Buscar

ANEURISMA DA AORTA ABDOMINAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANEURISMA DA AORTA
ANATOMIA
ANEURISMA
• Os aneurismas são definidos como aumento 
do tamanho superior a 50% do diâmetro 
arterial normal, podendo ocorrer em qualquer 
região ao longo da aorta, da raiz até a 
bifurcação.
INCIDÊNCIA AAA
• 25 casos por 100.000 pacientes/ano. 
• O diagnóstico de AAA 
– chega a 6% na população acima de 65 anos, 
– 10% em pacientes acima de 80 anos.
• O diagnóstico é mais frequente entre 65 e 75 
anos.
Tipos de Aneurismas
• Aneurismas Fusiformes
– Dilatação circunferencial que envolve as três camadas da 
parede do vaso
• Aneurismas saculares 
– São uma uma evaginação focal da parede arterial
• Pseudoaneurismas (falsos aneurismas) 
– Defeito focal na artéria, com uma coleção de sangue 
contido pela adventícia e tecido periarterial, podem ser 
degenerativos, infecciosos ou traumáticos.
• Aneurismas Micóticos 
– associados a infecção , inflamação, doença autoimune ou 
do tecido conjuntivo.
Tipos de Aneurismas
Fatores de Risco para desenvolvimento de 
aneurisma
• Tabagismo
• Hipercolesterolemia
• Hipertensão arterial sistêmica
• Gênero masculino
• História familiar
– Fatores genéticos que contribuem para a degradação do 
colágeno e da elastina estão associados a doença 
aneurismática.
Fatores de Risco para a Expansão do Aneurisma
• Idade avançada
• Doença cardíaca grave
• Acidente vascular encefálico prévio
• Tabagismo
• Transplante cardíaco ou renal
Fatores de Risco para Ruptura de Aneurisma
• Gênero feminino
• DPOC
• Grande diâmetro do AAA
• Pressão arterial média elevada
• Tabagismo (tempo de consumo ≫ quantidade)
• Transplante cardíaco ou renal
Risco de Ruptura
(segundo diâmetro transversal)
• DIÂMETRO DO AAA (cm) RISCO DE RUPTURA (%/ANO)
• < 4 0
• 4-5 0,5-5
• 5-6 3-15
• 6-7 10-20
• 7-8 20-40
• > 8 30-50
Risco de Ruptura
• A maioria dos médicos considera a taxa de 
crescimento como fator de risco para ruptura. 
– Taxa de crescimento acima de 5 mm em 6 meses 
– ou mais de 1 cm por ano
Independente do tamanho do aneurisma
Diagnóstico
• Exame físico com a palpação de massa 
pulsátil, mais comumente supraumbilical e na 
linha mediana. A sensibilidade do exame físico 
é dependente do tamanho do aneurisma e do 
biotipo do paciente.
Diagnóstico
• A ultrassonografia
– tem mostrado sensibilidade e especificidade 
excelentes .A ultrassonografia pode ser limitada 
pelo biotipo do paciente e presença de gases 
intestinais. É um excelente método de triagem, 
pois evita as complicações associadas com exames 
invasivos, radiação e meio de contraste. 
Diagnóstico
• A tomografia computadorizada (TC)
– proporciona excelente imagem de AAA, com maior 
reprodutibilidade das medidas do diâmetro do que a 
ultrassonografia. 
– A TC, com contraste iodado para realizar angiografia por 
tomografia computadorizada (ângio-TC), proporciona 
riqueza de informação anatômica, detecta calcificação do 
vaso, trombos e doença arterial oclusiva concomitante, 
permite a reconstrução multiplanar e tridimensional, e 
análise para planejamento cirúrgico. 
– As desvantagens incluem substancial exposição radioativa, 
em particular no caso de exames seriados e do uso de 
meio de contraste iodado em população com elevada 
incidência de doença renal como comorbidade.
Diagnóstico
• A imagem da ressonância magnética (RM) e a angiografia 
por ressonância magnética (ângio-RM) 
– são semelhantes à TC, na sensibilidade para detecção de AAA. 
