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PRÁTICA PENAL

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PRÁTICA PENAL
DATA: 06/05/2013
Critério de cores para marcação no Código
· Preâmbulo – AZUL (ex.: 396)
· Tese
· Nulidade – VERMELHO (ex.: 564)
· Extinção da punibilidade – AMARELO (ex.: 107, CP)
· Mérito – VERDE (ex.: 20, CP)
· Pedido – PRETO (ex.: 397, 386, 626, 630, 413, 414, 415, 419)
PEÇA PRÁTICA
ESQUELETO
· Cliente
· Identificar a parte que se está defendendo
· Identificar a parte contrária
· Crime e Pena
· Identificar o crime objeto da questão
· Se o enunciado trouxer o tipo, anotar – crime que foi capitulado pelo delegado, MP – qual crime o cliente foi denunciado
· Se o enunciado apenas descrever a conduta: tipificar
· Ação penal
· Pública
· Incondicionada (regra geral)
· Condicionada 
· Representação do ofendido
· Requisição do Ministro da Justiça
· Privada
· Propriamente dita – proposta pelo ofendido, não podendo, pode ser proposta pelo representante legal
· Personalíssima – só pode ser proposta pelo próprio ofendido, pessoalmente
· Subsidiária da pública – pode ser manejada quando o MP não se manifestar no prazo leal – 5 dias preso e 15 dias solto (art. 46, CPP)
· Identificar a Ação Penal relativa ao crime seguindo os seguintes passos:
· 1º Passo – Código Penal – Parte Especial – Localizar no CP – verificar no próprio tipo penal
· 2º Passo – Verificar as disposições gerais ou finais - ex.: art. 145, CP
· 3º Passo – Verificar a situação especial do crime de lesão corporal
· Art. 129, caput, CP
· Art. 129, §6º - Lesão corporal culposa – art. 88, Lei n. 9.099/95
· Art. 129 §9º - Lesão leve com violência doméstica – homem: aplica-se o art. 88 da Lei n. 9.099/95
· Lei Maria da Penha – não se aplica a Lei n. 9.099/95
· Art. 303, Lei n. 9.503/97 – art. 291, §1º (aplica-se o art. 88 da Lei n. 9.099/95
· Rito processual
· Rito Comum (vinculado a pena)
· Ordinário
· Sumário
· Sumaríssimo
· Rito Especial (vinculado ao crime)
· Código de Processo Penal
· Rito do Júri
· Rito de Funcionário Público
· Rito de Crime Contra a Honra
· Rito da Propriedade Imaterial
· Lei Penal Especial
· Ex.: Lei de Drogas
· Identificar o Rito Processual seguindo os seguintes passos:
· 1º Passo – Verificar se é infração de menor potencial ofensivo – caso seja, o Rito é Sumaríssimo – caso não seja, passar ao passo seguinte.
· 2º Passo – Verificar se há previsão de Rito Especial – caso haja, identificar o Rito – caso não haja, passar ao passo seguinte.
· 3º Passo – Verificar, de acordo com a pena, se o Rito é Sumário ou Ordinário
· Obs.: Se o crime for praticado em situação de violência doméstica ou familiar, contra mulher, qualquer que seja a pena, não se aplica o rito sumaríssimo.
· Sursis processual – art. 89, Lei n. 9.099/95 – Suspensão Condicional do Processo
· Momento 
· Peça
· Competência
· Tese
· Pedido
DATA: 07/05/2013
TESES DE ARGUMENTAÇÃO
01. NULIDADE
02. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
03. DE MÉRITO
· Principal
· Falta
· Tipicidade
· Ilicitude
· Culpabilidade
· Escusa absolutória
· Falta de provas
· Subsidiária
· Desclassificações
· Aplicação da pena
01. NULIDADE – Art. 564, CPP
Descumprimento de norma processual
I – por incompetência, suspeição ou suborno do juiz
· Fazer referência aos artigos da Constituição Federal - art. 5º, LIII, CF
· Referenciar com base no Pacto de San José da Costa Rica – Decreto n. 678/92 – CADH – art. 8º, n. 1, CADH
II – por ilegitimidade de parte
· Visualizar se trata-se de ação penal pública (MP) ou privada (ofendido, representante legal ou CADI)
III – por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante;
· MP oferece denúncia sem que a parte tenha representado – mesmo que o MP seja a parte legítima para oferecer a denúncia, faltou uma condição da ação, qual seja a representação do ofendido
· Fundamentar, por exemplo, no crime de estupro, o art. 225, caput, CP
b) o exame de corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o art. 167;
· Fundamentar pelo art. 158, CPP
· Em algumas teses, a falta de exame de corpo de delito pode gerar uma tese de mérito, por sem o exame não haverá prova da existência do fato (de memoriais em diante)
· Primeiro alega a nulidade e, de forma sucessiva, a tese de mérito
· Nulidade pede a anulação do processo – Se caso não houver a anulação, peço de maneira subsidiária a absolvição por falta de prova da existência do crime, da materialidade
· Obs.: A geração de dupla tese, vou apenas utilizar a partir dos memoriais
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa.
· Fere o contraditório e a ampla defesa – art. 5º, LV, CF
· Art. 8º, n.2, “b” e “c”, da CADH
IV – por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato
· Ex.: Fundamentar no art. 185, §5º do CPP – entrevista prévia e reserva entre acusado e defensor antes do interrogatório, tornando o ato inválido por falta de elemento essencial
· Este inciso exige sempre uma complementação 
· Art. 564, IV c.c. art. 185, §5º do CPP - Fundamenta também no art. 5º, LV da CF – art. 8º, n. 2, “c” da CADH
PEDIDO – Anulação do processo
· “ab initio” – eu peço se o vício estiver situado antes ou no ato inicial, ou seja, antes ou no recebimento da denúncia ou queixa.
· Ex1.: MP ofereceu denúncia ser existir a representação 
· Ex2.: Recebimento da denúncia por juiz incompetente
· a partir de um certo ato – se o vício surgiu depois do recebimento da denúncia ou queixa 
· Ex.1: impossibilidade de entrevista prévia e reserva entre acusado e defensor antes do interrogatório
· Anula-se do interrogatório em diante
02. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
· Art. 312, §3º do CP – Peculato culposo – Reparação do dano antes do trânsito em julgado, terá extinta a punibilidade
· Lei n. 9430/96 – art. 83, §4º
· Sursis processual – art. 89, Lei n. 9099/95
· JECrim – art. 74, parágrafo único, Lei 9.099/95 – implica renuncia ao direito de queixa e representação – trata-se de causa de extinção da punibilidade – reparação do dano fora do JECrim não trata-se de causa de extinção da punibilidade, como demonstra o art. 104, parágrafo único, CP
Art. 107 do CP
I – pela morte do agente
II – pela anistia, graça ou indulto
· Anistia – perdão oferecido pelo Poder Legislativo
· Graça e Indulto – atos do Poder Executivo veiculados por Decreto do Presidente da República
· A Graça tem alcance individual
· O Indulto é coletivo
· Estas causas não se aplicam para crimes hediondos e assemelhados (trafico, tortura e terrorismo) 
· Fundamento:
· Art. 5º, XLIII da CF
· Lei de Crimes Hediondos: art. 2º, I da Lei 8.072/90
III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso (abolitio criminis)
· Efeito retroativo aos atos anteriores
IV – pela prescrição, decadência ou perempção
· Prescrição - Se aplica a todos os tipos de ação penal – prazo que corre contra o Estado 
· Decadência – É prazo que corre contra o ofendido – atinge os direito de queixa e o direito de representação – Art. 103 do CP
· Perempção – Cabe apenas nas ações penais privadas – art. 60 do CPP
V – pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada
· Renúncia – art. 104 do CP
· Perdão – Art. 105 e 106 do CP
VI – pela retratação do agente, nos casos em que a lei admite
· Art.143, CP
· Art. 342, §2º, CP
IX – pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei
· O juiz pode deixar de aplicar a pena – ex.: homicídio culposo (art. 121, §5º do CP)
DATA: 08/05/2013
TESES DE MÉRITO
As teses de mérito serão ora classificadas como: Essenciais e Subsidiárias. A essenciais buscam, em regra, a absolvição. As subsidiárias buscam o abrandamento da pena.
01. Tipicidade (objetiva - subjetiva: dolo, culpa e erro de tipo)
02. Antijuridicidade
03. Culpabilidade
04. Isenção de pena
05. Falta de provas (falta do exame de corpo de delito)
06. Extinção da punibilidade 
01. TIPICIDADE
É a perfeita adequação do fato ao modelo normativo
A Tipicidade Objetiva pode ser:
· Formal – é aquela relacionada com a letrada lei
· Material – é aquela que se relaciona com o conteúdo da norma proibitiva – pode ser afastada por princípios constitucionais penais, como insignificância e adequação social – não há previsão expressa em lei
Princípio da Insignificância – riscos e lesões mínimas não merecem relevância penal
· A reincidência interfere na insignificância? Nas cortes superiores prevalece que sim.
· Crítica (2ª Turma do STF) – A reincidência não pode interferir na insignificância, pois de outra forma o sujeito seria punido pelo que é e não pelo que fez. O direito penal brasileiro é do fato e não do autor.
· Requisitos: Os tribunais superiores indicam como requisitos mínima ou nenhuma:
· Periculosidade
· Reprovabilidade
· Ofensividade
· Lesividade
Princípio da Adequação Social – Conduto socialmente adequada não merece relevância penal. A criação de riscos juridicamente permitidos, e também a diminuição de riscos é socialmente adequada e por isso não tem relevância penal. Hoje, essa afirmação é o centro da Teoria da Imputação Objetiva.
Consumação e Tentativa – art. 14, II e parágrafo único
· Tentativa - Iniciada a execução, o sujeito não alcança a consumação por circunstancias alheias a sua vontade.
· Punição da tentativa – pena do crime consuma, diminuída de 1/3 a 2/3 – a diminuição será tanto maior quanto mais distante da consumação.
Desistência Voluntária (art. 15, CP) – se o sujeito, após iniciada a execução, por ato voluntário, desiste de nela prosseguir, impedindo a consumação.
· Consequência – fica afastada a tentativa e o sujeito só responde pelos atos já praticados
Arrependimento Eficaz (art. 15, CP) – Após terminar o plano executório, o sujeito, por ato voluntário atua de forma eficiente a impedir a consumação.
· Consequência – fica afastada a tentativa e o sujeito só responde pelos atos já praticados
Na desistência voluntária basta interromper a execução para impedir a consumação. Já no arrependimento eficaz, é necessária ação salvadora para impedir a consumação.
