que dispõe o artigo 63 do Código Penal, que apenas se refere a crimes anteriores. E, se as contravenções penais, puníveis com pena de prisão simples, não geram reincidência, mostra-se desproporcional o delito do artigo 28 da Lei 11.343/2006 configurar reincidência, tendo em vista que nem é punível com pena privativa de liberdade (REsp 1.672.654/SP, j. 21/08/2018)Usuário (art. 28) Relatório do Delegado (art. 52) Crime "sui generis" Revisão Turbo: 2ª Fase Penal Lei 11.343/06 25 Súmulas selecionadas Súmula 587 do STJ: Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei 11.343/06, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual. Súmula 607 do STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas (artigo 40, inciso I, da Lei 11.343/06) configura-se com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de fronteiras. Atenção: Não incide a causa de aumento de pena do art. 40, III, no caso de o agente apenas transportar a droga no transporte público. Art. 33 § 4º: Nos delitos definidos no "caput" e no §1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. Traficante (art. 33) – hediondo Cuidado: Não configura crime a importação de pequena quantidade de sementes de maconha. STF. 2ª Turma. HC 144161/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/9/2018 (Info 915). Tráfico Privilegiado Causas de Aumento de Pena Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 26 1) Interrogatório (um dos únicos procedimentos em que o interrogatório não é o último ato processual); CONFORME A LEI; 2) Testemunhas de acusação (5); 3) Testemunhas de defesa (5); 4) Debates (20 min + 10 min); 5) Julgamento - Sentença imediata ou em 10 dias (58) Art. 28 – Lei 9.099/95 Parte processual Denúncia; Notificação para Defesa Prévia; Pedido Principal – REJEIÇÃO DA DENÚNCIA (art. 395 do CPP); Caso entenda pelo Recebimento: a) Desclassificação de porte para consumo (art. 28 da Lei nº 11.343/06), com o encaminhamento do processo ao JECrim; b) Absolvição Sumária na forma do art. 397 do CPP; Recebimento da Denúncia. Outros Crimes: Instrução Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 27 Art. 55: Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. § 1º: Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá arguir preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e, até o número de 5 (cinco), arrolar testemunhas. Sempre mediante autorização judicial: a) Infiltração de agentes de Polícia b) Não atuação policial (ação controlada) Cuidado: a ação controlada na Lei 12.850/13 (art. 8º) será apenas e tão somente necessário comunicar ao Juiz. Defesa Prévia/Preliminar Meios de Prova A atual lei brasileira é uma lei de 3ª geração, pois aceita qualquer infração como antecedente para a Lavagem; Fases da Lavagem: Introdução, Dissimulação e Reintegração; Crime antecedente: deve ser crime produtor de bens ou dinheiro; Justa Causa Duplicada: na Inicial o MP deve trazer a justa causa do crime de lavagem e da infração antecedente; Competência: definida pela competência para o crime antecedente; Não se aplica o art. 366, CPP; O STF admite a autolavagem. Revisão Turbo: 2ª Fase Penal Lavagem de Capitais 28 Art. 1º: Constitui crime de tortura: I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; (prova) b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; (crime) c) em razão de discriminação racial ou religiosa; (racismo) II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. (Castigo) Pena - reclusão, de dois a oito anos. § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal. § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos. (essa tortura não é etiquetado como crime hediondo) § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. Tortura Qualificada Revisão Turbo: 2ª Fase Penal Lei de tortura 29 Observação 1: Trata-se de crime preterdoloso (dolo na tortura e culpa na lesão ou no resultado morte); Observação 2: Não confundir com Homicídio Qualificado pela Tortura. Causas de Aumento de Pena § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: I - se o crime é cometido por agente público (art. 327 do CP) II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; III - se o crime é cometido mediante sequestro. § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. (Automático – não necessita constar expressamente da sentença) § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado. Consequências da condenação pelo delito de tortura Para o STJ (HC 123316/SE) a fixação do regime inicial fechado fere o princípio da Individualização da pena. Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 30 Extraterritorialidade da Lei de Tortura Art. 2º: O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira. Cuidado: tortura por policial é ato de improbidade administrativa A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública. (STJ) Art. 2º da Lei 13.260/16: O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública. A doutrina apresenta quatro elementos caracterizadores: Atos de Violência Elemento Teleológico Elemento Teatral Ausência de Arrependimento ou culpa Revisão Turbo: 2ª Fase Penal Lei de terrorismo 31 Causa de Atipicidade Formal § 2º do art. 2: O disposto neste artigo não se aplica à conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria profissional, direcionados por propósitos sociais ou reivindicatórios, visando a contestar, criticar, protestar ou apoiar, com o objetivo de defender direitos, garantias e liberdades constitucionais, sem prejuízo da tipificação penal contida em lei. Punição de Atos de Terrorismo Art. 5º: Realizar atos preparatórios de terrorismo com o propósito inequívocode consumar tal delito: Pena: a correspondente ao delito consumado, diminuída de um quarto até a metade. Competência da JF e Atribuição da PF Art. 11: Para todos os efeitos legais, considera-se que os crimes previstos nesta Lei são praticados contra o interesse da União, cabendo à Polícia Federal a investigação criminal, em sede de inquérito policial, e à Justiça Federal o seu processamento e julgamento, nos termos do inciso IV do art. 109 da Constituição Federal. Aplicação de outras importantes legislações aos Crimes de Terrorismo Art. 16: Aplicam-se as disposições da Lei nº 12.850, de 2 agosto de 2013, para a investigação, processo e julgamento dos crimes previstos nesta Lei. Art. 17: Aplicam-se as disposições da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, aos crimes previstos nesta Lei. Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 32 O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça destoavam quanto ao valor empregado. TJ R$10.000,00 (dez mil reais) - Lei 10.522/02 STF R$ 20.000,00 (vinte mil reais) - Portaria do Ministério da Fazenda de nº 75, de 22 de março de 2012 Hoje – STF e STJ - R$ 20.000,00 (vinte mil reais) Princípio da Insignificância APLICA-SE APENAS PARA IMPOSTOS FEDERAIS. Para ser aplicado a delitos praticados contra tributos estaduais ou municipais depende de lei. Vai depender do ente que instituiu o tributo. Assim, se o tributo sonegado for da competência da União, o crime será julgado na Justiça Federal, se estadual ou municipal a competência será da Justiça Estadual. Competência para julgamento Qual será a Justiça competente em caso de conexão entre crimes da Justiça Federal e Estadual (Ex.: supressão de IR e ICMS)? Competirá a Justiça Federal processar e julgar o fato, nos exatos termos da súmula 122 do STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, a, do Código Penal. Crimes contra a ordem tributária Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 33 O pagamento do débito tributário, a qualquer tempo, até mesmo após o advento do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, é causa de extinção da punibilidade do acusado. STJ. 5ª Turma. HC 362.478- SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 14/9/2017 (Info 611). Julgado importante Súmula Vinculante 24: Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo. Crimes Tributários Materiais Conforme o art. 109 da CF e art. 26 da Lei 7.492/86, a competência é da Justiça Federal. Não importando a instituição financeira lesada. Art. 109 da Constituição Federal: Aos juízes federais compete processar e julgar: VI – os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; Art. 26 da Lei 7492/86: A ação penal, nos crimes previstos nesta lei, será promovida pelo Ministério Público Federal, perante a Justiça Federal. Competência para julgamento Revisão Turbo: 2ª Fase Penal Crimes contra o Sistema Financeiro – Lei 7.492/86 (Lei do Colarinho Branco) 34 a) Exceção de Incompetência – do art. 95, II e 108 do CPP Art. 95. Poderão ser opostas as exceções de: II - incompetência de juízo; Art. 108. A exceção de incompetência do juízo poderá ser oposta, verbalmente ou por escrito, no prazo de defesa. b) RA – art. 396 e 396-A do CPP – em preliminar alegar a incompetência da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, quando o crime tiver sido praticado no âmbito da atividade sujeita à disciplina e à fiscalização dessa Autarquia, e do Banco Central quando, fora daquela hipótese, houver sido cometido na órbita de atividade sujeita à sua disciplina e fiscalização. O que fazer se na prova vier crime sendo julgado na Justiça Estadual: Art. 