– Diferentemente da TC, a ângio-RM não mostra calcificação da 
parede aórtica, o que pode ser importante no planejamento 
cirúrgico. 
– Apesar de o exame não necessitar do uso de contraste iodado, a 
ângio-RM utiliza gadolínio, que tem sido associado ao 
desenvolvimento de fibrose nefrogênica sistêmica em pacientes 
com taxa de filtração glomerular baixa.
– A disponibilidade da ressonância magnética também pode ser 
limitada pela presença de implantes ou corpos estranhos 
metálicos incompatíveis. 
Seguimento
• < 2,6 cm: não recomenda triagem adicional
• 2,6-2,9 cm: reexaminar em 5 anos
• 3,0-3,4 cm: reexaminar em 3 anos
• 3,5-4,4 cm: reexaminar em 12 meses
• 4,5-5,4 cm: reexaminar em seis meses
Tratamento Clínico
– ácido acetilsalicílico
– Betabloqueadores
– estatinas
– cessação do tabagismo. 
Tratamento Cirúrgico
• Em geral, o tratamento cirúrgico é recomendado para aneurismas 
com mais de 5,5 cm de diâmetro, 
• aqueles que apresentam mais de 5 mm de crescimento em 6 meses 
ou mais de 1 cm em 1 ano, e aneurismas com anatomia sacular em 
vez de a anatomia típica fusiforme. 
• A existência de diferenças entre gêneros em vários fatores justifica 
que alguns especialistas defendam que o reparo do aneurisma deve 
ser considerado para tamanhos menores em mulheres.
• Também foi citado que a presença de muita ansiedade relacionada 
com o aneurisma, associada ao conhecimento sobre a presença de 
um aneurisma não reparado, afeta a qualidade de vida e pode ser 
um fator a ter em conta no tratamento de aneurismas abaixo de 
5,5 cm de diâmetro.
Avaliação Pré-operatória
• compreende planejamento cirúrgico, como 
também a identificação e o manejo das 
comorbidades clínicas importantes
– doença das artérias coronárias (DAC),
– insuficiência renal
– Estenose carotídea
– doença arterial periférica oclusiva
– diabetes 
– doença pulmonar obstrutiva
Avaliação Pré-operatória
Técnica de Reparo por Cirurgia Aberta 
de Aneurismas Aórticos Abdominais
• abordagem transperitoneal
– O reparo transperitoneal via laparotomia com 
incisão mediana é a abordagem mais amplamente 
utilizada para aneurisma infrarrenal típico e 
oferece exposição rápida.
Técnica de Reparo por Cirurgia Aberta 
de Aneurismas Aórticos Abdominais
Abordagem Retroperitoneal
Exposição aórtica retroperitoneal pode ser executada com o paciente em 
posição de decúbito lateral direito modificado, com o tórax rodado, mas o 
quadril relativamente plano para permitir o acesso a ambas as regiões inguinais.
Abordagem Retroperitoneal
• Reduz o estresse fisiológico do paciente e resulta 
em menos complicações pulmonares pós-
operatórias, como também reduz o íleo pós-
operatório.
• As incisões medianas podem complicar causando 
defeitos da parede abdominal, aparentes 
radiograficamente em aproximadamente 20% 
dos casos 
• Dor pós-operatória persistente, flacidez da 
parede lateral e hérnia têm sido descritas como 
complicações do reparo retroperitoneal
Abordagem Retroperitoneal
• A abordagem retroperitoneal fornece maior 
acesso ao segmento visceral da aorta abdominal
e pode ser auxiliada, se necessário, pela extensão 
torácica da incisão e exposição com ou sem 
secção do diafragma.
• A exposição extensiva das porções supracelíaca
e visceral da aorta permite o acesso completo, e 
a decisão a ser tomada no que diz respeito à 
colocação do clampe, que pode ser suprarrenal, 
supramesentérica ou supracelíaca. 
Abordagem Retroperitoneal
Manejo Pós-operatório
• Pac são internados na unidade de tratamento 
intensivo, 
– com monitoramento cardiopulmonar contínuo. 