Crime impossível – A conduta é muito semelhante a criminosa, mas não tem relevância penal pela ausência de risco ao bem jurídico.
· Impropriedade absoluta do objeto – O objeto material, ou seja, aquilo sobre o que recai a conduta do autor, não reveste um bem jurídico. Ex1.: tentar matar um morto (não tinha mais vida, ou seja, o bem jurídico tutelado). 
· Inidoneidade absoluta do meio – O meio escolhido pelo sujeito, no caso concreto, não é capaz, sequer, de trazer risco ao bem jurídico. Ex.: tentar matar pelo boneco vodu. 
· Arma de brinquedo – Não gera risco à vida, mas pode facilitar o roubo, embora não configure causa de aumento no art. 157, CP
· Obra do agente provocador – Se há a intervenção de terceiro, na dinâmica causal do fato, tendo este tomado providências anteriores para impedir o risco ao bem jurídico. Ex.: flagrante provocado (ele é inválido, pois está prendendo alguém por crime impossível)
· Lembrar que a Súmula n. 145 do STF esclarece que não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a consumação.
· O flagrante preparado/provocado é inválido, pois trata-se de crime impossível por obra do agente provocador: é fato atípico que não pode gerar prisão em flagrante.
02. ANTIJURIDICIDADE
Trata-se de uma proibição, ou seja, a contrariedade do fato com a totalidade do ordenamento. Todo fato típico seja antijurídico, salvo se presente uma excludente de antijuridicidade. As excludentes de antijuridicidade estão arroladas, a princípio, no art. 23 do CP. Na parte especial, também podem ser encontradas excludentes de antijuridicidade, dentre as quais se destaca o aborto legal, previsto no art. 128 do CP. Doutrina e jurisprudência aceita causas extralegais excludentes de antijuridicidade, dentre as quais se consagra o consentimento do ofendido. O bem deve ser disponível e o sujeito capaz de consentir.
Requisitos das Excludentes Antijuridicidade
Para ser beneficiado pela excludente de antijuridicidade, o sujeito deve conhecer a situação de fato que justifica a sua conduta.
Legítima Defesa – art. 25, CP
· Requisitos;
· Injusta agressão
· Agressão - é o ato lesivo humano – no caso de forças da natureza, pode configurar o estado de necessidade
· Injusta – toda agressão é injusta, salvo se acobertada por uma excludente de antijuridicidade.
· É inviável a legitima defesa real recíproca, ou seja, que duas pessoas estejam, ao mesmo tempo em legítima defesa real uma contra a outra.
· Atual ou Iminente – não cabe contra agressão passada (vingança) ou futura (jura de morte)
· Bem jurídico próprio ou de terceiro
· Meio necessário – meio menos lesivo ao alcance do sujeito, suficiente para afastar a agressão.
· A necessidade do meio não deve ser medida com precisão matemática. 
· Meio único é sempre o meio necessário
· Uso moderado – é o emprego do meio necessário da forma menos lesiva, suficiente para afastar a agressão
· Excesso – é o transbordar os limites da excludente – pode ser doloso, culposo e exculpante
· Doloso – o sujeito se aproveita da situação de defesa para deliberadamente atacar, movido por emoções fortes, como a raiva, ira, vingança
· Consequência - responde pelo atos em excesso a título de dolo.
· Culposo – é o transbordar os limites da excludente por culpa - aqui o sujeito é movido por afetos fracos, como medo, pânico, desespero.
· Consequência – responde pelos atos em excesso à título culposo.
· Exculpante – é o que não deriva de dolo nem culpa – também é movido por afetos fracos, emoções fracas como medo, pânico, desespero
· Consequência – sem dolo ou culpa, trata-se de irrelevante penal – chamamos de legitima defesa subjetiva aquela em que há excesso exculpante.
03. CULPABILIDADE
Censurabilidade
São excludentes de culpabilidade:
· Inimputabilidade – o inimputável do art. 26 do CP que pratica fato típico e antijurídico receberá medida de segurança e uma sentença de absolvição imprópria
· Erro de proibição inevitável
· Inexigibilidade de conduta diversa
04. ISENÇÃO DE PENA
Art. 181 do CP
Art. 348, §2º do CP
DATA: 09/05/2013
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
1. Cabimento
· Art. 396 e 396-A, CPP
· Identificação – A ultima informação processual é de que houve a citação do réu ou foi determinada
2. Competência
· Vara comum
· Estadual
· Federal
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ...
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ... VARA CRIMINAL DA JUSTIÇA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ...
3. Legitimidade
· Réu
· Preâmbulo
· Nome (réu)
· Qualificação/já qualificado
· Advogado/ juntada de procuração
· Vem respeitosamente
· Apresentar
· Nome da peça
· Fundamento
Tício, já qualificado nos autos do processo crime que lhe move a Justiça Pública por seu advogado, que por esta subscreve, conforme procuração anexa, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar Resposta à Acusação, com fulcro nos artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e direito, a seguir expostas.
04. Prazo
· 10 dias a partir da citação
· Prazo processual – 1º dia útil seguinte
· Considerar dia da semana
05. Teses e Pedidos
· Tese: Nulidade (art. 564, CP) –---------- Pedido: Anulação
· Tese: Extinção da punibilidade (art. 107, CP) – Pedido: Absolvição Sumária (art. 397, CP
· Tese: Mérito (art. 20, CP ex.) --- Pedido: Absolvição Sumária (art. 397, CPP)
Obs.: 
· Pedido Subsidiário: Caso assim não se entenda, que sejam intimadas as testemunhas a seguir arroladas (arrolar 3 testemunhas)
· Não é o momento oportuno para requerer a desclassificação, mas se estiver claro que o crime praticado difere do crime imputado deve-se alegar isso na tese e formular pedidos relacionados à esse crime.
· Não há possibilidade na resposta à acusação de alegarem-se teses relativas a aplicação da pena
Pedido:
“Diante do exposto requer seja anulado o processo “ab inicio”. Caso assim não se entenda, requer seja absolvido sumariamente o réu com fulcro no art. 397, III do CPP. Caso não sejam acolhidas as teses anteriores, requer sejam intimadas as testemunhas a seguirarroladas:
(2 linhas)
Rol de Testemunhas:
1. Nome, qualificação, endereço
2. Nome, qualificação, endereço
3. Nome, qualificação, endereço
Termos em que,
Pede deferimento
Local, data
(3 linhas)
Advogado
OAB nº
Teses na Resposta à Acusação
a) Nulidades (art. 564, CPP)
· Incompetência
· Ilegitimidade 
· Falta de representação ou de requisição do Ministro da Justiça
· Inépcia da inicial (problema na forma e não no conteúdo)
· Falta de justa causa (falta de prova mínima) – trata-se de nulidade e não de absolvição sumária
b) Extinção da punibilidade (art. 107, CP)
· Morte do agente
· Abolitio criminis
· Prescrição - Decadência – Perempção
· Renúncia – Perdão
· Retratação
· Pagamento do tributo – art.83, Lei 9430/97
· Reparação do dano – art. 312, §3º do CP
c) Mérito
· Atipicidade
· Excludente de ilicitude – arts. 23 a 25 do CP
· Excludente de culpabilidade – arts. 21, 22, 26, 28,§1º do CP
· Não cabe na R.A. a doença mental
· Escusa absolutória – art. 181 e art. 348 do CP
DATA: 13/05/2013
FIXAÇÃO DA PENA
SISTEMA TRIFÁSICO – art. 68 do CP 
Classificação das circunstâncias
· Judiciais – art. 59 do CP – Depende do juízo de valor do juiz
· Legais
· Qualificadoras – São as circunstâncias que trazem novos limites expressos para a pena.
· Agravantes e Atenuantes – Agravante (arts. 61 e 62) – Atenuante (arts. 65 e 66).
· Para parte da doutrina, a coculpabilidade pode ser reconhecida como atenuante inominada do artigo 66 do CP. Coculpabilidade é o resultado dos diversos fatores sociais que influenciam a prática criminosa. Se a sociedade influenciou o crime, deverá repartir a censura com o infrator, abrandando a sua pena.
· Causas de Aumento e Diminuição – São aquelas que aumentam ou diminuem a pena em fração
1º FASE – Fixar a pena base: 
· Em um primeiro momento, deverá o juiz fixar os limites da pena, partindo do preceito secundário do tipo ou da qualificadora. Em seguida, deverá o magistrado, partindo do mínimo, fixar a pena base, ponderando as circunstâncias judiciais. A interferência de uma circunstancia judicial na pena depende do prudente arbítrio do juiz. Na primeira fase o juiz não poderá desobedecer os limites fixados.
2º FASE – Fixa a pena intermediária:
· Partindo da pena base, o juiz irá valorar as agravantes e atenuantes. Atenuantes e agravantes também tem a influencia dirigida pelo prudente arbítrio do juiz. A súmula 231 do STJ não permite que sejam transbordados os limites mínimo e máximo.
· Obs.: Para a parte minoritária da doutrina, as atenuantes podem trazer a pena aquém do mínimo, em razão da expressão sempre do art. 65 do CP.
3º FASE – Pena definitiva
· Partindo da pena intermediária, o juiz fará incidir as causas de aumento e diminuição da pena. Na terceira fase, a pena pode trasbordar os limites mínimo e máximo
FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA
Art. 33 do CP
	
	RECLUSÃO
	DETENÇÃO
	P ≤ 4
	Aberto
Exceção:
· Semiaberto
· Fechado
	Aberto
Exceção:
· Semiaberto
	4 < P ≤ 8
	Semiaberto
Exceção:
· Fechado
	Semiaberto
	P > 8
	Fechado
	Semiaberto
Situações excepcionais:
· Reincidência: regime mais grave possível
· Súmula 269 do STJ: Ao reincidente, condenado a pena não superior a 4 anos de reclusão, será possível a fixação de regime semiaberto.
· Circunstancias do caso concreto recomendam regime mais grave: Ex.: sujeito que para cometer um roubo coloca um revolver na boca de uma criança.
· Súmulas 719 e 718 do STF – esclarecem que a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime, não legitima a fixação de regime mais grave do que o recomendado pela quantidade da pena. 
· Súmula 440 do STJ – fixada a pena base no mínimo legal, não pode o juiz aplicar regime mais grave que o indicado pela quantidade da pena, baseando-se na gravidade abstrata do delito.
· Previsão legal de regime inicial fechado
· Lei de Crimes Hediondos
· Comentário: O STF pacificou que o regime inicial fechado da lei de crimes hediondos é inconstitucional, pois viola a individualização da pena.
