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ANEURISMA DA AORTA ANATOMIA ANEURISMA • Os aneurismas são definidos como aumento do tamanho superior a 50% do diâmetro arterial normal, podendo ocorrer em qualquer região ao longo da aorta, da raiz até a bifurcação. INCIDÊNCIA AAA • 25 casos por 100.000 pacientes/ano. • O diagnóstico de AAA – chega a 6% na população acima de 65 anos, – 10% em pacientes acima de 80 anos. • O diagnóstico é mais frequente entre 65 e 75 anos. Tipos de Aneurismas • Aneurismas Fusiformes – Dilatação circunferencial que envolve as três camadas da parede do vaso • Aneurismas saculares – São uma uma evaginação focal da parede arterial • Pseudoaneurismas (falsos aneurismas) – Defeito focal na artéria, com uma coleção de sangue contido pela adventícia e tecido periarterial, podem ser degenerativos, infecciosos ou traumáticos. • Aneurismas Micóticos – associados a infecção , inflamação, doença autoimune ou do tecido conjuntivo. Tipos de Aneurismas Fatores de Risco para desenvolvimento de aneurisma • Tabagismo • Hipercolesterolemia • Hipertensão arterial sistêmica • Gênero masculino • História familiar – Fatores genéticos que contribuem para a degradação do colágeno e da elastina estão associados a doença aneurismática. Fatores de Risco para a Expansão do Aneurisma • Idade avançada • Doença cardíaca grave • Acidente vascular encefálico prévio • Tabagismo • Transplante cardíaco ou renal Fatores de Risco para Ruptura de Aneurisma • Gênero feminino • DPOC • Grande diâmetro do AAA • Pressão arterial média elevada • Tabagismo (tempo de consumo ≫ quantidade) • Transplante cardíaco ou renal Risco de Ruptura (segundo diâmetro transversal) • DIÂMETRO DO AAA (cm) RISCO DE RUPTURA (%/ANO) • < 4 0 • 4-5 0,5-5 • 5-6 3-15 • 6-7 10-20 • 7-8 20-40 • > 8 30-50 Risco de Ruptura • A maioria dos médicos considera a taxa de crescimento como fator de risco para ruptura. – Taxa de crescimento acima de 5 mm em 6 meses – ou mais de 1 cm por ano Independente do tamanho do aneurisma Diagnóstico • Exame físico com a palpação de massa pulsátil, mais comumente supraumbilical e na linha mediana. A sensibilidade do exame físico é dependente do tamanho do aneurisma e do biotipo do paciente. Diagnóstico • A ultrassonografia – tem mostrado sensibilidade e especificidade excelentes .A ultrassonografia pode ser limitada pelo biotipo do paciente e presença de gases intestinais. É um excelente método de triagem, pois evita as complicações associadas com exames invasivos, radiação e meio de contraste. Diagnóstico • A tomografia computadorizada (TC) – proporciona excelente imagem de AAA, com maior reprodutibilidade das medidas do diâmetro do que a ultrassonografia. – A TC, com contraste iodado para realizar angiografia por tomografia computadorizada (ângio-TC), proporciona riqueza de informação anatômica, detecta calcificação do vaso, trombos e doença arterial oclusiva concomitante, permite a reconstrução multiplanar e tridimensional, e análise para planejamento cirúrgico. – As desvantagens incluem substancial exposição radioativa, em particular no caso de exames seriados e do uso de meio de contraste iodado em população com elevada incidência de doença renal como comorbidade. Diagnóstico • A imagem da ressonância magnética (RM) e a angiografia por ressonância magnética (ângio-RM) – são semelhantes à TC, na sensibilidade para detecção de AAA. – Diferentemente da TC, a ângio-RM não mostra calcificação da parede aórtica, o que pode ser importante no planejamento cirúrgico. – Apesar de o exame não necessitar do uso de contraste iodado, a ângio-RM utiliza gadolínio, que tem sido associado ao desenvolvimento de fibrose nefrogênica sistêmica em pacientes com taxa de filtração glomerular baixa. – A disponibilidade da ressonância magnética também pode ser limitada pela presença de implantes ou corpos estranhos metálicos incompatíveis. Seguimento • < 2,6 cm: não recomenda triagem adicional • 2,6-2,9 cm: reexaminar em 5 anos • 3,0-3,4 cm: reexaminar em 3 anos • 3,5-4,4 cm: reexaminar em 12 meses • 4,5-5,4 cm: reexaminar em seis meses Tratamento