26, Parágrafo único: Sem prejuízo do disposto no art. 268 do Código de Processo Penal, aprovado pelo Decreto-lei nº 3689, de 2 de outubro de 1941, será admitida a assistência. Assistentes especiais Art. 25, § 2º: Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou coautoria, o co-autor ou partícipe que através de confissão espontânea revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois terços. Colaboração Premiada Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 35 Art. 30: Sem prejuízo do disposto no art. 312 do Código de Processo Penal, aprovado pelo Decreto-lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941, a prisão preventiva do acusado da prática de crime previsto nesta lei poderá ser decretada em razão da magnitude da lesão causada. Prisão Preventiva Art. 1º, § 1º. Considera-se organização criminosa a associação de: (a) quatro (4) ou mais pessoas; (b) estruturalmente ordenada e (c) caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com (d) objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos, ou que sejam de caráter transnacional. Conceito Revisão Turbo: 2ª Fase Penal Organização criminosa 36 Art. 2º: Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA: Pena: reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas. Ação controlada (deve apenas ser comunicada ao Juiz). No caso de transposição de fronteira devemos ter a colaboração do agente policial do outro Estado. Infiltração de Agentes: Autorização Judicial; Não podemos ter outra forma de obter a prova; Pode ser requerida pelo MP ou por representação da Autoridade Policial; Prazo de 6 meses – renováveis; O agente deve guardar proporcionalidade na sua atuação (responderá pelos excessos); O Delegado e o MP terão acesso a dados cadastrais sem a necessidade de ordem judicial (bancos, provedores de internet, administradoras de cartão de crédito etc) Escutas ambientais Interceptações telefônicas (Lei 9.296/96 – crime punido com reclusão, ordem judicial e não houver outra forma de realizar a prova, prazo de 15 dias (renováveis). Crime Meios de Obtenção de Prova Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 37 Colaboração Premiada/Delação Premiada Requisitos: 1) A delação premiada deve ser submetida ao contraditório; 2) Deve conter a confissão do acusado, pois senão constituirá simples meio de defesa; 3) Deve encontrar amparo em outros meios de prova. 4) Se for extrajudicial, deve ser confirmada em juízo. Trifásico. 1) Fase de negociação e acordo; 2) Fase de homologação judicial; 3) Fase de sentença. Observação 1: segundo o STF é constitucional a possibilidade de o Delegado de Polícia celebrar o acorde de delação premiada (ADI 5508/DF) Observação 2: No caso de o Delator envolver Autoridade com foro por prerrogativa da função, o Tribunal competente para julgar a Autoridade deverá homologar o acordo. Cuidado: O artigo 4°, parágrafo 16, dispõe que nenhuma sentença condenatória será proferida com fundamento apenas das declarações do agente colaborador; Procedimentos Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 38 Após a condenação: • Art. 4, § 5º Se a colaboração for posterior à sentença: - a pena poderá ser reduzida até a metade; - será admitida a progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos. Antes da Condenação: • Perdão Judicial (art. 4, § 2º); • Reduzir a pena em 2/3 (art. 4, § 2º); • Substituir a PPL por PRD (art. 4, § 2º); • Suspensão do prazo para oferecimento da denúncia por 6 meses (prorrogáveis) – art. 4, § 3º); • Deixar de oferecer a denúncia (quando: não for o líder e for o primeiro a colaborar) – art. 4, § 4º. Benefícios para o Delator/Colaborador 1 - Nenhuma sentença condenatória será proferida com fundamento apenas nas declarações de agente colaborador 2 - Nos depoimentos que prestar, o colaborador renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade. Atenção: Revisão Turbo: 2ªFase Penal 39 Art. 1º da Lei nº 8.072/90 São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; II - roubo: a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º); III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º); IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ 1º, 2º e 3º); V - estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1º, 2º, 3º e 4º); VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º). VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1º, § 1º-A e § 1º-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A). Lei dos crimes hediondos Revisão Turbo: 2ª Fase Penal Lei dos crimes hediondos Ver: artigo 1º, parágrafo único, da Lei nº 8.072/90 40 