· Lei do Crime Organizado
· Lei de Tortura
· O art. 387, §2º do CPP – Manda computar na pena que servirá de base para o regime inicial, o tempo de prisão processual.
PENA RESTRITIVA DE DIREITOS:
A pena privativa de liberdade poderá ser substituída por restritiva de direitos se presentes os requisitos (cumulativos):
· Crime sem violência ou grave ameaça dolosa
· Se o crime for doloso, a pena não pode superar a 4 anos – culposo pode ser qualquer pena
· Não pode ser reincidente no mesmo crime doloso
· Circunstâncias favoráveis – art. 44 do CP
SURSIS DA PENA – art. 77 do CP
O objetivo da suspensão condicional da pena do art. 77 do CP é impedir a prisão de curta duração. 
Requisitos:
· Inviável conversão em pena restritiva de direitos
· Pena privativa de liberdade que não supera 2 anos
· Obs.: Se o sentenciado for maior de 70 anos ou gravemente enfermo, o requisito passa a ser pena que não supera 4 anos. São os chamados “sursis etário e humanitário”
· Não pode ser reincidente em crime doloso
· Obs.: Se a condenação anterior for a pena de multa, permite-se o sursis.
· Circunstâncias favoráveis
MEMORIAIS
Encerrada a produção da prova, no rito ordinário, deverá ser aberta oportunidade para debates orais. No entanto, em três situações a lei permite a conversão dos debates orais em memorais escritos:
· Art. 403, caput do CPP - Se deferidas diligencias complementares
· Art. 403, §3º do CPP – Complexidade da causa
· Grande número de acusados
Prazo: 5 dias 
Trata-se de uma peça essencial - A manifestação da defesa nos debates ou em memoriais escritos é essencial. A ausência gera nulidade por cerceamento de defesa.
Peculiaridade:
· Em sede de memoriais, o querelante deve formular pedido expresso de condenação. A ausência gera perempção, extinguindo a punibilidade.
· Nos ritos em que não há previsão de memoriais, deverá ser aplicado o art. 403 do CPP por analogia.
	TESES
	PEDIDOS
	Nulidade
	Anulação
	Extinção da Punibilidade
	Extinção da Punibilidade (só gera a absolvição sumária na Resposta à Acusação)
	Mérito
· Atipicidade
· Excludentes de antijuridicidade
· Excludente de culpabilidade
· Isenção de pena
· Falta de provas
	Absolvição
	Punição Excessiva
	· Desclassificação
· Circunstâncias
· Regime
· Pena restritiva de direitos; OU
· Sursis
PEDIDOS SUBSIDIÁRIOS
· Se houver vítima, deve ser feito o pedido para que o juiz fixe, no mínimo, o valor de eventual indenização.
· Direito de recorrer em liberdade
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ...
Autos n...
					.... , já qualificado nos autos, vem pela presente, por seu advogado infra-assinado, conforme procuração anexa, apresentar MEMORIAIS, com fulcro no art. 403, §3º do Código de Processo Penal., nos termos que passa a expor.
I – DOS FATOS
					(Paráfrase do problema)
II – DO DIREITO
					Há evidente nulidade nos autos
					O fato é atípico. Consta que...
					É evidente o Estado de Necessidade. Possível perceber....
					O réu é inocente..
III – DO PEDIDO
					Ante o exposto, requer seja reconhecida a nulidade a partir da citação, nos termos supra indicados. Subsidiariamente, requer seja absolvido com base no art. 386, ..... do CPP. Ainda em caráter de subsidiariedade, requer seja reconhecida a confissão espontânea e, com a pena fixada no mínimo legal, diminuída em razão da tentativa. Requer, ainda, seja fixado regime aberto e convertida a pena em restritiva de direitos, ou, subsidiariamente, que seja concedido o sursis.
					Requer, ainda, seja fixado valor mínimo de indenização e assegurado o direito de recorrer em liberdade.
Termos em que, 
Pede deferimento
Local/data
Advogado...
OAB n ...
DATA: 14/05/2013
PROBLEMA N. 08 – LIVRO DE PRÁTICA PENAL - MEMORIAIS
Antônio é presidente de um grande clube na cidade de Belo Horizonte, com mais de três mil sócios, onde existem piscinas, salão de festas, campo de futebol etc. O clube é frequentado por muitos jovens da localidade. O garoto Cipriano, sem perceber que o nível da água de uma das piscinas estava baixo, lá jogou-se parabrincar. Ao mergulhar, Cipriano bateu a cabeça no fundo da piscina e veio a falecer. O presidente do clube, Antônio, está sendo agora processado criminalmente perante a 1ª Vara Criminal da Capital, em razão da aceitação da denúncia formulada pelo Ministério Púbico, acusando-o da prática da figura prevista no art. 121, §3º, do Código Penal. Antônio não aceitou a suspensão processual, que lhe foi proposta pelo Órgão Ministerial. A ação penal está tramitando, tendo admitido o juiz a conversão dos debates orais em memoriais. A acusação reiterou o pedido da condenação.
Questão: Na condição de advogado de Antônio, atue em favor do constituinte.
· Cliente: Antônio
· Crime: art. 121, §3º
· Rito: Sumário
· Ele não aceitou a suspensão condicional do processo
· Fase: Memoriais
· Vara: 1ª Vara Criminal de BH
Peça: Memoriais – art. 403, §3º do CPP
Competência: Juiz da 1ª Vara Criminal de BH
Tese: 
a) Art. 13, §2º do CP – Absolvição: art. 386, III do CPP
b) Pena no mínimo legal (art. 59, CP)
c) Pena Restritiva de Direito (art. 44, CP)
d) Regime aberto (art. 33, §2º do CP)
e) Fixação da indenização no mínimo legal (art. 387, IV, CPP)
f) Direito de recorrer em liberdade (art. 387, §1º do CPP)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE - MG
(5 linhas)
						ANTÔNIO, já qualificado nos autos do processo crime nº .., por intermédio de seu advogado, que por esta subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 403, §3º do Código de Processo Penal, apresentar MEMORIAIS, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – DOS FATOS
						É atribuída ao acusado a conduta descrita no art. 121, §3º do Código Penal. Isso porque, segundo a acusação, a vítima Cipriano morreu em decorrência de pular em uma piscina sem água suficiente.
						O acusado recusou a proposta de suspensão condicional do processo e, em audiência, os debates orais foram convertidos em memoriais escritos.
						Antônio foi acusado pelo Ministério Público pela prática do crime de homicídio culposo, conforme art. 121, §3º do CP, tendo em vista que Antônio é presidente de um grande clube desta cidade e, por uma fatalidade, o garoto Cipriano, sem perceber que o nível da água de uma das piscinas estava baixo jogou-se e, ao mergulhar, bateu a cabeça no fundo da piscina e veio a falecer.
						Diante disso, a denúncia foi recebida. Antônio não aceitou a proposta de suspensão condicional do processo.
						Ao término da Audiência de Instrução, Vossa Excelência permitiu que se manifestassem as partes por escrito nos termos do §3º do artigo 403 do Código de Processo Penal.
II – DO DIREITO
						O acusado deve ser absolvido com fundamento no art. 386, III do CPP.
						O presente caso versa sobre tema fundamental do direito penal, qual seja, a responsabilidade subjetiva.
						No caso em tela, o acusado não pode ser responsabilizado penalmente, pois a sua conduta é atípica. 
						Ora Excelência, a conduta do acusado é omissiva e neste caso, para ser responsabilizado, somente se resistentes as hipóteses do art. 13, §2º do Código Penal (transcrever o artigo de forma recuada).
						O presidente do clube não tem obrigação legal de cuidado, proteção e vigilância. Da mesma forma, não assumiu a responsabilidade de impedir o resultado. E tampouco, houve comportamento anterior que criasse o risco de ocorrência do resultado.
						Dessa forma o acusado deve ser absolvido, com fundamento no art. 386, III do CPP. No entanto, caso não seja este o entendimento, há pedidos subsidiários à serem observados por Vossa Excelência.
						Na remota hipótese de condenação, deve a pena ser fixada no mínimo legal, nos termos do art. 59 do Código Penal. 
(Com os dados do acusado) O acusado é primário, tem bons antecedentes e, por isso, a pena deve ser fixada no mínimo legal
(Sem dados do acusado) A pena deve ser fixada nos termos do art. 59 do CP, em seu patamar mínimo. Isto porque, não há nenhuma circunstância desfavorável do art. 59 do CP.
						Também em caso de condenação, deve haver a substituição por pena restritiva de direito, conforme art. 44 do CP. Com efeito, trata-se de crime culposo, com réu não reincidente em crime doloso e com as circunstancias do art. 59 do CP favoráveis.
						Da mesma forma, tendo em vista o montante da pena fixada, o único regime inicial possível é o aberto, nos termos do art. 33, §2º, “c” do CP.
						Por fim, em caso de fixação de indenização, deve ser no mínimo legal (art. 387, IV do CPP), reconhecendo-se, ao acusado, o direito de recorrer em liberdade (art. 387, §1º do CPP).
III – DO PEDIDO
						Diante do exposto, requer a absolvição do acusado, com fulcro no art. 386, III do CPP, tendo em vista a conduta praticada ser atípica. Subsidiariamente, caso entenda de forma diversa, requer a condenação no mínimo legal, com fulcro no artigo 59 do CP. Ainda, subsidiariamente, caso não seja este o entendimento, requer a substituição para pena restritiva de direito, conforme art. 44 do CP. 
Ante o exposto, requer seja julgado improcedente o pedido absolvendo-se o acusado com fundamento no art. 386, III do CPP. Caso não seja este o entendimento, requer a fixação de PRD (44), regime inicial aberto (33), fixação da indenização no mínimo legal (387, IV), pena no mínimo legal (59) e direito de recorrer em liberdade (art. 387, §1º), como medida de justiça.
APELAÇÃO
1. CABIMENTO – art. 593 do CP
a) Art. 583, I – sentença absolutório ou condenatória
· ATENÇÃO – Nas hipóteses envolvendo crime político, da sentença cabe Recurso Ordinário Constitucional para o STF – art. 102, II, “b” da CF
b) Art. 593, II – decisões definitivas ou com força de definitivas
Hipóteses de Cabimento
· Decisão do juiz que julga o pedido de restituição de coisa apreendida
· Se a decisão for o delegado caberá não será apelação, mas sim Mandado de Segurança
· Decisão do juiz que indefere o pedido de levantamento do sequestro – art. 131 do CPP
· Decisão do juiz que não homologa o laudo nos crimes contra a propriedade imaterial – art. 528 do CPP
Fundamento da Apelação – Preâmbulo – art. 593 do CPP 
2. PRAZO DA APELAÇÃO
· Art. 593 do CPP
· Art. 600 do CPP
· Art. 82 da Lei 9.099/95
· Art. 598 do CPP
a) Regra
· Interposição – 5 dias
· Razões – 8 dias
b) Exceção
· JECrim – 10 dias – Peça única
2.1 Termo a quo da apelação
· Sentença - É intimado o:
· Réu
· Advogado
A contagem se dá a partir daquele que foi intimado por último, seja o réu ou o advogado.