– Controle adequado da dor (anestesia epidural e a 
analgesia controlada do paciente são opções excelentes 
para manejo da dor no pós-operatório)
– Oxigenação adequada
– Controle da frequência cardíaca. 
– A utilização de profilaxia apropriada para trombose venosa 
profunda é importante
– A atenção para a mobilização precoce e a nutrição do 
paciente também são essenciais para a recuperação.
Manejo Pós-operatório
• A isquemia e reperfusão também podem 
contribuir para lesões nos pulmões, 
desenvolvimento de síndrome 
compartimental das extremidades inferiores 
com rabdomiólise
• Síndrome compartimental abdominal que 
pode requerer laparotomia descompressiva .
Manejo Pós-operatório
• Apesar de eventos tardios após o reparo cirúrgico 
aberto serem relativamente raros, um programa de 
observação é importante para detectar essas 
complicações, como a formação de aneurismas 
anastomóticosou paranastomóticos, que podem 
ocorrer em mais de 20% dos pacientes, em qualquer 
momento até 15 anos de pós-operatório.
• exames de imagem do paciente com TC imediata e a 
cada cinco anos após o reparo. 
• A ultrassonografia é exame técnico dependente e não 
tem a sensibilidade da TC para detecção de alterações 
anastomóticas ou paranastomóticas.
Reparo Endovascular
• Relatado pela primeira vez por Parodi et al. em 
1991, e tem sido amplamente adotado. 
• Em 2006, a Agency for Healthcare Research and
Quality publicou uma comparação entre o REVA e 
o reparo cirúrgico aberto para AAA, que concluiu 
que :
– “O REVA apresenta menor tempo de internação, 
– menor morbidade e mortalidade em 30 dias,
– mas não melhora a qualidade de vida após três meses 
ou sobrevida após dois anos”.
Reparo Endovascular
• Apesar de as taxas de morbidade e mortalidade precoces (0,5% a 1,54% 
versus 3% a 4,8%) serem mais baixas com o REVA, há uma taxa maior de 
reintervenção (embora principalmente endovascular) para reparo 
endovascular do que para reparo aberto de aneurismas e, após 2 a 3 anos, 
não existe diferença significativa na taxa de mortalidade global. 
• Essa tecnologia relativamente recente originou um conjunto totalmente 
novo de complicações. 
– endoleak (vazamento interno);
– complicações relacionadas ao acesso, que ocorrem em até 3% dos casos, e 
incluem hematoma, pseudoaneurisma, oclusão ou dissecção arterial e ruptura 
ou transecção da artéria ilíaca; embolização periférica; 
– insuficiência renal
– oclusão inadvertida da artéria renal ou hipogástrica
– ocorrências raras, como isquemia do cólon ou da medula. 
– infecção do enxerto.
Reparo Endovascular
• Essas vantagens, embora limitadas, foram suficientes 
para que o REVA fosse realizado nos últimos anos 
com mais frequência do que o reparo cirúrgico 
aberto para aneurismas com anatomia adequada.
• Várias considerações anatômicas permitem 
selecionar o paciente com indicação para REVA, 
incluindo a anatomia do colo do aneurisma 
(diâmetro, comprimento, forma e angulação) e das 
artérias ilíacas (calibre, tortuosidade e envolvimento 
aneurismático). 
Reparo Endovascular
• Endoleak tipo I
– é definido como a falha em selar completamente as zonas de selamento proximal (tipo 
Ia) ou distal (tipo Ib), representando uma falha em excluir o saco aneurismático
• Endoleak tipo II
– são as formas mais comuns e representam enchimento contínuo do saco aneurismático 
pelos ramos lombares ou artéria mesentérica inferior. 
• Endoleak tipo III 
– representam a falência de um componente individual ou do selamento entre os 
componentes de um sistema modular de enxerto
• Endoleak tipo IV
– representam porejamento por meio do material poroso do enxerto e são 
caracteristicamente autolimitados, resolvendo quando o processo de anticoagulação é 
revertido
• Endoleak tipo V
– endotensão
Aneurisma Aórtico Torácico
Classificação de aneurisma de aorta 
tóraco Abdominal
• Extensão I, distal à artéria subclávia esquerda até acima 
das artérias renais; 
• Extensão II, distal à artéria subclávia esquerda até abaixo 
das artérias renais; 
• Extensão III, do sexto espaço intercostal até abaixo das 
artérias renais; 
• Extensão IV, do 12.° espaço intercostal até bifurcação 
aórtica (aneurisma aórtico abdominal total); 
• Extensão V, a partir do sexto espaço intercostal até logo 
acima das artérias renais. 