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9677.htm Provas Revisão Turbo: 2ª Fase Penal Princípios importantes Sistema do livre convencimento motivado a) contraditório: significa que toda prova realizada por uma das partes admite a produção de uma contraprova pela outra. Significa garantir a participação das partes no processo, bem como o poder de influência na decisão judicial. Elemento de Informação: Produzidos na fase investigatória, sem observância do contraditório e ampla defesa - finalidade: decretação das medidas cautelares e formação da opinio delicti do titular da ação penal. Elementos de Prova: Produzidos na fase judicial, com observância do contraditório e da ampla defesa - finalidade: convencimento do magistrado). O CPP adotou, como regra, o do livre convencimento do juiz, fundamentado na prova produzida sob o contraditório judicial (Art. 155, caput, do CPP). Elementos de informação x elementos de prova: b) não autoincriminação (nemo tenetur se detegere): princípio da inexigibilidade de produção da prova contra si mesmo, fazendo que o acusado não seja obrigado a realizar alguma conduta positiva que pode lhe incriminar. Exemplo: Não é obrigado a realizar o exame de etilômetro. 41 Revisão Turbo: 2ª Fase Penal Prova Irrepetível: Não é produzida e nem submetida ao crivo do contraditório (contraditório impossível) – a doutrina exige a característica da imprevisibilidade. Exemplo: Morte de testemunha (se já era previsível – Art. 225 do CPP). Prova Cautelar: É produzida sem observância do contraditório (normalmente na fase investigatória), sendo submetida ao contraditório posteriormente em juízo. Exemplo: Prova Pericial. Regra Geral: o magistrado não poderá fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação. Exceção: Provas Cautelares, Irrepetíveis ou Antecipadas. Provas Ilícitas (Art. 157 do CPP) Violação de regras direito material, produzindo reflexos diretos ou indiretos em direitos e garantias constitucionais. Exemplo: interceptação telefônica e busca e apreensão sem ordem judicial, violação carta lacrada, grampo, coação em interrogatório policial (afrontamento direito ao Art. 5°, X, XI, XII, e LXIII, da CF/88). Consequências do uso de provas ilícitas: desentranhamento e, uma vez preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada. Prova Antecipada: Produzidas em juízo de forma antecipada, ainda que na fase de investigação. Exemplo: Art. 225 do CPP - ver Art. 156, inciso I, do CPP. 42 Ver artigos 158-A, 158-B, 158-C, 158-D, 158-E, 158-F do Código de Processo Penal! Revisão Turbo: 2ª Fase Penal Cadeia de custódia Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte Nulidades Conceito Nulidades absolutas: São aquelas que devem ser proclamadas pelo magistrado, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, porque produtoras de nítidas infrações ao interesse público na produção do devido processo legal. Exemplo: não conceder o juiz ao réu ampla defesa, cerceando a atividade do seu advogado. Nulidades relativas: São aquelas que somente serão reconhecidas caso arguidas pela parte interessada, demonstrando o prejuízo sofrido pela inobservância da formalidade legal prevista para ato realizado. Nulidade é o vício que contamina determinado ato processual, praticado sem a observância da forma prevista em lei, podendo invalidar o ato ou o processo, no todo ou em parte. Reconhecimento Pessoas e Coisas Deve seguir o previsto no artigo 226 do CPP. O STJ entende pela ilegalidade do reconhecimento efetuado fora do padrão do artigo 226 CPP, reconhecendo que tal reconhecimento ilegal não pode justificar uma condenação. 43 Revisão Turbo: 2ª Fase Penal Efeito das nulidadesNulidade não é peça processual, nulidade é uma matéria que se pode alegar em qualquer peça, em tópico de preliminar. IMPORTANTE: A fundamentação da nulidade começa na Constituição Federal, no artigo 5º e nos princípios. Depois, é necessário indentificá-la no Código de Processo Penal, utilizando o artigo que foi violado. Sentença condenatória sem fundamentação juiz terá que refazer a sentença, mantendo os atos anteriores, uma vez que não dependem dela. Necessidade de refazimento do ato reconhecido e dos que dele dependam ou sejam consequência. EXEMPLO: 44 Ilegal Liberdade provisória Pedido de revogação da prisão preventiva ou temporária Queixa-crime Res pos ta à acu saç ão Aud iênc ia d e In stru ção e Ju lgam ento Art. 400 , CP P Mem oria is Fa se Ex tr aj ud ic ia l - IP Relaxamento de prisão Art. 310, I, CPP Art. 5º, LXV, CF Rec ebim ento da d enú ncia Formal Material Art. 5º, LXVI, CF Legal Art. 310, III, CPP Legal Art. 316, CPP Denúncia Cita ção pes soa l Arts . 