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10/02/2021 Leitura e Comunicação Eizaguirre Paranhos Gomes epgomes@firjan.com.br epg.prof@gmail.com mailto:epgomes@firjan.com.br 2 Leitura e Interpretação - Introdução - Interpretação de Textos - Conotação e Denotação - Coloquialismo e Norma Culta - Ambiguidade 3 Os estudos em língua portuguesa traduzem um investimento na carreira de qualquer profissional. Invista na sua carreira estudando português! Introdução Alguns profissionais Acreditam que estudar o próprio idioma é desnecessário, pois a área técnica deve ser priorizada. É importante compreender que saber o próprio idioma equivale ao conhecimento técnico, pois a expressão do conhecimento cientifico dá-se por meio da língua portuguesa. 4 Equi donati dentes non inspiciuntur “a cavalo dado não se olha os dentes” Interpretação de textos 5 É natural olhar os dentes do cavalo antes de comprar um, entretanto, quando ganha-se um cavalo, apenas deve-se agradecer. Os provérbios, na verdade, não devem ser uados no sentido literal. Eles partem do sentido denotativo para o conativo. Quer dizer que quando um presente é dado não se deve ser julgado pelo valor. Interpretação de textos Provérbios 6 Exemplo 1: Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Diz respeito à persistência para vencer os obstáculos Exemplo 2: A pressa é inimiga da perfeição. As coisas devem ser feitas com calma para ficarem boas Exemplo 3: A noite todos os gatos são pardos. Significa que sem muita luz tudo parece igual. Exemplo 4: As aparências enganam. Significa que muitas vezes julgamos uma pessoa de um jeito, e ela mostra ser de outro. Exemplo 5: A voz do povo é a voz de Deus. A voz do povo tem a força, o poder e ainda, carrega a verdade, tal como a voz de Deus . Exemplos de Provérbios Interpretação de textos 7 Sentido figurado, simbólico Exemplo: - E aí rapaz! Como anda o trabalho? - O trabalho esta osso Conotação Interpretação de textos 8 Sentido real, literal Exemplo: - É verdade que quebrou um osso? - Sim o metacarpo. Denotação Interpretação de textos 9 Diante destes exemplos, podemos concluir que interpretar esta além de decodificar as palavras. É a possibilidade de compreende-las dentro de um contexto. Na área técnica, privilegia-se o texto objetivo, denotativo. Sem normalmente, usar figuras de linguagem. A linguagem técnica privilegia a coerência e clareza de ideias. É importante ao escrever ir direto ao assunto principal sem apresentar rodeios A interpretação é facilitada sob aspecto, entretanto, quem não tem hábito de leitura tão pouco terá facilidade de interpretar textos escritos e menos ainda habilidades de produzi-los. Em língua portuguesa, como em qualquer outro idioma, a leitura amplia a habilidade de expressão, seja oral ou escrita. Como profissional de Telecomunicações, você terá contato com alguns tipos de texto que deverá compreender e interpretar, como e-mails, relatórios, projetos. Na prática do trabalho, o profissional da área técnica, também deverá produzir esses mesmos textos. 10 Algumas dicas para interpretação de texto. 1- Leia com atenção. 2- Identifique o objetivo do texto. 3- Sublinhe as palavras que desconhece e procure-as no dicionário, provavelmente essas palavras aparecerão em outros textos. Para interpretar um texto com competência é preciso que você domine o assunto sobre o qual lê. Um técnico que conhece bastante a sua profissão terá mais facilidade em compreender os textos da área. Bons leitores são melhores escritores! 11 Podemos expressar-nos de diversas formas dentro do nosso idioma. Em todas as línguas, há uma diferença entre a forma de falar e a de escrever. Esta diferença dá-se através da norma culta a do uso coloquial. Norma Culta e Coloquial Interpretação de textos 12 Na historia em quadrinho enquanto as amigas conversam informalmente, utilizando gírias e palavras do dia a dia, uso típico do coloquial. A mudança no nível da linguagem, ocorre no momento em que uma das amigas entra em sala de aula e assume a postura de professora. No contexto da sala de aula, trata-se de uma situação formal, a professora, que antes conversava com amiga usando gírias, passa a dialogar com os aluno, utilizando a norma culta. E qual a real diferença entre uma forma e outra de dialogar? Como saber qual a mais adequada em cada contexto? Coloquialismo: uso formal, popular da língua, sem atenção ao uso da gramática. Linguagem com incorreções e gírias utilizados no dia a dia. Norma Culta uso formal do idioma, utilizada principalmente na escrita. O uso da norma culta exige conhecimento da gramatica. 