Aneurisma Tóraco Abdominal
Reparo Aberto dos Aneurismas 
Torácico e Toracoabdominal
• O nível da entrada na cavidade torácica para 
reparo de aneurismas torácicos ou 
toracoabdominais é guiado pela extensão 
proximal do aneurisma.
• Uma incisão no 
– quinto ou sexto espaço intercostal proporciona 
excelente exposição da aorta descendente proximal, 
– no oitavo ou nono espaço intercostal para 
descendente média, 
– e no décimo ou décimo primeiro espaço intercostal 
para a porção infradiafragmática da aorta
Reparo Aberto dos Aneurismas 
Torácico e Toracoabdominal
• A circulação extracorpórea combinada com o 
uso seletivo de perfusão aórtica distal e 
visceral com parada circulatória hipotérmica, 
tem alcançado bons resultados em mãos 
experientes.
Tratamento Endovascular dos 
Aneurismas Torácicos
• Em 2005, a FDA aprovou a endoprótese torácica TAG da Gore para 
o tratamento de aneurismas da aorta torácica descendente. 
• Desde então, o tratamento com cirurgia aberta de aneurismas da 
aorta torácica descendente tem sido largamente suplantado pela 
REVAT para lesões anatomicamente adequadas.
• Como para as endopróteses de aorta abdominal, o estudo inicial e 
subsequente tem demonstrado índice significativamente mais baixo 
de morbidade e mortalidade em curto prazo do que com o reparo 
aberto. 
• Diferentemente do REVA do AAA, o reparo endovascular do 
aneurisma de aorta torácica descendente parece oferecer 
significativa vantagem na mortalidade, em longo prazo, relacionada 
com o aneurisma. 
• As complicações mais frequentes do REVAT são as relacionadas com 
as lesões nos acessos arteriais, femoral e ilíaco. 
Tratamento Endovascular dos 
Aneurismas Torácicos
• Várias considerações anatômicas orientam a 
seleção do paciente para o REVAT. Assim como 
na REVA, o diâmetro, o comprimento e a 
configuração do colo proximal do aneurisma 
devem ser adequados à configuração e às 
possibilidades dos enxertos disponíveis.
Tratamento Endovascular dos 
Aneurismas Torácicos
• O REVAT tem, entretanto, consistentemente 
alcançado índices mais baixos de mortalidade 
precoce e complicações pós-operatórias do 
que o reparo aberto.
– índices de mortalidade perioperatória de 2,1% 
versus 11,7%; 
– de isquemia de medula espinhal de 3% versus 
14%; 
– de insuficiência respiratória de 4% versus 20%;
– e de insuficiência renal de 1% versus 13%, 
Isquemia da medula espinhal
• Tal como acontece com o reparo aberto de aneurismas 
torácicos e toracoabdominais, a isquemia da medula 
espinhal, que pode manifestar-se como paraparesia ou 
paraplegia temporária ou permanente, unilateral ou 
bilateral, tem grande importância. 
• Os fatores de risco para isquemia da medula espinhal 
incluem o comprimento da cobertura aórtica, a cobertura 
da aorta torácica distal, o comprometimento de vários 
territórios colaterais, insuficiência renal pré-operatória e 
hipotensão
Síndromes Aórticas Agudas
• Dissecção da Aorta
• Hematoma Intramural
• Úlcera penetrante ateroscleróticas
• Trauma aorta 
Síndromes Aórticas Agudas
Dissecção da Aorta
• A dissecção aórtica ocorre quando um defeito 
na camada íntima do vaso permite que o 
sangue crie um falso canal na parede aórtica 
entre as camadas média e adventícia. 
• A aorta fica dividida em 2 lumens ( verdadeiro 
e falso) que são separados por um septo 
denominado retalho de dissecção. 