39 6 e 396 -A, C PP Abs olvi ção sum ária Art. 397 , CP P Art. 403 , §3 º, C PP - com plex idad e ou nº de r éus Art. 404 , p. únic o, C PP - dili gên cia Sen tenç a Arts . 38 3 e 384 , CP P Art. 386 , CP P Art. 386, CPP aterialidade (I e II) utoria (IV) ipicidade (III) licitude (VI) ulpabilidade (VI) ubsidiariedade (art. 59, CP) M A T I C S Arts. 30, 41, 44, CPP Fase judicial - 1ª instância Lembrar! Linha do tempo processual Revisão Turbo - Parte II 45 Ape laçã o Art.593 , CP P Rec ebim ento do recu rso de a pela ção Con trar razõ es d e ap elaç ão Art . 60 0, C PP Acó rdã o Agr avo em exe cuç ão Art. 197 da Lei 7.21 0/8 4 Revisão criminal Art. 621, CPP Habeas corpus Art. 647 e 648, CPP e Art. 5º, LXVIII, CF Rec ebim ento do agra vo Con trar razõ es d e ag ravo Fase judicial - 2ª instância Se nt en ça Tr ân si to e m ju lg ad o Dec isão inte rloc utór ia Con trar razõ es d e RE SE Art. 588 , CP P Rec urs o em sen tido est rito Art . 58 1, C PP Rec ebim ento do recu rso Embargos de declaração Art. 382 do CPP Embargos de declaração Art. 619, CPP Embargos infringentes e de nulidade (decisão NÃO unânime. Exemplo: 2 x 1) Art. 609, parágrafo único, CPP Recurso extraordinário Art. 102, III, CF Recurso especial Art. 105, III, CF ROC Art. 102, II, "a", CF - Art. 105, II, "a", CF - STF STJ Execução penal Linha do tempo processual 46 https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/jXA92m97Qg6f7toQ7tB8aSxwZQjzjFRj5Cf56u6W.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/1nDKqYVsQdlOVMrf8ZwF972OHeWa82vQTxEYXKVR.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/1nDKqYVsQdlOVMrf8ZwF972OHeWa82vQTxEYXKVR.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/3IAa2WAgOrYNqEu28v4UEGJm61RXALRqyEgjR2yU.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/CgMt0CrIulkr3qC8QPX2VfZZH1QsByBT00VL2Yq7.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/3IAa2WAgOrYNqEu28v4UEGJm61RXALRqyEgjR2yU.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/CgMt0CrIulkr3qC8QPX2VfZZH1QsByBT00VL2Yq7.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/rbThxZVvX22eKwg4QoTdMsahcPBQuCZEO72gcAx6.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/rbThxZVvX22eKwg4QoTdMsahcPBQuCZEO72gcAx6.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/rbThxZVvX22eKwg4QoTdMsahcPBQuCZEO72gcAx6.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/12U6F5cn1wsVN95sF5ryoJtaDnAFHd8EiepIGHeg.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/SfAvbNxuPHRCR7xZk8VLWiRltu3Bhjwlvgk7kdWl.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/4Gw33bUHQuL1eVuJHqfTJFmhIBR08SVJsBhMvdLP.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/TiIQJqLBlP2lYGWimlGUjDdh3wGcG52PYaG8PBAQ.pdf Identificação Peça Prisão em flagrante ilegal Prisão em flagrante legal Parou em citação Parou em audiência de instrução ou na informação que o MP pugnou pela condenação Parou em sentença Relaxamento da prisão Liberdade provisória Resposta à acusação Memoriais Apelação Base legal Art. 310, I, CPP e art. 5 °, LXV, CF/88. Art. 310, III, CPP, art. 321 CPP, art. 5°, LXVI, CF/88 Art. 593, I, do CPP Art. 396/396-A, CPP Art. 403, § 3°, CPP ou art. 404, parágrafo único, CPP Teses Buscar no enunciado ilegalidades na prisão Ausência dos requisitos da preventiva (art. 321, CPP); excludente de ilicitude (art. 310, §1º, CPP). Preliminares (nulidades) e mérito (causas excludentes de ilicitude, culpabilidade, salvo a inimputabilidade, excludentes de tipicidade e extintivas de punibilidade) Preliminares e mérito (MATICS) Preliminares e mérito (MATICS) Pedido Relaxamento + alvará de soltura Liberdade + alvará de soltura Absolvição sumária, (art. 397, CPP + inciso correspondente) Pedido de absolvição, (art. 386, CPP) Pedido de absolvição, (art. 386, CPP) Dicas 47 Materialidade, autoria, tipicidade, ilicitude, culpabilidade e subsidiariedade Causas excludentes de tipicidade Excludentes de culpabilidade Tais como crime impossível (art. 17, CP), princípio da insignificância (que não tem previsão na lei, tratando- se de entendimento doutrinário e jurisprudencial), ausência de dolo e culpa, erro de tipo invencível, Súmula vinculante nº 24 do STF. Art. 21, 22, 26, "caput", 28, § 1 º, ambos do CP. Excludentes de ilicitude O rol está no artigo 23, CP, ao passo que o conceito de estado de necessidade está no artigo 24, CP e o de legítima defesa no art. 25, CP. Teses subsidiárias Guardam relação com a possibilidade de buscar, na eventualidade de o juiz proferir sentença condenatória, amenizar a situação do réu, arguindo teses no sentido de que a pena seja a menor possível, o regime carcerário ser fixado no mais