13 Os profissionais de telecomunicações escrevem e-mails, relatórios, projetos entre outros textos que se fizerem necessários no exercício da profissão. Os textos técnicos primam pela correção e clareza; os erros gramaticais e ambiguidade são grandes vilões. Exemplo1: Policial atira em assaltante com arma de brinquedo em São Paulo. Ambiguidade: Ocorre quando um trecho, uma sentença ou expressão linguística apresentam mais de um entendimento possível. Policial atira em assaltante portando uma arma de brinquedo. Quem portava a arma de brinquedo: o policial ou o assaltante? Exemplo2: A mãe avisou à filha que estava terminando o serviço Quem terminava o serviço: a mãe ou a filha? À filha, a mãe avisou que estava terminando o serviço. A mãe avisou à filha, que estava terminando o serviço. Ambiguidade Interpretação de textos 14 As empresas procuram profissionais que saibam comunicar-se com eficiência seja na modalidade oral ou escrita. Podemos concluir que estudar a língua portuguesa é investir na profissão, pois cada vez mais as empresas estão procurando profissionais especializados em sua áreas especificas, porém que saibam muito bem o próprio idioma. 15 Ortografia - Mal e Mau - Porque, por que, porquê e por quê - Erros comuns na oração - Redundância - Uso e o não uso da Crase - Uso da virgula - Uso do dois pontos 16 Ortografia conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa que ensina a grafia correta das palavras, o uso de sinais gráficos que destacam vogais tônicas, abertas ou fechadas, processos fonológicos como a crase, os sinais de pontuação esclarecedores de funções sintáticas da língua e motivados por tais funções etc. MAL – é advérbio, invariável e é antônimo de bem. MAU – é adjetivo significa “ruim” é antônimo de bom. MAS – conjunção adversativa, equivale a “porém”, “contudo”. MAIS – pode atuar como pronome ou advérbio de intensidade opondo – se geralmente a “menos”. 17 Ortografia Porque – utilizado em respostas e significa: pois, uma vez que, visto que é uma conjunção subordinativa causal ou explicativa que une duas orações Por que – se utiliza no meio das frases. Sendo pronome interrogativo significa: por qual motivo, por qual razão. Sendo pronome relativo significa: por qual ou pelo qual. 18 Ortografia Porquê – é um substantivo masculino, sinônimo de motivo, razão, causa. Quase sempre vem acompanhado do artigo definido o: o porquê. Por quê – é utilizado apenas ao final da oração, seguido de um sinal de pontuação. É a junção da preposição por com o pronome interrogativo tônico quê. Significa por qual motivo, por qual razão. Por quê = por qual motivo = por qual razão 19 Ortografia Erros Comuns - Para mim fazer: Mim não faz, porque não pode ser sujeito. São Corretos: Para eu fazer – para eu dizer – para eu trazer - Há dez anos atrás: Há e atrás indicam passado na frente. Use apenas: há 10 anos, ou, 10 anos atrás. Redundâncias: Discurso que se baseia na utilização de diferentes palavras para expressar um mesmo pensamento ou ideia Exemplos: - Encarar de frente; - Minha própria autobiografia; - Viúva do falecido; - Conclusão final. - Elo de ligação - Conviver juntos - Voltar atrás 20 Ortografia Crase A fusão de duas vogais iguais. Normalmente, a crase acontece quando a palavra “a” (preposição) se junta com outro “a”(artigo definido ou pronome demonstrativo). Exemplo: Chegamos à estação. Chegamos a a estação 21 Ortografia Quando usar a Crase Antes de palavras femininas -Fui à escola. -Fomos à praça. Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir) -Vou à padaria. -Fomos à praia. Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas -Saímos à noite. -À medida que o tempo passa as amizades aumentam. Exemplos de locuções: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, em frente a, à moda de. Antes dos Pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele -No verão, voltamos àquela praia. -Refere-se àquilo que aconteceu ontem na festa. 22 Ortografia Quando usar a Crase Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida -Veste roupas à (moda de) Luís XV. -Dribla à (moda de) Pelé. Uso da crase na indicação das horas Utiliza-se a crase antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas: -Termino meu trabalho às cinco horas da tarde. -Saio da escola às 12h30. Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, --desde, após, perante, com), não se utiliza a crase, por exemplo: -Ficamos na reunião desde as 12h. -Chegamos após as 18h. -O congresso está marcado para as 15h. https://www.todamateria.com.br/preposicao/ 23 Ortografia Quando NÃO usar a Crase Antes de palavras masculinas -Jorge tem um carro a álcool. -Samuel comprou um jipe a diesel. Antes de verbos que não indiquem destino -Estava disposto a salvar a menina. -Passava o dia a cantar. Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo -Falamos a ela sobre o ocorrido -Ofereceram a mim as entradas para o cinema. Os pronomes do caso reto são: eu, tu, ele, nós, vós, eles. Os pronomes do caso oblíquo são: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe. Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa •Era a isso que nos referíamos. •Quando aderir a esse plano, a internet ficará mais barata. 24 Ortografia Uso de Vírgula Use a vírgula para separar elementos que você poderia listar Use a vírgula para separar explicações que estão no meio da frase, explicações mudam pensamentos. Exemplo: Mário, o moço que traz o pão, não veio hoje. Use a vírgula para separar o lugar, o tempo ou o modo que vier no início da frase. Exemplo: Semana passada, todos vieram jantar aqui em casa Exemplo: Fui à feira e comprei: banana, maça, pera, uva. 25 Ortografia Uso de “dois ponto” Em enumeração; Exemplo: A mulher foi à feira e levou: dinheiro, uma sacola, cartão de crédito, um porta-níquel, e uma luva. Uma luva? Antes de citação; Exemplo: Por toda rigidez acerca dos pensamentos do século XIX, Nietzsche disse: “E falsa seja para nós toda verdade que não tenha sido acompanhada por uma gargalhada”. Quando se quer esclarecer algo; Exemplo: Ele conquistou o que tanto desejava: uma vaga no TRT de Brasília. Abriu mão do que mais gostava: acordar tarde. Mas foi recompensado por isso. 26 Relatório Técnico - Definição - Organização de um relatório técnico 27 Definição Titulo do Atividade: Montagem e Teste de um QDLF Objetivo: Montagem de um quadro de Distribuição de Luz e força, seguindo as prescrisções da NBR 5410 e NR10, efetuar testes de conexões e operações com os dispositivos instalados. 28 Definição Titulo do Atividade: Montagem e Teste de um QDLF Material Utitilizado: - 1 x Quadro 4x2 PVC - 1 x Disjuntor tripolar - 3 x Disjuntores monopolar - 1 x Disjuntor Bipolar - 1 x IDR Tetrapolar - 4 DPS - 1x barramento de Neutro - 1x barramento de Proteção - 1 rolo (100 m) de fio Vermelho de 1,5 mm² - 1 rolo (100 m) de fio Azul de 1,5 mm² - 1 rolo (100 m) de fio Vermelho de 2,5 mm² - 1 rolo (100 m) de fio Azul de 2,5 mm² - 1 rolo (100 m) de fio Amarelo de 2,5 mm² - 1 rolo (100 m) de fio verde de 2,5 mm² - 1 rolo (100 m) de fio Vermelho de 6 mm² - 1 rolo (100 m) de fio Azul de 6mm² 29 Definição Titulo do Atividade: Montagem e Teste de um QDLF Ferramenta Utitilizada: - Chave de fenda - Chave Philips - Alicate de corte Universal - Alicate de bico - Fita Isolante Instrumentos de Medição: - Multímetro Digital - Alicate Amperímetro - Chave de teste 30 Definição Titulo do Atividade: Montagem e Teste de um QDLF Procedimentos: 10 Passo: Alocação do QDLF sobre a bancada de teste, seguindo as medidas padronizadas por norma. 20 Passo: inserção do Disjuntor tripolar sobre o QDLF, conforme arranjo observado no diagrama multifilar. 30 Passo: inserção do IDR sobre o QDLF, conforme arranjo observado no diagrama multifilar. 