Clínico – ácido acetilsalicílico – Betabloqueadores – estatinas – cessação do tabagismo. Tratamento Cirúrgico • Em geral, o tratamento cirúrgico é recomendado para aneurismas com mais de 5,5 cm de diâmetro, • aqueles que apresentam mais de 5 mm de crescimento em 6 meses ou mais de 1 cm em 1 ano, e aneurismas com anatomia sacular em vez de a anatomia típica fusiforme. • A existência de diferenças entre gêneros em vários fatores justifica que alguns especialistas defendam que o reparo do aneurisma deve ser considerado para tamanhos menores em mulheres. • Também foi citado que a presença de muita ansiedade relacionada com o aneurisma, associada ao conhecimento sobre a presença de um aneurisma não reparado, afeta a qualidade de vida e pode ser um fator a ter em conta no tratamento de aneurismas abaixo de 5,5 cm de diâmetro. Avaliação Pré-operatória • compreende planejamento cirúrgico, como também a identificação e o manejo das comorbidades clínicas importantes – doença das artérias coronárias (DAC), – insuficiência renal – Estenose carotídea – doença arterial periférica oclusiva – diabetes – doença pulmonar obstrutiva Avaliação Pré-operatória Técnica de Reparo por Cirurgia Aberta de Aneurismas Aórticos Abdominais • abordagem transperitoneal – O reparo transperitoneal via laparotomia com incisão mediana é a abordagem mais amplamente utilizada para aneurisma infrarrenal típico e oferece exposição rápida. Técnica de Reparo por Cirurgia Aberta de Aneurismas Aórticos Abdominais Abordagem Retroperitoneal Exposição aórtica retroperitoneal pode ser executada com o paciente em posição de decúbito lateral direito modificado, com o tórax rodado, mas o quadril relativamente plano para permitir o acesso a ambas as regiões inguinais. Abordagem Retroperitoneal • Reduz o estresse fisiológico do paciente e resulta em menos complicações pulmonares pós- operatórias, como também reduz o íleo pós- operatório. • As incisões medianas podem complicar causando defeitos da parede abdominal, aparentes radiograficamente em aproximadamente 20% dos casos • Dor pós-operatória persistente, flacidez da parede lateral e hérnia têm sido descritas como complicações do reparo retroperitoneal Abordagem Retroperitoneal • A abordagem retroperitoneal fornece maior acesso ao segmento visceral da aorta abdominal e pode ser auxiliada, se necessário, pela extensão torácica da incisão e exposição com ou sem secção do diafragma. • A exposição extensiva das porções supracelíaca e visceral da aorta permite o acesso completo, e a decisão a ser tomada no que diz respeito à colocação do clampe, que pode ser suprarrenal, supramesentérica ou supracelíaca. Abordagem Retroperitoneal Manejo Pós-operatório • Pac são internados na unidade de tratamento intensivo, – com monitoramento cardiopulmonar contínuo. – Controle adequado da dor (anestesia epidural e a analgesia controlada do paciente são opções excelentes para manejo da dor no pós-operatório) – Oxigenação adequada – Controle da frequência cardíaca. – A utilização de profilaxia apropriada para trombose venosa profunda é importante – A atenção para a mobilização precoce e a nutrição do paciente também são essenciais para a recuperação. Manejo Pós-operatório • A isquemia e reperfusão também podem contribuir para lesões nos pulmões, desenvolvimento de síndrome compartimental das extremidades inferiores com rabdomiólise • Síndrome compartimental abdominal que pode requerer laparotomia descompressiva . Manejo Pós-operatório • Apesar de eventos tardios após o reparo cirúrgico aberto serem relativamente raros, um programa de observação é importante para detectar essas complicações, como a formação de aneurismas anastomóticosou paranastomóticos, que podem ocorrer em mais de 20% dos pacientes, em qualquer momento até 15 anos de pós-operatório. • exames de imagem do paciente com TC imediata e a cada cinco anos após o reparo. • A ultrassonografia é exame técnico dependente e não tem a sensibilidade da TC para detecção de alterações anastomóticas ou paranastomóticas. Reparo Endovascular • Relatado pela primeira vez por Parodi