brando, substituição da pena privativa de liberdade em restritiva de direito sursis... Sugere-se você seguir o checklist do artigo 59 do CP, conforme dito em aula e consta expressamente no material de apoio. Revisão Turbo: 2ª Fase Penal MATICS 48 Exemplos de subsidiariedade Do afastamento dos maus antecedentes Da atenuante da menoridade Exemplo: Foi juntada folha de antecedentes contendo a informação de que o réu responde a outro processo pelo porte ilegal de arma. Todavia, nos termos da Súmula 444 do Superior Tribunal de Justiça, não é possível utilizar ações penais em curso e inquéritos policiais para elevar a pena-base. Além disso, considerar outro processo em curso pelo porte ilegal de arma como maus antecedentes viola o princípio da presunção da inocência, previsto no artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal. Logo, requer seja afastada a hipótese de considerar o réu com maus antecedentes e, por consequência, fixada a pena-base no mínimo legal. Exemplo: Conforme se verifica, o réu era menor de 21 anos na data dos fatos. Logo, incide a atenuante da menoridade relativa, prevista no artigo 65, inciso I, do Código Penal. Assim, requer seja reconhecida a atenuante da menoridade relativa. Da confissão espontânea Exemplo: Ao ser interrogado, o réu confessou que utilizou o veículo sem autorização, mas que sua intenção era devolvê-lo. Logo, incide a atenuante da confissão espontânea, prevista no artigo Art. 65, inciso III, alínea “d”, do Código Penal. Assim, requer seja reconhecida a atenuante da confissão espontânea. Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 49 Do regime carcerário aberto Da substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos Exemplo: O crime de furto simples tem pena máxima de 04 anos. Logo, na hipótese de eventual condenação, o Magistrado deverá fixar o regime aberto, nos termos do artigo 33, §2º, alínea “c”, do Código Penal, já que é primário e as circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal são favoráveis. Exemplo: Quando se trata de crime praticado sem violência ou grave ameaça, em que eventual pena não seja superior a 04 anos, cabe, no caso, a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, nos termos do artigo 44 do Código Penal. Não esquecer: tudo que você abordar durante a peça, você deve pedir ao final! Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 50 Exemplo: Ante o exposto, requer o denunciado: - Seja declarada a extinção da punibilidade, com base no art. 107, inciso IV, do Código Penal; - A absolvição, com fulcro no art. 386, inciso III, do CPP; - Seja afastada a hipótese de maus antecedentes e fixada a pena-base no mínimo legal; - Seja reconhecida a atenuante da menoridade relativa; - Seja reconhecida a atenuante da confissão espontânea; - Seja fixado o regime aberto para início do cumprimento da pena; - Seja substituída a pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Pedidos Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 51 Pronúncia - Art. 413, CPP ImpronúnciaRe spo sta à a cus açã o Art . 40 6, C PP Vis ta a o M P Art . 40 9, C PP Aud iên cia de ins tru ção Art . 41 1, C PP Art . 40 3, § 3º, CP P o u 404 , p. ún ico , CP P Art . 39 4, § 5º, CP PMe mo riai s Cit açã o - Art. 414, CPP Recurso: (art. 416, CPP) Ver art. 412, CPP: 90 dias *Queixa-Crime: Subsidiária de Ação Penal Púb. Incond. Queixa-Crime: Crimes conexos. Não há previsão legal e expressa de absolvição Sumária antes da audiência de instrução processual. Matéria controvertida – ver material. 2ª Fase: Plenário do Júri 1ª Fase do júri ou Sumário de Culpa (fase da acusação) Arts. 406 à 421, CPP Juridicium accusationis Fa se Ex tr aj ud ic ia l - IP Queixa-crime Denúncia Art. 29, CPP Subsidiária da pública oucrimes conexos Rejeição: RESE (Art. 581, I, CPP) Oferecimento da denúncia ou queixa Rec ebi me nto da den únc ia o u que ixa * Decisão Recurso: (art. 581, IV, CPP)RESE Apelação Absolvição Sumária- Art. 415, CPP Recurso: (art. 416, CPP)Apelação Desclassificação - Art. 419, CPP Recurso: (art. 581, II, CPP)RESE Linha do tempo processual Revisão Turbo - Parte III 52 https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/G6sqS5V6t5RnrGsGdoe97w2oytCgE39ztpR1Qtl9.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/G6sqS5V6t5RnrGsGdoe97w2oytCgE39ztpR1Qtl9.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/G6sqS5V6t5RnrGsGdoe97w2oytCgE39ztpR1Qtl9.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/G6sqS5V6t5RnrGsGdoe97w2oytCgE39ztpR1Qtl9.