2.2 Assistente da Acusação
· Habilitado – Prazo geral do CPP
· Não estiver habilitado – Art. 598, §único do CPP – 15 dias
ATENÇÃO – O prazo para o assistente de acusação começa imediatamente após o prazo do MP se encerrar.
3. FORMALIDADES DAS PEÇAS
3.1 Interposição
· Endereçamento – juízo a quo
· Interpor
· “Requer seja recebida e processada a presente apelação e encaminhada, com as inclusas razões, ao Egrégio Tribunal de Justiça.
3.2 Razões
Apelante:
Apelado:
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Douto Procurador de Justiça
I - DOS FATOS
II – DO DIREITO
III – DO PEDIDO
4. TESES E PEDIDOS
a) nulidade – nulidade
b) extinção da punibilidade – declara extinta a punibilidade
c) autoridade arbitrária – concessão do direito subjetivo negado
d) mérito – absolvição/desclassificação
ATENÇÃO
· Ficar atento para vício na sentença
· Tomar cuidado com pedido de desclassificação, pois podem surgir teses a partir da desclassificação, por exemplo, a prescrição
· Art. 617 do CPP – vedação da reformatio in pejus – recurso exclusivo da defesa – requer que, ao menos, volte a situação anterior
PROBLEMA N. 15 – PG. 355 – LIVRO DE PRÁTICA – RECURSO DE APELAÇÃO
Estudar
· Art. 386 do CPP - Art. 383 e 384 do CPP
DATA: 15/05/2013
APELAÇÃO
Interposição – Juízo “a quo”
· Juiz Estadual
· Juiz Federal
· Juiz do JECrim – crimes cuja pena máxima não excede 2 anos
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ..
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ... VARA CRIMINAL DA JUSTIÇA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIADE ...
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUÍZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE ...
Razões – Juízo “ad quem
· Tribunal de Justiça
· Tribunal Regional Federal
· Turma Recursal
Art. 593, I do CPP – REGRA GERAL
PRAZO
· Interposição – 5 dias – da intimação
· Razões – 8 dias – da intimação
· JECrim – 10 dias para interpor + razões (Art. 82, Lei n. 9.099/95)
Prazo Processual
· Começa a contar no próximo dia útil a partir da intimação
· Se o prazo terminar no sábado, domingo ou feriado, prorroga-se para o próximo dia útil
1º SITUAÇÃO
a) O réu foi condenado
b) Advogado foi intimado
Fazer peça de interposição (art. 593, CPP) + Razões
2º SITUAÇÃO
a) O réu já foi condenado
b) Recurso já foi interposto (o réu já manifestou seu inconformismo)
Fazer petição de juntada das razões (art. 600 do CPP) + Razões
CABIMENTO PRINCIPAL
Art. 593, I, CPP
· Apelação contra sentença
· Sentença Condenatória
· Sentença Absolutória – A defesa poderá recorrer contra sentença absolutória para alterar sua fundamentação. Ex.: réu é absolvido, porém ocorre uma absolvição impróprio (inimputáveis – juiz aplica uma medida de segurança)
PROBLEMA N. 15 – PG. 355 – LIVRO DE PRÁTICA – RECURSO DE APELAÇÃO
PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE RECIFE - PE
					XISTO, já qualificado nos autos do processo crime nº ..., por seu advogado que esta subscreve, inconformado com a respeitável decisão que o condenou a pena de 22 anos de reclusão, respeitosamente se faz presente ante Vossa Excelência para interpor o presente recurso de APELAÇÃO, com fulcro no artigo 593, I do Código de Processo Penal.
					Requer seja o presente recurso recebido e processado, com as inclusas razões, a serem encaminhadas ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco.
Nesses termos,
pede deferimento
Local, data
Advogado...
OAB ...
PETIÇÃO DE JUNTADA DAS RAZÕES
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE RECIFE – PE
					XISTO, já qualificado nos autos do processo crime nº ..., por seu advogado que esta subscreve, respeitosamente se faz presente ante Vossa Excelência para requer a juntada das inclusas RAZÕES DE APELAÇÃO, com fulcro no art. 600, caput, do Código de Processo Penal.
					Requer seja o presente recurso devidamente processado, com as inclusas razões, a serem encaminhadas ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco.
Nesses termos,
pede deferimento
Local, data
Advogado ...
OAB ...
TESES E PEDIDOS DE UMA APELAÇÃO
1. NULIDADE
· Incompetência
· Cerceamento de defesa
2. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
· Prescrição
· Decadência
· Renúncia
3. MÉRITO
a) Absolvição – art. 386 do CPP
· I – inexistência do fato – o fato não aconteceu
· II – dúvida sobre a existência do fato 
· III – fato não constitui crime – fato atípico
· IV – certeza da não autoria – o crime aconteceu, mas com certeza o réu não teve participação
· V – dúvida sobre a autoria
· VI – excludente da ilicitude ou da culpabilidade – legítima defesa, estado de necessidade – inimputabilidade, inexigibilidade de conduta diversa
· VII – insuficiência de provas – para o réu ser condenado, o juiz tem que ter certeza
Absolvição melhor - Impedem a ação civil “ex delicto” – Inciso I, IV e VI (primeira parte – excludente da ilicitude)
b) Desclassificação - É a condenação por um crime menos grave
· Desclassificação simples
· Desclassificação da qual decorrem hipóteses de nulidade
· Exemplos:
· Ilegitimidade de parte – Crime de Extorsão (Ação Penal Pública - MP) é desclassificado por Exercício Arbitrário das Próprias Razões (Ação Penal Privada – Queixa-crime)
· Incompetência – Extorsão (rito ordinário – vara criminal) – exercício arbitrário das próprias razões (rito sumaríssimo – JECrim)
· Ausência de um benefício – Roubo (4 a 10 anos) – Furto (1 a 4 anos – Cabe suspensão condicional do processo – art. 89 da Lei 9.099/95)
c) Pena
· Pena mínima - aplicando-se circunstâncias atenuantes (art. 65 do CP), causas de diminuição de pena, afastando-se agravantes etc.
· Regime inicial mais brando (art. 33 do CP) 
· Substituição por pena restritiva de direitos (art. 44 do CP), OU
· Suspensão condicional da pena (art. 77 do CP)
· Redução do valor da reparação do dano (art. 387 do CPP)
· Direito de recorrer em liberdade (art. 5º, LVII da CF) – Todo réu é inocente até a sentença condenatória transitada em julgado.
PROBLEMA N. 15 – PG. 355 – LIVRO DE PRÁTICA – RECURSO DE APELAÇÃO
TESES DO PROBLEMA:
a) Nulidade – Não há tese de nulidade
b) Extinção da punibilidade – Não há tese de extinção da punibilidade
c) Mérito
· Absolvição – não há possibilidade com os elementos do problema
· Desclassificação 
· Art. 29, §2º do CP – Participação Dolosamente Distinta
· O crime que ele queria praticar é Furto Qualificado (art. 155, §4º, I e IV do CP)
· Pena mínima
· Processos em andamento não constituem maus antecedentes (art. 5º, LVII, CF – Princípio da Presunção de Inocência) – Súmula n. 444 do STJ (inquéritos e processos em andamento não constituem maus antecedentes)
· Pena mínima de 2 anos para o furto qualificado
· Regime inicial mais brando – Art. 33, §2º, “c” do CP – Regime inicial aberto
· Substituição por pena restritiva de direitos (art. 44 do CP) – Condenações até 4 anos. OU
· Suspensão condicional da pena (art. 77 do CP)
· Direito de recorrer em liberdade
REVISÃO CRIMINAL
Art. 621 e seguintes do CPP
· Não está prevista da Constituição Federal
· É uma espécie de “Ação Rescisória” no processo penal
· Cabe após o trânsito em julgado da sentença
· Na Revisão Criminal não há prazo – pode ser ajuizada até depois da morte do réu
· Só cabe Revisão Criminal em favor do réu – não existe revisão criminal pro societatis
· Art. 621 do CPP – Segundo o CPP, cabe Revisão Criminal após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
· Cabe também, Revisão Criminal, contra sentença absolutória imprópria
· Não cabe 
· Em caso de sentença absolutória própria, para mudar a fundamentação (na apelação é possível)
· Contra sentença que declara a extinção da punibilidade – A sentença que declara a prescrição não é condenatória e nem absolutória, mas apenas declaratória de extinção da punibilidade.
· Quem pode ajuizar a Revisão Criminal - Art. 623 do CPP
· Próprio réu – há o entendimento de que foi revogado pelo art. 1º do EOAB.
· Defensor habilitado
· Em caso de morte do réu, o CADI.
· Cabimento da Revisão Criminal – Art. 621 do CPP
· I – quando a condenação contrariar a Lei ou a prova dos autos – 1º
· II – a sentença condenatória baseou-se em prova comprovadamente falsa – 2ª
· III – após a condenação, surgem provas da inocência da inocência do réu ou que diminuem a pena (não requer a produção de provas, mas já entra com toda a documentação pronta) – 1º
· Competência
· Revisão criminal contra acórdão de Tribunal – será julgada pelo próprio Tribunal – endereça para o Presidente do Tribunal.
· Revisão criminal contra sentença do Juiz – será julgada pelo Tribunal Estadual ou Tribunal Regional Federal – para o Presidente do Tribunal.
· Pedido
· Art. 626 do CPP - Todos os pedidos de uma Apelação.
· Art. 630 do CPP – Reconhecimento do direito à indenização por erro judiciário.
DATA: 16/05/2013
PROBLEMA N. 35 – LIVRO DE PRÁTICA PENAL – REVISÃO CRIMINAL
“A” foi processado e condenado a 4 (quatro) anos de reclusão por ter exposto à venda produto alimentício adulterado, crime previsto no art. 272 do CP. A sentença baseou-se em auto de infração elaborado pela autoridade sanitária. Não há nos autos qualquer laudo. “A” encontra-se preso, tendo a sentença transitado em julgado.