et al. em 1991, e tem sido amplamente adotado. • Em 2006, a Agency for Healthcare Research and Quality publicou uma comparação entre o REVA e o reparo cirúrgico aberto para AAA, que concluiu que : – “O REVA apresenta menor tempo de internação, – menor morbidade e mortalidade em 30 dias, – mas não melhora a qualidade de vida após três meses ou sobrevida após dois anos”. Reparo Endovascular • Apesar de as taxas de morbidade e mortalidade precoces (0,5% a 1,54% versus 3% a 4,8%) serem mais baixas com o REVA, há uma taxa maior de reintervenção (embora principalmente endovascular) para reparo endovascular do que para reparo aberto de aneurismas e, após 2 a 3 anos, não existe diferença significativa na taxa de mortalidade global. • Essa tecnologia relativamente recente originou um conjunto totalmente novo de complicações. – endoleak (vazamento interno); – complicações relacionadas ao acesso, que ocorrem em até 3% dos casos, e incluem hematoma, pseudoaneurisma, oclusão ou dissecção arterial e ruptura ou transecção da artéria ilíaca; embolização periférica; – insuficiência renal – oclusão inadvertida da artéria renal ou hipogástrica – ocorrências raras, como isquemia do cólon ou da medula. – infecção do enxerto. Reparo Endovascular • Essas vantagens, embora limitadas, foram suficientes para que o REVA fosse realizado nos últimos anos com mais frequência do que o reparo cirúrgico aberto para aneurismas com anatomia adequada. • Várias considerações anatômicas permitem selecionar o paciente com indicação para REVA, incluindo a anatomia do colo do aneurisma (diâmetro, comprimento, forma e angulação) e das artérias ilíacas (calibre, tortuosidade e envolvimento aneurismático). Reparo Endovascular • Endoleak tipo I – é definido como a falha em selar completamente as zonas de selamento proximal (tipo Ia) ou distal (tipo Ib), representando uma falha em excluir o saco aneurismático • Endoleak tipo II – são as formas mais comuns e representam enchimento contínuo do saco aneurismático pelos ramos lombares ou artéria mesentérica inferior. • Endoleak tipo III – representam a falência de um componente individual ou do selamento entre os componentes de um sistema modular de enxerto • Endoleak tipo IV – representam porejamento por meio do material poroso do enxerto e são caracteristicamente autolimitados, resolvendo quando o processo de anticoagulação é revertido • Endoleak tipo V – endotensão Aneurisma Aórtico Torácico Classificação de aneurisma de aorta tóraco Abdominal • Extensão I, distal à artéria subclávia esquerda até acima das artérias renais; • Extensão II, distal à artéria subclávia esquerda até abaixo das artérias renais; • Extensão III, do sexto espaço intercostal até abaixo das artérias renais; • Extensão IV, do 12.° espaço intercostal até bifurcação aórtica (aneurisma aórtico abdominal total); • Extensão V, a partir do sexto espaço intercostal até logo acima das artérias renais. Aneurisma Tóraco Abdominal Reparo Aberto dos Aneurismas Torácico e Toracoabdominal • O nível da entrada na cavidade torácica para reparo de aneurismas torácicos ou toracoabdominais é guiado pela extensão proximal do aneurisma. • Uma incisão no – quinto ou sexto espaço intercostal proporciona excelente exposição da aorta descendente proximal, – no oitavo ou nono espaço intercostal para descendente média, – e no décimo ou décimo primeiro espaço intercostal para a porção infradiafragmática da aorta Reparo Aberto dos Aneurismas Torácico e Toracoabdominal • A circulação extracorpórea combinada com o uso seletivo de perfusão aórtica distal e visceral com parada circulatória hipotérmica, tem alcançado bons resultados em mãos experientes. Tratamento Endovascular dos Aneurismas Torácicos • Em 2005, a FDA aprovou a endoprótese torácica TAG da Gore para o tratamento de aneurismas da aorta torácica descendente. • Desde então, o tratamento com cirurgia aberta de aneurismas da aorta torácica descendente tem sido largamente suplantado pela REVAT para lesões anatomicamente adequadas. • Como para as endopróteses de aorta abdominal, o estudo inicial e subsequente tem