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/G6sqS5V6t5RnrGsGdoe97w2oytCgE39ztpR1Qtl9.pdf https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/G6sqS5V6t5RnrGsGdoe97w2oytCgE39ztpR1Qtl9.pdf Procedimento do Júri Identificação Parou em audiência de instrução ou na informação que o MP pugnou pela pronúncia Parou em decisão de pronúncia Peça Memoriais Recurso em Sentido Estrito Base legal Art. 403, §3º, CPP ou art. 404, CPP Art. 581, IV, CPP Teses Preliminares e mérito Preliminares e mérito Pedido Impronúncia, absolvição sumária e desclassificação, além de afastar qualificadoras e causas de aumento de pena Impronúncia, absolvição sumária e desclassificação, além de afastar qualificadoras e causas de aumento de pena Dicas 53 Dicas Não se comprova a materialidade e indícios de autoria, art. 414 do CPP. Quando há materialidade e indícios de autoria. É cabível o Recurso Especial em Sentido Estrito, art. 581, IV, CPP. Ocorre quando não se trata de crime doloso contra a vida - art. 15 do CP e 419 do CPP. Faz coisa julgada material, pois há a certeza de que não houve o fato criminoso, art. 415, CPP. Pronúncia:Impronúncia: Desclassificação: Absolvição sumária: 54 Recurso cabível da sentença de 2ª fase: Apelação Art. 593, III, CPP Preparação do processo Art. 422, CPP Art. 431, CPP Intimação das partes Processo incluído na pauta de julgamento Art. 473, CPP Sessão Plenário do Júri *Sorteio dos jurados -Art. Ofendido -T.A/T.D -Demais provas -Interrogatório Debates Orais: Art. 476, CPP Acusação Defesa Réplica Tréplica Votação dos Jurados Art. 480, §1º, CPP Quesitação Art. 483, CPP Art. 488, CPP Art. 489, CPP Sentença 2ª Fase do Júri Art. 492, CPP Súmula 713 STF Desaforamento Arts. 427 e 428, CPP 2ª Fase do júri Preparação do Processo até a Sessão Plenária Pr on ún ci a Linha do tempo processual 55 Apelação das decisões do Juiz Presidente - 2ª Fase do Júri - Art. 593, III, CPP Base legal Hipótese de cabimento Pedido Art. 593, III, a, CPP Ocorrer nulidade posterior à pronúncia - Acolhimento / Reconhecimento da nulidade, com submissão do réu a novo júri Art. 593, III, b, CPP A sentença do Juiz Presidente for contrária à letra expressa da Lei ou à decisão dos jurados - Retificação da decisão / art. 593, §1º, CPP Art. 593, III, c, CPP Quando houver erro ou injustiça à aplicação da pena ou da medida de segurança - Retificação da pena / art. 593, §2º, CPP Art. 593, III, d, CPP Quando a decisão dos jurados for manifestamente contrária à prova dos autos - Nulidade do julgamento, submissão do réu a novo Júri - art. 593, §3º, CPP Lembrar - Súmula 713 do STF - indicar a alínea que deseja recorrer. Prazo: 5 dias para interpor - art. 593, caput, CPP / 8 dias para razões e 8 dias para contrarrazões - art. 600, CPP Assistente de Acusação habilitado - prazo 5 dias / Assistente de Acusação não habilitado - prazo 15 dias - art. 598, CPP Dicas 56 Linha do tempo processual Crimes que não vão a júri: Latrocínio, de acordo com a súmula 603, STF. Lesão corporal seguida de morte, pois o dolo era de lesionar, era contra a integridade física. 57 58 Revisão Criminal Prazo Identificação Base legal Conteúdo Pedidos Sentença transitada em julgado Art. 621 do CPP (indicar inciso correspondente) Pode ocorrer a qualquer tempo, inclusive após a extinção da pena Absolvição; sentença condenatória contrária ao texto expresso da lei penal; sentença com contrariedade à evidência dos autos; sentença condenatória fundada em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos; após a sentença, se descobriram novas provas de inocência do condenado ou circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena. Legitimidade Do réu ou do procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, do cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (Art. 623 do CPP) Competência É originária dos tribunais, jamais sendo apreciada por juiz de primeira instância Alteração da classificação do crime; Modificação da pena; Anulação do processo; Indenização; Pode solicitar a concessão de liminar, se for o caso. Não cabe em prol da sociedade, somente em prol do réu Pode ser processo de execução penal definitivo ou processo de execução penal provisório Juiz da Vara de Execução Penal Possível no regime fechado, semiaberto, aberto e livramento condicional É possível cumular as duas modalidades, se compatíveis Art. 127 da LEP: falta grave e perda de até 1/3 dos dias remidos Remição da pena É o computo do período que a pessoa ficou recolhida antes da sentença como pena cumprida Agravo em execução Regra: a detração é observada na sentença condenatória quando o juiz fixar o regime Regressão de Regime Remição por trabalho Remição por estudo Art. 117, LEP Para presos em regime aberto Para presos em