40 Passo: inserção do DPS sobre o QDLF, conforme arranjo observado no diagrama multifilar. 50 Passo: inserção dos Disjuntores monopolar, disjuntor bipolar sobre o QDLF, conforme arranjo observado no diagrama multifilar. 31 Definição Titulo do Atividade: Montagem e Teste de um QDLF 60 Passo: Passagem dos condutores nos eletrodutos para o quadro e conexão aos dispositivos (Disjuntores, IDR, DPS). 70 Passo: Teste de continuidade das conexões, utilizando o multímetro. 80 Passo: Teste de funcionamento do Circuito Instalado Observação: Durante o teste operacional dos dispositivos, verificamos que um dos disjuntores monopolar estava desarmanando, verificamos com multímetro que o mesmo encontrava-se em curto circuito, substituimo Conclusão: Montagem e Teste de um QDLF 32 Definição Titulo do Atividade: Montagem e Teste de um QDLF 60 Passo: Passagem dos condutores nos eletrodutos para o quadro e conexão aos dispositivos (Disjuntores, IDR, DPS). 70 Passo: Teste de continuidade das conexões, utilizando o multímetro. 80 Passo: Teste de funcionamento do Circuito Instalado Observação: Durante o teste operacional dos dispositivos, verificamos que um dos disjuntores monopolar estava desarmaando. Após análise da instalação, constatamos que havia um condutor exposto que provocava o curto circuito do disjuntor. Refizemos as conexões e o mesmo voltou a operar dentro da normalidade. 33 Definição Exposição escrita dos fatos observados mediante pesquisas ou experiências quanto à questão visada, com explicações detalhadas que comprovam aquilo que é exposto. 34 Definição O relatório deve ser elaborado de maneira objetiva. Não deve ser curto a ponto de omitir fatos importantes, como também não deve ser demasiadamente longo. É imprescindível que um relatório não contenham erros gramaticais. O texto deve ser claro, simples e preciso. Um relatório deve se concentrar em detalhar as atividades que foram realizadas e não apenas citá-las. Os dois principais objetivos de um relatório são: divulgar e/ ou registrar dados. Algumas instituições criam seus próprios critérios para formação e ordenação de um relatório, neste caso, elas disponibilizam uma página na internet com o modelo a ser seguido. Para qualquer texto que você produzir, é importante antes fazer um planejamento: - Que objetivo pretende-se atingir com este relatório? - Quais itens devem ser descritos nesse texto? 35 1- Capa - Nome da instituição - Nome do autor - Titulo do trabalho - Local - Data da entrega Organização de um relatório 2- Índice - Indicando as paginas 3- Resumo: - Um pequeno texto que descreva o que o leitor irá encontrar no relatório 4- Lista (ou anexo) - Caso haja. Gráficos, mapas e tabelas deverão constar nesse item com á pagina especifica. 36 Organização de um relatório 5- Texto - Que deve ser dividido em: o Introdução: É a ultima parte que deve ser redigida. Após o relatório pronto, o autor deve escrever a introdução que comentará um pouco sobre cada parte do texto. A introdução norteia o leitor para que ele saiba onde encontrar cada informação específica do relatório. o Desenvolvimento: Descreve, com pormenores, a informação de relatório. O desenvolvimento pode ser dividido em capítulos que devem constar o índice. o Conclusão: Faz-se um comentário sobre tudo que foi dito e dá-se ênfase aos dados e/ou ás descobertas. 37 1 – INTRODUÇÃO (Parte teórica,relacionada ao estudo em questão) 2 – OBJETIVO (Objetivo do trabalho ou do relatório) 3 – PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS – 3.1-MATERIAIS (Todos os materiais utilizados para o experimento) 3.2–EQUIPAMENTOS (Todos os equipamentos utilizados para o experimento) 3.3–MÉTODOS (Apresentar a metodologia utilizada para o experimento. Ex: métodos, procedimentos, equações utilizadas e etc.) 4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES (O resultado alcançado e a sua justificativa baseado no estudo teórico – item 1 – com citação de autores. Utilização de tabelas, gráficos e etc.) 5 – CONCLUSÃO (A conclusão dos ensaios realizados) 6 – BIBLIOGRAFIA (Listar toda a bibliografia consultada, conforme norma) 38 39
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