Dissecção da Aorta
• Várias condições estão associadas ao 
desenvolvimento da dissecção aórtica, 
– Desordens do tecido conjuntivo(síndrome de 
Marfan)
– Hipertensão
– Gravidez
– Abuso de cocaína
– Halterofilismo
Classificações de DeBakey e Stanford
• As dissecções 
– tipo I de DeBakey (envolve a aorta ascendente e 
toracoabdominal) 
– tipo II de DeBakey (limitado à aorta ascendente)ou 
tipo A de Stanford (qualquer envolvimento da aorta 
ascendente) 
– tipo IIIa de DeBakey (confinado à aorta torácica 
descendente)
– tipo IIIb de DeBakey ou tipo B de Stanford
(envolvendo aorta torácica descendente e aorta 
abdominal)
Diagnóstico
• A TC permanece como o principal método diagnóstico de imagem, 
– obtenção de dados anatômicos excelentes, 
– capacidade para localizar a entrada da laceração e fenestrações, 
– avaliação da patência dos ramos da aorta e detecção de extravasamento de contraste, 
consistente com ruptura .
– A TC está amplamente disponível, e estudos excelentes podem ser obtidos rapidamente com 
canais multidetectores helicoidais modernos em poucos minutos. 
• A RM consome substancialmente mais tempo para ser obtida, e sua utilização 
pode ser limitada por fatores do paciente(implantemetálico ou a existência de 
dispositivos terapêuticos implantados)
• A Angiografia proporciona excelente informação sobre a anatomia e o 
envolvimento da aorta e seus ramos; tem capacidade para visualizar a anatomia 
do retalho da dissecção e as fenestrações (particularmente com o uso adjuvante 
do ultrassom intravascular – USIV).
• Ecocardiograma Transesofágico (Pacientes instáveis)
A, Dissecção tipo A de Stanford com retalho (flap) de dissecção visível nas aortas ascendente 
(seta fina) e descendente (seta grossa). B, Dissecção tipo B de Stanford demonstrando 
fenestração na laceração de entrada proximal distalmente à artéria subclávia esquerda (seta fina 
vertical) e enchimento dos lumens verdadeiro (seta grossa) e falso (seta horizontal fina) com 
diferente intensidade do meio de contraste.
Quadro Clínico
• A dissecção tipo A
– dor torácica ou dorsal aguda, comumente descrita como 
dilacerante ou lancinante. 
– acompanhado por grave hipotensão, em particular no caso 
de tamponamento pericárdico ou ruptura da valva aórtica,
– hipoperfusão distal. 
– Os déficits de pulso distal ou outras evidências de má 
perfusão de início súbito, dor torácica ou dorsal de grande 
intensidade devem imediatamente levar à suspeição de 
dissecção aórtica. 
– A dissecção tipo A aguda é, geralmente, considerada 
emergência cirúrgica. 
Tratamento Cirúrgico Tipo A
Sob parada circulatória, a aorta ascendente e o arco aórticos são abertos, a 
dissecção é exposta (1, 2). O falso lúmen é obliterado (4)
Tratamento Cirúrgico Tipo A
O enxerto é suturado ao arco transverso em uma anastomose distal aberta 
(3) B, A anastomose distal é reforçada (5). A valva aórtica é suspensa (6). A 
anastomose proximal é realizada (7).
Quadro Clínico
• A dissecção tipo B
– aguda (≤ 14 dias do início dos sintomas) 
• apresentam, frequentemente, dor torácica ou dorsal 
lancinante, principalmente no caso de hipertensão grave
• A má perfusão da medula espinhal , renal, visceral ou das 
extremidades inferiores pode complicar a evolução
– crônica (> 14 dias do início dos sintomas) 
• A extensão é normalmente anterógrada, 
estendendo-se até as artérias ilíacas ou femorais. 
As reentradas podem permitir comunicação entre 
os lumens, verdadeiro e falso, em intervalos ao 
longo do comprimento da dissecção.