Questão: Elaborar peça processual visando resolver a situação de “A”, justificando a medida proposta.
ESQUELETO:
· Cliente: “A”
· Crime: art. 272, CP
· Pena: reclusão de 4 a 8 anos e multa
· Ação penal pública incondicionada
· Procedimento: comum ordinário
· “sursis” processual: não cabe
· Peça: Revisão Criminal – art. 621, I do CPP
· Endereçamento: Tribunal de Justiça (Presidente)
· Teses:
· Nulidade: art. 564, III, “b”do CPP c/c art. 158 do CPP
· Mérito: falta de prova da materialidade
· Pedido: 
· Procedência: art. 626, CPP
· Anulação: art. 564, CPP
· Absolvição: art. 386, II do CPP
· Pedir alvará de soltura
· Requerer indenização por erro judicial
· Fixe regime inicial aberto
· Substituir PPL para a PRD
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ...
		“A”, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador do documento de identidade RG nº ... , inscrito no CPF sob o nº ..., residente e domiciliado na Rua ..., nº ..., por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato incluso – doc. 1), não se conformando com a sentença já transitado em julgado (doc. 2) que o condenou como incurso no delito do artigo 272 do Código Penal, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor REVISÃO CRIMINAL, nos termos do art. 621, I do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – DOS FATOS
		“A”, ora Revisionando, foi processado e condenado pela prática do crime de expor à venda produto alimentício adulterado, tendo sido a sentença já transitado em julgado.
		Ocorre, porém, que “A” foi processado e condenado a 4 anos de reclusão pelo crime previsto no art. 272 do CP, porém, a sentença baseou-se apenas no auto de infração elaborado pela autoridade sanitária, o qual não apresentou qualquer laudo.
		Atualmente “A” encontra-se recolhido em estabelecimento prisional.
II – DO DIREITO
		A decisão que condenou o requerente com trânsito em julgado, ao cumprimento de 4 (quatro) anos de reclusão, não pode subsistir.
		
a) Preliminarmente
		O art. 158 do Código de Processo Penal determina que, quando o crime deixar vestígio, será indispensável a realização de exame de corpo de delito, direto ou indireto.
		No caso dos autos, o juiz se baseou em mero auto de infração elaborado pela autoridade sanitária para condenar o requerente, sem que houvesse sido realizado qualquer exame pericial. 
		Assim, a ausência de exame de corpo de delito impõe o reconhecimento de nulidade processual, de acordo com o disposto no art. 564, III, “b” do Código de Processo Penal, cabendo, ainda, salientar a inexistência de qualquer prova supletiva da perícia.
b) Mérito
		Caso não seja acolhida a nulidade sustentada, cumpre reconhecer que a ausência de corpo de delito igualmente acarreta a absoluta falta de prova da materialidade do crime.
		Tendo em vista que o ônus da prova da existência do fato imputado incumbe à acusação (art. 156, caput do CPP), e considerando o princípio da presunção de inocência (art. 5º, LVII da CF e art. 8º, n. 2 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos – Dec. 678/92), deve ser o requerente absolvido.
		Subsidiariamente, caso mantida a condenação do requerente, postula-se a fixação de regime inicial aberto, em face de a quantidade de pena ser de 4 (quatro) anos e o condenado ser primário (art. 33, §2º, “c” do CP).
		Requer, ainda, em face da quantidade de pena aplicada, bem como da ausência de violência ou grave ameaça à pessoa, a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, conforme possibilita o art. 44 do CP, especialmente do seu I.
III – DO PEDIDO
		Ante o exposto, requer a procedência do presente pedido, nos termos do art. 626 do CPP, para a anulação do processo, com fundamento no art. 564, III, “b” do CPP. 
		Caso assim não entendam Vossas Excelências, requer a absolvição, com fulcro no art. 386, II do CPP. Subsidiariamente, caso mantida a condenação do requerente, pugna-se pela fixação de regime inicial aberto e a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, expedindo-se, em qualquer dos casos, o respectivo alvará de soltura.
		Requer, ainda, o reconhecimento do direito à indenização por erro judiciário, com base no art. 5º, LXXV da CF, e art. 630 do CPP.
Termos em que,
Pede deferimento
Local e data
Advogado...
OAB...
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
· Tem cabimento taxativo e isso significa que exigir-se previsão legal específica – art. 581 do CPP (o artigo não é taxativo, existe previsão de RESE em lei penal extravagante) 
ART. 581 DO CPP
· I – que não receber a denúncia ou queixa – rejeição de denúncia ou queixa – no caso de ser advogado do ofendido se a queixa foi rejeitada – a decisão que receber denúncia ou queixa é uma decisão irrecorrível (cabe HC) – RESE para Tribunal
· Exceção: JECrim – cabe Apelação para a Turma Recursal (art. 82 de Lei n. 9.099/95)
· II – que conclui pela incompetência do juízo – decisão de desclassificação – art. 419 do CPP – fim da primeira fase do Júri.
· IV – que pronunciar o réu
· VIII – que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade – Acusação
· Ação penal privada – advogado do ofendido que ajuizou queixa
· RESE subsidiária – vítima pode propor em Ação penal pública – art. 584 , §1º do CPP
· IX – que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade – Defesa 
			
OBS.: Se a decisão que tratar de extinção da punibilidade for proferida na fase de execução penal, passa a caber Recurso de Agravo em Execução Penal (art. 197, LEP)
· X – que conceder ou negar a ordem de habeas corpus – ele foi concedido ou negado em 1º grau 
· Se foi decisão oriunda do Tribunal (Tribunal denega HC) – cabe Recurso Ordinário Constitucional – ROC (vai ser julgado pelo STF [se for negado HC em Tribunal Superior] ou STJ [se quem denegou o HC foi o TJ ou TRF]) – é peça privativa de defesa – apenas caberá se for denegado o HC
PRAZO: 
· Interposição: 5 dias
· Razões: 2 dias – art. 588 do CPP
· Contrarrazões: 2 dias
· Após razões e contrarrazões – Juízo de retratação: reforma ou mantém a decisão (art. 589, caput do CPP) – se reformar a decisão completamente, não sobe para o Tribunal – se mantiver a decisão, encaminha para o Tribunal competente – Efeito regressivo (iterativo, diferido): faz voltar para o juiz que proferiu a decisão para reapreciar em juízo de retratação
Requerimento petição de interposição - Requer seja recebido, processado e, caso seja mantida a decisão recorrida em juízo de retratação (art. 589, caput, do CPP), seja encaminhado, com as inclusas razões, ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de ...
Foram revogados tacitamente – Cabe Agravo em Execução – Rito do RESE
· Art. 581, CPP
· XI – revoga “sursis
· XII – concede, nega, revoga livramento condicional
· XVII – unificação de penas
· XIX ao XXIII – medida de segurança
· XXIV – REVOGADO COMPLETAMENTE
DATA: 20/05/2013
TRIBUNAL DO JURI
	
Origem – O direito a ser julgado pelos pares
Princípios constitucionais do Júri – art. 5º, XXXVIII do CF
· Plenitude de defesa – É mais intensa que a ampla defesa – gera um desiquilíbrio em prol da defesa. Permite que o jurado, partindo da íntima convicção, absolva por argumentos emocionais, sociais e de política criminal. Maximiza todas as reações da ampla defesa. Dentre as manifestações de desiquilíbrio em prol da defesa, estão o entendimento que é possível tréplica sem réplica e a possibilidade de dissolução do conselho de sentença se o juiz entender que o réu está indefeso.
· Sigilo das votações – É o que baseia a incomunicabilidade dos jurados. É o que permite a sala secreta, mesmo diante da publicidade dos julgamentos. A alteração legislativa veio acentuar o sigilo que era quebrado nas votações unânimes. 
· Soberania dos vereditos – A vontade dos jurados não pode ser, a princípio, afrontada pelo juiz togado, ou pelo Tribunal. O princípio é mitigado pela possibilidade de desconsideração do julgamento, no mérito, em grau de recurso, ainda que uma só vez. O princípio também pode ser mitigado pela controversa possibilidade de revisão criminal, que desde logo, possa absolver o peticionário ou afastar qualificadora. Justificativa: a soberania dos vereditos é garantia individual prevista no art. 5º da CF. É proteção do indivíduo contra o Estado e não poderia ser usada contra o indivíduo obstando a possibilidade de absolvição em revisão criminal, se cabível.Em suma, uma garantia individual não pode prejudicar o direito individual à liberdade. 
· Competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida – Competência mínima para os crimes dolosos contra a vida . A competência pode ser ampliada e foi, na legislação brasileira que abrange os crimes conexos.
			
			Homicídio 
			Infanticídio
 Colaboração ao Suicídio
			Aborto
A Súmula 603 do STF esclarece que a competência para o julgamento do latrocínio é o juiz singular.
PROCEDIMENTO
Denúncia ou Queixa
Testemunhas – 8
Recebimento
Citação
Resposta à acusação – Está prevista no art. 406 do CPP – o §3º dispõe que a defesa poderá alegar toda a matéria
· Controverso o cabimento da absolvição sumária do art. 397 do CPP no procedimento do júri
· Contra – não cabe, pois será possível a absolvição sumária ao final da audiência de instrução do art. 411. Não há sentindo em permitir duas absolvições (sumárias). Além disso, o art. 394, §3º do CPP manda aplicar ao procedimento do júri, os arts. 406 a 497 do CPP, excluindo assim, o 397 do CPP
· Favorável – os fundamentos da absolvição sumária do art. 397, não são idênticos aos previstos no art. 415, que trata da absolvição sumária ao final da primeira fase do rito do júri. Além disso, se presentes as causas do art. 397, não faria sentido desperdiçar energia processual para só absolver após a audiência. Por fim, o art. 394, §4º do CPP, manda aplicar os arts. 395 a 398 à todos os “procedimentos de 1º grau”, dentre os quais se inclui o júri. Na OAB seguir o entendimento favorável, inspirado na plenitude de defesa
· Lembrar que a absolvição sumária que pode ser pedida na resposta à acusação do art. 406 do CPP é a prevista no art. 397 do CPP.
· Não pode arguir o art. 415 do CPP na R. A.