prisão domiciliar, regime semiaberto e saída temporária Art. 120, LEP Considerações - Lei 7.210/84 Se aplica tanto para penas, quanto para medidas de segurança Lembrar da Súmula 716 do STF Art. 66 da LEP Como pedir algo ao Juiz da Vara de Execução Penal? Petição Como recorrer da decisão do Juiz da Vara de Execução Penal? Agravo em Execução Regra: não tem efeito suspensivo Exceção: art. 179, LEP Art. 42 do CP e art. 387, §2º, do CPP Detração Penal Subsidiariamente: quando o juiz se omite em relação a detração, o juiz da execução pode fazer (art. 66, III, c, da LEP) Sistema progressivo Tempo + bom comportamento Cuidado: Progressão de Regime Especial para Mulheres (art. 112, §3º, da LEP) - requisitos cumulativos Arts. 118, I e II, e 146-C, par. único, ambos da LEP Regressão de regime sem ouvir o preso - causa de nulidade Lembrar: Súmula 526, STJ 3 dias trabalhados = 1 dia de pena Cabível nos regimes fechado e semiaberto O entendimento do STF e STJ é no sentido de que não é cabível remição por trabalho no regime aberto 12 horas estudadas divididas, no mínimo, em 3 dias = 1 dia de pena Prisão domiciliar Monitoramento eletrônico Autorização de saída Permissão de saída Saída temporáriaArt. 146-B, LEP Regime fechado, semiaberto e preso provisório Art. 122, LEP Regime semiaberto Execução penal Mapa mental 59 https://d1ly1csstr22jg.cloudfront.net/arquivos/CqK7WzwP8wUtIwQksDlFn0ncDVyEvbItyaJGpZ7X.pdf crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça 16% da pena Primário 20% da pena Reincidente crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;25% da pena Primário 30% da pena Reincidente em 40% da pena 50% da pena condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário; se o apenado for: a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o livramento condicional; b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada; 60% da pena se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado (reincidência específica); 70% da pena se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional. Progressão de Regime – atualart. 112 da LEP crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça (reincidente específico) Revisão Turbo: 2ª Fase Penal 60 Revisão Turbo: 2ª Fase Penal Mulheres mães, gestantes, ou responsáveis por pessoas com deficiência tem requisitos cumulativos para a progressão de regime, de acordo com o § 3º do art. 112 da Lei de Execução Penal. A regressão de regime está prevista nos artigos 118 e 146, C § único, da LEP. Antes de regredir o regime, o preso deve ser ouvido, pois ele tem o direito de se justificar - art. 5º, LV, CF. Remição da pena: para aqueles detentos que estudam ou trabalham, também pode se aplicar ambas as ocasiões, quando compatíveis. É cabível no regime fechado ou semiaberto - artigos 126 e 127 da LEP. 61 Inicie a prova fazendo a leitura do enunciado e marcando nele os aspectos importantes; Tome cuidado com as datas e idades. A FGV costuma cobrar na prova teses relacionadas a elas; Não escreva a peça inteira no rascunho, pois ao final poderá faltar tempo para a conclusão da prova; No rascunho, faça o "esqueleto da peça" anotando os principais pontos, como qual a peça adequada, a sua base legal, o prazo, conteúdo, entre outros; Leia mais de uma vez o enunciado para identificar todas as teses cabíveis; A partir das informações do "esqueleto da peça", redija a peça na folha definitiva; Divida a peça em tópicos, para facilitar que o corretor identifique as teses. Dicas para elaboração da peça prático-profissional 62 Dicas para resolver as questões dissertativas A prova possui quatro questões dissertativas, sendo que a FGV tem dividido elas em letra "a" e "b". Dessa forma, tenha em mente que será como se você fosse responder oito questões; Planeje a realização da prova, deixando tempo suficiente para resolver adequadamente as questões! Sugerimos deixar 3h para a resolução da peça e 2h para as questões; Faça a leitura do enunciado com calma e marque nele os aspectos importantes; Não escreva a resposta inteira no rascunho, pois ao final poderá faltar tempo para a conclusão da prova; No rascunho, anote apenas os principais pontos em tópicos, para facilitar a formulação da resposta na folha definitiva; Leia mais de uma vez o enunciado para identificar todos os argumentos e teses cabíveis; A partir das informações do rascunho, redija a resposta da questão na folha definitiva; Cuidado com as teses contraditórias, pois você poderá não pontuar! Exemplo: alegar que a mesma situação pode caracterizar estado de necessidade e legítima defesa. 63
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