demonstrado índice significativamente mais baixo de morbidade e mortalidade em curto prazo do que com o reparo aberto. • Diferentemente do REVA do AAA, o reparo endovascular do aneurisma de aorta torácica descendente parece oferecer significativa vantagem na mortalidade, em longo prazo, relacionada com o aneurisma. • As complicações mais frequentes do REVAT são as relacionadas com as lesões nos acessos arteriais, femoral e ilíaco. Tratamento Endovascular dos Aneurismas Torácicos • Várias considerações anatômicas orientam a seleção do paciente para o REVAT. Assim como na REVA, o diâmetro, o comprimento e a configuração do colo proximal do aneurisma devem ser adequados à configuração e às possibilidades dos enxertos disponíveis. Tratamento Endovascular dos Aneurismas Torácicos • O REVAT tem, entretanto, consistentemente alcançado índices mais baixos de mortalidade precoce e complicações pós-operatórias do que o reparo aberto. – índices de mortalidade perioperatória de 2,1% versus 11,7%; – de isquemia de medula espinhal de 3% versus 14%; – de insuficiência respiratória de 4% versus 20%; – e de insuficiência renal de 1% versus 13%, Isquemia da medula espinhal • Tal como acontece com o reparo aberto de aneurismas torácicos e toracoabdominais, a isquemia da medula espinhal, que pode manifestar-se como paraparesia ou paraplegia temporária ou permanente, unilateral ou bilateral, tem grande importância. • Os fatores de risco para isquemia da medula espinhal incluem o comprimento da cobertura aórtica, a cobertura da aorta torácica distal, o comprometimento de vários territórios colaterais, insuficiência renal pré-operatória e hipotensão Síndromes Aórticas Agudas • Dissecção da Aorta • Hematoma Intramural • Úlcera penetrante ateroscleróticas • Trauma aorta Síndromes Aórticas Agudas Dissecção da Aorta • A dissecção aórtica ocorre quando um defeito na camada íntima do vaso permite que o sangue crie um falso canal na parede aórtica entre as camadas média e adventícia. • A aorta fica dividida em 2 lumens ( verdadeiro e falso) que são separados por um septo denominado retalho de dissecção. Dissecção da Aorta • Várias condições estão associadas ao desenvolvimento da dissecção aórtica, – Desordens do tecido conjuntivo(síndrome de Marfan) – Hipertensão – Gravidez – Abuso de cocaína – Halterofilismo Classificações de DeBakey e Stanford • As dissecções – tipo I de DeBakey (envolve a aorta ascendente e toracoabdominal) – tipo II de DeBakey (limitado à aorta ascendente)ou tipo A de Stanford (qualquer envolvimento da aorta ascendente) – tipo IIIa de DeBakey (confinado à aorta torácica descendente) – tipo IIIb de DeBakey ou tipo B de Stanford (envolvendo aorta torácica descendente e aorta abdominal) Diagnóstico • A TC permanece como o principal método diagnóstico de imagem, – obtenção de dados anatômicos excelentes, – capacidade para localizar a entrada da laceração e fenestrações, – avaliação da patência dos ramos da aorta e detecção de extravasamento de contraste, consistente com ruptura . – A TC está amplamente disponível, e estudos excelentes podem ser obtidos rapidamente com canais multidetectores helicoidais modernos em poucos minutos. • A RM consome substancialmente mais tempo para ser obtida, e sua utilização pode ser limitada por fatores do paciente(implantemetálico ou a existência de dispositivos terapêuticos implantados) • A Angiografia proporciona excelente informação sobre a anatomia e o envolvimento da aorta e seus ramos; tem capacidade para visualizar a anatomia do retalho da dissecção e as fenestrações (particularmente com o uso adjuvante do ultrassom intravascular – USIV). • Ecocardiograma Transesofágico (Pacientes instáveis) A, Dissecção tipo A de Stanford com retalho (flap) de dissecção visível nas aortas ascendente (seta fina) e descendente (seta grossa). B, Dissecção tipo B de Stanford demonstrando fenestração na laceração de entrada proximal distalmente à artéria subclávia esquerda (seta fina vertical) e enchimento dos lumens verdadeiro (seta grossa) e falso (seta horizontal fina) com diferente intensidade do meio