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1 Aula de Implantodontia

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1º Aula de Implantodontia – Prof. Joaquim
Objetivos: - ao final do módulo I você deverá citar a evolução da implantodontia na história da humanidade; 
- citar a evolução da implantodontia na humanidade;
- conceituar osseointegração e fibrointegração; 
- enumerar os componentes da estrutura metálica do implante; 
- compreender os fatores que devem ser controlados para que haja osseointegração; 
- entender a cronologia de cicatrização e remodelação óssea; 
- conhecer os fatores importantes relacionados com a implantodontia; 
- relacionar as vantagens e desvantagens dos implantes dentários; 
- identificar os acidentes anatômicos de interesse na implantodontia; 
- classificar a densidade óssea;
- entender a previsão de osseointegração baseada na densidade óssea; 
- interpretar diferentes tipos de superfície dos implantes;
- conhecer os princípios biomecânicos que regem a implantodontia atual; 
- enumerar os tipos de travamentos das conexões protéticas; 
- relacionar os materiais e equipamentos necessários à instalação dos implantes; 
- listar os principais componentes do risco cirúrgico de instalação dos implantes; 
- descrever o primeiro estágio cirúrgico da implantodontia; 
- enumerar a sequencia operatória da instalação dos implantes; 
- identificar os tipos de cicatrizadores e suas limitações; 
- descrever o segundo estágio; 
- conhecer os principais componentes para moldagem;
- identificar os principais intermediários protéticos; 
- conhecer os principais tipos e indicações das próteses sobre implantes. 
-> Importância da Implantodontia para a Odontologia 
A implantodontia é uma ciência dentro da odontologia. Citar uma importância da implantodontia hoje: “a recuperação protética de um dente ou grupo de dentes sem comprometer a saúde do dente adjacente; a recuperação protética de extremo livre e a maior facilidade de higienização estas são situações que a ponte fixa enfrenta grande limitação.” 
Exemplo: Paciente perdeu o dente 24, como será feita a prótese fixa para reabilitar o espaço do dente perdido? Iria ter que desgastar dentes, o 23 e 25, e dessa forma o paciente terá uma prótese de 3 elementos, sendo que uma PF de 3 elementos acaba saindo mais cara que a colocação de um implante. 
Quais as alternativas para reabilitar esse espaço protético? Implante, prótese fixa convencional, prótese parcial removível, ortodontia, e fazer nada também é uma opção. 
A implantodontia é a melhor opção? Vai depender da situação. A questão é que a reabilitação com implante seria a ideal? Qual seria o inconveniente de reabilitar com PF? Desgastar os dentes adjacentes. A PPR seria ideal? Não, devido à questão funcional, fisiológica. 
Do ponto de vista da biomecânica da funcionalidade, qual seria a diferença de fazer uma prótese fixa convencional e instalar um implante? A força exercida nos outros dentes que a PF faz nos outros dentes, porém, isso não é o mais importante. Devemos pensar da seguinte forma: antes da pessoa perder o elemento 24, era esse mesmo dente que ocupava aquele espaço, como era a funcionalidade do dente – direcionamento da carga oclusal, no caso do dente natural a força oclusal é transmitida ao osso alveolar. Qual das outras alternativas protéticas, do ponto de vista funcional, tem direcionamento de carga do elemento para o osso? Só o implante! 
É ideal por quê? Transmite a carga mastigatória para o osso! 
Implante é um parafuso rosqueado em corpo sólido. Ele substitui a raiz, e não o dente, apenas a raiz! Do ponto de vista odontológico, o que é a substituição? É a prótese, é uma substituição! Posso dizer que o implante é uma prótese porque ele é um parafuso que substitui a raiz, é uma prótese de raiz. O dente artificial é uma prótese da coroa. 
· Histórico 
A arqueologia apresenta evidências de implantes desde a pré-história, e ela foi registrada em vários períodos: Período Antigo, Medieval, pré-moderno e contemporâneo. 
Por que tem registros de implantodontia em todas as eras da humanidade? Por questões de sobrevivência. Do ponto de vista de sobrevivência da raça humana, a primeira necessidade que temos é a de respirar, depois reprodução e alimentação. 
Expectativa de vida para mulheres é de 81 anos, enquanto para os homens é de 76 anos. 
No período antigo (10.000AC – 1000DC): foram realizadas tentativas pelos egípcios para substituição de elementos dentários extraindo dentes de animais, por exemplo. 
No Medieval: o senhor, dono da terra, perdia um dente e o indivíduo que tinha a função de ser o ferreiro, o dentista, o açougueiro, via o dente que havia sido perdido e procurava entre os empregados o dente que mais se parecia com o do senhor, extraia o dente do empregado e imediatamente colocava no lugar do dente perdido. 
No período fundamental (1800 – 1910): início da implantodontia endo-óssea com a utilização de diversos tipos de metais, como ouro, platina etc. 
Implante de ouro no sitio de extração – 1909 e Berry em 1888 começou a discutir os princípios da biocompatibilidade.
Período Moderno (1930): vários autores descreveram diversos tipos de implantes, eles começaram a colocar implantes já preocupados em fazer uma cirurgia limpa, já sabendo que tinha problemas de contaminação. Bayer desenvolveu o implante de ouro que era manufaturado, o qual era colocado no alvéolo, alguns casos tiveram bons resultados. 