Tratamento da dissecção do tipo B
• O tratamento clínico intensivo tem sido parte 
principal do tratamento para dissecção não 
complicada, 
• As dissecções complicadas por ruptura, 
expansão aneurismática e evidência de má 
perfusão ou, dor intratável, têm sido tratadas 
cirurgicamente. 
Dissecções Tipo B complicadas
• Os ramos aórticos para extremidades inferiores, 
vísceras e medula espinhal podem originar-se dos 
lumens verdadeiro ou falso. 
• A má perfusão pode resultar 
– Da compressão dinâmica do lúmen verdadeiro,
– Da trombose de um ou ambos os lumens, 
– Da obstrução estática causada pela extensão da dissecção 
para dentro do ramo aórtico. 
• Pode manifestar-se com o surgimento de disfunção 
renal, dor abdominal e isquemia mesentérica, isquemia 
de extremidade inferior ou função neurológica, 
variando de parestesia a paraplegia.
Tratamento cirúrgico para dissecção 
tipo B complicadas
• Pode consistir 
– troca da aorta descendente
• A troca da aorta descendente tem o objetivo de interromper o 
alargamento e a rotura da mesma
• mortalidade hospitalar(29,3%) 
– fenestração da aorta abdominal 
• visa aliviar a isquemia visceral e para os membros inferiores.
• Esse procedimento, que é raramente efetivo, envolve a realização 
de aortotomia na aorta dissecada, para ressecar uma porção do 
retalho da dissecção na aorta no intuito de permitir a perfusão 
das artérias mesentéricas e renais ou, na aorta infrarrenal, 
reperfundir os membros inferiores
• 43% de mortalidade cirúrgica
Tratamento cirúrgico para dissecção 
tipo B complicadas
• Em 1999, Dake et al. relataram a colocação 
endovascular de endopróteses para dissecção aórtica 
aguda como alternativa ao tradicional tratamento 
cirúrgico. 
• O princípio da terapia endovascular com endoprótese é 
a exclusão da entrada da laceração com 
despressurização do falso lúmen; isso resulta na 
expansão do lúmen verdadeiro e trombose do lúmen 
falso com remodelamento subsequente da aorta, com 
aumento do diâmetro do lúmen verdadeiro e 
diminuição do diâmetro do lúmen falso .
Tratamento cirúrgico para dissecção 
tipo B complicadas
Tratamento cirúrgico para dissecção 
tipo B complicadas
• As técnicas coadjuvantes, como fenestração 
ou colocação direta de stent para restaurar o 
fluxo dos ramos obstruídos, também são 
importantes componentes do tratamento 
moderno da dissecção. 
Tratamento cirúrgico para dissecção 
tipo B não complicadas
• O reparo aberto para dissecção crônica pode produzir 
resultados mais favoráveis com taxa de mortalidade de 
5,8% em 30 dias, taxa de AVC de 3% e taxa de isquemia 
da medula espinhal de 6%.
• colocação endovascular de endopróteses para 
dissecção aórtica para dissecção crônica, em geral 
ocorre espessamento progressivo do retalho da íntima 
e as fenestrações de “reentrada” distal estão bem 
consolidadas, causando mais dificuldade em induzir a 
trombose do falso lúmen do que em uma dissecção 
aguda e, provavelmente, diminuindo a ocorrência 
global de remodelamento favorável.
Tratamento cirúrgico para dissecção 
tipo B não complicadas
• Apesar de a terapia clínica continuar sendo o padrão de tratamento. 
Uma revisão demonstrou: 
– falha precoce (nos primeiros 15 dias) 12% dos pacientes
– 58% de falhas principalmente relacionadas com a degeneração 
aneurismática, 
– Em última análise, a sobrevida livre de intervenção foi de apenas 
55% em três anos e diminuiu para 41% em seis anos.
– No contexto destas informações, o potencial de remodelamento 
aórtico e a prevenção da dilatação aneurismática com o tempo 
provocaram interesse crescente no uso precoce de stent nessa 
população. Um ensaio randomizado de combinação de REVAT e 
tratamento clínico ótimo versus tratamento clínico isolado (ensaio 
INSTEAD-XL) relatou recentemente uma análise de referência 
sugerindo benefício para REVAT em todos os desfechos, incluindo 
mortalidade por todas as causas, mortalidade específica da aorta e 
progressão da doença entre dois e cinco anos.