de contraste. Quadro Clínico • A dissecção tipo A – dor torácica ou dorsal aguda, comumente descrita como dilacerante ou lancinante. – acompanhado por grave hipotensão, em particular no caso de tamponamento pericárdico ou ruptura da valva aórtica, – hipoperfusão distal. – Os déficits de pulso distal ou outras evidências de má perfusão de início súbito, dor torácica ou dorsal de grande intensidade devem imediatamente levar à suspeição de dissecção aórtica. – A dissecção tipo A aguda é, geralmente, considerada emergência cirúrgica. Tratamento Cirúrgico Tipo A Sob parada circulatória, a aorta ascendente e o arco aórticos são abertos, a dissecção é exposta (1, 2). O falso lúmen é obliterado (4) Tratamento Cirúrgico Tipo A O enxerto é suturado ao arco transverso em uma anastomose distal aberta (3) B, A anastomose distal é reforçada (5). A valva aórtica é suspensa (6). A anastomose proximal é realizada (7). Quadro Clínico • A dissecção tipo B – aguda (≤ 14 dias do início dos sintomas) • apresentam, frequentemente, dor torácica ou dorsal lancinante, principalmente no caso de hipertensão grave • A má perfusão da medula espinhal , renal, visceral ou das extremidades inferiores pode complicar a evolução – crônica (> 14 dias do início dos sintomas) • A extensão é normalmente anterógrada, estendendo-se até as artérias ilíacas ou femorais. As reentradas podem permitir comunicação entre os lumens, verdadeiro e falso, em intervalos ao longo do comprimento da dissecção. Tratamento da dissecção do tipo B • O tratamento clínico intensivo tem sido parte principal do tratamento para dissecção não complicada, • As dissecções complicadas por ruptura, expansão aneurismática e evidência de má perfusão ou, dor intratável, têm sido tratadas cirurgicamente. Dissecções Tipo B complicadas • Os ramos aórticos para extremidades inferiores, vísceras e medula espinhal podem originar-se dos lumens verdadeiro ou falso. • A má perfusão pode resultar – Da compressão dinâmica do lúmen verdadeiro, – Da trombose de um ou ambos os lumens, – Da obstrução estática causada pela extensão da dissecção para dentro do ramo aórtico. • Pode manifestar-se com o surgimento de disfunção renal, dor abdominal e isquemia mesentérica, isquemia de extremidade inferior ou função neurológica, variando de parestesia a paraplegia. Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B complicadas • Pode consistir – troca da aorta descendente • A troca da aorta descendente tem o objetivo de interromper o alargamento e a rotura da mesma • mortalidade hospitalar(29,3%) – fenestração da aorta abdominal • visa aliviar a isquemia visceral e para os membros inferiores. • Esse procedimento, que é raramente efetivo, envolve a realização de aortotomia na aorta dissecada, para ressecar uma porção do retalho da dissecção na aorta no intuito de permitir a perfusão das artérias mesentéricas e renais ou, na aorta infrarrenal, reperfundir os membros inferiores • 43% de mortalidade cirúrgica Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B complicadas • Em 1999, Dake et al. relataram a colocação endovascular de endopróteses para dissecção aórtica aguda como alternativa ao tradicional tratamento cirúrgico. • O princípio da terapia endovascular com endoprótese é a exclusão da entrada da laceração com despressurização do falso lúmen; isso resulta na expansão do lúmen verdadeiro e trombose do lúmen falso com remodelamento subsequente da aorta, com aumento do diâmetro do lúmen verdadeiro e diminuição do diâmetro do lúmen falso . Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B complicadas Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B complicadas • As técnicas coadjuvantes, como fenestração ou colocação direta de stent para restaurar o fluxo dos ramos obstruídos, também são importantes componentes do tratamento moderno da dissecção. Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B não complicadas • O reparo aberto para dissecção crônica pode produzir resultados mais favoráveis com taxa de mortalidade de 5,8% em 30 dias, taxa de AVC de 3% e taxa de isquemia da medula espinhal de 6%. • colocação endovascular de endopróteses para dissecção aórtica para dissecção crônica, em geral ocorre espessamento progressivo do retalho da íntima e as fenestrações de “reentrada” distal estão bem consolidadas, causando mais dificuldade em induzir a trombose do falso lúmen do que em uma dissecção aguda e, provavelmente, diminuindo a ocorrência global de remodelamento favorável. Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B não complicadas • Apesar de a terapia clínica continuar sendo o padrão de tratamento. Uma revisão demonstrou: – falha precoce (nos primeiros 15 dias) 12% dos pacientes – 58% de falhas principalmente relacionadas com a degeneração aneurismática, – Em última análise, a sobrevida livre de intervenção foi de apenas 55% em três anos e diminuiu para 41% em seis anos. – No contexto destas informações, o potencial de remodelamento aórtico e a prevenção da dilatação aneurismática com o tempo provocaram interesse crescente no uso precoce de stent nessa população. Um ensaio randomizado de combinação de REVAT e tratamento clínico ótimo versus tratamento clínico isolado (ensaio INSTEAD-XL) relatou recentemente uma análise de referência sugerindo benefício para REVAT em todos os desfechos, incluindo mortalidade por todas as causas, mortalidade específica da aorta e progressão da doença entre dois e cinco anos. Úlcera aterosclerótica penetrante e hematoma intramural • São considerados variantes de dissecção aórtica. – A úlcera aterosclerótica penetrante (UAP) • representa ulceração focal da íntima da aorta em região com doença aterosclerótica preexistente. Essas lesões podem, eventualmente, estender-se para a média e evoluir para uma dissecção verdadeira. – O hematoma intramural (HI) • ocorre quando um trombo intramural é encontrado sem evidência de ruptura intimal associada, possivelmente como resultado da ruptura da vasa vasorum na parede aórtica. De modo similar à úlcera aterosclerótica penetrante, o hematoma intramural pode evoluir para dissecção se uma laceração franca da íntima se desenvolver. • UAP-A úlcera penetrante de aorta, apesar de ser infreqüente, deve ser sempre considerada como hipótese diagnóstica em pacientes idosos com cardiopatias e hipertensão arterial sistêmica, que apresentam com dor torácica subaguda e crônica de difícil controle clínico, sem indícios de isquemia miocárdica. Nesses casos, prefere-se o tratamento percutâneo com o implante de endopróteses via femoral. Úlcera aterosclerótica penetrante Hematoma intramural • Há maior prevalência da doença em homens (61%) com média de idade para o sexo masculino entre 63 e 68e com antecedentes de hipertensão arterial sistêmica de 53%. • A forma não-traumática é a mais freqüente, sendo encontrada com incidência de 94%. • A presença de sintomas como dor no peito e/ou no dorso esteve presente em mais de 80% dos casos. Hematoma intramural • Considerando uma população mais idosa e uma maior mortalidade e morbidade da cirurgia da aorta, acreditamos que o tratamento clínico nospacientes com hematoma intramural da aorta ascendente ainda é factível. • Entretanto, a opção do tratamento cirúrgico deve ser considerada, uma vez que a sobrevida nesse grupo é superior quando comparada ao tratamento clínico, mesmo que essa conduta ainda precise de mais suporte baseado em investigações com séries mais representativas. • Na aorta ascendente a operação consiste na substituição desse segmento do vaso enquanto que na descendente existe a possibilidade do procedimento endovascular. Trauma Contuso da Aorta Torácica • A maioria das lesões contusas da aorta está relacionada com veículos motorizados e envolve a aorta torácica. • As transecções verdadeiras são rapidamente fatais, • No entanto, os pacientes podem chegar relativamente estáveis com lesões que vão desde pseudoaneurismas contidos, hematoma intramural ou interrupções da íntima relativamente sutis. • O atual padrão ouro para o diagnóstico de imagem do trauma aórtico é a angiotomografia com contraste. • O local lesado com mais frequência é o istmo aórtico e, geralmente, consiste em um rasgo