Acusação – Réplica
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
· Endereçar ao juiz da Vara do Júri
· Fundamentar cabimento no art. 406 do CPP
· Teses e Pedidos
· Nulidade – Anulação “ab initio”
· Atipicidade – Absolvição sumária (art. 397 do CPP)
· Excludentes de antijuridicidade – Absolvição sumária (art. 397 do CPP)
· Culpabilidade – Absolvição sumária (art. 397 do CPP)
· Isenção de pena – Absolvição sumária (art. 397 do CPP)
· Extinção da punibilidade – Absolvição sumária (art. 397 do CPP)
· Requerimento de testemunhas e outras provas se houver, com base no art. 406, §3º do CP
Juízo sobre absolvição sumária – negativo
Audiência de Instrução e Julgamento
MEMORIAIS
· Decisões possíveis ao final da 1ª fase do procedimento do júri:
· Pronúncia – Prova de materialidade e indícios suficientes de autoria
· Excesso de linguagem: o juiz ao pronunciar deve se ater a constatação da materialidade e dos indícios de autoria. A afirmação da certeza de autoria ou o uso indevido de adjetivos gera excesso de linguagem que anula a pronuncia, nos termos do art. 413, §1º do CP. 
· In dubiu pro societatis – para a doutrina tradicional, prevalece no juízo de pronúncia, pois na dúvida sobre a culpa, o réu deverá ser pronunciado. Para a doutrina moderna, não existe in dubio pro societatis no direito brasileiro. O raciocínio anterior está errado, pois o juiz, nesta fase, não busca a certeza da culpa e por isso não ter dúvida sobre ela. O objetivo do juiz é a certeza da materialidade e da suficiência dos indícios de autoria. Na dúvida, deve ser afastada a pronúncia (impronúncia) com a aplicação do in dubio pro réu
· Impronúncia – art. 414 do CPP – Não se convencendo da materialidade ou indícios suficientes de autoria, o juiz impronunciará o acusado. Nesse caso, enquanto não extinta a punibilidade, o art. 414, §único, permite que seja formulada nova acusação, se houver prova nova.
· Prova nova: É a que não consta nos autos originais e versa sobre ponto não esclarecido, capaz de influir no convencimento do julgador sobre a autoria e materialidade.
· Absolvição sumária – art. 415 do CPP – A absolvição sumária do art. 415 do CPP, só será possível a partir dos memoriais.
· Hipóteses do art. 415 do CPP
· Provada a inexistência do fato 
· Provado não ter colaborado com o fato
· Atipicidade
· Excludentes de antijuridicidade
· Culpabilidade ou Isenção de pena
· Obs.: Nos termos do art. 415, §único, só será possível a absolvição sumária imprópria (que impõe medida de segurança) se for a única tese defensiva, a inimputabilidade
· Desclassificação – Se reconhecida a desclassificação para crime não doloso contra à vida, o juiz deverá reconhecer a incompetência do júri e remeter os autos ao juiz competente. É possível a desclassificação para outro crime doloso contra a vida, caso em que, se desnecessária mutatio libelli, o juiz desde logo, pronunciará o réu
Contra decisão de pronúncia e desclassificação para crime que não é da competência do tribunal do júri, cabe RESE – se for desclassificação é o art. 581, II do CPP – se for pronúncia é o art. 581, IV do CPP
Contra a impronúncia ou absolvição sumária, cabe Apelação – art. 416 do CPP e art. 593, I do CPP
DATA: 21/05/2013
PROBLEMA 43
01. Felício
02. 121 – 6 a 20 anos
03. Ação Penal Pública Incondicionada
04. Júri
05. SP não
06. pronúncia
07. RESE
08.
09. Não houve crime doloso
· art. 18 do CP
· art. 129, §3º do CP
10. Desclassificação – juiz singular – art. 419, CPP
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DO JURI DA COMARCA DE ...
NOME, já qualificado nos autos do processo crime nº... que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado que por esta subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, não se conformando com a decisão de denúncia, interpor RESE com fulcro no art. 581, IV do CPP, 
Requer que o presente recurso seja recebido e processado, se não houver o juízo de retratação (art. 589 do CPP), que os autos sejam remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça .
Recebimento, Retratação e Remessa
Termos em que, pede deferimento
Local e data
Advogado...
OAB...
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Recorrente:
Recorrido
Autos sob o nº...
Egrégio Tribunal de Justiça
Colenda Câmara
Douto Procurador de Justiça
Em que pese o notável saber jurídico do douto juiz “a quo”, merece reforme a respeitável decisão de pronúncia, 
I – DOS FATOS
II – DO DIREITO
A respeitável decisão de pronúncia não pode manter-se uma vez que o recorrente não praticou crime doloso contra a vida, como a seguir restara cabalmente demonstrado.
O recorrente foi pronunciado pelo crime de homicídio doloso. Conforme a reza o art. 18, haverá dolo sempre que o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. O ordenamento jurídico brasileiro, prevê portanto, o dolo direto e o eventual. Para o dolo direto vigora a Teoria da Vontade. Para o dolo eventual a Teoria da Assunção. De todo modo, para que se considere dolosa, a conduta deve implicar, no mínimo a assunção do risco de produzir o resultado lesivo.
No caso em tela, resta evidente que o recorrente não quis e, tampouco assumiu o risco de produzir a morte da vítima. A própria forma com que a conduta foi praticada, ou seja, o ato de desferir de lado e sem muita força um golpe com uma raquete de tênis, durante intensa discussão, revela que não havia qualquer intenção de matar. Ao contrário, a conduta imputada ao recorrente, amolda-se, quanto muito, ao tipo previsto ao art. 129, §3º do CP, ou seja, lesão corporal seguida de morte, uma vez que a intensão era apenas lesionar e jamais provocar a morte.
Dessa forma, exsurge cristalina a inadequação da respeitável decisão que pronunciou o recorrente, motivo pelo qual impõe-se a sua reforma.
III – DO PEDIDO
Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, desclassificando-se a infração e remetendo-se os autos ao juiz singular, conforme art. 419 do CPP.
2ª FASE DO TRIBUNAL DO JURI
Oferecimento de testemunhas da acusação (art. 422 – 5 testemunhas) --- oferecimento de testemunha de defesa (art. 422 – 5 testemunhas) --- pedido de desaforamento (art. 427/428) --- sentença no plenário – apelação (art. 593, III do CPP)
Apelação no Júri – art. 593 do CPP
a) Nulidade – Anulação
art. 564, III ... – Anulação do julgamento
d) Decisão dos jurados – Pedido: Novo julgamento(Art. 593, §3º)
c) Erro ou injustiça na aplicação da pena ou da medida de segurança – Pedido de Retificação da sentença (art. 593, §2º)
- pena base
- atenuantes/agravantes
- quantum das causas de aumento e diminuição
- concurso de crimes
b) quando a decisão do juiz for contrária a lei ou decisão dos jurados
DATA: 22/05/2013
CARTA TESTEMUNHÁVEL
Fundamento legal – art. 639, CPP (azul)
Finalidade – fazer subir um recurso denegado
Cabimento – contra decisão que nega seguimento ao recurso em sentido estrito e ao agravo em execução
Prazo – 48 horas (2 dias)
· começa a contar no próximo dia útil a partir da intimação
Interposição – Escrivão chefe do cartório
Razões – Tribunal
Admite juízo de retratação – art. 645 c/c 589 do CPP
· 3 recursos que admitem juízo de retratação (efeito regressivo – efeito iterativo)
· RSE
· Agravo em execução
· Carta testemunhável
Na interposição, a parte deve requerer o traslado de algumas peças (5 peças)
Pedidos
· Que o RSE ou agravo em execução seja recebido e processado
· 644, CPP (preto) – se o Tribunal entender que a Carta está bem instruída, poderá julgar o mérito do recurso denegado
Partes
· Testemunhante / Testemunhada
· Recorrente / Recorrido
MODELO DE CARTA TESTEMUNHAVEL
ILUSTRÍSSIMO SENHOR DIRETOR CHEFE DO ... OFÍCIO CRIMINAL DA COMARCA DE ...
	Fulano de tal, já qualificado nos auto do processo nº ..., por seu advogado que esta subscreve, inconformado com a respeitável decisão que negou seguimento ao seu Recurso em Sentido Estrito, respeitosamente se faz presente ante Vossa Senhoria, para requerer a extração da presente CARTA TESTEMUNHAVEL, com fulcro no art. 639, CPP.
	Requer sejam transladadas as seguintes peças:
· Decisão que ensejou a RSE
· Certidão de intimação da 1ª decisão
· RSE
· Negou seguimento ao RSE
· Certidão de intimação da 2ª decisão
		Caso o magistrado não se retrate (art. 645, c/c 589, ambos do CPP), requer seja o presente recurso recebido e processado, com as inclusas razões, a serem encaminhadas ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de ...
Termos em que,
pede deferimento.
Local e Data
Advogado...
OAB...
Razões de Carta Testemunhável
Testemunhante: Fulano
Testemunhada: Justiça Pública 
Processo nº ...
Egrégio Tribunal de Justiça
Colenda Câmara
Douta Procuradoria
		
	Em que pese o indiscutível saber jurídico do douto magistrado “a quo”, merece ser reformada sua decisão, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – DOS FATOS
II – DO DIREITO
	No RSE ou no Agravo em Execução, o juízo “a quo” é responsável pelo juízo de retratação, e não pelo juízo de admissibilidade que, nesses recursos é de responsabilidade do Tribunal.
	Além disso, todos os pressupostos recursais estão presentes.
Pressupostos recursais:
· Cabimento
· Adequação
· Tempestividade
· Regularidade
· Legitimidade
· Interesse recursal
III – DO PEDIDO
	Diante do exposto, requer seja o presente recurso conhecido e provido, a fim de que o RSE que foi denegado seja devidamente recebido e processado.
	Outrossim, caso o Tribunal entenda que a presente Carta está bem instruída, requer seja julgado o mérito do recurso denegado, nos termos do art. 644 do CPP.
EMBARGOS INFRINGENTES
Fundamento legal – 609, §único do CPP 
É o único recurso exclusivo da defesa
Prazo – 10 dias
Cabimento: Contra acórdão não unânime de Apelação, RSE e Agravo em Execução
2 peças
· Interposição – para o Desembargador Relator do Acórdão
· Razões – próprio Tribunal
Pedidos: 
· Somente pode ser pedido o que foi concedido no voto vencido + 
· Matérias cognoscíveis (que podem ser reconhecidas de ofício) de ofício (causas de extinção da punibilidade, ex.: prescrição – nulidade absoluta)
Se o único objeto da divergência é a nulidade do processo, os embargos recebem o nome de Embargos de Nulidade
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO ACÓRDÃO Nº ..., DA ... CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ...