Úlcera aterosclerótica penetrante e 
hematoma intramural
• São considerados variantes de dissecção aórtica. 
– A úlcera aterosclerótica penetrante (UAP)
• representa ulceração focal da íntima da aorta em região com 
doença aterosclerótica preexistente. Essas lesões podem, 
eventualmente, estender-se para a média e evoluir para 
uma dissecção verdadeira. 
– O hematoma intramural (HI)
• ocorre quando um trombo intramural é encontrado sem 
evidência de ruptura intimal associada, possivelmente como 
resultado da ruptura da vasa vasorum na parede aórtica. De 
modo similar à úlcera aterosclerótica penetrante, o 
hematoma intramural pode evoluir para dissecção se uma 
laceração franca da íntima se desenvolver.
• UAP-A úlcera penetrante de aorta, apesar de ser 
infreqüente, deve ser sempre considerada como 
hipótese diagnóstica em pacientes idosos com 
cardiopatias e hipertensão arterial sistêmica, que 
apresentam com dor torácica subaguda e crônica 
de difícil controle clínico, sem indícios de 
isquemia miocárdica. Nesses casos, prefere-se o 
tratamento percutâneo com o implante de 
endopróteses via femoral.
Úlcera aterosclerótica penetrante
Hematoma intramural
• Há maior prevalência da doença em homens 
(61%) com média de idade para o sexo 
masculino entre 63 e 68e com antecedentes 
de hipertensão arterial sistêmica de 53%.
• A forma não-traumática é a mais freqüente, 
sendo encontrada com incidência de 94%.
• A presença de sintomas como dor no peito 
e/ou no dorso esteve presente em mais de 
80% dos casos.
Hematoma intramural
• Considerando uma população mais idosa e uma maior 
mortalidade e morbidade da cirurgia da aorta, acreditamos 
que o tratamento clínico nospacientes com hematoma 
intramural da aorta ascendente ainda é factível. 
• Entretanto, a opção do tratamento cirúrgico deve ser 
considerada, uma vez que a sobrevida nesse grupo é 
superior quando comparada ao tratamento clínico, mesmo 
que essa conduta ainda precise de mais suporte baseado 
em investigações com séries mais representativas. 
• Na aorta ascendente a operação consiste na substituição 
desse segmento do vaso enquanto que na descendente 
existe a possibilidade do procedimento endovascular.
Trauma Contuso da Aorta Torácica
• A maioria das lesões contusas da aorta está relacionada com veículos motorizados 
e envolve a aorta torácica. 
• As transecções verdadeiras são rapidamente fatais, 
• No entanto, os pacientes podem chegar relativamente estáveis com lesões que vão 
desde pseudoaneurismas contidos, hematoma intramural ou interrupções da 
íntima relativamente sutis. 
• O atual padrão ouro para o diagnóstico de imagem do trauma aórtico é a 
angiotomografia com contraste. 
• O local lesado com mais frequência é o istmo aórtico e, geralmente, consiste em 
um rasgo transversal que pode abranger parcial ou completamente a 
circunferência aórtica .Acredita-se que a lesão neste local resulte de uma 
desaceleração rápida, que cria grande torção e forças de cisalhamento, onde os 
segmentos relativamente móveis da aorta se tornam fixos, como o ligamentum
arteriosum, raiz aórtica e diafragma.
• O histórico e o exame físico podem não ser reveladores. A radiografia de tórax 
pode demonstrar alargamento do mediastino, entre outras.
• A TC é sensível e identifica o verdadeiro hematoma periaórtico.
Trauma Contuso da Aorta Torácica
• Desde o primeiro trabalho sobre reparo 
endovascular de lesão traumática na aorta 
torácica em 1997, os dados acumularam-se 
rapidamente para apoiar o uso preferencial de 
endoprótese endovascular em vez de o 
tradicional reparo aberto decorrentes das 
consistentes taxas reduzidas 
– de mortalidade (8% a 9% versus 19%), 
– paraplegia (0,5% a 3% versus 3% a 9%) 
– e doença renal terminal (5% versus 8%), 
– com uma taxa de AVC comparável (2,5% versus 1%).