De 1930 - 1978 foi caracterizado por inovações cirúrgicas protéticas e de biomateriais, foi o período de efervescência da odontologia no mundo todo. Três implantes surgiram nessa época: endo-ósseos I, subperiosteais e endo-ósseos II. 
Usavam uma liga de vitálio, desenvolveram uma transfixação endodôntica , então a ideia era instalar o implante para prender o elemento dentário no osso, aumentar a superfície do dente. 
Dahl, na Suécia, nos anos de 1941 e 1951, começaram a discutir os implantes subperiostais. A ideia era fazer uma cirurgia, abria um retalho total, nele fazia uma moldagem do osso e construía uma armação metálica com pinos metálicos que ficavam para fora da gengiva. Então a armação era instalada sobre o osso, embaixo do periósteo. Isso gerou muitos problemas! Na década de 30, 40, os estudiosos descobriram o ligamento periodontal, e afirmaram que uma das funções do LP é de amortecimento das cargas. O dente não está fixado rigidamente no osso, ele tem uma estrutura entre o osso e a raiz do dente que é o LP o qual permite movimentos, isso é chamado de articulação, gonfose (articulação do dente com o osso alveolar através do ligamento periodontal). Os estudiosos da época pensaram que o implante não precisaria ficar rígido, ele não poderia anquilosar osso, se isso acontecesse era indicativo de sucesso e o mesmo teria que ser retirado logo. Do ponto de vista cientifico esse raciocínio não está correto. 
Eles começaram a pensar que o problema estava no material, e passaram a revestir com hidroxiapatita, faziam jateamentos. Muitos implantes subperiostais foram instalados na Europa, no Brasil e vários pacientes perderam os dentes.
A partir dos anos 40, veio a complicação! Nos anos 50, 60, 70 almejava-se uma interface fibrosa periimplantar, a anquilose era considerada um fator negativo, não existia preocupação com limites anatômicos. 
Em 70, surgiram os implantes agulhados de Scialom, que eram agulhas de titânio introduzidas no osso e eram amarradas. 
Vieram os implantes de Linkow que eram os laminados, tiveram um certo número de resultados, alguns ainda permanecem na boca de vários pacientes, eles não podiam ser retirados. 
Pelo fato desses implantes terem mobilidade no osso, todos eles, de alguma forma, acabavam gerando uma fibrose grande, trazendo diversos organismos, principalmente bactérias anaeróbias, assim criavam osteomielites. 
Em 1978 ocorreu uma conferência com os grandes pesquisadores, onde apareceu o Per-Igvar Branemark, ele mostrou resultados de sua pesquisa, foi o primeiro que surgiu com o termo da osseointegração, ele dizia que a mesma consistia na junção de osso com o implante, se o implante não ficasse totalmente anquilosado no osso não teria resultado satisfatório.Osteointegração: é definida como ancoragem direta do osso ao corpo implantado para suportar a fundação de uma prótese, e tem a possibilidade de transmitir forças oclusais diretamente ao osso. 
O implante deve ser feito de um material inerte para ficar em contato direto com o tecido ósseo sem interface de tecido mole. Através de experimentos com coelho e cachorro, descobriram que o material de titânio era compatível com osso. 
O grande legado do professor Branemark foi o divisor de águas da implantodontia moderna para a implantodontia antiga. Segundo ele, a osseointegração é uma união anatômica e funcional direta entre osso vivo remodelado e a superfície do implante. Ou seja, ele diz que para que haja a osseointegração é preciso que tenha uma anatomia relacionada com isso e que essa anatomia vai ditar uma funcionalidade direta no osso. 
O que é “osso vivo remodelado”? Naquele local que o paciente tinha o dente o osso agora está diferente, ele está novo, remodelado. A partir do momento em que o dente é retirado do osso alveolar ele sofre processo de remodelação, e nesse processo ele deixa de ser osso alveolar, porque não tem mais o dente, não precisará mais do alvéolo com o ligamento periodontal, consequentemente terá um osso remodelado, que passou a ser agora um osso medular e cortical. 
Branemark diz que pode instalar implante no osso alveolar? Não, não pode remover o dente e colocar o implante imediatamente. Ele diz que é necessário aguardar o processo de remodelação do osso para depois criar uma loja nova e instalar o implante. 
Lindhe relata que é uma conexão direta do implante com osso sem interposição de camada de tecido mole. Já Albert diz que é um processo no qual a fixação rígida e assintomática de um material aloplástico é obtida e mantida durante a função definida pela a estabilidade do implante. 
Quando falamos que tem que ocorrer anquilose óssea entre a superfície do implante e do osso estamos dizendo que não pode ter obrigatoriamente tecido mole, se tiver fibrose não terá osseointegração! 
· Diferença de osseointegração e fibrointegração: na fibrointegração tem interposição de tecido mole e na osseointegração há apenas a formação de anquilose. 
Qual a célula que cresce e se desenvolve mais rápido? Célula óssea ou fibroblasto? O fibroblasto! 
Qual a única parte do organismo humano que tem osso exposto? Nenhuma parte! Porque não tem nenhuma função do organismo que precisa ser desenvolvida que o osso deve estar exposto. 
Se o tecido mole ficar em contato com o implante, o qual é um corpo estranho, esse tecido tende a expulsá-lo, ou seja, ele dá a volta por baixo do implante e se une o com o tecido mole do outro lado, no momento em que houver a união o implante será expulso. O sucesso da implantodontia é a fixação do implante no osso sem a interposição de tecido mole.

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