transversal que pode abranger parcial ou completamente a circunferência aórtica .Acredita-se que a lesão neste local resulte de uma desaceleração rápida, que cria grande torção e forças de cisalhamento, onde os segmentos relativamente móveis da aorta se tornam fixos, como o ligamentum arteriosum, raiz aórtica e diafragma. • O histórico e o exame físico podem não ser reveladores. A radiografia de tórax pode demonstrar alargamento do mediastino, entre outras. • A TC é sensível e identifica o verdadeiro hematoma periaórtico. Trauma Contuso da Aorta Torácica • Desde o primeiro trabalho sobre reparo endovascular de lesão traumática na aorta torácica em 1997, os dados acumularam-se rapidamente para apoiar o uso preferencial de endoprótese endovascular em vez de o tradicional reparo aberto decorrentes das consistentes taxas reduzidas – de mortalidade (8% a 9% versus 19%), – paraplegia (0,5% a 3% versus 3% a 9%) – e doença renal terminal (5% versus 8%), – com uma taxa de AVC comparável (2,5% versus 1%). Slide 1: ANEURISMA DA AORTA Slide 2: ANATOMIA Slide 3 Slide 4 Slide 5: ANEURISMA Slide 6: INCIDÊNCIA AAA Slide 7: Tipos de Aneurismas Slide 8: Tipos de Aneurismas Slide 9 Slide 10: Fatores de Risco para desenvolvimento de aneurisma Slide 11: Fatores de Risco para a Expansão do Aneurisma Slide 12: Fatores de Risco para Ruptura de Aneurisma Slide 13: Risco de Ruptura (segundo diâmetro transversal) Slide 14: Risco de Ruptura Slide 15: Diagnóstico Slide 16: Diagnóstico Slide 17 Slide 18: Diagnóstico Slide 19 Slide 20: Diagnóstico Slide 21 Slide 22: Seguimento Slide 23: Tratamento Clínico Slide 24: Tratamento Cirúrgico Slide 25: Avaliação Pré-operatória Slide 26: Avaliação Pré-operatória Slide 27: Técnica de Reparo por Cirurgia Aberta de Aneurismas Aórticos Abdominais Slide 28 Slide 29 Slide 30: Técnica de Reparo por Cirurgia Aberta de Aneurismas Aórticos Abdominais Slide 31 Slide 32: Abordagem Retroperitoneal Slide 33: Abordagem Retroperitoneal Slide 34: Abordagem Retroperitoneal Slide 35: Manejo Pós-operatório Slide 36: Manejo Pós-operatório Slide 37: Manejo Pós-operatório Slide 38: Reparo Endovascular Slide 39 Slide 40: Reparo Endovascular Slide 41: Reparo Endovascular Slide 42: Reparo Endovascular Slide 43 Slide 44: Aneurisma Aórtico Torácico Slide 45: Classificação de aneurisma de aorta tóraco Abdominal Slide 46: Aneurisma Tóraco Abdominal Slide 47: Reparo Aberto dos Aneurismas Torácico e Toracoabdominal Slide 48: Reparo Aberto dos Aneurismas Torácico e Toracoabdominal Slide 49: Tratamento Endovascular dos Aneurismas Torácicos Slide 50: Tratamento Endovascular dos Aneurismas Torácicos Slide 51: Tratamento Endovascular dos Aneurismas Torácicos Slide 52: Isquemia da medula espinhal Slide 53: Síndromes Aórticas Agudas Slide 54: Síndromes Aórticas Agudas Slide 55: Dissecção da Aorta Slide 56: Dissecção da Aorta Slide 57: Classificações de DeBakey e Stanford Slide 58 Slide 59: Diagnóstico Slide 60: A, Dissecção tipo A de Stanford com retalho (flap) de dissecção visível nas aortas ascendente (seta fina) e descendente (seta grossa). B, Dissecção tipo B de Stanford demonstrando fenestração na laceração de entrada proximal distalmente à artéri Slide 61: Quadro Clínico Slide 62: Tratamento Cirúrgico Tipo A Slide 63: Tratamento Cirúrgico Tipo A Slide 64: Quadro Clínico Slide 65: Tratamento da dissecção do tipo B Slide 66: Dissecções Tipo B complicadas Slide 67: Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B complicadas Slide 68: Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B complicadas Slide 69: Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B complicadas Slide 70: Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B complicadas Slide 71: Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B não complicadas Slide 72: Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B não complicadas Slide 73: Úlcera aterosclerótica penetrante e hematoma intramural Slide 74 Slide 75: Hematoma intramural Slide 76: Hematoma intramural Slide 77: Trauma Contuso da Aorta Torácica Slide 78: Trauma Contuso da Aorta Torácica Slide 79