	Slide 1: ANEURISMA DA AORTA
	Slide 2: ANATOMIA
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5: ANEURISMA
	Slide 6: INCIDÊNCIA AAA
	Slide 7: Tipos de Aneurismas
	Slide 8: Tipos de Aneurismas
	Slide 9
	Slide 10: Fatores de Risco para desenvolvimento de aneurisma
	Slide 11: Fatores de Risco para a Expansão do Aneurisma
	Slide 12: Fatores de Risco para Ruptura de Aneurisma
	Slide 13: Risco de Ruptura (segundo diâmetro transversal)
	Slide 14: Risco de Ruptura 
	Slide 15: Diagnóstico
	Slide 16: Diagnóstico
	Slide 17
	Slide 18: Diagnóstico
	Slide 19
	Slide 20: Diagnóstico
	Slide 21
	Slide 22: Seguimento
	Slide 23: Tratamento Clínico
	Slide 24: Tratamento Cirúrgico
	Slide 25: Avaliação Pré-operatória
	Slide 26: Avaliação Pré-operatória
	Slide 27: Técnica de Reparo por Cirurgia Aberta de Aneurismas Aórticos Abdominais
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30: Técnica de Reparo por Cirurgia Aberta de Aneurismas Aórticos Abdominais
	Slide 31
	Slide 32: Abordagem Retroperitoneal 
	Slide 33: Abordagem Retroperitoneal
	Slide 34: Abordagem Retroperitoneal
	Slide 35: Manejo Pós-operatório
	Slide 36: Manejo Pós-operatório
	Slide 37: Manejo Pós-operatório
	Slide 38: Reparo Endovascular
	Slide 39
	Slide 40: Reparo Endovascular
	Slide 41: Reparo Endovascular
	Slide 42: Reparo Endovascular
	Slide 43
	Slide 44: Aneurisma Aórtico Torácico
	Slide 45: Classificação de aneurisma de aorta tóraco Abdominal
	Slide 46: Aneurisma Tóraco Abdominal
	Slide 47: Reparo Aberto dos Aneurismas Torácico e Toracoabdominal
	Slide 48: Reparo Aberto dos Aneurismas Torácico e Toracoabdominal
	Slide 49: Tratamento Endovascular dos Aneurismas Torácicos
	Slide 50: Tratamento Endovascular dos Aneurismas Torácicos
	Slide 51: Tratamento Endovascular dos Aneurismas Torácicos
	Slide 52: Isquemia da medula espinhal
	Slide 53: Síndromes Aórticas Agudas
	Slide 54: Síndromes Aórticas Agudas
	Slide 55: Dissecção da Aorta
	Slide 56: Dissecção da Aorta
	Slide 57: Classificações de DeBakey e Stanford
	Slide 58
	Slide 59: Diagnóstico
	Slide 60: A, Dissecção tipo A de Stanford com retalho (flap) de dissecção visível nas aortas ascendente (seta fina) e descendente (seta grossa). B, Dissecção tipo B de Stanford demonstrando fenestração na laceração de entrada proximal distalmente à artéri
	Slide 61: Quadro Clínico
	Slide 62: Tratamento Cirúrgico Tipo A
	Slide 63: Tratamento Cirúrgico Tipo A
	Slide 64: Quadro Clínico
	Slide 65: Tratamento da dissecção do tipo B
	Slide 66: Dissecções Tipo B complicadas
	Slide 67: Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B complicadas
	Slide 68: Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B complicadas
	Slide 69: Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B complicadas
	Slide 70: Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B complicadas
	Slide 71: Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B não complicadas
	Slide 72: Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B não complicadas
	Slide 73: Úlcera aterosclerótica penetrante e hematoma intramural
	Slide 74
	Slide 75: Hematoma intramural
	Slide 76: Hematoma intramural
	Slide 77: Trauma Contuso da Aorta Torácica
	Slide 78: Trauma Contuso da Aorta Torácica
	Slide 79

Mais conteúdos dessa disciplina