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Quem julga? Mesmo juiz ou tribunal que decide
Fundamento legal
· Juiz – art. 382, CPP
· Tribunal - art. 619, CPP
· JECrim – art. 83, Lei 9.099/95
Prazo – São opostos em 2 dias (verbo opor) – 5 dias no JECrim
1 peça
· Juiz Estadual (juiz da vara)
· Juiz Federal
· Juiz do JECrim
· Tribunal (Desembargador Relator do Acórdão)
Cabimento – art. 382/619, CPP
· Contradição
· Omissão
· Ambiguidade (dúvida – Lei n. 9.099/95)
· Obscuridade
A oposição dos embargos de declaração INTERROMPE o prazo dos demais recursos 
No JECrim SUSPENDE o prazo
Pedido – que seja suprida a contradição, a omissão, a ambiguidade ou obscuridade, com as consequências daí decorrentes (absolvição, desclassificação)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ...
	Fulano de Tal, já qualificado nos autos do processo nº ..., por seu advogado que esta subscreve, inconformado com a respeitável decisão que o condenou às penas de ... , respeitosamente se faz presente ante Vossa Excelência opor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, com fulcro no art. 382, CPP e de acordo com as razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – DOS FATOS
“Embargante”
II – DO DIREITO
Apontar o vício da sentença ou acórdão
Qual é o direito correto deveria ser usado
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja o presente recurso conhecido e provido, a fim de que seja suprida a mencionada (omissão, contradição etc) ...
DATA: 23/05/2013
PROBLEMA N. 58 E 60
Obs.:
· Como é sabido por todos, o prazo de interposição do RSE é de 5 dias e suas razões devem ser apresentas no lapso de 2 dias. Cuidado: Por sua vez, da decisão que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir também é passível de RSE, no prazo de 20 dias.
· Não se esquecer que o prazo penal é contado de acordo com a regra do art. 10 do CP, no caso conta-se o dia do começo e exclui o dia do fim, no entanto, caso o último dia caia no domingo, sábado ou dia não forense, não se prorroga, pois é fatal.
RESOLUÇÃO DO PROBLEMA 58
ILUSTRÍSSIMO SENHOR ESCRIVÃO CHEFE (OU DIRETOR) DO ... OFÍCIO CRIMINAL DA COMARCA DE ...
	“A”, já qualificado nos autos do processo crime nº... que lhe move a Justiça Pública, por intermédio de seu advogado que por esta subscreve, vem pela presente interpor CARTA TESTEMUNHAVEL, com fundamento no art. 639, I do Código de Processo Penal.
	Indica para a formação do instrumento as peças discriminadas abaixo:
· Decisão que negou o reconhecimento da extinção da punibilidade
· Certidão de intimação da decisão acima 
· Petição de interposição do Recurso em Sentido Estrito
· Decisão que não admitiu o processamento do Recurso em Sentido Estrito
· Certidão de intimação da decisão acima
· Queixa-crime
	Requer seja extraída carta nos termos requeridos e, se mantida a decisão apesar do disposto no art. 643 do CPP, que seja a presente seja enviada ao Egrégio Tribunal de Justiça.
Termos em que,
pede deferimento.
Local e Data
Advogado... OAB...
RAZÕES DE CARTA TESTEMUNHÁVEL
Testemunhante:
Testemunhado:
Processo nº ...
Egrégio Tribunal de Justiça
Colenda Câmara
Douto Procurador de Justiça
	Em que pese o indiscutível saber jurídico o r. Magistrado que prolatou a r. decisão que denegou o processamento do Recurso em Sentido Estrito interposto, deve ser reformada a decisão, pelo motivos abaixo salientados.
1. DOS FATOS
2. DO DIREITO
	O Recurso em Sentido Estrito é tempestivo, isso porque no documento de fls... , a intimação ocorreu em ... (data). Por sua vez, a cópia indica a interposição apenas ... dias após a intimação, ou seja, o recurso é tempestivo.
	Tempestivo o RSE e indevidamente obstado, legitima-se o uso da presente CARTA TESTEMUNHÁVEL.
3. DO PEDIDO
	Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, com o processamento do RSE indevidamente obstado. Requer, ainda, caso se entenda suficientemente instruída a presente, que seja desde logo, julgada “de meritis”, com o reconhecimento da extinção da punibilidade, como permite o art. 644 do CPP.
Local e data
Advogado...
OAB...
RESOLUÇÃO DO PROBLEMA 60
EXCELÊNTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR RELATOR DO ACÓRDÃO Nº ... DA ...CÂMARA DO EGRÉGRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ...
	“A”, já qualificado nos autos do processo crime nº ..., por intermédio de seu advogado que esta subscreve, vem, pela presente, opor EMBARGOS INFRINGENTES, com fundamento no art. 609, parágrafo único do Código de Processo Penal.
	Requer sejam conhecidos os presentes embargos, determinando-se o regular processamento.
Termos em que,
pede deferimento.
Local e data
Advogado...
OAB ...
RAZÕES DE EMBARGOS INFRINGENTES
Embargante: “A”
Embargado: Justiça Pública
Autos sob o nº ...
Egrégio Tribunal de Justiça
Colenda Câmara
Douto Procurador de Justiça
	Em que pese o notório conhecimento jurídico da Colenda Câmara deste Egrégio Tribunal de Justiça, a reforma do venerando acórdão é medida que se impõe, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – DOS FATOS
II – DO DIREITO
	Conforme reconhecido no voto divergente, estão presentes os requisitos do art. 155, §2º do CP. 
		O embargante é primário e a coisa é de pequeno valor, tendo em vista que a coisa subtraída sequer se aproxima de 1 salário mínimo. Reconhecidos tais requisitos, é direito subjetivo do embargante o reconhecimento do privilégio que deve gerar menor apenação no crime aqui tratado.
III – DO PEDIDO
	Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso para que prevaleça o voto vencido, diminuindo-se a pena para 8 meses de detenção e excluindo-se uma das penas restritivas de direito.
RECLAMAÇÃO
Previsão – art. 102, I, “l” do CF; art. 105, I, “f” da CF; art. 103-A, §3º da CF
Hipóteses de cabimento:
a) Descumprimento da decisão do STF e do STJ (menor probabilidade de cair na prova)
b) Descumprimento de súmula vinculante – art. 103-A, §3º - Nesse caso, o pedido de reclamação será endereçado ao Presidente do STF
A principais súmulas vinculantes são as de nº 11 (algemas), 14 (ter acesso aos autos do inquérito policial, ressaltando que o sigilo do inquérito não se estende ao advogado [ vide também art. 7º, XIV do EOAB])
Regulamentação
· Vide Lei nº 11. 417/06
Endereçamento – Ao Presidente do Tribunal
A Reclamação “fecha” a via do mandado de segurança ou habeas corpus? Não. O uso da reclamação não afasta a utilização dessas ações autônomas impugnativas. Caso seja violada a súmula vinculante nº 14, poderá ser impetrado também mandado de segurança
Liminar
Sempre tem que ser pedida a liminar quando da elaboração de uma reclamação.
Outros pedidos
· Determinação para o cumprimento da decisão ou súmula vinculante.
Obs.: Além da questão da súmula vinculante, o pedido de reclamação também pode ter como objetivo a preservação da autoridade das decisões dos Tribunais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Previsão – art. 102, III da CF
· O que pode ser pedido na peça prática é a hipótese do art. 102, III, “a” da CF, ou seja, quando a decisão contrariar dispositivo da Constituição Federal.
· Como pergunta, pode cair a alínea “d”, isto é, julgar válida lei local contestada em face de lei federal. Tal inciso diz respeito a competência legislativa, ou seja, saber qual ente federativo pode legislar sobre o tema
Pressupostos;
· Devem ser esgotados os recursos ordinários
· Deve haver Pré-questionamento
· Deve haver repercussão geral – art. 103, §3º da CF – em outras palavras, a questão discutida deve afetar todo o território nacional (todas as pessoas) e não apenas o interesse individual das partes no caso concreto.
· Súmula 640, STF – é cabível o recurso extraordinário de decisão do juiz de primeiro grau em causas de alçada ou de Turma Recursal
Procedimento
· Deve ser interposto no prazo de 15 dias perante o Presidente do Tribunal “a quo”, ao passo que as razões são endereçadas ao STF.
· Cuidado: O procedimento do recurso extraordinário e também do recurso especial está previsto nos arts. 26 a 29 da Lei n. 8.038/90
 
RECURSO ESPECIAL
É garantir a autoridade das leis federais e sua aplicação em todo o país – art. 105, III da CF.
É o STJ quem é o guardião da legislação federal.
Prazo – 15 dias – e vide também os arts. 26 ao 29 da Lei nº 8.038/90.
Hipóteses de cabimento
· Se a decisão contrariar tratado ou lei federal ou lhes negar vigência
· Se a decisão julga valido ato de governo local contestado em face de lei federal
· Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal (essa divergência não e aquela entre os julgadores do mesmo tribunal), pois para essa hipótese existe o chamado incidente de uniformização de jurisprudência, dos arts. 476, 479 do CPC
Pressupostos
· A decisão recorrida deverá ser necessariamente proferida por Tribunal. Daí não se admite recurso especial contra decisão emanada de juiz singular ou turma recursal, conforme súmula 203 do STJ.
· A parte deve ter esgotado todos os recursos ordinários
· A matéria deve também ser objeto de pré-questionamento
Interposição – perante o presidente do tribunal “a quo” e as razões para o STJ
LEI DE EXECUÇÃO PENAL – Lei nº 7.210/84
PRINCÍPIOS
Princípio da Humanidade das Penas – O sentenciado não perde sua condição humana – partindo da humanidade das penas, a CF proíbe penas tidas desde logo como desumanas – art. 5º, XLVII 
· Pena de morte, salvo em guerra
· Pena de caráter perpétuo – determina-se unificação de penas o procedimento por meio do qual o juiz das execuções penais limita a 30 anos a soma das penas que supera tal valor – art. 75 do CP
· Obs.: Também é chamada de unificação de penas a decisão que trás o reconhecimento tardio do crime continuado – art. 66 da LEP
· Se não reconhecido o crime continuado no momento da condenação, pois as infrações foram apuradas em processos diferentes, será possível o reconhecimento do crime continuado pelo juízo da execuções criminais.
· Pena de trabalhos forçados – prevalece que o trabalho é dever do preso, pois a Constituição proibiu o trabalho forçado, mas não o trabalho obrigatório .
· Tese de defesa – Trabalho forçado e obrigatório são a mesma coisa e proibidos pela Constituição.
· Pena de banimento – é a retirada forçada de um território
· Pena cruel – é a que impõe intenso e ilegal sofrimento.
Princípio da Jurisdicionalidade – A execução penal tem natureza jurisdicional e por isso deve ser respeitado o contraditório e ampla defesa – art. 5º, LV da CF
Princípio da individualização da pena - Art. 5º, XLVI
Princípio da coisa julgada – A execução penal não pode transbordar os limites da condenação – é com base nesse princípio que as cortes superiores entendem que:
a) na ausência de vagas para o regime aberto em casa de albergado, deverá ser concedido regime aberto domiciliar mesmo fora das hipóteses do art. 117 da LEP; 
b) na fata de vagas em regime semiaberto, deverá ser concedido regime aberto provisório.
A lei de execução penas nos arts. 185 e 186 da LEP trata do excesso e do desvio em execução. O excesso é o abuso quantitativo, enquanto o desvio é o abuso qualitativo.
INÍCIO DA EXECUÇÃO
Em regra, a execução penal se inicia com o transito em julgado da condenação. No entanto, para evitar cerceamento ao direito de recorrer, o STF pacificou a possibilidade de execução provisória da pena ao réu condenando e que aguarda preso o julgamento de seu recurso – Súmula 716, STF
SISTEMA PROGRESSIVO
O Brasil adota o sistema que permite progressão e regressão. Progressão é a passagem de um regime mais grave para outro mais ameno.
A Súmula 491 do STJ proíbe a progressão por salto.
· Obs.: Súmula 493 do STJ – é proibido fixar pena restritiva de direitos como condição do regime aberto.
Requisitos da Progressão
01. Objetivo – Cumprimento de parcela da pena:
· Crimes comuns – 1/6 (art. 112 da LEP)
· Hediondos e Equiparados – 2/5 (primário) – 3/5 (reincidente geral) – art. 2º, §2º da Lei 8.072/90
· Comentários:
· Súmula 715 do STF – Os benefícios da execução penal serão calculados sobre a pena total aplicada e não sobre a unificação em 30 anos.
· Os crimes hediondos e equiparado praticados antes 29/03/2007 permitem progressão com 1/6 – Apenas os praticados após esta data terão a exigência de 2/5 ou 3/5 – Súmula 471 do STJ e Súmula Vinculante 26 doSTF
· Interrupção do lapso aquisitivo – É pacífica a orientação das cortes superiores entendendo que a prática de falta grave provoca a perda do período já cumprido para efeito de progressão. Com a prática da falta, a contagem é zerada e reinicia-se a fração necessária para a progressão.
· Ao condenado por crime hediondo e não hediondo, a contagem do lapso deverá considerar as penas individualmente: 1/6 do crime comum + 2/5 ou 3/5 do hediondo.
02. Subjetivo - Mérito
· Nos termos do art. 112 da LEP, o mérito será demonstrado, em regra, pelo atestado de conduta carcerária, firmado pelo diretor do estabelecimento.
· A Súmula 439 do STJ esclarece que o exame criminológico não está proibido, mas só será admitido se o juiz fundamentar sua necessidade nas peculiaridades do caso concreto.
03. Nos crimes contra a administração pública, por força do art. 33, §4º do CP, a progressão fica condicionada à reparação do dano com acréscimos legais.
REGRESSÃO
É a passagem de m regime mais ameno para o regime mais grave. É possível regressão por salto. As hipóteses de regressão estão no art. 118 da LEP e a necessidade de prévia oitiva do sentenciado no exercício da ampla defesa, no parágrafo segundo do art. 118.
AGRAVO EM EXECUÇÃO
Contra toda e qualquer maldita decisão do juiz da execução, cabe agravo em execução, do art. 197 da LEP.
Utiliza-se o rito do RSE – O procedimento será o do recurso em sentido estrito, com prazo, forma e retratação do art. 589 do CPP
Comentários:
· A súmula 441 do STJ esclarece que a prática de falta grave não interrompe o lapso aquisitivo do livramento condicional (art. 83 e ss do CP).
· O art. 126 e ss trata da remissão – A remissão é um desconto como pena cumprida do tempo de trabalho ou estudo. É possível cumular remissão pelo trabalho e pelo estudo. A prática de falta implica a perda de até 1/3 dos dias remidos. A remissão pelo trabalho é possível nos regimes fechado e semiaberto. A remissão pelo estudo é possível em todos os regimes e também no livramento condicional.
DATA: 29/05/2013
PROBLEMAS 50
Cliente: Carlos
Crime: homicídio simples
Cumprimento de pena: Avaré
Total: 6 anos
Cumprimento exatos: 2 anos
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DE AVARÉ
	Carlos, já qualificado nos autos do processo de execução nº..., por seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, requerer a PROGRESSÃO DE REGIME, com fundamento no art. 66, III, “d” e 112 da Lei de Execução Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – DOS FATOS
	Carlos foi processado e condenado pelo crime de homicídio a pena de 6 anos de reclusão em regime inicial fechado. Encontra-se preso à exatos 2 anos e neste período, nunca foi feito qualquer pedido em seu favor. 
	
II – DO DIREITO
	Excelência, o peticionário está tendo seus direitos violados na medida em que já cumpriu mais tempo do que o exigido pela lei para a progressão de regime. 
	Ora, são exigidos para a progressão 1/6 de cumprimento da pena e que haja bom comportamento carcerário, nos termos do art. 112 da LEP:
“transcreve o artigo”
	Diante do quadro apresentado acima, é inegável que o peticionário (reeducando) preencheu todos os requisitos exigidos pela lei. 
	Cumpriu o requisito objetivo de 1/6 da pena, bem como os requisitos subjetivos, na medida em que não há nada nos autos que desabone a conduta do requerente.
III – DO PEDIDO
	Ante o exposto requer, após a oitiva do DD Representante do Ministério Público, que seja o réu transferido para o regime semiaberto, como medida de Justiça.
PROBLEMA 51
Cliente: Tício
Crimes: Três homicídios – 18, 25 e 30 anos
Cumpriu 15 --- fugiu ---- e ficou mais 15 anos
Feito pedido – juiz indeferiu
Peça: Agravo em execução
Competência
· Interposição – J Vara de Execuções Penais
· Razões – TJ
· Teses – cumprimento máximo de pena : 30 anos
· Art. 75, CP
· 111 da LEP
· Art. 5º, XLVII, b, CF
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DE...
	Tício, já qualificado nos autos do processo de execução nº..., por seu advogado que esta subscreve, inconformado com a respeitável decisão que indeferiu o pedido de liberdade, vem, respeitosamente, tempestivamente, perante Vossa Excelência, interpor AGRAVO EM EXECUÇÃO, com fundamento no art. 197 da LEP.
	Requer seja recebido e processado o presente recurso e caso Vossa Excelência entenda que deva manter a r. decisão, que seja encaminhado com as inclusas razões ao Egrégio Tribunal de Justiça, com fulcro no art. 589 do CPP.
Termos em que, pede deferimento
Local e data
Advogado ...
OAB...
Razões de Agravo
De Execução
Agravante:
Agravado
Execução nº ...
Egrégio Tribunal de Justiça
Colenda Câmara
Douto Representante do Ministério Público.
	Em que pese o notório saber jurídico do Meritíssimo Juiz “a quo”, impõe-se reforma da respeitável decisão que indeferiu o pedido de liberdade, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – DOS FATOS
	O Agravante foi condenado por três homicídios praticados na sua juventude, às penas de 18, 25 e 30 anos. Deste total, cumpriu 15 anos, tendo empreendido fuga. Ficou em liberdade por dois anos e, depois tendo sido preso, encontra-se cumprindo pena à 15 anos.
	Foi pedida a sua liberdade, que foi negada pelo MM. Juiz “a quo”, ao argumento de que havia penas a cumprir.
II – DO DIREITO
	Excelência, a CF é clara em seu art. 5º, XLVII, “b”, que não haverá penas de caráter perpétuo. 
	Infelizmente, a decisão no nobre Juiz “a quo”, viola totalmente da CF, especialmente quando se analisa a legislação infraconstitucional que regulamenta este artigo.
	O Código Penal determina em seu artigo 75: “transcreve”
	Ora, no caso em tela, efetivamente foram cumpridos 30 (trinta) anos, uma vez que não houve nenhuma condenação posterior. 
	Neste sentido, o art. 111 da LEP é clara: “transcreve”
III – DO PEDIDO
	Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso para que se reforme a decisão, a fim de que o agravante seja colocado em liberdade, expedindo-se o competente alvará de soltura, como medida de justiça.
MEDIDAS CAUTELARES PESSOAIS – Art. 282 a 350 do CPP
01. Rol das Medidas
· Prisão
· Prisão em flagrante
· Prisão preventiva
· Prisão temporária – possui requisitos próprios
· Medidas cautelares diversas da prisão – art. 319 do CPP
02. Critérios para imposição de medidas cautelares pessoais
2.1 Art. 282 do CPP
· I - Necessidade
· II – Adequação
2.2 Art. 282, §6º - A prisão preventiva é a última hipótese
2.3 Art. 283, §1º
PRISÃO EM FLAGRATE - Art. 301 a 310 do CPP
1. Modalidade do CPP – art. 302
I – está cometendo
II – acaba de cometer
III – perseguido logo após
IV – encontrado logo depois
· Se for preso fora destas hipótese, a prisão em flagrante é ilegal
· Cuidado: se o problema disser que o sujeito se entregou, a prisão em flagrante é ilegal.
2. Formalidades da prisão em flagrante – art. 304 a 306 do CPP
· Sempre que houver violação de formalidades, a prisão em flagrante é ilegal.
Teses e Pedido – prisão em Flagrante
· Prisão em flagrante ilegal – pedido de relaxamento (petição simples – HC)
· Preâmbulo – art. 5º, LXV, CF
· Tese:
· Art. 302, 304 e 306 do CPP
· Pedido
· Art. 310, I ou 310, III e §único (preto)
· Relaxar a PF – 310, I
· Decretar a PP
· Conceder liberdade provisória com ou sem fiança – 310, III e §único
· Atenção: como regra, a prisão em flagrante ilegal deve gerar um pedido de relaxamento. No entanto, como é comum na FGV ter mais de uma tese, é muito provável que o candidato tenha que cumular pedido subsidiário de liberdade provisória ou outra cautelar, por isso que acima está escrito no pedido – at. 310, III e §único do CPP.
· Prisão em Flagrante - legal
· Pedido – liberdade provisória ou outra cautelar
· Preâmbulo – art. 5º, LVI da CF
· Tese – ausência do art. 312 e arts. 323 e 324 + 282, I e II e §6º do CPP
· Pedido – art. 310, III e §único (preto)
Exemplo de pedido (petição simples)
Ante o exposto requer seja relaxada a prisão em flagrante, nos termos do art. 310,

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